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artigo das alunas da faculdade ItanhaémTRANSCRIPT
MOBILIDADE URBANA: O TRANSPORTE COLETIVO EM ITANHAÉM
Aline Aparecida Marisa Gomes ¹
Ariane Aparecida Landim Chagas²
Luana Cristina Nogueira Aoki³
Prof. Me. Claudio Robertos Gomes (orientador)
RESUMOO presente artigo tem como objetivo apresentar as dificuldades encontradas no
transporte público para as pessoas que moram em locais de difícil acesso no
município de Itanhaém, procura evidenciar os aspectos positivos e negativos
presentes nesse setor e o aspecto potencialmente polemico devido ao monopólio
existente na cidade, beneficiando os empresários e deixando a população sem
opções, tendo que aceitado que lhe é oferecido, ou seja, um serviço de péssima
qualidade que gera malefícios graves para população.
Muitas coisas evoluíram, melhoraram para facilitar o dia a dia dos
consumidores, hoje podemos contar com a facilidade da comunicação pela internet.
Não podemos dizer o mesmo dos transportes coletivos, eles não comportam mais a
demanda, a limpeza é precária, sendo notórios os defeitos, dando aos ônibus uma
aparência de serem antigos principalmente pela falta de manutenção adequada. O
transporte coletivo urbano tem um papel importante para a sociedade,
principalmente para a população de baixa renda que não possuem condução
própria, proporcionando um serviço essencial à população, que utiliza o transporte
coletivo para ir ao trabalho, passear com a família, entre outras atividades,
dependendo da necessidade pessoal de cada pessoa.
O decreto n° 5396/2004 fala que o transporte público é um dever do Estado,
mas essa não é a realidade do município de Itanhaém, já que todo o investimento
para a mobilidade urbana não existe.
Palavras-chave: Mobilidade, Itanhaém, Qualidade do transporte.
______________________________
¹Aline Aparecida de Souza Marisa, Bacharelado em Administração Faculdade Itanhaém, e-mail: [email protected].²Ariane Aparecida Landim Chagas, Bacharelado em Administração Faculdade Itanhaém, e-mail: [email protected]. ³Luana Cristina Nogueira Aoki, Bacharelado em Administração Faculdade Itanhaém, e-mail: [email protected]
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo apresentar as dificuldades enfrentadas
pela população que utiliza o transporte coletivo na cidade de Itanhaém. Conforme
pesquisas feitas, foi possível avaliar que está cada dia mais difícil obter uma
mobilidade urbana adequada, obtida por meio de transporte e circulação que visam
à melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas, muitas vezes através da
priorização dos modos de transporte coletivo e até mesmo não motorizados de
maneira efetiva e sustentável.
É possível identificar e desenvolver uma avaliação referente à mobilidade
urbana na cidade de Itanhaém, revelando suas deficiências e apresentando
sugestões. A empresa de transporte deve oferecer condições para que as pessoas
se locomovam com tranquilidade de sua residência para o local de trabalho e vice-
versa; a um passeio ou qualquer outro lugar em que o cidadão queira ou precise
estar, podendo contar sempre com estradas, ruas e até mesmo calçadas com o
mínimo de preparo e condições para que nelas se possam transitar com dignidade e
segurança. Sem se preocupar com o tipo de veículo utilizado, sem sofrer com o
engarrafamento ou, como no caso da nossa região, um dos principais fatores que
vêm afetando os moradores, e o nível elevado do custo das tarifas da condução, a
monopolização dos transportes coletivos e a má qualidade nos serviços oferecidos.
Foi realizada uma pesquisa de campo com a população dos bairros mais
afetados com as dificuldades encontradas em Itanhaém, através de entrevista,
relatórios e questionários, onde puderam expressar suas opiniões, maiores
dificuldades e palpites, um deles, de quais regiões acham que realmente necessitam
de uma melhoria. Isso permitiu identificar os fatores críticos de maior impacto, o grau
de satisfação dos consumidores em relação ao transporte coletivo, e sugestões do
que poderia ser feito para que houvesse mudanças e quais decisões poderiam ser
tomadas para que a mobilidade urbana do município de Itanhaém possa evoluir e
satisfazer a população.
2. METODOLOGIA
Para a execução desse trabalho foi utilizado dois tipos de pesquisas:
Um estudo qualitativo exploratório de campo com 20 usuários. O
método de observação foi usado para descrever as situações
encontradas pelos usuários do transporte coletivo urbano do
município de Itanhaém. Esta pesquisa possui dois objetivos
declarados: obter um relatório descritivo das dificuldades
encontradas pelas pessoas com o transporte coletivo e a falta de
qualidade dos serviços prestados pela empresa que administra.
E pesquisas bibliográficas que mostraram que um estudo foi
realizado para a criação do plano de mobilidade urbana de
Itanhaém, desde o ano de 2014 até outubro de 2015 foram
realizadas varias reuniões com o intuito de criar um sistema de
integração, para que a população pague apenas uma passagem
e consiga se locomover dentro do município com maior facilidade.
2.1 ANALISE DA POPULAÇÃO DE ITANHAÉM
Conforme o CENSO 2010, a população de Itanhaém consiste em, 87.057 mil
habitantes são distribuídas entre homens e mulheres. A População masculina
representa 42.192 mil habitantes, e a população feminina, 44.865 mil habitantes. Em
Itanhaém, existem mais mulheres do que homens. Sendo a população composta de
52% de mulheres e 48% de homens. O gráfico abaixo demonstra essa relação:
48%52%
POPULAÇÃO DE ITANHAÉM
HOMENSMULHERES
Figura 1 http://populacao.net.br/populacao-itanhaem_sp.html#
2.2 BENEFICIO
Na cidade de Itanhaém a criação de um terminal rodoviário seria de grande
utilidade para a população, uma frota de transporte coletivo nova vem a beneficiar,
para os bairros mais afastados um numero de viagens mais estendido, melhoraria
para a população que trabalha e estuda no centro da cidade. Como a população
mais afastada não se utiliza do trenzinho, tendo um transporte alternativo ajudaria
muito esta pessoas.
2.3 MALEFICIOS
Entende-se que o transporte público em Itanhaém é lastimável, que os
horários são horríveis e as condições dos coletivos são precárias. Em alguns bairros
existem apenas dois ônibus disponibilizados para as linhas e em outros casos,
apenas um coletivo por linha, ocasionando uma grande espera. Ônibus danificados,
assentos desconfortáveis, falta de apoio para o idoso e mulheres gravidas ou com
criança de colo, campainhas de solicitação de parada que não funcionam são
exemplos das péssimas condições dos veículos. Por outro lado temos os motoristas
com função dupla, pois executam também o serviço de cobrador, não param
deliberadamente no ponto, reclamam e são grosseiros. Como também vias em má
qualidade, com muitos buracos.
2.4 FISCALIZAÇÃO
Os técnicos da Secretaria Municipal de Transito e Segurança no ano de 2015
se utilizaram de pesquisas em diversos locais da cidade, fizeram questionários sobre
a funcionalidade do transporte publico na cidade, para produzir estratégias e
melhorias no setor. Porém, até o momento não se constatou nenhum resultado
prático dessas pesquisas, pois os problemas citados nesse artigo continuam
presente no município, deixando claro que até o momento, os resultados da
pesquisa realizada mostraram-se inexistentes. Nas pesquisas realizadas na internet
para o ano de 2016 seria realizado uma licitação para a contratação de uma nova
empresa de ônibus e o uso do cartão integração, entramos em contato nas datas
23/03/2016 e 13/04/2016 com a Prefeitura Municipal por e-mail perguntando sobre
esta licitação, mas não deram nenhuma resposta.
2.5 PARÂMETROS PARA UMA MELHORIA.
Entende-se que acabar com o monopólio do transporte público no município
seria de vital importância para a melhoria dos serviços oferecidos, uma vez que a
concorrência obriga as empresas a oferecerem melhores serviços para conquistar e
manter uma participação maior no mercado. Faz-se necessária a intervenção das
autoridades municipais para que a atual situação de precariedade em que se
encontra o transporte público no município seja sanada. Muitas empresas poderiam
oferecer vários benefícios ao município, mas são barradas em função da LEI Nº
2.288/97 vigente que não permite a atuação delas. A população de um modo geral
necessita de ônibus que tenham uma qualidade que se reflita em segurança e
conforto, oferecendo ar condicionado devido às altas temperaturas e níveis de
umidade do ar que ocorrem em nossa região bem como plataformas para embarque
e desembarque de deficientes físicos e idosos e acessibilidade nos pontos de
parada devido à altura dos degraus dos veículos em relação ao solo. Importante
seria também a adoção de uma oferta de mais horários para diminuir o tempo de
espera nos pontos e a lotação dos veículos.
2.6 PESQUISA DE CAMPO.
Os autores foram às ruas realizar pesquisa de campo para saber o que as
pessoas acham do transporte coletivo da cidade. Foram entrevistadas pessoas de
varias idades, homens e mulheres e de bairros diferentes, todas com opiniões
diferentes. A pesquisa de campo foi realizada como forma de complementar as
informações obtidas na revisão bibliográfica. Por tanto, foram entrevistados vinte
indivíduos de alguns bairros de Itanhaém. Como forma de coletar esses dados, que
foram transcritos e tabulados.
“... Sra. Fátima, 61 anos, relata que mudou de bairro para ter melhores
condições de transporte. Morava no bairro Bopiranga e devido ao intervalo muito
extenso entre um coletivo e outro teve diversos problemas como ser largada no
ponto de parada pelo Durante a pesquisa de campo pode-se constatar uma situação
ilustrativa sobre o assunto em questão. Uma senhora idosa foi destratada pelo
motorista do coletivo, que a deixou esperar um longo tempo na entrada da porta
traseira do veículo enquanto proferia palavras que zombavam da referida senhora,
fazendo referências ao fato da mesma não pagar a passagem. Ainda assim, após a
demora na abertura da porta e do comportamento inadequado, a senhora, ao
adentrar o veículo agradeceu educadamente o motorista com medo de alguma
represália que poderia ocorrer durante a viagem.
Constata-se assim, o descaso com que são tratados os passageiros do
transporte coletivo do município de Itanhaém, principalmente o público que mora
mais afastado.
3. TRANSPORTE COLETIVO
O objetivo geral das ações propostas é ter um sistema de transporte coletivo
com regularidade do serviço, boa oferta, com prioridade na utilização do sistema
viário, velocidade operacional adequada, veículo confortável, infraestruturas bem
dimensionadas e confortáveis, que desempenhe o serviço com segurança e por um
preço justo.
As propostas para o transporte coletivo resultaram dos estudos técnicos
existentes e em execução para a nova concessão do serviço, além das discussões e
sugestões recebidas no decorrer da elaboração do Plano. A nova concessão está
sendo planejada desde 2014 em seus aspectos jurídicos, técnicos e econômicos
que fundamentarão a licitação. As propostas aqui apresentadas demandarão ações
públicas e privadas, que decorrerão da vigência da concessão. Aspectos técnicos
importantes a serem seguidos quanto a rede e oferta do serviço, veículos, terminais
e estações, faixas exclusivas, informação ao passageiro e ao cidadão, cobrança,
atendimento ao passageiro preferencial e gestão do serviço: Aspectos Técnicos;
Rede e oferta do serviço. A rede de transporte coletivo proposta contempla dois
tipos de serviço, caracterizados pela função e pelo tipo de veículo a ser empregado
na sua operação:
• Serviço principal, operado por ônibus convencionais; e
• Serviço alimentador, operado por veículos pequeno, a exemplo de tipo micro
ônibus ou vans.
O serviço alimentador terá a função de transportar os usuários de bairros e
locais mais distantes para um ponto que tenha integração com o serviço comum,
podendo ser mini terminal de bairro ou um ponto local de conexão com o serviço
comum; sendo feito com veículos menores devido à baixa demanda em alguns
locais e dificuldades de acesso do viário. O serviço principal é o que tem a função de
ligação dos bairros ao centro ou entre bairros de maior demanda, sendo atualmente
as linhas existentes, que em parte deverão no futuro migrar para uma configuração
de linhas alimentadoras. O veículo utilizado na operação do serviço comum é o
ônibus convencional.
Deverão ser implantadas ações de reforço da oferta do serviço comum
estabelecendo um novo traçado das linhas, implantação do sistema alimentador,
reforço da oferta atual, criação de novas linhas e a ampliação da frota e das viagens
na hora pico das linhas necessárias. Quanto aos veículos, deverá ter aumento da
quantidade para cobertura - dependendo da demanda, devendo a elevação da oferta
de viagens se darem em um horizonte de curto prazo. Todos os veículos deverão
conter características definidas na legislação de acessibilidade universal. A opção
pela construção de terminais fechados com controle de acesso, cobertura,
infraestrutura de apoio à operação e aos passageiros, informações de horários das
viagens aos usuários, área comercial, etc poderá ser adotada para a integração
entre linhas; contudo deverá ser precedido de estudo detalhado. Para atendimento
da demanda, devido à conformação da cidade com grandes distancias entre os
bairros, aparentemente demandaria um número de, no mínimo, 3 terminais e altos
recursos para investimento.
Outras opções para integração de linhas poderá ser escolhida, a exemplo de
estações para integração de linhas nos bairros, as quais terão como função a
organização e integração do serviço alimentador com o serviço comum, por
exemplo, em condições de operação e conforto melhores. São estações implantadas
em áreas do sistema viário ou em terrenos públicos, a exemplo dos pontos de
parada com melhor infraestrutura, como cobertura de maior porte, sanitário e
informações de linhas e horários das viagens.
Mesmo não sendo imprescindíveis para a integração de linhas e podendo ser
simplificados e ter suas dimensões reduzidas, terminais, estações de transferência
ou até pontos de parada com tratamento urbanístico adequado, são equipamentos
urbanos importantes de suporte aos sistemas integrados, oferecendo conforto,
segurança e serviços de apoio aos usuários e aos operadores. Quanto á cobrança/
tarifação de integração, deverá ser implantado a forma de cobrança e de
arrecadação com o uso de sistema de bilhetagem eletrônica com favorecimento de
aquisição de passagens eletrônicas em pontos de venda; além de adoção, em longo
prazo, de controle biométrico como meio de controle sobre o uso das gratuidades. A
integração entre linhas deverá ser implantada mediante o uso de cartões eletrônicos,
com os quais o usuário pode utilizar mais de uma linha para alcançar o seu destino,
preferencialmente com uma tarifa única ou, conforme estudos, com tarifa
ligeiramente superior à tarifa paga por uma viagem simples. Este modelo de
tarifação já deverá ser alterado pela nova concessão do serviço de transporte
coletivo.Segundo o Ministério das Cidades (2015), os sistemas eletrônicos de
cobrança de passagens (bilhetagem eletrônica), hoje presente em mais de 50% da
frota de ônibus urbanos do país, ampliou as alternativas de constituição de
sistemas integrados, que já não exigem, como no passado, a construção de
grandes terminais, permitindo a integração tarifária em qualquer ponto ao longo do
trajeto das linhas.
As tarifas dos serviços de transporte coletivo urbano precisam manter um
delicado equilíbrio entre a necessidade de garantir o equilíbrio econômico e
financeiro dos sistemas e a capacidade de pagamento dos usuários diretos. Este
tem sido um dos principais problemas dos gestores públicos nas cidades brasileiras.
Os operadores devem ser remunerados pelo serviço que prestam de forma a
garantir a cobertura dos seus custos administrativos e operacionais, acrescidos de
uma justa remuneração pelo capital investido. Na absoluta maioria dos casos a
única fonte de recursos para isto são as tarifas pagas pelos seus usuários diretos,
ao contrário dos países desenvolvidos onde há significativos subsídios públicos para
o transporte coletivo.
No Brasil, as raras exceções estão em geral nos serviços de alta capacidade,
normalmente sob-responsabilidade de empresas estatais em grandes cidades.
Raros são os exemplos de concessão de subsídios orçamentários ou de obtenção
de fontes de receitas adicionais para o custeio de sistemas de transporte por ônibus.
Por outro lado, na maioria dos casos se propõe a adoção de mecanismos de
subsídios internos, com a integração de linhas ou bilhete único, onde a tarifa dos
usuários das viagens mais curtas cobre parte dos custos dos que residem em áreas
mais distantes. Do mesmo modo, algumas categorias de usuários gozam de
privilégios tarifários, com gratuidade no pagamento da tarifa de forma integral, como
os idosos, estudantes e pessoas portadoras de deficiências gozam de gratuidade
em praticamente todas as cidades, inclusive aqui em Itanhaém.
Baseia-se na preferência para a circulação do transporte coletivo mediante a
adequação do sistema viário para garantir maior velocidade operacional para os
ônibus, mediante a redução de conflitos e interferências com o uso da via por outros
veículos e pedestres. A prestação de informações aos passageiros e ao cidadão em
geral objetiva garantir que o público tenha à sua disposição informações das linhas e
horários das viagens. Ela engloba também campanhas de divulgação do serviço de
transporte coletivo, campanhas de divulgação ao usuário com avisos e cartazes
sobre alterações de trajetos, horários, etc; informações dos pontos de parada e
operação do serviço de atendimento ao usuário. Para melhor comunicação, deverão
ser utilizados os meios disponíveis, como aplicativos para celular com informação de
linhas, pontos, etc. O atendimento aos passageiros preferenciais - idosos, gestantes,
portadores de deficiências, obesos, etc - deverá ser objeto de campanha interna
quanto à forma de atuação dos motoristas, bem como de campanhas de
conscientização do público sobre os direitos dos passageiros preferenciais e suas
dificuldades, sendo que todos os veículos de transporte coletivo terão assentos
preferenciais demarcados.
A gestão pública do serviço de transporte deverá ser implantada, de modo
que se avalie periodicamente o cumprimento do contrato quanto à frota prevista e
sua conservação, viagens e sua regularidade, reclamações de usuários, pesquisa de
satisfação, observância das normas de trânsito, condução dos veículos, lotação das
viagens, dentre outros. Pensar na mobilidade urbana de modo mais eficiente em
termos sociais, econômicos e ambientais, e pensar também na sustentabilidade,
com mais tecnologia e inovação, é um dos mais urgentes desafios deste século, pois
a mobilidade urbana tem grandes impactos na economia local e na qualidade de
vida das pessoas. Quando se torna problemática, acaba custando caro para ambos
os lados, município e sociedade, em virtudes das perdas que proporciona. Portanto,
a mobilidade urbana adequada é obtida quando a cidade proporciona o
deslocamento necessário. Pois, ter mobilidade urbana nada mais é do que poder
pegar um ônibus com a garantia de que se chegará ao destino e no horário
desejado; Poder ter a alternativa de deixar o seu veículo na garagem e ir ao trabalho
a pé, bicicleta, ônibus ou bondinho. É direito dos cidadãos ter as condições
necessárias que proporcionem tal mobilidade, dispondo, seja de ciclovias, estradas
ou calçadas, a todas as pessoas, sem distinção, sejam deficientes físicos, visuais ou
não. Essa é a proposta dos autores para a mobilidade urbana da cidade de
Itanhaém.
“A Prefeitura Municipal iniciou no ano de 2.014 os trabalhos de elaboração do
Plano de Mobilidade de Itanhaém, visando à ampla discussão com todos os
segmentos com vistas a programar a Política Municipal de Mobilidade Urbana. Com
a atribuição dessa elaboração e de promover debates, discussões, estudos,
levantamentos e relatórios técnicos foram constituídos o Grupo Técnico de
Mobilidade Urbana, com representantes da Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente, que coordenou os trabalhos, Secretaria de Trânsito e Segurança,
Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano, Secretaria de Serviços e
Urbanização e Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Desde o mês de
Novembro de 2014 foram realizadas reuniões públicas com assuntos gerais ou
temas específicos, como com grupo de ciclistas, associações de classe, idosos,
deficientes, dentre outros. Entre os meses de Dezembro/2014 e Janeiro/2015 foi
aplicado questionário em meio digital e escrito, publicado nos Boletins Oficiais desse
período, coletando opiniões e sugestões.” (Site Prefeitura de Itanhaém, 2016).
O Plano de Mobilidade objetiva a promoção da cidadania e inclusão social, o
aperfeiçoamento institucional, regulatório e de gestão, mediante ações integradas.
Diretrizes gerais
• Priorizar pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo, pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida no uso dos espaços de circulação;
• Promover ações de priorização ao transporte coletivo e dos modos não
motorizados em detrimentos dos meios individuais motorizados, particularmente
motos e automóveis, nas situações em que houver disputa pelo espaço viário;
• Implantar programa de incentivo ao uso de bicicletas como meio de transporte
urbano, sobretudo de curta distância, com implementação de sistemas ciclo viário
seguro;
• Promover o uso mais eficiente dos meios motorizados de transporte,
incentivando medidas de moderação de tráfego e o uso sustentável do transporte
motorizado individual;
• Promover maior articulação entre planejamento e gestão dos transportes e
uso do solo;
• Planejar o sistema viário de maneira que seja mais seguro e mais atrativo o
uso dos transportes não motorizados e dos transportes públicos;
• Favorecer os modos de transporte que atendam a população de rendas mais
baixas;
• Reforçar a gestão das políticas públicas de mobilidade, capacitando o
organismo gestor de trânsito e transporte para assumir a coordenação de projetos
de mobilidade do Município;
• Priorizar ações de sensibilização e educação aos pedestres, motoristas e
ciclistas, bem como a educação para o transito nas escolas municipais.
A seguir apresentamos as propostas para cada um dos temas, frisando que
sejam entendidas não somente como medidas e novos padrões a perseguir, mas
principalmente como incentivadoras do aprofundamento das discussões sobre
mobilidade. Por esse motivo não existem só sugestões de obras ou somente uma
solução para determinado problema, mas sim propostas de intervenções e novas
formas de atuação necessárias para mudança dos padrões atuais. Não serão
somente projetos técnicos e investimentos para executá-los que melhorarão a
mobilidade de Itanhaém e das cidades brasileiras, mas também mudanças culturais
e institucionais são necessárias e urgentes. Para cada tema, serão apontadas
intervenções físicas, operacionais, gerenciais e comportamentais.
As intervenções físicas são obras de implantação, ampliação ou manutenção
da infraestrutura (faixas de rolamento, passeios, canteiros, ciclovias etc.) e de
transporte coletivo (terminais, abrigos etc.), para atendimento a novas demandas ou
para melhorar os níveis de serviço atuais. Exigem investimentos às vezes
significativos, tanto públicos ou privados.
As medidas operacionais podem proporcionar o melhor aproveitamento da
infraestrutura e dos sistemas já instalados, constituídas pela regulamentação do uso
do espaço viário, pela aplicação das técnicas de engenharia de tráfego, pela
hierarquização ou especialização do uso do sistema viário, com prioridade ao
transporte coletivo, entre outras. As medidas gerenciais envolvem uma nova
abordagem na formulação das políticas públicas de transporte e circulação, com
foco principal na mobilidade das pessoas, podendo atuar com integração dos
sistemas, com gerenciamento da demanda, com comunicação e marketing. As
medidas comportamentais são ações cujo objetivo é a conscientização da população
sobre a necessidade de que haja mudança de comportamento de hábitos de
viagem, valorizando o uso de meios de transporte sustentáveis – coletivos e não
motorizados; sendo ideal que sempre acompanhem as demais medidas colocadas
em prática.
4. PESQUISA DE CAMPO
No quadro abaixo segue a pesquisa de campo realizado em bairros e com
pessoas diferentes. Notas: 1. Satisfação Plena - 2. Satisfação Media - 3.
Insatisfação.
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Satisfação PlenaSatisfação MédiaInsatisfação
5. FOTOS
Essas fotos foram tiradas na pesquisa de campo, e mostra alguns pontos de
falta de manutenção nos ônibus coletivos do município.
6. HORARIOS DOS ONIBUS DE SEGUNDA A SEXTA
CENTRO/MAMBÚSaídas do Centro: 06:20 - 08:30 - 09:50 - 11:10 - 12:10 (EXTRA) 12:40 - 14:15 -
15:15 - 16:30 - 18:00 (EXTRA) - 18:20 - 19:50.
Saídas da Mambú: 07:15 - 09:10 – 10:40 - 12:00 - 13:30 -14:40 - 15:50 - 17:20 -
19:00 - 20:30.
Saídas do Aguapeu: 10:40 - 12:30 (EXTRA RECOLHE)- 14:40 - 15:50 - 20:30.
CESP / LOTYSaídas da Cesp: 05:25 – 06:25 - 07:35 - 08:30 (EXTRA) Saída do rio - 09:30
(EXTRA) Saída do Rio - 10:30 - 11:35 - 12:35 - 13:35 - 14:35 15:35 - 16:35 - 17:35 -
18:35 - 19:35 – 20:30 - 21:30 - 22:30 - 23:30.
Saídas do Loty: 05:25 - 06:20 - 06:25 - 07:30 - 07:35 - 08:35 - 09:35 - 10:35 - 11:35
- 12:35 - 13:35 - 14:35 - 15:35 - 15:35 - 16:35 - 17:35 - 18:35 - 19:35 - 20:30 - 21:30 -
22:30 - 23:30.
CENTRO / RIO PRETOSaídas do Centro: 07:30 - 10:30 - 13:00 - 15:30 - 18:00 - 20:00
Saídas do Rio Preto:05:50 - 09:00 - 11:50 - 14:30 - 19:00
CENTRO / CAMPO RIO PRETOSaídas do Centro:11:35 – 13:10 - 15:00 – 16:35 – 17:45 - 18:05 06:20Rod -
07:35Etecc - 08:45 Rio Preto - 09:45 - 11:00 - 12:05 - 13:15Rodoviaria - 14:15 -
15:35 - 16:55 - 18:15 - 19:35 - 20:05.
Saídas do Campo Rio Preto:05:50Rodoviária 06:30 - 08:05Rio Preto 09:15 - 10:20
11:40 - Rio Preto 12:45 – 13:30 - 14:55 - 15:55 – 17:55 Rio Preto – 18:55 Rio Preto.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a conclusão deste trabalho, foram realizados diversos meios de
pesquisas, de acordo com os procedimentos metodológicos. Pesquisa Bibliográfica
em Internet com o intuito de informar sobre o transporte público em locais de difícil
acessado em Itanhaém. O trabalho apresentado baseado na literatura, abrindo um
leque para que outros estudantes possam aprimorar o desenvolvimento ao que se
trata do transporte público. Com o intuito de combater as possíveis fraudes e os
possíveis desvios de verba pública para este setor, conscientizar a população sobre
seus direitos e alertar contra as falsas promessas feitas em épocas de campanhas
eleitorais. Ressalta-se que fiscalização do setor responsável e a clareza nas
informações são de fundamental importância no alcance da excelência no transporte
público. A pesquisa bibliográfica foi realizada em sites e jornais e pesquisa de
campo foi realizada por Aline Aparecida de Souza Mariza, Ariane Aparecida Landim
Chagas e Luana Cristina Nogueira Aoki, ambas as alunas do curso de Bacharelado
de Administração da FAITAUNIDEZ.
As pesquisadoras observaram que o transporte público da cidade de Itanhaém
é muito precário de forma geral. Constataram os carros em péssimas condições de
conservação, a falta de adaptação para a acessibilidade, funcionários mal treinados
e pouca oferta de horários. Perceberam que existem linhas que são servidas por
ônibus, mas outras linhas são servidas por ônibus e micro-ônibus. Conclui se que as
políticas públicas governamentais e ações educacionais devem dar atenção especial
e urgente para esta questão do transporte público com vistas a uma melhoria na
qualidade de vida da população. Programas de conscientização, desde o ensino
infantil até programas de treinamento específico para profissionais envolvidos
diretamente no transporte da população, são de suma importância para a
humanização do transporte, objeto deste trabalho.
8. REFERÊNCIAS
POPULAÇÃOITANHAÉM, disponível em <http://populacao.net.br/populacao-
itanhaemdemais-setores_itanhaem_sp.html>acessado em março/2016.
PLANOMOBILIDADEURBANA, disponível em
<http://www.itanhaem.sp.gov.br/planomobilidade-urbana/Plano-obilidadeItanhaem-
v1-abr15.pdf> acessado em março/2016.
OFISCALDOLITORAL, disponível em
<http://ofiscaldolitoral.blogspot.com.br>acessadoem abril/2016.
G1, disponível em <
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/11/itanhaem-lanca-edital-para-
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Prefeitura Municipal de Itanhaém, disponível em <www.itanhaem.sp.gov.br>
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