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Cad. 1 / Página 393 TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020 MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA SECRETARIA GERAL ATO Nº 243/2020 A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com base no art. 166 da Lei Complementar nº 11/96, resolve suspender as férias daPromotora de Justiça Adriana Imbassahy Guimarães Moreira Lagrota, no dia 17/03/2020, por necessidade do serviço. GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020. NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTI Procuradora-Geral de Justiça EDITAL Nº 091/2020 A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve, nos termos do art. 113 da Lei Complementar nº 11/96, publicar a lista dos candidatos inscritos referente ao Edital 072/2020, abaixo relacionados: 1. PROMOÇÃO PELO CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE PARA A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPIM GROSSO, DE ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA. Não Houve Inscritos 2. PROMOÇÃO PELO CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE PARA A 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE POÇÕES, DE ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA. Não Houve Inscritos * Lista de Antiguidade atualizada até o dia 19/3/2020. GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020. NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTI Procuradora-Geral de Justiça EDITAL Nº 092/2020 A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições e com base no disposto nos artigos 60, 61 e 62 da Lei Complementar Estadual nº 11, de 18 de janeiro de 1996, e na Resolução nº 019/2010, alterada pelas Resoluções nº 067/2010, nº 021/2013, nº 022/2015, nº 129/2015 e nº 162/2015, do Conselho Superior do Ministério Público do Estado da Bahia: CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19); CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde no último dia 11 de março (quarta-feira) caracterizando o surto do novo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com risco à vida, em diferentes países afetados; CONSIDERANDO que a pandemia não é apenas uma crise de saúde pública, mas significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentes setores, exige esforços conjuntos da sociedade; CONSIDERANDO a necessidade de conter a propagação de infecção e transmissão local e preservar a saúde de membros, servidores, estagiários, terceirizados e funcionários públicos em geral; CONSIDERANDO a necessidade de adotar procedimentos de prevenção no âmbito dos órgãos públicos; CONSIDERANDO o disposto na Portaria n. 01/2020-CNPG (Conselho Nacional de Procuradores Gerais), de 12 de março de 2020;

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Page 1: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 393TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

SECRETARIA GERAL

ATO Nº 243/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com base no art. 166 daLei Complementar nº 11/96, resolve suspender as férias daPromotora de Justiça Adriana Imbassahy Guimarães MoreiraLagrota, no dia 17/03/2020, por necessidade do serviço.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

EDITAL Nº 091/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve, nos termosdo art. 113 da Lei Complementar nº 11/96, publicar a lista dos candidatos inscritos referente ao Edital 072/2020, abaixorelacionados:

1. PROMOÇÃO PELO CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE PARA A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPIM GROSSO, DE ENTRÂNCIAINTERMEDIÁRIA.

Não Houve Inscritos

2. PROMOÇÃO PELO CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE PARA A 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE POÇÕES, DE ENTRÂNCIAINTERMEDIÁRIA.

Não Houve Inscritos

* Lista de Antiguidade atualizada até o dia 19/3/2020.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

EDITAL Nº 092/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições e com base no disposto nosartigos 60, 61 e 62 da Lei Complementar Estadual nº 11, de 18 de janeiro de 1996, e na Resolução nº 019/2010, alteradapelas Resoluções nº 067/2010, nº 021/2013, nº 022/2015, nº 129/2015 e nº 162/2015, do Conselho Superior do MinistérioPúblico do Estado da Bahia:

CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundialda Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde no último dia 11 de março (quarta-feira) caracterizando osurto do novo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusivecom risco à vida, em diferentes países afetados;

CONSIDERANDO que a pandemia não é apenas uma crise de saúde pública, mas significa o risco potencial de a doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadascomo de transmissão interna, e, por afetar diferentes setores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO a necessidade de conter a propagação de infecção e transmissão local e preservar a saúde de membros,servidores, estagiários, terceirizados e funcionários públicos em geral;

CONSIDERANDO a necessidade de adotar procedimentos de prevenção no âmbito dos órgãos públicos;

CONSIDERANDO o disposto na Portaria n. 01/2020-CNPG (Conselho Nacional de Procuradores Gerais), de 12 de março de 2020;

Page 2: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 394TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO o disposto na Portaria nº. 519/2020-MPBA, publicada no DJE de 16/03/2020, que dispõe sobre as medi-das emergenciais e provisórias de prevenção ao novel coronavírus (SARS-coV-2) e à COVID-19, doença provocada peloreferido agente etiológico, no âmbito do Ministério Público do estado da Bahia;

CONSIDERANDO o disposto na Portaria nº. 538/2020-MPBA, publicada no DJE de 18/03/2020, que dispõe sobre novasmedidas emergenciais e provisórias de prevenção ao novel coronavírus (SARS-coV-2) e à COVID-19, no âmbito do MinistérioPúblico do estado da Bahia;

CONSIDERANDO o disposto no Decreto Estadual nº. 19.549/2020, publicado no DJE de 19/03/2020, que declara situaçãode emergência em todo o território baiano, afetado por doença infecciosa viral, para fins de prevenção e enfrentamento àCOVID-19;

RESOLVE SUSPENDER a reunião pública de identificação das provas e divulgação das notas dos processos seletivos paraestagiários de Direito nas Promotorias de Justiça Regionais de Serrinha, Edital nº 030/2020, e Guanambi, Edital nº 028/2020, até ulterior deliberação.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA Nº 0557/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Comple-mentar nº 11/1996, resolve designar o Promotor de Justiça Fernando Antônio Madureira Lucena, titular da 04ª Promotoria deJustiça de Assistência da Capital, para atuar nos processos da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar da Capital, noperíodo de 20 a 31/03/2020.

Eu, Alexandre Soares Cruz, Secretário-Geral do Ministério Público, subscrevi.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA Nº 0558/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Comple-mentar nº 11/1996 e tendo em vista o quanto se comprova no expediente protocolizado sob o nº 003.0.7696/2020, oriundo daPromotoria de Justiça Regional de Ibotirama, resolve publicar, para conhecimento público, especialmente dos senhoresAdvogados, Defensores Públicos e Magistrados, a alteração da escala do Plantão Judiciário da Promotoria de JustiçaRegional de Ibotirama, na forma seguinte:

PERÍODO PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA PLANTONISTA08h do dia 21/03 às 08h do dia 23/03/2020 João Ricardo Soares da Costa18h do dia 23/03 às 08h do dia 30/03/2020 Fernando Rodrigues de Assis18h do dia 30/03 às 08h do dia 06/04/2020 João Ricardo Soares da Costa18h do dia 06/04 às 08h do dia 13/04/2020 Fernando Rodrigues de Assis18h do dia 13/04 às 08h do dia 20/04/2020 João Ricardo Soares da Costa18h do dia 20/04 às 08h do dia 27/04/2020 Fernando Rodrigues de Assis18h do dia 27/04 às 08h do dia 04/05/2020 João Ricardo Soares da Costa18h do dia 04/05 às 08h do dia 11/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis18h do dia 11/05 às 08h do dia 18/05/2020 João Ricardo Soares da Costa18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João Ricardo Soares da Costa

Eu, Ricardo de Assis Andrade, Secretário-Geral Adjunto do Ministério Público, subscrevi.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

Page 3: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 395TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

PORTARIA Nº 0559/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais que lhe confere a LeiComplementar nº 11/1996 e tendo em vista o quanto se comprova no expediente protocolizado sob o nº 003.0.7697/2020, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Euclides da Cunha, resolve publicar, para conhecimento públi-co, especialmente dos senhores Advogados, Defensores Públicos e Magistrados, a alteração da escala do PlantãoJudiciário da Promotoria de Justiça Regional de Euclides da Cunha, na forma seguinte, revogando-se a Portaria nº0448/2020, publicada no DJE do dia 10/03/2020 e mantendo-se os demais designados na Portaria nº 2111/2019,publicada no DJE do dia 11/12/2019:

PERÍODO PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA PLANTONISTA SUPLENTE18h do dia 30/03 às 08h do dia 06/04/2020 Lissa Aguiar Andrade Alan Cedraz Carneiro Santiago18h do dia 06/04 às 08h do dia 13/04/2020 Alan Cedraz Carneiro Santiago Matheus Polli Azevedo18h do dia 13/04 às 08h do dia 20/04/2020 Matheus Polli Azevedo Marcos Jose Passos Oliveira Santos18h do dia 20/04 às 08h do dia 27/04/2020 Marcos Jose Passos Oliveira Santos Tiago Ávila de Souza18h do dia 27/04 às 08h do dia 04/05/2020 Tiago Ávila de Souza Ernesto Cabral de Medeiros18h do dia 04/05 às 08h do dia 11/05/2020 Ernesto Cabral de Medeiros Marcelo Cerqueira Cesar18h do dia 11/05 às 08h do dia 18/05/2020 Marcelo Cerqueira Cesar Lissa Aguiar Andrade18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Lissa Aguiar Andrade Alan Cedraz Carneiro Santiago18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 Alan Cedraz Carneiro Santiago Matheus Polli Azevedo18h do dia 01/06 às 08h do dia 08/06/2020 Matheus Polli Azevedo Marcos Jose Passos Oliveira Santos18h do dia 08/06 às 08h do dia 15/06/2020 Marcos Jose Passos Oliveira Santos Tiago Ávila de Souza18h do dia 15/06 às 08h do dia 22/06/2020 Tiago Ávila de Souza Ernesto Cabral de Medeiros18h do dia 22/06 às 08h do dia 29/06/2020 Ernesto Cabral de Medeiros Marcelo Cerqueira Cesar18h do dia 29/06 às 08h do dia 06/07/2020 Marcelo Cerqueira Cesar Lissa Aguiar Andrade

Eu, Ricardo de Assis Andrade, Secretário-Geral Adjunto do Ministério Público, subscrevi.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA Nº0560/2020Complementa as disposições referentes às medidas emergenciais e provisórias de prevenção ao novelcoronavírus(SARS-coV-2) e à COVID-19, doença provocada pelo referido agente etiológico, no âmbito do Ministério Público do estado da Bahia,referidas nas Portarias nºs. 519, de 13 de março de 2020 e 538, de 17 de março de 2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 15, inciso V e IX, da LeiComplementar nº 11, de 18 de janeiro de 1996:

CONSIDERANDO a Portaria CNMP-PRESI nº 48, de 19 de março de 2020, que suspende as atividades incompatíveis como trabalho remoto, dispensando-se o comparecimento presencial no Conselho Nacional do Ministério Público, a partir de 19de março de 2020;

CONSIDERANDO o Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia;

RESOLVE:

Art. 1º Suspender o expediente presencial nas sedes do Ministério Público do Estado da Bahia no dia 20.03.2020, a partirdas 12:00h.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na da data da sua publicação, mantendo-se, na integralidade, as disposições dasPortarias de n. 519/220, publicada em 16/03/2020 e 538, publicada em 18.03.2020, que não confrontem com a presentePortaria.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

Page 4: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 396TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

PORTARIA Nº 0561/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Comple-mentar nº 11/1996 e tendo em vista o quanto se comprova no expediente protocolizado sob o nº 003.0.7676/2020, oriundo doGrupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais – GAECO resolverevogar as Portarias abaixo relacionadas:

PORTARIA Nº DATA DE PUBLICAÇÃO399/2018 19/03/2018684/2017 08/05/2017

Eu, Alexandre Soares Cruz, Secretário-Geral do Ministério Público, subscrevi.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA Nº 0562/2020

A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Comple-mentar nº 11/1996 e tendo em vista o quanto se comprova no expediente protocolizado sob o nº 003.0.7675/2020, oriundo da2ª Promotoria de Justiça de Paulo Afonso, resolve revogar as Portarias abaixo relacionadas:

Eu, Alexandre Soares Cruz, Secretário-Geral do Ministério Público, subscrevi.

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, 20 de março de 2020.

NORMA ANGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTIProcuradora-Geral de Justiça

PROCESSOS DEFERIDOS PELA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA:

ADRIANA IMBASSAHY GUIMARÃES MOREIRA LAGROTA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias. ficando o novo período degozo aguardando confirmação. SIGA nº 76081.1/2020ADRIANA IMBASSAHY GUIMARÃES MOREIRA LAGROTA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias. 2013.1 Gozo de fériasremanescente para 17/03/2020 a 17/03/2020 (1 dia(s)). Deferida. SIGA nº 76080.1/2020CATHARINE RODRIGUES DE OLIVEIRA MATOS, Promotor(a) de Justiça de Eunápolis. Compensação de Plantão. Desistên-cia do período de 14/04/2020 a 15/04/2020. Deferida. SIGA nº 10332.8/2020CATHARINE RODRIGUES DE OLIVEIRA MATOS, Promotor(a) de Justiça de Eunápolis. Compensação de Plantão. Desistên-cia do período de 22/04/2020 a 24/04/2020. Deferida. SIGA nº 10330.8/2020CATHARINE RODRIGUES DE OLIVEIRA MATOS, Promotor(a) de Justiça de Eunápolis. Compensação de Plantão. Para operíodo de 13/05/2020 a 14/05/2020. Deferida. SIGA nº 10329.8/2020DANÚBIA CATARINA OLIVEIRA BITTENCOURT, Promotor(a) de Justiça de Santo Antônio de Jesus. Férias. 2020.2. Transfe-rência de Férias com base no art. 166 da Lei Complementar nº 11/1996 ficando o novo período de gozo aguardandoconfirmação. SIGA nº 76079.1/2020FERNANDA CAROLINA GOMES PATARO DE QUEIROZ CUNHA, Promotor(a) de Justiça de Valença. Licença. Doença empessoa da família. Para o período de 18/03/2020 a 18/03/2020. SIGA nº 11454.2/2020MÁRCIO JOSÉ CORDEIRO FAHEL, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias. 2020.1. Transferência de Férias com base noart. 166 da Lei Complementar nº 11/1996 ficando o novo período de gozo aguardando confirmação. SIGA nº 76082.1/2020MARIA HELENA PORTO FAHEL, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias. 2020.1. Transferência de Férias com base no art.166 da Lei Complementar nº 11/1996 ficando o novo período de gozo aguardando confirmação. SIGA nº 75482.1/2020(Republicado por haver saído com incorreção)MARIA HELENA PORTO FAHEL, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias. 2020.1. Transferência de Férias com base no art.166 da Lei Complementar nº 11/1996 ficando o novo período de gozo aguardando confirmação. SIGA nº 76083.1/2020MARIÂNGELA LORDELO DOS REIS, Promotor(a) de Justiça da Capital. Outras Ausências. Interesse particular. Desistênciada autorização de ausência da Promotoria de Justiça na forma do art. 15, XXXIX da Lei Complementar nº 11/1996, disciplina-do pelo Ato Normativo nº 003/2019. Para o período de 23/03/2020 a 26/03/2020. SIGA nº 36108.7/2020. (Republicado porhaver saído com incorreção)

PORTARIA Nº DATA DE PUBLICAÇÃO

PROMOTOR DE JUSTIÇA DESIGNAÇÃO

2156/2019 11/12/2019 Moacir Silva do Nascimento Júnior

Atuação conjunta nos autos nº 0557394-60.2018.8.05.0001

365/2019 11/03/2019 Atuação conjunta nos autos nº 0001438-94.2019.8.05.0191

Page 5: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 397TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

MAYANNA FERREIRA RIBEIRO FLORIANO, Promotor(a) de Justiça de Ilhéus. Férias. 2020.2. Transferência de Férias combase no art. 166 da Lei Complementar nº 11/1996 Para o período de 13/10/2020 a 13/10/2020. SIGA nº 76087.1/2020MAYANNA FERREIRA RIBEIRO FLORIANO, Promotor(a) de Justiça de Ilhéus. Férias. 2020.1. Transferência de Férias combase no art. 166 da Lei Complementar nº 11/1996 Para o período de 30/09/2020 a 09/10/2020. SIGA nº 76086.1/2020ROBERTA MASUNARI, Promotor(a) de Justiça de Juazeiro. Compensação de Plantão. Para o período de 04/06/2020 a 05/06/2020. Deferida. SIGA nº 10328.8/2020THAIS MONTE SANTO PASSOS POLO, Promotor(a) de Justiça de Itabuna. Compensação de Plantão. Desistência para operíodo de 18/03/2020 a 18/03/2020. Deferida. SIGA nº 10316.8/2020 (Republicado por haver saído com incorreção)

INQUÉRITO(S) CIVIL(S) /PROCEDIMENTO(S):

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉEDITAL N. 014/2020

A 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉ, pelo Promotor de Justiça infrafirmado, no uso de suas atribuiçõeslegais, com fulcro no art. 20 da Resolução n. 06/2009, do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça doMinistério Público do Estado da Bahia (redação atribuída pela Resolução n. 01/2013), vem, por meio deste Edital, a todosquanto possa interessar, comunicar aprorrogação, por um ano, do prazo de conclusão do Inquérito Civil n. 608.0.20676/2008, instaurado para apurar a existência de supostas irregularidades na execução de obras realizadas no Centro de SaúdeJúlia Magalhães, durante o exercício financeiro de 2007.Jequié, 18 de março de 2020.Rafael de Castro MatiasPromotor de Justiça

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉEDITAL N. 013/2020

A 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉ, pelo Promotor de Justiça infrafirmado, no uso de suas atribuiçõeslegais, com fulcro no art. 20 da Resolução n. 06/2009, do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça doMinistério Público do Estado da Bahia (redação atribuída pela Resolução n. 01/2013), vem, por meio deste Edital, a todosquanto possa interessar, comunicar aprorrogação, por um ano, do prazo de conclusão do Inquérito Civil n. 003.1.104143/2006, instaurado para apurar a existência de supostas irregularidades e ilegalidades praticadas contra a AdministraçãoPública de Itagi, no exercício financeiro de 2004, consistente em atos que importam prejuízo ao erário, formulados emrepresentação feita pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia - TCM/BA

Jequié, 18 de março de 2020.

Rafael de Castro MatiasPromotor de Justiça

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉEDITAL N. 015/2020A 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉ, pelo Promotor de Justiça infrafirmado, no uso de suas atribuiçõeslegais, comunica aos eventuais interessados, especialmente o Sr. Cleberson Antonio Ferreira Modena, o declínio de atribui-ção, em favor da Procuradoria da República no Município de Jequié, do Inquérito Civil n. 608.9.211518/2017, Portaria n. 08/2018, instaurado para apurar supostas irregularidades, praticadas pelo Município de Manoel Vitorino-BA, na contratação deadvogado ou escritório advocatício para percepção de diferenças de verbas do FUNDEF em descumprimento à Lei deLicitações, bem como para obstar, mediante de ações preventivas ou repressivas, eventual destinação de recursos oriun-dos dos Precatórios do FUNDEF para pagamentos de despesas não jungidas à educação básica.

Jequié, 18 de março de 2020.Rafael de Castro MatiasPromotor de Justiça

NSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOORIGEM: 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIBEIRA DO POMBAL/BAÁREA: Patrimônio PúblicoCLASSE: Procedimento AdministrativoPORTARIA N.º: 10/2020IDEA N.º: 249.9.47850/2020ASSUNTO: Promover, no âmbito da proteção ao patrimônio público e à moralidade administrativa, o acompanhamento efiscalização das contratações públicas realizadas pelo Município de Ribeira do Pombal-BA e Banzaê-BA, relacionadas aoenfrentamento do coronavírus..REPRESENTANTE: Inexistente.REPRESENTADO: Inexistente.DATA DE INSTAURAÇÃO: 19/03/2020.ALAN CEDRAZ CARNEIRO SANTIAGOPromotor de Justiça

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4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉEDITAL N. 011/2020A 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEQUIÉ, pelo Promotor de Justiça infrafirmado, no uso de suas atribuiçõeslegais, com fulcro no art. 20 da Resolução n. 06/2009, do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça doMinistério Público do Estado da Bahia (redação atribuída pela Resolução n. 01/2013), vem, por meio deste Edital, a todosquanto possa interessar, comunicar aprorrogação, por um ano, do prazo de conclusão do Inquérito Civil n. 608.0.135407/2016, instaurado para apurar a existência de supostas irregularidades no Restaurante Popular do Município de JequiéJequié, 18 de março de 2020.Rafael de Castro MatiasPromotor de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE XIQUE-XIQUEPORTARIA n. 01/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO CONJUNTO - IDEA n° 691.9.47861/2020

O Ministério Público do Estado da Bahia, pelos Promotores de Justiça infrafirmados, no uso de suas atribuições conferidas pelosartigos 129, VI da Constituição Federal; art. 26, I da Lei nº 8.625/93, art. 73 e 77 da Lei Complementar Estadual nº 11/96, norteadoainda pelo disposto na Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, e,CONSIDERANDO a Recomendação n.002/2020 – PGJ/BA, referente a atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência deSaúde Pública de Importância Nacional para o coronavírus (COVID-19); CONSIDERANDO que a recomendação oferece subsídiospara uma atuação coordenada, com o protagonismo das unidades e ramos do Ministério Público, para o acompanhamento dasações realizadas pela Vigilância em Saúde, em todos os níveis, além do incentivo aos Órgãos de Execução do Ministério Público comfunções na área da saúde no âmbito municipal, para que se aproximem dos gestores locais da saúde visando acompanhar e tomarciência dos Planos Municipais de Contingência; CONSIDERANDO as deficiências de leitos de UTI nos Municípios que demandema necessidade de atendimento de pacientes em situações graves no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS; CONSIDERANDOestudos já publicados de que o número global de mortes por coronavírus pode chegar a 15 milhões, mesmo no melhor cenário depandemia, além o PIB global poder encolher em até US $ 2,3 trilhões, mesmo naquilo que eles chamam de pandemia ‘low-end’;CONSIDERANDO os casos já confirmados de contaminação interna e circulação do vírus no Estado da Bahia; CONSIDERANDOque é também dever da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitosreferentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao respeito, à liberdade e aconvivência familiar e comunitária, segundo disposto no art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal nº 8.069/90, editado em consonância com o art. 227 da Constituição Federal de 1988; CONSIDERANDO que muitos e complexos são osproblemas a serem enfrentados pela sociedade e pelo Estado, atraindo uma atuação transversal e multidisciplinar também porparte do Ministério Público, destacando-se a adoção de medidas específicas no âmbito da proteção ao patrimônio público e àmoralidade administrativa, notadamente no tocante à fiscalização da legitimidade das contratações públicas e execuções contratuaisrelacionadas ao enfrentamento da pandemia; CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, expressamentedispensou, em seu art. 4º, a licitação para aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO, todavia, que a referidamodalidade excepcional de contratação não exime a Administração Pública de zelar pela adoção da melhor escolha possível quantoà eleição do fornecedor, qualidade e economicidade dos bens e serviços contratados, bem como pela correta execução contratual;CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistema decontrole formal e do controle social da Administração Pública, o mencionado diploma normativo determinou, no §2º de seu art. 4º,fossem imediatamente adotadas medidas concretas e ampla publicidade às contratações diretas realizadas com fundamentonaquele diploma legal; CONSIDERANDO que a violação aos ditames legais poderá ensejar a responsabilização cível, criminal e porato de improbidade administrativa dos agentes públicos envolvidos;RESOLVEM instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINIS-TRATIVO IDEA n° 691.9.47861/2020, com o objetivo de acompanhar as políticas públicas relativas à vigilância epidemiológica docoronavírus, nos Municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia.19 de março de 2020, Xique-Xique/BA.

MÁRCIO BELLAZZI DE OLIVEIRA RODOLFO FONTENELE BELCHIOR CABRALPromotor de Justiça Promotor de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE XIQUE-XIQUERECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 001/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através da Promotoria de Justiça de Xique Xique, firme no acompanhamen-to das ações de enfrentamento do coronavírus - COVID19, doença provocada pelo referido agente etiológico, no Estado daBahia, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo 129, IX, da Constituição Federal; artigo 75, IV, da LeiComplementar da Bahia n.11/96 e artigo 6º, XX, da Lei Federal Complementar nº 75/93; e

CONSIDERANDO a RECOMENDAÇÃO Nº 002/2020 – GPGJ, publicada no DJO em 19 de março de 2020, às Promotorias deJustiça com atribuição correlacionada a cada temática (Saúde Pública, Educação, Infância e Juventude, Direitos Humanos,Segurança Pública, Consumidor, Improbidade Administrativa e Criminal), nas Promotorias de Justiça onde houver reparti-ção de atribuições funcionais, e às Promotorias de Justiça de atribuição plena, a abertura de Procedimento Administrativo,nos termos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, as políticas

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públicas e a atuação dos gestores municipais e estaduais no que diz respeito ao atendimento de orientações, com oobjetivo de efetivar ações coordenadas, integradas, eficazes e resolutivas de enfrentamento ao novo coronavírus, notadamenteaquelas extraídas da Nota Técnica Conjunta nº 1/2020 do CNMP e da 1ª CCR, do Decreto Estadual nº 19.529/2020 e do PlanoEstadual de Contingências para Enfrentamento do Novo Coronavírus – COVID-19;

CONSIDERANDO que a saúde é direito indisponível assegurado no artigo 6º da Constituição Federal, corolário do própriodireito à vida, donde provém a impossibilidade de a sua tutela ser objeto de eventual mitigação;

CONSIDERANDO que é direito básico do consumidor a preservação da sua VIDA, SAÚDE e SEGURANÇA, conforme art.6, Ido CDC;

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, nomeado pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) como COVID-19, existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados dadoença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos, em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 - Ministérioda Saúde), havendo inúmeros casos confirmados no Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde – OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional – ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo coronavírus, classi-ficando-o, na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

CONSIDERANDO as recomendações das autoridades públicas, tanto de ordem sanitária quanto de cuidados com a saúdee higiene pessoal em face ao agente endêmico Coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO que o cenário de comoção e preocupação global para com o controle e combate à dispersão epidêmicado Coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO a decretação de estado de emergência do Estado da Bahia, conforme decretos n. 19528/2020, 19529/2020 e n.19533/2020;

CONSIDERANDO as recomendações e determinações restritivas quanto à mobilidade, trânsito e convívio social, no sentidode se evitar o contato ou buscar uma maior atenção em ambiente pessoal ou institucional do cuidado a com a autopreservaçãoe de uso de itens de higiene pessoal, máscaras de proteção, antissépticos e congêneres;

CONSIDERANDO que a transmissão do coronavírus em humanos ocorre de pessoa a pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendo as medidas de prevenção, notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70%, constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal, bem como pela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes parareduzir a capacidade de contágio do coronavírus;

CONSIDERANDO o teor da Lei Estadual nº 13.706/2017, que fixa a obrigação de estabelecimentos comerciais que prestamserviço direto à população no Estado da Bahia, dentre eles os espaços de eventos, de disponibilizar, para uso de seusclientes, equipamentos com álcool em gel em suas dependências;

CONSIDERANDO a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo, dentre outros, a harmonização dosinteresses dos participantes das relações de consumo, sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consu-midores e fornecedores;

CONSIDERANDO o direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços,mormente no tocante ao preço desembolsado, tributos incidentes, reajustes aplicados e variações legais;

CONSIDERANDO que também é direito básico do consumidor a proteção do consumidor contra práticas abusivas nomercado de consumo, como a obtenção de vantagem manifestamente excessiva e a aplicação de reajuste alheio aosindexadores oficiais, na forma vedada pelo art.39, IV, V, X e XIII do Código de Defesa do Consumidor;

CONSIDERANDO que a cobrança de valores abusivos em relação a alguns produtos por parte do comércio varejista,conforme relatos realizados por consumidores e pela imprensa, pode caracterizar, também, crime contra economia popularprevisto no art. 2º, inciso IX (primeira parte), da Lei federal n. 1.521/1951, expondo o fornecedor às sanções penais, adminis-trativas, sem prejuízo das penalidades de natureza cíveis;

CONSIDERANDO que os comerciantes, vendedores, distribuidores que infrinjam dolosamente às determinações do poderpúblico, destinadas a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, praticam infração penal contra a saúdepública, capitulada no art. 268 do Código Penal;

Page 8: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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CONSIDERANDO, por fim, que todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para a importân-cia da prevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medidamais efetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

CONSIDERANDO que ao Ministério Público é conferido, pelo artigo 129, III, da Constituição Federal2 , o dever de atuar como objetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos; CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 – CES/ CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020, relacionada à atuação dos membros do Ministério Públicobrasileiro em face da decretação de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional para o coronavírus (COVID-19),RESOLVE RECOMENDAR:

I. Que seja garantido, pelos fornecedores, distribuidores e/ou revendedores, o oferecimento de produtos de bens de consu-mo de primeira necessidade, a exemplo de água mineral, dos alimentos, combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo, medica-mentos, álcool e máscaras cirúrgicas descartáveis, além dos produtos saneantes domissanitários, pelos mesmos preçoscomercializados antes da manifestação do COVID-19;II. Que eventuais alterações de valor sejam feitas apenas e tão somente se fundamentadas na respectiva comprovação deeventual alteração substantiva dos custos empresariais logísticos ou funcionais, a serem avaliados com parcimônia ecritérios, além de contar com ampla e ostensiva informação/divulgação aos consumidores no estabelecimento comercial,pelos meios necessários a este fim, e, ainda, em conformidade com o estoque disponível em cada estabelecimento, aserem admitidos pelo órgão de proteção e defesa ao consumidor, sem configurar prática abusiva.III. Que eventuais e inevitáveis restrições quantitativas de compra, se façam com o fim maior de garantir o equilíbrio e aharmonia social, de modo a garantir o atendimento ao maior número de consumidores, até que o abastecimento dosprodutos e prestação de serviços se normalize, inclusive de modo a coibir as compras de provisionamento, feita pelosconsumidores, prejudicando a coletividade.IV. Que faça cumprir a função social da atividade comercial, tendo na pessoa do farmacêutico ou profissional responsável,ou ainda, por meio de material informativo, a indicação de medidas de autopreservação e de uso de itens de higienepessoal, máscaras de proteção, antissépticos e congêneres, inclusive informando sobre eventuais itens similares ouequivalentes aqueles buscados pelos consumidores;

Essa Recomendação deverá ser divulgada em todos os meios de comunicação do Município, com especial remessa aoscomerciantes da região, bem como ao Poder Público Municipal, sobretudo para que adote as providências necessárias aocumprimento fiel desta recomendação.

19 de março de 2020, Xique-Xique/BA.

MÁRCIO BELLAZZI DE OLIVEIRA RODOLFO FONTENELE BELCHIOR CABRALPromotor de Justiça Promotor de Justiça

ORIGEM: Promotoria de Justiça de Mata de São João-BAPortaria Conjunta nº 01/2020Procedimentos Administrativos nº 167.9.47875/2020 e 167.9.47878/2020ASSUNTO: acompanhar as medidas adotadas pelos Municípios de Mata de São João e Itanagra no que diz respeito aoatendimento das orientações mencionadas na presente Recomendação, com o objetivo de efetivar ações coordenadas,integradas, eficazes e resolutivas de enfrentamento ao novo coronavírus, notadamente aquelas extraídas da Nota TécnicaConjunta nº 1/2020 do CNMP e da 1ª CCR, do Decreto Estadual nº 19.529/2020 e do Plano Estadual de Contingências paraEnfrentamento do Novo Coronavírus – COVID-19.

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTOProcedimento Investigatório Criminal Nº IDEA 591.9.47211/2020 Origem: 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DELAURO DE FREITAS Área: CidadaniaSubárea – Defesa do Direito à Saúde PúblicaObjeto: apurar notícia de prática supostamente compatível com conduta típica de periclitação contra a vida e a saúde e, emtese, atentatória contra medidas do poder público para conter a propagação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a pandemiade COVID-19Data de Instauração: 18/03/2020Interessada: A sociedadeInvestigada: Marilena Mye KomatsuPromotora de Justiça: Ana Paula Canna Brasil Motta

EDITAL Nº 001/2020INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO.Origem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MURITIBA/BA. Área: Educação Objeto: Acompanhar e fiscalizar as medidas a seremadotadas pela rede de Educação dos Municípios de Muritiba e Cabaceiras do Paraguaçu diante da pandemia do coronavírus.Data da Instauração: 18/03/2020. Interessados: Municípios de Muritiba e Cabaceiras do Paraguaçu.Muritiba, 18/03/2020.VICTOR FREITAS LEITE BARROSPromotor de Justiça

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Origem: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃESA 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, por intermédio da Promotora de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 20 da resolução nº 006/2009, alterado pela Resolu-ção n° 001/2013, do Ministério Público do Estado da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar,comunicar a PRORROGAÇÃO pelo prazo de 90 (noventa) dias, do PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR933.9.33054/2019,instaurado para verificação da necessidade de remanejamento escolar do menor J.W.G.C., portador deTranstorno do Especto Autista.

Luís Eduardo Magalhães, 20 de março de 2020Stella Athanazio de Oliveira SantosPromotora de Justiça

Origem: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃESA 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, por intermédio da Promotora de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 20 da resolução nº 006/2009, alterado pela Resolu-ção n° 001/2013, do Ministério Público do Estado da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar,comunicar a PRORROGAÇÃO pelo prazo de um ano, do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 933.0.162455/20169, paraaveriguar se os familiares do idoso Antônio Bernardo de Santana contribuem para a cobertura de suas despesas junto aoabrigo São Francisco e Santa Clara, local onde está abrigado.

Luís Eduardo Magalhães, 20 de março de 2020Stella Athanazio de Oliveira SantosPromotora de Justiça

Origem: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃESA 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, por intermédio da Promotora de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 20 da resolução nº 006/2009, alterado pela Resolu-ção n° 001/2013, do Ministério Público do Estado da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar,comunicar a PRORROGAÇÃO pelo prazo de um ano, do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 933.0.101244/2012, instauradopara acompanhar as condições em que vive o portador de necessidades especiais Marcos Cordeiro da Silva.

Luís Eduardo Magalhães, 20 de março de 2020Stella Athanazio de Oliveira SantosPromotora de Justiça

Origem: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃESA 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, por intermédio da Promotora de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 20 da resolução nº 006/2009, alterado pela Resolu-ção n° 001/2013, do Ministério Público do Estado da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar,comunicar a PRORROGAÇÃO pelo prazo de um ano, do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 933.0.101095/2016, objetivandoa apuração das condições de cuidado dispensadas ao Sr. Franciscos Plácido Oliveira, idoso.Luís Eduardo Magalhães, 20 de março de 2020Stella Athanazio de Oliveira SantosPromotora de Justiça

R E C O M E N D A Ç Ã O 02/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, no uso de suasatribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27, parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993;art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica) e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lheconferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública,bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoçãodas providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde em 11 de março (quarta-feira) caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

Page 10: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 402TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares, especialmente, quando consideradas a nossa realidade (Hospitais e postos desaúdes das cidades de Barra da Estiva, Ibicoara e Iramaia);

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicasdas secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID- 19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia,

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados.

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os arts. 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO aosmunicípios de Barra da Estiva, Ibicoara e Iramaia, nas pessoas de seus Excelentíssimos Prefeitos, Srs. JOÃO MACHADORIBEIRO, HAROLDO AGUIAR e ANTÔNIO CARLOS SILVA BASTOS, e de seus Ilustríssimos Secretários Municipais de Saúdeou a quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena de responsabilização pessoal, em casode negligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1 – Adiem/cancelem, IMEDIATAMENTE, eventos/shows/similares que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial,idosos, ante a possibilidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidasgovernamentais oficiais para evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particula-res, recomendando aos setores competentes da prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para arealização de eventos particulares;

2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID 19,devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida, além de encaminhar, no mesmo prazo, plano de contin-gência elaborado para o caso de eventual epidemia nas cidades de Barra da Estiva, Ibicoara e Iramaia;

Page 11: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 403TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informandoa população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco de letalidadepara a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impedir o contágioindividual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resultaria em caospara o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas às demandas de saúde,em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentos e insumos);

4 – Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

5 – Informe, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos e testes para comprovação do Coronavírus.

Assinala-se o prazo de 10 (dez) dias para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente resposta por escrito e de modofundamentado sobre o atendimento ou não da recomendação.

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Registre-se em livro próprio. Publique-se e encaminhe-se cópia pessoalmente aos destinatários.

Requisito aos excelentíssimos prefeitos municipais de Barra da Estiva, Ibicoara e Iramaia, que encaminhem cópia dapresente recomendação aos Postos de Saúde e PSF´s dos municípios respectivos, ao Conselho Municipal de Saúde e aoConselho Municipal de Defesa do Idoso

Encaminhe cópia para a Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Estado da Bahia para veiculação de matériajornalística com vistas à replicação pelos órgãos de imprensa da região.

Encaminhe-se à coordenação do CESAU, para conhecimento.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos aPromotoria de Justiça de Barra da Estiva à disposição para mais informações e esclarecimentos,ressaltando que todas asrespostas ao quanto requisitado deverão encaminhadas pelo e-mail institucional: [email protected].

Brumado para Barra da Estiva, 19/03/2020.

MARIA SALETE JUED MOYSÉSPromotora de Justiça em substituição

RECOMENDAÇÃO Nº 01/2020Recomenda às entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescentea adoção de condutas de prevenção ao coronavírus.

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Camaçari/BA,através da Promotora de Justiça infrafirmada, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo 129, IX, daConstituição Federal; artigo 75, IV, da Lei Complementar 11/96;artigo 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93; artigo 201, VIII e§§ 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDOque a Constituição Federal incumbiu ao Ministério Público da defesa da ordem jurídica, do regime demo-crático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127), cabendo-lhe zelar pelo efetivo respeito aos direitos egarantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, nostermos dos artigos 129, II, da Constituição Federal e art. 201, VIII e §5º, do ECA;

CONSIDERANDOque a Constituição Federal estabelece:

Art.196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem àredução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção,proteção e recuperação”;

CONSIDERANDO que a Lei Federal nº8.069/90 (ECA), no art. 4º, dispõe ser “dever da família, da comunidade, da sociedadeem geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar ecomunitária”, em consonância com o disposto no art.227, da Carta Magna;

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CONSIDERANDO que “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seusdireitos fundamentais” (art.5º, ECA);

CONSIDERANDOque o Estatuto determina, no seu art. 11, caput, que o Sistema Único de Saúde –SUS –assegurará oatendimento médico à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo acesso universal eigualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde;CONSIDERANDO que, nos termos do art.90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dosdireitos da criança e do adolescente sãoresponsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planeja-mento e execução de programas de proteção e socioeducativos, em regime de:

I-orientação e apoio sociofamiliar;II-apoio socioeducativo em meio aberto;III-colocação familiar;IV-acolhimento institucional;V-prestação de serviços à comunidade;VI-liberdade assistida;VII-semiliberdade;VIII–internação.

CONSIDERANDO queas entidades que desenvolvem programas de internação têm, dentre seus deveres, a obrigação deobservar os direitos e garantias de que são titulares os acolhidos, de oferecer-lhes instalações em condições adequadasde habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e os objetos necessários à higiene pessoal, de oferecer cuidadosmédicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos aos acolhidos, e de comunicar às autoridades competentes todos oscasos de acolhidos portadores de moléstias infectocontagiosas, conforme art.94, incisos I, VII, IX e XVI , da Lei nº8.060/90,havendo sanções fixadas em lei para a hipótese de descumprimento das obrigações (art.97, Lei nº8.060/90);

CONSIDERANDO que, nos termos do art. 94, §1º, da Lei nº 8.069/90, as obrigações referidas anteriormente também seaplicam às entidades que mantêm programas de acolhimento institucional e familiar;

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, denominado como SARS-coV-2,existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados da doença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos,em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 -Ministério da Saúde), havendo casos confirmados noestado da Bahia;

CONSIDERANDOque a Organização Mundialde Saúde –OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional –ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo coronavírus, classifi-cando-o, na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

CONSIDERANDOo quanto disposto na Lei Federal nº 13.979, de 06/02/2020, sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacionaldecorrente do coronavírus;

CONSIDERANDOa declaração emitida pelo Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira,no dia 13/03/2020, durante coletiva de imprensa, recomendando o cancelamento ou adiamento de eventos em locaisfechados com mais de 100 (cem) pessoas, além da adoção de medidas de higienização dos espaços destinados acirculação do público e disponibilização de álcool gel na concentração de 70%, dentre outras ações que reduzam o riscodecontágio do coronavírus (disponível nositedo Ministério da Saúde em www.youtube.com/channel/8Mk03KEkVEY);CONSIDERANDO que dados divulgados pela Secretária Estadual de Saúde, através do “Boletim: NovoCoronavírus (13/03/2020)” (http://www.saude.ba.gov.br/2020/03/13/boletim-novo-coronavirus-13-03-2020/), registram que“Dejaneiro até às 17 horas desta sexta-feira (13), a Bahia registrou 289 casos notificadoscom suspeita clínica de infecçãopelo novo coronavírus, sendo sete confirmados(4 em Feira de Santana e 3 em Salvador)”, ressaltando que “os números sãodinâmicos e na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendopassíveis de reenquadramento na sua classificação” (grifos nossos);

CONSIDERANDO as condutas de distanciamento social recomendadas através da NOTA TÉCNICA DIVEP/SESAB –Coronavírus (COVID -19) Nº03 de 12/03/2020, todas dirigidas às mudanças comportamentais que contribuam para dificul-tara transmissão do SARS-CoV-2 e consequentemente redução da expansão da COVID-19, sendo sugerido o afastamentode locais com aglomerações de pessoas, fator reconhecidamente de risco para a transmissão de viroses;

CONSIDERANDO que a transmissão do coronavírus em humanos ocorre de pessoa-a-pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendoas medidas de prevenção, notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70% , constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal,bem comopela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes parareduzir a capacidade de contágio do coronavírus;

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CONSIDERANDOque todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para aimportância daprevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medida maisefetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

CONSIDERANDO que, ao Ministério Público, é conferido, pelo artigo 129, III, da Constituição Federal, o dever de atuar como objetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos;

CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 –CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020,relacionada à atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de SaúdePública de Importância Nacional para o coronavírus (COVID-19),

RECOMENDA aos dirigentes das entidades responsáveis pela execução da política de atendimento aos direitos da criançae do adolescente no município de Camaçari-BAa adoção das seguintes providências, ressalvadas outras medidas urgen-tes e necessárias ao cumprimento das determinações das autoridades sanitárias acerca de medidas básicas de saúde ehigiene preventivas a propagação da COVID 19:

1 –EM RELAÇÃO ÀS CRIANÇAS, AOS ADOLESCENTES E AOS FUNCIONÁRIOS:

1.1 Que orientem seus acolhidos, usuários e funcionários acerca de medidas básicas de saúde e higiene como:

a)lavar frequentemente as mãos com sabão, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meioambiente e antes de se alimentar;b)se não tiver água e sabão, usar álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível;c)usar lenço descartável para higiene nasal;d)cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;e)evitar tocar nas mucosasdos olhos;f)higienizar as mãos após tossir ou espirrar;g)não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas, canudos, toalhas, talheres, alimentos,maquiagem e protetores labiais, canetas, lapiseiras, borrachas, brinquedos, celulares, etc;h)não colocar os lábios no bico ejetor de água dos bebedouros;

1.2 Que seja imediatamente encaminhado, para atendimento médico, oacolhido/interno/socioeducando ou funcionário comsintomas agravadas de coriza, tosse, dor de garganta, febre e dificuldade respiratória, devendo ser respeitadas as orienta-ções do profissional de saúde, notadamente quanto à necessidade de isolamento da criança ou adolescente em ambienteapropriado, em condições de segurança para si e para os demais usuários do serviço, comunicando, de imediato, à famíliae à autoridade judiciária;

1.3 Que os diagnósticos de acolhidos portadores de moléstias infectocontagiosas sejam imediatamente comunicados àsautoridades competentes;

2-EM RELAÇÃO AO AMBIENTE:

a) Intensifiquem a higienização dos ambientes de uso comum, incluindo maçanetas, torneiras, portas, papel toalha, assimcomo brinquedos, computadores, objetos de uso coletivo;

b)Realizem a desinfecção das mesas e cadeiras, friccionando com pano seco e limpo embebido com álcool 70%, ao finaldo período e/ou a cada troca de turmas;

c)Intensifiquem cuidados com o uso do álcool, especialmente em ambientes com acesso de crianças e adolescentes, pelorisco de ingestão acidental e de queimaduras devido à característica inflamável do produto;

d)Reorientem a equipe de apoio para a intensificação da limpeza dos diferentes materiais e brinquedos utilizados e de usocomum na entidade;

e)Efetivem a limpeza dos equipamentos de ventilação e/ou ar condicionado, mantendo limpos os componentes do sistemade climatização (bandejas, serpentinas, umidificadores, ventiladores e dutos), de forma a evitar a difusão ou multiplicaçãode agentes nocivos à saúde humana e manter a qualidade interna do ar; f)Cumpram, nas hipóteses de unidades quepossuam escolas na sua estrutura física (artigo 1º, §1º, IX), o quanto disposto na Lei Estadual 13.706/2017, que dispõesobre a obrigatoriedade de colocação e disponibilização de equipamentos com álcool em gel por parte de estabelecimentoscomerciais em todo território do Estado da Bahia;

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g) A quantidade de equipamentos de álcool em gel disponibilizados levará em conta a área do estabelecimento, na seguinteproporção:

I -até 70m² (setenta metros quadrados) -01 (um) equipamento;

II -de 71 a 150m² (setenta e um a cento e cinquenta metros quadrados) -02 (dois) equipamentos;

III -acima de 150m² (cento e cinquenta metros quadrados) -a quantidade prevista no inciso II do § 2º deste artigo e mais 01(um) equipamento a cada 70m² (setenta metros quadrados) de área.

3 -EM RELAÇÃO AOS BEBEDOUROS:

a)Realizem desinfecção do equipamento com álcool 70%, frequentemente e, preferencialmente, disponibilizem coposdescartáveis junto ao bebedouro ou forneçam para as crianças e adolescentes copo/garrafa plástica para uso individual;

b)Quando existirem dois bicos ejetores de água no bebedouro, recomenda-se inviabilizar o uso do bico ejetor pequeno,deixando em uso apenas o grande curvo, e colocar orientações de uso fixadas na parede,em frente ao bebedouro;

4 -EM RELAÇÃO AOS PARENTES OU PADRINHOS DOS ACOLHIDOS:

a) Tendo em vista a gravidade da disseminação da doença CONVID-19, seja comunicado, aos pais ou responsáveis, aeventual necessidade de mudança na forma e quantitativo das visitas respectivas, ficando cada unidade mencionada coma incumbência de analisar e decidir, observadas suas características e público-alvo, quais modificações deverão serimplementadas para a garantia da dignidade dos educandos bem como a saúde física e mental deles;

b)Caso ocorra alguma modificação, deverá ser esta 3ª PJ informada, bem como a Vara da Infância e Juventude;

c) Deverá a entidade orientar os pais, demais parentes e padrinhos para:

c.1)não realizarem visitas nas entidades de atendimento no caso de apresentarem sintomas de viroses, ainda que penden-te diagnóstico para COVID-19, respeitando o ambiente;

c.2) comunicarem, de imediato, à direção da entidade caso tenham regressado, sozinho e/ou em companhia da criança/adolescente, de viagem internacional ou de viagem nacional a áreas com transmissão comunitária de coronavírus;d) Nahipótese de resistência dos pais, parentes e/ou padrinhos ao cumprimento das medidas de cuidado e prevenção indicadasanteriormente, e, sendo identificado, pela equipe da entidade, situação de risco decorrente da permanência da visita, deverácomunicar o fato imediatamente à Vara da Infância e Juventude, solicitando a imposição judicial de restrição de visita, ematenção ao disposto no art. 92, §4º, do Estatuto da Criançae do Adolescente;

5 -EM RELAÇÃO AO CONVÍVIO SOCIAL E AGLOMERAÇÕES:

a)Que as entidades abstenham-se de realizar ou promover atividades que resultem em aglomeração de pessoas, comofestas, mostras de arte, teatro, passeios e outros, com o fim de resguardar a saúde coletiva.

b)Que, quando necessário, seja feito um escalonamento nos horários de refeições, diminuindo-se, ao máximo, a aglome-ração nos refeitórios ou outros locais da entidade, sem prejuízo de outras iniciativas pertinentes;

c)Que a eventual adoção de medidas gerais de restrição de visitas e saídas na entidade, com a finalidade de resguardar asaúde pública, seja devidamente fundamentada e, ainda, com lastro nas orientações das autoridades sanitárias competen-tes, devendo a decisão serimediatamente comunicada à autoridade judicial, em respeito aos princípios norteadores dasentidades de, notadamente, preservação de vínculos familiares e de participação na vida da comunidade local (art.92,incisos I, VII, IX, ECA).

Expeça-se notificação à Direção da FUNDAC e aos dirigentes das entidades de acolhimento institucional ou familiar destaComarca, à CASE Irmã Dulce, às Aldeias SOS, ao CREAS e à Coordenação dos CRAS, como destinatários da presenteRECOMENDAÇÃO, para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,-exiguidade que se justifica pela urgência decorrente dacrescente disseminação do coronavírus, comunicar, a esta 3ª PJ, as medidas adotadas para cumprimento das açõesrecomendadas, juntamente com documentos hábeis a comprovar a adoção de providências, a fim de instruir o procedimen-to instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça.

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Remeta-se cópia da presente Recomendação à Secretaria Municipal de Saúde, à Secretaria Municipal de DesenvolvimentoSocial, ao Exmo. Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude, ao CMDCA, aos Conselhos Tutelares de Camaçari e aoCentro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Estado da Bahia, para ciência.

Remeta-se à Secretaria-Geral do Ministério Público para publicação da presente no Diário Oficial.

Registre-se no IDEA.

Camaçari/BA, 19 de março de 2020.

CarlaAndradeBarretoVallePromotora de Justiça

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO-ORIGEM- 3º Promotoria de Justiça de Ilhéus

IDEA Nº 001.9. 47999/2020Subárea: SaúdeOrigem: 3ª Promotoria de Justiça de IlhéusObjeto: acompanhar e fiscalizar as políticas públicas relativas ao enfrentamento do coronavírus no Município de Ilhéus, noEstado da BahiaData de Instauração: 20/03/2020Interessado: A SociedadePEDRO NOGUEIRA COELHOPromotor de Justiça

COMUNICADOTendo em vista o tero da Portaria 0538/2020, oriundo da Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça, informamos que aPromotoria de Justiça de Jacaraci estará em regime de teletrabalho, nos termos do artigo 3º, § 2 e 3º da referida Portaria, tãosomente para atendimento telefônico (73) 3281-4050 (73) 3281-6004 e (73) 3261-4645, eletrônico ([email protected])e demais providências administrativas necessárias.De Eunápolis para Jacaraci – Bahia 18 de março de 2020ALEX BEZERRA BACELARPromotor de Justiça Titular da 5ª PJ de EunápolisPromotor de Justiça Substituto de Jacaraci

INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICOOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE PRADOInquérito Civil nº 234.9.35565/2020Objeto: Apurar a existência de irregularidades em Casa de Acolhimento de menores situada na Comarca de Prado/BA, bemassim eventual omissão dos Municípios de Prado/BA e Alcobaça/BA no tocante à efetivação dos Direitos das Crianças e dosAdolescentes.Data de Instauração: 03.03.2020.Investigado(s): Associação lar Mãe Tildes, Município de Prado e Município de Alcobaça.

Prado/BA, 03 de março de 2020.

Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE PRADOProcedimento Administrativo nº 234.9.36496/2020Objeto: Apurar a existência de abandono, maus tratos e negligência da genitora Lucinéia Rocha Anunciação dos Santos emrelação aos filhos A.V.A.P. dos S. e P.H.R da S.Data da Instauração: 03.03.2020

Prado/BA, 03 de março de 2020.

Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

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INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE PRADOProcedimento Administrativo nº 234.9.36640/2020Objeto: Apurar a existência de abandono e negligência dos genitores Leandro Soares de Azevedo e Daiane Conceição daSilva Azevedo em relação ao filho E. da S. A.Data da Instauração: 04.03.2020

Prado/BA, 04 de março de 2020.

Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVILOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE PRADOPortaria nº 001/2020Procedimento Preparatório de Inquérito Civil nº 234.9.34564/2020Objeto: Apurar a existência de irregularidades na prestação do serviço público de fornecimento de água potável e de sane-amento básico na cidade de Prado/BA.Data da Instauração: 02.03.2020

Prado/BA, 02 de março de 2020.

Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE PRADOProcedimento Administrativo nº 234.9.43973/2020Objeto: Apurar a existência de abandono e negligência dos genitores Carla Oliveira Gomes e pai não identificado em relaçãoao filho K.O.G.Data da Instauração: 13.03.2020

Prado/BA, 13 de março de 2020.

Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

COMUNICAÇÃO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE CONCLUSÃO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO

A Promotoria de Justiça da Comarca de Prado, através de seu Promotor de Justiça Substituto, VICENTE AUGUSTO FONSE-CA DE SOUZA BARROS, no uso de suas atribuições legais, diante da necessidade urgente da realização de algumasdiligências investigativas, sobretudo porque chegou-se fatos novos ao conhecimento deste Promotor, determina a PROR-ROGAÇÃO, por mais 01 (um) ano, do prazo de conclusão do Inquérito Civil Público nº 234.9.66274/2018.

Prado/BA, 16 de março de 2020.Vicente Augusto Fonseca de Souza BarrosPromotor de Justiça Substituto

Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus-BAÁrea: PATRIMÔNIO PÚBLICO E MORALIDADE ADMINISTRATIVAProcedimento Administrativo (PA) nº 600.9.48073/2020Objeto: Acompanhamento e fiscalização das contratações públicas realizadas pelo Município de Santo Antônio de Jesus-Bahia, relacionadas ao enfrentamento do Conoravírus, no âmbito da proteção ao patrimônio público e da moralidadeadministrativa.Data de Instauração: 20/03/2020Representado: Município de Santo Antônio de Jesus

Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus-BAÁrea: PATRIMÔNIO PÚBLICO E MORALIDADE ADMINISTRATIVAProcedimento Administrativo (PA) nº 600.9.48073/2020Objeto: Acompanhamento e fiscalização das contratações públicas realizadas pelo Município de Santo Antônio de Jesus-Bahia, relacionadas ao enfrentamento do Conoravírus, no âmbito da proteção ao patrimônio público e da moralidadeadministrativa.Data de Instauração: 20/03/2020Representado: Município de Santo Antônio de Jesus

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RECOMENDAÇÃO Nº 01/2020Recomenda às entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescentea adoção de condutas de prevenção ao coronavírus.

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Camaçari/BA,através da Promotora de Justiça infrafirmada, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo 129, IX, daConstituição Federal; artigo 75, IV, da Lei Complementar 11/96;artigo 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93; artigo 201, VIII e§§ 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDOque a Constituição Federal incumbiu ao Ministério Público da defesa da ordem jurídica, do regime demo-crático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127), cabendo-lhe zelar pelo efetivo respeito aos direitos egarantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, nostermos dos artigos 129, II, da Constituição Federal e art. 201, VIII e §5º, do ECA;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece:Art.196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem àredução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção,proteção e recuperação”;

CONSIDERANDO que a Lei Federal nº8.069/90 (ECA), no art. 4º, dispõe ser “dever da família, da comunidade, da sociedadeem geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar ecomunitária”, em consonância com o disposto no art.227, da Carta Magna;

CONSIDERANDO que “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seusdireitos fundamentais” (art.5º, ECA);

CONSIDERANDO que o Estatuto determina, no seu art. 11, caput, que o Sistema Único de Saúde –SUS –assegurará oatendimento médico à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo acesso universal eigualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde;CONSIDERANDO que, nos termos do art.90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dosdireitos da criança e do adolescente sãoresponsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planeja-mento e execução de programas de proteção e socioeducativos, em regime de:

I-orientação e apoio sociofamiliar;II-apoio socioeducativo em meio aberto;III-colocação familiar;IV-acolhimento institucional;V-prestação de serviços à comunidade;VI-liberdade assistida;VII-semiliberdade;VIII–internação.

CONSIDERANDO que as entidades que desenvolvem programas de internação têm, dentre seus deveres, a obrigação deobservar os direitos e garantias de que são titulares os acolhidos, de oferecer-lhes instalações em condições adequadasde habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e os objetos necessários à higiene pessoal, de oferecer cuidadosmédicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos aos acolhidos, e de comunicar às autoridades competentes todos oscasos de acolhidos portadores de moléstias infectocontagiosas, conforme art.94, incisos I, VII, IX e XVI , da Lei nº8.060/90,havendo sanções fixadas em lei para a hipótese de descumprimento das obrigações (art.97, Lei nº8.060/90);

CONSIDERANDO que, nos termos do art. 94, §1º, da Lei nº 8.069/90, as obrigações referidas anteriormente também seaplicam às entidades que mantêm programas de acolhimento institucional e familiar;

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, denominado como SARS-coV-2,existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados da doença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos,em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 -Ministério da Saúde), havendo casos confirmados noestado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde –OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional –ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo coronavírus, classifi-cando-o, na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

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CONSIDERANDOo quanto disposto na Lei Federal nº 13.979, de 06/02/2020, sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;

CONSIDERANDOa declaração emitida pelo Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira,no dia 13/03/2020, durante coletiva de imprensa, recomendando o cancelamento ou adiamento de eventos em locaisfechados com mais de 100 (cem) pessoas, além da adoção de medidas de higienização dos espaços destinados acirculação do público e disponibilização de álcool gel na concentração de 70%, dentre outras ações que reduzam o riscodecontágio do coronavírus (disponível nositedo Ministério da Saúde em www.youtube.com/channel/8Mk03KEkVEY);CONSIDERANDO que dados divulgados pela Secretária Estadual de Saúde, através do “Boletim: NovoCoronavírus (13/03/2020)” (http://www.saude.ba.gov.br/2020/03/13/boletim-novo-coronavirus-13-03-2020/), registramque“Dejaneiro até às 17 horas desta sexta-feira (13), a Bahia registrou 289 casos notificadoscom suspeita clínica deinfecção pelo novo coronavírus, sendo sete confirmados(4 em Feira de Santana e 3 em Salvador)”, ressaltando que “osnúmeros são dinâmicos e na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados,sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação” (grifos nossos);

CONSIDERANDO as condutas de distanciamento social recomendadas através da NOTA TÉCNICA DIVEP/SESAB –Coronavírus (COVID -19) Nº03 de 12/03/2020, todas dirigidas às mudanças comportamentais que contribuam para dificul-tara transmissão do SARS-CoV-2 e consequentemente redução da expansão da COVID-19, sendo sugerido o afastamentode locais com aglomerações de pessoas, fator reconhecidamente de risco para a transmissão de viroses;

CONSIDERANDO que a transmissão do coronavírus em humanos ocorre de pessoa-a-pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendoas medidas de prevenção, notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70% , constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal,bem comopela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes parareduzir a capacidade de contágio do coronavírus;

CONSIDERANDOque todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para aimportância daprevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medida maisefetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

CONSIDERANDO que, ao Ministério Público, é conferido, pelo artigo 129, III, da Constituição Federal, o dever de atuar como objetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos;

CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 –CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020,relacionada à atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de SaúdePública de Importância Nacional para o coronavírus (COVID-19),

RECOMENDAaos dirigentes dasentidades responsáveis pela execução da política de atendimento aos direitos da criançae do adolescente no município de Camaçari-BAa adoção das seguintes providências, ressalvadas outras medidas urgen-tes e necessárias ao cumprimento das determinações das autoridades sanitárias acerca de medidas básicas de saúde ehigiene preventivas a propagação da COVID 19:

1 –EM RELAÇÃO ÀS CRIANÇAS, AOS ADOLESCENTES E AOS FUNCIONÁRIOS:1.1 Que orientem seus acolhidos, usuários e funcionários acerca de medidas básicas de saúde e higiene como:a)lavar frequentemente as mãos com sabão, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meioambiente e antes de se alimentar;b)se não tiver água e sabão, usar álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível;c)usar lenço descartável para higiene nasal;d)cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;e)evitar tocar nas mucosasdos olhos;f)higienizar as mãos após tossir ou espirrar;g)não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas, canudos, toalhas, talheres, alimentos,maquiagem e protetores labiais, canetas, lapiseiras, borrachas, brinquedos, celulares, etc;h)não colocar os lábios no bico ejetor de água dos bebedouros;

1.2 Que seja imediatamente encaminhado, para atendimento médico, oacolhido/interno/socioeducando ou funcionário comsintomas agravadas de coriza, tosse, dor de garganta, febre e dificuldade respiratória, devendo ser respeitadas as orienta-ções do profissional de saúde, notadamente quanto à necessidade de isolamento da criança ou adolescente em ambienteapropriado, em condições de segurança para si e para os demais usuários do serviço, comunicando, de imediato, à famíliae à autoridade judiciária;1.3 Que os diagnósticos de acolhidos portadores de moléstias infectocontagiosas sejam imediatamente comunicados àsautoridades competentes;

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2-EM RELAÇÃO AO AMBIENTE:a) Intensifiquem a higienização dos ambientes de uso comum, incluindo maçanetas, torneiras, portas, papel toalha, assimcomo brinquedos, computadores, objetos de uso coletivo;b)Realizem a desinfecção das mesas e cadeiras, friccionando com pano seco e limpo embebido com álcool 70%, ao finaldo período e/ou a cada troca de turmas;c)Intensifiquem cuidados com o uso do álcool, especialmente em ambientes com acesso de crianças e adolescentes, pelorisco de ingestão acidental e de queimaduras devido à característica inflamável do produto;d)Reorientem a equipe de apoio para a intensificação da limpeza dos diferentes materiais e brinquedos utilizados e de usocomum na entidade;e)Efetivem a limpeza dos equipamentos de ventilação e/ou ar condicionado, mantendo limpos os componentes do sistemade climatização (bandejas, serpentinas, umidificadores, ventiladores e dutos), de forma a evitar a difusão ou multiplicaçãode agentes nocivos à saúde humana e manter a qualidade interna do ar; f)Cumpram, nas hipóteses de unidades quepossuam escolas na sua estrutura física (artigo 1º, §1º, IX), o quanto disposto na Lei Estadual 13.706/2017, que dispõesobre a obrigatoriedade de colocação e disponibilização de equipamentos com álcool em gel por parte de estabelecimentoscomerciais em todo território do Estado da Bahia;g) A quantidade de equipamentos de álcool em gel disponibilizados levará em conta a área do estabelecimento, na seguinteproporção:I -até 70m² (setenta metros quadrados) -01 (um) equipamento;II -de 71 a 150m² (setenta e um a cento e cinquenta metros quadrados) -02 (dois) equipamentos;III -acima de 150m² (cento e cinquenta metros quadrados) -a quantidade prevista no inciso II do § 2º deste artigo e mais 01(um) equipamento a cada 70m² (setenta metros quadrados) de área.

3 -EM RELAÇÃO AOS BEBEDOUROS:a)Realizem desinfecção do equipamento com álcool 70%, frequentemente e, preferencialmente, disponibilizem coposdescartáveis junto ao bebedouro ou forneçam para as crianças e adolescentes copo/garrafa plástica para uso individual;b)Quando existirem dois bicos ejetores de água no bebedouro, recomenda-se inviabilizar o uso do bico ejetor pequeno,deixando em uso apenas o grande curvo, e colocar orientações de uso fixadas na parede,em frente ao bebedouro;

4 -EM RELAÇÃO AOS PARENTES OU PADRINHOS DOS ACOLHIDOS:

a) Tendo em vista a gravidade da disseminação da doença CONVID-19, seja comunicado, aos pais ou responsáveis, aeventual necessidade de mudança na forma e quantitativo das visitas respectivas, ficando cada unidade mencionada coma incumbência de analisar e decidir, observadas suas características e público-alvo, quais modificações deverão serimplementadas para a garantia da dignidade dos educandos bem como a saúde física e mental deles;b)Caso ocorra alguma modificação, deverá ser esta 3ª PJ informada, bem como a Vara da Infância e Juventude;c) Deverá a entidade orientar os pais, demais parentes e padrinhos para:c.1)não realizarem visitas nas entidades de atendimento no caso de apresentarem sintomas de viroses, ainda que penden-te diagnóstico para COVID-19, respeitando o ambiente;c.2) comunicarem, de imediato, à direção da entidade caso tenham regressado, sozinho e/ou em companhia da criança/adolescente, de viagem internacional ou de viagem nacional a áreas com transmissão comunitária de coronavírus;d) Nahipótese de resistência dos pais, parentes e/ou padrinhos ao cumprimento das medidas de cuidado e prevenção indicadasanteriormente, e, sendo identificado, pela equipe da entidade, situação de risco decorrente da permanência da visita, deverácomunicar o fato imediatamente à Vara da Infância e Juventude, solicitando a imposição judicial de restrição de visita, ematenção ao disposto no art. 92, §4º, do Estatuto da Criançae do Adolescente;

5 -EM RELAÇÃO AO CONVÍVIO SOCIAL E AGLOMERAÇÕES:a)Que as entidades abstenham-se de realizar ou promover atividades que resultem em aglomeração de pessoas, comofestas, mostras de arte, teatro, passeios e outros, com o fim de resguardar a saúde coletiva.b)Que, quando necessário, seja feito um escalonamento nos horários de refeições, diminuindo-se, ao máximo, a aglome-ração nos refeitórios ou outros locais da entidade, sem prejuízo de outras iniciativas pertinentes;c)Que a eventual adoção de medidas gerais de restrição de visitas e saídas na entidade, com a finalidade de resguardar asaúde pública, seja devidamente fundamentada e, ainda, com lastro nas orientações das autoridades sanitárias competen-tes, devendo a decisão serimediatamente comunicada à autoridade judicial, em respeito aos princípios norteadores dasentidades de, notadamente, preservação de vínculos familiares e de participação na vida da comunidade local (art.92,incisos I, VII, IX, ECA).

Expeça-se notificação à Direção da FUNDAC e aos dirigentes das entidades de acolhimento institucional ou familiar destaComarca, à CASE Irmã Dulce, às Aldeias SOS, ao CREAS e à Coordenação dos CRAS, como destinatários da presenteRECOMENDAÇÃO, para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,-exiguidade que se justifica pela urgência decorrente dacrescente disseminação do coronavírus, comunicar, a esta 3ª PJ, as medidas adotadas para cumprimento das açõesrecomendadas, juntamente com documentos hábeis a comprovar a adoção de providências, a fim de instruir o procedimen-to instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça.

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Remeta-se cópia da presente Recomendação à Secretaria Municipal de Saúde, à Secretaria Municipal de DesenvolvimentoSocial, ao Exmo. Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude, ao CMDCA, aos Conselhos Tutelares de Camaçari e aoCentro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Estado da Bahia, para ciência.

Remeta-se à Secretaria-Geral do Ministério Público para publicação da presente no Diário Oficial.

Registre-se no IDEA.

Camaçari/BA, 19 de março de 2020.

CarlaAndradeBarretoVallePromotora de Justiça

Origem: 02ª Promotoria de Justiça de TucanoAssunto: Criança e adolescenteProcedimento Administrativo nº IDEA: 334.9.47863/2020Objeto: Acompanhar as medidas adotadas no que se refere à proteção das crianças e adolescentes na garantia ao acessoe efetivo Direito à Saúde noMunicípio de Tucano-BA, notadamente no que se refere aos riscos de contágio do novo coronavíruse eventuais outras sequelas desse contágio.Data de Instauração: 19/03/2020

EDITAL Nº 01/2020INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOOrigem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MUCURI.IDEA nº 185.9.48075/2020.Área: Saúde PúblicaObjeto: Acompanhar a implementação e o andamento das ações de prevenção e contingenciamento para avanço doCoronavírus no Município de Mucuri.Autor: Ministério Público do Estado da BahiaFiscalizado: Secretaria de Saúde do Município de Mucuri.

EDITAIS DE PUBLICAÇÃO DPJORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RUY BARBOSAÁrea: ConsumidorProcedimento Administrativo Preliminar: nº 694.9.47898/2020Objeto: Acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado deconsumo, durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19.Data de Instauração: 19/03/2020.Interessados: A coletividade e o Município de Ruy Barbosa-BA.

ORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RUY BARBOSAÁrea: ConsumidorProcedimento Administrativo Preliminar: nº 694.9.47900/2020Objeto: Acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado deconsumo, durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19.Data de Instauração: 19/03/2020.Interessados: A coletividade e o Município de Lajedinho-BA.ORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RUY BARBOSAÁrea: ConsumidorProcedimento Administrativo Preliminar: nº 694.9.47902/2020Objeto: Acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado deconsumo, durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19.Data de Instauração: 19/03/2020.Interessados: A coletividade e o Município de Macajuba-BA.

ORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RUY BARBOSAÁrea: ConsumidorProcedimento Administrativo Preliminar: nº 694.9.47903/2020Objeto: Acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado deconsumo, durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19.Data de Instauração: 19/03/2020.Interessados: A coletividade e o Município de Ibiquera-BA.

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RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 01/2020IDEA Nº 322.9.47682/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Tanque Novo, paraque adotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Page 22: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 414TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected]ão os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Tanque Novo/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça em Substituição

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 02/2020IDEA Nº 322.9.47683/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Botuporã, para queadotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.

Page 23: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 415TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected]ão os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Botuporã/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça em Substituição

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 03/2020IDEA Nº 322.9.47682/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

Page 24: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 416TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Tanque Novo, para que adotem asmedidas de orientação abaixo expostas:

1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmis-são e consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços,quando cabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outrapara o município e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidadede excepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição adminis-trativa de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valoresnormalmente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designa-ção individualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected]ão os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Tanque Novo/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça em Substituição

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 04/2020IDEA Nº 322.9.47682/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

Page 25: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 417TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Botuporã, para que adotem as medidasde orientação abaixo expostas:

1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmis-são e consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços,quando cabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outrapara o município e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidadede excepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição adminis-trativa de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valoresnormalmente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designa-ção individualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Botuporã/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça em Substituição

Page 26: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 418TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

ORIGEM: 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JACOBINAÁREA: INFÂNCIA E JUVENTUDEDATA DA INSTAURAÇÃO: 20/03/2020ORIGEM: Portaria de InstauraçãoProcedimento Administrativo – IDEA 702.9.48100/2020Objeto: Procedimento administrativo instaurado para acompanhar as medidas adotadas no que se refere à proteção dascrianças e adolescentes na garantia e efetivo direito à saúde no município de Jacobina, notadamente no que se refere aosriscos de contágio do novo coronavírus e eventuais outras sequelas desse contágio.INTERESSADOS: CASA DE CONVIVÊNCIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CONSTRUINDO O AMANHÃ E A SOCIEDADE

Origem: 01ª Promotoria de Justiça de TucanoAssunto: SaúdeProcedimento Administrativo nº IDEA: 334.9.47873/2020Objeto: Acompanhar as medidas e adotadas pelo Município de Tucano - BA, para prevenir a propagação do coronavírus epreparar os sistemas de saúde locais para o seu enfrentamento.Data de Instauração: 19/03/2020

Área: MEIO AMBIENTE

A 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS, por intermédio do Promotor de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 8º, inciso I, da Resolução n° 174/2017 do CNMP, vempor meio deste Edital, a todos quantos possa interessar, comunicar a INSTAURAÇÃO do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOnº. 600.9.45826/2020, a fim de acompanhar o cumprimento das cláusulas do termo de ajustamento de conduta celebradonos Inquéritos Civis tombados sob os nº 600.9.130116/2018 e nº 600.9.9267/2018.

Santo Antônio de Jesus, 20 de março de 2020.JulimarBarretoFerreiraPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 01/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

Page 27: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 419TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Caculé, para queadotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereç[email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

Caculé/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 02/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

Page 28: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 420TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Ibiassucê, para queadotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereç[email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Ibiassucê/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 03/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

Page 29: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 421TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Guajeru, para queadotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereç[email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Guajeru/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

Page 30: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 422TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 04/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia), art. 201, VIII e § § 2º e 5º, “c”, do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que o novo Coronavírus (COVID-19, CID 10: B34.2) é uma doença viral, altamente contagiosa, que provo-ca, inicialmente, sintomas de resfriado, podendo causar manifestações graves como a Síndrome Respiratória Aguda Gravee Síndrome Respiratória do Oriente Médio;

CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação como “emergência de saúdepública de importância internacional” e declarou na quarta-feira passada (11) a pandemia de Covid-19;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou “emergên-cia em saúde pública de importância nacional”, em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, tendo-se em vistaque a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;

CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana peloCoronavírus COVID-19, situando o Brasil, no momento, no nível de reposta 3: “emergência em saúde pública de importâncianacional (ESPIN)”;

CONSIDERANDO que os Estados e municípios vêm elaborando seus planos de contingência locais, estabelecendo asuspensão das aulas, na rede municipal de ensino;

CONSIDERANDO que é direito social constitucionalmente previsto no art. 6º o direito à alimentação adequada;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adoles-cente, com absoluta prioridade, direitos fundamentais, assegurando-lhe primazia em receber proteção e socorro, precedên-cia no atendimento nos serviços públicos, preferência na formulação de políticas e destinação privilegiada de recursos parasua proteção;

CONSIDERANDO que é de conhecimento público e notório que a merenda escolar é essencial aos alunos, configurando aprincipal refeição para parcela dos discentes e que ficará prejudicada durante suspensão das aulas;

CONSIDERANDO o disposto no art. 127, da Constituição Federal da República, que dispõe que “o Ministério Público éinstituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão, Educação e Assistência Social, bem como ao Prefeito Municipal de Rio do Antônio, paraque adotem as medidas de orientação abaixo expostas:

I. Que seja fornecida alimentação a todos os alunos que dela necessitem, durante o período de suspensão das aulas, emespecial àqueles pertencentes às famílias:a) cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal; oub) cuja renda seja inferior a 2 (dois) salários mínimos nacionais vigentes.II. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horáriosde retirada;III. Que seja vedada a venda ou a destinação para finalidade diferenciada dos bens ofertados.IV. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitemtenham conhecimento de tal benefício;V. Que a Secretaria Municipal de Educação realize o controle efetivo da alimentação devidamente entregue, no qual deveráconstar o dia, local e aluno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento.VI. Que, em relação aos alimentos perecíveis que excederem àqueles distribuídos, sejam eles entregues às famílias dosestudantes de baixa renda que residam no entorno da Instituição de Ensino;VII. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente político, sob pena de reconhecimento de práticade ato de improbidade administrativa, tipificado no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992.

Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação dos direitos das crianças e adolescentesem relação ao direito à alimentação adequada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Page 31: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 423TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Rio do Antônio/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 05/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Caculé, para que adotem as medidas deorientação abaixo expostas:

Page 32: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 424TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmissãoe consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços, quandocabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outra para omunicípio e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidade deexcepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição administra-tiva de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valores normal-mente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designaçãoindividualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

Caculé/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 06/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

Page 33: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 425TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Caculé, para que adotem as medidas deorientação abaixo expostas:

1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmissãoe consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços, quandocabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outra para omunicípio e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidade deexcepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição administra-tiva de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valores normal-mente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designaçãoindividualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected].

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Ibiassucê/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

Page 34: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 426TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 07/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nosarts. 127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado daBahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Guajeru, para que adotem as medidas deorientação abaixo expostas:

1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmissãoe consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços, quandocabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outra para omunicípio e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidade deexcepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição administra-tiva de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valores normal-mente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designaçãoindividualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.

Page 35: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 427TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.

Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected]ão os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Guajeru/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 08/2020IDEA Nº 036.9.47100/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por sua Promotora de Justiça, no exercício das atribuições previstas nos arts.127, caput, e 129, incisos II, VI e IX, da Constituição Federal; art. 26, incisos I e II, da Lei n. 8.625/1933 (Lei Orgânica Nacional doMinistério Público), art. 75, IV, da Lei Complementar 11/96 (Lei Orgânica do Ministério Público do Estado da Bahia),

CONSIDERANDO, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos Interes-ses Sociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

CONSIDERANDO a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavírus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

CONSIDERANDO a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

CONSIDERANDO a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nostermos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito daAdministração Pública vinculados à prevenção e erradicação do coronavírus (SARS coV-2)

CONSIDERANDO que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

CONSIDERANDO que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

CONSIDERANDO que, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistemade controle formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no§ 2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contrataçõesdiretas realizadas com fundamento naquele diploma legal;

CONSIDERANDO que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive obser-vando a viabilidade de adesão às atas de outros entes;

CONSIDERANDO que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilizaçãocoativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitantee indenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

CONSIDERANDO que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “paraatendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamida-de pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presenteRECOMENDAÇÃO, aosSecretários Municipais de Gestão e de Saúde, bem como ao Prefeito Municipal de Rio do Antônio, para que adotem asmedidas de orientação abaixo expostas:

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1. Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmissãoe consequências do vírus novel coronavírus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços, quandocabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.2. Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.3. Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outra para omunicípio e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidade deexcepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição administra-tiva de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valores normal-mente praticados pelo mercado.4. Adotem as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designaçãoindividualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.5. Promovam a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.Alerta-se, desde logo, que eventual descumprimento da presente recomendação importará na tomada das medidas admi-nistrativas e judiciais cabíveis, inclusive no sentido de apuração de responsabilidades civil, administrativa e criminal dosagentes públicos, que, por ação ou omissão, violarem ou permitirem a violação das regras atinentes às contrataçõespúblicas e à moralidade, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, no prazo de 5(cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica, por inter-médio do endereço [email protected]ão os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.

Publique-se. Notifique-se.

De Caculé para Rio do Antônio/Bahia, 19 de março de 2020.

Fernanda Lima CunhaPromotora de Justiça

Origem: 3ª Promotoria de Justiça de Dias D’ÁvilaInstauração de Procedimento AdministrativoData da Instauração: 19/03/2020IDEA n.º: 111.9.48043/2020Objeto: O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através da Promotora de Justiça no exercício das atribuições que lhesão conferidas pelos arts. 17, caput, e 129, II e VI, da Constituição Federal; pelo art. 201, VI e VII, do Estatuto a criança e doadolescente (Lei nº 8.069/90); pelo art. 26, I, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei nº 8.625/93); pelo art. 73, I,da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado da Bahia (Lei Complementar Estadual nº 11/96), RESOLVE instaurarPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com o objetivo de, nos termos do art. 8º da Resolução nº 174/2017, do ConselhoNacional do Ministério Público, acompanhar as medidas adotadas no que se refere a proteção e a garantia ao acesso eefetivo direito à saúde no Município de Dias d’Ávila, notadamente no que se refere aos riscos de contágio do novo Coronavíruse eventuais outras sequelas desse contágio e como adoção de todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis no caso.Lara Ferrari FonsecaPromotora de Justiça

INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIBEIRA DO POMBAL/BAÁREA: ConsumidorCLASSE: Procedimento AdministrativoPORTARIA N.º: 04/2020IDEA N.º: 249.9.48126/2020ASSUNTO: Acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercadode consumo, durante a pandemia causada pelo Coronavírus (COVID19), previstas no art. 39 do CDC, especialmente, no quepertine a recusa ao atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque,bem como na exigência do consumidor de vantagem manifestamente excessiva e na elevação, sem justa causa, do preçode bens de consumo de primeira necessidade, a exemplo de água mineral, dos alimentos, combustíveis, medicamentos,álcool e máscaras cirúrgicas descartáveis, além dos produtos saneantes domissanitários, nos municípios de Ribeira doPombal-BA e Banzaê-BA.REPRESENTANTE: Inexistente.REPRESENTADOS: Município de Ribeira do Pombal/BA e Município de Banzaê/BA.DATA DE INSTAURAÇÃO: 20/03/2020.ALAN CEDRAZ CARNEIRO SANTIAGOPromotor de Justiça

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Origem: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITALÁREA: CIDADANIACOMUNICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOA 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITAL, por intermédio da Promotora de Justiça que esta subscreve,no uso de suas atribuições legais, em conformidade com o disposto no art.10, §§1º e 3º, da Resolução CNMP nº 23/2007,bem como no art. 26, §§1º e 5º, ambos da Resolução nº 006/2009 – Colégio de Procuradores de Justiça do Estado da Bahia,COMUNICA, A QUEM POSSA INTERESSAR, O ARQUIVAMENTO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 003.9.235450/2019.Salvador, 20 de março de 2020Railda Rodrigues Suzartpromotora de Justiça

Origem: 14ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITALÁREA: CIDADANIACOMUNICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOA 14ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITAL, por intermédio do Promotor de Justiça que esta subscreve,no uso de suas atribuições legais, em conformidade com o disposto no art.10, §§1º e 3º, da Resolução CNMP nº 23/2007,bem como no art. 26, §§1º e 5º, ambos da Resolução nº 006/2009 – Colégio de Procuradores de Justiça do Estado da Bahia,COMUNICA, A QUEM POSSA INTERESSAR, O ARQUIVAMENTO DO S PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 003.9.152609/2019, 003.9.202560/2019.Salvador, 20 de março de 2020Ulisses Campos de AraújoPromotor de Justiça

Origem: 16ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITALÁREA: CIDADANIACOMUNICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOA 16ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA CIDADANIA DESTA CAPITAL, por intermédio da Promotor de Justiça que esta subscreve,no uso de suas atribuições legais, em conformidade com o disposto no art.10, §§1º e 3º, da Resolução CNMP nº 23/2007,bem como no art. 26, §§1º e 5º, ambos da Resolução nº 006/2009 – Colégio de Procuradores de Justiça do Estado da Bahia,COMUNICA, A QUEM POSSA INTERESSAR, O ARQUIVAMENTO DO S PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 003.9.18876/2020, 003.9.111220/2018.Salvador, 20 de março de 2020Valmiro Santos MacedoPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Paulo Afonso, visando ao acompa-nhamento das ações de enfrentamento do Coronavírus (COVID-19), doença provocada pelo referido agente etiológico, noEstado da Bahia, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo 129, IX, da Constituição Federal; artigo 75, IV,da Lei Complementar da Bahia n.11/96 e artigo 6º, XX, da Lei Federal Complementar nº 75/93;

CONSIDERANDO a RECOMENDAÇÃO Nº 002/2020 – GPGJ, publicada no DJO em 19 de março de 2020, às Promotorias deJustiça com atribuição correlacionada a cada temática (Saúde Pública, Educação, Infância e Juventude, Direitos Humanos,Segurança Pública, Consumidor, Improbidade Administrativa e Criminal), nas Promotorias de Justiça onde houver reparti-ção de atribuições funcionais, e às Promotorias de Justiça de atribuição plena, a abertura de Procedimento Administrativo,nos termos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, as políticaspúblicas e a atuação dos gestores municipais e estaduais no que diz respeito ao atendimento de orientações, com oobjetivo de efetivar ações coordenadas, integradas, eficazes e resolutivas de enfrentamento ao novo Coronavírus, notadamenteaquelas extraídas da Nota Técnica Conjunta nº 1/2020 do CNMP e da 1ª CCR, do Decreto Estadual nº 19.529/2020 e do PlanoEstadual de Contingências para Enfrentamento do Novo Coronavírus – COVID-19;

CONSIDERANDO que a saúde é direito indisponível assegurado no artigo 6º da Constituição Federal, corolário do própriodireito à vida, do qual provém a impossibilidade de a sua tutela ser objeto de eventual mitigação;

CONSIDERANDO que é direito básico do consumidor a preservação da sua vida, saúde e segurança, conforme art. 6º, incisoI, do Código de Defesa do Consumidor (CDC);

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, nomeado pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) como COVID-19, existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados dadoença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos, em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 - Ministérioda Saúde), havendo casos confirmados no Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional – ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo Coronavírus, classi-ficando-o,na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

Page 38: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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CONSIDERANDO as recomendações das autoridades públicas, tanto de ordem sanitária quanto de cuidados com a saúdee higiene pessoal em face ao agente endêmico Coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO o cenário de comoção e preocupação global com o controle e combate à dispersão epidêmica doCoronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO a decretação de estado de emergência do Estado da Bahia, conforme Decretos nº 19.528/2020, nº 19.529/2020 e nº 19.533/2020;

CONSIDERANDO as recomendações e determinações restritivas quanto à mobilidade, trânsito e convívio social, no sentidode se evitar o contato ou buscar uma maior atenção em ambiente pessoal ou institucional do cuidado a com a autopreservaçãoe de uso de itens de higiene pessoal, máscaras de proteção, antissépticos e congêneres;

CONSIDERANDO que a transmissão do Coronavírus em humanos ocorre de pessoa a pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendo as medidas de prevenção (notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70%) constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal,bem como pela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes areduzir a vulnerabilidade ao contágio do Coronavírus;

CONSIDERANDO o teor da Lei Estadual nº 13.706/2017, que fixa a obrigação de estabelecimentos comerciais que prestamserviço direto à população no Estado da Bahia, dentre eles os espaços de eventos, de disponibilizar, para uso de seusclientes, equipamentos com álcool em gel em suas dependências;

CONSIDERANDO que a Política Nacional das Relações de Consumo (PNRC) tem por objetivo, dentre outros, a harmonizaçãodos interesses dos participantes das relações de consumo, sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entreconsumidores e fornecedores;

CONSIDERANDO o direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços,mormente no tocante ao preço desembolsado, tributos incidentes,reajustesaplicados e variações legais;

CONSIDERANDO que também é direito básico do consumidor a proteção contra práticas abusivas no mercado de consu-mo, como a obtenção de vantagem manifestamente excessiva e a aplicação de reajuste alheio aos indexadores oficiais, naforma vedada pelo art. 39, incisos IV, V, X e XIII, do Código de Defesa do Consumidor (CDC);

CONSIDERANDO que a cobrança de valores abusivos em relação a alguns produtos por parte do comércio varejista,conforme relatos realizados por consumidores e pela imprensa, pode caracterizar, também, crime contra economia popular,previsto no art. 2º, inciso IX (primeira parte), da Lei nº 1.521/1951, expondo o fornecedor a sanções penais e administrativas,sem prejuízo das penalidades de natureza civil;

CONSIDERANDO que os comerciantes, vendedores, distribuidores que infrinjam dolosamente às determinações do poderpúblico destinadas a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa praticam infração penal contra a saúdepública, capitulada no art. 268 do Código Penal;

CONSIDERANDO que todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para a importância daprevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medida maisefetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

CONSIDERANDO que ao Ministério Público é conferido, pelo artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, o dever de atuarcom o objetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos;

CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 – CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020,relacionada à atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de SaúdePública de Importância Nacional para o Coronavírus (COVID-19),

RESOLVE RECOMENDAR:

I. Que seja garantido, pelos fornecedores, distribuidores e/ou revendedores o oferecimento de produtos de bens de consu-mo de primeira necessidade, a exemplo de água mineral, dos alimentos, combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP),medicamentos, álcool e máscaras cirúrgicas descartáveis, além dos produtos saneantes domissanitários, pelos mesmospreços comercializados antes da manifestação;II. Que eventuais alterações de valor sejam feitas apenas e tão somente se fundamentadas na respectiva comprovação deeventual alteração dos custos empresariais logísticos ou funcionais, a serem avaliados com parcimônia e critérios, além decontar com ampla e ostensiva informação/divulgação aos consumidores no estabelecimento comercial, pelos meios ne-cessários a este fim, e, ainda, em conformidade com o estoque disponível em cada estabelecimento, a serem admitidospelo órgão de proteção e defesa ao consumidor, sem configurar prática abusiva.

Page 39: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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III. Que eventuais e inevitáveis restrições quantitativas de compra se façam com o fim maior de garantir o equilíbrio e aharmonia social, de modo a garantir o atendimento ao maior número de consumidores, até que o abastecimento dosprodutos e prestação de serviços se normalize, inclusive de modo a coibir as compras de provisionamento, feita pelosconsumidores, prejudicando a coletividade.IV. Que faça cumprir a função social da atividade comercial, de modo que vendedores, farmacêuticos e demais responsáveispelos estabelecimentos comerciais orientem os consumidores acerca de medidas de autopreservação e do adequado usodos itens de higiene pessoal, a exemplo das máscaras de proteção, antissépticos e congêneres, inclusive informandosobre eventuais itens similares ou equivalentes àqueles ordinariamente buscados.Esta Recomendação deverá ser divulgada nos meios de comunicação, com especial remessa aos sindicatos, associaçõese demais entidades representantes dos fornecedores, distribuidores e comerciantes da região, bem como aos PoderesPúblicos Municipais, sobretudo para que adotem as providências necessárias à fiscalização dos seus termos.

Paulo Afonso, 20 de março de 2020.

ANTONIO ALVES PEREIRA NETTOPromotor de Justiça Substituto

4ª Promotoria de Justiça de Paulo AfonsoProcedimento Administrativo IDEA 705.9.48151/2020Data de instauração: 20/03/2020Objeto: Instaura Procedimento Administrativo para acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuaisirregularidades praticadas no mercado de consumo durante a pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19).

PORTARIA nº 001/2020Instauração do Procedimento Administrativo nº 646.9.48019/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através da 3ª Promotoria de Justiça de Itabuna, no uso de uma das suasatribuições constitucionais e legais, conferida pelo art. 129, da CF, c/c art. 8º da Resolução nº 174/2017 do ConselhoNacional do Ministério Público, resolve instaurar o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO nº 646.9.48019/2020, com o intuito decoletar informações necessárias à adoção das providências extrajudiciais e judiciais cabíveis, consignando o prazo máximode 01 (um) ano para o seu encerramento, sem prejuízo de eventual prorrogação por decisão fundamentada, à vista daimprescindibilidade da realização de outros atos.Interessado: Município de ItabunaObjeto: Recomendação nº 01/2020, relacionada às ações de enfrentamento ao novo coronavírus no âmbito do Município deItabuna-BA.Itabuna – BA, 20 de março de 2020Susila Ribeiro MachadoPromotora de Justiça

Origem: 02ª Promotoria de Justiça de TucanoAssunto: Patrimônio Público e Moralidade AdministrativaProcedimento Administrativo nº IDEA: 334.9.47881/2020Objeto: Acompanhar e fiscalizar as contratações públicas realizadas pelo Município de Tucano-BA, relacionadas aoenfrentamento do coronavírus.Data de Instauração: 19/03/2020

2ª Promotoria de Justiça de Ubaitaba-BA.INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Área: ConsumidorIDEA nº 718.9.47677/2020Objeto: acompanhamento e promoção de ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado deconsumo dos municípios de Ubaitaba, Aurelino Leal e Gongogi, durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19.Interessado: Municípios de Ubaitaba, Aurelino Leal e Gongogi.Data de Instauração: 20/03/2020.Allan Santos GoisPromotor de Justiça designado

Origem: 01ª Promotoria de Justiça de TucanoAssunto: Direito do ConsumidorProcedimento Administrativo nº IDEA: 334.9.47913/2020Objeto: Acompanhar e promover ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado de consumo,durante a pandemia causada pelo Coronavírus (COVID19), previstas no art.39 do CDC, especialmente, no que pertine arecusa ao atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, bem comona exigência do consumidor de vantagem manifestamente excessiva e na elevação, sem justa causa, do preço de bens deconsumo de primeira necessidade, a exemplo de água mineral, dos alimentos, combustíveis, medicamentos, álcool emáscaras cirúrgicas descartáveis, além dos produtos saneantes domissanitários.Data de Instauração: 19/03/2020

Page 40: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 432TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

ECOMENDAÇÃO Nº 001/2020 – 4ª PJ IlhéusRecomendação às entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dos direitos da criança e do adoles-cente relativa à adoção de condutas de prevenção ao coronavírus (COVID-19).

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através da 4ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, pela sua promotora de justiçatitular, Dra. Maria Amélia Sampaio Góes, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo 129, IX, da ConstituiçãoFederal; artigo 75, IV, da Lei Complementar 11/96; artigo 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93; artigo 201, VIII e §§ 2º e 5º, “c”,do Estatuto da Criança e do Adolescente,

CONSIDERANDO que a Constituição Federal incumbiu o Ministério Público da defesa da ordem jurídica, do regime demo-crático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127), cabendo-lhe zelar pelo efetivo respeito aos direitos egarantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, nostermos dos artigos 129, II, da Constituição Federal e art. 201, VIII e §5º, do ECA;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece: Art.196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universale igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”;

CONSIDERANDO que a Constituição do Estado da Bahia, em seus artigos 233 e seguintes, recepcionou iguais princípios;

CONSIDERANDO que a Constituição Federal do Brasil, no seu art. 227, caput, e o Estatuto da Criança e do Adolescente, emseu art. 4°, caput, estabelecem, com prioridade absoluta, a toda criança e adolescente direito à vida, à saúde, à alimentação,à educação, ao lazer, à cultura à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, colocando-os asalvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência e opressão, sendo este um dever de todos, família,sociedade e Estado, sempre atentando para sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.069/90 (ECA), no art. 4º, dispõe ser “dever da família, da comunidade, da sociedadeem geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar ecomunitária”, em consonância com o disposto no art.227, da Carta Magna;

CONSIDERANDO que “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seusdireitos fundamentais” (art.5º, ECA);

CONSIDERANDO que o Estatuto determina, no seu art. 11, caput, que o Sistema Único de Saúde – SUS – assegurará oatendimento médico à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo acesso universal eigualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde;

CONSIDERANDO que, nos termos do art.90, do Estatuto da Criança e do Adolescente, as entidades responsáveis pelaexecução da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente são responsáveis pela manutenção das própriasunidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e socioeducativos , em regime de:

I - orientação e apoio sócio familiar;II - apoio socioeducativo em meio aberto;III - colocação familiar;IV - acolhimento institucional;V - prestação de serviços à comunidade;VI - liberdade assistida; VII - semiliberdade;VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012);

CONSIDERANDO que as entidades que desenvolvem programas de internação têm, dentre seus deveres, a obrigação deobservar os direitos e garantias de que são titulares os acolhidos, de oferecer-lhes instalações em condições adequadasde habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e os objetos necessários à higiene pessoal, de oferecer cuidadosmédicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos aos acolhidos, e de comunicar às autoridades competentes todos oscasos de acolhidos portadores de moléstias infectocontagiosas, conforme art. 94, incisos I, VII, IX e XVI, da Lei nº8.060/90,havendo sanções fixadas em lei para a hipótese de descumprimento das obrigações (art.97, Lei nº8.060/90);

CONSIDERANDO que, nos termos do art.94, §1º, da Lei nº 8.069/90, as obrigações referidas anteriormente também seaplicam às entidades que mantêm programas de acolhimento institucional e familiar;

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, denominado como SARS-CoV2,existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados da doença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos,em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 - Ministério da Saúde), havendo casos confirmados noestado da Bahia;

Page 41: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 433TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde – OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional – ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo coronavírus, classi-ficando-o, na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

CONSIDERANDO o quanto disposto na Lei Federal nº 13.979, de 06/02/2020, sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;

CONSIDERANDO a declaração emitida pelo Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira,no dia 13/03/2020, durante coletiva de imprensa, recomendando o cancelamento ou adiamento de eventos em locaisfechados com mais de 100 (cem) pessoas, além da adoção de medidas de higienização dos espaços destinados àcirculação do público e disponibilização de álcool gel na concentração de 70%, dentre outras ações que reduzam o risco decontágio do coronavírus (disponível no site do Ministério da Saúde em www.youtube.com/channel/8Mk03KEkVEY);

CONSIDERANDO que dados divulgados pela Secretária Estadual de Saúde, através do “Boletim: Novo Coronavírus (13/03/2020)” (http://www.saude.ba.gov.br/2020/03/13/boletim-novo-coronavirus-13-03-2020/), registram que “De janeiro até às 17horas desta sexta-feira (13), a Bahia registrou 289 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus,sendo sete confirmados (4 em Feira de Santana e 3 em Salvador)”, ressaltando que “os números são dinâmicos e namedida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis dereenquadramento na sua classificação” (grifos nossos);

CONSIDERANDO as condutas de distanciamento social recomendadas através da NOTA TÉCNICA DIVEP/SESAB –Coronavírus (COVID -19) Nº03 de 12/03/2020, todas dirigidas às mudanças comportamentais que contribuam para dificultara transmissão do SARS-CoV-2 e consequentemente redução da expansão da COVID-19, sendo sugerido o afastamento delocais com aglomerações de pessoas, fator reconhecidamente de risco para a transmissão de viroses;

CONSIDERANDO que a transmissão do coronavírus em humanos ocorre de pessoa-a-pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendo as medidas de prevenção, notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70%, constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal, bem como pela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes parareduzir a capacidade de contágio do coronavírus;

CONSIDERANDO que todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para a importância daprevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medida maisefetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

CONSIDERANDO que ao Ministério Público é conferido, pelo artigo 129, III, da Constituição Federal, o dever de atuar com oobjetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos;

CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 – CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020,relacionada à atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de SaúdePública de Importância Nacional para o coronavírus (COVID-19),

RECOMENDA aos dirigentes das entidades responsáveis pela execução da política de atendimento dos direitos da criançae do adolescente no município de Ilhéus/BA a adoção das seguintes providências, ressalvadas outras medidas urgentes enecessárias ao cumprimento das determinações das autoridades sanitárias acerca de medidas básicas de saúde ehigiene preventivas a propagação da COVID 19:

1 – DE RELAÇÃO ÀS CRIANÇAS, AOS ADOLESCENTES E AOS FUNCIONÁRIOS:1.1 Que orientem seus acolhidos, usuários e funcionários acerca de medidas básicas de saúde e higiene como:a) lavar frequentemente as mãos por pelo menos 20 segundos, especialmente após contato direto com pessoas doentesou com o meio ambiente e antes de se alimentar;b) Se não tiver água e sabão, use álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível;c) usar lenço descartável para higiene nasal;d) cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;e) evitar tocar nas mucosas dos olhos;f) higienizar as mãos após tossir ou espirrar;g) não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas, canudos, toalhas, talheres, alimen-tos, maquiagem e protetores labiais, canetas, lapiseiras, borrachas, brinquedos, celulares etc.;h) Não colocar os lábios no bico ejetor de água dos bebedouros;1.2 Que seja imediatamente encaminhado para atendimento médico o acolhido, usuário/assistido ou funcionário comsintomas agravadas de coriza, tosse, dor de garganta, febre e dificuldade respiratória, devem ser respeitadas as orienta-ções do profissional de saúde, notadamente quanto à necessidade de isolamento da criança ou adolescente acolhido emambiente apropriado, em condições de segurança para si e para os demais usuários do serviço, comunicando, de imediato,à família e a autoridade judiciária;1.3 Que os diagnósticos de acolhidos, usuário ou assistido portadores de moléstias infectocontagiosas sejam imediata-mente comunicados às autoridades competentes;

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2- DE RELAÇÃO AO AMBIENTE:a) Intensifiquem a higienização dos ambientes de uso comum, incluindo maçanetas, torneiras, portas, papel toalha, assim comobrinquedos, computadores, objetos de uso coletivo;b) Realizem a desinfecção das mesas e cadeiras, friccionando com pano seco e limpo embebido com álcool 70% por 20 segundos,ao final do período e/ou a cada troca de turmas;c) Intensifiquem cuidados com o uso do álcool, especialmente em ambientes com acesso de crianças e adolescentes, pelo riscode ingestão acidental e de queimaduras devido à característica inflamável do produto. Este produto exige todo o cuidado;d) Reorientem a equipe de apoio para a intensificação da limpeza dos diferentes materiais e brinquedos utilizados e de uso comumna entidade;e) Efetivem limpeza dos equipamentos de ventilação e/ou ar condicionado: Mantendo limpos os componentes do sistema declimatização (bandejas, serpentinas, umidificadores, ventiladores e dutos) de forma a evitar a difusão ou multiplicação de agentesnocivos à saúde humana e manter a qualidade interna do ar;f) Cumpram, nas hipóteses de unidades de possuam escolas na sua estrutura física (artigo 1o § 1º IX), o quanto disposto na LeiEstadual 13.706 de 27 de janeiro de 2017, que dispõe sobre a obrigatoriedade de colocação e disponibilização de equipamentoscom álcool em gel por parte de estabelecimentos comerciais em todo território do Estado da Bahia, obedecendo-se ainda ásseguintes determinações:- A quantidade de equipamentos de álcool em gel a serem disponibilizados levará em conta a área do estabelecimento, na seguinteproporção:

I - até 70m² (setenta metros quadrados) - 01 (um) equipamento;II - de 71 a 150m² (setenta e um a cento e cinquenta metros quadrados) - 02 (dois) equipamentos;III - acima de 150m² (cento e cinquenta metros quadrados) - a quantidade prevista no inciso II do § 2º deste artigo e mais 01 (um)equipamento a cada 70m² (setenta metros quadrados) de área.- Os estabelecimentos descritos na presente Lei ficam obrigados a fixar em locais de fácil acesso e visualização o equipamento deálcool em gel, inclusive com placa contendo aviso.

3 - DE RELAÇÃO AOS BEBEDOUROS:a) Realizem desinfecção do equipamento com álcool 70%, frequentemente; preferencialmente disponibilizar copos descartáveisjunto ao bebedouro ou forneçam para as crianças e adolescentes copo/garrafa plástica para uso individual;b) Quando existirem dois bicos ejetores de água no bebedouro, recomenda-se inviabilizar o uso do bico ejetor pequeno, deixandoem uso apenas o grande curvo e orientações de uso fixadas na parede, na frente do bebedouro;

4 - DE RELAÇÃO AOS PARENTES OU PADRINHOS DOS ACOLHIDOS:Tendo em vista a gravidade da disseminação da doença COVID-19, seja comunicado aos pais ou responsáveis pelos acolhidos aeventual necessidade de mudança na forma e quantitativo das visitas respectivas, ficando cada unidade mencionada com aincumbência de analisar e decidir, observadas suas características e público-alvo, quais modificações deverão ser implementadaspara a garantia da dignidade dos acolhidos, bem como a saúde física e mental deles;Caso ocorra alguma modificação, deverão ser elas encaminhadas a esta Promotoria de Justiça, bem como a Vara da Infância eJuventude.c) Que orientem aos pais, demais parentes e padrinhos dos acolhidos para;c.1) não realizarem visitas nas entidades de atendimento no caso de apresentarem sintomas de viroses, ainda que pendentediagnóstico para COVID-19, respeitando o ambiente coletivo de acolhimento de crianças e adolescentes;c.2) comunicarem, de imediato, à direção da entidade caso tenham regressado, sozinho e/ou em companhia da criança/ adolescen-te acolhido, de viagem internacional ou de viagem nacional a áreas com transmissão comunitária de coronavírus;d) Na hipótese de resistência dos pais, parentes e/ou padrinhos ao cumprimento das medidas de cuidado e prevenção indicadasanteriormente, e, em sendo identificado pela equipe da entidade situação de risco decorrente da permanência da visita, que o fatoseja imediatamente comunicado ao juiz de direito, solicitando-se a imposição judicial de restrição de visita, em atenção ao dispostono art.92, §4º, do Estatuto da Criança e do Adolescente;

5 - DE RELAÇÃO AO CONVÍVIO SOCIAL E AGLOMERAÇÕESa) Que as entidades se abstenham de realizar ou promover atividades que resultem na aglomeração dos acolhidos, familiares e/oupessoas da comunidade nas unidades de atendimento como festas, mostras de arte, teatro, passeios e outros, com o fim deresguardar a saúde coletiva;b) Que, quando necessário, seja feito um escalonamento dos horários de refeições, diminuindo-se ao máximo a aglomeração deacolhidos nos refeitórios, sem prejuízo de outras iniciativas consideradas pertinentes;c) Que a eventual adoção de medidas gerais de restrição de visitas e saídas na entidade, com finalidade de resguardar a saúdepública, seja devidamente fundamentada em face de situações individualizadas de seu público e de eventuais notícias de contami-nação, e ainda com lastro nas orientações das autoridades sanitárias competentes, devendo a decisão ser imediatamente comunicadaà autoridade judicial, em respeito aos princípios norteadores das entidades de acolhimento, notadamente de preservação devínculos familiares e de participação na vida da comunidade local (art.92, incisos I, VII, IX, ECA).Expeça-se notificação à diretoria das entidades de acolhimento institucional ou familiar de Ilhéus/BA (RENASCER e CASAS-LARES),do CRAS e do CREAS MSE, devendo os destinatários da presente RECOMENDAÇÃO comunicar a esta Promotoria de Justiça, noprazo de 48 (quarenta e oito) horas - exiguidade que se justifica pela urgência decorrente da crescente disseminação do coronavírus-, as medidas adotadas para cumprimento das ações recomendadas, juntamente com documentos hábeis a comprovar a adoçãode providências, a fim de instruir o procedimento instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça.Dê-se ciência da presente recomendação também à Secretaria Municipal de Promoção Social, da Política para as Mulheres,Infância e Juventude, ao Juízo da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Ilhéus/BA, aos Conselhos Tutelares e aoCentro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude - CAOCA, para ciência.A inobservância da presente Recomendação acarretará a adoção pelo Ministério Público de todas as medidas judiciais eextrajudiciais cabíveis.Cumpra-se. Ilhéus/BA, 19 de março de 2020.

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Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus-BAÁrea: PATRIMÔNIO PÚBLICO E MORALIDADE ADMINISTRATIVAProcedimento Administrativo (PA) nº 600.9.48164/2020Objeto: Acompanhamento e fiscalização das contratações públicas realizadas pelo Município de Dom Macedo Costa-Bahia,relacionadas ao enfrentamento do Conoravírus, no âmbito da proteção ao patrimônio público e da moralidade administrativa.Data de Instauração: 20/03/2020Representado: Município de Dom Macedo Costa -Bahia

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MARACÁS/BAPortaria nº IDEA163.9.166897/2019Instauração de Procedimento AdministrativoÁrea: Infância e JuventudeObjeto: Acompanhar a situação de vulnerabilidade da criança C. C. S..Data de instauração: 20/03/2020Samory Pereira SantosPromotor de Justiça

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MARACÁS/BAPortaria nº IDEA 163.9.162451/2019Instauração de Inquérito CivilÁrea: Meio AmbienteObjeto: Apurar a suposta poluição ambiental causada por Lava Rápido localizado na rua Landulfo Spínola, 68 – Maracás/BA,cuja responsabilidade é atribuída a WESLEY DIAS LOPES, por provocação de PEDRO SANTOS DA SILVA.Data de conversão em Inquérito Civil: 19/03/2020Samory Pereira SantosPromotor de Justiça

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MARACÁS/BAPortaria nº IDEA 163.9.205850/2019Área: Meio AmbienteInstauração de Inquérito CivilObjeto: Apurar a suposta poluição sonora causada pelo empreendimento denominado “Chapa Kente” localizado na avenidaBrasília, s/n, Posto WS – Irmã Dulce – Maracás/BA, cuja responsabilidade é atribuída a “Ney”, por provocação de JOSÉMACHADO DASILVA e apoiadores de abaixo-assinado.Data de conversão em Inquérito Civil: 19/03/2020Samory Pereira SantosPromotor de Justiça

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MARACÁS/BAPortaria nº IDEA 163.9.46793/2020Área: Vigilância Sanitária e EpidemiológicaInstauração de Procedimento AdministrativoObjeto: Acompanhar as ações realizadas pelo Poder Público municipal em face do risco crescente de epidemia do 2019-nCoV instalar-se no Município de MARACÁS, monitorando as estratégias e medidas de prevenção adotadas, bem comoidentificar eventuais vulnerabilidades do sistema municipal e suas adequações, antes do surgimento de casos confirma-dosData de instauração: 18/03/2020Samory Pereira SantosPromotor de Justiça

Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus-BAÁrea: PATRIMÔNIO PÚBLICO E MORALIDADE ADMINISTRATIVAProcedimento Administrativo (PA) nº 600.9.48216/2020Objeto: Acompanhamento e fiscalização das contratações públicas realizadas pelo Município de Varzedo-Bahia, relaciona-das ao enfrentamento do Conoravírus, no âmbito da proteção ao patrimônio público e da moralidade administrativa.Data de Instauração: 20/03/2020Representado: Município de Varzedo-Bahia

1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48179/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Riachão do Jacuípe

Page 44: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

Page 45: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bemcomo aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO que o Decreto acima referido determinou que: “Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado daBahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529, de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos queimportem na aglomeração de mais de cinquenta pessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:1. Ao Município de Riachão do Jacuípe, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssima SecretáriaMunicipal de Saúde ou a quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena de responsabilizaçãopessoal, em caso de negligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para oCoronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

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2. Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MUTUÍPEProcedimento Administrativo nº 189.9.48185/2020Portaria nº 02/2020OBJETO: Acompanhar e fiscalizar a adoção de medidas pela Prefeitura de Mutuípe para controlar a pandemia do COVID-19.DATA DE INSTAURAÇÃO: 20/03/2020INTERESSADOS: MUNICÍPIO DE MUTUÍPE/BA

Área: MEIO AMBIENTEEDITAL Nº 002/2020

A 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS, por intermédio do Promotor de Justiça queabaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no art. 20 da Resolução nº 006/2009, alterado pela Reso-lução nº 001/2013, do Ministério Público do Estado da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar,comunicar a PRORROGAÇÃO, pelo prazo de 01 (um) ano, do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO nº. 600.9.46682/2018, quetem por objeto acompanhar o Projeto “Água é vida: Um direito de todos”, especialmente, no tocante à qualidade da águafornecida aos consumidores residentes em Santo Antônio de Jesus-Ba, Dom Macedo Costa-Ba e Varzedo-Ba.

Santo Antônio de Jesus, 20 de março de 2020.

Julimar Barreto FerreiraPromotor de Justiça

Ministério Público do Estado da BahiaIDEA n.º RECOMENDAÇÃO n.º 03/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por seu órgão de execução signatário, no uso de suas atribuições legaisque lhe são conferidas pelo inciso III, do artigo 129, da Constituição Federal; 6º, inciso XX da Lei Complementar 75/93, art.75, IV, LC 11/96, calcado também nas Resoluções nº 164 e 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público e,analogicamente, pelas disposições normativas contidas na Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do MinistérioPúblico e Resolução nº 6/2009, do Conselho Superior do Ministério Público do Estado da Bahia; CONSIDERANDO a situa-ção de extrema vulnerabilidade social das pessoas em situação de rua, juridicamente caracterizadas – conforme o parágra-fo único do art. 1º do Decreto n. 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua – como:indivíduo pertencente a grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, vínculos familiaresinterrompidos ou fragilizados e inexistência de moradia convencional regular, utilizando os logradouros públicos e as áreasdegradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades deacolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória; 1 CONSIDERANDO o princípio constitucional da dignida-de da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB), que situa a pessoa como centro das preocupações estatais, bem como a meta deerradicação da pobreza e da marginalização imposta à República brasileira pela CRFB (art. 3º, III); CONSIDERANDO asituação de extrema vulnerabilidade na qual as pessoas em situação de rua se encontram, em decorrência de discrimina-ção e do não acesso a diversos direitos fundamentais; CONSIDERANDO que as pessoas em situação de rua, dada suasituação de vulnerabilidade, são titulares do direito à assistência social (art. 23, II, da LOAS), sendo, inclusive, destinatáriasdos seguintes serviços de abrangência municipal/regional previstos na Resolução CNAS n. 109/2009: (a) Serviço Especi-

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alizado em Abordagem Social; (b) Serviço de Acolhimento Institucional para População de Rua; (c) Serviço Especializadopara Pessoas em Situação de Rua – Centro-POP; (d) Serviço de Acolhimento em República; (e) Serviço de Proteção eAtendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) e Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execuçãodireta dos serviços sócio assistenciais; CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova aNorma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social e fixa a responsabilidade dos municípios na prestaçãodos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem à melhoria de vida da 2 população,nesta estando expressamente inclusas as pessoas em situação de rua (art. 23, §2º, II, LOAS); CONSIDERANDO que aomissão do município em prestar os serviços acima relacionados configura frontal ofensa à Constituição, às leis e àsnormas infralegais que visam à garantia de direitos das pessoas em situação de rua, uma vez que tais serviços se destinamà proteção da pessoa e à promoção de sua dignidade, por vezes mitigada pela miséria e pela discriminação; CONSIDERAN-DO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis; CONSIDERANDO que, nos termos do art. 129 daConstituição Federal, é função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo res Limpar e desinfetar objetos e super-fícies tocados com frequência. Comunique esta Promotoria de Justiça, em 10 (dez) dias, as medidas adotadas para oatendimento das providências indicadas na presente recomendação, as quais têm, por ora, um caráter preventivo. DeGuanambi p/ Igaporã, em 20 de março de 2020. JAILSON TRINDADE NEVES Promotor de Justiça - no exercício da substitui-ção -• Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres; • Manter ambientes muito bem ventilados;• Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas; • Higienizar as mãos sempre depois que tossir ouespirrar; • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo; • Usar lençosdescartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!); • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelomenos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel, principal-mente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar; • Evitar contato próximo com pessoas doentes eque tenham infecção respiratória aguda sem a devida proteção, a exemplo do uso de máscara N95; 6 •peito dos serviços derelevância pública, bem como a proteção dos direitos difusos e coletivos; CONSIDERANDO que, nos termos do art. 31 da LeiOrgânica da Assistência Social, incumbe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legaisassegurados às pessoas em situação de vulnerabilidade social, notadamente, as pessoas em situação de rua; CONSIDE-RANDO que é atribuição do Ministério Público expedir Recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e derelevância pública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 32, I, “a”, e IV,da Lei Estadual n. 7.669/82, art. 27, parágrafo único, IV, da Lei n. 8.625/93, e inc. XX do art. 6º da Lei 3 Complementar n. 75,de 20 de maio de 1993, combinado com o art. 80 da Lei Federal n. 8.626/93); CONSIDERANDO a notícia divulgada pelaOrganização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 11 de março, declarando que o novo vírus denominado Coronavírus –COVID-19 evoluiu para pandemia, e que, além disso, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia noticiou, no dia 18 de marçode 2020, 17 casos do Novo Coronavírus – COVID -19 no estado da Bahia; CONSIDERANDO que a população em situaçãode rua fica potencialmente suscetível a situações de risco de diversas naturezas, em especial, na seara da saúde, educa-ção, registro civil, tal como, comumente, passou ou passa por situação de distanciamento ou afrouxamento de vínculosfamiliares; RECOMENDA-SE à Secretária de Desenvolvimento Social, Aparecida Fagundes de Souza Fernandes, responsá-vel pela gestão do SUAS - Sistema Único da Assistência Social que: 1. Efetive a instalação [ou reordenamento] do(s)serviço(s) socioassistencial(ais) de prestação contínua destinado(s) às pessoas em situação de rua, com toda a estruturafísica, material e de recursos humanos, conforme parâmetros estabelecidos na legislação pertinente, adequando às medi-das emergenciais, estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde, para o enfrentamento àPandemia do CORONAVÍRUS; 4 Tratando-se do Serviço Especializado em Abordagem Social 2. O Serviço Especializado emAbordagem Social deve ser estruturado de forma a viabilizar a busca da resolução de necessidades imediatas e promovera inserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas na perspectiva da garantia dos direitos,de acordo com as indicações abaixo: 2.1. Serviço deverá ser ofertado de forma contínua e programada, com a finalidade deassegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, no território do município, a incidência de pessoasem situação de rua, com observância apurada para prevenção e identificação de casos suspeitos de CORONAVÍRUS; 2.2.O serviço deverá ser ofertado por uma das seguintes unidades: (a) Centro de Referência Especializado de AssistênciaSocial (CREAS); (b) Unidade específica referenciada ao CREAS; (c) Centro de Referência especializado para População emSituação de Rua (Centro-POP); 2.3. No processo de organização do Serviço de Abordagem Social, deverá ser observado omapeamento/diagnóstico socioterritorial da incidência de situações de risco pessoal e social no município e da redeinstalada nos territórios; 2.4. O Serviço de Abordagem deve ser ofertado ininterruptamente, ou seja, todos os dias dasemana, inclusive fins de semana e feriado, durante o dia e a noite; 5 Tratando-se de Serviço de Acolhimento Institucionalpara População de Rua 3. O Serviço de Acolhimento Institucional para População de Rua deve ser estruturado de forma aviabilizar a eficiente prestação dos serviços socioassistenciais de abrigo institucional para a oferta de acolhimento provisó-rio a pessoas adultas ou grupo familiar, com ou sem crianças, que se encontram em situação de rua e dar atendimento àspessoas em situação de rua, com especial atenção às medidas de prevenção, identificação de casos suspeitos, tratamentoe mitigação de danos decorrentes da Pandemia de CORONAVÍRUS. Tratando-se do Serviço Especializado para Pessoasem Situação de Rua (Centro-POP) 4. O Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua deve estar equipado parao enfrentamento da Pandemia do CORONAVÍRUS, adotando medidas e cuidados recomendados pelos órgãos de controle,a exemplo de:

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6ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE IRECÊRECOMENDAÇÃO 2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por intermédio da Promotora de Justiça signatária, utilizando de uma desuas atribuições legais e, com supedâneo no art. 129 da Constituição da República, bem como nas Leis Federal nº 8.625/93 e Complementar Estadual nº 11/96 – Lei Orgânica do MP/BA,

Considerando, que incumbe ao Ministério Público a Defesa da Ordem Jurídica, do Regime Democrático e dos InteressesSociais e Individuais Indisponíveis (art. 127 da Constituição Federal);

Considerando a necessidade da adoção de medidas emergenciais e provisórias de prevenção e contenção ao novelcoronavirus (SARS-co-V2) e à COVID-19, diante da classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde;

Considerando a Portaria nº 507/2020, da lavra da Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia,que instituiu o Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavirus (SARS coV-2) noEstado da Bahia;

Considerando a instauração de Procedimento Administrativo, em atendimento à Recomendação PGJ 01/2020, nos termosdo art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar os ajustes firmados no âmbito da AdministraçãoPública vinculados à prevenção e erradicação do coronavirus (SARS coV-2)

Considerando que medidas para alcance de tais objetivos envolvem a aquisição de insumos e serviços necessários àsações preventivas e curativas relacionadas à transmissão do vírus e suas consequências;

Considerando que mesmo em situação que caracterize a contratação direta, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93,impõe-se à Administração Pública a instauração de prévio processo administrativo, com a justificativa da escolha do contra-tado, bem como a comprovação da economicidade do preço praticado;

Considerandoque, a fim de viabilizar a ampla fiscalização dos gastos públicos pelas instituições integrantes do sistema decontrole formal e do controle social da Administração Pública, a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020 determinou, no §2º do supracitado artigo, sejam imediatamente adotadas medidas concretas de ampla publicidade às contratações diretasrealizadas com fundamento naquele diploma legal;

Considerando que deve ser priorizada a utilização do Sistema de Registro de Preços, quando cabível, inclusive observandoa viabilidade de adesão às atas de outros entes;

Considerando que a requisição administrativa, prevista no art. 5º, XXV, da Constituição Federal permite a utilização coativa debens ou serviços particulares pelo Poder Público, por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante eindenização ulterior, para atendimento das necessidades coletivas urgentes e transitórias;

Considerando que o art. 15, inciso XIII, da Lei 8.080/90, que trata do Sistema Único de Saúde, determina que “para atendi-mento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidadepública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização”;

RESOLVE, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO às Prefei-turas Municipais de Irecê, Ibititá, São Gabriel, Jussara, Presidente Dutra e Uibaí para que adote as medidas de orientaçãoabaixo expostas:

• Na formalização de contratos administrativos relacionados às ações preventivas e curativas relacionadas à transmis-são e consequências do vírus novel coronavirus (SARS-co-V2) e do COVID-19, utilizem o Sistema de Registro de Preços,quando cabível, inclusive com adesão a Atas de outros entes.

• Em caso de impossibilidade de utilização do Sistema de Registro de Preços e justificando-se a contratação direta,inclusive com fundamento no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, sejam observados todos os requisitos do processo administra-tivo correspondente ao ajuste, em especial quanto à justificativa da escolha do contratado e demonstração da economicidadedo contrato.

• Verificando-se sobrepreço em todas as propostas de contratação apresentadas, desde que sem alternativa outrapara o município e tratando-se de bem ou serviço essencial para a prevenção ou erradicação do vírus, avalie a possibilidadede excepcional utilização – sobretudo nas contratações mais urgentes da área de saúde - do instituto da requisição admi-nistrativa de bens e serviços, desde que motivadamente, com justa e célere indenização posterior, observados os valoresnormalmente praticados pelo mercado.

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• Adote as medidas fiscalizatórias necessárias à garantia da correta execução contratual, dentre as quais a designa-ção individualizada de gestores e/ou fiscais de contratos.

• Promova a ampla publicidade dos procedimentos de dispensa e da execução dos correlatos contratos, notadamentepela imediata disponibilização, em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no quecouber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado,o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contrataçãoou aquisição, nos exatos termos prescritos pelo art. 4º, § 2º, da na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.

• As providências adotadas em virtude da presente recomendação, deverão ser informadas a esta subscritora, noprazo de 5 (cinco) dias úteis, diante da urgência que o caso requer, preferencialmente por meio de comunicação eletrônica,por intermédio do endereço [email protected] .

São os termos da recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia.Publique-se. Notifique-se.

Irecê (BA), março, 20, 2020

Edna Márcia Souza Barreto de OliveiraPROMOTORA DE JUSTIÇA 6ª PJ DE IRECÊ.

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO INSTAURADO:Origem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DAS NEVESÁREA: SAÚDE PÚBLICAPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº: 243.9.47949/2020Objeto: acompanhar a implementação e o andamento das ações de prevenção e contingenciamento para o avanço do novoCoronavírus no Município de Riachão das Neves.Data de Instauração: 20/03/2020Representante: INSTAURADO EX OFFICIOInteressado: MUNICÍPIO DE RIACHÃO DAS NEVES.

EXTRATO DE INSTAURAÇÃOORIGEM: 10ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JUAZEIRO/BAÁREA: Infância e JuventudePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE ACOMPANHAMENTO DE POLÍTICAS PUBLICASIDEA nº 598.9.48119/2020Portaria nº 01/2020Objeto:Acompanhar as medidas adotadas para proteção das crianças e adolescentes na garantia ao acesso e efetivo direitoà saúde no município de Juazeiro/BA, especialmente no que se refere aos riscos de contágio do novo Coronavírus eeventuais outras sequelas desse contágio.Data de Instauração: 20/03/2020.Data limite para finalização: 20/03/2021.

MAYUMI MENEZES KAWABEPromotora de Justiça em Substituição

ORIGEM: 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JACOBINAÁREA: SAÚDEPORTARIA: 12/2020INQUÉRITO CIVIL– IDEA 702.9.48255/2020Objeto: Acompanhamento de políticas públicas, tendo por objeto acompanhar a implementação e o andamento das açõesde prevenção e contingenciamento do avanço do novo coronavírus (SARS-coV-2) e da COVID-19 no Município de Jacobina.INTERESSADO(S): Município de Jacobina

EDITAL Nº 001/2020INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 146.9.48298/2020.Origem: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE LAJE/BA.Área: Saúde Objeto: Acompanhar e fiscalizar as medidas a serem adotadas pela rede de Saúde dos Municípios de Laje eSão Miguel das Matas diante da pandemia do coronavírus. Data da Instauração: 20/03/2020. Interessados: Municípios deLaje e São Miguel das Matas.Laje-BA, 20/03/2020.LUCAS DA SILVA SANTANAPromotor de Justiça em Substituição

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1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48284/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Candeal

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

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CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1.Ao Município de Candeal, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssima Secretária Municipal de Saúde oua quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena deresponsabilização pessoal, em caso denegligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

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1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate aoCOVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para o Coronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

2. Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48276/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Pé de Serra-BA

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

Page 53: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 445TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

Page 54: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 446TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1. Ao Município de Pé de Serra, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssima Secretária Municipal deSaúde ou a quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena deresponsabilização pessoal,em caso de negligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para oCoronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

2.Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive,responsabilização pessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

Page 55: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 447TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48307/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Ichú

1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48307/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Ichú

1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE RIACHÃO DO JACUÍPEIDEA: PA Nº 720.9.48307/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Ichú

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

Page 56: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 448TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1.Ao Município de Ichu, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssima Secretária Municipal de Saúde ou aquem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena deresponsabilização pessoal, em caso denegligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

Page 57: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 449TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para oCoronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

2.Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPELA DO ALTO ALEGREIDEA: PA Nº 720.9.48206/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Capela do Alto Alegre

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

Page 58: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

Cad. 1 / Página 450TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

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Cad. 1 / Página 451TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1. Ao Município de Capela do Alto Alegre, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssimo SecretárioMunicipal de Saúde ou a quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena de responsabilizaçãopessoal, em caso de negligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para oCoronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

2 .Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

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Cad. 1 / Página 452TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SIMÕES FILHOEdital nº 08/2020 - PORTARIA ADMINISTRATIVA 02/2020ÁREA: Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade AdministrativaAssunto: Contratos e LicitaçãoIDEA: 709.9.48212/2020 Procedimento Administrativo para Acompanhamento de Políticas PúblicasA Promotora de Justiça Titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Simões Filho, no uso de atribuições que lhe sãoconferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 72, IV, da Lei Complementar nº11/96, e com fulcro no art. 8º legais,III, a Resolução CNMP nº 174/2017, INSTAURA o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE ACOMPANHAMENTO, como fim de promover, no âmbito da proteção ao patrimônio público e à moralidade administrativa, o acompanhamento efiscalização das contratações pública realizadas pelo Município de Simões Filho relacionadas ao enfrentamento docoronavírus.Data da instauração: 20/03/2020Janina Schuenck Brantes SacramentoPromotora de Justiça

EDITAL 05/2020Procedimento Administrativo nº IDEA 596.9.48303/2020Data 20/03/2020PORTARIA Nº 04/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através da Promotora de Justiça titular da 3ª Promotoria de Justiça dacomarca de Feira de Santana, abaixo assinada, no uso de suas atribuições legais, com base no disposto no artigo 26, incisoI, da Lei Federal no 8.625/93, art. 72, XIV, da Lei Complementar Estadual nº 11/96 e no art. 8º, II, da Resolução nº 174/2017 doCNMP, em atendimento à Recomendação nº 02/2020 da Procuradora Geral de Justiça do MPBA, publicada no DPJ de 18/03/2020, vem instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para fiscalizar e acompanhar as medidas a seremadotadas para o enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) no Conjunto Penal de Feira de Santana.LÍVIA SAMPAIO PEREIRAPromotora de Justiça

ORIGEM: 7ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE LAURO DE FREITASÁrea: ConsumidorPortaria nº 005/2020Procedimento Administrativo - IDEA nº 591.9.47859/2020Objeto: Acompanhar e promover ações no sentido de coibir eventuais irregularidades praticadas no mercado de consumo,durante a pandemia causada pelo Coronavírus-COVID19, no Município de Lauro de Freitas-BA.Data da Instauração: 19/03/2020.

RECOMENDAÇÃO nº 004/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através do seu órgão de execução com atribuição na 7ª Promotoria deJustiça de Lauro de Freitas-BA, para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus-COVID19, doençaprovocada pelo referido agente etiológico, no estado da Bahia, com supedâneo no plexo de atribuições descritas no artigo129, IX, da Constituição Federal; artigo 75, IV, da LeiComplementar da Bahia n. 11/96 e artigo 6º, XX, da Lei Federal Comple-mentar nº 75/93;

CONSIDERANDO a RECOMENDAÇÃO Nº 002/2020 – GPGJ, publicada no DJO em 19 de março de 2020, às Promotorias deJustiça com atribuição correlacionada a cada temática (Saúde Pública, Educação, Infância e Juventude, Direitos Humanos,Segurança Pública, Consumidor, Improbidade Administrativa e Criminal), nas Promotorias de Justiça onde houver reparti-ção de atribuições funcionais, e às Promotorias de Justiça de atribuição plena, a abertura de Procedimento Administrativo,nos termos do art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017, para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, as políticaspúblicas e a atuação dos gestores municipais e estaduais no que diz respeito ao atendimento de orientações, com oobjetivo de efetivar ações coordenadas, integradas, eficazes e resolutivas de enfrentamento ao novo coronavírus, notadamenteaquelas extraídas da Nota Técnica Conjunta nº 1/2020 do CNMP e da 1ª CCR, do Decreto Estadual nº 19.529/2020 e do PlanoEstadual de Contingências para Enfrentamento do Novo Coronavírus – COVID-19;

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Cad. 1 / Página 453TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que a saúde é direito indisponível assegurado no artigo 6º da Constituição Federal, corolário do própriodireito à vida, donde provém a impossibilidade de a sua tutela ser objeto de eventual mitigação;

CONSIDERANDO que é direito básico do consumidor a preservação da sua VIDA, SAÚDE e SEGURANÇA, conforme art.6, Ido CDC;

CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, nomeado pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) como COVID 19, existindo 113.702 (cento e treze mil, setecentos e dois) casos confirmados dadoença, com 4.012 (quatro mil e doze) óbitos, em 111 (cento e onze) países (dados atualizados em 10/03/2020 – Ministérioda Saúde), havendo casos confirmados de curva potencialmente crescente no estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde–OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de SaúdePública de Importância Internacional – ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo coronavírus, classi-ficando-o, na última quarta-feira (11/03/2020), como uma “pandemia”, cobrando ações dos governos compatíveis com agravidade da situação a ser enfrentada;

CONSIDERANDO as recomendações das autoridades públicas, tanto de ordem sanitária quanto de cuidados com a saúdee higiene pessoal em face ao agente endêmico Coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO que o cenário de comoção e preocupação global para com o controle e combate à dispersão epidêmicado Coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO a decretação de estado de emergência do Estado da Bahia, conforme decretos n. 19528/2020, 19529/2020 e n.19533/2020;

CONSIDERANDO as recomendações e determinações restritivas quanto à mobilidade, trânsito e convívio social, no sentidode se evitar o contato ou buscar uma maior atenção em ambiente pessoal ou institucional do cuidado a com a autopreservaçãoe de uso de itens de higiene pessoal, máscaras de proteção, antissépticos e congêneres;

CONSIDERANDO que a transmissão do coronavírus em humano s ocorre de pessoa a pessoa, podendo ser transmitidoprincipalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros, assim como pelo contato com as mãos contaminadascom secreções respiratórias que contenham vírus, sendo as medidas de prevenção, notadamente a de regular higienizaçãode espaços e das mãos, incluindo a disponibilização de álcool gel 70%, constantemente ressaltadas pelas autoridadessanitárias municipais, estadual e federal, bem como pela Sociedade Brasileira de Infectologia, como ações eficazes parareduzir a capacidade de contágio do coronavírus;

CONSIDERANDO o teor da Lei Estadual nº 13.706/2017, que fixa a obrigação de estabelecimentos comerciais que prestamserviço direto à população no Estado da Bahia, dentre eles os espaços de eventos, de disponibilizar, para uso de seusclientes, equipamentos com álcool em gel em suas dependências;

CONSIDERANDO a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo, dentre outros, a harmonização dosinteresses dos participantes das relações de consumo, sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consu-midores e fornecedores;

CONSIDERANDO o direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços,mormente no tocante ao preço desembolsado, tributos incidentes, reajustes aplicados e variações legais;

CONSIDERANDO que também é direito básico do consumidor a proteção do consumidor contra práticas abusivas nomercado de consumo, como a obtenção de vantagem manifestamente excessiva e a aplicação de reajuste alheio aosindexadores oficiais, na forma vedada pelo art.39, IV, V, X e XIII do Código de Defesa do Consumidor;

CONSIDERANDO que a cobrança de valores abusivos em relação a alguns produtos por parte do comércio varejista,conforme relatos realizados por consumidores e pela imprensa, pode caracterizar, também, crime contra economia popularprevisto no art.2, IX (primeira parte) da Lei 1.521/1951, expondo o fornecedor às sanções penais, administrativas, semprejuízo das penalidades de natureza cíveis;

CONSIDERANDO que os comerciantes, vendedores, distribuidores que infrinjam dolosamente às determinações do poderpúblico, destinadas a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, praticam infração penal contra a saúdepública, capitulada no art. 268 do CPB;

CONSIDERANDO, por fim, que todas as informações técnicas divulgadas pelos órgãos de saúde apontam para a importân-cia da prevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus, a medidamais efetiva para proteger os cidadãos e para obstar o colapso do sistema de saúde;

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Cad. 1 / Página 454TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que ao Ministério Público é conferido, pelo artigo 129, III, da Constituição Federal, o dever de atuar com oobjetivo primaz de acautelar interesses sociais e difusos;

CONSIDERANDO, por fim, a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020–CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020,relacionada à atuação dos membros do Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de SaúdePública de Importância Nacional para coronavírus (COVID-19),

RESOLVE RECOMENDAR AOS:FORNECEDORES, DISTRIBUIDORES E/OU REVENDEDORES DAS REDES ATACADISTAS E VAREJISTAS DO MUNICÍPIODE LAURO DE FREITAS,

I. Que SE ABSTENHAM de praticar majoração de preços em desacordo com as diretrizes da presente Recomendação, como intuito de não elevar sem justa causa os preços dos produtos mais demandados para prevenção à contaminação doCoronavírus, e, para tanto, que seja garantido o oferecimento de produtos de bens de consumo de primeira necessidade, aexemplo de água mineral, alimentos, combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo, medicamentos, álcool gel 70%, álcool 70%,máscaras cirúrgicas descartáveis, luvas, além de outros produtos saneantes domissanitários, pelos mesmos preçoscomercializados antes da manifestação;II. Que eventuais alterações de valor sejam feitas apenas e tão somente se fundamentadas na respectiva comprovação deeventual alteração dos custos empresariais logísticos ou funcionais, a serem avaliados com parcimônia e critérios, além decontar com ampla e ostensiva informação/divulgação aos consumidores no estabelecimento comercial, pelos meios ne-cessários a este fim, e, ainda, em conformidade com o estoque disponível em cada estabelecimento, a serem admitidospelo órgão de proteção e defesa ao consumidor, sem configurar prática abusiva.III. Que ESTABELEÇAM ESTRATÉGIAS para racionalizar as vendas de álcool gel 70%, álcool 70%, e máscaras descartáveis,visando evitar o desabastecimento ou a demora na reposição dos itens faltantes, com fim maior de garantir o equilíbrio e aharmonia social, de modo a garantir o atendimento ao maior número de consumidores, até que o abastecimento dosprodutos e prestação de serviços se normalize, inclusive de modo a coibir as compras de provisionamento, feita pelosconsumidores, prejudicando a coletividade.IV. Que façam cumprir a função social da atividade comercial, tendo na pessoa do farmacêutico ou profissional responsável,ou ainda, por meio de material informativo, a indicação de medidas de autopreservação e de uso de itens de higienepessoal, máscaras de proteção, antissépticos e congêneres, inclusive informando sobre eventuais itens similares ouequivalentes aqueles buscados pelos consumidores; eV. Que INFORMEM aos consumidores a eficácia de cada tipo de máscara revendida, com vistas a garantir a adequadainformação sobre a proteção propiciada pelas mesmas, a fim de não acarretar riscos à saúde e segurança dos consumidores

Essa Recomendação deverá ser divulgada em todos os meios de comunicação do Município, com especial remessa aoscomerciantes da região, bem como ao Poder Público Municipal, sobretudo para que adote as providências necessárias aocumprimento fiel desta Recomendação.Advirta-se que o descumprimento da legislação constante desta Recomendação acarretará a responsabilização civil, admi-nistrativa e penal, nos termos dos dispositivos legais supracitados.Remetam-se cópias aos PROCON e Vigilância Sanitária do Município de Lauro de Freitas para conhecimento requisitando-se-lhe fiscalização quanto às diretrizes da presente Recomendação.Dê-se ciência da presente Recomendação aos:a) Conselho Superior do Ministério Público do Estado da Bahia; eb) Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor – CEACON/MPBA.

Solicite-se à Secretaria-Geral da Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia a publicação destaRecomendação na imprensa oficial.

Registre-se no Sistema IDEA.

Publique-se esta Recomendação no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.

Cidade de Lauro de Freitas-BA, março, 19, 2020.

IVANA SILVA MOREIRAPromotora de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPELA DO ALTO ALEGREIDEA: PA Nº 720.9.48312/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Nova Fátima

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Cad. 1 / Página 455TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, titular da 1ª Promoto-ria de Justiça de Riachão do Jacuípe, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art. 27,parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicação analógica)e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando à melhoria dosserviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabepromover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

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CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1. Ao Município de Nova Fátima, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssima Secretária Municipal deSaúde ou a quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena deresponsabilização pessoal,em caso de negligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibi-lidade de contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiaispara evitar aglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aossetores competentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventosparticulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID19, devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações deinformações quanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informan-do a população envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco deletalidade para a população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impediro contágio individual e as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resul-taria em caos para o sistema de saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas àsdemandas de saúde, em geral e do coronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentose insumos); d) Informando, inclusive, sobre a possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra asaúde pública, artigos 267 e 269, e contra a periclitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobreas situações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento desaúde e a procura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos,insumos para o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para oCoronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem naaglomeração de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas ecultos;

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2.Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobreo atendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa doMinistério Público, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPELA DO ALTO ALEGREIDEA: PA Nº 720.9.48288/2020OBJETO: acompanhar as medidas e ações realizadas pela Vigilância em Saúde, atribuição desempenhada pelas Secreta-rias Municipais de Saúde, em face do risco crescente da epidemia instalar-se no Município, monitorando as estratégias emedidas de prevenção adotadas, bem como identificar eventuais vulnerabilidade do sistema municipal e suas adequações,antes do surgimento de casos confirmados.REPRESENTANTE: Ministério Público do Estado da BahiaREPRESENTADO: Município de Gavião

RECOMENDAÇÃO n. 01/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, pela Promotora de Justiça que subscreve a presente, substituta da Promo-toria de Justiça de Capela do Alto Alegre, no uso de suas atribuições Constitucionais e Legais, em vista do disposto no art.27, parágrafo único, inc. IV, da Lei Federal nº 8.625/1993; art. 6º, inc. XX, da Lei Complementar nº 75/1993 (de aplicaçãoanalógica) e na Resolução nº 164/2017-CNMP, que lhe conferem a legitimidade para expedir recomendações, visando àmelhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como, ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesalhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis, e,

CONSIDERANDO o quanto previsto na Portaria nº 188/GM/MS, publicada no Diário Oficial da União em 4 de fevereiro de2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”, em decorrência da Infecção Humanapelo novo coronavírus (2019-nCoV);

CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial da Saúde, em 11 de março (quarta-feira), caracterizando o surto donovo coronavírus como pandemia, prospectando-se o aumento nos próximos dias do número de casos, inclusive com riscoà vida, em diferentes países afetados, inclusive no Brasil;

CONSIDERANDO que a pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de formasimultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna, e, por afetar diferentessetores, exige esforços conjuntos da sociedade;

CONSIDERANDO que com o decreto de uma pandemia pela OMS, o gestor não pode se furtar de tomar as medidas deEstado cabíveis para prevenir o risco de contágio, delegando-as somente à boa vontade e discernimento dos particulares,que, aparentemente, não têm todas as informações adequadas para tomada dessa decisão;

CONSIDERANDO que a consequência de os gestores se omitirem na tomada de medidas oficiais contra aglomerações,bem como, de medidas de prevenção/informação em geral, é a contaminação de grande parte da população de maneirasimultânea, impedindo o sistema de saúde de dar respostas adequadas ao coronavírus e às demais doenças que neces-sitam de atendimento/leitos hospitalares;

CONSIDERANDO, neste sentido, que não basta somente solicitar, informalmente ou pelas redes sociais, o resguardo dapopulação de risco (idosos), a adoção de práticas de higienização, o cancelamento de eventos previamente agendados e oisolamento social, sendo necessária a adoção de política pública para que os cidadãos em geral não sejam transmissoresdo vírus para a população de risco, mormente considerando que foi dado início à transmissão comunitária da COVID-19;

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Cad. 1 / Página 458TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.583 - Disponibilização: segunda-feira, 23 de março de 2020

CONSIDERANDO que qualquer decisão do poder público quanto às medidas de prevenção de contágio do coronavírus,mormente em um quadro de pandemia, deve estar secundada e justificada por notas técnicas das secretarias estadual emunicipal de saúde, pois a eventual ofensa ao interesse público e à garantia de direito fundamental à saúde podem ensejarresponsabilização civil, administrativa e penal dos gestores;

CONSIDERANDO, neste sentido, a necessidade de se estabelecer ações de enfrentamento do coronavírus (SARS-coV-2) eda COVID-19, doença já confirmada, também, em diversas cidades do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê as seguintes medidas de saúde pública para diminui-ção da transmissão de doenças infecciosas sem vacina ou tratamento farmacológico específico, recomendando a suaadoção em relação à COVID-19: proibição de grandes aglomerações; fechamento de escolas e outras medidas; restriçõesde transporte público e/ou de locais de trabalho e outras medidas1;

CONSIDERANDO a sugestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o COVID-19, atualizada em 12 de março de2020, no sentido de que, “ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, as medidas iniciais mais recomenda-das são: estimular o trabalho em horários alternativos em escala; reuniões virtuais; home office; restrição de contato socialpara pessoas com 60 anos ou mais e que apresentam comorbidades; realizar testes em profissionais de saúde com“síndrome gripal”, mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados; organizadores devem avaliar a possi-bilidade de cancelar ou adiar a realização de eventos com muitas pessoas; isolamento respiratório domiciliar de viajanteinternacional que regressou de país com transmissão comunitária (7 dias de isolamento, se assintomático2)”.

CONSIDERANDO que os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade, logo, em havendosuspeita de contaminação, as pessoas acometidas devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia desintomas, até serem descartados;

CONSIDERANDO que a saúde pública e a sua garantia são responsabilidades do Estado (compreendido como União,Estados e Municípios), que deve adotar políticas públicas claras e definidas, a fim de garantir o bem-estar de todos,prevenindo doenças e garantindo o atendimento integral, de forma ininterrupta, tal como preceitua os artigos 196 e 197,ambos, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO, por fim, que somente as ações em conjunto da sociedade civil, agentes públicos, sociedades científicase profissionais de saúde farão com que enfrentemos esta nova epidemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principal-mente entre os idosos e mitigando as consequências sociais e econômicas;

CONSIDERANDO o teor do Decreto do Governo do Estado da Bahia, n. 19.529, de 16 de março de 2020: “Art. 7º Em funçãodos casos confirmados de coronavírus nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Porto Seguro e Prado, ficam suspensos,pelo período de 30 (trinta) dias: (Redação dada pelo Decreto Nº 19532 DE 17/03/2020).

I - os eventos e atividades com a presença de público superior a 50 (cinquenta) pessoas, ainda que previamente autoriza-dos, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventoscientíficos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica; (Redação do inciso dada pelo DecretoNº 19532 DE 17/03/2020).II - as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, a serem compensadas nos dias reservados paraos recessos futuros;III - a abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.Parágrafo único. - Os jogos de campeonatos de futebol, profissionais e não profissionais, deverão ocorrer sem a participa-ção de público ou torcida.

CONSIDERANDO a declaração da situação de Emergência em todo o Estado da Bahia, através do Decreto Estadual n.19.549, de 18 de março de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado na data de hoje, nos seguintes termos: “Art. 1º. Ficadeclarada Situação de Emergência em todo o território baiano, em virtude do desastre classificado e codificado comoDoença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19”;

CONSIDERANDO Art. 4º - Fica estendido a todos os Municípios do Estado da Bahia o disposto no art. 7º do Decreto nº 19.529,de 16 de março de 2020.”, ou seja, a suspensão imediata de eventos que importem na aglomeração de mais de cinquentapessoas;

R E S O L V E, com fundamento no art. 3º da Resolução nº 164/2017-CNMP, expedir a presente RECOMENDAÇÃO, nosseguintes termos:

1.Ao Município de Gavião, na pessoa de seu Excelentíssimo Prefeito e de sua Ilustríssimo Secretário Municipal de Saúde oua quem venha lhes suceder ou substituir nos seus respectivos cargos, sob pena deresponsabilização pessoal, em caso denegligência, que adotem TODAS as medidas e orientações abaixo elencadas, a saber:

Page 67: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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1.1 – Adiem/cancelem/impeçam, IMEDIATAMENTE, a realização de eventos/shows/similares, no município de Riachão doJacuípe, sejam públicos ou particulares, que possibilitem a aglomeração de pessoas, em especial, idosos, ante a possibilidadede contaminação e propagação do coronavírus (COVID-19), devendo, ainda, adotar medidas governamentais oficiais para evitaraglomerações, especialmente, dirigidas aos organizadores de eventos/shows particulares, recomendando aos setores compe-tentes da Prefeitura que se abstenham de expedir alvarás e autorizações para a realização de eventos particulares;

1.2 – Promovam a adoção de políticas públicas de prevenção, contenção e tratamento com relação ao denominado COVID 19,devendo, inclusive, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, encaminhar documento comprobatório de publicações de informaçõesquanto à correta orientação da população envolvida;

1.3 – Promovam a realização de campanha oficial, através dos meios de comunicação disponíveis e adequados, informando apopulação envolvida, quanto aos seguintes aspectos: a) Risco de letalidade para a população jovem; b) Risco de letalidade paraa população idosa e com comorbidades; c) Explicação da necessidade de evitar aglomerações para impedir o contágio individuale as consequências de uma contaminação simultânea e em larga escala da população, o que resultaria em caos para o sistemade saúde (SUS, convênios e privados), que não teria capacidade de dar respostas às demandas de saúde, em geral e docoronavírus (ex: número insuficiente de leitos, profissionais de saúde, medicamentos e insumos); d) Informando, inclusive, sobrea possibilidade de ser responsabilizado criminalmente pelos delitos contra a saúde pública, artigos 267 e 269, e contra apericlitação da vida e da saúde, artigos 131, ambos do Código Penal;

1.4 - Adote medidas visando explicar para a população sobre os sintomas e níveis de gravidade da doença, bem como, sobre assituações em que deve ser buscado o sistema público de saúde, evitando o contágio no próprio estabelecimento de saúde e aprocura desnecessária dos prontos socorros;

1.5 - Informe, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre aquisição de equipamentos de respiração, medicamentos, insumospara o combate ao COVID-19 e informe a respeito do quantitativo de kits disponíveis para testagem para o Coronavírus;

1.6 – Determinem, imediatamente, a paralisação de todas as atividades e serviços não essenciais que importem na aglomera-ção de pessoas, como academias de ginástica, eventos religiosos de qualquer natureza, a exemplo de missas e cultos;

2. Por fim, assinala-se o prazo de vinte e quatro horas, dada a iminência de realização de eventos de grande porte nospróximos dias, para que a(s) autoridade(s) notificada(s) apresente(m) resposta por escrito e de modo fundamentado sobre oatendimento ou não da recomendação, devendo ser encaminhada para o e-mail: [email protected].

O Ministério Público do Estado da Bahia ADVERTE que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora (DOLO) osdestinatários quanto às providências solicitadas, podendo a omissão na adoção das medidas recomendadas implicar aomanejo de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, inclusive, responsabilizaçãopessoal dos gestores.

Publique-se e encaminhe-se cópia aos destinatários.

Encaminhe-se cópia para a Coordenação do CESAU, ao Conselho Municipal de Saúde e para o setor de imprensa do MinistérioPúblico, para que dê ampla divulgação.

Sem mais para o momento, e na certeza do atendimento imediato da presente Recomendação Ministerial, colocamos a 1ªPromotoria de Justiça de Riachão à disposição para mais informações e esclarecimentos.

Riachão do Jacuípe-BA, 20 de março de 2020.

ANALÍZIA FREITAS CÉZAR JÚNIORPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO 03/2020Urgente!

O Ministério Público do Estado da Bahia, pelo seu Promotor de Justiça infrafirmado, no uso de uma das suas atribuiçõesconferidas pelos artigos 129, VI da Constituição Federal; art. 26, I da Lei nº 8.625/93, art. 73 e 77 da Lei Complementar Estadualnº 11/96, norteado ainda pelo disposto na Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, e, tendo em vista aNOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 1/2020 – CES/CNMP/1ª CCR, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2020, referente a atuação dos membrosdo Ministério Público brasileiro em face da decretação de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional para o coronavírus(COVID-19);

Considerando que a referida Nota Técnica oferece subsídios para uma atuação coordenada, com o protagonismo das unidadese ramos do Ministério Público, para o acompanhamento das ações realizadas pela Vigilância em Saúde, em todos os níveis, alémdo incentivo aos Órgãos de Execução do Ministério Público com funções na área da saúde no âmbito municipal, para que seaproximem dos gestores locais da saúde visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais de Contingência,

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Considerando que, recentemente, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a ocorrência de uma pandemia, em virtudeda propagação do coronavírus em dezenas de países do mundo;

Considerando que, até a presente data, existem mais de 200.000 casos de coronavírus confirmados no mundo;

Considerando que, até a presente data, o coronavírus já provocou mais de10.00 mortes em dezenas de países do mundo;

Considerando que a Organização Mundial de Saúde noticiou que o coronavírus tem provocado a morte de crianças nomundo;

Considerando que em 15.03.2020 a Organização Mundial de Saúde ressaltou que a contenção da escalada do número decasos de coronavírus e das mortes provocadas pela referida pandemia justifica a adoção de medidas de distanciamentosocial, tais como o fechamento de escolas, o trabalho remoto e a suspensão de eventos, entre outros;Considerando que em 16.03.2020 a imprensa brasileira noticiou a primeira morte causada no Brasil pelo coronavírus,ocorrida no Estado de São Paulo;

Considerando que já existem casos confirmados de contaminação pelo Coronavírus no Estado da Bahia;

Considerando que, até a presente data, já foram confirmados 621 casos de pacientes com coronavírus no Brasil;

Considerando que a Secretaria Estadual de Saúde do Estado da Bahia está monitorando 32 casos de contaminados porcoronavírus no Estado (Salvador [18], Feira de Santana [6], Lauro de Freitas [2], Porto Seguro [4], Prado (1) e Itabuna [1];

Considerando que já houve confirmação de casos de transmissão comunitária do coronavírus dentro do Estado da Bahia;

Considerando que estudos preliminares realizados em Londres apontaram que a taxa de transmissão entre humanos docoronavírus é de duas a três pessoas para cada paciente infectado;

Considerando que estudos recentes apontaram que o coronavírus pode sobreviver fora do organismo humano por váriashoras ou por até 3 dias em determinadas superfícies (o vírus pode sobreviver por mais tempo em plástico ou aço inoxidável,chegando a dois ou três dias de sobrevida. No ar, ele pode permanecer por 3 horas. Em cobre, resiste por 4 horas. Empapelão, por 24 horas - informações extraídas do seguinte endereço eletrônico (https://exame.abril.com.br/ciencia/estudo-sugere-que-coronavirus-sobrevive-em-ambientes-por- ate-tres-dias/);

Considerando que o artigo 196 da Constituição Federal prevê que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantidomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universale igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”;

Considerando o disposto na Lei Nacional n. 8.080/90;

Considerando o disposto na Portaria n. 2.436/2017, expedida pelo Ministério da Saúde, que disciplina a política nacional deatenção básica no âmbito do sistema único de saúde;

Considerando os princípios da proteção integral, da prioridade absoluta de atendimento, da intervenção precoce e daprevenção, previstos na Lei Nacional n. 8.069/90 (ECA);

Considerando o princípio da proteção integral previsto no Estatuto do Idoso (Lei Nacional n. 10.741/2003);

Considerando que o aumento do número de casos de infectados pelo coronavírus causará a sobrecarga do sistema públicode saúde, o que pode levar a um colapso na sua capacidade de atendimento;Considerando que a luta contra um surto de vírus não é apenas de contenção, mas também de retardamento da dissemi-nação, um processo conhecido entre especialistas em saúde como “desacelerar” e “mitigar”;

Considerando as disposições inseridas no Decreto nº 19529/2020, expedido pelo Governador do Estado da Bahia;

Considerando as orientações fornecidas pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) a respeito da prevenção do coronavírus(https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/03/13/interna_nacional,1128414/coronavirus- sociedade-de-infectologia-rechaca-momento-de-panico.shtml);

RESOLVE a Promotoria de Justiça de Riacho de Santana, RECOMENDARa urgente efetivação das seguintes providências pelos Municípios de Riacho de Santana e Matina:a. adotar as medidas administrativas necessárias para promover, no prazo máximo de 5 dias, a capacitação dosAgentes Comunitários de Saúde e de todos os profissionais de saúde dos municípios que compõem a Comarca, a respeitodas características do coronavírus, seus sintomas, e sobre as principais medidas de prevenção e tratamento, utilizando-separa tanto de cursos em ambientes virtuais (com a oferta de videoaula e a disponibilização do material existente no site doMinistério da Saúde, por meio da utilização de ferramentas como whatsapp, teams, Skype, facetime, etc);

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b. adotar as medidas administrativas necessárias para, no prazo de 5 dias, realizar campanha publicitária para trans-mitir informações para a população a respeito do coronavírus, a qual deverá abranger ao menos os seguintes aspectos:b-I) medidas de higiene para prevenir a propagação do vírus, tais como a necessidade de correta higienização das mãos ede ambientes de uso coletivos;b-II) riscos referentes à aglomeração de pessoas, inclusive no que concerne às unidades de saúde, com a disponibilizaçãode conteúdos informativos nas redes sociais e em outros locais da internet;b-III) viabilizar a realização de entrevistas para orientação da população sobre o coronavírus nos veículos da imprensa local(canais de televisão e rádios);b-IV) viabilizar a inserção de materiais informativos sobre o coronavírus nos sites dos Municípios, no Facebook e no Instagram,utilizando, para tanto, os materiais disponibilizados no site do Ministério da Saúde;b-V) difundir a informação sobre o aplicativo denominado “Coronavírus SUS” (https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes ehttps://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382), desenvolvi-do pelo Ministério da Saúde, o qual contém informações sobre sintomas, prevenção e tratamento do coronavírus;b-VI) disseminar informações sobre a necessidade de as pessoas que empreenderam viagens recentes entrarem emcontato com a central de atendimento e orientação abaixo descrita;c. adotar as medidas administrativas necessárias para, no prazo de 5 dias, criar Central de Atendimento Municipal a fimde viabilizar atendimento em ambiente virtual da população dos municípios que compõem a Comarca , por meio de aplicativopara celulares, bem como mediante a utilização de central de atendimento telefônico, a qual poderá utilizar aplicativo gratuitopara fazer e receber chamadas, a ser integrada por uma equipe técnica especializada e capacitada para tanto, que deveráser preenchida, ao menos, com os seguintes profissionais: 2 médicos(as), 2 enfermeiros(as) e 5 agentes comunitários desaúde;c-I) no prazo de 5 dias, passar a prestar informações, na referida central de atendimento, para os cidadãos(ãs) que tiveremdúvidas acerca do coronavírus, seus sintomas, prevenção e tratamento;c-II) no prazo de 48 horas, elaborar fluxograma de atendimento dos pacientes com suspeita de coronavírus que estejam comsintomas leves ou assintomáticos, de modo a evitar o acúmulo indevido de pessoas nas unidades de saúde (o que poderiacontribuir para a propagação do coronavírus);c-III) no prazo de 48 horas, elaborar fluxograma de atendimento dos pacientes com suspeita de coronavírus que estejamapresentando sintomas de maior gravidade (p. ex. dificuldade para respirar e falta de ar), a fim de que os profissionais desaúde lotados nas unidades de saúde municipais consigam realizar as regulações e encaminhamentos necessários paraatendimento médico e para avaliação médica sobre a necessidade ou não de internação hospitalar;c-IV) dar publicidade aos referidos fluxogramas à população local, mediante a realização de entrevistas e por meio dapublicação de informativos nas redes sociais, no site do Município, em grupos de whatsapp e nas unidades de saúde;d. no prazo de 24 horas, adotar as providências administrativas e legais necessárias para determinar a suspensão dasaulas também nas escolas particulares localizadas nos Municípios de Riacho de Santana e Matina, a qual deverá perdurarpelo prazo mínimo de 15 dias, reavaliando-se a necessidade ou não de prorrogação da referida medida após o transcursodo citado período;e. adotar as providências administrativas necessárias para que o órgão Municipal com atribuição para fiscalizar asrelações de consumo do Município, no prazo de 24 horas, passe a fiscalizar intensamente a fixação abusiva de preços demercadorias, produtos e serviços, em supermercados, farmácias e em quaisquer outros estabelecimentos comerciais quepossam ter reajustado abusivamente os preços em razão da pandemia acima noticiada, de modo que os possíveis infrato-res sejam autuados e sancionados, com a aplicação das punições previstas no artigo 56 da Lei Nacional n. 8.078/90(Código de Defesa do Consumidor), devendo encaminhar ao Ministério Público, no prazo de 10 dias, a lista dos estabeleci-mentos fiscalizados, a cópia dos autos de infração porventura lavrados e o cronograma bimestral de fiscalizações, visandoprevenir e coibir práticas abusivas e o aumento arbitrário dos preços e lucros, nos moldes do artigo 173, parágrafo 4º, daConstituição Federal;f. adotar as providências administrativas necessárias para viabilizar a contratação temporária, no prazo de 5 dias, de aomenos mais um fiscal para o órgão de fiscalização e controle dantes mencionado, de modo a possibilitar a intensificação dafiscalização promovida pelo aludido órgão fiscalizatório;g. adotar as providências administrativas necessárias para viabilizar que o órgão de fiscalização e controle das rela-ções de consumo do município, no prazo de 5 dias, desenvolva campanha de informação em favor dos consumidores locaispara prevenir o reajuste abusivo de preços de produtos, serviços e mercadorias, orientando os cidadãos(ãs) locais adenunciar tais práticas, inclusive mediante a divulgação do endereço, do e-mail e do telefone do órgão de fiscalização econtrole do município em todas as regiões da cidade;h. no prazo de 48 horas, adotar as providências administrativas necessárias para viabilizar a instalação de ponto deatendimento da população na rodoviária, com o fornecimento de álcool em gel e de outros produtos para higiene das mãos,visando evitar a propagação do coronavírus;i. no prazo de 48 horas, adotar as providências administrativas necessárias para que, em todas as unidades de saúde,sejam fornecidos aos usuários(as) do sistema único de saúde máscara cirúrgica e álcool em gel para a higienização dasmãos, de modo a prevenir a transmissão do coronavírus, os quais deverão receber orientação, pelos servidores dasunidades, sobre o adequado descarte da máscara quando da saída da unidade de saúde e acerca da necessidade de novahigienização das mãos antes da saída das citadas unidades;j. adotar as medidas administrativas necessárias para promover, no prazo máximo de 5 dias, a capacitação dosprofissionais da educação que atuam nas unidades de ensino municipais a respeito das características do coronavírus esobre as principais medidas de prevenção e tratamento, utilizando-se para tanto de cursos em ambientes virtuais (com aoferta de videoaula e a disponibilização do material existente no site do Ministério da Saúde, por meio da utilização deferramentas como whatsapp, teams, Skype, facetime, etc);

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k. no prazo de 5 dias, adotar as providências legais e administrativas necessárias para vedar a realização de eventospúblicos ou particulares em que possam ocorrer aglomeração de pessoas;l. no prazo de 48 horas, adotar as providências legais e administrativas necessárias para intensificar o fornecimento dealimentos para as famílias em situação de vulnerabilidade econômica que tenham filhos(as) em idade escolar, levando emconsideração a suspensão das aulas nas escolas públicas, de modo a compensar a ausência momentânea de ofereci-mento da merenda escolar;m. no prazo de 48 horas, adotar as providências legais e administrativas necessárias para prestar atendimento desaúde, no que diz respeito ao coronavírus, para pessoas em situação de rua;n) no prazo de 5 dias, adotar as providências administrativas para passar a monitorar a necessária quarentena dos portado-res de coronavírus que não estiverem em regime de internação hospitalar, devendo informar imediatamente ao MinistérioPúblico os casos de pacientes que abandonarem a quarentena sem prévia indicação médica, para que o Parquet possaadotar as providências jurídicas cabíveis de forma célere, visando evitar a propagação do coronavírus, inclusive no que dizrespeito à possibilidade de ajuizamento de ação judicial de “internação compulsória domiciliar”;n. no prazo de 48 horas, efetuar a criação de grupos de whatsapp, a serem integrados por todos os agentes públicosdas unidades de saúde (um grupo para cada unidade de saúde), de modo a viabilizar a célere transmissão de informaçõese o rápido encaminhamento dos atendimentos, adotando-se a cautela de preservar o sigilo das informações médicas(inclusive no que se refere à identidade dos pacientes);o. no prazo de 48 horas, adotar as providências administrativas necessárias para que a vigilância sanitária municipaloriente os proprietários de bares, restaurantes, lanchonetes e de outros estabelecimentos congêneres a fim de informá-lossobre a importância de disponibilização de álcool em gel e de outros materiais para higienização das mãos;p. no prazo de 48 horas, adotar as providências administrativas necessárias para que a vigilância sanitária municipalintensifique a fiscalização de bares, restaurantes, lanchonetes e de outros estabelecimentos congêneres, a fim de verificarse estão procedendo à correta higienização dos ambientes coletivos e à disponibilização de materiais para a higienizaçãodas mãos de funcionários e clientes, para fins de prevenção do coronavírus.1. O não atendimento da presente recomendação ensejará o ajuizamento de ação civil pública e a adoção das demaismedidas legais pertinentes.

Assinala-se, respeitosamente, o prazo de 24 horas para que sejam prestadas informações a respeito do cumprimento dapresente recomendação.

Riacho de Santana, 20 de março 2020.

ANTÔNIO LUCIANO SILVA ASSISPromotor de Justiça no exercício da substituição

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE GUARATINGA/BACOMUNICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO

O Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Exma. Promotora de Justiça que esta subscreve, comunica aosinteressados, inclusive para efeito de eventual apresentação de recurso no prazo de 10 (dez) dias, que foi promovido oARQUIVAMENTO dos Procedimentos Extrajudiciais abaixo discriminados. Expirado o prazo, os autos serão arquivados noâmbito da Promotoria de Justiça de Guaratinga/Ba, nos termos do art. 5º da Resolução 174/ 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público – CNMP. Salientando que, a presente comunicação será fixada no mural da Promotoria para conhecimen-to pleno, após a publicação no DJE.

CATHARINE RODRIGUES DE OLIVEIRA MATOSPROMOTORA DE JUSTIÇA

PROTOCOLO Nº OBJETO/

ASSUNTO INTERESSADOS(AS) FUNDAMENTO

1 219.9.47140/2020 Improbidade Administrativa

Deldi Ferreira Costa e Ezequias Viana Braga

Art. 4º, III, Resolução 174/2017 – CNMP

2 647.0.74794/2014 Improbidade Administrativa

Kenoel Viana Cerqueira Art. 4º, I, Resolução 174/2017 – CNMP

3 647.711.61476/2014 Improbidade Administrativa

Kenoel Viana Cerqueira, Gelson José de Almeida e Joscimar Ramos dos Santos

Art. 4º, III, Resolução 174/2017 – CNMP

4 219.0.146962/2016 Consumidor Edson Rodrigues dos Santos Art. 4º, I, Resolução 174/2017 – CNMP

5 219.9.142432/2018 Improbidade Administrativa

Sindicato Intermunicipal dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate as Endemias de Eunápolis

Art. 4º, III, Resolução 174/2017 – CNMP

6 003.0.60091/2014 Improbidade Administrativa

Kenoel Viana Cerqueira, Gelson José de Almeida e Rowenna Nascimento Rosa

Art. 4º, III, Resolução 174/2017 – CNMP

Page 71: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA ... · 18h do dia 18/05 às 08h do dia 25/05/2020 Fernando Rodrigues de Assis 18h do dia 25/05 às 08h do dia 01/06/2020 João

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SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DIRETORIA DE CONTRATOS, CONVÊNIOS E LICITAÇÕES

PORTARIA Nº 079/2020

O SUPERINTENDENTE DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suasatribuições legais,

RESOLVE

Designar as servidoras Fernanda da Costa Peres Valentim, matrícula 352.831, e Monica Fabiane da Silva Sobrinho, matrícu-la 351.906, para exercerem as atribuições de fiscal e suplente, respectivamente, do Acordo de Cooperação Técnica celebra-do junto ao Banco do Brasil para viabilizar o uso sistema eletrônico de licitações disponibilizado pelo Banco - Licitações-e.

Superintendência de Gestão Administrativa do Ministério Público do Estado da Bahia, 20 de março de 2020.

Frederico Welington Silveira SoaresSuperintendente de Gestão Administrativa

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO ELETRÔNICO nº 03/2020 – LICITAÇÃO nº 809031– PROCESSO nº 003.0.3517/2020. OBJETO: AQUISIÇÃO DEMATERIAL DE EXPEDIENTE, conforme edital e seus anexos. INÍCIO DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 03/04/2020 às08:00 horas (Horário de Brasília - DF); LIMITE DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 07/04/2020 às 08:30 horas (Horáriode Brasília - DF);ABERTURA DAS PROPOSTAS: 07/04/2020 às 08:30 horas (Horário de Brasília - DF); DATA E HORA DADISPUTA: 07/04/2020 às 09:30 horas (Horário de Brasília - DF); no site www.licitacoes-e.com.br. Obs.: O Edital e seusAnexos poderão ser adquiridos nos sites: https://www.mpba.mp.br/licitacoes e www.licitacoes-e.com.br. Informaçõescom a Coordenação de Licitação através do e-mail [email protected]. Salvador-Ba, 20/03/2020. Christian Heberth– Pregoeiro Oficial.

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO ELETRÔNICO nº 08/2020 – LICITAÇÃO nº 809055 – PROCESSO nº 003.0.4807/2020. OBJETO: REGISTRO DE PRE-ÇOS DE MATERIAL DE EXPEDIENTE, conforme edital e seus anexos. INÍCIO DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 01/04/2020 às08:00 horas (Horário de Brasília - DF); LIMITE DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 03/04/2020 às 08:30 horas (Horário deBrasília - DF); ABERTURA DAS PROPOSTAS: 03/04/2020 às 08:30 horas (Horário de Brasília - DF); DATA E HORA DA DISPUTA: 03/04/2020 às 09:30 horas (Horário de Brasília - DF); no site www.licitacoes-e.com.br. Obs.: O Edital e seus Anexos poderão seradquiridos nos sites: https://www.mpba.mp.br/licitacoes e www.licitacoes-e.com.br. Informações com a Coordenação de Licita-ção através do e-mail [email protected]. Salvador-Ba, 20/03/2020. Christian Heberth – Pregoeiro Oficial.

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO ELETRÔNICO nº 11/2020 – LICITAÇÃO nº 809063 – PROCESSO nº 003.0.5703/2020. OBJETO: REGISTRO DE PREÇOSDE PURIFICADOR DE ÁGUA, conforme edital e seus anexos. INÍCIO DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 02/04/2020 às 08:00horas (Horário de Brasília - DF); LIMITE DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 06/04/2020 às 08:30 horas (Horário de Brasília - DF);ABERTURA DAS PROPOSTAS: 06/04/2020 às 08:30 horas (Horário de Brasília - DF); DATA E HORA DA DISPUTA: 06/04/2020 às09:30 horas (Horário de Brasília - DF); no site www.licitacoes-e.com.br. Obs.: O Edital e seus Anexos poderão ser adquiridos nossites: https://www.mpba.mp.br/licitacoes e www.licitacoes-e.com.br. Informações com a Coordenação de Licitação através do e-mail [email protected]. Salvador-Ba, 20/03/2020. Christian Heberth – Pregoeiro Oficial.

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO ELETRÔNICO nº 12/2020 – LICITAÇÃO nº 809066 – PROCESSO nº 003.0.3048/2020. OBJETO: REGISTRO DEPREÇOS DE DVD E TELEFONE, conforme edital e seus anexos. INÍCIO DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 31/03/2020 às08:00 horas (Horário de Brasília - DF); LIMITE DE ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS: 02/04/2020 às 08:30 horas (Horário deBrasília - DF);ABERTURA DAS PROPOSTAS: 02/04/2020 às 08:30 horas (Horário de Brasília - DF); DATA E HORA DA DISPUTA:02/04/2020 às 09:30 horas (Horário de Brasília - DF); no site www.licitacoes-e.com.br. Obs.: O Edital e seus Anexos poderão seradquiridos nos sites: https://www.mpba.mp.br/licitacoes e www.licitacoes-e.com.br. Informações com a Coordenação de Lici-tação através do e-mail [email protected]. Salvador-Ba, 20/03/2020. Christian Heberth – Pregoeiro Oficial.