minuta plano diretor de fazenda vilanova/rs

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1 LEI COMPLEMENTAR N o xxx, DE...., DE...................DE 20...... Institui o Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano do Município de Fazenda Vilanova. O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA VILANOVA, Estado do Rio Grande do Sul. FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto no art. xxxx, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte: LEI COMPLEMENTAR LIVRO I DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO Título I DOS PRINCÍPIOS Art. 1 o . A política urbana do Município será regida pelos seguintes princípios: I - inclusão social e territorial: a cidade deve garantir aos cidadãos a justa distribuição de moradia e suporte público (infraestrutura e serviços urbanos), tendo como objetivos: a) a erradicação da segregação espacial; b) contribuir para a diminuição da pobreza e redução das desigualdades sociais, por meio do uso racional dos recursos socioambientais; c) promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, necessidades especiais e quaisquer outras formas de discriminação, devendo os instrumentos de direito urbanístico ser utilizados visando a atender a essas necessidades; II - direito à cidade: a cidade, seus recursos naturais e seus equipamentos devem ser de acesso de todos e preservados para as presentes e futuras gerações, tendo como objetivos: a) a política de regularização fundiária deve levar em consideração o desenvolvimento sustentável e o acesso de todos à cidade; b) a garantia do direito à moradia deve ser efetivada preferencialmente em áreas já urbanizadas; c) os aglomerados urbanos de menor renda devem ser integrados à cidade mediante inclusão na malha viária e transporte público de qualidade; d) deve ser garantido em todas as zonas do município o desenvolvimento da cultura e lazer; III - função social da cidade e da propriedade: a cidade e a propriedade urbana devem ser utilizadas de maneira a contribuir para o bem comum, respeitados os direitos individuais e o meio ambiente, nos termos deste Plano Diretor, o qual deve: a) promover o adequado aproveitamento dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados, não edificados, não utilizados ou ociosos; b) sancionar a retenção especulativa dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados, não edificados ou não utilizados, ou ociosos; IV - preservação e recuperação do ambiente natural, definindo-se:

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Participe e opine: [email protected] Minuta do Plano Diretor de Fazenda Vilanova/RS

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LEI COMPLEMENTAR No xxx, DE...., DE...................DE 20......

Institui o Plano Diretor do

Desenvolvimento Urbano do Município

de Fazenda Vilanova.

O PREFEITO MUNICIPAL DE FAZENDA VILANOVA, Estado do Rio Grande do Sul.

FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto no art. xxxx, da Lei Orgânica do

Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte:

LEI COMPLEMENTAR

LIVRO I – DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Título I – DOS PRINCÍPIOS

Art. 1o. A política urbana do Município será regida pelos seguintes princípios: I - inclusão social e territorial: a cidade deve garantir aos cidadãos a justa distribuição de moradia e suporte público (infraestrutura e serviços urbanos), tendo como objetivos: a) a erradicação da segregação espacial; b) contribuir para a diminuição da pobreza e redução das desigualdades sociais, por meio do uso racional dos recursos socioambientais; c) promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, necessidades especiais e quaisquer outras formas de discriminação, devendo os instrumentos de direito urbanístico ser utilizados visando a atender a essas necessidades; II - direito à cidade: a cidade, seus recursos naturais e seus equipamentos devem ser de acesso de todos e preservados para as presentes e futuras gerações, tendo como objetivos: a) a política de regularização fundiária deve levar em consideração o desenvolvimento sustentável e o acesso de todos à cidade; b) a garantia do direito à moradia deve ser efetivada preferencialmente em áreas já urbanizadas; c) os aglomerados urbanos de menor renda devem ser integrados à cidade mediante inclusão na malha viária e transporte público de qualidade; d) deve ser garantido em todas as zonas do município o desenvolvimento da cultura e lazer; III - função social da cidade e da propriedade: a cidade e a propriedade urbana devem ser utilizadas de maneira a contribuir para o bem comum, respeitados os direitos individuais e o meio ambiente, nos termos deste Plano Diretor, o qual deve: a) promover o adequado aproveitamento dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados, não edificados, não utilizados ou ociosos; b) sancionar a retenção especulativa dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados, não edificados ou não utilizados, ou ociosos; IV - preservação e recuperação do ambiente natural, definindo-se:

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a) o meio ambiente ecologicamente equilibrado como bem de uso comum do povo, sendo direito e dever de todos colaborar na sua preservação, proteção e recuperação para as presentes e futuras gerações; b) que as políticas de educação, trânsito, transporte e desenvolvimento econômico devem considerar a preservação e proteção dos recursos ambientais existentes, bem como a adequada destinação dos resíduos residenciais, comerciais, hospitalares e industriais; V - gestão democrática: a gestão do desenvolvimento urbano e ambiental deve se dar de maneira democrática, por meio de órgãos e fóruns que representem os mais diversos setores da sociedade, de modo a evitar: a) a multiplicidade de representação de qualquer setor tendente a excluir a gestão democrática; b) a alteração de qualquer dispositivo deste Plano Diretor sem o prévio encaminhamento do assunto à audiência pública antes do envio do projeto de lei à Câmara de Vereadores; VI - valorização e fortalecimento do poder público municipal: o Poder Público Municipal tem o dever de atuar no planejamento democrático da cidade, por meio de: a) políticas públicas que possam ser efetivadas dentro das competências constitucionalmente asseguradas ao Município; b) instituição ou revitalização dos órgãos fiscalizadores dotados de poder de polícia com profissionais capacitados e a infraestrutura necessária; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização; VIII - recuperação dos investimentos do Poder Público que tenham resultado na valorização de imóveis urbanos; IX - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas as situações socioeconômicas da população e as normas ambientais.

TÍTULO II

DOS OBJETIVOS Art. 2o. Visando à efetividade dos princípios mencionados no art. 1o com eficiência, equidade, sustentabilidade e qualidade ambiental, e, buscando estabelecer um urbanismo compacto e miscigenado, em conformidade com as redes de infraestrutura urbana existentes e propostas por este Plano Diretor, são objetivos do desenvolvimento urbano municipal: I - consolidar Fazenda Vilanova como uma cidade diversificada e equilibrada: a) evitando a monofuncionalidade e a dependência de uma base econômica única; b) buscando o equilíbrio entre as atividades dos setores primário, secundário e terciário; c) diversificando as atividades econômicas e culturais; d) distribuindo a oferta de equipamentos públicos no território urbano; e) atendendo às especificidades das diferentes demandas dos extratos populacionais; II - promover a qualificação física, funcional e simbólica do ambiente urbano, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população;

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III - recuperar e preservar o ambiente natural da cidade, valorizando o contato saudável da população com as áreas verdes e espaços abertos; IV - desenvolver a cidade de forma sustentável, atendendo às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades; V - aumentar a eficiência econômica da cidade, racionalizando os investimentos públicos e o uso da infraestrutura instalada e otimizando as políticas tributárias; VI – promover a conexão e integração da malha urbana, aperfeiçoando a acessibilidade e os fluxos na cidade, garantindo boas condições de mobilidade urbana; VII - democratizar o acesso à terra e à habitação, promovendo projetos e ações de produção de moradia e de regularização fundiária; VIII - prevenir distorções e abusos no aproveitamento econômico da propriedade urbana, coibindo seu uso especulativo ou nocivo ao meio ambiente e à eficiência do sistema urbano; IX - permitir e regular a participação da iniciativa privada no processo de urbanização, quando de interesse público e compatível com o cumprimento das funções sociais da cidade; X - aumentar a eficácia da ação governamental, planejando, fiscalizando e cooperando com os governos estadual e federal e os municípios vizinhos; XI - descentralizar a gestão, o planejamento e a fiscalização pública, garantindo ampla participação da população e publicidade de todos os atos relativos ao desenvolvimento urbano.

LIVRO II

DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

TÍTULO I

INSTRUMENTOS BÁSICOS

CAPÍTULO I

DO PERÍMETRO URBANO Art. 3o. O perímetro urbano compreende uma parte central do município de Fazenda

Vilanova e está dividido em diferentes zonas.

Parágrafo único. Áreas localizadas no perímetro urbano que englobem atividades caracterizadas como agrícolas, poderão, com a anuência dos órgãos competentes, e de acordo com as necessidades da gestão urbana do Município, receber incentivo à manutenção dessas atividades e características.

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CAPÍTULO II

DO MODELO TERRITORIAL

Art. 4º. O modelo territorial é constituído pelos elementos apresentados no mapa do “Modelo Territorial”, conforme segue:

I - zonas mistas residenciais:

a) zonas mistas residenciais existentes: ajustes no zoneamento, no regime urbanístico e

nas redes de infraestrutura urbana existentes, buscando estabelecer um urbanismo

compacto, mantendo predominantemente a habitação, mas permitindo comércio e serviço

de nível cotidiano e função de apoio à habitação;

b) zonas mistas residenciais para áreas com potencial de expansão da malha urbana:

proposta de zoneamento e elaboração de regime urbanístico visando à expansão da cidade

em direção norte e sul, mantendo predominantemente a habitação, mas permitindo

comércio e serviço de nível cotidiano e função de apoio à habitação.

II - zonas mistas comerciais: distribuição das atividades comerciais e de serviços de maior

porte e impacto nas áreas de ocupação intensiva, nos setores norte e sul do centro da

cidade. Elaboração de novo zoneamento e regime urbanístico em conformidade com a área

de ocupação intensiva, mantendo e incentivando o uso misto com ênfase no

desenvolvimento do comércio e de serviços gerais para a cidade, mas buscando o equilíbrio

com habitação.

III - zonas industriais:

a) zona industrial remanescente: elaboração de zoneamento e regime urbanístico

mantendo apenas a indústria preexistente e adequando os níveis de impacto em

conformidade com a área urbana na qual estão inseridas, sem a possibilidade de implantar

novas unidades industriais;

b) zonas industriais novas: criação de novos distritos industriais com zoneamento e

regime urbanístico em conformidade com a área urbana na qual está inserida;

criação/adequação das redes de infraestrutura visando a atender à dinâmica e às

necessidades da indústria.

IV - zonas agrícolas remanescentes: áreas com características rurais localizadas a norte e

nordeste, nos limites do perímetro urbano, que permanecem com uso restrito a atividades

agropastoris, sendo vedados outros usos ou o parcelamento urbano.

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V - áreas de interesse ambiental: áreas não adensáveis em função de interesse ambiental,

de acordo com as características específicas de cada situação:

a) encostas: preservação das áreas de encostas existentes a sudeste da cidade, visando à

manutenção da mata existente, assim como à recuperação das áreas desmatadas.

Restrição à urbanização de áreas com declividade superior a 30%;

b) mata ciliar: preservação e recuperação da mata ciliar ao longo de cursos d’água e

banhados, em consonância com a legislação ambiental vigente;

c) mata nativa: preservação das áreas de mata nativa remanescentes na zona urbana da

cidade, em consonância com a legislação ambiental vigente;

d) recuo paisagístico: faixas de terra não adensáveis, com 50 metros de largura,

destinadas a fazer a interface e transição entre a cidade e a rodovia BR 386 e entre as

zonas residenciais e as zonas industriais; devem receber tratamento paisagístico.

VI - áreas verdes: implantação de parques e praças distribuídos em diferentes pontos da

cidade, com tratamento paisagístico e mobiliário urbano adequado para seu uso.

VII - sistema viário:

a) conexões viárias: abertura de trechos de vias conectando a estrutura básica do traçado

urbano;

b) expansão do traçado: expansão da malha urbana com a abertura de novos arruamentos

em áreas vazias passíveis de urbanização e contíguas às áreas atualmente ocupadas;

c) gabarito de vias: hierarquização do traçado urbano a partir da definição de diferentes

gabaritos de vias.

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CAPÍTULO III

DAS ESTRATÉGIAS Art. 5o. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, visando à efetivação dos princípios e consecução dos objetivos, é composto das seguintes estratégias: I - desenvolvimento econômico e social; II - desenvolvimento ambiental e urbano; III - mobilidade e conexão urbana; IV - funcionalidade do solo; V - gestão e planejamento participativo.

SEÇÃO I: Estratégia de Desenvolvimento Econômico e Social

Art. 6o. A estratégia de desenvolvimento econômico e social compõe-se de:

I - elementos relativos ao modelo territorial, conforme “Mapa de Desenvolvimento Econômico e Social”:

a) Criação de distritos produtivos para a cidade a partir da definição das novas zonas industriais;

b) Criação de zonas mistas com ênfase no comércio e serviços, localizadas na área de maior centralidade urbana;

c) Criação de zonas mistas predominantemente residenciais no entorno da área central.

II - Ações de desenvolvimento econômico e social: a) Incentivo para a instalação de indústrias nas novas zonas industriais; b) Criação de novos empregos como forma de suprir as novas zonas industriais da

cidade; c) Ênfase na educação de nível médio e técnico; d) Qualificação da mão de obra local; e) Incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo para o trabalhador.

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SEÇÃO II: Estratégia de Desenvolvimento Ambiental e Urbano Art. 7o. A estratégia de desenvolvimento ambiental e urbano compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial, conforme “Mapa de Qualificação Ambiental”:

a) Estabelecimento de um recuo com tratamento paisagístico na interface da cidade com a rodovia BR 386, visando a amenizar seu impacto na cidade e promover a qualificação ambiental desta área;

b) Recuperação e preservação da mata ciliar e nativa, bem como de cursos d’água e banhados, caracterizando-os como Áreas de Preservação Permanente (APPs);

c) Recuperação e preservação de encostas e áreas de grande declividade caracterizando-os como Áreas de Preservação Permanente (APPs);

d) Criação de áreas não adensáveis de preservação ambiental nas bordas do perímetro urbano, a norte e sudeste, onde concentram-se APPs com cursos d’água, mata nativa e terrenos de grande declividade.

e) Criação de parques e praças contíguos às APPs de banhados, lagos e cursos d’água que se encontram dentro da área urbanizada, como forma de preservar estas áreas;

f) Definição de um zoneamento para as áreas agrícolas remanescentes; g) Criação de novo distrito industrial como forma de liberar o tecido interno da cidade da

dinâmica e conflitos gerados pela indústria; h) Conexão, expansão e melhoria do sistema viário existente; i) Criação de ciclovias e ciclofaixas.

II - Ações de qualificação urbana e ambiental:

a) Elaboração de Plano Setorial Ambiental; b) Elaboração de Plano Setorial de Arborização Urbana; c) Elaboração de Plano Setorial de Drenagem Urbana; d) Criação de ciclovias e estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte

alternativo; e) Estimulo à redução da produção de resíduos sólidos; f) Implementação da coleta seletiva de lixo; g) Criação de usinas de reciclagem de lixo seco em área do município localizada fora

do perímetro urbano; h) Implementação e qualificação da educação ambiental; i) Regulamentação e fiscalização do uso de carros de som e som automotivo; j) Implementação da fiscalização e controle de ruídos; k) Regulamentação do uso de peças publicitárias nas fachadas e calçadas; l) Qualificação da iluminação pública; m) Elaboração e padronização de mobiliário urbano específico que atenda às

necessidades do município; n) Estimulo ao setor privado para a criação de projetos e manutenção de áreas verdes.

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SEÇÃO III: Estratégia de Mobilidade e Acessibilidade Urbana Art. 8o. A estratégia de mobilidade e acessibilidade urbana compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial, conforme “Mapa de Mobilidade e Acessibilidade Urbana”:

a) Complementação e estruturação do sistema viário existente; b) Delimitação da ampliação do sistema viário dentro das áreas de expansão urbana.

II - ações de qualificação da mobilidade e acessibilidade:

a) Ações de educação e conscientização para o trânsito; b) Construção de ciclovias e ciclofaixas; c) Padronização e qualificação das paradas de ônibus e mobiliário urbano

complementar; d) Regulamentação do tráfego de carroças, veículos de tração humana e

assemelhados; e) Regulamentação da publicidade urbana, incluindo placas, letreiros, outdoors em

terrenos, calçadas e fachadas das edificações, evitando obstaculizar a circulação e a poluição visual na cidade;

f) Tratamento, padronização e adequação das calçadas; g) Restrição e regulamentação do estacionamento de caminhões e veículos de grande

porte nas vias centrais da cidade; h) Regulamentação e fiscalização do trânsito de cargas perigosas; i) Criação de vias coletoras do trânsito local paralelas à BR 386 na área central,

visando à transposição por baixo do elevado da rodovia; j) Criação de vias coletoras do trânsito local paralelas à BR 386 nas zonas industriais; k) Construção de uma nova rodoviária, em local de boa acessibilidade, próximo à

rodovia.

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SEÇÃO IV: Estratégia de Funcionalidade do Solo – zoneamento e alturas Art. 9o. A estratégia de funcionalidade do solo compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial, conforme “Mapa de Funcionalidade do Solo – Zoneamento”:

a) Novo zoneamento de usos e atividades; b) Novo regime urbanístico.

II - ações de estímulo à efetividade da funcionalização do solo:

a) Otimização tributária, com a inclusão de todas as áreas do cadastro do Imposto Territorial Urbano (IPTU), fiscalização do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e demais tributos relativos à ocupação do solo urbano;

b) Fiscalização eficiente e efetiva; c) Identificação das áreas que descumprem a função social da propriedade; d) Estabelecimento e efetivação de sanções para o não cumprimento da função social

da propriedade; e) Estabelecimento de operações urbanas consorciadas, que correspondam a projetos

de âmbito urbano com interferência de impacto sobre áreas privadas e públicas, as quais deverão ser regidas por lei própria quando de iniciativa de sua realização;

f) Regulamentação dos condomínios por unidades autônomas; g) Exigência de entrega de áreas públicas e de cultura e de lazer qualificadas e

equipadas, conforme previsão legal.

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Seção V: Estratégia de Gestão e Planejamento Participativo Art. 10. A estratégia de gestão e planejamento participativo deve ser implementada por meio de: I - criação de um sistema que integre o Poder Público e a Comunidade a partir de uma divisão territorial para fins de acompanhamento e fiscalização da gestão urbana; II - atribuição de competências e criação do Conselho Municipal do Plano Diretor, visando ao assessoramento e fiscalização do desenvolvimento de políticas urbanas; III - criação de uma política de qualificação dos quadros das secretarias com vistas ao monitoramento técnico do crescimento da cidade; e IV - previsão de regras de alteração do Plano Diretor que exijam a participação popular.

TÍTULO II

INSTRUMENTOS DE REGULAMENTAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

CAPÍTULO I

DA CIRCULAÇÃO URBANA E REDE VIÁRIA

Art. 11. Entende-se por circulação urbana o conjunto dos deslocamentos de pessoas, veículos e cargas na rede viária da cidade. Art. 12. Rede Viária é o conjunto de vias hierarquizadas pelo sistema viário básico, que constitui o suporte físico de circulação urbana no território municipal. Art. 13. As vias classificam-se em: I - rodovias com gabarito variável, entendendo-se por rodovias todas as vias que forem implantadas sob controle direto de outros órgãos governamentais; II - vias arteriais ou principais com gabarito mínimo de 25 m (vinte e cinco metros), e declividade máxima de 6% (seis por cento), destinados à circulação geral; III - vias coletoras ou secundárias com gabarito mínimo de 17 m (dezessete metros), declividade máxima de 6% (seis por cento), destinada a distribuir os fluxos de circulação local; IV - vias locais, com gabarito mínimo de 14 m (quatorze metros), e 11 m (onze metros) nos loteamentos populares; V - vias locais que terminam em “cul-de-sac”, que devem ter o mesmo gabarito de 14 m (quatorze metros) e raio mínimo de 10 m (dez metros).

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FIGURA 1 – Via arterial

FIGURA 2 – Via coletora

FIGURA 3 – Via local

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FIGURA 4 – Via local (loteamentos populares)

CAPÍTULO II

ZONEAMENTO Art. 14. Considera-se zoneamento, para fins da presente Lei, a divisão do Município de Fazenda Vilanova em áreas de uso e ou intensidade de ocupação diferenciada. Art. 15. As zonas são delimitadas por vias, logradouros públicos, fundos de lotes, frente de lotes e outros traçados no mapa do “Zoneamento”. Art. 16. Os regimes urbanísticos de cada zona estão descritos no “Quadro de Regimes Urbanísticos”, anexo I da presente Lei, e nos dispositivos referentes aos diversos tipos de regime. Art. 17. Para fins desta Lei, a área do Município fica dividida em zonas diferenciadas pelos usos e/ou intensidades de ocupação, conforme segue: I - zonas residenciais: a) Zona Mista Residencial 1 (ZMR 1); b) Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2); II - zonas comerciais: a) Zona Mista Comercial (ZMC); III - zonas industriais: a) Zona Industrial 1 (ZI 1); b) Zona Industrial 2 (ZI 2); c) Zona Industrial Remanescente (ZIR); IV - zonas especiais: a) Zona Especial de Interesse Social (ZEIS); b) Zona Especial de Interesse Institucional (ZEII); c) Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA); d) Zona Agrícola Remanescente (ZAR).

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Seção I: Zonas Residenciais Art. 18. A Zona Mista Residencial 1 (ZMR 1) corresponde às áreas com ocupação predominantemente residencial em fase de consolidação, localizadas ao norte e ao sul da área central da cidade, possuindo características socioespaciais semelhantes. § 1o. A ZMR 1 deve sofrer transformações em suas características morfológicas no sentido de aumentar a densidade construtiva, inclusive com algumas edificações em altura, mas com densificação controlada para não sobrecarregá-la. § 2o. Na ZMR 1 são admitidos usos residenciais unifamiliares e multifamiliares acrescidos de estabelecimentos de comércio e serviço de apoio à habitação e diversificados, desde que: I - sejam estabelecimentos de pequeno porte, como lojas, mercados e pequenos restaurantes; II - tenham baixo impacto, assim considerados os estabelecimentos que não apresentem impactos de ruído, tráfego ou poluição. § 3o. Na ZMR 1 é vedado o uso industrial de médio e alto potencial poluidor. Art. 19. A Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2) corresponde às ocupações predominantemente residenciais em fase de implantação, tanto no setor norte quanto no sul, com localização mais afastada do centro da cidade e características socioespaciais semelhantes. Devem ser configuradas como áreas residenciais de média-baixa densidade, com comércio e serviços de apoio à habitação. § 1o. O Poder Público deve providenciar a regularização e qualificação urbanística destas áreas, a fim de permitir: I - pequeno adensamento; II - implantação de estabelecimentos de comércio e serviços diversificados. § 2o. Na ZMR 2 é vedado o uso industrial de médio e alto potencial poluidor.

Seção II: Zonas Comerciais Art. 20. A Zona Mista Comercial (ZMC) corresponde à principal centralidade urbana da cidade, sendo estimulada a implantação de atividades mistas com ênfase no comércio e serviços diversificados, indústrias de baixo potencial poluidor e atividades institucionais. § 1o. É vedado na ZMC indústrias de alto e médio potencial poluidor. § 2o. A ZMC deve permitir edificações com altura mais elevada. § 3o. Os imóveis localizados na ZMC devem ser objeto de projetos e obras de melhoramentos, especialmente no que concerne aos passeios, paradas de ônibus, transposição da via e estacionamentos. § 4o. É permitido, na ZMC, o uso residencial, bem como o comércio e os serviços de apoio à habitação.

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§ 5o. É vedado, na ZMC, o comércio e serviços geradores de impactos como ruídos, poluição e tráfego pesado.

Seção III: Zonas Industriais Art. 21. As Zonas Industriais (ZI) correspondem ao novo distrito industrial, dispostas em áreas de expansão ao longo da rodovia BR 386. Parágrafo único. É vedado na ZI 2 a função residencial, sendo permitida apenas na ZI 1. Art. 22. A Zona Industrial Remanescente (ZIR) deve substituir as atividades atuais geradoras de impacto por atividades de menor impacto urbano e ambiental. § 1o. Aplica-se à ZIR o direito de preempção, devendo o município, quando da possível aquisição destas áreas, dar prioridade à reincorporação desta área à cidade com função residencial ou como área institucional.

CAPÍTULO III

NORMAS DE USO DO SOLO

Seção I: Disposições Gerais Art. 23. Os usos autorizados para licenciamento, segundo as zonas estabelecidas, a partir da vigência desta Lei, estão definidos no “Quadro de Regimes Urbanísticos”. § 1o. As atividades e os prédios regulares são considerados conformes ou desconformes, nos termos das normas de uso e ocupação do solo referentes à respectiva Zona, e seu enquadramento técnico será feito pela Secretaria Municipal de Planejamento, nos seguintes termos: I - as atividades conformes são as constantes dos padrões urbanísticos, segundo as tendências de uso das diversas áreas; II - as atividades desconformes compreendem aquelas que estão em desacordo com o Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano, podendo ser classificadas em: a) compatíveis: são as atividades que, embora não se enquadrem nas características da área em que ocorram: 1. tenham condicionantes tais, relativos às suas dimensões e funcionamento, que não desfigurem a área em que ocorrem; e 2. até a data de entrada em vigor da presente Lei, não tenham sido registradas, nos órgãos competentes, reclamações por parte dos moradores do entorno. b) incompatíveis: são as atividades que descaracterizam claramente a área em que se encontram. § 2o. A critério da Secretaria Municipal de Planejamento fica permitida a ampliação da atividade considerada compatível, nos termos da alínea “a”, do inciso II, do § 1o deste artigo, desde que essa ampliação não descaracterize a área onde se encontra.

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§ 3o. Nos casos em que houver viabilidade de abrandamento do grau de desconformidade de uma atividade incompatível, descrita na alínea “b”, do inciso II, do § 1o deste artigo, de tal modo que esta atividade possa ser considerada compatível, a Secretaria Municipal do Planejamento estabelecerá condições e prazos para essa adaptação. § 4o. Ressalvadas as hipóteses de obras essenciais à segurança e à higiene das edificações, ficam vedadas quaisquer obras de ampliação ou reforma que impliquem no aumento: I - do exercício da atividade considerada incompatível; II - da capacidade de utilização das edificações, instalações ou equipamentos; ou III - da ocupação do solo a elas vinculadas. Art. 24. São admitidos usos institucionais em todas as zonas, desde que compatíveis com os usos permitidos, sendo submetidos a Estudo de Impacto de Vizinhança, nos casos obrigatórios previstos no “Quadro de Usos e Atividades” (anexo II) ou quando considerado necessário pelo Conselho Municipal do Plano Diretor. Parágrafo único. Os usos, especificados no “Quadro de Usos e Atividades” (anexo II), são classificados nas seguintes categorias: I. Residencial: espaços destinados à atividade residencial. II. Comércio e serviços de apoio à habitação: estabelecimentos de venda direta de produtos diários ao consumidor ou para serviços de primeira necessidade, divididos em: a) comércio de apoio à habitação; b) serviço de apoio à habitação. III. Comércio e serviços diversificados: caracterizam-se por estabelecimentos que desenvolvam atividades de baixa interferência ambiental, divididos em: a) comércio varejista; b) serviços pessoais e profissionais; c) serviços financeiros e administrativos; d) serviços de comunicação; e) recreacional, turismo e lazer; f) lazer noturno. IV. Comércio e serviços com impacto ambiental: caracterizam-se por atividades que geram um maior impacto ambiental, em função da periculosidade, geração de ruído, poluição, tráfego intenso ou ainda em função de seu porte diferenciado, divididos em: a) comércio e serviços perigosos; b) comércio e serviços geradores de ruído e poluição; c) comércio e serviços geradores de tráfego pesado. V. Comércio e serviços de apoio ao trabalhador e à indústria: caracterizam-se por estabelecimentos de venda direta de produtos diários para os trabalhadores ou de serviços de primeira necessidade, complementares à atividade industrial. VI. Industrial: caracterizam-se por estabelecimentos para a produção industrial, e estão divididos em: a) indústria de baixo potencial poluidor; b) indústria de médio potencial poluidor;

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c) indústria de alto potencial poluidor. VII. Institucional: usos de interesse público, de caráter público ou privado, e atividades especiais estruturadoras da cidade. VIII. Atividades primárias: áreas destinadas à atividade agropecuária e de apoio a essa atividade.

Seção II: Das Zonas Residenciais Art. 25. Na Zona Mista Residencial 1 (ZMR 1) são admitidos os seguintes usos: I - residencial; II - comércio e serviços de apoio à habitação; III - comércio e serviços diversificados; IV - institucional, desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário. Art. 26. Na Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2) são admitidos os seguintes usos: I - residencial; II - comércio e serviços de apoio à habitação; III - institucional, desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário.

Seção III: Das Zonas Comerciais Art. 27. Na Zona Mista Comercial (ZMC) são admitidos os seguintes usos: I - residencial; II - comércio e serviço de apoio à habitação; III - comércio e serviços diversificados; IV - comércio e serviços com impacto ambiental moderado, exceto os geradores de tráfego pesado; V - institucional, desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário.

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Seção IV: Das Zonas Industriais Art. 28. Na Zona Industrial Remanescente (ZIR) são admitidos os seguintes usos: I - industrial de baixo potencial poluidor, mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV); II - comércio e serviço de apoio à habitação; III - institucional: apenas equipamentos de segurança pública e desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário. Art. 29. Na Zona Industrial 1 (ZI 1) são admitidos os seguintes usos: I – residencial unifamiliar; II – industrial de baixo potencial poluidor; III - comércio e serviços com nível médio de impacto ambiental; IV - comércio e serviços de apoio à indústria e ao trabalhador; V - institucional: apenas equipamentos de segurança pública e desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário. Art. 30. Na Zona Industrial 2 (ZI 2) são admitidos os seguintes usos: I – industrial de médio e alto potencial poluidor; II - comércio e serviços com nível alto de impacto ambiental; III - comércio e serviços de apoio à indústria e ao trabalhador; IV - institucional: apenas equipamentos de segurança pública e desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, e mediante Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), quando necessário.

CAPÍTULO IV

NORMAS DE OCUPAÇÃO DO SOLO

Seção I: Disposições Gerais Art. 31. O licenciamento e ocupação do solo no Município devem obedecer ao disposto neste Capítulo.

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Seção II: Definições Art. 32. Índice de Aproveitamento (IA) é a relação entre as áreas máximas de construção permitidas e as áreas dos terrenos sobre os quais ascendem as construções. § 1o. O IA é o fator que, multiplicado pela área líquida de terreno, define a área de construção computável. § 2o. As áreas construídas não adensáveis são as áreas destinadas a atividades complementares à atividade principal e as destinadas aos serviços gerais e de apoio à edificação, relacionadas no §3o deste artigo. § 3o. Não são consideradas no cálculo do Índice de Aproveitamento, até o limite fixado para a zona em que se encontra o imóvel, as áreas construídas não adensáveis: I - destinadas à guarda de veículos, nos prédios residenciais, acima do solo: a) até o máximo de 2 (duas) vagas por economia com área adensável de até 75 m² (setenta e cinco metros quadrados); b) de 3 (três) vagas por economia com área adensável de 75 m² (setenta e cinco metros quadrados) até 120 m² (cento e vinte metros quadrados); c) de 4 (quatro) vagas por economia com área adensável superior a 120 m² (cento e vinte metros quadrados); e d) sem limite de vagas, quando localizadas no subsolo da edificação; II - destinadas à guarda de veículos nos prédios não residenciais; III - de apoio, tais como reservatórios, casa de bombas, casa de máquinas de elevadores, área para depósito de lixo, transformadores, geradores, medidores, central de gás e centrais de ar-condicionado; IV - de uso comum, tais como portarias, circulações, acessos, zeladoria e áreas de cultura, esporte e lazer; V - destinadas a sacadas, varandas ou balcões em prédios residenciais, abertas ou até totalmente envidraçadas, até o limite de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) de profundidade em relação à face externa do peitoril, desde que vinculadas à área social da unidade residencial. § 4o. Em se tratando de prédios constituídos de economia única, será considerada não adensável a área equivalente às áreas de uso comum dos prédios condominiais referidas nos incisos III e IV do §3o. § 6º. São também isentas do cômputo do Índice de Aproveitamento as áreas construídas destinadas: I - à guarda de veículos em garagens e em estacionamento comercial; II - à área especial de descanso para as pessoas que trabalham nos estabelecimentos localizados em centros comerciais. § 7o. As áreas descritas no § 6o, II, deste artigo, incluindo-se sanitários masculinos e femininos, são obrigatórias:

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I - nos estabelecimentos localizados em centros comerciais; II - nas ampliações de área realizadas nos centros comerciais já existentes. § 8o. Equiparam-se às áreas não adensáveis, para fins de cômputo no Índice de Aproveitamento, aquelas destinadas à residência unifamiliar, desde que constituídas de uma única economia no imóvel. § 9o. Garagens e estacionamentos são, respectivamente, edificações e áreas cobertas, semicobertas ou descobertas destinadas à guarda de veículos, dimensionadas conforme o Código de Edificações e com atendimento da tabela 1. §10. Garagens e estacionamentos comerciais são os prédios e áreas destinadas predominantemente à prestação de serviços de guarda de veículos, sem prejuízo dos serviços afins. §11. Garagens e estacionamentos gerais são prédios e áreas destinadas à guarda de veículos, tais como lotação, micro-ônibus e ônibus. §12. Nas edificações multifamiliares, de comércio, serviço e de atividades especiais, as garagens e estacionamentos são os espaços destinados à guarda de veículos com função complementar à atividade. §13. Excetuando-se os prédios residenciais, todas as garagens e estacionamentos, incluindo estacionamentos em via pública, deverão prever espaços com localização privilegiada para veículos automotores de pessoas com deficiência física. §14. Nas edificações destinadas às atividades especificadas no quadro de padrões para guarda de veículos, é obrigatória a previsão de local interno destinado à movimentação e manobra de veículos de carga em proporções adequadas, a critério do órgão de planejamento municipal. TABELA 1: Padrões para Guarda de Veículos

ATIVIDADES NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS

Residencial Mínimo 1 (uma) vaga por economia

Serviço Mínimo 1 (uma) vaga por economia

Comércio Mínimo 1 (uma) vaga para cada 50 m

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(cinquenta metros quadrados) de comércio

Indústria, Pavilhões e Depósitos 1 vaga/200 m² (uma vaga por duzentos metros quadrados) de área computável. Mínimo 3 (três) vagas.

Galerias Comerciais, Feiras e Exposições

1 vaga/50 m² (uma vaga por cinquenta metros quadrados) de área computável.

Centro Comercial ou Shopping Center 1 vaga/25 m² (uma vaga por vinte e cinco metros quadrados) de ABL + circulação de público

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ABL= Área Bruta Locável

Supermercado 1 vaga/25 m² (uma vaga por vinte e cinco metros quadrados) de área computável

Hotel 1 vaga/5 (uma vaga por cinco) unidades de alojamento

Apart-Hotel 1 vaga/3 (uma vaga por três) unidades de apartamento

Motel 1 vaga por unidade de apartamento

Escola de 1o e 2

o Graus,

Ensino técnico e Profissionalizante

1 vaga/75 m² (uma vaga por setenta e cinco metros quadrados) de área computável

Escola de 3o Grau, Cursos

Preparatórios para 3o Grau e Supletivos

2.000 m² < AC < 4.000 m² = 1 vaga/20 m² de área computável (área construída maior que dois mil metros quadrados e menor que quatro mil metros quadrados, igual a uma vaga por vinte metros quadrados)

AC > 4.000 m² = 1 vaga/25 m² de área computável (área construída maior que quatro mil metros quadrados, igual a uma vaga para vinte e cinco metros quadrados)

AC = Área Construída

Hospitais, Pronto Socorro 1 vaga/50 m² (uma vaga por cinquenta metros quadrados) de área computável

Auditório, Cinema, Teatro 1vaga/4 (uma vaga por quatro) lugares

Centro de Eventos 1vaga/4 (uma vaga por quatro) lugares

Estádio, Ginásio de Esportes 1vaga/10 (uma vaga por dez) lugares

Garagem Comercial Não há número mínimo de vagas

Posto de Abastecimento Não há número mínimo de vagas

Clubes, Cemitério, Parques, Circos, Igrejas e Templos

Número de vagas conforme definição do Planejamento Municipal, considerando as características da área de implantação.

Art. 33. Altura (H) é a medida vertical da edificação, contada a partir do nível de referência do logradouro. Art. 34. Recuo (R) é a distância mínima entre a face da edificação e as divisas do terreno. § 1o. Os Recuos podem ser:

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I - recuo frontal ou de ajardinamento; II - recuo lateral; III - recuo de fundos. § 2o. Os recuos para ajardinamento delimitam áreas destinadas a assegurar: I - predominância dos elementos naturais sobre os de construção, com vistas à valorização da paisagem urbana; II - predominância de pisos vegetados ou de pavimentação permeável. § 3o. Quanto aos recuos para ajardinamento, o projeto da edificação deve observar as seguintes regras de aplicação: I - os recuos para ajardinamento serão observados em todas as frentes para vias públicas, excetuando as passagens de pedestres; II - é assegurada, em todos os lotes, inclusive nos de esquina, uma faixa edificável mínima de 10 m (dez metros), conforme figura 5, devendo, entretanto a edificação atender aos recuos de altura.

FIGURA 5 – Faixa mínima edificável

§ 4o. Quando os recuos para ajardinamento forem absorvidos por alargamento viários, o Município poderá eliminá-los total ou parcialmente mediante proposta do órgão técnico de planejamento municipal. § 5o. No recuo para jardim obrigatório dos terrenos com passeio em desnível será admitido que a edificação, os muros laterais e acessos aflorem, no máximo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) em relação ao nível do passeio, conforme a figura 6:

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FIGURA 6 – Recuo para jardim em terrenos com passeio em desnível

§ 6o. Os balanços das edificações, quando ocorrerem sobre os alinhamentos dos logradouros públicos, obedecerão ao seguinte regime: I - ter no máximo um vigésimo da largura do logradouro até o limite de 1,20 m (um metro e vinte centímetros); II - em toda a extensão da fachada, quando se tratar de prédio com a observância dos recuos laterais; III - é permitida a construção em balanço sobre os recuos de ajardinamento desde que não ultrapassem 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura. Art. 35. Taxa de Ocupação (TO) é a relação entre as projeções horizontais máximas de construção permitidas e as áreas dos terrenos sobre os quais ascenderem às construções. Art. 36. Taxa de Permeabilidade (TP) é o percentual da área do terreno na qual deve ser mantida vegetação ou solo descoberto sem pavimentação.

Seção III: Das Normas de Ocupação do Solo por Zona

Subseção I: Das Zonas Residenciais

Art. 37. Na Zona Mista Residencial 1 (ZMR 1) devem ser observados os seguintes padrões: I - índice de aproveitamento (IA): 3,0 (três inteiros); II - taxa de ocupação (TO): 75% (setenta e cinco por cento); III - taxa de permeabilidade (TP): 10% (dez por cento); IV - altura até 13 m (treze metros) ou 4 (quatro) pavimentos, o que for menor; V - recuos: a) frontal: 4 m (quatro metros); b) laterais e fundos: isento. VI - garagens: no mínimo uma vaga por economia e uma vaga para cada 50 m² (cinquenta metros quadrados) de comércio. Art. 38. Na Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2) devem ser observados os seguintes padrões: I - índice de aproveitamento (IA): 1,5 (um inteiro e um meio); II - taxa de ocupação (TO): 75 % (setenta e cinco por cento); III - taxa de permeabilidade (TP): 10% (dez por cento); IV - altura de até 10 m (dez metros) ou 3 (três) pavimentos, o que for menor; V - recuos: a) frontal: 4 m (quatro metros);

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b) laterais e fundos: isento.

Subseção II: Das Zonas Comerciais Art. 39. Na Zona Mista Comercial (ZMC) devem ver observados os seguintes padrões: I - índice de aproveitamento (IA): 3,0 (três inteiros); II - taxa de ocupação (TO): 80% (oitenta por cento); III - taxa de permeabilidade (TP): 7% (sete por cento); IV - altura de até 25 m (vinte e cinco metros) ou 8 (oito) pavimentos, o que for menor; V - recuos: a) frontal: 2 m (dois metros); b) laterais e fundos: 1. isento, em construções com altura de até 7 m (sete metros); 2. acima de 7 m (sete metros) recuar 20% (vinte por cento) do total da altura, sendo 1,5 m (um metro e meio) o mínimo. VI - garagens: uma vaga por economia e uma vaga para cada 50 m² (cinquenta metros quadrados) de comércio.

Subseção III: Das Zonas Industriais Art. 40. Na Zona Industrial (ZI) e Zona Industrial Remanescente (ZIR) devem ser observados os seguintes padrões: I - índice de aproveitamento (IA): 1,0 (um inteiro); II - taxa de ocupação (TO): 66% (sessenta e seis por cento); III - taxa de permeabilidade (TP): 15% (quinze por cento); IV - altura de até 13 m (treze metros) ou 4 (quatro) pavimentos, o que for menor; V - recuos: a) frontal: 10 m (dez metros); b) laterais e fundos: mínimo de 4 m (quatro metros). VI - garagem: vagas em função da atividade.

Subseção IV: Procedimentos Administrativos Art. 41. As intervenções urbanísticas no território municipal ficam sujeitas às normas de procedimentos, condicionadas aos instrumentos urbanísticos e sem prejuízo das demais regulamentações legais aplicáveis.

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Art. 42. A solicitação de diretriz específica, análise, aprovação e ou licenciamento de atividade, obra ou intervenção, constitui processo administrativo regrado pelas normas de procedimentos. Art. 43. Os atos administrativos e técnicos dos procedimentos são regidos: I - pela Lei no xxxx, de xxxx, que institui o Código de Posturas do Município e pela Lei no xxxx de xxxx que institui o Código de Obras; II - por este Plano Diretor; III - pela legislação estadual e federal referente à matéria. Parágrafo único. Os atos administrativos e técnicos devem ser desenvolvidos pelo Poder Executivo Municipal, no prazo máximo de 3 (três) meses, a partir da data de protocolo, desde que atendidas as exigências impostas pela legislação. Art. 44. As intervenções urbanísticas que requerem licenciamento ambiental estão sujeitas às diretrizes específicas do órgão responsável, além das disposições da legislação ambiental.

CAPÍTULO V

NORMAS DE PARCELAMENTO DO SOLO

Seção I: Disposições Gerais Art. 45. Parcelamento do solo urbano é a divisão da terra em unidades juridicamente independentes, com vistas à edificação, podendo ser realizado na forma de loteamento e desmembramento. § 1o. Para fins desta Lei, equipara-se a parcelamento a constituição de condomínio por unidades autônomas compostas por casas térreas ou assobradadas. § 2o. Lei específica definirá exigência de estudo técnico para movimentação de terras. Para qualquer empreendimento no município que envolva movimentação considerável de terras, deve existir projeto encaminhado à análise técnica do Poder Executivo, proibindo-se empreendimentos que descaracterizem o relevo dos terrenos envolvidos, evitando-se futuros problemas quanto ao sistema viário, sistema de drenagem e outros. Art. 46. O parcelamento do solo para fins urbanos depende de aprovação do órgão técnico de planejamento municipal. Art. 47. Para a aprovação de parcelamento do solo de área acima de 40.000 m², o Poder Executivo, poderá exigir Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e Estudo de Impacto Ambiental (EIA), levando em conta a disponibilidade e repercussão sobre o transporte público, acesso à escola, saneamento, condições físico-ambientais e outros aspectos técnicos relevantes. Art. 48. Os empreendimentos de parcelamento do solo, na parcela que lhes compete, deverão ter, na sua concepção, a permanência das condições hidrológicas originais da sub-bacia na qual estão localizados, por meio de alternativas de amortecimento da vazão pluvial,

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respeitando as diretrizes determinadas pelo plano de saneamento e drenagem do Município, a ser elaborado pelo Poder Executivo. Art. 49. Poderá ser negada a aprovação para parcelamento do solo para fins urbanos ainda que para impedir o excessivo número de lotes e o consequente aumento de investimento público em obras de infraestrutura urbana e custeio de serviços. Art. 50. Somente será admitida a edificação em lotes resultantes de parcelamento do solo urbano quando este parcelamento tiver sido objeto de prévia aprovação municipal. § 1o. A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano deverá condicionar as licenças para a construção à existência ou projeção de infraestruturas, equipamentos urbanos e comunitários necessários para atender à densidade populacional da zona. § 2o. A licença poderá ser outorgada em condições especiais se o interessado responsabilizar-se pela implantação dos referidos equipamentos e infraestruturas. § 3o. São infraestruturas urbanas: rede de abastecimento de água tratada e redes de coleta de esgoto cloacal, redes de coleta das águas pluviais, rede de energia elétrica, rede telefônica e pavimentação das vias públicas, incluindo faixas carroçáveis e calçadas. § 4o. São equipamentos urbanos e comunitários de educação, cultura, saúde, lazer e similares: creches e escolas maternais, escolas primárias, postos de saúde, praças com tratamento paisagístico e equipamentos de lazer, recreação e contemplação, áreas verdes, ponto de ônibus ou transporte coletivo/seletivo. Art. 51. Somente será permitido parcelamento em área com disponibilidade próxima dos seguintes melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público, a saber: I - via pavimentada; II - abastecimento de água; III - rede de energia elétrica; IV - escola de Ensino Fundamental. Art. 52. Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços antes de proceder-se à drenagem definitiva e à compactação do solo, atendidas as especificações dos órgãos competentes; II - em terrenos sujeitos a alagamentos e inundações; III – junto às margens de cursos d’água, conforme legislação ambiental; IV - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados com a aprovação do órgão competente; V - em terrenos com declividade igual ou superior 30% (trinta por cento); VI - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

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VII - em áreas de preservação ambiental definidas pela legislação federal, ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis até a sua correção; VIII - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados ou lotes em desacordo com padrões estabelecidos por este Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano. Art. 53. Os parcelamentos urbanos ficam sujeitos, dentre outros, aos seguintes quesitos: I - adoção de medidas para o tratamento de esgotos sanitários para lançamento no solo ou nos cursos d’água, visando à compatibilização de suas características com a classificação do corpo receptor; II - proteção das áreas de mananciais, assim como suas áreas de contribuição imediata, observando características urbanísticas apropriadas; III - que o Município disponha de um plano municipal de saneamento básico aprovado pelo órgão ambiental competente; IV - ao longo de faixa de domínio público das rodovias e ferrovias, além de próximos a empreendimentos de grande impacto, a critério do órgão competente planejador, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 15 m (quinze metros), de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; V - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local; VI - as áreas destinadas a sistemas de circulação, à implantação de equipamento urbano e comunitário, a espaços livres de uso público, à construção de prédios para escola, posto de saúde e de praça com equipamentos de cultura e lazer, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo Plano Diretor ou aprovada pelo Plano Diretor para a zona em que se situem; VII - se exigido pelo órgão competente, os prédios para escola e posto de saúde devem ser entregues construídos ao Poder Público Municipal; VIII - o Poder Público poderá, complementarmente, exigir, em cada loteamento, a reserva de faixa não edificável destinada a outros equipamentos urbanos; IX - se necessário, a reserva de faixa não edificável vinculada a dutovias será exigida no âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme estabelecido nas normas técnicas pertinentes.

Seção II: Procedimentos para a Realização do Parcelamento do Solo Urbano

Subseção I: Dos Loteamentos Art. 54. Considera-se loteamento a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. § 1o. Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação efetivada pelo Poder Executivo, com vistas a dar continuidade à sua malha viária.

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§ 2o. Dentre as formas de execução de vias públicas de circulação mencionadas no § 1o deste artigo estão compreendidas a abertura, prolongamento, modificação ou ampliação de vias. Art. 55. Os loteamentos deverão atender aos requisitos estabelecidos na Seção III, que trata “Das Especificações Técnicas”, do Capítulo V, do Título II, desta Lei, bem como aos demais requisitos estabelecidos neste Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Art. 56. Para a realização de loteamentos deverão ser requeridas previamente, ao órgão competente do Poder Executivo, as diretrizes para a urbanização da gleba. Parágrafo único. Deverão acompanhar o requerimento ao Poder Executivo Municipal, os seguintes documentos: I - título de propriedade do imóvel; II - declaração da empresa concessionária de energia elétrica de que é viável o abastecimento de energia elétrica local; III - declaração de órgão responsável de que é viável o abastecimento de água potável no local; IV - duas vias de cópias de mapas de situação da gleba na escala 1:10.000 (um para dez mil), contendo: a) indicação: 1. dos arruamentos contíguos a todo perímetro; 2. das áreas livres; 3. dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local e nas proximidades, com as respectivas distâncias da área a ser loteada; b) poligonal do perímetro da gleba com registro de ângulos, lados, confrontações, denominação e localização das vias públicas limítrofes e indicação da área do imóvel; c) curvas de nível de 1 (um) metro em 1 (um) metro; d) localização de nascentes e cursos d’água, bacias, banhados, e outras áreas de preservação permanente, além de bosques e demais formas de vegetação, indicando ainda a vegetação de porte e monumentos naturais; e) localização de construções existentes com a indicação de seus respectivos usos e atividades nelas exercidas; f) indicação de uso a que se destina o loteamento e do número de lotes previstos; g) as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas. Art. 57. Se a área a ser loteada constituir parte da gleba maior deverá ser apresentada, também, planta de situação da área em relação à totalidade do imóvel. Art. 58. O Poder Executivo indicará, na planta apresentada, as seguintes diretrizes a serem observadas no projeto: I - as vias existentes ou projetadas que se relacionam com o imóvel a ser loteado; II - a área e a localização aproximada dos espaços que deverão ser destinados à área de praça e ao uso institucional; III - quando for o caso, as faixas de terrenos necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis;

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IV - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos permitidos. Art. 59. Ao devolver a planta com as indicações do art. 58 o órgão competente do Poder Executivo fornecerá, também, a relação dos equipamentos de infraestrutura que deverão ser projetados e executados pelo loteador, bem como o tipo de pavimentação e informações sobre a largura e arborização das vias de circulação. Art. 60. O anteprojeto de loteamento deverá atender à orientação fornecida quanto às diretrizes a que se refere o art. 58 e deverá ser encaminhado ao órgão competente do Poder Executivo acompanhado dos seguintes documentos: I - título de propriedade do imóvel; II - certidão de ônus reais; III - certidão negativa de títulos municipais; IV - memorial descritivo, em duas vias, elaborado por responsável técnico, contendo: a) nome completo e endereço do proprietário e do profissional legalmente habilitado com as respectivas assinaturas; b) descrição sucinta do loteamento com suas características, denominação, destinação, situação e área, bem como a fixação de zona ou zonas de uso predominante; c) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções, além daqueles constantes das diretrizes fixadas; d) limites e confrontações; e) topografia; f) bosques, maciços florestais compostos por espécies nativas, áreas de preservação permanente, monumentos naturais ou artificiais e árvores frondosas; g) construções existentes; h) enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências; i) arruamento, contendo a solução adotada, áreas e percentagem da área total; j) quarteirões e lotes, contendo a solução adotada, áreas e percentagem da área total; l) indicação de áreas de uso institucional e áreas destinadas a praças que passarão ao domínio do Município no ato de registro de loteamento, contendo a solução adotada, áreas e percentagem de área total, observadas as exigências contidas no § 1o deste artigo. V - planta de situação na escala de 1:10.000 (um para dez mil); VI - planta de localização na escala de 1:25.000 (um para vinte cinco mil) ou na mesma escala do Plano Diretor, a critério do órgão competente; VII - planta planimétrica na escala de 1:1.000 (um para mil) acompanhada de respectiva planilha de cálculo analítico da área, com a caderneta de campo e altimétrica na escala de 1:1.000 (um para mil) com curvas de nível de metro em metro, observadas as exigências contidas no § 2o deste artigo; VIII - perfis longitudinais das vias de comunicações, projetadas na escala horizontal 1:1.000 (um para mil) e vertical 1:100 (um para cem), e registrando as declividades previstas em trechos não superiores a 20 m (vinte metros); IX - gabarito das sessões transversais das vias de comunicações.

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§ 1o. As áreas de que tratam a alínea “l”, do inciso IV, deste artigo, deverão estar, preferentemente, na parte central do loteamento, e as áreas de praça não poderão estar a mais de 400 m (quatrocentos metros) de cada lote. § 2o. As plantas planimétricas mencionadas no inciso VII deste artigo deverão ser elaboradas de acordo com as especificações técnicas e deverão conter: a) subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões e numeração; b) localização das vias públicas limítrofes com sua denominação oficial; c) o sistema interno de vias com respectiva hierarquia e gabaritos; d) indicação dos marcos dos pontos geodésicos, da poligonal, auxiliares e de esquina e das referências de nivelamento; e) identificação e dados relativos à demarcação de áreas destinadas a equipamentos urbanos que passarão ao domínio do Município; f) identificação e dados relativos à demarcação de áreas ou vegetação destinadas à preservação permanente, conforme indicações do órgão ambiental; g) planilha das ruas, quarteirões e lotes contendo resumo das dimensões e áreas com os respectivos percentuais. Art. 61. Após a aprovação do anteprojeto, o requerente deverá apresentar os seguintes documentos: I - em uma via original, a aprovação ou anuência do Departamento Municipal do Meio Ambiente, quando for o caso; II - em três vias: a) projeto completo de iluminação pública, com os respectivos memoriais e orçamentos aprovados pela empresa concessionária de energia elétrica; b) projeto completo da rede de distribuição de água potável com as respectivas especificações técnicas, cronogramas e orçamentos, aprovados pelo Município; c) projeto completo das instalações, obras e canalizações pluviais com as respectivas especificações técnicas, cronogramas e orçamentos; d) projeto completo das instalações e equipamentos destinados ao sistema de esgotos sanitários, com as respectivas especificações técnicas, cronogramas e orçamentos, aprovado pelo órgão competente, quando for necessário; e) projeto das obras de arte; f) projeto da pavimentação das vias de circulação; g) projeto de arborização das vias de circulação e de urbanização das praças com especificações técnicas; h) projeto de identificação das ruas conforme padrão fornecido pelo órgão competente; i) projeto de sinalização de trânsito com respectiva especificação técnica. § 1o. Quaisquer outras obras e serviços que venham a ser realizados devem ter seus projetos submetidos à aprovação do Poder Executivo. § 2o. Em relação à alínea “b”, do inciso II deste artigo, no caso de a rede não ser interligável com o sistema da Sociedade de Água ou com outra rede em funcionamento, o projeto deverá, além das exigências das demais alíneas do mencionado inciso II, ser acompanhado de: I - indicação da fonte de abastecimento; II - comprovação da suficiência do abastecimento; III - resultado da análise bio-físico-química da água;

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IV - sistema de tratamento; V - projeto de captação e recalque; VI - projeto de reservatório de distribuição. Art. 62. A aprovação dada pelo órgão competente do Poder Executivo aos projetos de loteamento ficará condicionada à assinatura do Termo de Compromisso. Art. 63. Mediante o Termo de Compromisso o proprietário se obrigará: I - a executar, às suas expensas, no prazo fixado pelo Poder Executivo, todas as obras constantes dos projetos aprovados; II - a executar e colocar os marcos de alinhamento e nivelamento, os quais deverão ser de pedra ou concreto, segundo o padrão estabelecido pelo Poder Executivo. § 1o. O prazo a que se refere o inciso I deste artigo não poderá ser superior a 2 (dois) anos, podendo ser de 4 (quatro) anos se a execução se der por etapas. § 2o. A execução por etapa só poderá ser autorizada quando: I - o Termo de Compromisso fixar prazo total para execução completa das obras de loteamento; II - forem executadas na área, em cada etapa, todas as obras previstas, assegurando-se aos compradores dos lotes o pleno uso e gozo dos equipamentos implantados. Art. 64. É de responsabilidade exclusiva do loteador: I - a instalação de redes e equipamentos para o abastecimento de água potável; II - a instalação de redes de energia elétrica e iluminação; III - a instalação de redes de drenagem pluvial e esgotamento sanitário; IV - a execução das obras de abertura e pavimentação das vias de circulação; V - a colocação de meio fio e sarjeta; VI - a execução das pontes e dos muros de arrimo necessários; VII - o mobiliário e arborização das praças; VIII - a sinalização e mobiliário urbano destinados ao Município. § 1o. A execução das obras referidas nos incisos acima será fiscalizada pelos órgãos técnicos do Poder Executivo. § 2o. Na construção de escola e posto de saúde serão levadas em consideração a população esperada para o loteamento e as condições das redes de educação e saúde.

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§ 3o. A destinação de área pública em loteamento (incluindo sistema viário, áreas verdes, praças e áreas institucionais), não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) do total da gleba, nem superior a 50% (cinquenta por cento), salvo acréscimo no limite máximo por proposta do loteador. § 4o. É de responsabilidade do loteador a execução e arborização das vias e praças e a execução dos equipamentos públicos urbanos, de acordo com as normas técnicas dos órgãos competentes, além do fornecimento das placas de denominação de logradouros e das obras de demarcação de lotes e quadras constantes nos projetos aprovados. Art. 65. A execução das obras a que se refere o art. 64 deverá ser objeto de prestação de garantia por parte do loteador, segundo as modalidades: I - garantia hipotecária; II - caução em dinheiro. § 1o. Quando se tratar de garantia hipotecária, esta será relativa a, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos lotes resultantes do parcelamento, excluídas as áreas públicas, em localização à escolha do Poder Executivo. § 2º. Quando se tratar de caução em dinheiro, seu valor será equivalente ao custo orçado das obras a serem executadas e aceito pelo órgão técnico competente do Poder Executivo. § 3º. No ato da garantia deverão constar, especificamente, as obras de responsabilidade do loteador e o prazo de sua execução. Art. 66. As áreas em garantia hipotecária não poderão ser alienadas sem a interveniência do Poder Executivo. Art. 67. No pacto da prestação de garantia, que será celebrado por escritura pública quando se tratar de hipoteca deverá constar, especificamente: I - as obras e serviços de responsabilidade do proprietário do loteamento; II - o prazo para execução das obras e serviços de infraestrutura fixado no Termo de Compromisso; III - a identificação das áreas dadas em garantia, no caso de hipoteca, pela individualização correspondente a lotes do projeto aprovado e por meio do sistema de coordenadas. Art. 68. Assinado o Termo de Compromisso e devidamente formalizada a prestação de garantia, deverá o interessado apresentar comprovante de haver pago os emolumentos municipais referentes à tramitação do projeto de loteamento para receber uma cópia deste devidamente autenticada com o respectivo despacho de aprovação. Art. 69. Depois da aprovação do projeto, da assinatura do Termo de Compromisso e da prestação de garantia, deverá o loteador requerer licença para execução das obras exigidas, anexando o comprovante do pagamento dos emolumentos municipais relativos ao pedido dessa autorização. § 1o. A licença será concedida mediante alvará de licença para construção, entregue ao interessado acompanhado de uma cópia do projeto devidamente autenticada.

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§ 2o. O alvará de licença para construção referente a todas as obras de infraestrutura do loteamento terá validade de 12 (doze) meses. § 3o. Vencido o prazo mencionado no § 2o deste artigo sem que tenham sido iniciadas as obras, deverá ser requerido novo alvará de licença para sua execução. Art. 70. Verificando que o loteamento não se acha licenciado ou foi executado em desacordo com os projetos aprovados, o Poder Executivo notificará o loteador. § 1o. Desatendida a notificação, poderá o Poder Executivo regularizar o loteamento para evitar lesões aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes (na forma do art. 40 e seus parágrafos da Lei Federal no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e alterações, especialmente as implementadas pela Lei Federal no 9.785, de 29 de janeiro de 1999), ressarcindo-se de despesas de implantação de infraestrutura necessária junto ao loteador, inclusive por via judicial. § 2o. Sem prejuízo de outras penalidades, o Poder Executivo, por meio de seus órgãos técnicos competentes, deverá embargar, às expensas dos proprietários, loteamentos realizados em desacordo com o traçado, com o regime urbanístico e com os equipamentos urbanos instituídos em Lei. Art. 71. Decorrido o prazo estabelecido no Termo de Compromisso para execução das obras do loteamento e tendo havido paralisação ou inexecução destas, deverá o projeto ser submetido à nova aprovação, sob pena de multa prevista no art.118, desta Lei. Parágrafo único. O disposto no caput não impede o Município de utilizar-se da faculdade de promover ação judicial com vistas à execução das obras de infraestrutura do loteamento ou os procedimentos mencionados no art. 71, § 1o, desta Lei. Art. 72. Realizadas todas as obras e serviços exigidos referentes ao loteamento, o Poder Executivo, a requerimento do loteador e após vistoria de seu órgão competente exonerará a garantia prestada, mediante expedição de auto de vistoria. § 1o. A implantação da infraestrutura poderá se feita por etapas, de acordo com cronograma de execução aprovado e registrado nos prazos estabelecidos na legislação pertinente. § 2o. Cada etapa deverá compreender a realização de todas as obras previstas no projeto aprovado em uma parcela da gleba ligada à via pública oficial existente. § 3o. A critério da autoridade competente poderá haver exoneração parcial da garantia à medida que forem sendo executadas as obras, segundo o cronograma aprovado e o estabelecido no Termo de Compromisso, desde que não desfigure a efetiva garantia para o restante das obras. § 4o. O Prefeito Municipal poderá dispensar a prestação da garantia quando se tratar de empreendimentos de interesse social implantado por órgãos públicos. Art. 73. O Poder Executivo Municipal somente expedirá alvará de licença para construir, demolir, reconstruir ou ampliar edificações nos lotes, após terem sido por ela vistoriadas e aprovadas as respectivas obras de infraestrutura urbana.

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Subseção II: Dos Desmembramentos Art. 74. Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação com aproveitamento do sistema viário existente, sem abertura de vias de circulação, logradouros públicos, nem prolongamento ou ampliação dos já existentes. Parágrafo único. Será permitido o desmembramento de imóvel em Área Especial Institucional com o objetivo de destacar parte desta, desde que não descaracterize a Área Especial, caso em que as áreas de destinação pública serão calculadas sobre a parcela destacada. Art. 75. Para a realização de desmembramento deverão ser requeridas previamente, ao órgão competente do Poder Executivo, as diretrizes para urbanização da gleba, na forma dos artigos 55 e 56 desta Lei. Art. 76. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas vigentes para as zonas em que se situem ou, na ausência destas, as disposições urbanísticas para os loteamentos. Art. 77. O órgão competente do Poder Executivo indicará, na planta apresentada, as diretrizes a serem observadas no projeto. Art. 78. O projeto de desmembramento deverá ser submetido ao órgão competente, com a respectiva planta, contendo as seguintes indicações: I - vias existentes no entorno da área; II - tipo de uso predominante no local e permitido na zona; III - divisão dos lotes pretendida na gleba, com as respectivas dimensões. Art. 79. O requerente deverá apresentar, em via original, a aprovação, audiência ou anuência de órgão ambiental competente se houver exigência para tal. Art. 80. A aprovação do desmembramento somente poderá ser concedida se forem satisfeitos os requisitos previstos nesta Lei.

Subseção III: Dos Loteamentos Industriais Art. 81. Aplica-se aos loteamentos e condomínios industriais o disposto na Legislação Federal, especialmente o disposto na Lei Federal no 6.803, de 02 de julho de 1980 e na Legislação Estadual pertinente ao parcelamento do solo. Parágrafo único. Lei específica disciplinará a matéria relativa aos Loteamentos e Condomínios Industriais.

Subseção IV - Dos Condomínios por Unidades Autônomas que se Constituírem em Casas Térreas ou Assobradadas

Art. 82. A instituição de Condomínio na forma da alínea “a”, do art. 8o, da Lei Federal no 4.591, de 16 de dezembro de 1964, obedecerá ao disposto nesta subseção.

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Art. 83. A instituição de condomínios por unidades autônomas tem: I - viabilidade preferencial para os terrenos localizados: a) - em glebas anteriormente parceladas na forma de loteamento ou desmembramento que tenham originado áreas e equipamentos públicos; b) - em zonas estruturadas com equipamentos públicos capazes de atender às necessidades da população existente e daquela a ser acrescida, mesmo quando esse terreno não tenha origem em gleba previamente parcelada. II - viabilidade condicionada a exame, caso a caso, para os terrenos: a) - com dimensões, áreas e divisas superiores aos módulos estabelecidos pela legislação municipal. Art. 84. Na instituição de condomínios por unidades autônomas será observado o limite máximo de 30.000 m2 (trinta mil metros quadrados) de área e testada para logradouro público não superior a 200 m (duzentos metros). Art. 85. Nos condomínios por unidades autônomas serão reservadas áreas livres de uso comum em proporção a ser definida pelo Poder Executivo e nunca inferior a 35% (trinta e cinco por cento) de área total da gleba. § 1o. Quando a gleba de que trata este artigo não tiver sido objeto de loteamento anterior e dele não tenha resultado prévia doação de área pública, deverá ser destinado 10% (dez por cento) do total da gleba para uso público, em localização a ser definida pelo Poder Executivo. § 2o. Não se enquadram nas exigências do § 1o deste artigo os condomínios implantados em glebas com área inferior a 4.000m2 (quatro mil metros quadrados). Art. 86. Não será admitida a constituição de condomínio de que trata esta subseção abrangendo mais do que um quarteirão. Art. 87. Os condôminos por unidades autônomas de que trata esta subseção estão sujeitos às exigências descritas na Seção III, que trata “Das Especificações Técnicas”, do Capítulo V, do Título II, observados os índices urbanísticos previstos nesta Lei. Art. 88. É obrigatória a instalação de redes e equipamentos para o abastecimento de água potável, energia elétrica, iluminação das vias condominiais, redes de drenagem pluvial, esgotos sanitários e obras de pavimentação e tratamento das águas de uso comum, ficando sob exclusiva responsabilidade dos condôminos a manutenção das redes e equipamentos, que estiverem no interior da área condominial. Art. 89. Deverá ser obedecida a mesma tramitação cabível aos loteamentos urbanos

conforme o disposto nos arts. 56, 58, 59, 60, 61 e 62, desta Lei.

Art. 90. As obras relativas a edificações, instalações e coisas comuns deverão ser executadas simultaneamente com as obras de utilização exclusiva de cada unidade autônoma. Art. 91. Excluem-se do disposto nesta subseção, os condomínios por unidades autônomas constituídas por apenas dois prédios de habitação unifamiliar.

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Subseção V: Dos Loteamentos Populares Art. 92. Considera-se loteamento popular de terrenos aquele com características especiais e destinado, especificamente, à população de baixo poder aquisitivo, promovido pelo Poder Executivo. Parágrafo único. Os loteamentos populares de que trata o caput poderá ser instituído inicialmente e preferencialmente na Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) e, alternativamente, na Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2). Art. 93. A execução de loteamento popular público poderá ser feita isoladamente pelo Poder Executivo, ou por meio de convênio com outros órgãos federais ou estaduais, vinculados aos programas populares de habitação. Art. 94. O loteamento popular terá destinação residencial, podendo o Poder Executivo autorizar o exercício de comércio e serviços de apoio à habitação. Art. 95. No loteamento popular os lotes terão área mínima de 180 m² (cento e oitenta metros quadrados) e máxima de 240 m² (duzentos e dez metros quadrados) com testada mínima de 9 m (nove metros). Art. 96. O loteamento popular que incluir a construção de unidades habitacionais unifamiliares deverá atender aos seguintes requisitos: I - instalação de rede de água potável e solução para o esgotamento sanitário; II - instalação de rede de esgoto pluvial, aprovado pelo Poder Executivo Municipal; III - instalação da rede de iluminação pública, aprovado pelo Poder Executivo Municipal; IV - instalação da rede elétrica, domiciliar; V - pavimentação permeável. Art. 97. Serão preservados, no mínimo, 10% (dez por cento) da área total para praça, 5% (cinco por cento) para uso institucional, e 20% (vinte por cento) para o sistema viário, somando 35% (trinta e cinco por cento) de área pública. Art. 98. As vias do loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes ou projetadas, observados os seus gabaritos, possuindo: I - gabarito mínimo de 14 m (quatorze metros) para vias locais, e 11 m (onze metros) para vias locais em loteamentos populares; II - “Cul-de-Sac”, quando houver, com os mesmos gabaritos e raio mínimo de 10 m (dez metros). Art. 99. O loteamento popular que incluir a construção de unidades habitacionais unifamiliares deverá atender aos seguintes requisitos: I - instalação em área de uso institucional, de escola de educação infantil (0 a 6 anos) e Ensino Fundamental, quando houver demanda;

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II - instalação em área de uso institucional de um Posto de Saúde, quando não houver serviço de saúde na região.

Subseção VI: Dos Loteamentos com Construção de Unidades Habitacionais Art. 100. O loteamento, executado pela iniciativa privada, que incluir a construção de Unidades Habitacionais deverá atender aos seguintes requisitos: I - os projetos das praças, das edificações e demais equipamentos deverão ser apresentados juntamente com o projeto de loteamento; II - as praças deverão ser entregues urbanizadas, equipadas e arborizadas ao Município. § 1o. Considera-se urbanizada a área dotada de arborização, jardins arbustivos, relvados, lagos, passeios, com preparo do solo, tais como: nivelamento, escavação, pavimentação, plantio e modulagem com taludes e platôs, bem como o projeto e execução de drenagem e iluminação. § 2o. Considera-se equipada a área dotada de equipamentos destinados à recreação, cultura e lazer.

Subseção VII: Do Condomínio de Lotes Art. 101. Lei específica disciplinará os Condomínios de Lotes no município de Fazenda Vilanova. Art. 102. O loteador deverá atender, sem prejuízo dos demais dispositivos da presente Lei, as exigências do órgão competente da municipalidade quanto à: I - construção de escolas, envolvendo número e padrão, a critério do referido órgão; II - previsão de áreas para instalação de comércio e serviços; III - instalação de equipamentos de interesse público, tais como posto de saúde e ponto de ônibus.

Seção III: Das Especificações Técnicas

Subseção I: Do Arruamento Art. 103. Considera-se arruamento a abertura ou prolongamento de vias de circulação destinadas a trânsito e tráfego possibilitando a interligação das diversas atividades do Município. Parágrafo único. Considera-se via pública aquela aceita oficialmente como tal ou declarada pela municipalidade, classificando-se em: I - via arterial ou principal, destinada à circulação geral, com fluxo intenso e função de estruturação da malha viária; II - via coletora ou secundária, canalizadora de tráfego para as vias estruturais;

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III - via local, destinada à circulação local e acesso aos lotes, denominada “cul-de-sac” quando terminada por espaço e retorno; IV - passagens para pedestres com gabarito mínimo de 3 m (três metros), que não permitem circulação de nenhum veículo e localizam-se no interior dos quarteirões e necessitam de aprovação especial pela Secretaria Municipal de Planejamento. Art. 104. As vias públicas deverão adaptar-se às condições topográficas do terreno. Art. 105. As dimensões do leito e passeio das vias públicas deverão ajustar-se à natureza, uso e densidade da população das áreas servidas, e ao estatuído na presente Lei. Art. 106. A pavimentação, iluminação e arborização serão feitas de acordo com o fixado pelo Poder Executivo.

Subseção II: Dos Quarteirões Art. 107. Os quarteirões, situados em zonas mistas residenciais ou comerciais, com exceção das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), deverão atender aos seguintes requisitos: I - comprimento máximo de 190 m (cento e noventa metros), sendo sugerido o comprimento padrão de 160 m (cento e sessenta metros); II - largura máxima de 70 m (setenta metros) e largura mínima de 60 m (sessenta metros), sendo sugerida a largura padrão de 66 m (sessenta e seis metros). Art. 108. Os quarteirões, situados nas Zonas Mistas Residenciais 2 (ZMR 2) deverão atender aos seguintes requisitos: I - comprimento máximo de 160 m (cento e sessenta metros), sendo sugerido o comprimento padrão de 140 m (cento e quarenta metros); II - largura máxima de 65 m (setenta e cinco metros) e largura mínima de 55 m (cinquenta e cinco metros), sendo sugerida a largura padrão de 60 m (sessenta metros). Parágrafo único. Serão admitidos quarteirões com dimensões superiores somente em áreas especiais previstas pela presente Lei, em loteamentos industriais. Art. 109. Os alinhamentos deverão ser fixados por meio de marcos de pedra ou de concreto em cada esquina.

Subseção III: Dos Lotes

Art. 110. Considera-se lote cada uma das porções fundiárias resultantes de loteamento ou de desmembramento, com pelo menos uma divisa lindeira à via ou logradouro público, servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo Plano Diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. § 1o. Consideram-se infraestrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água

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potável, e de energia elétrica pública e domiciliar, as vias de circulação pavimentadas ou não e prédios para escola e postos de saúde, bem como, praças equipadas e sinalização e mobiliário urbano. § 2o. Prevalece para o loteamento, condomínio ou desmembramento, a área mínima, tendo em vista a zona de uso pertinente, da seguinte maneira: I - Zona Mista Residencial 1 (ZMR 1): 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados), testada mínima de 12 m (doze metros) e 15 m (quinze metros) nos lotes de esquina; II - Zona Mista Residencial 2 (ZMR 2): 300 m² (trezentos metros quadrados), testada mínima de 11 m (onze metros) e 14 m (catorze metros) nos lotes de esquina; III - Zona Mista Comercial (ZMC): 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados), testada mínima de 12 m (doze metros) e 15 m (quinze metros) nos lotes de esquina; V - Zona Industrial (ZI): 900 m² (novecentos metros quadrados) e testada mínima de 20 m (vinte metros); VI - Zona Industrial Remanescente (ZIR): 900 m² (novecentos metros quadrados) e testada mínima de 20 m (vinte metros). Art. 111. Os lotes deverão ser demarcados com marcos de pedra ou concreto, segundo o padrão recomendado pelo Poder Executivo. Parágrafo único. A colocação dos marcos de concreto e a sua manutenção até a venda do lote são de inteira responsabilidade do loteador.

Subseção IV: Dos Levantamentos Topográficos Art. 112. Os levantamentos topográficos, planimétricos ou planialtimétricos, em qualquer escala de desenho final, serão efetuados fazendo a sua amarração a vértices e referencias de nível da rede geodésica fundamental, implantados pelo Serviço Geográfico do Exército ou pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Subseção V: Da Previsão de Áreas Públicas Art. 113. Nos loteamentos deverão ser previstas: I - área para uso institucional e área de praça ou área verde construída, equipada e arborizada que correspondam a no mínimo 10% (dez por cento) da área total da gleba; II – área para o sistema viário equivalente a no mínimo 25% (vinte por cento) da área total da gleba. Parágrafo único. Nos desmembramentos de glebas que não tenham sido objeto de loteamento com doação de área pública, e em qualquer caso nos desmembramentos com área igual ou superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados), deve ser prevista área para uso público especial que corresponda a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da área total desmembrada e nunca inferior a 300 m² (trezentos metros quadrados).

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Art. 114. Nos loteamentos a percentagem de áreas públicas totais, incluindo sistema viário e áreas verdes e institucionais, não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da área total a ser loteada. § 1o. O Município não poderá alienar as áreas públicas recebidas em processo de loteamento, nem destiná-las a outros fins que não os previstos nesta Lei, salvo venda ou permuta para aquisição de área equivalente, a fim de melhor localizar a atividade pública prevista. § 2o. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23, da Lei Federal no 6.766, de 19 de dezembro de 1979.

Seção IV: Das Infrações e Penalidades Art. 115. Constituem infração: I - iniciar a execução de obra sem projeto aprovado pelo Poder Executivo ou após a caducidade da aprovação, ou executar a obra em desacordo com o projeto aprovado: Pena: multa de 1.000 (mil) URMs (Unidades de Referência Municipal) a 10.000 (dez mil) URMs; II - dar prosseguimento a obras embargadas administrativamente: Pena: multa de 1.000 (mil) URMs a 10.000 (dez mil) URMs; III - alterar curso de água sem licença do Poder Público: Pena: multa de 1.000 (mil) URMs a 10.000 (dez mil) URMs; IV - omitir-se nas providências para sanar as faltas enumeradas no inciso anterior: Pena: multa de 100 (cem) URMs por dia. § 1o. As penas dos incisos II e IV não excluem as dos incisos I e III, cabendo a aplicação cumulativa. § 2o. A autoridade competente dosará as multas segundo a gravidade da falta. § 3o. Na reincidência, as multas serão aplicadas em dobro. § 4o. A imposição de multas não exclui outras sanções cabíveis. § 5o. A autoridade competente poderá conceder prazo que entender razoável para o responsável sanar a infração prevista no inciso III. Art. 116. A imposição de multas será comunicada ao sujeito passivo mediante auto de notificação.

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Art. 117. Verificando a infração a qualquer dispositivo desta Lei, o órgão competente do Poder Executivo lavrará auto de infração e notificará o responsável para a correção, sem prejuízo das multas previstas no art. 115 e, se não atendida, embargará as obras ou trabalhos, mediante lavratura de auto de embargo. Parágrafo único. Desatendida a notificação de embargo, o Poder Executivo requererá força policial para fazer cumprir a determinação. Art. 118. Durante a execução, ocorrendo em partes essenciais descumprimento incorrigível do projeto, o Prefeito Municipal poderá cassar o alvará de licença para loteamento, desmembramento ou condomínio por unidades autônomas ou de qualquer obra que a eles venha a aderir.

Seção V: Das Disposições Finais Art. 119. A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará o indeferimento do pedido de aprovação do loteamento em qualquer de suas modalidades, desmembramentos, ou condomínio por unidades autônomas, facultado ao interessado representar o pedido com as devidas correções. Art. 120. Os projetos de loteamento em qualquer de suas modalidades, de desmembramento, ou condomínio por unidades autônomas de que trata a presente Lei, deverão ser examinados em 120 (cento e vinte) dias, uma vez apresentados todos os seus elementos. Parágrafo único. Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos derivados da omissão. Art. 121. A aprovação do projeto: I - não eximirá o cumprimento de determinações municipais sobre arruamentos, escavações, aterros, sistemas de água pluvial e domiciliar, esgotos sanitários e de proteção paisagística e monumental; II - não suprirá a licença municipal necessária a qualquer construção, reconstrução, aumento, reforma ou demolição de prédios, muros ou obras de arte. Art. 122. Cumprirá ao loteador, incorporador ou qualquer outro responsável, às suas custas, assinalar com placas metálicas as denominações dos logradouros públicos conforme padrão municipal, observada a determinação legal sobre o assunto. Art. 123. Sob pena de embargo administrativo, todo o empreendimento compreendido no campo de incidência desta Lei deverá ostentar, no local de sua implantação, uma placa indicativa da data de início e da data prevista para o seu término, número de inscrição no Registro Imobiliário, indicação do profissional e do responsável técnico legalmente habilitados. Parágrafo único. As datas assinaláveis nas placas são aquelas constantes dos projetos aprovados pelo Poder Executivo. Art. 124. É concedido o prazo de 1 (um ano) da publicação desta Lei para a regularização de todos os loteamentos (qualquer seja a modalidade), desmembramento ou condomínios

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por unidades autônomas de que trata a presente Lei, que estejam sendo executados irregularmente. § 1o. O descumprimento do previsto no caput sujeitará o empreendimento à pena de embargo e de multa prevista no art. 115, inciso I, desta Lei, aplicável em grau máximo. § 2o. Em caso de não aprovação do pedido de regularização, a execução do empreendimento será imediatamente embargada administrativamente. Art. 125. Independentemente de ato administrativo, ficarão revogadas, dentro de 3 (três) anos, contados da entrada em vigor da presente Lei, as aprovações já concedidas aos empreendimentos enumerados no caput do art. 124. Parágrafo único - Revogada a aprovação por decurso de prazo, aplicar-se-á o disposto nesta Lei aos lotes ou unidades autônomas remanescentes. Art. 126. Não caberá ao Poder Público Municipal qualquer responsabilidade por diferenças de áreas de lotes ou quadras verificadas em loteamentos aprovados. Art. 127. A documentação solicitando consulta, encaminhando anteprojeto ou projeto à aprovação do Poder Executivo deverá estar assinada pelo proprietário ou procurador, juntando o instrumento de mandato, sendo que os anteprojetos e memoriais descritivos deverão ser elaborados e assinados por técnicos legalmente habilitados.

TÍTULO III

INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

CAPÍTULO I

TRANSFERÊNCIA DO POTENCIAL CONSTRUTIVO Art. 128. Lei municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no Plano Diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de: I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social. § 1o. A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput. § 2o. A lei municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da transferência do direito de construir, respeitados os limites estabelecidos pelo regime urbanístico da zona em que estiver localizado o empreendimento.

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§ 3o. A autorização da transferência do potencial construtivo pode ser utilizada como indenização para desapropriação apenas com a anuência do proprietário.

CAPÍTULO II

ZONAS ESPECIAIS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

Seção I: Zonas Especiais

Art. 129. Zonas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico, condicionado a suas peculiaridades no que se refere a zoneamento, forma de ocupação do solo e valores ambientais, classificando-se em: l - Zonas Especiais de Interesse Social; II - Zonas Especiais de Interesse Institucional; Ill - Zonas Especiais de Interesse Ambiental; IV - Zonas Agrícolas Remanescentes. § 1o. Nas Zonas Especiais em que não houver a definição do regime urbanístico próprio, por lei específica, será concedido licenciamento para parcelamento do solo, uso e edificação, por meio de Projetos Especiais, resguardadas as condições urbanísticas e ambientais desejáveis, não podendo acarretar prejuízo aos valores intrínsecos que determinaram a instituição da Zona Especial de que se trata. § 2o. Nas Zonas Especiais de Interesse Ambiental em que não houver a definição do regime urbanístico próprio, por lei específica, não será concedido licenciamento para parcelamento do solo, uso e edificação. § 3o. Após a instituição de Zona Especial, o Poder Executivo enviará à Câmara Municipal projeto de lei definindo o seu regime urbanístico, no prazo máximo de 1 (um) ano.

Subseção l - Zonas Especiais de Interesse Social Art. 130. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são aquelas destinadas à produção e à manutenção de Habitação de Interesse Social, com destinação específica, normas próprias de uso e ocupação do solo, compreendendo as seguintes situações: I - Zonas Especiais de Interesse Social I (ZEIS I): áreas que exijam ações de regularização fundiária e/ou jurídica tais como: a) assentamentos autoproduzidos por população de baixa renda; b) loteamentos públicos ou privados irregulares ou clandestinos que atendam às condições mínimas de habitabilidade, nos termos do § 6o deste artigo; ll - Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2): áreas não edificadas, localizadas em Zonas Predominantemente Residenciais, que serão destinadas, prioritariamente, à

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implantação de Habitação de Interesse Social, devendo incidir nestas áreas o direito de preempção; Ill - Zonas Especiais de Interesse Social 3 (ZEIS 3): áreas ocupadas com fins de uso habitacional por população de baixa renda que exijam ações de remoção e realocação em função de sua localização caracterizada por: a) inexistência de infraestrutura e equipamentos públicos; b) áreas de risco como proximidade a arroio e rede de alta tensão; c) ocupação de área de preservação permanente; d) ocupação de áreas públicas destinadas a praças ou equipamentos públicos. § 1o. Fica desde já estabelecida como Zona Especial de Interesse Social 1 (ZEIS 1): Loteamentos populares localizados a sudeste do perímetro urbano, conforme mapa de zoneamento. § 2o. Ficam desde já estabelecidas como Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2): Áreas adjacentes aos loteamentos populares localizados a sudeste do perímetro urbano, conforme mapa de zoneamento, em terrenos passíveis de expansão, conforme mapa de zoneamento. § 3o. As áreas instituídas como Zonas Especiais de Interesse Social I (ZEIS 1) integrarão os programas de regularização fundiária e urbanística, com o objetivo da manutenção de Habitação de Interesse Social, sem a remoção dos moradores, exceção feita às moradias em situação de risco e em casos de excedentes populacionais. § 4o. A delimitação e localização de áreas destinadas à produção de Habitação de Interesse Social, dar-se-á pela instituição de Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2) pelo Poder Executivo, considerado o déficit anual da demanda habitacional prioritária e os imóveis subutilizados das Zonas Mistas Residenciais (ZMRs), permitida a promoção de parcerias, incentivos ou outras formas de atuação para a consecução dos objetivos. § 5o. Na produção e implantação de parcelamento do solo ou edificações destinados a suprir a demanda habitacional prioritária originária de remoção de Zonas Especiais de Interesse Social 3 (ZEIS 3), ou ainda na regularização de parcelamentos do solo enquadrados como tal, será admitido o ente privado, que será o responsável pelo empreendimento nos termos do loteamento popular, com as responsabilidades previamente definidas em projeto específico. § 6o. Consideram-se condições de habitabilidade o atendimento a padrões de qualidade de vida e o equacionamento dos equipamentos urbanos e comunitários, circulação e transporte, limpeza urbana e segurança, conforme regulamentação específica. §7o. A instituição das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), bem como a regularização e recuperação urbanística, levadas a efeito pelos programas municipais, não eximem o Ioteador das responsabilidades civis e criminais e da destinação de áreas públicas, sob a forma de imóveis, obras ou valor correspondente em moeda corrente a ser destinado a fundo para desenvolvimento urbano para uso prioritário em habitação de interesse social. Art. 131. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) serão definidas por meio de um processo gradativo e permanente de instituição, observando-se os seguintes procedimentos: I - as Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1) serão instituídas por decreto do Poder Executivo e as Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2) mediante lei ordinária;

50

Il - a definição de regime urbanístico será: a) por decreto, quando a sua alteração restringir-se ao uso e outros indicadores, não modificando índices de aproveitamento e densificação em relação ao entorno; b) por lei ordinária, quando as alterações modificarem índices de aproveitamento e densificação. § 1o. A regularização de loteamento, bem como a instituição de Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1) para a sua regularização, poderá ser requerida pelos adquirentes dos lotes ou pelo loteador. § 2o. O proprietário de imóvel que pretenda construir Habitação de Interesse Social poderá solicitar ao Poder Executivo a instituição mediante Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), o qual deverá conter: I - padrões específicos do parcelamento do solo e ou edificações; ll - formas de participação da iniciativa privada, proprietários de terrenos, empreendedores imobiliários ou associações e cooperativas de moradores. § 3o. Será garantida, na forma a ser definida em lei, a participação dos moradores diretamente, por meio de suas entidades, no processo de identificação, delimitação e detalhamento das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS ). § 4o. As Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1) terão como padrões aqueles estabelecidos nos respectivos cadastros. § 5o. Incluem-se no cadastro referido no § 4o deste artigo as edificações existentes destinadas a práticas religiosas, comunitárias e pequenos comércios e serviços vinculados à habitação, equiparando-se à habitação para efeito de regularização ou remoção.

Subseção II: Zonas Especiais de Interesse Institucional Art. 132. As Zonas Especiais de Interesse Institucional (ZEII) são aquelas onde estão implantados equipamentos urbanos ou que são objeto de projetos governamentais e que, por suas características, não são passíveis de enquadramento no regime urbanístico convencional. § 1o. São Zonas Especiais de Interesse Institucional, conforme o mapa do zoneamento: I – Parque de esportes; ll – Garagem de máquinas da prefeitura e usina de reciclagem de lixo seco; Ill – Rodoviária; IV – Estações de tratamento de efluentes. § 2o. As áreas descritas nos incisos I a IV do § 1o deste artigo devem ser objeto de zoneamentos próprios e vedando o adensamento habitacional.

51

Subseção III - Zonas Especiais de Interesse Ambiental Art. 133. As Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA) são áreas naturais ainda preservadas, que podem ser tornadas Unidades de Conservação nos termos da Lei Federal no 9.985, de 18 de julho de 2000, de acordo com os procedimentos nela previstos, quais sejam, estudo técnico e consulta popular, conforme indicativo da participação popular no processo de elaboração desta Lei. Art. 134. São Zonas Especiais de Interesse Ambiental, além de outras que possam ser apontadas pelo Plano Setorial Ambiental, e que devem ser objeto de procedimento para criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral, conforme o mapa de zoneamento: I - as margens do arroio que delimita o perímetro urbano ao norte; II - as margens do arroio que delimita o perímetro urbano a sudeste.

Subseção IV - Zonas Agrícolas Remanescentes Art. 135. As Zonas Agrícolas Remanescentes são áreas com características rurais e que não se enquadram em nenhum tipo de uso e função do zoneamento estabelecido, tendo em vista sua localização distante da área urbanizada, conforme o mapa de zoneamento: I - área a nordeste, entre a ZMR 2 e a ZI 1; II - faixa ao norte, entre a ZMR1 E ZMR2 e a ZEIA. § 1o. Nas Zonas Agrícolas Remanescentes são permitidas apenas atividades de natureza agropastoril, como pastagens e lavouras. § 2o. A criação de animais e a implantação de chiqueiros e aviários necessita de estudo de impacto e licenciamento prévio para sua instalação.

Seção II - Equipamentos Urbanos Art. 136. São equipamentos urbanos públicos ou privados: I - os equipamentos de administração e de serviço público, tais como segurança pública, infraestrutura urbana, cemitérios, administrativos de uso comum e especial; II - os equipamentos comunitários e de serviço ao público em áreas como cultura, lazer e saúde pública; III - os equipamentos de circulação urbana e rede viária. § 1o. Conceitua-se equipamento urbano, para o efeito desta Lei, uma interface que caracteriza mudança na predominância de uso, de caráter pontual, com ocupação em superfície diferenciada da morfologia do entorno. § 2o. Quando o equipamento urbano estruturar o espaço ou constituir marco referencial da população, é identificado no modelo territorial como uma área especial.

52

§ 3o. O Poder Executivo promoverá a implantação descentralizada dos equipamentos urbanos no sentido de obter adequada distribuição das atividades governamentais no território, com vistas a propiciar melhor atendimento da população. § 4o. O Poder Executivo estabelecerá zoneamento para as redes aéreas e subterrâneas, no sentido de organizar a ocupação do espaço aéreo e do subsolo dos logradouros, pelos diversos equipamentos de infraestrutura urbana, estabelecendo faixas e profundidades de utilização para cada um deles.

CAPÍTULO III

DA ALTERAÇÃO DO USO DO SOLO Art. 137. Nas Zonas Mistas Residenciais (ZMR) é admissível a alteração do uso do solo, autorizada pelo Conselho do Plano Diretor, com base em Estudo de Impacto de Vizinhança e Estudo de Viabilidade Urbanística e Ambiental, desde que semelhantes em grau de impacto e porte aos usos permitidos e compatíveis com as características e condições da infraestrutura da zona, que deve ser requerida pelo interessado, o qual deve fazer contrapartida a ser definida por lei específica, e que será destinada a fundo de desenvolvimento urbano para uso prioritário em habitação de interesse social.

CAPÍTULO IV

DOS PROJETOS ESPECIAIS Art. 138. Projeto Especial é aquele que exige uma análise diferenciada, devendo observar acordos e condicionantes específicos. § 1o. Os Projetos Especiais, conforme a iniciativa, classificam-se em: I - Projeto Especial de Realização Necessária: é obrigatório para o Município com forma de propiciar o desenvolvimento de áreas de interesse prioritário visando à consecução de objetivos ou implementação de estratégias, podendo, para a sua realização, concorrer a iniciativa privada; II - Projeto Especial de Realização Voluntária: é aquele originado a partir de uma iniciativa externa ao Poder Público Municipal, que pode colaborar, se entender que esse pode levar à consecução de objetivos da política urbana. § 2o. Operação Concertada é o processo pelo qual estabelecem-se as condições e compromissos necessários, firmados em Termo de Ajustamento, para a implementação de empreendimentos, compreendendo edificações e parcelamentos do solo com características especiais, ou para o desenvolvimento de áreas da cidade que necessitem acordos programáticos, adequados às diretrizes gerais e estratégias definidas no Livro I desta Lei. Art. 139. Os Projetos Especiais serão objeto de Estudo de Viabilidade Urbanística, com vistas à análise de suas características diferenciadas e à verificação da necessidade de realização de Estudos de Impacto Ambiental.

53

CAPÍTULO V

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO Art. 140. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para: I - regularização fundiária; II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; III - constituição de reserva fundiária; IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI - criação de espaços públicos de cultura, lazer e áreas verdes; VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico. § 1o. Lei municipal, baseada no Plano Diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e as finalidades que se aplicarão para cada área e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel. § 2o. Devem orientar a lei os seguintes princípios: I - nas Zonas Mistas Residenciais (ZMR) não será possível a utilização do direito de preempção com a finalidade prevista no inciso VII deste artigo; II - as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são locais privilegiados para o uso do direito de preempção com as finalidades previstas nos incisos I, II, III e VI, deste artigo; III - o direito de preempção para fins do inciso VII deste artigo deve ocorrer nas Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA).

CAPÍTULO VI

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO E UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA, IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO, OPERAÇÕES CONSORCIADAS E DA DESAPROPRIAÇÃO

COM PAGAMENTO DE TÍTULOS. Art. 141. O parcelamento, edificação, utilização compulsória, IPTU progressivo no tempo, operações consorciadas e a desapropriação com pagamento de títulos, instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, têm como finalidade implementar a função social da propriedade e sua forma de aplicação será regulada por lei específica.

54

CAPÍTULO VII

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA Art. 142. É obrigatória a realização de Estudo de Impacto de Vizinhança, o qual deve ser regulamentado por lei posterior, para obras ou empreendimentos que utilizem o solo com certo porte ou impacto significativo para a qualidade de vida da população. § 1o. O Estudo de Impacto de Vizinhança é obrigatório nos casos previstos no “Quadro de Usos e Atividades” anexo, inclusive ampliações. § 2o. O Conselho do Plano Diretor poderá sugerir a exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança para outras atividades. § 3o. A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança não substitui a elaboração e a aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental. § 4o. O Estudo de Impacto de Vizinhança será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo análise, no mínimo, das seguintes questões: I - adensamento populacional; II - equipamentos urbanos e comunitários; III - uso e ocupação do solo; IV - valorização imobiliária; V - geração e intensificação de tráfego; VI - demanda por transporte público; VII - ventilação e iluminação; VIII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. § 5o. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto de Vizinhança, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público Municipal, por qualquer interessado.

TÍTULO IV

DOS PLANOS SETORIAIS COMO INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES Art. 143. O Poder executivo deve iniciar a elaboração dos Planos Setoriais abaixo relacionados, fazendo a devida previsão orçamentária para o próximo exercício fiscal, após a aprovação deste plano: I - Plano Setorial de Transporte;

55

II - Plano Setorial de Arborização Urbana que preserve a vegetação existente e privilegia as espécies nativas; III - Plano Setorial Ambiental; IV - Plano Setorial de Regularização Fundiária e Habitação; V - Plano Setorial de Drenagem Urbana; VI - Plano Setorial de Segurança; VII - Plano Setorial de Saúde; VIII - Plano Setorial de Cultura, Desporto e Lazer.

LIVRO III

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

TÍTULO I

DO CONSELHO MUNICIPAL DO PLANO DIRETOR

CAPÍTULO I

COMPOSIÇÃO Art. 144. O Conselho Municipal do Plano Diretor compõe o sistema de gestão da política urbana do município, fiscalizando e deliberando sobre as questões de desenvolvimento urbano e ambiental e é composto de 11 (onze) titulares e seus suplentes, com mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução, nomeados pelo Prefeito, devendo ser respeitada a divisão de vagas em mesmo número para as seguintes categorias: I - Poder Público, majoritariamente municipal; II - organizações, associações e entidades que tenham por objeto estatutário colaborar com o planejamento urbano, qualidade de vida na cidade ou proteção do meio ambiente, sendo incluída nesta quota uma vaga para associações de moradores; III - membros da Comunidade individualmente considerados, sendo a distribuição de vagas feitas de acordo com a divisão territorial da zona urbana para fins de acompanhamento e gestão elaborada de acordo com o art. 10 desta Lei.

CAPÍTULO II

COMPETÊNCIAS Art. 145. Compete ao Conselho Municipal do Plano Diretor, além de outras funções estabelecidas nesta Lei:

56

I - zelar pela aplicação da legislação municipal relativa ao planejamento e desenvolvimento, propor e opinar sobre a atualização, complementação, ajustes e alterações do Plano Diretor; II - convocar audiência pública para avaliar proposta de alteração do Plano Diretor, nos termos do art. 1o, V; III - promover, por meio de seus representantes, debates sobre os planos e projetos que envolvam política urbana; IV - propor, discutir e deliberar sobre os planos e projetos relativos ao desenvolvimento urbano ambiental; V - receber e encaminhar para discussão matérias oriundas de setores da sociedade que sejam de interesse coletivo; VI - propor às Secretarias Municipais a elaboração de estudos sobre questões que entender relevantes; VII - instalar comissões para assessoramento técnico compostas por seus integrantes do Conselho Municipal do Plano Diretor, podendo-se valer de órgãos componentes da Prefeitura, bem como de colaboradores externos; VIII - zelar pela integração de políticas setoriais que tenham relação com o desenvolvimento urbano do Município; IX - propor a programação de investimentos com vista a assessorar a implantação de políticas de desenvolvimento urbano para o Município; X - avaliar e manifestar-se sobre Projetos Especiais de Empreendimentos de Impacto Urbano, bem como indicar alterações que entender necessárias; XI - monitorar a densificação; XII - propor critérios e parâmetros para avaliação de Projetos Especiais; XIII - elaborar as regras gerais para o parcelamento do solo indicadas nesta lei; XIV - elaborar seu próprio regimento, no prazo de 180 dias após a publicação desta Lei; XV - fiscalizar o Fundo de Desenvolvimento Urbano.

LIVRO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 146. O Poder Executivo, em até 90 (noventa) dias da entrada em vigor da presente lei, enviará à Câmara de Vereadores projeto de lei criando o Fundo de Desenvolvimento Urbano.

57

Art. 147. A composição definitiva do Conselho Municipal do Plano Diretor deve ser determinada, no prazo de um ano, por lei de iniciativa do Prefeito Municipal, mediante proposta do Conselho. Art. 148. Esta Lei entra em vigor 90 dias da data de sua publicação. Art. 149. Ficam revogadas as disposições em contrário e em especial o disposto na Lei

Municipal no ........

58

ANEXOS

ANEXO I - QUADRO DE REGIMES URBANÍSTICOS

USO DO SOLO

ATIVIDADES PERMITIDAS (CONFORME TABELA EM ANEXO)

ZM

R1 -

DE

SC

RIÇ

ÃO

1 Residencial 2 Comércio e serviços de apoio à habitação 3 Comércio e serviços diversificados 4 Institucional Outros usos: Conforme licenciamento específico mediante estudo de viabilidade, considerando que o impacto e o porte estejam de acordo com a infraestrutura existente ou prevista para a zona.

ESTACIONAMENTO

Residencial ou serviços: mínimo 1 vaga por economia Comércio: mínimo 1 vaga para cada 50 m² construídos

OC

UP

ÃO

DO

SO

LO

IA TO TP ALTURA (h)

RECUOS

Frontal laterais e fundos

3,0

75%

10%

4

pavimentos (até 13 m)

4m

Isento

PA

RC

EL

AM

EN

TO

DO

SO

LO

Padrões de lotes

Testada mínima: 12 m Testada mínima esquina: 15 m Área mínima: 360 m² Padrão sugerido: 12x33 m

ZMR 1 Zona Mista Residencial 1

59

USO DO SOLO

ATIVIDADES PERMITIDAS (CONFORME TABELA EM ANEXO)

ZM

R 2

- D

ES

CR

IÇÃ

O

1 Residencial 2 Comércio e serviços de apoio à habitação 3 Institucional Outros usos: Conforme licenciamento específico mediante estudo de viabilidade, considerando que o impacto e o porte estejam de acordo com a infraestrutura existente ou prevista para a zona.

ESTACIONAMENTO

Residencial ou serviços: mínimo 1 vaga por economia Comércio: mínimo 1 vaga para cada 50 m² construídos

OC

UP

ÃO

DO

SO

LO

IA TO TP ALTURA (h)

RECUOS

frontal laterais e fundos

1,5

75%

10%

3

pavimentos (até 10 m)

4m

Isento

PA

RC

EL

AM

EN

TO

DO

SO

LO

Padrões de lotes

Testada mínima: 11 m Testada mínima esquina: 14 m Área mínima: 300 m² Padrão sugerido: 11x30 m

ZMR 2 Zona Mista Residencial 2

60

USO DO SOLO

ATIVIDADES PERMITIDAS (CONFORME TABELA EM ANEXO)

ZM

C -

DE

SC

RIÇ

ÃO

1 Residencial 2 Comércio e serviços de apoio à habitação 3 Comércio e serviços diversificados 4. Comércio e serviços com impacto ambiental moderado 5. Institucional Outros usos: Conforme licenciamento específico mediante estudo de viabilidade, considerando que o impacto e o porte estejam de acordo com a infraestrutura existente ou prevista para a zona.

ESTACIONAMENTO

Residencial ou serviços: mínimo 1 vaga por economia Comércio: mínimo 1 vaga para cada 50 m² construídos

OC

UP

ÃO

DO

SO

LO

IA TO TP ALTURA (h)

RECUOS

frontal laterais e fundos

3,0

80%

7%

8

pavimentos (até 25 m)

2 m

Isento até 2 pavimentos (até 7 m).

Acima disto recuar 20% do total da

altura, sendo 1,5 m o mínimo.

PA

RC

EL

AM

EN

TO

DO

SO

LO

Padrões de lotes

Testada mínima: 12 m Testada mínima esquina: 15 m Área mínima: 360 m² Padrão sugerido: 12x33 m

ZMC Zona Mista Comercial

61

USO DO SOLO

ATIVIDADES PERMITIDAS (CONFORME TABELA EM ANEXO)

ZI

e Z

IR -

DE

SC

RIÇ

ÃO

1. Industrial 2. Comércio e serviços com impacto ambiental 3. Comércio e serviços de apoio ao trabalhador 4. Institucional* *Apenas equipamentos de segurança pública

ESTACIONAMENTO

Vagas em função da atividade

OC

UP

ÃO

DO

SO

LO

IA TO TP ALTURA (h)

RECUOS

frontal laterais e fundos

1,0

66%

15%

4

pavimentos (até 13 m)

10 m

4 m

PA

RC

EL

AM

EN

TO

DO

SO

LO

Padrões de lotes

Testada mínima: 20 m Área mínima: 900 m² Padrão sugerido: 25x50 m

ZI 2 e ZIR Zona Industrial e Zona Industrial Remanescente

62

USO DO SOLO

ATIVIDADES PERMITIDAS (CONFORME TABELA EM ANEXO)

ZI

e Z

IR -

DE

SC

RIÇ

ÃO

1. Industrial com baixo impacto ambiental 2. Residencial 2. Comércio e serviços com baixo impacto ambiental 3. Comércio e serviços de apoio ao trabalhador 4. Institucional* *Apenas equipamentos de segurança pública

ESTACIONAMENTO

Vagas em função da atividade

OC

UP

ÃO

DO

SO

LO

IA TO TP ALTURA (h)

RECUOS

frontal laterais e fundos

1,5

75%

10%

4

pavimentos (até 13 m)

4m

Isento

PA

RC

EL

AM

EN

TO

DO

SO

LO

Padrões de lotes

Testada mínima: 12 m Testada mínima esquina: 15 m Área mínima: 360 m² Padrão sugerido: 12x33 m

ZI 1 Zona Industrial 1

63

ANEXO II – QUADRO DE USOS E ATIVIDADES

Observação: * As atividades indicadas necessitam de Estudo de Impacto de Vizinhança (EVI) para seu licenciamento.

Classificação das Atividades

1-R

esid

en

cia

l

1.1 Residências unifamiliares isoladas 1.2 Residências agrupadas horizontalmente 1.3 Residências multifamiliares 1.4 Habitação coletiva de permanência prolongada (asilos, internatos, casas de

repouso) 1.5 Conjuntos habitacionais edificados em quarteirões resultantes de parcelamento

de solo para fins urbanos 1.6 Condomínio residencial por unidade autônoma

2-

Co

mérc

io e

Se

rviç

o d

e A

poio

a H

abita

ção

2.1 Comércio de

Apoio à Habitação

2.1.1 Bares/Cafés/Lancherias 2.1.2 - Padarias 2.1.3 - Armazéns 2.1.4 - Açougues 2.1.5 - Tabacarias 2.1.6 - Fruteiras 2.1.7 - Quitandas 2.1.8 - Minimercado 2.1.9 - Agências lotéricas 2.1.10 - Farmácias e drogarias

2.2 Serviço de

Apoio à Habitação

2.2.1 - Estabelecimento de concerto e reparação de pequeno porte 2.2.2 - Barbearia/salão de beleza/massagista 2.2.3 - Lavanderia e tinturaria de pequeno porte* 2.2.4 - Locadoras de filmes e cd’s 2.2.5 - Feira-livre 2.2.6 - Posto de correio 2.2.7 - Costureira 2.2.8 - Terapias alternativas

64

3-

Co

mérc

io e

Se

rviç

o D

ive

rsific

ad

o

3.1 Comércio Varejista

3.1.1 - Antiguidades 3.1.2 - Armarinho 3.1.3 - Artigos de decoração 3.1.4 - Artigos de plástico e borracha 3.1.5 - Artigos de tecido 3.1.6 - Artigos desportivos 3.1.7 - Artigos fotográficos 3.1.8 - Artigos religiosos 3.1.9 - Bazares 3.1.10 - Brinquedos 3.1.11 - Calçados, artefatos de couro 3.1.12 - Centro comercial, Shopping Center 3.1.13 - Confeitarias, bombonieres 3.1.14 - Depósito ou ponto de revende de gás GLP*, conforme norma dos bombeiros 3.1.15 - CD’s, DVD’s, discos e fitas 3.1.16 - Eletrodomésticos 3.1.17 - Equipamentos de segurança 3.1.18 - Farmácias e drogarias com farmácias de manipulação 3.1.19 - Ferragens 3.1.20 - Floricultura 3.1.21 - Funerárias* 3.1.22 - Hortomercado* 3.1.23 - Instrumentos musicais 3.1.24 - Instrumentos médicos hospitalares/material odontológico, aparelhos ortopédicos e equipamentos científicos e de laboratório 3.1.25 - Joalheria

3.1.26 - Livrarias 3.1.27 - Loja de departamento 3.1.28 - Loja de tecido 3.1.29 - Máquinas, aparelhos e equipamentos diversos 3.1.30 - Material de construção 3.1.31 - Material elétrico 3.1.32 - Material fotográfico 3.1.33 - Móveis 3.1.34 - Ótica 3.1.35 - Papelaria 3.1.36 - Peças e acessórios para veículos 3.1.37 - Perfumaria 3.1.38 - Posto de abastecimento de veículos* 3.1.39 - Presentes/artesanato 3.1.40 - Produtos agrícolas e veterinários 3.1.41 - Produtos alimentícios em geral 3.1.42 - Restaurantes/churrascarias/pizzarias 3.1.43 - Supermercado e Hipermercado* 3.1.44 - Revendas de veículos 3.1.45 - Comércio de produtos veterinários (Pet Shop)

3.2 Serviços

Pessoais e Profissionais

3.2.1 - Agência de correios 3.2.2 - Agência de locação de imóveis, louças e semelhantes 3.2.3 - Agência de sonorização 3.2.4 - Agência telefônica

65

3.2.5 - Agência de viagens e turismo 3.2.6 - Arquivo 3.2.7 - Consultório médico e odontológico 3.2.8 - Centro comunitário e a associação de moradores 3.2.9 - Confecção sob medida de artigos do vestuário 3.2.10 - Consultório veterinário 3.2.11 - Empresa de vigilância e limpeza sem armazenagem de produtos químicos 3.2.12 - Empresa de táxi 3.2.13 - Empresa de reparação de instalação elétrica, hidráulica e de gás 3.2.14 - Entidade de classe/sindicato 3.2.15 - Escola de idiomas 3.2.16 - Escritórios profissionais 3.2.17 - Estabelecimento de reparação de artigos diversos com área acima de 50 m² (joias e relógios, instrumentos musicais, científicos, aparelhos de precisão, brinquedos e artigos não especificados) 3.2.18 - Estabelecimento de reparação de máquinas e aparelhos elétricos 3.2.19 - Estúdio de pintura, desenho e escultura 3.2.20 - Estúdio fotográfico 3.2.21 - Galeria de arte 3.2.22 - Garagem comercial 3.2.23 - Instituição científica e tecnológica* 3.2.24 - Laboratórios de análise clínica 3.2.25 - Locação de veículos (automóveis, motocicletas, bicicletas) 3.2.26 - Saunas, duchas e termas 3.2.27 - Serviço de ajardinamento 3.2.28 - Serviço de Buffet 3.2.29 - Serviços gráficos diversos 3.2.30 - Serviços imobiliários

3 –

Com

érc

io e

serv

iço

div

ers

ific

ad

o

3.3 Serviços

Financeiros / Administrativos

3.3.1 - Cartório 3.3.2 - Bancos 3.3.3 - Financeiras 3.3.4 - Corretoras 3.3.5 - Agências lotéricas

3.4 Serviços de

Comunicação

3.4.1 - Rádio/estação de rádio fusão 3.4.2 - Televisão/estação de televisão 3.4.3 - Jornal 3.4.4 - Estação de telefonia

66

3.5 Recreacional,

Turismo e Lazer

3.5.1 - Cinema* 3.5.2 - Centro de tradição* 3.5.3 - Quadra de escola samba* 3.5.4 - Hotel* 3.5.5 - Motel 3.5.6 - Pousadas 3.5.7 - Hotel-fazenda e spas* 3.5.8 - Sítio de lazer 3.5.9 - Campings 3.5.10 - Clubes de campo e congêneres 3.5.11 - Associação de clubes recreativos, esportivo, de lazer social 3.5.12 - Jogos eletrônicos*

3.6 Lazer Noturno*

3.6.1 - Salão de bailes e festas* 3.6.2 - Casa de eventos e/ou espetáculos* 3.6.3 - Clubes noturnos, discotecas, danceterias e boates* 3.6.4 - Bilhares e boliches*

4-

Co

mérc

io e

Serv

iço

s c

om

Im

pacto

Am

bie

nta

l

4.1 Comércio e

Serviços Perigosos*

4.1.1 - Minério, metais, resinas, plásticos e borrachas* 4.1.2 - Alimentos armazenados em câmaras frigoríficas* 4.1.3 - Depósito de explosivos* 4.1.4 - Depósito de GLP* conforme norma do corpo de bombeiros* 4.1.5 - Depósito de produtos tóxicos ou inflamáveis* conforme norma do corpo de bombeiros* 4.1.6 - Empresa de dedetização, desinfecção, aplicação de resina sintética e pintura de imóveis.

4.2 Comércio e

Serviços Geradores de

Ruído e Poluição*

4.2.1 - Templos e locais de culto em geral* 4.2.2 - Clínica veterinária com internação e alojamento* 4.2.3 - Hospital veterinário* 4.2.4 - Escola de música* 4.2.5 - Estúdio musical* 4.2.6 - Serralheria, carpintaria e marcenaria* 4.2.7 - Serralheria* 4.2.8 - Tornearia* 4.2.9 - Vidraçaria* 4.2.10 - Funilaria* 4.2.11 - Marmoraria* 4.2.12 - Pintura de placas e letreiros* 4.2.13 - Oficina mecânica* 4.2.14 - Reparação e manutenção de automóveis com chapeação e pintura* 4.2.15 - Lavagem e lubrificação de veículos* 4.2.16 - Oficina de retificação de motores* 4.2.17 - Serviço de douração e encadernação* 4.2.18 - Reparação de artigos de borracha (pneu, câmara de ar e outros artigos)* 4.2.19 - Reparação de artigos de madeira de móveis (móveis, praianas, estofados, colchões etc.* 4.2.20 - Oficina de esmaltação, galvanização, niquelagem e cromagem)* 4.2.21 - Comércio de peças usadas, reciclagem em geral*

67

4.3 Comércio e

Serviços Geradores de

Tráfego Pesado*

4.3.1 - Empresas de mudanças* 4.3.2 - Agência e garagens de companhias transportadoras e outras que operem com frotas de caminhões * 4.3.3 - Entrepostos* 4.3.4 - Postos de abastecimento de veículos e bombas diesel* 4.3.5 - Depósitos* 4.3.6 - Armazéns de estocagem da matéria-prima* 4.3.7 - Estabelecimento atacadista e varejista de materiais grosseiros, tais como insumos para a agricultura e pecuária* 4.3.8 - Estabelecimento de aluguel de veículos pesados (caminhões, trailers, caminhonetas, ônibus) ou máquinas de grande porte* 4.3.9 - Empresa de lotação de ônibus* 4.3.10 - Serviço de construção civil, terraplenagem e escavações, pavimentação, estaqueamento, urbanização, demolição, fundações e concretos, impermeabilização e demais serviços similares*

5 –

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5.1 - Bares/cafés/lancherias 5.2 - Restaurantes 5.3 - Padarias 5.4 - Armazéns 5.5 - Minimercado 5.6 - Tabacarias 5.7 - Lotéricas 5.8 - Farmácias e drogarias (exceto laboratório de manipulação) 5.9 - Materiais de construção civil 5.10 - Oficinas mecânicas 5.11 - Serralherias 5.12 - Barbearia/salão de beleza/massagista 5.13 - Lavanderia e tinturaria 5.14 - Locadora de filmes 5.15 - Entidade de classe/sindicato 5.16 - Bancos 5.17 - Posto dos correios

6-

Indu

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6.1 Indústria de Baixo

Potencial poluidor

6.1.1 - Classificação segundo a Lei Federal 10.165 de 27/12/2000 (Anexo 8) que alterou a Lei Federal 6.938 de 31/08/1981.

6.2 Indústria de

Médio Potencial poluidor

6.1.2 - Classificação segundo a Lei Federal 10.165 de 27/12/2000 (Anexo 8) que alterou a Lei Federal 6.938 de 31/08/1981.

68

6.3 Indústria de Alto

Potencial Poluidor

6.1.3 - Classificação segundo Lei Federal 10.165 de 27/12/2000 (Anexo 8) que alterou a Lei Federal 6.938 de 31/08/1981.

7 -

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7.1 Serviços

Educacionais e Culturais

7.11 - Creche/Escola maternal/centro de cuidados e estabelecimentos de ensino pré-escolar * 7.1.2 - Escola especial 7.1.3 - Estabelecimento de ensino formal Fundamental e Médio* 7.1.4 - Biblioteca 7.1.5 - Estabelecimento de ensino formal Superior; universidade, faculdade, centro universitário* 7.1.6 - Museu 7.1.7 - Teatro* 7.1.8 - Centro cultural* 7.1.9 - Instituições culturais

7.2 Serviços de

Saúde

7.2.1 - Ambulatórios* 7.2.2 - Postos de atendimento médico/unidade básica de saúde 7.2.3 - Clínica e policlínica: médica, odontologia e banco de sangue 7.2.4 - Hospital* 7.2.5 - Pronto-socorro* 7.2.6 - Sanatório, hospital psiquiátrico*

7.3 Equipamento de

Segurança Pública*

7.3.1 - Prédio e instalações vinculadas ao corpo de bombeiros* 7.3.2 - Prédio e instalações vinculadas ao sistema penitenciário* 7.3.3 - Prédio e instalações vinculadas à polícia militar e à civil* 7.3.4 - Prédio de instalações militares*

7.4 Equipamentos

Administrativos*

7.4.1 - Municipal* 7.4.2 - Estadual* 7.4.3 - Federal*

7 -

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7.5 Atividades Especiais*

7.5.1 - Terminais de transportes coletivos, de passageiros e de cargas* 7.5.2 - Estação rodoviária* 7.5.3 - Aeroporto, Heliporto, Portos e Marinas* 7.5.4 - Cemitérios* 7.5.5 - Crematórios* 7.5.6 - Capela mortuária* 7.5.7 - Equipamentos especiais esportivo de lazer: autódromo, hipódromo, ginásio poliesportivo, estádio, parques temáticos, circos e feiras*

69

8 –

Ativid

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8.1 - Agricultura 8.2 - Pecuária 8.3 - Extrativismo vegetal 8.4 - Habitação no meio rural