moção de repúdio

2
Moção de Repúdio O Comando Local de Greve e os demais servidores do IFSul Câmpus Pelotas Visconde da Graça, vem, por meio deste, manifestar seu repúdio às intervenções realizadas na Assembleia Geral dos servidores da Reitoria do referido Instituto, no dia 08 de maio de 2014, nas dependências do Auditório do Câmpus Pelotas por um grupo de servidores que lá se encontrava. Destacamos que a pauta da Assembleia dos servidores da Reitoria previa a discussão, desses colegas, a respeito da adesão ou não ao movimento grevista deflagrado pelo Sinasefe Nacional no dia 21 de abril do corrente e, apesar de respeitarmos o fato de os colegas optarem por não discutir esse ponto, não lhes concedemos o direito de desrespeitarem a autonomia e a Assembleia já realizada pelo Câmpus Pelotas Visconde da Graça, no dia 28 de abril, momento no qual foi deliberado pela adesão à greve. De igual forma, estendemos nossa solidariedade aos colegas servidores do Câmpus Pelotas que em sua Assembleia deliberaram por não aderir ao movimento grevista. Reiteramos que nossa luta e movimento grevista são legítimos e fruto da organização dos trabalhadores em educação local e nacional e visam a construção de um novo caminho para a educação. Nossa inconformidade com o atual momento em que o país vive somados com a indignação de nossa categoria serve como um refletor das reais necessidades da base que compõem nosso sindicato. Intervenções, como as que ocorreram na assembleia dos servidores da Reitoria, buscam desestabilizar e destruir o debate, deslegitimar, desrespeitar e desmoralizar todos os que acreditam nesta imperiosa luta que hoje se coloca no cenário educacional nacional e visam pôr fim a autonomia de cada Câmpus. Nós, servidores do campus Pelotas Visconde da Graça, jamais nos submeteremos a esse discurso descomprometedor e rasteiro. Nós, servidores do CaVG, não precisamos de messias ou de líderes populistas que decidam os caminhos pelos quais seguiremos. Faz-se necessário a denúncia do que ocorre dentro dos muros do Instituto Federal Sulrio- grandense. O CaVG foi ao longo de sua história e sempre será difusor de ideais democráticos, centro de resistência a regimes e ideias ditatoriais e antidemocráticas, que se outorgam o direito de intervir nas discussões e decisões que competem somente ao conjunto de servidores de nosso Câmpus. No ano de 2012, já havíamos sofrido retaliações e perseguições, quando na participação em uma Assembleia Geral no Câmpus Pelotas, fomos menosprezados e impedidos de colocar nossas posições, por um entendimento equivocado de toda a Assembleia de que só poderiam participar da discussão sobre a greve os servidores filiados. Ora colegas! O movimento grevista é e sempre será da categoria, trata-se aqui de uma luta sindical e não de uma reunião de clube privado. Naquele momento fomos convidados a nos retirar com gritos insanos de “voltem para a sua fazendinha”. Provamos legalmente que a greve é de categoria e nos desculpem, mas 201 hectares não podem ser chamados de “fazendinha”. Respeitem nossos 91 anos de história na educação nacional.

Upload: martinlutherking2014

Post on 11-Aug-2015

149 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Moção de repúdio

Moção de Repúdio

O Comando Local de Greve e os demais servidores do IFSul Câmpus Pelotas Visconde

da Graça, vem, por meio deste, manifestar seu repúdio às intervenções realizadas na

Assembleia Geral dos servidores da Reitoria do referido Instituto, no dia 08 de maio de

2014, nas dependências do Auditório do Câmpus Pelotas por um grupo de servidores

que lá se encontrava.

Destacamos que a pauta da Assembleia dos servidores da Reitoria previa a discussão,

desses colegas, a respeito da adesão ou não ao movimento grevista deflagrado pelo

Sinasefe Nacional no dia 21 de abril do corrente e, apesar de respeitarmos o fato de os

colegas optarem por não discutir esse ponto, não lhes concedemos o direito de

desrespeitarem a autonomia e a Assembleia já realizada pelo Câmpus Pelotas Visconde

da Graça, no dia 28 de abril, momento no qual foi deliberado pela adesão à greve. De

igual forma, estendemos nossa solidariedade aos colegas servidores do Câmpus Pelotas

que em sua Assembleia deliberaram por não aderir ao movimento grevista.

Reiteramos que nossa luta e movimento grevista são legítimos e fruto da organização

dos trabalhadores em educação local e nacional e visam a construção de um novo

caminho para a educação.

Nossa inconformidade com o atual momento em que o país vive somados com a

indignação de nossa categoria serve como um refletor das reais necessidades da base

que compõem nosso sindicato. Intervenções, como as que ocorreram na assembleia dos

servidores da Reitoria, buscam desestabilizar e destruir o debate, deslegitimar,

desrespeitar e desmoralizar todos os que acreditam nesta imperiosa luta que hoje se

coloca no cenário educacional nacional e visam pôr fim a autonomia de cada Câmpus.

Nós, servidores do campus Pelotas Visconde da Graça, jamais nos submeteremos a esse

discurso descomprometedor e rasteiro.

Nós, servidores do CaVG, não precisamos de messias ou de líderes populistas que

decidam os caminhos pelos quais seguiremos. Faz-se necessário a denúncia do que

ocorre dentro dos muros do Instituto Federal Sul–rio- grandense. O CaVG foi ao longo

de sua história e sempre será difusor de ideais democráticos, centro de resistência a

regimes e ideias ditatoriais e antidemocráticas, que se outorgam o direito de intervir nas

discussões e decisões que competem somente ao conjunto de servidores de nosso

Câmpus.

No ano de 2012, já havíamos sofrido retaliações e perseguições, quando na participação

em uma Assembleia Geral no Câmpus Pelotas, fomos menosprezados e impedidos de

colocar nossas posições, por um entendimento equivocado de toda a Assembleia de que

só poderiam participar da discussão sobre a greve os servidores filiados. Ora colegas! O

movimento grevista é e sempre será da categoria, trata-se aqui de uma luta sindical e

não de uma reunião de clube privado. Naquele momento fomos convidados a nos retirar

com gritos insanos de “voltem para a sua fazendinha”.

Provamos legalmente que a greve é de categoria e nos desculpem, mas 201 hectares não

podem ser chamados de “fazendinha”. Respeitem nossos 91 anos de história na

educação nacional.

Page 2: Moção de repúdio

Este ano, novamente somos atacados de maneira vil e leviana em nossa história e luta.

Usufruímos do nosso direito de realizar assembleia em nosso câmpus, para discutirmos

problemas internos e nossa ação diante da greve deflagrada nacionalmente e já iniciada

pelo Sinasefe. Saibam todos que é legal, legítimo e válido a realização de assembleias

setorizadas, além de termos a orientação do fórum máximo de deliberação do Sinasefe,

que é o Consinasefe para a realização deste tipo de assembleia para que todos os campi,

independentemente de tamanho ou localização possam se tornar protagonistas de sua

história.

As palavras proferidas que nos convidavam para voltarmos para a UFPel ou nos

retirarmos e irmos para o IFRS apenas desvelam a incapacidade de quem comunga

dessas ideias de conviver com o diferente, com aquele que pensa de maneira diversa.

São míopes intelectuais aqueles que pensam que nos submeterão. Jamais seremos

colonizados.Contabilizemos essas vozes na conta da mediocridades do cotidiano.

Medíocre momento em que a história do Sindicalismo no Brasil, da Educação Nacional

e do CaVG são de forma tão bestial questionados sob o rótulo da legalidade.

Nós fazemos a legitimidade de nosso movimento de luta.

Estamos em luta!

Respeitem nossa luta!

Abaixo a intransigência!

COMANDO LOCAL DE GREVE E DEMAIS SERVIDORES DO CÂMPUS

VISCONDE A GRAÇA

15/05/2014