miolo 12 perolas v13 - nascente.pt · a ostra, para fazer uma pérola, precisa de ter dentro de si...

Para

Desejo -lhe que redescubra as pérolas já existentes no seu «eu», de

forma a poder reunir as condições favoráveis para que elas transfor-

mem a sua vida.

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Índice

Agradecimentos 9

Introdução 13

Apresentação 15

1 A mente percetiva 21

2 A mente cria realidade 35

3 Medo versus fé 51

4 Teoria da «vítima» 69

5 Aceitação e perdão 85

6 A gratidão cura 115

7 E a ciência, como explica? 131

8 A saúde e as emoções 151

9 Inteligência social 161

10 A linguagem do amor 177

11 Os selfs 187

12 As 12 pérolas para uma vida feliz 199

Bónus 209

Bibliografia 223


9

Agradecimentos

S ou grata a Deus e a todos os espíritos de Luz que me acom-

panham e me conduzem para onde vou, para que possa sem-

pre evoluir. Agradeço por ser coach e ter a oportunidade de

poder ajudar muitas pessoas na sua evolução, fazendo com que se

amem, se respeitem mais, encontrem a sua luz, e a não permitir que

alguém lhes retire o seu próprio brilho.

Agradeço aos meus filhos, Martim, Marta e Roberta, que me ensi-

naram o que é amor incondicional, e agora também aos meus netos,

Yasmin, Mateus, Kyara, Guilherme, Luciana, Pedro e Manel (por

ordem decrescente), que fazem de mim uma avó cheia de gratidão,

amor, vontade de brincar e voltar a ter o sentimento de inocência

face à vida. À minha querida mãe, que viveu quase 102 anos, com

muita força, determinação, sempre com um sorriso, e que me ensi-

nou que temos sempre idade para mudar.

Agradeço aos amigos que sempre estiveram comigo e que são tão

importantes nesta jornada muitas vezes imprevisível. À minha que-

rida Dra. Elismar Santander, psicóloga clínica cognitiva e comporta-

mental, mulher forte, culta, excelente profissional, que me incentivou

a fazer o curso de Coaching e me deu sempre muita força para con-

tinuar a vida com entusiasmo e fé. Aos meus coachees (clientes),

que me ensinam em cada sessão de coaching que, para sermos feli-

zes, precisamos de ter coragem, persistência, disciplina, foco e ação.

A todos os que participaram e participam na minha vida, por todas as

lições boas ou más, que fazem e fizeram de mim o que sou, a minha

gratidão.


10

12 PÉROLAS PARA UMA VIDA FELIZ

Agradeço à minha querida coachee, Rita Mateus, a sua preciosa cola-

boração na revisão e transcrição deste livro. Agradeço imensamente

à minha querida amiga master coach Delanne, por ter confiado em

mim, por me ter dado a oportunidade de escrever este livro com ela

e de a conhecer melhor, pois é um ser humano maravilhoso, com

grande persistência, coragem e um coração cheio de amor e genero-

sidade, além de ser uma bela mulher, atenciosa com todos os que a

rodeiam.

Agradeço aos vários profissionais com quem me cruzei ao longo

dos anos, nos inúmeros cursos em que participei, no Brasil, no Chile

e nos Estados Unidos, que contribuíram e contribuem ativamente

para o meu crescimento enquanto master coach.

Marluce revorêdo


11

N este momento, sou imensamente grata ao Universo, que me

dá saúde física e emocional, uma bela carreira, as melho-

res filhas, amigos sinceros, uma família equilibrada e amo-

rosa… Sou também abençoada por compartilhar consigo, querido

leitor, este livro, também seu, 12 Pérolas para uma Vida Feliz.

Em 2009, li um livro que dividiu as águas e mudou a minha

forma de pensar: Ostras Felizes não Produzem Pérolas. Em resumo:

a ostra, para fazer uma pérola, precisa de ter dentro de si pelo menos

um grão de areia que a faça sofrer. Ao sofrer, a ostra diz para si

mesma: «Tenho de envolver esta areia que me magoa com camadas

de “nácar” ou “madrepérola”, formando uma esfera lisa que lhe eli-

mine as pontas...»

Sou grata também pelas dificuldades, pelas dores e pelos desafios

enfrentados na minha jornada, por gerarem pérolas, muitas mudan-

ças, abrindo espaços para novas oportunidades que me ajudaram

a redescobrir o sentido da vida. Portanto, tive de me reinventar, de

redirecionar as minhas escolhas, de revelar uma autoimagem posi-

tiva nunca experimentada e uma missão de vida verdadeira e fiel

aos meus valores. Um reencontro fascinante com o meu Deus, tão

maravilhoso, bondoso, generoso; o meu refúgio e contemplação.

Uma gratidão muito especial às minhas pérolas, Lara e Erla, à

minha família e aos amigos, pelo apoio incondicional.

Agradeço carinhosamente à master coach Marluce Revorêdo, uma

grande mulher e amiga. Uma pessoa que transcende o corpo físico e

a beleza, pois nela tudo é energia, espírito, alma e sabedoria. Desde


12


o primeiro momento em que a vi, no curso de Coaching de 2011, tive a

sensação de que o nosso contacto seria intenso e transcendente. Não

foi preciso qualquer esforço adicional, pois as coisas fluíram natu-

ralmente. O Universo iria revelar. Querida, é uma luz inspiradora.

Sou grata aos meus amigos e gurus master coaches: o psicólogo

e neurocientista Tauily Claussen, o pastor Heitor Glória e o consul-

tor Arnóbio Albuquerque, por terem colaborado com a coletânea de

pérolas.

Finalmente, obrigada a todos os «anjos» da febracis, aos meus

colegas e coachees, pelas aprendizagens mútuas.

delanne saMpaio barreto


13

Introdução

A leitura deste livro é um convite à imersão consciente nos

nossos pensamentos, comportamentos, valores e crenças.

Vamos partilhar e colher as pérolas da vida através de temas

inter -relacionados, da tomada de controlo dos nossos pensamen-

tos, sentimentos e emoções até à estratégia e aos recursos para as

alcançar.

O livro 12 Pérolas para uma Vida Feliz foi inspirado em vivências

de autoconhecimento, perceções desenvolvidas durante muitas ses-

sões de coaching, imersões em cursos de desenvolvimento humano e

estudos sobre como as pessoas podem compreender o seu processo

interior, ser mais felizes, desligando -se de crenças limitadoras, de

pensamentos e de sentimentos negativos, com o objetivo de evoluir

Quem não passou e passa por mudanças na vida? Grandes, peque-

nas, fáceis, desafiadoras. Não importa o seu tamanho ou forma,

mas o movimento energético causado externamente, a reconstru-

ção interna e o reequilíbrio do nosso sistema, para podermos voltar

aos nossos princípios e valores e estabelecer conexões internas entre

mente e cérebro. Os momentos de mudança são oportunidades natu-

rais para recebermos as «pérolas» da existência descritas neste livro.

As nossas ações, bem como a qualidade dos nossos diálogos

internos, tanto nos podem atrair para o sucesso, para a autorrealiza-

ção, como, pelo contrário, para o fracasso e aprisionar a nossa alma.

Produzem uma química positiva ou negativa que se repercute como

uma corrente que se transmite num raio de muitos quilómetros de

distância e que regressa a nós, como um reflexo de luz. Desejamos


14


que cada palavra de sabedoria seja um ponto de luz, de esperança e

de amor para transformar o mundo.

Nascemos para o bem -estar e para termos abundância em todas

as áreas das nossas vidas. Tanto financeira como emocionalmente,

na família, nas relações com os nossos filhos e cônjuges, precisamos

de equilíbrio e de compreensão para que essas áreas fiquem nivela-

das e as nossas vidas continuem abundantes.

Certamente este livro não será apenas de autoconhecimento; con-

tém recursos efetivos a que metafórica ou poeticamente chamamos

«pérolas», as quais abrirão grandes possibilidades e significados no

seu trajeto existencial.


15

Apresentação

Capítulo 1: A mente percetiva

Todos nós podemos vencer o nosso diálogo interior a partir do

momento em que entendemos que a nossa mente deve ser cons-

ciente do que somos e queremos. Só não devemos esquecer que

esse processo depende de nós. A perceção do que é um problema ou

obstáculo pode ser assumida de várias formas. Por isso o foco deve

ser observar a nossa mente, pensamentos, sentimentos, emoções,

e, quando tivermos plena consciência deste facto, saberemos que a

nossa mente é como um pé, uma perna, um braço ou uma mão, ou

seja, só fará o que ordenarmos, passando assim a agir em nosso favor.

Capítulo 2: A mente cria realidade

Primeiro devemos estimular a mente através dos cinco sentidos,

depois filtrar o universo de flashes ou informações trazidas do pas-

sado e sincronizar o nosso jogo interior. O autoconhecimento é o

recurso mais infalível deste jogo, mas só nós teremos a chave. Uma

simples decisão muda toda a perspetiva da mente criativa. Em vez

de nos focarmos no esforço e na resistência incessantes para vencer

a batalha, devemos ter fé em resultados positivos. Isto muda tudo,

permite -nos alcançar tudo o que quisermos, tudo o que sonharmos

e desejarmos, provavelmente com grande rapidez, se não duvidar-

mos. A escolha será sempre nossa e pode ocorrer agora!


16


Capítulo 3: Medo versus fé

As crenças positivas promovem uma ligação entre si e o Universo,

expandem os seus passos, aproximam as suas metas. A fé vence

sempre o medo, e o amor vence o jogo. As transições limpam os

terrenos para explorar aptidões da inteligência emocional, novas

potencialidades adormecidas, novos interesses, novas escolhas e for-

ças interiores, que serão revitalizadas e redescobertas.

Capítulo 4: Teoria da «vítima»

Somos apenas o resultado do que criamos para nós mesmos.

Quando permanecemos na zona de conforto, acreditando que tudo

é suficiente, ficaremos sujeitos a pagar um preço elevado. No jogo

da vida, algumas pessoas convivem com a regra do menor esforço

ou da vitimização, no sentido inconsciente da autossabotagem, para

desvalorizarem a liberdade da autodeterminação e do livre -arbítrio.

Mas temos de desfrutar e de ser abundantes em todos os âmbi-

tos da vida. Em qualquer momento da nossa existência podemos

experimentar um novo começo, ou mesmo um recomeço, quando

temos como regra a retrospetiva consciente das emoções vividas no

passado e a autorresponsabilidade.

Capítulo 5: Aceitação e perdão

Aceitar é um ato de humildade perante factos inevitáveis e circuns-

tâncias imutáveis. Se passou por alguma transição ou mudança

significativa, a aceitação e, depois, o perdão terão um significado

extraordinário.

Devemos perdoar tudo o que nos incomodou, incomoda e habita

no consciente e no inconsciente (como mágoas, traição, sentimen-

tos ofendidos) e nos prende a uma falsa zona de proteção.


17

APRESENTAÇÃO

Aprendemos neste livro a manusear as ferramentas para alcan-

çarmos o verdadeiro perdão: perdão de nós próprios, perdão dos

nossos pais ou substitutos, perdão do próximo e perdão da vida.

Capítulo 6: A gratidão cura

As pessoas mais felizes e abundantes são as que cultivam o hábito

da gratidão. São elas as que atravessaram mais mudanças na vida e,

consequentemente, passam por transições internas, sofridas ou não,

com gratidão. Essas pessoas sentem -se preparadas e realizadas, pois

fizeram o que tinha de ser feito e fariam tudo de novo. São gra-

tas a tudo, em qualquer instante. A mente grata concentra -se cons-

tantemente no melhor. Por conseguinte, tende a transformar -se no

melhor.

Capítulo 7: E a ciência, como explica?

Depois de escrevermos sobre o funcionamento da mente e de algu-

mas emoções, sentimentos e comportamentos, vamos explicar um

pouco o funcionamento do cérebro. O cérebro é um órgão como

vários outros do nosso corpo, pesando em média 1,5 quilos. Com ele

controlamos funções como falar, andar, correr, dançar, raciocinar…

Uma descoberta no âmbito da neurociência veio revelar que o cére-

bro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão

das suas ligações. A neuróbica usa combinações surpreendentes dos

cinco sentidos e baseia -se em atividades simples e divertidas, que

podem ser realizadas em qualquer momento, como por exemplo: ao

acordar, enquanto vai para o trabalho, ao jantar com a família...

Vamos falar também dos dois hemisférios (direito e esquerdo) do

nosso cérebro para que entenda melhor todo o conceito deste livro,

que é o da sua responsabilidade e consciência no que diz respeito à

mudança dos seus pensamentos e comportamentos.


18


Capítulo 8: A saúde e as emoções

Neste capítulo, abordamos a saúde do corpo físico e emocional,

nomeadamente como manter a qualidade de vida perante as mais

variadas doenças psicossomáticas que se manifestam em pessoas

com fracas capacidades de superar obstáculos ou de resistir ao stress

quotidiano. O estado emocional interfere na saúde, ocasionando

muitas vezes doenças graves, como gastrite, ataques de pânico,

depressão, enxaquecas e outros problemas clínicos.

Capítulo 9: Inteligência social

Neste ponto, abordamos a reflexão sobre a inteligência social, depois

de termos explanado sobre a inteligência emocional (sentimentos,

emoções e autoconhecimento) e sobre a inteligência racional (fisio-

logia do cérebro e conhecimento).

Iremos compreender este novo conceito do século xxi para quali-

ficar a sua rede de relacionamentos e encontrar as pessoas que real-

mente têm ligação com o seu verdadeiro self e com os princípios do

amor que nos conduzem ao bem -estar absoluto.

Capítulo 10: A linguagem do amor

Acreditamos que o amor nos inspirou a escrever 12 Pérolas para uma

Vida Feliz e que é o maior responsável pela oportunidade de estar-

mos consigo, prezado leitor.

O amor ensina -nos a lidar com cada matiz do jogo da vida e com

as suas mudanças. O amor, que não cabe em si de tão imenso, é a

base do nosso sucesso pessoal, social, profissional, familiar e a ener-

gia autorrenovável e inesgotável das nossas vidas.


19

APRESENTAÇÃO

Capítulo 11: Os selfs

As transições naturais da vida modificam os terrenos para explo-

rar as aptidões das inteligências — emocional, racional e social —,

gerando novas potencialidades, novos interesses, novas escolhas e

forças interiores, comunicando com o nosso self, isto é, com o nosso

«eu» mais profundo.

Neste capítulo, procuramos o entendimento dos três selfs desco-

bertos até hoje: o primeiro self é racional e inseguro, o segundo self é

repleto de opções, e o terceiro self é a consciência elevada da escolha

e da confiança, chegando ao amor incondicional.

Capítulo 12: As 12 pérolas para uma vida feliz

Tudo na vida são pérolas. Terminamos com uma breve síntese,

assente em 12 afirmações de sabedoria, e ao mesmo tempo com a

ideia de que nada se conclui… A vida é dinâmica, e haverá decerto

continuidade nos momentos de reflexão experimentados e vivencia-

dos durante a leitura deste livro e nos exercícios que o convidamos

a realizar.


CAPÍTULO 1

A MENTE PERCETIVA

CAPÍTULO 1


23

1

Todas as metas estão subordinadas aos objetivos maiores da vida. Ou todos os objetivos e metas estão subordinados aos dese‑jos mais profundos da mente, do corpo e do espírito. As pequenas mudanças têm mais ou menos força, na medida em que estão ali‑nhadas com as metas maiores, mais existenciais, do ser humano.1

RobeRto Wong

Qual é o seu propósito de vida?

E ntender o nosso propósito é começar por compreender um

pouco a nossa mente percetiva, que está sempre a projetar coi-

sas, imagens, ideias e conceitos, o que torna difícil sermos nós

mesmos no tempo e espaço, isto é, no aqui e no agora. A mente

gosta de estar ligada ao passado ou ao futuro e de transformar difi-

culdades em problemas. «Estou esgotado e cansado, não sei como

sair disto.» «Estou dececionado e frustrado, sinto -me muito só», etc.

No passado, a mente tende a identificar -se e, no futuro, projeta-

-se. O equilíbrio é um processo biológico e fisiológico. Na verdade,

a programação do nosso cérebro adota padrões inibitórios e previsí-

veis que produzem um certo conforto e baixo risco. A mente é conside-

rada a parte pensante do cérebro e é formada pela perceção que temos

1 Adaptado do texto escrito por Roberto Wong, personal coach e autor do livro O Sucesso Está no Equilíbrio (2005).


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do mundo, modelada pelas crenças e pelos modelos estabelecidos

desde o nosso nascimento e também pela sociedade em que vive-

mos. Por exemplo: se for norte-americano, a sua mente será norte-

-americana, com conceitos, crenças e valores norte-americanos; se

for chinês, terá os valores chineses; se for católico, a sua mente terá

dogmas católicos; se for budista, seguirá conceções budistas.

Mas a realidade é uma só e pode ser diferente de tudo isso. Será

que a sua mente acompanha a realidade? O que está realmente a

acontecer fora e dentro de si?

Por isso é muito importante o que ouvimos, o que lemos, o que

vemos, assim como, no dia a dia, também é importante saber com

quem falamos e o que dizemos, o que ouvimos das pessoas, nas

músicas, nos noticiários, etc. Temos de fazer o possível para nos

livrarmos de mexericos e comentários que nada têm a ver connosco

ou com as nossas vidas. Não devemos aborrecer -nos com as peque-

nas coisas, devemos ver filmes bonitos e com conteúdo ou mesmo

engraçados, só para rir. Ler bons livros. Ter sempre por perto pes-

soas com um bom espírito e divertidas, bem -educadas e com valores

equivalentes aos nossos. A solução para o nosso bem -estar é encon-

trar formas significativas de estarmos bem, cortando com hábitos e

modos de pensar antigos e decrépitos.

Tudo tem de ser uma escolha para que tenhamos todo o controlo so-

bre a nossa mente e o poder de escolhermos o nosso próprio padrão de vida.

Existem várias escolhas, umas ricas, outras pobres, umas amplas,

outras medíocres e pequenas. Lembre -se de que nunca será tarde

demais para fazer a escolha certa.

Os dogmas do passado tranquilo são inadequados para o pre‑sente turbulento.

AbRAhAm LincoLn (1809–1865)

Esta frase poderia ter sido pronunciada hoje, o que prova que

os tempos estão e estarão sempre em mudança e que, por esta

razão, temos de modernizar as nossas mentes, desenvolvendo novas


25

A MENTE PERCETIVA

maneiras de agir, algo que muitos não fazem porque os obriga a

saírem da sua zona de «conforto».

«Se nos identificarmos com a mente, criamos uma tela opaca de

conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições que

bloqueiam todas as relações verdadeiras. Essa tela situa -se entre si e

o seu interior, entre si e o próximo, entre si e a natureza, entre si

e Deus. Essa tela cria uma ilusão de separação», diz Eckhart Tolle2,

no livro que aconselhamos a ler: O Poder do Agora.

QUANDO MUDAMOS O NOSSO MODO DE PENSAR, MUDAMOS

TUDO À NOSSA VOLTA.

2 Eckhart Tolle nasceu na Alemanha, formou -se pela Universidade de Londres e tornou -se investigador e supervisor da Universidade de Cambridge. Quando tinha 29 anos, uma pro-funda transformação espiritual dissolveu a sua antiga identidade e mudou o curso da sua vida, de forma radical. Os anos seguintes foram dedicados ao entendimento, à integração e ao aprofundamento dessa transformação, que marcou o início de uma intensa jornada interior. No seu livro, o Poder do Agora (2002), relata as respostas obtidas através dessa busca.


26


EXERCÍCIO

Vamos fazer um pequeno exercício de imaginar, sentir e/ou reviver uma experiência, um momento mau, muito triste e sofrido da nossa vida. Vamos fechar os olhos e ver tudo e todos os que estavam presentes nesse momento. Vamos ouvir também o que se passou, o que diziam ou comentavam e sentir, como se estivéssemos no momento. Sentir o medo, a mágoa, a tristeza e o desapontamento. Pronto! Agora, devagar, vamos regressar ao aqui e agora, desligar um pouco de tudo e fazer uma profunda inspiração, relaxando.

Vamos, de seguida, visualizar um momento extraordinariamente feliz, cheio de amor, segurança, alegria, paz, e sentir tudo como se estivéssemos a viver esse momento maravilhoso, auscultar as nossas emoções, o nosso coração, ouvir as magníficas músicas ou palavras agradáveis que pessoas queridas diziam ou que nós mesmos pronun‑ciávamos para elas, e elas para nós, ver as cores, os brilhos, as pessoas e tudo o que havia de agradável naquele momento. Depois, vamos voltar ao aqui e agora, relaxar, espreguiçar, andar um pouco.

Veja o que aconteceu nos dois momentos: somos nós que coman‑damos a nossa mente e sentimos as emoções negativas e positivas. Sabemos imediatamente que somos o observador da nossa mente, dos nossos pensamentos, emoções e sentimentos. Quando tivermos plena consciência deste facto, saberemos que a nossa mente é como um pé, uma perna, um braço ou uma mão, isto é, só fará o que ordenarmos e não o contrário; e aí, sim, poderá agir em nosso favor, criando uma boa sintonia com pessoas positivas atraindo sucesso, dinheiro e situações maravilhosas para a nossa vida. Nós criamos a nossa energia e atraímos as coisas e as pessoas consoante as nossas vibrações. Aprenda a obser‑var as suas emoções. Elas são muitas vezes a representação dos seus pensamentos. Pensamos e, momentos depois, sentimos. Se pensarmos em coisas más, teremos emoções negativas; se pensarmos em coisas boas, teremos emoções positivas e boas.

A emoção, se não for controlada, tomará conta de nós. Os pensamen‑tos e as emoções dependem uns dos outros, alimentam ‑se, formando


27

A MENTE PERCETIVA

um círculo vicioso e fechado. Se não conhecermos este círculo, corre‑remos o risco de sermos dominados por ele e entrarmos em neuroses, stress e perturbações internas, que por vezes acabam mal.

Geralmente temos os mesmos padrões de pensamento, mas estes podem ser alterados através de alguns exercícios, mudando os pensa‑mentos em relação às nossas crenças limitantes. Com bastante disci‑plina, começamos por substituir um pensamento negativo por outro positivo e veremos que é muito mais divertido. Com o passar dos dias, além de nos habituarmos a este «jogo», vamos mudando muita coisa dentro e fora de nós.

Albert Einstein afirmou que «A imaginação é mais importante do que o conhecimento». Partindo do princípio de que o conhecimento está na memória e no que aprendemos no passado e de que a imaginação é ili‑mitada e é o futuro, tudo pode acontecer a partir da confiança que temos em nós, na vida e no Universo ou em Deus. Na crença fortalecedora de que tudo podemos e de que tudo em que acreditamos acontece.

Inspirar os outros a encontrarem novos caminhos é fantástico, faz‑‑nos crescer e rejuvenescer.

Não se pode ensinar nada a um homem, apenas ajudá ‑lo a encontrar as respostas dentro de si mesmo.

gALiLeu gALiLei (1564–1642)


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RECURSO 1

Tal como o seu tempo, o seu pensamento também é dinâmico, e a qualidade dos dois é o que faz

a diferença no seu presente.

O que pensa ao ter acesso a este livro? Já imaginou o que pode aconte‑cer quando estiver a ler este livro? (Quais as suas expetativas?)

Qual o seu maior desejo (meta, objetivo ou sonho) neste preciso mo‑mento?


29

A MENTE PERCETIVA

E se agora fizesse as mesmas perguntas ao seu coração, no mundo «do tudo é possível»?

Qual é o seu desejo, o mais íntimo e subjetivo, neste preciso momen‑to? (Desejo equivale a metas, objetivos e sonhos.)

De 1 a 10, defina a pontuação: Em que dimensão está o seu desejo? • pessoal ( ) • profissional ( ) • social ( ) • relacionamentos afetivos ( )

Tem a certeza de que estes desejos são realmente os seus? Ou fazem parte de desejos de algum familiar, pai, mãe, marido, filhos, etc.?


30


Agora, faça estas mesmas perguntas pensando apenas em si.De 1 a 10, defina a pontuação: Em que dimensão está o seu desejo? • pessoal ( ) • profissional ( ) • social ( ) • relacionamentos afetivos ( )

Do que precisa neste momento para ter uma vida significativa e formidável?

Quais são os recursos internos e externos que possui neste momento para concretizar estes desejos?


31

A MENTE PERCETIVA

Crie a prioridade dos seus desejos, por ordem decrescente:

1. 2. 3. 4. 5.

Estas respostas são afirmações que vêm do seu coração e da sua mente e que serão o login ou a chave de acesso ao seu interior.


32


APRENDIZAGENS

O que aprendeu ou que pérolas recebeu ao ler este capítulo?


33

A MENTE PERCETIVA

RESULTADOS

Que vantagens obteve?


34


DECISÕES

O que decidiu? Lembre ‑se de que esta decisão

é a mensagem que envia ao cérebro.


miolo 12 perolas v13 - nascente.pt · a ostra, para fazer uma pérola, precisa de ter dentro de si...

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