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MOÇÃO DE REPÚDIO O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS DE MARINGÁ – COMAD, no uso de suas atribuições, que lhe conferem a Lei Municipal 10113, em reunião ordinária realizada no dia 6 de maio do corrente ano, aprovou a presente moção de repúdio ao Departamento Estadual de Políticas sobre Drogas do Governo do Estado do Paraná com relação ao Projeto de Lei que Institui o “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão à Produção não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas e reorganiza o Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas instituído pela Lei nº 17.244, disponível para consulta pública no sítio do referido departamento; CONSIDERANDO: a Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006 que Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências; o Decreto nº 5.912, de 27 de setembro de 2006, que regulamenta a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que trata das políticas públicas sobre drogas e da instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD, e dá outras providências; o Decreto nº 6.117, de 22 de maio de 2007 que prova a Política Nacional sobre o Álcool, dispõe sobre as medidas para redução do uso indevido de álcool e sua associação com a violência e criminalidade, e dá outras providências; a Lei 10.216, de 6 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, a Rede Psicossocial de atenção e cuidado à pessoas com problemas decorrentes do uso nocivo e/ou abusivo de drogas, definida pelo Ministério da Saúde por meio das Portarias: n os 121, 123, 130 e 131 de janeiro de 2012 e 3088 de 2011, e da Nota Técnica nº 41/2013, dentre outras; a Resolução nº 001/2015 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas que regulamenta, no âmbito do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), as entidades que realizam o acolhimento de pessoas com problemas decorrentes do uso, abuso ou dependência de substância psicoativa, denominadas ou não de comunidades terapêuticas; a Lei 13019/ 2014 que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define

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Page 1: MOÇÃO DE REPÚDIOMOÇÃO DE REPÚDIO O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS DE MARINGÁ – COMAD, no uso de suas atribuições, que lhe conferem a Lei Municipal 10113,

MOÇÃO DE REPÚDIO

O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS DE MARINGÁ – COMAD,no uso de suas atribuições, que lhe conferem a Lei Municipal 10113, em reunião ordináriarealizada no dia 6 de maio do corrente ano, aprovou a presente moção de repúdio aoDepartamento Estadual de Políticas sobre Drogas do Governo do Estado do Paraná comrelação ao Projeto de Lei que Institui o “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal dePrevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão à Produção não Autorizada eao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas e reorganiza o FundoEstadual de Políticas Sobre Drogas instituído pela Lei nº 17.244, disponível para consultapública no sítio do referido departamento;

CONSIDERANDO:

a Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006 que Institui o Sistema Nacional de PolíticasPúblicas sobre Drogas – SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido,atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normaspara repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dáoutras providências;

o Decreto nº 5.912, de 27 de setembro de 2006, que regulamenta a Lei nº 11.343, de 23de agosto de 2006, que trata das políticas públicas sobre drogas e da instituição doSistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD, e dá outras providências;

o Decreto nº 6.117, de 22 de maio de 2007 que prova a Política Nacional sobre o Álcool,dispõe sobre as medidas para redução do uso indevido de álcool e sua associação com aviolência e criminalidade, e dá outras providências;

a Lei 10.216, de 6 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoasportadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental,

a Rede Psicossocial de atenção e cuidado à pessoas com problemas decorrentes do usonocivo e/ou abusivo de drogas, definida pelo Ministério da Saúde por meio das Portarias:nos 121, 123, 130 e 131 de janeiro de 2012 e 3088 de 2011, e da Nota Técnica nº41/2013, dentre outras;

a Resolução nº 001/2015 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas queregulamenta, no âmbito do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas(SISNAD), as entidades que realizam o acolhimento de pessoas com problemasdecorrentes do uso, abuso ou dependência de substância psicoativa, denominadas ounão de comunidades terapêuticas;

a Lei 13019/ 2014 que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administraçãopública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para aconsecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução deatividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos emtermos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define

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diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações

da sociedade civil; e altera as Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 demarço de 1999;

o Decreto 8243 de 23 de maio de 2014 que institui a Política Nacional de ParticipaçãoSocial – PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social – SNPS, e dá outrasprovidências;

a Resolução 001/2010 do CONEAD – Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas doParaná, que aprova a Política Estadual sobre Drogas;

o Plano Estadual de Políticas sobre Drogas de 2015, o qual foi construído respeitando aparticipação popular, aprovado pelo Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, comações, metas e prazos para atuação até 2019, portanto, em vigência;

REPUDIA:

a minuta do projeto de lei “PAZ PARANAENSE – Plano Decenal de Prevenção ao Uso,

Abuso e Dependência e de Repressão à Produção não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de

Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas e reorganiza o Fundo Estadual de Políticas

sobre Drogas” disponível para consulta pública no site do Departamento Estadual de

Políticas sobre Drogas do Estado do Paraná pelos motivos que serão expostos a seguir e

solicita, pelos mesmos motivos, o arquivamento do mesmo:

1. a existência do Plano Estadual de Políticas sobre Drogas, aprovado em 2015, em

vigência até o ano de 2019, que foi amplamente discutido em audiências públicas por

todo o território estadual, obedeceu a política nacional de participação popular e foi

aprovado pelo Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas – CONESD,

instância máxima de deliberação e participação social da/na política sobre drogas do

Estado do Paraná;

2. o Governo do Estado já possuir uma política sobre drogas, aprovada por meio de

Resolução 001/2010 do CONESD, a qual foi ignorada na elaboração da minuta do

intitulado plano decenal “PAZ PARANAENSE”;

3. pelo projeto de lei não contemplar de forma efetiva a participação popular na

construção das políticas públicas, não dando ampla divulgação e publicidade ao

documento e também por não possibilitar o controle social das políticas sobre drogas,

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descumprido o Decreto Federal n° 8.243 supracitado;

4. pelo Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas não possuir

participação social efetiva nem paridade na representação do governo e da sociedade

civil organizada;

5. por não promover o financiamento publico da política sobre drogas como um todo e sim

o financiamento por meio da destinação direta de impostos estaduais devidos por

empresas às entidades do terceiro setor para apenas uma modalidade de cuidado à

pessoas com problemas associados ao uso abusivo e ou nocivo de drogas, o acolhimento

em Comunidades Terapêuticas;

6. pela falta de entendimento, decorrente da descrição feita na minuta dos programas Ver,

Prever, Crer, Ser e Fim os quais o plano decenal se propõe a criar mas que não evidencia

se tratar de uma rede nova ou do agrupamento dos serviços e equipamentos já

existentes. Não esclarecendo a qual secretaria estariam vinculados, nem em qual pasta

estariam alocadas as previsões orçamentárias para efetivação das mesmas;

7. pelo equívoco cometido no documento para consulta, de defender a internação

involuntária e/ou compulsória em Comunidades Terapêuticas, serviço de acolhimento que

trabalha com adesão voluntária de pessoas com problemas decorrentes do uso nocivo de

drogas. E, ainda, porque o procedimento para internação nessas condições já é definido

em Lei, sendo que os municípios possuem as comissões multidisciplinares para avaliação

dos casos solicitados pelo Ministério Público, as CRIPIs – Comissão Revisora de

Internações Psiquiátricas Involuntárias, não cabendo a essa minuta de plano decenal

normatizar a forma como as internações devem ser feitas.

8. pela defesa das garantias conquistadas na Lei 10.216 de desinstitucionalização do

tratamento das pessoas com transtornos mentais, e o entendimento de que internações

involuntárias são medidas extremas que devem ser tratadas como exceção e não regra.

Pela defesa deste COMAD de que a política prioritária deve continuar sendo a voluntária,

por meio de convencimento da pessoa com problemas decorrentes do abuso de

substâncias psicoativas.

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9. Pelo Marco Regulatório das Organizações não Governamentais, aprovado por meio da

Lei 13019/ 2014 que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração

pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a

consecução de finalidades de interesse público e recíproco, estabelece a necessidade de

edital de chamamento público para toda e qualquer parceria público-privada envolvendo

transferência de recursos, o que inviabiliza o financiamento das Comunidades

Terapêuticas da forma proposta na minuta do “plano decenal Paz Paranaense”;

10. Pela minuta não garantir a realização de Conferências Estaduais de Políticas sobre

Drogas, uma reivindicação histórica dos municípios desse espaço de participação e

deliberação popular na construção da política na esfera do governo estadual.

11. Pela minuta não promover, não incentivar a instituição de Conselhos Municipais no

território do estado, a exemplo do que é feito nas políticas de saúde e de assistência

social que possuem Conselhos Municipais em todos os municípios do estado. Ainda, por

não fortalecer os Conselhos Municipais já existentes, transferindo para a Federação

Paranaense de Comunidades Terapêuticas a atribuição de exercer o controle social, o

monitoramento das instituições privadas, que é do Conselho Municipal de Políticas sobre

Drogas.

12. Pela centralilzação das atribuições de gestão do Fundo Estadual de Políticas sobre

Drogas, Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, Conselho Fiscal do Fundo

Estadual na pessoa que dirige o Departamento Estadual de Políticas sobre Drogas;

O Conselho Municipal de Polícias sobre Drogas de Maringá – COMAD encaminha,

abaixo, a análise comentada da minuta com os argumentos para rejeição do projeto

proposto pelo Departamento e solicita que o mesmo seja descartado.

Outrossim, o Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Maringá dará ampla

publicidade a moção, acionando os demais espaços de defesa de direitos e de

participação popular para que acompanhem e participem do debate, contribuindo para a

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consolidação da política sobre drogas no Estado do Paraná e garantia dos avanços

conquistados pela reforma psiquiátrica e promulgação da Lei 10.216/2001.

Maringá, 6 de maio de 2016.

(ANEXO DA MOÇÃO DE REPÚDIO AO PLANO PAZ PARANAENSE)

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Minuta Comentada pelo COMAD Maringá:

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Gabinete do Governador

PROJETO DE LEI Nº

Súmula: Institui o “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal dePrevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão àProdução não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas ede Outras Naturezas e reorganiza o Fundo Estadual de PolíticasSobre Drogas instituído pela Lei nº 17.244, de 17 de julho de 2012,adotando outras providências.Não se trata de um plano decenal pois não possui metas, prazos,nem ações definidas. O Conselho avaliou que este projeto de Leiprecisa sofrer alterações para contemplar a finalidade pela qual elefoi criado. Trata-se de um documento que “normatiza” o repasse derecursos do Fundo Estadual de Políticas sobre Drogas paraComunidades Terapêuticas. Fala-se muito pouco em prevenção e asdemais políticas de saúde, tão pouco em repasse de recurso parafinanciar via Fundo outros serviços que não as CT.

Art. 1º. Fica instituído, o Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e deRepressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e deOutras Naturezas, denominado “PAZ PARANAENSE”,# que objetiva a execução daspolíticas públicas sobre drogas, disciplinando ações de prevenção, orientação,tratamento, acolhimento e reinserção familiar e social, com ênfase na redução desituações de vulnerabilidade frente às drogas, bem como repressão ao tráfico ilícito dedrogas.

Art. 2º. Fica criado o Comitê Interinstitucional de Elaboração, Implementação,Acompanhamento e Execução do “PAZ PARANAENSE” – Plano Decenal de Prevençãoao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão à Produção Não Autorizada e ao TráficoIlícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, com gestão coordenada peloDepartamento Estadual de Políticas Sobre Drogas da Pasta Governamental responsávelpela execução de Políticas Sobre Drogas, Comitê este composto pelos membrosintegrantes do Conselho Diretor do Fundo de Políticas Sobre Drogas instituído pela LeiEstadual nº 17.244, de 17 de julho de 2012. Comentário: O Conselho entende que a elaboração do plano decenal deve seguir osmesmos ritos que os demais planos, como por exemplo o da educação, que prevê aformação de uma comissão, estudo diagnóstico, consulta pública para levantamento dademanda antes da construção do texto base, definindo estratégias, metas e prazos,compatibilizando-o com o Plano e com a Política Nacional, ampla divulgação dodocumento e, por fim, encaminhamento para a Assembleia Legislativa discutir.Ainda, foi verificado que a composição do conselho diretor do fundo não é paritária,inclusive é formado pelos mesmos membros do comitê interinstitucional de elaboração.

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Não é previsto/garantido o controle social.Também, não é contemplada a participação de representantes de outras regiões doEstado do Paraná além de Curitiba, sendo indispensável que exista essa participação

§ 1º. As Instituições integrantes do Comitê Interinstitucional de que trata este artigo,obrigam-se a enviar ao Gestor Coordenador, até o dia 26 de junho de cada ano, “DiaInternacional Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas”, relatório pormenorizado deações e atividades desenvolvidas nos seus âmbitos, para efetivação das Políticas doPlano Decenal “PAZ PARANAENSE”, com fim de consubstanciar o Banco de Dados doSistema Integrado de Informação de Políticas sobre Drogas. Comentário: o Conselho questiona se esse sistema será criado, onde estará disponível,para quem e com qual finalidade pois não fica explícito nesta minuta.

§ 2º. As Instituições integrantes do Comitê Interinstitucional de que trata este artigo, sãosolidariamente responsáveis pela efetivação do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”,importando em crime de responsabilidade a omissão. Não é atribuição do plano instituircrimes

§ 3º. As reuniões do Comitê Interinstitucional de que trata este artigo serãoordinariamente quinzenais ou por convocação do Gestor Coordenador, sendo que aausência sucessiva de qualquer de seus integrantes, por 03 (três) reuniões ordinárias ouextraordinárias consecutivas, obriga a instituição a substituir o seu indicado.Comentário: o Conselho avalia que o tempo entre uma reunião e outra é muito curto, quenão condiz com a realidade, há o risco de esvaziamento ou de não haver quórum. Nãoprevê justificativas de ausência, nem participação de suplentes. De uma forma geral, oplano se apresenta bastante impositivo, obrigando o cumprinto do que está posto sem ocuidado de ouvir a rede de atenção a dependência química mas impondo crimes deresponsabilidade , conforme parágrafo anterior.

§ 4º. A deliberação do Comitê Interinstitucional se dará por maioria de votos, presentes amaioria de seus integrantes.

§ 5º. As deliberações do Comitê Interinstitucional de que trata este artigo, indicarão osdestinos dos recursos do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas, na forma do artigo8º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, especialmente para consecução doPlano Decenal “PAZ PARANAENSE” de que trata esta Lei, indicando ainda:

I- ao Governador do Estado, que sejam concedidos benefícios fiscais para empresas ouinstituições que colaborarem investindo no Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas;

II- obrigação às Instituições e empresas que possuem isenção fiscal do Estado doParaná, de contribuírem com o Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas ou decolaboração mensal direta a uma determinada Comunidade Terapêutica Certificada ou,ainda, de manutenção integral de uma Comunidade Terapêutica, quando compatível coma dimensão financeira da isenção; Comentário: não fica explícito se será como renúncia fiscal ou destinação do impostodiretamente ao fundo. De qualquer forma, o estado se isenta de investir na política sobredrogas e passa para a iniciativa privada essa obrigação. Está previsto somente o

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financiamento de Comunidades Terapêuticas, os demais serviços da rede de atenção ecuidado não serão contemplados.

Art. 3º. O “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso eDependência e de Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de DrogasPsicoativas e de Outras Naturezas será executado, dentre outros, por intermédio dosseguintes programas:

§ 1º. Programa de Estudos e Pesquisas Sobre Drogas que procederá a análise histórica,constatação da realidade e do impacto humano e social das drogas, para diagnóstico,avaliação e indicação de novas Políticas Públicas, sob coordenação da pastagovernamental responsável pela área, em parceria com instituições de ensino superior einstitutos de pesquisa;

§ 2º. Programa de Capacitação, Articulação e Mobilização na área de políticas sobredrogas para formação de uma rede especializada, com os seguintes objetivos eobrigações:

I- realizar cursos de formação para servidores públicos civis e militares do Estado, dosMunicípios, de agentes da sociedade civil organizada e também de Empresas;

II- realizar congressos estaduais anuais, audiências regionais trimestrais e conferênciasmunicipais (bianual) bimestrais, de caráter acadêmico, técnico e científico na área depolíticas sobre drogas, objetivando o planejamento, execução e avaliação da políticaestadual;Comentário: o Conselho entende que Congressos Estaduais não tem caráter departicipação popular, os municípios solicitam há muitos anos que o Governo do Estadopromova conferências estaduais, o que continua sem ser garantido. A ConferênciaEstadual tem legitimidade para estabelecer diretrizes para o Plano Estadual. Com relaçãoas conferências municipais, não é viável a realização a cada dois meses. O objetivo daConferencia é avaliar a política pública e propor melhorias, diretrizes, programas eserviços, entre outros. No período de 2 meses não é possível avaliar se as propostasforam cumpridas, nem mesmo é possível implantar serviços, pois muitos delesdemandam de tempo para planejamento e execução. O município de Maringá já realizou7 Conferencias Municipais e as realiza a cada dois anos.

§ 3º. Programa de Tratamento e Reinserção Social de Usuários e Dependentes deDrogas, (termologia) com os seguintes objetivos e obrigações:

I- promover gratuitamente atendimento profissional psicoterapêutico e de assistênciasocial, estendendo o auxílio aos familiares, a toda pessoa que procure orientaçãovoluntariamente, garantindo acolhimento e tratamento, quando laudo médico clínico oupsiquiátrico assim o indicar;Comentário: o Conselho questiona em que local esse acolhimento gratuito irá acontecer,se aqui se refere do SUS – Sistema Único de Saúde. Também se questiona a exigênciade um laudo médico clínico ou psiquiátrico, qual a doutrina que preconiza que oatendimento ao dependente químico tem que ser mediante laudo médico ou psiquiátrico?

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II- promover gratuitamente a internação involuntária de dependente, por requisição deresponsáveis pais, cônjuge, filho(s), tutores ou curadores, ou ainda, compulsoriamente,mediante intervenção do Estado a requerimento do Ministério Público ao Judiciário, quese manifestará liminarmente favorável à internação, quando a condição clínica epsiquiátrica comprovadamente representar risco àquela vida ou à de outrem, garantido oacompanhamento processual de representante do Conselho Municipal de Políticas SobreDrogas, observando que, em virtude do caráter emergencial destas internações, oatendimento, acolhimento e o tratamento será realizado por Hospitais ou Clinicasespecializadas, integralmente habilitados para internação involuntária, assimreconhecidas pelo órgão ou Pasta Governamental responsável pelas Políticas SobreDrogas; Comentário: o procedimento para internação involuntária e/ou compulsória já é definidoem Lei. Não cabe aqui, neste plano decenal, normatizar como isso deve ser feito. Jáexistem as Comissões Revisoras para Internações Involuntárias (CRIPI) nos municípios.Esse tipo de internação é e de ser tratada com exceção. Comissão de InternaçãoInvoluntária

III- criar uma Rede de instituições do âmbito público, privado e da sociedade civilorganizada, como Comunidades Terapêuticas de Atendimento e Acolhimento, Clinicas,Hospitais dentre outras, que recepcionem as demandas oriundas da rede pública desaúde, assistência social, segurança, penitenciária e de instituição socioeducativa; Comentário: o Conselho questiona que rede é essa que se quer criar? Pois já existe umarede e a mesma está prevista nas portarias e normativas, não há necessidade de criaruma rede e sim de fortalecer e ampliar a existente, implementar os equipamentos queainda não foram implementados, cofinanciar com recursos do Estado os serviços desaúde mental.

IV- promover a avaliação e Comprovação de Regularidade de ComunidadesTerapêuticas, sendo expedido o devido Certificado pelo órgão ou Pasta Governamentalresponsável pelas Políticas Sobre Drogas, referendado pela instituição federativa deComunidades Terapêuticas com representação estadual;Comentário: a atribuição de inscrever, regular e fiscalizar é dos Conselhos Municipais dePolíticas sobre Drogas, por isso, também, é importante implantar os Conselhos Municipaisno estado. A federação não tem e não deve ter essa atribuição, dentre outros motivospela sua natureza e finalidade, composição e exigência de taxas anuais. Esse parágrafofortalece uma federação enquanto deveria promover a implantação dos ConselhosMunicipais, a exemplo do que é feito na política de saúde e na política de assistênciasocial que possuem cobertura em todos os municípios do estado.

§ 4º. Programa de Prevenção Primária Sobre Drogas, que objetiva integrar a família e aescola, nos âmbitos estadual e municipal, dentre outras ações planejadas, tendo especialmissão de instrumentalizar o Conselho Estadual de Educação, para construir e apresentarao Governador do Estado, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, da vigência desta Lei,proposição de Lei instituindo o Plano Estadual de Educação em Prevenção ao Uso,Abuso e Dependência de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, a ser executadopelo Sistema Estadual e Municipais de Ensino do Paraná, objetivando ainda:

I- tornar obrigatória a veiculação gratuita a título de utilidade pública nos meios de

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comunicação, de programações, propagandas e matérias com conteúdos específicos àprevenção ao uso de drogas psicoativas e de outra natureza;

II- orientar as famílias sobre os direitos de proteção integral das crianças, dosadolescentes, dos jovens frente às drogas, sobre programas e ações públicas e privadaspara prevenção ao uso e de auxilio aos dependentes de drogas psicoativas e de outrasnaturezas;

III- promover campanhas de sensibilização e de conscientização para prevenção ao usode drogas, aplicadas obrigatoriamente na rede pública e privada de ensino;

IV- criar uma Rede de instituições públicas e privadas (a educação)de imprensa e detecnologias de informação e comunicação, integrando-as aos objetivos do Plano Decenal“PAZ PARANAENSE”.Comentário: com relação ao §4º não se pode ignorar que o município e estado jáobedecem a orientações para elaboração de seus planos previstas no Caderno deOrientações para Elaboração do Plano Municipal de Educação do Ministério daEducação, portanto, determinar que seja elaborado em 180 dias esse planejamento éinviável. Além disso, nos incisos são atribuídas ações de comunicação, publicidade, quenão precisam ser ou não são atribuições das secretarias de educação.

§ 5º. Programa de Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de DrogasPsicoativas e de Outras Naturezas, objetivando a integração das forças policiais nacionaise internacionais, de todas as esferas governamentais, incluso Guardas Municipais,Conselhos de Segurança, Ministérios Públicos e o Poder Judiciário, com vistas à reduçãoda oferta de substâncias psicoativas e o planejamento de ações para cumprimento deforma especial, dos preceitos contidos nos artigos 27 a 47, da Lei Federal nº 11.343 de 23de agosto de 2006;

Parágrafo único. Os planejamentos objeto do Programa de que trata este parágrafo, serãogravados de sigilo, tendo sua divulgação somente quando autorizada pelo Secretário deEstado de Segurança Pública e Administração Penitenciária.Comentário: por qual motivo?

§ 6º. Programa de Sustentação Financeira do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”objetivando dentre outros, na forma da Lei, Mobilização de recursos para o FundoEstadual de Políticas Sobre Drogas – FESD, e a utilização de recursos do Fundo Especialde Segurança Pública – FUNESP/Pr, nos termos dos incisos IX e X, do artigo 4º, da LeiEstadual nº 8587, de 10 de novembro de 2011;

Art. 4º. Para exequibilidade do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”, serão observadas asdiretrizes do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, expressas pela Lei Federal nº11.343, de 23 de agosto de 2006 e suas alterações posteriores, estabelecendo umprocesso programático de ações que serão executadas por instituições organizadas emRedes integradas.

Art. 5º. Para exequibilidade dos Programas do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE” ficamcriadas as seguintes Redes Executivas:

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I- Rede VER: Rede Paranaense de Verificação, Estudos e Pesquisas na área de Drogaspara análise e avaliação dos resultados da política e gestão da informação e doconhecimento, desenvolvendo e instituindo para tanto um Sistema Integrado deInformação de Políticas sobre Drogas a ser alimentado por todas as Redes, para efetivaexecução do Programa de Estudos e Pesquisas Sobre Drogas;Comentário: o Conselho questiona quem vai se responsabilizar pela construção dessesistema?

II- Rede PREVER: Rede Paranaense de Orientação e Prevenção do Uso, Abuso eDependência de Drogas, priorizando políticas para a proteção da criança, adolescente,jovem, adulto e idoso para execução do Programa de Prevenção Primária Sobre Drogas;

III- Rede CRER: Rede Paranaense de Comunidades e Instituições de Atenção,Acolhimento, Tratamento, Recuperação e Reinserção Social de Dependentes de Drogaspsicoativas e de outras naturezas, com trabalhos extensivos às famílias, para execuçãodo Programa de Tratamento, e Reinserção Social de Usuários e Dependentes de Drogas;

IV- Rede SER: Rede Paranaense de Capacitação de Servidores Públicos Civis e Militaresdo Estado e dos Municípios do Paraná, e de pessoas da sociedade civil organizada,assim como também de representantes do setor privado, para implantação efortalecimento de processos de formação técnica e especializada, para intervenção ativanas políticas sobre drogas e efetiva execução do Programa de Capacitação, Articulação eMobilização;

V- Rede SEGUIR: Rede Paranaense de Ação Integrada de Repressão à Produção NãoAutorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, paraplanejamento integrado de ações conjuntas das forças policiais nacionais e internacionais,de todas as esferas governamentais, incluso Guardas Municipais, Conselhos deSegurança, Ministérios Públicos e o Poder Judiciário, para execução do Programa deRepressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e deOutras Naturezas.

VI- Rede FIM: Rede Paranaense de Financiamento, Mobilização de Recursos eResponsabilidade Social, objetivando integração dos setores público, privado e sociedadecivil organizada, para cooperação técnica e captação de recursos para o Fundo Estadualde Políticas Sobre Drogas regulamentado pela Lei nº 17244, de 17 de julho de 2012, paraefetivação e execução do Programa de Sustentação Financeira do Plano Decenal “PAZPARANAENSE”.

Art. 6º. A implantação do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”, dar-se-á por meio deações integradas de todos os órgãos da Administração direta, indireta e fundacional doGoverno do Estado, em conjunto com a Sociedade Civil Organizada e o setorprivado, para a Prevenção ao uso, abuso e dependência de drogas e repressão àProdução Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de OutrasNaturezas.

Parágrafo único. O Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”, no que couber, será

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implementado visando, também, cooperação com as ações do Governo Federal parapolíticas públicas sobre drogas.

Art. 7º. O Estado, por intermédio da Pasta Governamental responsável pela execução dePolíticas Sobre Drogas, em conjunto com a REDE VER, descrita no inciso I, do artigo 5º,desta Lei, instituirá Sistema Integrado de Informações de Políticas Sobre Drogas que seráalimentado por todas as Redes e Instituições integrantes do Comitê Interinstitucional deElaboração, Implementação e Acompanhamento do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”.

Do Programa de Tratamento e Reinserção Socialde Usuários e Dependentes de Drogas executado pela Rede CRER.

Art. 8º. A REDE CRER, referida no inciso III, do artigo 5º, desta Lei, tem as seguintesatribuições:

I– subsidiar o planejamento de processos de identificação, qualificação e fortalecimentodas Comunidades Terapêuticas e demais instituições congêneres de acolhimento ereinserção social de dependentes de drogas psicoativas, atuantes no Estado do Paraná,às vistas do Marco Regulatório das Comunidades Terapêuticas, Resolução CONAD –Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas nº 01/2015 de 28 de agosto de 2015 eResolução da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC-029 de 30 dejunho de 2011 e Decreto Estadual nº 1.987/2015;

II– Responsabilizar-se pela inserção de dados relativos à sua atividade, no SistemaIntegrado de Políticas Sobre Drogas.

Art. 9º. O cadastramento e a certificação de regularidade das Comunidades Terapêuticasintegrantes da REDE CRER, será realizado Departamento Estadual de Políticas SobreDrogas, observado os critérios do Sistema Nacional de Políticas Sobre Drogas,certificação esta que necessitará, também, da chancela da Federação de ComunidadesTerapêuticas de abrangência estadual.Comentário: reiteramos que novamente é atribuída à Federação Estadual ascompetências dos Conselhos Municipais. Promovendo um órgão com natureza efinalidade distintas, com cobrança de taxa. Que não tem condições nem legitimidade paraexercer o controle social. Solicitamos a substituição da Federação pelo COMAD nosmunicípios que houver e Conselho Estadual nos que não houver, conforme era praticadoanteriormente.

§ 1º. A certificação referida neste artigo, será conferida por expedição de certidão deregularidade no Sistema Integrado de Informações de Políticas Sobre Drogas, recebendoa instituição credenciada, também o respectivo Diploma de Certificação de Regularidade;

§ 2º. A certificação referida neste artigo terá a validade de 48 meses;O COMAD acredita que o período de 48 meses, 4 anos, é muito longo. No município, arenovação de inscrição acontece todo ano e nesse curto período de tempo é possívelverificar que situações regulares mudam para irregulares e vice-versa. Portanto, esseprazo deve ser menor, anual ou, no máximo, a cada dois anos.

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§ 3º. É condição sine qua non, a adesão voluntária das Comunidades Terapêuticas edemais instituições congêneres de acolhimento e reinserção social de dependentes dedrogas psicoativas à REDE CRER, assim como a aceitação das regras impostas peloGestor Coordenador do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE” e dos valores impostos aoauxílio estatal para o acolhimento e reinserção social de dependentes de drogas.Comentário: esse inciso é bastante confuso. Se a condição é sine qua non, não há comoa adesão ser voluntária. É o mesmo que dizer que a adesão voluntária é obrigatória,logo, ela deixa de ser voluntária.

Art. 10. A gestão da informação das Comunidades Terapêuticas do Paraná integrantes daREDE CRER, que promovem acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes douso nocivo e dependência de substâncias psicoativas e de outras naturezas, a instituiçãoe manutenção do Cadastro Único e a "Certificação de Regularidade, é deresponsabilidade do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, em articulaçãocom os órgãos emissores de laudos técnicos que seguem rigorosamente protocoloespecífico para as Comunidades Terapêuticas, construído conjuntamente, às vistas dosatos regulamentadores vigentes.

Art. 11. O Cadastramento das Comunidades Terapêuticas na REDE CRER, serárealizado pela instituição em conjunto com o respectivo Conselho Municipal de PolíticasSobre Drogas, por intermédio do preenchimento de ficha cadastral digital, no SitioEletrônico do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE” que manterá atualizado o Banco dedados do Sistema Integrado de Informação de Políticas Sobre Drogas.Parágrafo único. A inserção de má fé de informações inverídicas no Cadastramento deque trata este artigo, sujeita, no que couber, a instituição e seu representante àresponsabilização civil e criminal.Comentário: não fica registrado como se dará nos municípios em que não existe COMAD,considerando que apenas 29 municípios no Paraná possuem esse conselho, prever comose dará nesses casos é indispensável.Além disso, é muito estranho que os COMADs não mais se responsabilizem pela controlesocial mas sejam coobrigados a preencher o sistema de informação junto com as Cts,inclusive se responsabilizando pelas informações.

Art. 12. A Certificação de Regularidade de Comunidade Terapêutica da REDE CRER,será efetivada mediante apresentação perante o Gestor Coordenador do ComitêInterinstitucional de Elaboração, Implementação e Acompanhamento do Plano Decenal“PAZ PARANANENSE”, dos seguintes documentos comprobatórios:

I – Contrato social ou Estatuto com suas alterações; II – Alvará Municipal de Funcionamento;III– Licença Sanitária;IV– Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ;V– Declaração de Utilidade Pública municipal e estadual;VI– Certidão Negativa expedida pelo Tribunal de Contas do Estado; VII – Ata de Posse da Diretoria atualizada;VIII– Certidão negativa do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social;IX– Certidão negativa do FGTS – Fundo de garantia por Tempo de Serviço; X – Certidão de Vistoria do Corpo de Bombeiros;

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XI – Plano de Atendimento Singular.Comentário: não inclui a inscrição nos COMADs quando o município tem esse Conselhoou no CONESD quando o município não tem Conselho Municipal. Embora tenha se faladoda Federação Estadual, aqui no rol de documentos não há referência a essa entidade.

Parágrafo único. As instituições referidas neste artigo, poderão integrar a REDE CRERcom carência para apresentação dos requisitos constantes dos incisos III, V e VI, peloprazo de 24 (vinte e quatro) meses improrrogáveis, para adequação física e documental,tendo neste período, direito a credenciamento provisório e acesso à Autorizações deAcolhimento ou Internação, e por conseguinte a recursos do Fundo Estadual de PolíticasSobre Drogas.Comentário: Não entendemos a necessidade de contemplar a entidade que não atende anorma mínima. O Conselho é contrário a precarização do serviço.

Art. 13. As Comunidades Terapêuticas integrantes da REDE CRER, quando devidamentecertificadas suas regularidades físicas e sanitárias que lhes habilite a realização deacolhimentos e internações, receberão auxílio do Estado do Paraná, para custeio de suasatividades de tratamento, reabilitação e reinserção social de usuários e dependentes dedrogas psicoativas e de outras naturezas, quando promoverem gratuitamenteatendimento profissional psicoterapêutico e social, estendendo o auxílio aos familiares detoda e qualquer pessoa que procure os préstimos da instituição, garantindo internaçãopsiquiátrica quando laudo médico assim o indicar.Comentário: Aqui há uma contradição com o Parágrafo único do Art. 12 porque que falaem carência de 24 meses para os incisos III, V e VI, que se referem a regularidade físicae sanitária. Não fica claro, portanto, se essa regularidade física e sanitária será exigida ounão.

Parágrafo único. O valor do auxílio estatal para acolhimento de usuários e dependentesde drogas, será estipulado pelo Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas SobreDrogas, como valor de referência para internação psiquiátrica, correspondendo, namedida do possível, ao valor médio das necessidades integrais para manutenção dodependente em suas diversas fases de internação/acolhimento e tratamento, sendo omesmo valor para cada atendido, independente do grau de dependência.Comentário: não fica evidente o valor que será pago pelo Conselho Diretor do FundoEstadual, fica a critério do Conselho Diretor tendo como referência o serviço parainternação psiquiátrica, “na medida do possível”. Aqui, tem-se a impressão de que oDepartamento irá custear sem valor estabelecido, se houver dinheiro.

Art. 14. O Estado, por intermédio do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas,utilizando-se de recursos do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas, após deliberaçãodo Conselho Diretor do Fundo, destinará a todas as Comunidades Terapêuticascredenciadas e com certificação de regularidade, um terminal de computador com acessoao Sistema Integrado de Informação de Políticas sobre Drogas, meio digital decomunicação direta da REDE CRER com o Departamento Estadual de Políticas SobreDrogas, interface por onde se dará a regulação de Acolhimentos e Internações eobtenção das respectivas autorizações de auxílios.

Art. 15. As Comunidades Terapêuticas integrantes da REDE CRER, para ter acesso aos

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recursos de que trata o artigo anterior, deverão respeitar o seguinte processo para obter aAutorização de Acolhimento ou Internação, que lhes garantirá o recebimento imediato deauxílio:

I– receber o paciente aplicando de imediato o Protocolo de Manchester Psiquiátrico paraclassificação do risco, dando os devidos encaminhamentos aos de risco elevadoprocurando estabilizar o paciente para o acolhimento ou internação;Comentário: o inciso é absurdo pois as Comunidades Terapêuticas não promovematendimento de urgência e emergencia. Portanto, não há como aplicar o protocolo demanchester pois as mesmas não são instituições que promovem internação.

II– estabilizado o paciente, proceder a integral identificação da pessoa, com adigitalização dos documentos civis, capturando imagem digital frontal do paciente,inserindo os dados no Sistema Integrado de Informação de Políticas Sobre Drogas,coletando depoimento histórico da vida pregressa do paciente, preenchendo a respectivaficha cadastral;Comentário: o Conselho também considera desnecessário capturar imagem digital frontal,assim como o depoimento histórico de vida pregressa do paciente, nesses termos seassemelha muito à pratica policial punitiva. As Comunidades Terapêuticas trabalham napromoção da saúde, da reinserção social e familiar, na convivência entre os pares, nasuperação da doença e não na punição. Também é preciso ser respeitado e garantido osigilo do paciente.

III– proceder imediata avaliação médica expedindo o respectivo laudo documental,digitalizando-o e inserindo-o no Sistema Integrado de Informação de Políticas SobreDrogas;Comentário: atribuição não deve ser da Comunidade Terapêutica

IV– Na hipótese de laudo Médico indicativo de acolhimento ou internação, proceder asolicitação de autorização para tratamento e acesso ao recebimento de auxílio,especificando toda a estratégia de tratamento, local do acolhimento ou internação, asmedicações prescritas e o prazo do tratamento;

V– No prazo de 48 horas da Solicitação de Autorização de Tratamento, após avaliaçãoprocessual, o Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, confirmará autorizaçãode tratamento, procedendo o depósito dos respectivos recursos para manutenção dotratamento, diretamente na conta corrente bancária da instituição específica para este fim,por meio de transferência bancária, para os processos que contemplem integralregularidade e atendimento dos requisitos do regulamento do Programa de Tratamento eReinserção Social de Usuários e Dependentes de Drogas, deliberado pelo ConselhoDiretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas e Comitê Interinstitucional do PlanoDecenal “PAZ PARANAENSE”.VI– na hipótese de internação involuntária, por requisição comprovada de responsáveispais, cônjuge, filho(s), tutor ou curador, coletar a devida declaração de responsabilidadepela requisição de acolhimento ou internação, coletando, também, depoimento históricoda vida pregressa do paciente, além do cumprimento dos requisitos impostos pelosincisos I a IV, deste artigo, inserindo todos os dados no Sistema Integrado de Informação

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de Políticas Sobre Drogas;Comentário: O Conselho defende que o acolhimento em Comunidades Terapêuticas nãosão internações involuntárias. E que internações involuntárias são medidas extremas,devem ser tratadas como exceção e não regra, a política prioritária deve continuar sendoa voluntária, por meio de convencimento da pessoa com problemas decorrentes do abusode substâncias psicoativas. Além disso, as internações involuntárias e compulsórias jáestão previstas na Lei 10216, onde ficam expressos os procedimentos necessários paratanto. O COMAD tem atuado na garantia dos direitos das pessoas com problemasdecorrentes do uso e abuso de drogas.

VII– na hipótese internação compulsória, quando mediante intervenção do Estado,preferencialmente a requerimento do Ministério Público ou da Defensoria Pública, oJudiciário se manifestar liminarmente favorável à internação, em virtude da condiçãoclínica e psiquiátrica representar risco àquela vida ou à de outrem, cumprir os requisitosimpostos pelos incisos I a IV, deste artigo, receber o documento de sentença judicial,digitalizando-o e inserindo-o no Sistema Integrado de Informação de Políticas SobreDrogas e solicitar o acompanhamento de todo o processo de tratamento derepresentante do respectivo Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas, sendo quenesta hipótese, o Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas deverá decorrer aautorização de internação no prazo de 24 (vinte quatro) horas, procedendo ao repassedos respectivos recursos para manutenção do tratamento à Comunidade Terapêutica nomesmo prazo.

Parágrafo único. As instituições integrantes da Rede CRER, deverão notificar aoDepartamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,nas seguintes ocorrências:

I– desistência formal do dependente para o tratamento ou acolhimento, na hipótese deacolhimento voluntário;II– fuga ou desaparecimento imotivado do dependente que interrompa ao tratamento porprazo superior a 24 horas;III– desaparecimento do dependente sob internação compulsória.

Art. 16. As informações integrantes do Banco de Dados do Sistema Integrado deInformação de Políticas Sobre Drogas relativas a dados sobre acolhimentos ouinternações de pessoas, são gravadas de sigilo, podendo ser disponibilizadas sendoacessadas por profissionais médicos devidamente identificados, observada a éticamédica, e a qualquer cidadão mediante determinação judicial.

Da Reorganização do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas (Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012)

Para adequação ao Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”

Art. 17. O artigo 1º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa a vigorarcom a seguinte redação:

“Art. 1º. Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado responsável pela execução ecoordenação do Plano Decenal de Prevenção e Combate ao Uso, Abuso e Dependência

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de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, o Fundo Estadual de Políticas SobreDrogas – FESD, a ser gerido pelo Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas,Gestor Coordenador do Comitê Interinstitucional de Elaboração, Implementação,Acompanhamento e Execução do “PAZ PARANANENSE” - Plano Decenal de Prevençãoe Combate ao Uso, Abuso e Dependência de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas.”Comentário: Reiteramos a importância da utilização correta das terminologias adotadasatualmente, que reforçam a promoção da saúde mental e do enfrentamento aosproblemas associados ao uso nocivo e/ou abusivo de drogas

Art. 18. O Parágrafo único, do artigo 2º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo único. O Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, órgão deexecução programática da Secretaria de Estado responsável pelas Políticas SobreDrogas, gerenciará as atividades orçamentárias e financeiras do Fundo Estadual dePolíticas Sobre Drogas – FESD, segundo as diretrizes impostas pelo “PAZPARANANENSE” – Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e deRepressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e deOutras Naturezas, reservando especial dotação orçamentária para execução doPrograma de Prevenção Primária Sobre Drogas e Programa de Tratamento e ReinserçãoSocial de Usuários e Dependentes de Drogas.”

Art. 19. A alínea “b”, do inciso III, do artigo 3º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de2012, passa a vigorar com a seguinte redação:

“b) pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou estrangeiras, de acordo com a Lei nº 9.532,de 10 de dezembro de 1997, as quais poderão ser elegíveis para receber incentivosfiscais mediante prévia avaliação do Departamento Estadual de Políticas sobre Drogasem consonância com o Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas e com as diretrizesdo Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão àProdução Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de OutrasNaturezas.”

Art. 20. O inciso XI, do artigo 3º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passaa vigorar com a seguinte redação:

“XI – bens cuja autorização de uso com transferência de responsabilidade tenha sidodeclarada pelo juízo competente, ouvido o Ministério Público e após parecer dedestinação do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas com prévia deliberaçãodo Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas;”

Art. 21. O inciso XIV, do artigo 3º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012,passa a vigorar com a seguinte redação:

“XIV – recursos provenientes de publicações e eventos promovidos pelo ConselhoEstadual de Políticas Sobre Drogas e pelas Redes de Execução programáticas do PlanoDecenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão à Produção NãoAutorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas.”

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Art. 22. O artigo 4º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa a vigorarcom a seguinte redação:

“Art. 4º. Os recursos a que se refere o artigo anterior, serão depositados em banco oficial,em conta especial, sob a denominação “Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas”,será movimentado pelo responsável do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogasou, por delegação deste, pelo Presidente do Conselho Estadual de Políticas SobreDrogas, em conjunto com, no mínimo, duas pessoas autorizadas pelo referido Conselho.”Comentário: o Conselho defende que não seja personificado, que se mantenha aatribuição ao Conselho como órgão colegiado, o presidente apenas representa asdeliberações do grupo.

Art. 23. O inciso IX, artigo 8º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa avigorar com a seguinte redação:

“IX – o subsídio à participação de membros do Conselho Diretor do FESD, do ConselhoEstadual de Políticas Sobre Drogas e do próprio Departamento de Políticas sobre Drogasem eventos nacionais e internacionais voltados a discussão de questões ligadas àspolíticas sobre drogas;”

Art. 24. O parágrafo único, do artigo 8º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo único. Os bens adquiridos com os recursos do Fundo Estadual de PolíticasSobre Drogas integrarão a carga patrimonial da Secretaria de Estado que tiver asatividades referentes à administração do Departamento Estadual de Políticas SobreDrogas.”

Art. 25. O artigo 9º, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa a vigorarcom a seguinte redação:

“Art. 9º. Fica instituído o Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas,órgão colegiado, deliberativo e de caráter consultivo, com a finalidade de aprovar osprogramas de trabalho e a aplicação dos recursos financeiros do referido Fundo propostopelo “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependênciae de Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas ede Outras Naturezas.”Comentário: A redação antiga previa o financiamento às políticas públicas aprovadas peloConselho Estadual de Políticas sobre Drogas – órgão deliberativo, paritário, departicipação popular e controle social. A nova redação retrocede ao retirar da Lei 17244que se contemple as proposições do Conselho.

Art. 26. O inciso I, artigo 10, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa avigorar com a seguinte redação:

“I – o Diretor do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, na qualidade dePresidente, indicará o Secretário Executivo do Conselho Diretor do Fundo Estadual de

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Política Sobre Drogas dentre seus membros;”

Art. 27. O inciso II, artigo 10, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa avigorar com a seguinte redação:Comentário: o Conselho questiona, de uma forma geral, as alterações propostas para oArt. 10 da Lei 17244. Qual objetivo e finalidade de alterar as atribuições estabelecidasanteriormente.

“II – 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e DireitosHumanos;”

Art. 28. O inciso X, artigo 10, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa avigorar com a seguinte redação:

“X – 01 (um) representante do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas;”

Art. 29. O artigo 10, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa a vigoraracrescido do inciso XIII, com a seguinte redação:

“XIII – 01 (um) representante da Universidade Federal do Paraná.

Art. 30. O Presidente do Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogasserá o Diretor do Departamento Estadual de Políticas Sobre Drogas, Gestor Coordenadordo Comitê Interinstitucional de Elaboração, Implementação, Acompanhamento eExecução do “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso eDependência e de Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de DrogasPsicoativas e de Outras Naturezas.

Art. 31. O artigo 20, da Lei Estadual nº 17244, de 17 de julho de 2012, passa a vigorarcom a seguinte redação:

“Art. 20. A Secretaria de Estado responsável pela execução das Políticas Sobre Drogasprestará o necessário suporte técnico-administrativo para o funcionamento do FundoEstadual de Políticas Sobre Drogas.”Comentário: Ainda com relação ao Fundo e ao financiamento das ComunidadesTerapêuticas, o COMAD chama atenção para o Marco Regulatório das ONGs, Lei Federal13019 que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e asorganizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução definalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou deprojetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos decolaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes paraa política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade

civil; e altera as Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999. A Lei 13019 inviabiliza todos os repasses previstos nesta minuta de Lei, pois ficamdefinidos os trâmites formais e legais para o repasse, sendo obedecidas a ampladivulgação, concorrência por meio de edital de chamamento público.

DO REAPARELHAMENTO DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE POLÍTICAS SOBRE

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DROGAS PARA GESTÃO DO “PAZ PARANAENSE” PLANO DECENAL DEPREVENÇÃO AO USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA E DE REPRESSÃO À PRODUÇÃO

NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS PSICOATIVAS E DEOUTRAS NATUREZAS E DO FUNDO ESTADUAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

Comentário: O Conselho questiona qual o tamanho da equipe do departamento estadualque assume essas atribuições, a quantidade de funcionários, formação e cargos. Porquea equipe sempre foi bastante reduzida, sobrecarregando os funcionários com atribuiçõesimportantes que acabavam não sendo atendidas pela precarização do departamento.

Art. 32. O Departamento Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas – DEPSD, integra aestrutura programática da Secretaria de Estado responsável pela execução das PolíticasSobre Drogas, tendo, dentre outras, as seguintes atribuições e competências:

I– atuar como Gestor Coordenador do Comitê Interinstitucional de Elaboração,Implementação, Acompanhamento e Execução do “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenalde Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e de Repressão à Produção Não Autorizadae ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas;

II– presidir o Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas;

III- o planejamento, a coordenação, a supervisão e a avaliação das políticas sobre drogasno território paranaense;

IV- o planejamento, a articulação, a negociação e a coordenação dos planos e programasda política estadual sobre drogas, destinados à sistematização, ao desenvolvimento e àdivulgação das ações relacionadas às políticas sobre drogas;

V- a consolidação da política estadual sobre drogas, observadas as diretrizesinternacionais sobre drogas, do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas e doConselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas do Paraná;

VI- a definição de estratégias e a elaboração de planos e de procedimentos para oalcance das metas propostas na política estadual sobre drogas, bem como oacompanhamento da execução dessa política, na sua área de competência;Comentário: O Conselho questiona onde ficarão definidas essas metas.

VII- a promoção de parcerias público-privadas com instituições, a realização de convêniose contratos de prestação de serviços, que visem a cooperação técnica e mobilização derecursos financeiros para o desenvolvimento de projetos e programas das políticas sobredrogas;

VIII- a promoção das ações municipalizadas, estimulando a criação, o fortalecimento e ointercâmbio dos Conselhos Municipais sobre drogas, assim como a promoção deprocessos de formação e qualificação de seus integrantes;

IX- a aprovação, a realização e a supervisão de estudos, pesquisas, cursos, seminários,congressos, fóruns, palestras e publicações sistemáticas de temas relativos às políticas

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sobre drogas;

X- a manutenção, de forma atualizada, da documentação e da legislação pertinente àspolíticas sobre drogas;

XI- a realização de cursos de formação e de capacitação para profissionais de órgãos eentidades paranaenses que atuam na área das políticas sobre drogas;

XII- a organização e a realização de campanhas, através dos meios de comunicação, deforma a difundir conhecimentos e conscientização de assuntos relacionados às políticassobre drogas;

XIII- a proposição de normas para a realização de campanhas de orientação econscientização para a prevenção do uso e abuso de substâncias psicoativas;

XIV- o armazenamento, a validação, o processamento e a difusão de dados e deconhecimentos sobre as políticas sobre drogas, que contribuam para o intercâmbio cominstituições científicas, para a integração das políticas públicas correlacionadas ao tema epara a informação e mobilização da sociedade;

XV- o fomento ao intercâmbio com outras instituições e organizações congêneresinternacionais, nacionais e municipais, com a finalidade de desenvolver projetos na áreade políticas sobre drogas psicoativas e de outrasnaturezas, bem como o acompanhamento de projetos em desenvolvimento pelos diversoscentros de excelência na matéria tratada;

XVI- a implementação de procedimentos para captação, mobilização e capacitação devoluntários para atuarem como agentes multiplicadores na matéria tratada;

XVII- o acompanhamento e a avaliação da gestão dos recursos direcionados aodesenvolvimento de projetos e programas na área de políticas sobre drogas psicoativas ede outras naturezas; eXVIII- o desempenho de outras atividades correlatas.

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO DEPSD

Art. 33. Para consecução de suas atribuições e competências, o Departamento Estadualde Políticas Públicas Sobre Drogas – DEPSD – terá, no mínimo, a seguinte estruturaorganizacional:

I– Nível de direção

a) Direção Geral do Departamento.

II– Nível de assessoriaa) Assessoria técnica administrativa e pedagógica do Departamento.

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III– Nível de execução

a)Coordenação do Assessoramento do Comitê Interinstitucional de Elaboração,Implementação, Acompanhamento e Execução do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”;

b)Coordenação do Programa de Estudos e Pesquisas Sobre Drogas atuando comoObservatório de Políticas Sobre Drogas do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE”;

c) Coordenação do Programa de Capacitação, Articulação e Mobilização do PlanoDecenal “PAZ PARANANENSE”;

d) Coordenação do Programa de Tratamento e Reinserção Social de Usuários eDependentes de Drogas do Plano Decenal “PAZ PARANAENSE;

e)Coordenação do Programa de Prevenção Primária Sobre Drogas do Plano Decenal“PAZ PARANAENSE”;

f) Coordenação do Programa de Repressão à Produção Não Autorizada e ao TráficoIlícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas para assessoramento da RedeSEGUIR: Rede Paranaense de Ação Integrada de Repressão à Produção Não Autorizadae ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, para planejamentointegrado de ações conjuntas das forças policiais nacionais e internacionais, de todas asesferas governamentais, incluso Guardas Municipais, Conselhos de Segurança,Ministérios Públicos e o Poder Judiciário;

g) Coordenação do Programa de Sustentação Financeira do Plano Decenal “PAZPARANAENSE integrada à Coordenação do Conselho Diretor do Fundo Estadual dePolíticas Sobre Drogas e à Coordenação de Contabilidade do Fundo Estadual de PolíticasSobre Drogas para execução das atividades determinadas pelo artigo 21, da Lei Estadualnº 17244, de 17 de julho de 2012;

h) Coordenação dos Centros Regionais de Integração Social – CIS, com foco naprevenção ao uso de drogas e na atenção e reinserção social de usuários e dependentesde drogas, objetivando implantar ações capazes de contribuir para a melhoria dasegurança pública e qualidade de vida das pessoas, bem como, auxiliar a criação e ofortalecimento dos Conselhos Municipais de políticas sobre drogas, promoção deEventos, desenvolvimento de Processos de Formação e Intercâmbio de Experiências.Comentário: O Conselho questiona como será a coordenação desses Centros, em quelocais eles vão acontecer, se haverá funcionário do governo do estado responsável poresses centros, qual a infraestrutura será disponibilizada. Enfim, como será a estruturaadministrativa desse “serviço novo”

Parágrafo Único. O Organograma da Estrutura Organizacional do Departamento Estadualde Políticas Públicas Sobre Drogas – DEPSD, consta do anexo I, da presente Lei.

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NÍVEL DE DIREÇÃO

Art. 34. À Direção do Departamento de Políticas Públicas sobre Drogas compete:

I - o exercício das responsabilidades fundamentais dos ocupantes de posições de chefiana administração direta do Poder Executivo, nos termos do art. 43 da Lei n.º 8.485, de1987;

II- a administração do Departamento pautada pelos princípios constitucionais dalegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência;

III- a coordenação das atividades do Sistema Estadual de Políticas sobre Drogas por meioda articulação dos órgãos que o compõem;

IV- o acompanhamento e a articulação da execução da política estadual com o ConselhoEstadual de Políticas Públicas sobre Drogas;

V- a presidência do Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas Sobre drogas;

VI- a articulação das políticas públicas sobre drogas estaduais com as diretrizesinternacionais e nacionais na área;

VII- a coordenação e gerenciamento das funções administrativas previstas nas atribuiçõese competências do Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas e nasResoluções da Secretaria de Estado que vinculem as atividades deste Departamento;

a edição de Portarias e atos administrativos condizentes ao Departamento;

IX- o desempenho de outras atividades correlatas.

NÍVEL DE ASSESSORIA

Art. 35. À Assessoria técnica administrativa e pedagógica do Departamento compete:- o auxílio à direção geral do Departamento nas incumbências administrativas epedagógicas, intermediando as tratativas cabíveis às Coordenações do Departamento;

- o monitoramento da gestão do conhecimento do Departamento no que se refere aprodução, registro, sistematização, arquivo e comunicação de dados e informaçõesreferentes às políticas sobre drogas, construindo e disponibilizando um mapageorreferenciado no sítio eletrônico do Departamento;

- a contribuição nas articulações do Departamento nas instâncias do Conselho Estadualde Políticas sobre Drogas e do Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas sobreDrogas;

- o planejamento para a elaboração de projetos para mobilização e gestão de recursospara fortalecimento das políticas sobre drogas, bem como o dimensionamento dos

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mecanismos e processos para sua execução pelas Coordenações do Departamento;

- o planejamento, a execução e o monitoramento dos Convênios e Termos deCooperação relacionados ao Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas;

- a promoção e a vigilância das articulações do Departamento junto às corporaçõespoliciais e à administração penitenciária para fortalecimento das políticas sobre drogas.

NÍVEL DE EXECUÇÃO

COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DO COMITÊ INTERINSTITUCIONAL DEELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E EXECUÇÃO DO “PAZ

PARANANENSE”

Art. 36. A Coordenação do assessoramento do Comitê Interinstitucional de elaboração,implementação, acompanhamento e execução do “PAZ PARANANENSE”, possui asseguintes atribuições:

I- a definição de mecanismos para criar e manter o Comitê Interinstitucional do PlanoDecenal “PAZ PARANAENSE”, exclusivamente voltado para a implementação efetiva e ofortalecimento permanente das políticas sobre drogas no Paraná;

II– a liderança das reuniões do Comitê Interinstitucional do Plano Decenal “PAZPARANAENSE”, de modo a delinear projetos e atividades para execução dos Programas“PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e deRepressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e deOutras Naturezas, às vistas das diretrizes internacionais e nacionais sobre a matéria;

III– a responsabilidade de gerenciar a formulação de relatórios anuais consubstanciadoscom o trabalho desenvolvido pelo Comitê Interinstitucional, com os dados e asinformações do processo de acompanhamento e avaliação anual do “PAZPARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso, Abuso e Dependência e deRepressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e deOutras Naturezas.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DROGAS –OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS DO PR

Art. 37. À Coordenação de Estudos e Pesquisas sobre Drogas - Observatório de Políticassobre Drogas do Paraná compete coordenar a realização de estudos e pesquisas na áreade drogas, bem como, estabelecer mecanismos de avaliação da sua efetividade, e possuias seguintes atribuições:

I- a articulação com as corporações policiais e a administração penitenciária a fim de

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mapear e dimensionar os dados e informações da área de drogas no Estado do Paraná,no que diz respeito a demanda e oferta de drogas e ao cometimento de crimes e atosinfracionais vinculados;

II- o levantamento de artigos, teses, dissertações e outras produções científicas e técnicasna área de drogas no Estado do Paraná para compor um banco de dados para publicaçãono sítio eletrônico do Departamento;

III- a realização de estudos e pesquisas de caráter acadêmico e científico na área dedrogas com populações vulneráveis, como exemplo os apenados do sistema prisional eos adolescentes dos Centros de Atendimento Socioeducacionais;

IV- a pesquisa e/ou a produção e/ou a busca de cessão de direitos de uso de materiaisdidáticos (cartilhas, cartazes, slogans, livros, apresentações, entre outros formatos) parasubsidiar os processos de formação na área de políticas sobre drogas;

V- a elaboração e execução de estratégias para monitoramento das políticas sobredrogas no Paraná, estabelecendo mecanismos processuais de avaliação.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO EMOBILIZAÇÃO DO “PAZ PARANANENSE

Art. 38. À Coordenação do Programa de Capacitação, Articulação e Mobilização do PlanoDecenal “PAZ PARANANENSE” compete coordenar a realização e o fortalecimento deparcerias no âmbito internacional, nacional e estadual para a promoção e participação deeventos de formação na área das políticas sobre drogas, com as seguintes atribuições:

I- o estabelecimento e manutenção de canais de comunicação com os órgãos e entidadesna escala internacional, nacional e estadual, dos três setores da sociedade, para apromoção e o fortalecimento das políticas sobre drogas;

II– o planejamento e a promoção de eventos de formação (cursos, reuniões técnicas,seminários, webconferências, entre outros) na área de drogas, seguindo as diretrizesinternacionais, nacionais e estaduais, para a composição e o fortalecimento de uma RedeEspecializada de Agentes das Políticas sobre Drogas no Paraná;

III- a participação ativa em reuniões, encontros, seminários e em outros eventos deabrangência estadual, nacional e internacional relacionados com políticas sobre drogas,privilegiando os promovidos pelos Conselhos e Fundos de Políticas sobre Drogas;

IV- a proposta de campanhas/concursos para mobilização, conscientização e valorizaçãode programas, projetos e atividades relacionadas às políticas sobre drogas no âmbitoestadual;

V- a articulação junto ao Ministério Público e Poder Judiciário para a intermediação deconflitos decorrentes do uso, abuso e dependência de drogas psicoativas e de outrasnaturezas, priorizando o atendimento às crianças, aos adolescentes e jovens, enquanto

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prioridade absoluta;

VI- a articulação com os Patronatos e demais órgãos de execução penal, estaduais emunicipais, para construir de forma integrada mecanismos que possam contribuir com otratamento, a prevenção e reinserção social para os presos e egressos do sistema penal;

VII- o planejamento e a coordenação de evento estadual, na categoria de„Congresso?, para articulações de todas as esferas de atuação na área das políticassobre drogas, agregando esforços dos três setores da sociedade, seguindo aperiodicidade anual, promovido de forma a intercalar uma regional do Centro deIntegração Social (CIS).

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE TRATAMENTO E REINSERÇÃO SOCIAL DEUSUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS

Art. 39. À Coordenação do Programa de Tratamento e Reinserção Social de Usuários eDependentes de Drogas fará o Acompanhamento de Acolhimento na área de Drogas,competindo coordenar as ações para identificação, qualificação e avaliação dasComunidades Terapêuticas, e possui as seguintes atribuições:

I- o estabelecimento de metodologias e tecnologias para a identificação e monitoramentodas unidades de acolhimento, para composição de um banco de dados e informações dasComunidades Terapêuticas no âmbito estadual;

II- a busca de subsídios para a promoção de eventos de formação e qualificação para asComunidades Terapêuticas, segundo as normativas vigentes;

III- a intermediação para a gestão e controle das vagas para o acolhimento de pessoasque necessitam de tratamento e reinserção social junto à rede de saúde, de assistênciasocial e às unidades de acolhimento;

IV- a composição de dossiês para o resgate histórico e o registro de boas práticas na áreatratamento e reinserção social vinculados às políticas sobre drogas, com destino àpublicação em mídia impressa, audiovisual e digital;

VI- a composição de processos de avaliação das Comunidades Terapêuticas, para fins deCertificação pelo Departamento, às vistas das normas regulamentadoras vigentes.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE DROGAS

Art. 40. À Coordenação do Programa de Prevenção Primária Sobre Drogas competecoordenar as ações que promovam a aplicação de recursos multimidiáticos parasensibilização e conscientização da sociedade paranaense frente às drogas, priorizandoescolas e famílias, e possui as seguintes atribuições:

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I- a busca de parcerias com instituições dos meios de informação e comunicação comorádio, televisão e internet, para a promoção de matérias impressas, audiovisuais e digitaisque contribuam com a prevenção ao uso, abuso e dependência de drogas;

II- a elaboração de projetos de prevenção ao uso de drogas especialmente voltado àsescolas (públicas e privadas) de educação básica, em parceria com o Conselho Estadualde Políticas sobre Drogas, a Secretaria de Estado da Educação, o Sindicato das EscolasParticulares do Paraná, entre outros.

III- a articulação com as Instituições Públicas, Privadas e do Terceiro Setor que trabalhamcom o Esporte, a Cultura e as Artes, a fim de estimular a realização de atividades econcursos nas áreas esportivas, culturais e artísticas com destino o cidadão paranaense,priorizando, crianças, adolescentes e jovens;

IV- a realização de campanhas publicitárias para veiculação de matérias que valorizam asboas práticas que previnem o uso, abuso e dependência de drogas.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃOAUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS PSICOATIVAS E DE OUTRAS

NATUREZAS

Art. 41. À Coordenação do Programa de Repressão à Produção Não Autorizada e aoTráfico Ilícito de Drogas Psicoativas e de Outras Naturezas, compete dar assessoramentoe promover a articulação com as forças policiais nacionais e internacionais, de todas asesferas governamentais, incluso Guardas Municipais, Conselhos de Segurança,Ministérios Públicos e o Poder Judiciário, com vistas à redução da oferta de substânciaspsicoativas e o planejamento de ações para cumprimento de forma especial, dospreceitos contidos nos artigos 27 a 47, da Lei Federal nº 11.343 de 23 de agosto de2006, regendo-se por regulamento próprio deliberado pela REDE SEGUIR, cujosplanejamentos de ações são gravados de sigilo, tendo sua divulgação somente quandoautorizada pelo Secretário de Estado de Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA DO PLANODECENAL “PAZ PARANAENSE

Art. 42. A Coordenação do Programa de Sustentação Financeira do Plano Decenal “PAZPARANAENSE”, integrada à Coordenação do Conselho diretor do Fundo Estadual dePolíticas sobre Drogas e à Coordenação de Contabilidade do Fundo Estadual de Políticassobre Drogas, possui as seguintes atribuições:

I– a gestão do contencioso sobre drogas e bens de perdimento delimitadosgeograficamente no Paraná;

II- a análise e o encaminhamento cabível judicialmente dos processos relacionados aosbens apreendidos pelo Estado;

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III- o planejamento e a realização de leilões de bens de perdimento;

IV- a elaboração e a apresentação do relatório circunstanciado de todas as atividades daCoordenação a cada semestre à Direção do Departamento.

COORDENAÇÃO DOS CENTROS REGIONAIS DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – CIS -COM FOCO NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS

Art. 43. À Coordenação dos Centros Regionais de Integração Social (CIS) competecoordenar ações capazes de contribuir para a melhoria da segurança pública e daqualidade de vida das pessoas, de modo descentralizado no Estado, com foco ematividades de prevenção, atenção e reinserção social de usuários de drogas, semprebuscando contribuir com o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS 3das Nações Unidas “Assegurar umavida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, e possui asseguintes atribuições:

I- o intermédio da relação do Departamento com os Conselhos Municipais de Políticassobre Drogas, com o intento de identificar e fortalecer os programas e projetos nosmunicípios do Paraná, às vistas dos eixos das diretrizes nacionais e estaduais de políticassobre drogas e do ODS „3? das Nações Unidas;

II- o trabalho integrado com a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Científica, com oDepartamento de Execução Penal, para desenvolver ações na área de políticas sobredrogas nas regionais dos CIS;

III- a promoção de eventos regionais para formação, troca de experiências e mobilizaçãosocial na área de políticas sobre drogas no Estado do Paraná;

IV- o estímulo para a realização de ações educativas, culturais e esportivas nas regionaisdos CIS que contribuam com a proteção integral das crianças, adolescentes e jovens, àsvistas das Normas Internacionais sobre a prevenção ao uso de drogas do Escritório dasNações Unidas sobre Drogas e Crime;

V- a composição de uma rede de especialistas e de voluntários para atuarem comoagentes multiplicadores na área de políticas sobre drogas.

Art. 44. - Aos ocupantes de cargos de chefia do Departamento Estadual de PolíticasSobre Drogas compete à direção e a coordenação das atividades inerentes à unidade quelhe for afeta, bem como as responsabilidades fundamentais nos termos do art. 43 da Lein° 8.485, de 1987.

Art. 45 - Em caso de impedimento no cumprimento de suas finalidades de atendimento,fica o DEPSD/PR, através de seus agentes competentes, autorizado a requisitar oemprego de força policial.

Art. 46 - No âmbito de sua competência, o Departamento de Políticas Sobre Drogas

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poderá baixar normas administrativas visando o bom desempenho de suas atividades.

Art. 47. O Comitê Interinstitucional de Elaboração, Implementação, Acompanhamento eExecução do Programas do “PAZ PARANAENSE” - Plano Decenal de Prevenção ao Uso,Abuso e Dependência e de Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito deDrogas Psicoativas e de Outras Naturezas, tem o prazo de até 180 dias, a contar davigência da presente Lei, para consolidar documento intitulado Plano Decenal “PAZPARANAENSE”, com a integral especificação das ações dos Programas do Plano, osresponsáveis, o sistema de acompanhamento e fiscalização de sua execução, ocronograma de metas e avaliação de resultados.Comentário: mais uma vez alertamos que é indispensável garantir a participação popularna elaboração do plano.

Art. 45. As despesas decorrentes desta Lei correrão a conta do orçamento próprio doPoder Executivo e do Fundo Estadual de Políticas Sobre Drogas.

Art. 46. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Carlos Alberto Richa Governador do Estado