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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 JANEIRO/2016

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015

JANEIRO/2016

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO 2015

Relatório de Gestão do exercício de 2015,

apresentado ao Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior – MDIC, em

atenção ao disposto na Lei 11.080/2004, no

Decreto 5.352/2005 e no Contrato de Gestão

MDIC–ABDI, bem como aos órgãos de controle

interno e externo como prestação de contas anual

a que esta Unidade está obrigada, nos termos do

art. 70 da Constituição Federal, elaborado de

acordo com as disposições da Instrução Normativa

TCU nº 63/2010 alterada pela IN TCU nº 72/2013,

da Decisão Normativa TCU nº 146/2015, da

Portaria TCU nº 321/2015 e da Portaria CGU nº

522/2015.

Brasília, janeiro/2016.

3 Relatório de Gestão – 2015

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

DILMA VANA ROUSSEFF

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ARMANDO MONTEIRO NETO

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

ALESSANDRO GOLOMBIEWSKI TEIXEIRA

Presidente

CHARLES CAPELLA DE ABREU

Chefe de Gabinete

MARIA LUISA CAMPOS MACHADO LEAL

Diretora

MIGUEL ANTÔNIO CEDRAZ NERY

Diretor

ANGELO RONCALLI BANDEIRA DA COSTA

Gerente de Auditoria e Ouvidoria

CARLA MARIA NAVES FERREIRA

Gerente de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação

ISABELLE AGNER BRITO

Gerente de Gestão

JACKSON DE TONI

Gerente de Planejamento

PAULO CESAR MARQUES DA SILVA

Gerente de Desenvolvimento Produtivo

Coordenação do Trabalho

ANGELO RONCALLI BANDEIRA DA COSTA

LUIS CLÁUDIO RODRIGUES DE FRANÇA

VALDER RIBEIRO DE MOURA

4 Relatório de Gestão – 2015

Assessoria Técnica

ANDREIA DE OLIVEIRA SILVA

FLÁVIA VANESSA NUNES MARTINS MOTA

VANDERLEI ANTONIO CARBONE

ANA PAULA PAPA MIRANDA PAIM

CECÍLIA VERGARA SOUVESTRE

FABIO ESTORTI DE CASTRO

NATÁLIA CAVALCANTI GALVÃO

CLAUDIO PINTO DE NADAI

CILMARA DIAS CUSTÓDIO DE ARAÚJO

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

A&E Arquitetos e Engenheiros

ABBI Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Abicab Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas

e Derivados

ABICalçados Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

ABIEC Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne

Abihpec Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos

ABIMAQ Associação Brasileira de Máquinas Equipamentos

ABIMO Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e

Odontológicos

ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

ABIQUIFI Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica

Abiquim Associação Brasileira da Indústria Química

ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

Abqtic Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro

Abramat Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção

Abrameq Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os

Setores do Couro, Calçados e Afins

ABVCap Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital

AEA Associação de Engenharia Automotiva

AEB Agência Espacial Brasileira

AESabesp Associação dos Engenheiros da Sabesp

AFTF Alternative Fuels Task Force

AGU Advocacia Geral da União

AIAB Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil

AICSUL Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul

AID Avaliação Individual de Desempenho

Amapi Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Piranga

5 Relatório de Gestão – 2015

AMMAN Associação dos Municípios da Microrregião Zona da Mata Norte

Anac Agência Nacional de Aviação Civil

Anfavea Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

Anprotec Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo e

Inovação

ANTT Assessoria Nacional ao Transporte Terrestre

Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APL Arranjo Produtivo Local

AR Atuação Responsável

ATS Agenda Tecnológica Setorial

BEN-DC Brazilian Expert Network – Washington DC

BEST Brazilian Entreprenours in Science and Technology

BI Business Intelligence

BID Base Industrial de Defesa

BIM Building Information Modelling

BIO Biotecnologia

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

BPF Boas Práticas de Fabricação

BPL Boas Práticas de Laboratório

BSC Balance Score Card

CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção

CD3I Comprehensive Drug Discovery and Development Initiative

CEBRAP Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

Cecompi Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista

Cemig Companhia Energética de Minas Gerais

Cenpes Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras

Certi Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras

Cetiqt Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil

CGEE Centro de Gestão de Estudos Estratégicos

CI Circuitos Integrados

CICB Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil

CM Coordenação Modular

CNB Comitê Nacional de Biotecnologia

CNC Confederação Nacional do Comércio

CNDI Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial

CNI Confederação Nacional da Indústria

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CNT Confederação Nacional do Transporte

CNTH Centro Tecnológico de Helicópteros

CoC Council on Competitiviness

COF Convênio de Financiamento

COMAPI Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Política Industrial

COPAC Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate

COPEL Companhia Paranaense de Energia

6 Relatório de Gestão – 2015

CPD&Is Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

CPLAN Coordenação de Planejamento

CT&I Ciência, Tecnologia e Inovação

CTC Comitê Técnico Consultivo

CVM Comissão de Valores Mobiliários

DEC Departamento de Engenharia e Construção

DEIET Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transportes

Denatran Departamento Nacional de Trânsito

DIC Divisão de Inteligência Comercial

Dieese Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

DPR Departamento de Promoção Comercial e Investimentos

DRP Diálogo Regional de Política

EB Exército Brasileiro

Ebserh Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Embraer Empresa Brasileira de Aeronáutica

Embrapii Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial

EMHO Equipamentos Médico-Hospitalares, Odontológicos e de Laboratórios

END Estratégia Nacional de Defesa

EVTE Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica

FAB Força Aérea Brasileira

FCS Fatores Críticos de Sucesso

FDA Food and Drug Administration

FDC Fundação Dom Cabral

Fenabrave Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores

Fenaseg Federação Nacional de Seguros Privados

FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

Fiesp Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

Finatec Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos

Finep Financiadora de Estudos e Projetos

FJB Fundação Universitária José Bonifácio

Focem Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul

Funcamp Fundação de Desenvolvimento da Unicamp

GC Gestão do Conhecimento

GFCC Global Federation of Competitiveness Councils

GHS Globally Harmonised System

HPPC Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

IABM Instituto Pró-Inovação e Competitividade da Metalurgia, Materiais e

Mineração

Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBICT Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia

IBK Indústria de Bens de Capital

ICCT International Council on Clean Transportation

ICP International Cooperation Projects

ICT Instituições Científicas e Tecnológicas

7 Relatório de Gestão – 2015

IETS Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade

IGDF Índice Geral de Desempenho Físico

INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia

INDI-MG Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais

Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Inpi Instituto Nacional de Propriedade Industrial

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipead Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas

Gerais

IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

ISO International Organization for Standardization

KITs Key Intelligence Topics

LAB Laboratório de Inovação

LNBio Laboratório Nacional de Biociências

MBC Movimento Brasil Competitivo

MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

MD Ministério da Defesa

MDA Ministério de Desenvolvimento Agrário

MDIC Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio

MEC Ministério da Educação

MF Ministério da Fazenda

MGP Metodologia de Gerenciamento de Projetos

MIN Ministério da Integração Nacional

MJ Ministério da Justiça

MMA Ministério do Meio Ambiente

MME Ministério de Minas e Energia

MRE Ministério das Relações Exteriores

MS Ministério da Saúde

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NIT Núcleo de Inovação Tecnológica

NTs Normas Técnicas

OACI Organização de Aviação Civil Internacional

OEM Original Equipment Manufacturer

ONU Organização das Nações Unidas

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

PAED Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa

PAq Plano de Aquisição

PBM Plano Brasil Maior

PD&I Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

PDCA Programa de Desenvolvimento da Cadeia Aeronáutica

PDP Política de Desenvolvimento Produtivo

PDS Programa de Desenvolvimento Setorial

PEDET Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Territorial

8 Relatório de Gestão – 2015

PG&N Petróleo, Gás e Naval

PI Política Industrial

Pintec Pesquisa de Inovação

Pitce Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

PMCMV Programa Minha Casa, Minha Vida

PME Pequenas e Médias Empresas

PNAE Programa Nacional de Atividades Espaciais

PNID Política Nacional da Indústria de Defesa

PNPC Programa de Plataforma Nacional do Conhecimento

Prominer Programa de Desenvolvimento de Fornecedores para Mineração

Prominp Programa e Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural

Pronatec Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

PUBTechSF Pesquisadores e Universitários Brasileiros da Região de San Francisco

REI Redes Elétricas Inteligentes

SAE Sociedade de Engenheiros da Mobilidade

SAPI Sistema de Acompanhamento da Política Industrial

Sassmaq Sistema de Avaliação de Saúde

SCI Índice de Competitividade Espacial

SDP Secretaria de Desenvolvimento da Produção

Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SEDE Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico

Senai Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Sindipeças Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos

Automotores

SISTEC Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica

SMDIC Sistema MDIC

SMPE Secretaria da Micro e Pequena Empresa

SOFTEX Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Suframa Superintendência da Zona Franca de Manaus

T&C Têxtil & Confecções

TCU Tribunal de Contas da União

TI Tecnologia da Informação

TIB Tecnologia Industrial Básica

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

TR Termo de Referência

UbraBio União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene

UCLA Universidade de Los Angeles

UFV Universidade de Viçosa

UNB Universidade de Brasília

Unicamp Universidade Estadual de Campinas

Unifei Universidade Federal de Itajubá

UTA Universidade do Texas em Austin

UTF Unidade Técnica do Focem

9 Relatório de Gestão – 2015

SUMÁRIO

1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

2. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 14

3. VISÃO GERAL DA ABDI ............................................................................................. 16

3.1. IDENTIFICAÇÃO .....................................................................................................................16

3.2. FINALIDADE E COMPETÊNCIAS INSTITUCIONAIS ........................................................16

3.3. NORMAS E REGULAMENTOS DE CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA

ABDI 17

3.4. BREVE HISTÓRICO .................................................................................................................18

3.5. AMBIENTE DE ATUAÇÃO .....................................................................................................18

3.6. ORGANOGRAMA ....................................................................................................................19

3.7. MACROPROCESSOS FINALÍSTICOS ...................................................................................23

3.8. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DO CAPITAL SOCIAL ...........................................................24

3.9. PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS SOCIEDADES......................................................................24

3.10. PRINCIPAIS EVENTOS SOCIETÁRIOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO ............................25

4. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL E DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO

E OPERACIONAL ................................................................................................................ 25

4.1. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL ................................................................................25

4.1.1. ESTRATÉGIAS ADOTADAS PARA ALCANCE DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....... 30

4.1.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE TRABALHO 2015 ............................................................ 33

4.1.2.1. PROJETO TEMÁTICO: PETRÓLEO, GÁS E NAVAL ..................................................... 33

4.1.2.2. PROJETO TEMÁTICO: AUTOMOTIVO .......................................................................... 39

4.1.2.3. PROJETO TEMÁTICO: AERONÁTICO, DEFESA E ESPACIAL ................................... 43

4.1.2.4. PROJETO TEMÁTICO: FÁRMACOS E MEDICAMENTOS ........................................... 57

4.1.2.5. PROJETO TEMÁTICO: QUÍMICO .................................................................................... 59

4.1.2.6. PROJETO TEMÁTICO: ENERGIAS RENOVÁVEIS ....................................................... 61

4.1.2.7. PROJETO TEMÁTICO: MINERO ...................................................................................... 63

4.1.2.8. PROJETO TEMÁTICO: HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS .......... 64

4.1.2.9. PROJETO TEMÁTICO: CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................... 66

4.1.2.10. PROJETO TEMÁTICO: INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL (IBK) ............................. 70

4.1.2.11. PROJETO TEMÁTICO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

(TIC) 73

4.1.2.12. PROJETO TEMÁTICO: INVESTIMENTOS ..................................................................... 76

4.1.2.13. PROJETO TEMÁTICO: INOVAÇÃO ................................................................................ 78

4.1.2.14. PROJETO TEMÁTICO: AGENDAS TECNOLÓGICAS SETORIAIS .............................. 85

4.1.2.15. PROJETO TEMÁTICO: AGROINDÚSTRIA..................................................................... 91

4.1.2.16. PROJETO TEMÁTICO: TÊXTIL E CONFECÇÕES ......................................................... 93

4.1.2.17. PROJETO TEMÁTICO: COURO, CALÇADOS E ARTEFATOS ..................................... 95

4.1.2.18. PROJETO TEMÁTICO: AGENDA INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO ....................... 97

4.1.2.19. PROJETO TEMÁTICO: INTELIGÊNCIA COMPETITIVA ............................................ 110

4.1.2.20. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA POLÍTICA INDUSTRIAL ....................................... 114

10 Relatório de Gestão – 2015

4.1.3. POLÍTICA INDUSTRIAL 2016-2018 ...................................................................................... 123

4.2. FORMAS E INSTRUMENTO DE MONITORAMENTO DA EXECUÇÃO E DOS

RESULTADOS DOS PLANOS ...........................................................................................................125

4.3. DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO ......................................................................................130

4.3.1. OBJETIVOS ESTABELECIDOS NO PPA DE RESPONSABILIDADE DA ABDI E

RESULTADOS ALCANÇADOS........................................................................................................ 130

4.3.2. EXECUÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA DAS AÇÕES DO ORÇAMENTO DA ABDI .......... 130

4.3.3. FATORES INTERVENIENTES NO DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO ............................ 130

4.3.4. DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS ...................................................... 131

4.3.5. OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS SEM RESPECTIVO CRÉDITO AUTORIZADO NO

ORÇAMENTO .................................................................................................................................... 132

4.3.6. RESTOS A PAGAR DE EXECÍCIOS ANTERIORES ............................................................. 132

4.3.7. EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA COM TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS ............... 132

4.3.7.1 A 4.3.7.8. .................................................................................................................................. 133

4.3.8. INFORMAÇÕES SOBRE A REALIZAÇÃO DAS RECEITAS .............................................. 134

4.3.9. INFORMAÇÕES SOBRE A EXECUÇÃO DAS DESPESAS ................................................. 136

4.3.10. SUPRIMENTO DE FUNDOS, CONTAS BANCÁRIAS TIPO B E CARTÕES DE

PAGAMENTO DO GOVERNO FEDERAL....................................................................................... 137

4.4. DESEMPENHO OPERACIONAL ..........................................................................................138

4.4.1. A 4.4.19. .................................................................................................................................. 138

4.5. A 4.13. ....................................................................................................................................138

4.14. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES DE DESEMPENHO..........................138

4.14.1. INDICADORES ESPECÍFICOS ............................................................................................. 139

4.14.2. INFORMAÇÕES E INDICADORES SOBRE O DESEMPENHO OPERACIONAL ........... 141

4.14.3. A 4.14.5 .................................................................................................................................. 141

4.15. ACOMPANHAMENTO E RESULTADOS DO PLANO BRASIL MAIOR ..........................141

4.16. A 4.51 .......................................................................................................................................144

5. GOVERNANÇA ............................................................................................................ 145

5.1. DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA .....................................................145

5.2. INFORMAÇÕES SOBRE OS DIRIGENTES E COLEGIADOS ............................................145

5.3. PAPÉIS E FUNCIONAMENTO DOS COLEGIADOS ...........................................................148

5.4. POLÍTICA DE DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTES NAS ASSEMBLÉIAS E NOS

COLEGIADOS DE CONTROLADAS, COLIGADAS E SOCIEDADES DE PROPÓSITO

ESPECÍFICO .......................................................................................................................................149

5.5. INFORMAÇÕES SOBRE A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO CONTRATO DE GESTÃO

149

5.6. MODELO DE GOVERNANÇA DA ENTIDADE EM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS DO

CONGLOMERADO ............................................................................................................................152

5.7. ATUAÇÃO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA .....................................................152

5.8. ATIVIDADES DE CORREIÇÃO E APURAÇÃO DE ILÍCITOS ADMINISTRATIVOS.....155

11 Relatório de Gestão – 2015

5.9. GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS .............................................................155

5.9.1. RELATÓRIOS SEMESTRAIS SOBRE OS CONTROLES INTERNOS DO BANCO

ELABORADOS EM OBSERVÂNCIA À RESOLUÇÃO CMN 2.554/98. ........................................ 155

5.10. REMUNERAÇÃO PAGA AOS ADMINISTRADORES, MEMBROS DA DIRETORIA E DE

CONSELHOS. .....................................................................................................................................156

5.11. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA DE AUDITORIA INDEPENDENTE

CONTRATADA ..................................................................................................................................156

5.12. INFORMAÇÕES SOBRE AS AÇÕES TRABALHISTAS CONTRA A ABDI......................156

5.13. E 5.14. ......................................................................................................................................157

5.15. ESTRUTURA DE GESTÃO E CONTROLE DE DEMANDAS JUDICIAIS .........................157

6. RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE .......................................................... 159

6.1. CANAIS DE ACESSO DO CIDADÃO ...................................................................................159

6.2. E 6.3........................................................................................................................................160

6.4. MECANISMOS DE TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE A

ATUAÇÃO DA UNIDADE .................................................................................................................160

6.5. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NOS PROCESSOS DECISÓRIOS .....................160

6.6. AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS PELOS CIDADÃOS-USUÁRIOS ............160

6.7. MEDIDAS PARA GARANTIR A ACESSIBILIDADE AOS PRODUTOS, SERVIÇOS E

INSTALAÇÕES ..................................................................................................................................161

6.8. DESEMPENHO E ATUAÇÃO DOS POSTOS NO EXTERIOR NO ATENDIMENTO AO

PÚBLICO .............................................................................................................................................161

6.9. INFORMAÇÕES SOBRE INDENIZAÇÕES A CLIENTES NO ÂMBITO

ADMINISTRATIVO E JUDICIAL .....................................................................................................161

7. DESEMPENHO FINANCEIRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ...................... 161

7.1. DESEMPENHO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO ...............................................................................161

7.2. INFORMAÇÕES SOBRE AS MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE

FINANCEIRA DOS COMPROMISSOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO SUPERIOR ..............161

7.3. TRATAMENTO CONTÁBIL DA DEPRECIAÇÃO, DA AMORTIZAÇÃO E DA

EXAUSTÃO DE ITENS DO PATRIMÔNIO E AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DE ATIVOS E

PASSIVOS. ..........................................................................................................................................161

7.4. SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DE CUSTOS NO ÂMBITO DA ABDI ............................162

7.5. INFORMAÇÕES SOBRE A CONFORMIDADE CONTÁBIL DOS ATOS E FATOS DA

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL ....................................................162

7.6. DECLARAÇÃO DO CONTADOR SOBRE A FIDEDIGNIDADE DOS REGISTROS

CONTÁBEIS NO SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO

FEDERAL ............................................................................................................................................162

7.7. E 7.8 .......................................................................................................................................162

7.9. DEMONSTRAÇÃO DA GESTÃO E REGISTRO CONTÁBIL DOS CRÉDITOS A RECEBER

162

7.10. A 7.21 ......................................................................................................................................162

8. ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO ............................................................................. 163

8.1. GESTÃO DE PESSOAS ..........................................................................................................163

8.1.1. ESTRUTURA DE PESSOAL DA UNIDADE .......................................................................... 163

12 Relatório de Gestão – 2015

8.1.1.1. INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE O PESSOAL LOTADO NA COORDENAÇÃO-

GERAL DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - CGIT/MCTI ................................................................ 166

8.1.1.2. INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE A ESTRUTURA DE PESSOAL .................... 166

8.1.2. DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM PESSOAL ........................................................ 167

8.1.3. INFORMAÇÕES SOBRE OS CONTROLES PARA MITIGAR RISCOS RELACIONADOS

AO PESSOAL ...................................................................................................................................... 167

8.1.4. .... CONCESSÃO DE GRATIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS DAS UNIDADES DOS SISTEMAS

ESTRUTURADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ........................................... 167

8.1.5. PESSOAL REQUISITADO DOS QUADROS DE ÓRGÃO OU ENTIDADE DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ....................................................................................... 167

8.1.6. E 8.1.7. .................................................................................................................................... 167

8.1.9. CONTROLES INTERNOS DAS CONCESSÕES DE BOLSAS DOS PROGRAMAS DE

ESTUDANTES .................................................................................................................................... 168

8.1.10. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DE APOIO E DE ESTAGIÁRIOS ................................... 168

8.1.11. CONTRATAÇÕES DE CONSULTORES PARA PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

COM ORGANISMOS INTERNACIONAIS ....................................................................................... 169

8.1.12. CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA ...................................................... 169

8.2. GESTÃO DO PATRIMÔNIO E DA INFRAESTRUTURA....................................................176

8.2.1. GESTÃO DA FROTA DE VEÍCULOS PRÓPRIA E TERCEIRIZADA ................................. 176

8.2.2. A 8.2.6. ................................................................................................................................... 176

8.2.7. INFORMAÇÕES SOBRE OS IMÓVEIS LOCADOS DE TERCEIROS ................................. 176

8.2.8. E 8.2.9. .................................................................................................................................... 177

8.2.10. INFORMAÇÕES SOBRE A INFRAESTRUTURA FÍSICA ................................................. 177

8.3. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ...............................................................177

8.3.1. PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ...................................................................... 177

8.3.2. INFORMAÇÕES SOBRE O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO (PETI) E SOBRE O PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO –

PDTI ..................................................................................................................................................... 179

8.3.3. AÇÕES RELACIONADAS À RECUPERAÇÃO E À MODERNIZAÇÃO DOS

SISTEMAS .......................................................................................................................................... 180

8.4. GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ..............................................................182

8.4.1. ADOÇÃO DE CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA AQUISIÇÃO DE

BENS E NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS OU OBRAS ........................................................... 182

8.5. GESTÃO DE FUNDOS E DE PROGRAMAS ........................................................................183

8.6. INFORMAÇÕES SOBRE DEPÓSITOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS .........................183

9. CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃOS DE

CONTROLE ......................................................................................................................... 183

9.1. TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU .......................183

9.2. TRATAMENTO DE RECOMENDAÇÕES DO ÓRGÃO DE CONTROLE INTERNO ........183

13 Relatório de Gestão – 2015

9.3. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS PARA A APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE POR

DANO AO ERÁRIO ............................................................................................................................183

9.4. A 9.11. ....................................................................................................................................183

9.12. INFORMAÇÕES SOBRE AS AÇÕES DE PATROCÍNIO .....................................................184

9.13. E 9.14. .....................................................................................................................................184

9.15. INFORMAÇÕES SOBRE A REVISÃO DOS CONTRATOS VIGENTES FIRMADOS COM

EMPRESAS BENEFICIADAS PELA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ..............184

9.16. INFORMAÇÕES SOBRE AS AÇÕES DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA ...................184

10. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES ............................................................. 184

ANEXO – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................ 185

14 Relatório de Gestão- 2015

2. APRESENTAÇÃO

O presente relatório visa detalhar as atividades realizadas pela ABDI em 2015 em atendimento

ao disposto em sua Lei de criação e no Contrato de Gestão firmado com o MDIC.

Paralelamente, permite à Agência prestar contas ao Tribunal de Contas da União e à sociedade,

da aplicação dos recursos que administra, dando transparência aos atos de gestão, demonstrando

os resultados obtidos.

O objeto do contrato de gestão da ABDI com o MDIC fixa os resultados a serem alcançados

pela Agência, com a finalidade de permitir uma avaliação objetiva de seu desempenho e de sua

eficiência no apoio à execução de medidas de política industrial. No final de 2014, foi pactuado

com o MDIC o Plano de Ação 2015, que estabeleceu as metas a serem entregues no decorrer

do respectivo ano.

Como instância designada em lei para promover a execução de políticas de desenvolvimento

industrial, especialmente as que contribuam para a geração de empregos, em consonância com

as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia (Lei nº 11.080, de 30/12/2004 e

Decreto nº 5.352, de 24/01/2005), a ABDI vem desenvolvendo um esforço institucional cada

vez mais focado no atendimento à indústria e no subsídio técnico e operacional a todo o sistema

de gestão da Política Industrial e na viabilização das suas medidas, consolidando a cada ano sua

missão no suporte às estratégias do MDIC e do Governo Federal.

Nesse sentido, todas as ações da ABDI estão estruturadas e alinhadas às atividades e objetivos

da indústria brasileira por meio de programas e projetos voltados para apoiar a

operacionalização das diretrizes estabelecidas, bem como consolidar a Agência como

instituição de referência na articulação público-privada e em inteligência industrial para

promoção do emprego, da inovação e transformação da indústria.

Este documento sistematiza informações sobre a execução das metas pactuadas com o MDIC e

a sua correspondente evolução física e financeira no ano de 2015.

15 Relatório de Gestão – 2015

Para a ABDI o ano de 2015 foi um ano de renovação. A Agência passou por uma profunda

mudança estrutural com vistas à melhoria do seu desempenho e aumento de produtividade.

Dentre as ações adotadas destacam-se as seguintes:

Reestruturação institucional com mudanças no organograma.

Alteração das atribuições das Diretorias criando uma Diretoria de Desenvolvimento

Produtivo e uma Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação visando eliminar

sobreposições de áreas de atuação.

Zelo pelo recurso público.

Redução do número de Coordenações.

Redução da quantidade de viagens.

Melhora do ambiente de trabalho e racionalização de custos com a mudança da sede.

Aumento das reservas financeiras.

Elaboração de proposta para políticas de desenvolvimento industrial.

O detalhamento dessas ações, bem como os resultados já obtidos serão apresentados ao longo

deste relatório.

ESTRUTURA E CONTEÚDOS

Este relatório está estruturado de acordo com o que preceitua a Instrução Normativa TCU nº

63/2010 alterada pela IN TCU nº 72/2013, da Decisão Normativa TCU nº 146/2015, Portaria

TCU nº 321/2015 e da Portaria CGU nº 522/2015.

16 Relatório de Gestão – 2015

3. VISÃO GERAL DA ABDI

3.1. IDENTIFICAÇÃO

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

CNPJ: 07.200.966/0001-11

Natureza jurídica: Serviço Social Autônomo.

Vinculação ministerial: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -MDIC.

Endereço postal: SCN, quadra 1, bloco D, edifício Vega Luxury Design Offices, Brasília – DF,

CEP 70.711-040. Telefone: (61) 3962-8700.

Endereço da página da internet: www.abdi.com.br

Endereço de correio eletrônico institucional: [email protected]

3.2. FINALIDADE E COMPETÊNCIAS INSTITUCIONAIS

Lei nº 11.080 de 30 de dezembro de 2004.

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Serviço Social Autônomo com a finalidade

de promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as que

contribuam para a geração de empregos, em consonância com as políticas de comércio exterior

e de ciência e tecnologia.

§ 1º O Serviço Social Autônomo de que trata o caput deste artigo, pessoa jurídica de direito

privado sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública, denomina-se Agência

Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI.

Decreto nº 5.352, de janeiro de 2005.

Art. 2º Compete à ABDI promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial,

especialmente as que contribuam para a geração de empregos, em consonância com as políticas

de comércio exterior e de ciência e tecnologia.

Parágrafo único. No desenvolvimento das ações de que trata este artigo, a ABDI deverá dar

especial enfoque aos programas e projetos estabelecidos pela Política Industrial, Tecnológica e

de Comércio Exterior (PITCE).

Decreto nº 7.540, de 2 de agosto de 2011.

Art. 1o Ficam instituídos o Plano Brasil Maior - PBM e seu Sistema de Gestão, com vistas a

integrar as ações governamentais de política industrial, tecnológica e de comércio exterior.

(...)

§ 4o A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI fornecerá apoio técnico na

execução dos trabalhos do CNDI para a consecução dos objetivos do PBM.

17 Relatório de Gestão – 2015

Art. 3o O PBM será gerido, acompanhado e supervisionado pelo CGPBM, com o objetivo de

garantir a sua eficaz e efetiva implementação.

(...)

§ 3o A ABDI fornecerá apoio técnico ao CGPBM na execução das suas finalidades.

Art. 4o O GEPBM tem como objetivo assessorar o CGPBM, sendo responsável pela consolidação

dos programas e das ações do PBM e pelo acompanhamento dos resultados da sua

execução.

§ 1o O GEPBM será integrado pelo Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior, que o coordenará, e por representantes dos seguintes órgãos

e entidades:

(...)

V - ABDI, que fornecerá apoio técnico;

ESTATUTO DO SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO – ABDI

II - DA FINALIDADE Art. 4º A ABDI tem por finalidade promover a execução de políticas de desenvolvimento

industrial, especialmente as que contribuam para a geração de empregos e renda, em

consonância com as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia.

3.3. NORMAS E REGULAMENTOS DE CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E

FUNCIONAMENTO DA ABDI

Lei nº 11.080 de 30 de dezembro de 2004.

Autoriza o Poder Executivo a instituir Serviço Social Autônomo denominado Agência

Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI, e dá outras providências.

Decreto n 5.352, de janeiro de 2005.

Institui o Serviço Social Autônomo Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial -

ABDI e dá outras providências.

Decreto nº 7.540 de 2 de agosto de 2011.

Institui o Plano Brasil Maior – PBM e cria o seu Sistema de Gestão.

Estatuto do Serviço Social Autônomo – ABDI.

Registrado no 2º Ofício de Pessoas Jurídicas de Brasília/DF, sob o número 000005693, de 04

de fevereiro de 2005, com alterações consolidadas e registradas no mesmo cartório sob o nº

87286 em 22/05/2014.

18 Relatório de Gestão – 2015

3.4. BREVE HISTÓRICO

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi criada pelo Governo Federal

em 2004 com a missão de promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial,

especialmente as que contribuam para a geração de empregos, em consonância com as políticas

de comércio exterior e de ciência e tecnologia (Lei nº 11.080, de 30/12/2004 e Decreto nº 5.352,

de 24/01/2005). Seu caráter é de serviço social autônomo, como pessoa jurídica de direito

privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública.

Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) por meio

de Contrato de Gestão, a ABDI vem desenvolvendo um esforço institucional cada vez mais

focado no atendimento à indústria e no subsídio técnico e operacional ao sistema de gestão da

Política Industrial e na viabilização das suas medidas, consolidando a cada ano sua missão no

suporte às estratégias do Ministério e do Governo Federal. Assim foi na implementação da

Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – a PITCE, lançada em 2004; na

Política de Desenvolvimento Produtivo – a PDP, lançada em 2008; e no Plano Brasil Maior –

o PBM, lançado em 2011.

3.5. AMBIENTE DE ATUAÇÃO

A atuação da ABDI se dá, primordialmente, na articulação entre as entidades representativas

da indústria brasileira e o Governo Federal, buscando fornecer subsídios para formulação de

políticas públicas alinhadas às necessidades dos diversos atores envolvidos no processo

produtivo em consonância com a política industrial vigente.

Sua atuação como elo entre o setor público e privado vem contribuindo para o desenvolvimento

sustentável do País por meio de ações que ampliam a competitividade da indústria. Suas

entregas inclui o apoio técnico e sistemático às instâncias de articulação e gerenciamento da

política industrial, com a oferta de estudos conjunturais, estratégicos e tecnológicos para

diferentes setores da indústria, contribuindo para a construção de agendas de ação setoriais e

para os avanços no ambiente institucional, regulatório e de inovação no Brasil.

Sua flexibilidade, agilidade e capilaridade para atuar como instância de promoção,

monitoramento e avaliação da política de desenvolvimento produtivo, congrega entidades

públicas e privadas em torno de programas, projetos e ações de natureza estratégica e

operacional para o desenvolvimento do Brasil.

19 Relatório de Gestão – 2015

3.6. ORGANOGRAMA

ORGANOGRAMA FUNCIONAL DA ABDI

20 Relatório de Gestão – 2015

Função Nome Cargo Data

Nomeação

Data

Exoneração

Presidência

Otávio Silva Camargo Presidente Interino 14/02/2014 29/01/2015

Maria Luiza Campos

Machado Leal Presidente Interina 30/01/2015 09/02/2015

Alessandro

Golombiewski Teixeira Presidente 10/02/2015 ---

Diretoria de

Desenvolvimento Produtivo

Otávio Silva Camargo Diretor (a) 13/11/2012 10/03/2015

Miguel Antônio Cedraz

Nery Diretor (a) 18/03/2015 ---

Diretoria de

Desenvolvimento

Tecnológico e Inovação

Maria Luiza Campos

Machado Leal Diretor (a) 04/05/2012 ---

Chefia de Gabinete

Lucia Maria Pereira

Ervilha CAE-04 17/11/2014 10/02/2015

Charles Capella de

Abreu CAE-04 11/02/2015 ---

Gerência Jurídica

Lucia Maria Pereira

Ervilha CAE-04 23/11/2011 24/03/2015

Flávio Schegerin

Ribeiro CAE-04 25/03/2015 ---

Gerência de Auditoria e

Ouvidoria

Angelo Roncalli

Bandeira da Costa ADI-NS-Especialista 27/06/2005 ---

Gerência de Planejamento Jackson Silvano de Toni ADI-NS-Especialista 11/01/2011 ---

Gerência de Gestão

Tânia Mara do Valle

Arantes CAE-04 05/04/2011 02/03/2015

Fábio Estorti de Castro

ADI-NS-

Especialista (Gerente

interino)

02/03/2015 24/03/2015

Isabelle Agner Brito CAE-04 25/03/2015 ---

Gerência de

Desenvolvimento Produtivo

Miguel Antônio Cedraz

Nery CAE-04 13/06/2011 17/03/2015

Junia Casadei Lima

Motta

ADI-NS-Especialista

(Gerente Interina) 01/04/2015 20/05/2015

Paulo Cesar Marques da

Silva CAE-04 21/05/2015 ---

Gerência de

Desenvolvimento

Tecnológico e Inovação

Carla Maria Naves

Ferreira CAE-04 01/10/2008 ---

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Competências:

Presidência

I. Representar política e socialmente a ABDI;

II. Cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto e as deliberações do Conselho Deliberativo;

III. Convocar e presidir as reuniões da Direx;

IV. Decidir sobre os atos de dispensa e movimentação de pessoal;

V. Dirigir, coordenar e controlar a execução das atividades da ABDI, praticando os atos

necessários à gestão técnica, administrativa, orçamentária e financeira da ABDI;

VI. Cumprir e fazer cumprir os termos e condições pactuados no Contrato de Gestão;

VII. Submeter à apreciação do Conselho Deliberativo proposições sobre assuntos que fujam à

alçada de competência da Direx, mas que digam respeito ao objeto da ABDI;

VIII. Representar a ABDI em juízo ou fora dele;

21 Relatório de Gestão – 2015

IX. Assinar, em conjunto com um Diretor, convênios, contratos, ajustes, cheques e outros

instrumentos dos quais resulte a constituição de direitos e obrigações, a realização de despesa

ou a captação de receita;

X. Prover os cargos e funções comissionadas da estrutura operacional da ABDI;

XI. Decidir, ad referendum da DIREX, quando o recomende a urgência, sobre matérias da

competência desta;

XII. Delegar suas atribuições, se conveniente para os resultados dos trabalhos da ABDI; e

XIII. Exercer outras atribuições que lhe forem designadas.

Diretorias

I. Representar política e socialmente a ABDI, por delegação do Presidente ou na sua ausência;

II. Planejar, executar, controlar e ajustar as ações das unidades organizacionais de sua área

funcional de supervisão;

III. Propor ao Presidente da ABDI a designação de coordenadores para as áreas funcionais de

sua supervisão;

IV. Apresentar à DIREX, semestralmente, os relatórios de acompanhamento da sua área

funcional de supervisão, a fim de subsidiar a elaboração dos relatórios de acompanhamento,

avaliação e execução dos planos de trabalho anuais;

V. Participar da elaboração de normas operacionais e de gestão;

VI. Apoiar as atividades de auditoria técnica, contábil e financeira em sua área funcional de

supervisão;

VII. Assinar, em conjunto com o Presidente, os documentos de que trata o art. 15, inciso IX;

VIII. Delegar suas atribuições, salvo aquelas privativas da DIREX, na forma deste Estatuto, se

conveniente para os resultados dos trabalhos da sua área funcional de supervisão; e

IX. Exercer outras atribuições que lhes forem designadas pela DIREX ou pelo Presidente da

ABDI.

Chefia de Gabinete I. Assessorar a Presidência na disponibilização de informações para a tomada de decisões.

II. Prover recursos que garantam o bom desempenho das áreas sob sua coordenação.

Gerência Jurídica – GERJUR

I. Viabilizar o aprimoramento e a qualificação técnica da equipe.

II. Suportar a diretoria com relação as orientações jurídicas, assegurando uma boa atuação

consultiva e judicial.

III. Manter a Diretoria informada das orientações emanadas pelos órgãos de controle, bem como

da jurisprudência consolidada dos Tribunais.

Gerência de Auditoria e Ouvidoria – GEAUD

I. Prestar à Diretoria da ABDI o apoio necessário ao processo de tomada de decisão, no que se

refere aos aspectos técnicos de auditoria e controle interno.

II. Zelar pelo sistema de controle interno da ABDI, com foco na mitigação de riscos inerentes

à gestão de recursos públicos.

III. Contribuir com o desenvolvimento de normativos e racionalização e aprimoramento de

processos organizacionais da ABDI.

IV. Atender as demandas por informações de órgãos de controle interno e externo (Conselho

Fiscal, TCU, CGU, MDIC), auditorias independentes, consultorias, parceiros institucionais e

outros, no que se refere à sua área de atuação.

22 Relatório de Gestão – 2015

V. Zelar para que todos os processos da ABDI observem os aspectos legais e normativos

vigentes, buscando a melhoria dos controles, gerenciamento de riscos e melhores práticas.

VI. Ser um canal de comunicação entre os públicos interno e externo e a Diretoria da ABDI

com vistas ao atendimento de demandas e esclarecimento de dúvidas no que se refere à atuação

da ABDI.

Gerência de Planejamento – GERPLAN

I. Coordenar o Comitês de Avaliação de Projetos (CAP) e o Comitê Técnico Consultivo (CTC).

II. Coordenar o Conselho Editorial e de Gestão do Conhecimento (CEGEC).

III. Participar ativamente dos comitês e conselhos que tiver acesso.

IV. Apoiar a disseminação da cultura da gestão estratégica para a realização da missão da

ABDI.

V. Validar o planejamento dos recursos orçamentários da Agência.

VI. Viabilizar recursos para execução das ações relacionadas com o apoio na formulação da

Política Industrial, seu monitoramento e avaliação.

VII. Patrocinar ações que contribuam com a regionalização da Política industrial.

VII. Viabilizar o aprimoramento e a qualificação técnica da equipe.

Gerência de Gestão – GERGE

I. Apoiar a execução da gestão orçamentário e financeira de forma a dar segurança na tomada

de decisões.

II. Prover recursos para o desenvolvimento das atividades das áreas sob sua responsabilidade.

III. Suportar a alta administração com informações estratégicas.

IV. Garantir a satisfação dos serviços prestados as demais áreas da Agência.

Gerência de Desenvolvimento Produtivo – GDP

I. Prover recursos para o desenvolvimento das atividades das áreas sob sua responsabilidade.

II. Suportar a sua Diretoria com informações estratégicas.

III. Dar suporte para o desenvolvimento de ações estratégicas que apoiem o fortalecimento das

cadeias produtivas de capital-intensivas e ao adensamento produtivo das cadeias de suprimento

da indústria.

IV. Contribuir para a agregação de valor, modernização do parque industrial, redução de custos

de produção, diversificação e ampliação da oferta da indústria brasileira.

V. Produzir inteligência para subsidiar ações da Agência e gerar projetos e articulações de alto

impacto para a indústria brasileira.

Gerência de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – GDTI

I. Realizar a gestão eficiente das coordenações sob sua responsabilidade.

II. Prover a Diretoria com informações que suportem suas decisões.

III. Colaborar para a geração de inteligência tecnológica para subsidiar a formulação de

políticas públicas e ações de estímulo ao desenvolvimento tecnológico.

IV. Contribuir para o aumento da agregação de valor na produção e exportação industrial.

V. Contribuir para a consolidação do Sistema Nacional de Inovação (SNI).

VI. Prover recursos e apoio institucional para o desenvolvimento das atividades das áreas sob

sua responsabilidade.

VII. Contribuir na construção de uma agenda de iniciativas que contribuam para o

desenvolvimento da manufatura avançada no País.

23 Relatório de Gestão – 2015

3.7. MACROPROCESSOS FINALÍSTICOS

Quadro – Macroprocessos Finalísticos

Macroprocessos Descrição Produtos e Serviços Principais

Clientes

Subunidades

Responsáveis

Processo

Produção da

Inteligência

Processos de

produção de

inteligência para

subsidiar ações e

decisões que

promovam o

desenvolvimento

industrial.

- Produção de artigos e

estudos técnicos;

- Portfólio de produtos e

serviços de inteligência;

- Redes de relacionamento

com parceiros e

organizações.

• Áreas de

projetos da

ABDI

• Empresas

industriais

• Governo

- Coordenação de

Inteligência

Competitiva - Coordenação de

Comunicação

- Diretorias

Processo de

Acompanhamento

da Política

Industrial

Processos de

monitoramento e

avaliação da

execução, resultados e

impactos da Política

Industrial.

- Relatórios de execução e

de monitoramento da

Política Industrial;

- Relatórios técnicos;

- Manutenção do Sistema

de Acompanhamento da

Política Industrial.

• MDIC

• Empresas

industriais

• Governo

- Coordenação de

Monitoramento e

Avaliação da

Política Industrial - Gerência de

Planejamento

- Direx

Processo de

Acompanhamento

do Contrato de

Gestão

Processo de

formulação, execução

e monitoramento das

metas do Contrato de

Gestão formalizado

entre a ABDI e o

MDIC.

- Contrato de Gestão;

- Programa de Trabalho

Anual;

- Relatórios Semestrais;

- Relatório Anuais

• MDIC

- Coordenação de

Planejamento - Coordenação

Financeira e

Execução

Orçamentária

- Coordenação de

Monitoramento e

Avaliação da

Política Industrial

- Direx

Processo de

Gestão da

Estratégia

Processos de

formulação e

execução do

Planejamento

Estratégico da

Agência.

- Planejamento Estratégico;

- Reuniões de Análise

Estratégica;

- Relatórios de Análise

Estratégica.

• Diretorias

• Gerências

• Coordenações

- Coordenação de

Planejamento - Direx

Processo de

Gestão do

Portfólio de

Projetos

Processos de

identificação,

avaliação, priorização,

autorização e de

monitoramento e

controle do portfólio

de projetos da

Agência.

- Portfólio de Projetos;

- Relatórios de desempenho

físico e financeiros dos

projetos.

• Diretorias

• Gerências

• Coordenações

- Coordenação de

Planejamento - Gerências e

Coordenações

responsável pelo

projeto

- Gerência de

Planejamento

Processo de

Gestão de

Processos de

Negócio

Processo de gestão do

ciclo de vida dos

processos de negócio

da Agência.

- Planejamento e

Alinhamento Estratégico;

- Cadeia de Valor do

Processo;

- Documentação do

Processo;

- Plano de Implantação de

Melhorias;

- Relatórios de

Monitoramento.

• Áreas

gestoras dos

processos

- Coordenação de

Planejamento - Áreas gestoras e

executoras do

processo

- Gerência de

Planejamento

24 Relatório de Gestão – 2015

Macroprocessos Descrição Produtos e Serviços Principais

Clientes

Subunidades

Responsáveis

Processo de

Gestão de

Contratações de

Bens e Serviços

Processos de

gerenciamento das

contratações de bens e

serviços da ABDI.

- Procedimento de

Contratação;

- Bens adquiridos;

- Serviços contratados;

- Relatórios de

monitoramento e

acompanhamento.

• Solicitantes

- Coordenação de

Contratos e

Convênios - Gerência de

Gestão

- Gerência Jurídica

- Coordenação de

Tecnologia da

Informação

- Coordenação de

Serviços

- Direx

Processo de

Gestão de

Convênio

Processos de

execução e

monitoramento dos

convênios

concedentes e

convenentes

formalizados pela

Agência.

- Manual de Convênios;

- Prestação de Contas;

- Relatórios de

monitoramento e

acompanhamento.

• Parceiros

externos

• Direx

- Coordenação de

Contratos e

Convênios - Gerência de

Gestão

- Gerência Jurídica

- Direx

Processo de

Gestão do

Planejamento

Orçamentário

Processo para

gerenciar as receitas,

despesas, alocação e o

monitoramento do

orçamento.

- Plano Orçamentário

Anual;

- Relatórios de

acompanhamento e

monitoramento da

execução orçamentária.

• CORFI

• GEAUD

• CPLAN

• DIREX

• Gerentes

• Comitê

Técnico

• Conselho

Deliberativo

• Conselho

Fiscal

• MDIC

- Coordenação de

Planejamento - Gerência de

Planejamento

- Coordenação

Financeira e

Execução

Orçamentária

- Direx

Processo de

Gestão do

Conhecimento

Processo para

identificar, criar,

armazenar,

compartilhar o

conhecimento

presente nas pessoas,

processos e projetos

da Agência.

- Compartilhamento de

informações;

- Aplicação de práticas de

Gestão do Conhecimento;

- Manutenção do Portal de

Gestão do Conhecimento;

- Plano de Comunicação;

- Treinamentos.

• ABDI

- Coordenação de

Planejamento - Gerência de

Planejamento

3.8. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DO CAPITAL SOCIAL

Este item não se aplica a ABDI.

3.9. PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS SOCIEDADES

A ABDI não possui participação em outras sociedades.

25 Relatório de Gestão – 2015

3.10. PRINCIPAIS EVENTOS SOCIETÁRIOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO

Este item não se aplica a ABDI.

4. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL E DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO E

OPERACIONAL

4.1. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA ABDI 2012-2015

A ABDI elaborou o Planejamento Estratégico 2012-2015 visando garantir o alinhamento dos

trabalhos às suas atribuições de apoio técnico e operacional às instâncias de gestão e à execução

da Política Industrial. Nesse sentido, precisou alinhar as expectativas internas, redefinir o seu

mapa estratégico e estruturar um portfólio de programas e projetos aderente aos novos desafios.

Assim, logo após o lançamento do PBM, em agosto de 2011, e com a conclusão do

planejamento estratégico do Sistema MDIC, executou o projeto de reformulação das estratégias

para o quadriênio 2012-2015, revendo e reescrevendo sua missão, sua visão, seus valores e seus

objetivos estratégicos, organizados num novo Mapa Estratégico, conforme apresentado a

seguir:

26 Relatório de Gestão – 2015

Mapa Estratégico ABDI 2012-2015

O Mapa apresenta os 12 objetivos estratégicos a serem atingidos ao longo do ciclo e para cada

um deles foi definido os principais Fatores Críticos de Sucesso (FCS), o problema síntese e

seus pontos críticos como forma de auxiliar na sua execução, dando um direcionamento e

também evidenciando os pontos nevrálgicos a serem ultrapassados. Nesse sentido, dentre os

maiores ganhos desse esforço, tem-se a ampliação das possibilidades de formulação de

estratégias de médio prazo consistentes e a construção de projetos alinhados às diretrizes

prioritárias da Política Industrial, além da identificação prévia de requisitos técnico-

operacionais e do fortalecimento da identidade institucional.

Assim, ao longo dos quatro anos de execução do planejamento estratégico, foram priorizados e

realizados projetos e ações estratégicas e estruturantes com vistas ao atendimento e ao

cumprimento dos objetivos estabelecidos. Com isso, no final de 2015 o Planejamento

Estratégico da ABDI, ciclo 2012-2015, entrou em fase de encerramento, devendo ser finalizado

no primeiro trimestre de 2016 com a sua respectiva avaliação final, contendo um balanço das

ações realizadas e não realizadas e a coleta de lições aprendidas que poderão subsidiar a

elaboração do novo ciclo.

27 Relatório de Gestão – 2015

Já no quarto trimestre de 2015 foi realizada uma avaliação prévia da execução do Planejamento

Estratégico, o que envolveu todo o corpo gerencial da Agência por meio da identificação de

ações realizadas vinculadas aos FCS identificados em cada um dos objetivos estratégicos. O

planejamento 2012-2015 foi avaliado com um percentual de execução de 87% (oitenta e seis

por cento) dos FCS concluídos, conforme previsto inicialmente.

Diante do atual cenário, acredita-se que na avaliação final esse número tenha pouca alteração.

Entretanto, esse resultado é considerado satisfatório e válido, tendo em vista os desafios e

obstáculos enfrentados pela Agência frente às mudanças nos cenários político e econômico do

Brasil, durante o período de vigência do plano estratégico.

Na sequência, apresenta-se os Objetivos Estratégicos, Fatores Críticos de Sucesso e os seus

respectivos percentuais de execução, resultado preliminar.

Objetivo Estratégico e Fatores Críticos de Sucesso vinculados Resultado

1. Aumentar recursos financeiros e Econômicos para a execução da Estratégia 83%

Priorização dos gastos 100%

Articulação política para captação de recursos focados na estratégia 50%

Aumento na contrapartida de parcerias nos projetos 100%

2. Aperfeiçoar entrega dos Serviços de TIC para a execução da Estratégia 77%

Revisão dos recursos e das atividades críticas de TIC 80%

Implementação da governança de TIC 100%

Manutenção e atualização de recursos tecnológicos 80%

Segurança da informação 65%

Internalização do portfólio de TIC 60%

3. Adequar ambiente física da Agência 100%

Infraestrutura de trabalho adequada 100%

Implantação de layout que permita a colaboração entre pessoas 100%

Redução de desperdícios 100%

4. Implantar Gestão Estratégica de Pessoas 84%

Revisão da política de recompensas 100%

Mapeamento das competências específicas funcionais 100%

Implantação de sistema proativo de T&D 80%

Adequação da estrutura funcional e de pessoal 100%

Agregação de novo valor ao processo de avaliação de desempenho 40%

5. Estruturar a Gestão do Conhecimento essencial da Organização 77%

Estruturação metodológica 90%

Necessidade de apoio tecnológico interno 40%

Reforço cultural nos processos de GC 100%

6. Aperfeiçoar a Comunicação Interna e Externa 62%

Definição do plano de comunicação externa 10%

Alinhamento com outras entidades do SMDIC 100%

Posicionamento frente aos formadores de opinião 100%

28 Relatório de Gestão – 2015

Objetivo Estratégico e Fatores Críticos de Sucesso vinculados Resultado

Eficiência nos processos de comunicação e divulgação das ações e projetos da ABDI 50%

Agilidade na editoração e publicação de estudos e pesquisas 50%

7. Internalizar a Gestão de Processos Organizacionais – 98% 98%

Estabelecimento de uma sistemática de melhoria de processos 95%

Redesenho da estrutura organizacional e processos de apoio a convênios 100%

8. Garantir a excelência na elaboração e Gestão de Projetos 93%

Aperfeiçoamento da gestão de portfólio projetos 100%

Mentoring em eficiência e eficácia de projetos 100%

Pactuação de resultados e metas com stakeholders 100%

Centralização da orçamentação de projetos 100%

Sinergia entre unidades organizacionais 80%

Gestão de demandas internas e externas 80%

9. Produzir inteligência para subsidiar decisões que promovam o Desenvolvimento

Industrial 100%

Núcleo de Inteligência da ABDI 100%

Processo de produção de inteligência 100%

Mapeamento de KITs (Key Intelligence Topics) 100%

Conteúdos estratégicos de curto, médio e longo prazo 100%

Avaliação de impacto dos conteúdos estratégicos 100%

10. Desenvolver e executar o Portfólio de Produtos e serviços da ABDI 100%

Alinhamento com ações estratégicas da Política Industrial, do Planejamento Estratégico do

SMDIC e dos parceiros 100%

Fortalecimento de empresas emergentes e estratégicas 100%

Maximizar a complementariedade e evitar sobreposições de ações com parceiros 100%

Segmentação de empresas, setores e estados por maturidade e capacidade inovativa 100%

11. Fortalecer a rede de Relacionamento com os Atores-Chave para a promoção do

Desenvolvimento Industrial 71%

Matriz estratégica de stakeholders 0%

Envolvimento de parceiros federais e regionais; 50%

Integração com os Sistemas MDIC 100%

Acordos de cooperação / parcerias 50%

Articulação com administração direta e indireta 100%

Pactuação de compromissos com parceiros 100%

Fortalecimento de fóruns da política e rede de agentes 100%

12. Disponibilizar dados e informações consistentes e periódicas da Política Industrial 100%

Transparência na medição e avaliação 100%

SAPI - Sistema de Acompanhamento da Política Industrial 100%

Sistemática na difusão de relatórios 100%

Comunicação permanente entre atores da política 100%

Efetividade de instrumentos diretos e indiretos 100%

AVALIAÇÃO PRÉVIA DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

ABDI 2012-2015

Ao final deste ciclo de planejamento, os itens que não foram concluídos poderão ser integrados

aos novos FCS do próximo Planejamento Estratégico da ABDI, conforme nova estratégia a ser

definida, alinhada à nova Política Industrial e a novas ações estratégicas do Governo Federal

em apoio à indústria nacional.

29 Relatório de Gestão – 2015

NOVO CICLO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA ABDI – 2016-2019

Sabe-se que a estratégia deve ser reavaliada constantemente e, consequentemente, novas

alterações poderão ser feitas ao longo do horizonte estratégico, sempre num esforço de

aprimorar a gestão do desempenho e a qualidade das informações. Desta forma, na formulação

do Planejamento Estratégico para o horizonte de 2016-2019, a Agência pretende fazer um

balanço do seu posicionamento no setor público e privado após seus dez anos de existência,

tendo como foco trabalhar ações que estejam totalmente aderentes à nova Política Industrial e

que possam auxiliar e apoiar o desafio de aumentar a produtividade e a modernização da

indústria brasileira, o investimento produtivo, bem como auxiliar no aumento da capacidade de

inovação das empresas.

Neste contexto, para o novo Planejamento Estratégico, ciclo de 2016-2019, será revisado o atual

portfólio de ações e projetos para que o mesmo reflita os princípios da nova Política Industrial

e o direcionamento pretendido pela nova gestão, alinhado também aos desafios que a ABDI

tem na articulação entre a iniciativa pública e privada e os diversos atores envolvidos. Estes

desafios estão principalmente relacionados à capacidade de empregar esforços, recursos e

instrumentos de forma coordenada e articulada deixando transparecer sua identidade, papel e

capacidade de interface com outras instituições, bem como, consolidar e alinhar uma série de

ações, programas e projetos que serão demandados pela nova Política Industrial para serem

monitorados e executados pela Agência.

Já estão em andamento as atividades do cronograma de trabalho para elaboração do novo

Planejamento Estratégico da ABDI 2016-2019, com previsão de término no primeiro semestre

de 2016.

Com relação às ações vinculadas à elaboração da nova Política Industrial, destaca-se que desde

o término do PBM, em dezembro de 2014, a ABDI vem empreendendo esforços, em conjunto

com o MDIC e com entidades públicas e empresariais de setores selecionados, na definição de

diretrizes e na estruturação de uma nova Política Industrial para alicerçar a retomada do

desenvolvimento econômico do país. Este trabalho foi desenvolvido durante todo o ano de

2015. A nova política industrial deverá ser divulgada ainda no primeiro semestre de 2016.

30 Relatório de Gestão – 2015

Ressalta-se que as diretrizes da construção da nova política buscarão atacar problemas

estruturais da indústria da transformação e terão um foco mais sistêmico e menos setorial, como

foi no PBM. A proposta em construção tem como objetivo aumentar a competitividade da

indústria brasileira, com foco na elevação da produtividade da indústria; na promoção da

redução de custos sistêmicos e de custos de produção; no aprimoramento do ambiente de

negócios; na ampliação dos investimentos e no adensamento produtivos; no aumento da

inovação, elevando o padrão produtivo das empresas e na inserção, de forma qualificada, do

país nas cadeias globais de valor.

4.1.1. ESTRATÉGIAS ADOTADAS PARA ALCANCE DOS OBJETIVOS

O primeiro semestre de 2015 foi um período de mudanças na Agência, assim como em todo o

Governo Federal, devido ao processo eleitoral e a posse da nova diretoria da Agência. A

prioridade da nova gestão foi desdobrada em duas direções: (1) a reestruturação gerencial e

organizacional da agência para maior racionalidade e otimização de processos e (2) a retomada

do debate propositivo sobre a política industrial brasileira. A ABDI neste período, somando-se

ao esforço geral do governo federal na racionalização das despesas, promoveu ajustes

estruturais no Plano de Trabalho aprovado no final de 2014.

Todavia, mesmo com os desafios e limitações impostas em 2015, a ABDI realizou um grande

esforço para cumprir as suas obrigações e ter o menor impacto possível no atendimento as suas

metas finalísticas e objetivos estabelecidos no seu Contrato de Gestão.

Ressalta-se que um dos instrumentos utilizados pela Coordenação de Planejamento (CPLAN)

para divulgação das informações relacionadas aos projetos são os relatórios técnicos e

executivos disponibilizados às equipes de trabalho, sendo estes também apresentados e

discutidos mensalmente nas reuniões do Comitê Técnico Consultivo (CTC), composto por

todos os gerentes e coordenadores da Agência. Destaca-se que a finalidade do CTC é ser um

espaço de debate coletivo e de comunicação interna do corpo gerencial da ABDI, em especial

para o acompanhamento e avaliação das ações do seu Planejamento Estratégico.

Objetivando o constante aperfeiçoamento e na busca da melhora contínua dos seus processos e

sistemas de suporte à gestão e acompanhamento do Planejamento Estratégico, em 2015 a

31 Relatório de Gestão – 2015

CPLAN implantou um Sistema de Demandas, que tem como objetivo o registro e

acompanhamento das demandas pontuais, não caracterizadas como projetos, mas demandadas

pela diretoria e/ou oriundas das áreas técnicas e demais parceiros. Este sistema permitiu a

Agência ter um maior controle sobre todos os esforços empreendidos, orientando no correto

dimensionamento das equipes de trabalho, nos prazos de execução e na transparência das ações

realizadas.

Também em 2015 foi iniciado o projeto para criação do Portal de Gestão de Projetos, onde um

dos benefícios será a automatização dos modelos de suporte da Metodologia de Gerenciamento

de Projetos (MGP), com fluxo de aprovação (workflow), integração de ferramentas e definição

de repositório das informações de todos os projetos da Agência em um mesmo ambiente, com

área para a gestão física (tarefas, indicadores, riscos, mudanças, lições aprendidas, etc.) e

financeira, além de um portal específico para cada um dos projetos que compõem o portfólio

da ABDI. O Portal também permitirá acompanhamento externo, atendendo a demandas de

alguns convênios. Este trabalho deverá ser concluído em 2016.

Sobre as ações voltadas para a revisão de processos e macroprocessos da ABDI, em 2015 foi

aberto um projeto como o objetivo de aplicar a Metodologia de Gerenciamento de Processos

de Negócio aos processos da Agência. Após inventariar os processos existentes e priorizá-los,

foi estabelecido um cronograma para aplicação do ciclo de vida do gerenciamento dos

processos de negócio, com previsão de término para o final de 2016. Em 2015, os processos de

Gestão do Planejamento Orçamentário e de Gestão de Viagens foram trabalhados e tiveram

seus processos (As Is) revisados. Baseados nessa revisão foram elaboradas propostas de

melhorias (To Be) para os respectivos processos e sistemas envolvidos. Foram entregues Planos

de ações para implantação dessas melhorias às áreas gestoras, responsáveis por sua implantação

com o acompanhamento e auxílio do Escritório de Processos (CPLAN).

O mapeamento dos processos de Gestão de Aquisição, Gestão de Contratos e Gestão de TI estão

em curso, com previsão de conclusão até fevereiro de 2016. Ao longo deste ano, a previsão é

fazer a aplicação da metodologia em todos os 20 processos de negócios inventariados. Após a

documentação de todo o ciclo de vida do gerenciamento do processo, esses serão

constantemente monitorados pelas áreas gestoras e pelo Escritório de Processos, por meio da

análise dos seus indicadores.

32 Relatório de Gestão – 2015

Ainda seguindo as recomendações da Metodologia para o monitoramento dos processos de

negócio, será elaborado o Plano de Verificação (Auditoria), o qual será realizado no exercício

subsequente (2017). A verificação dos processos tem como objetivo evidenciar a conformidade

do que foi previamente modelado com o que é efetivamente realizado. A metodologia de

gerenciamento também prevê a análise da maturidade dos processos, que é uma das principais

estratégias para se obter melhorias contínuas no gerenciamento de processos de negócio,

contribuindo diretamente com o planejamento estratégico da ABDI, na busca pela excelência

dos seus processos.

Para auxiliar as atividades do gerenciamento de processos, a CPLAN desenvolveu um Portal

que será o repositório único para a guarda dos documentos e fluxos dos processos. O Portal foi

desenvolvido na plataforma Sharepoint com os recursos já existentes na Agência e deverá ser

disponibilizado para o público interno em 2016.

Com relação à gestão do conhecimento, corroborando com esta tendência, o diagnóstico

resultante das oficinas para elaboração do Planejamento Estratégico ABDI 2012-2015 indicou

como pontos fracos a “ausência de feedback (individual e coletivo) e de sistemática de lições

aprendidas e de gestão do conhecimento na Agência”. Assim, o tema gestão do conhecimento

foi inserido no planejamento da Agência como um dos temas centrais, objetivando a execução

de ações de estruturação de informações, a partir das quais a ABDI pode criar conhecimento ou

processar de terceiros, tanto para utilização interna, guiando a execução dos processos e rotinas,

quanto auxiliando a definição das melhores formas de realização de seus projetos finalísticos.

Nesse sentido, em 2012 foi criado um projeto para estruturar a Gestão do Conhecimento na

Agência com o objetivo de estabelecer processos sistemáticos para identificar, criar,

armazenar/recuperar, compartilhar e aplicar o conhecimento essencial em benefício da

organização. O projeto já entregou o modelo de operação da Gestão do Conhecimento (GC),

que contém todas as informações, conceitos e processos de como a GC deve ser

operacionalizada na Agência, e a instituição da prática denominada de Conversas na ABDI, que

criou um espaço de aprendizagem e compartilhamento de conhecimentos.

Em 2014 foi finalizado o protótipo do Portal para a Gestão do Conhecimento, que tem como

objetivo ser o repositório de conteúdo de dados e informações relacionados com os diversos

33 Relatório de Gestão – 2015

temas trabalhados na Agência. A expectativa era implementá-lo em 2015, entretanto, em função

do contingenciamento orçamentário, o mesmo foi postergado para 2016.

4.1.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE TRABALHO 2015

O Programa de Trabalho, pactuado no final de 2014 com o MDIC, foi estruturado em 19

Projetos Temáticos e um Processo de Avaliação da Execução da Política Industrial, que

concretizam os esforços de apoio à operacionalização das diretrizes definidas no Planejamento

Estratégico 2012-2015 da ABDI.

Os Projetos Temáticos têm como objetivo promover ações estratégicas alinhadas com a Política

Industrial, com vistas a ampliar a eficiência produtiva, tecnológica e de mercado, contribuindo

para a inovação e a competitividade da indústria brasileira. O Processo de Avaliação da

Execução da Política Industrial, por sua vez, tem como objetivo consolidar um sistema capaz

de identificar, processar e distribuir informações estratégicas sobre o desempenho dos

instrumentos da Política Industrial para apoiar, em especial, o processo decisório.

O Planejamento Estratégico 2012-2015 encontra-se no seu último ano de execução, com

previsão de enceramento de todos os seus subprojetos que tiveram início durante o respectivo

ciclo. Há que se considerar, que no ano de 2015 a ABDI enfrentou uma grande redução do

crescimento da sua Receita Corrente Líquida, obrigando a Agência descontinuar e até mesmo

postergar alguns produtos dos subprojetos para 2016.

Na sequência é apresentado o detalhamento de cada um dos subprojetos que compõem os

projetos temáticos e suas respectivas entregas e resultados alcançados em 2015, com o

indicativo dos projetos que foram concluídos, encerrados e postergados. .

4.1.2.1. PROJETO TEMÁTICO: PETRÓLEO, GÁS E NAVAL

Esse projeto visa promover o aumento da produtividade e da participação das empresas

nacionais no fornecimento de bens e serviços na cadeia de petróleo, gás e naval. Também busca

promover a inovação, incentivando a cooperação e o desenvolvimento tecnológico, e a

ampliação do investimento e da capacidade de gestão setorial.

34 Relatório de Gestão – 2015

CATÁLOGO NAVIPEÇAS

O Portal Catálogo Navipeças reúne fornecedores brasileiros de peças para a indústria naval,

categorizados por itens de bens e serviços, de modo a atender às necessidades dos

empreendimentos da indústria e contribuir para a elevação do conteúdo nacional. Em sua

segunda fase, passou a promover uma maior interação entre os fornecedores de bens e serviços

cadastrados e os estaleiros.

Nesse sentido, este subprojeto teve como objetivo a manutenção do Catálogo Navipeças, a

expansão da base de dados de fornecedores e o aperfeiçoamento das funcionalidades do

catálogo eletrônico, buscando melhor atender às necessidades dos principais atores da indústria

naval: estaleiros, armadores e escritórios de projetos.

No primeiro semestre de 2015 foram realizados dois eventos para apresentação pública da nova

versão do Catálogo Navipeças, integrado com as Embarcações Interativas. O primeiro ocorreu

em São Paulo, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, e o segundo em

Minas Gerais, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Para 2015 ainda estava previsto o mapeamento e implementação de melhorias no Portal e a

continuidade de realização de eventos de disseminação (rodadas de negócios). Entretanto, em

razão de restrições orçamentárias da ABDI, o apoio financeiro não foi possível e o projeto foi

encerrado.

O Portal continua disponível pelo link: http://www.onip.org.br/navipecas/.

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA PARA EMPRESAS FORNECEDORAS DA CADEIA

DE P&G

O subprojeto teve como objetivo promover o intercâmbio tecnológico entre empresas nacionais

de pequeno e médio porte e empresas estrangeiras, a partir do cruzamento da oferta tecnológica

no exterior e das demandas ainda não atendidas pela indústria nacional. Foi implementado

exclusivamente com empresas do Rio de Janeiro, tendo como foco o segmento subsea, devido,

principalmente, à mobilização e representatividade do estado nesse elo da cadeia de valor de

35 Relatório de Gestão – 2015

petróleo. A metodologia e os resultados do projeto foram viabilizados por meio do Convênio

nº 023/2013, em parceria com Sebrae/RJ.

A identificação das empresas participantes do projeto foi realizada por meio dos eventos com

grandes empresas demandantes do setor. Dentre as ações executadas em 2015, destaca-se a

realização de oficinais de capacitação, workshops da Metodologia Canvas, capacitação em

Produção Enxuta (Lean Manufacturing) e workshops sobre Gestão Legal e Gestão de

Indicadores, com cerca de 70 empresas participantes, ultrapassando a meta inicialmente

estabelecida de 60 empresas. Também foram realizadas oficinas de capacitação em Gestão

Tecnológica e da Inovação e de Captação de Recursos de Inovação.

Estava previsto para o projeto a identificação, levantamento de demandas e a realização de

seminários e consultorias tecnológicas nas empresas selecionadas, entretanto, as atividades

voltadas a este objetivo foram parcialmente cumpridas, em relação ao quantitativo de empresas

previstas no planejamento do Convênio, num total de 60, devido a dificuldades na etapa de

adesão das empresas com potencial de atendimento. Das 60 previstas para realização do

levantamento de demandas, apenas 31 empresas tiveram os diagnósticos realizados.

Das consultorias tecnológicas previstas, (20 empresas), foram realizadas: visitas apenas a três

empresas (BALG, GROM, Colmeia) acompanhamento da norma ISO na empresa USINAR e

a aplicação inicial da metodologia Lean Manufacturing em sete empresas, sendo que destas,

apenas duas (Eletromatrix e Intertel), concluíram todas as atividades previstas na etapa de

consultoria. De acordo com o Sebrae/RJ, fatores como a queda do preço de barril de petróleo e

condições de mercado fizeram com as empresas aguardassem suas decisões estratégicas e,

portanto, não aderindo ao projeto durante o período de execução do Convênio.

Na prestação de contas da avaliação final do Convênio, foi identificado que das dez metas

previstas, apenas seis foram cumpridas integralmente, sendo o projeto finalizado com cerca de

77,8% de cumprimento do escopo previsto no plano de trabalho. Para a ABDI, este resultado

se apresentou como satisfatório, considerando as dificuldades apresentadas, pois mesmo com

uma conclusão parcial foi possível atender várias empresas, tendo como resultado o apoio na

melhoria no desempenho das empresas envolvidas no projeto.

O projeto foi concluído e encerrado em dezembro de 2015.

36 Relatório de Gestão – 2015

ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO DE APLS – PETROBRAS

O subprojeto objetiva a ampliação, a preços competitivos, da capacidade de oferta da indústria

nacional frente às demandas da cadeia global de PG&N, por meio da estruturação da

governança dos Arranjos Produtivos Locais (APL); do desenvolvimento de fornecedores; e do

apoio à formulação de projetos estruturantes decorrentes das discussões a serem realizadas com

representantes dos governos estaduais e municipais, da indústria e de instituições técnico-

científicas. Originário do memorando de entendimentos assinado em 13 de agosto de 2012 entre

os partícipes e o MDIC, tem como objeto a conjugação de esforços para a execução de ações

que contribuam para o desenvolvimento de fornecedores de bens e serviços da cadeia produtiva

de Petróleo, Gás e Naval, por meio da realização conjunta de projetos do Programa de

Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e seus fóruns regionais.

Desenvolvido em parceria com a Petrobras, mediante Convênio nº 0020.0087890.13.4,

assinado em dezembro 2013, o subprojeto possui quatro eixos de atuação, definidos a partir de

temas estratégicos transversais aos cinco APLs beneficiados, que são: (i) Suape e Entorno, em

Pernambuco; (ii) Maragogipe e Entorno, na Bahia; (iii) Ipatinga e entorno, em Minas Gerais;

(iv) Rio Grande e Entorno, no Rio Grande do Sul; e (v) Itaboraí e Entorno, no Rio de Janeiro.

Em cada um desses eixos são realizadas reuniões com a governança local para discussão das

demandas específicas e aprovação das formas de viabilização.

Na sequência, descreve-se a evolução de cada eixo de atuação no ano de 2015:

Eixo I – Apoio à Estruturação da Governança: foi firmado o Contrato nº 033/2014, em

dezembro de 2014, com a empresa Novociclo Gestão Empresarial Ltda. para prestação de

serviços de consultoria contemplando, o Apoio a Estruturação da Governança para os APLs

de PG&N do entorno da Baía de Todos os Santos, Metalmecânico de Suape e Metalmecânico

do Vale do Aço. Após a assinatura do contrato iniciou-se a fase de execução das atividades

propostas em cada APL. Inicialmente foi realizada uma contextualização, a partir de uma

metodologia de maturidade de APL, para maior compreensão dos atores e sua inter-relação para

estruturação da governança. Na sequência foi desenvolvida a metodologia para atuação em cada

APL, bem como proposto o modelo de governança para cada uma das regiões. A seguir

apresenta-se um breve resumo das atividades realizadas nos APLs em 2015:

37 Relatório de Gestão – 2015

O APL Polo Naval e Offshore de Rio Grande (RS), cuja a estrutura foi realizada com a

utilização de recursos do Estado, se reuniu periodicamente durante 2015 para realizar a

análise dos projetos e atividades do APL. Em setembro de 2015 ocorreu a 6ª Reunião

Ordinária do Conselho de Administração, que discutiu, entre outros assuntos, os

impactos positivos das ações do Convênio ABDI-Petrobras. No final de 2015, o APL

promoveu um workshop com palestras, casos de sucesso e trocas de experiências entre

o APLs.

No período de julho a setembro de 2015, foi desenvolvido e finalizado o Plano

Estratégico do APL Metalmecânico de Suape, focado em Petróleo, Gás, Construção

Naval e Offshore (PE). Com a validação do Plano Estratégico do APL pelas instituições

participantes, realizou-se o lançamento público do APL, em 09 de setembro, na sede da

Federação de Indústrias do Estado de Pernambuco. Em setembro, foi realizada uma

reunião para indicação de um Núcleo Deliberativo Interino para priorização de projetos

e implantação de ações do APL, conforme o modelo de estrutura validado. No período

de outubro a novembro, a principal a atividade da governança foi a elaboração do

estatuto do APL. Para 2016 está prevista a continuidade do apoio aos Conselheiros para

a priorização dos projetos estruturantes a serem executados pelo Convênio com foco no

setor de Petróleo, Gás e Naval e a implantação da estrutura executiva do APL.

O APL de Petróleo, Gás e Naval do Entorno da Baía de Todos os Santos (BA) teve seu

escopo ajustado no segundo semestre de 2015, antes com foco na indústria naval, em

função da implantação do Estaleiro Enseada em Maragogipe-BA, na Baía de Todos os

Santos, para um APL com foco em Petróleo, Gás e Naval, na Região Metropolitana e

no Recôncavo Baiano, áreas com um tecido industrial tradicional no Estado. Com essa

alteração, o Plano Estratégico do APL na Bahia foi finalizado em novembro, tendo sua

diretoria interina eleita em dezembro de 2015. Considerando a dificuldade e necessidade

de aumentar o envolvimento dos empresários da região na governança do APL, foram

realizados workshops para mobilização das lideranças empresariais com cases de

sucesso. Em 2016 será discutido e elaborado do estatuto do APL, bem como priorizados

os projetos estruturantes para implementação.

A construção do Plano Estratégico do APL metalmecânico do Vale do Aço (MG)

ocorreu por meio de encontros estruturados em workshops temáticos. Em setembro foi

realizado o pré-lançamento do APL com a participação de representantes das

38 Relatório de Gestão – 2015

instituições participantes, prefeituras, universidades, empresários e da ABDI. O APL já

conta com uma diretoria interina e um Conselho. Ainda em 2015 foi elaborado o estatuto

do APL com as responsabilidades e papeis de cada membro do Conselho, das Diretorias

e dos Associados. Em 2016 haverá continuidade no apoio aos conselheiros para a

priorização dos projetos estruturantes a serem executados pelo Convênio com foco no

setor de Petróleo, Gás e Naval e início da implantação estrutura executiva do APL.

Eixo II – Desenvolvimento de fornecedores: foi formalizado o Contrato nº 006/2015, em

março de 2015, com a empresa Dinamus Inovação e Negócios Ltda., objetivando atender 18

empresas de porte médio e médio-grande nos cinco APLs contemplados no projeto. No primeiro

semestre de 2015 foi realizada a revisão da parte teórica da metodologia, elaborada na versão

piloto do projeto (Convênio ABDI-MDIC nº 046/201) pela consultoria contratada. Após a

publicação do Plano de Negócios da Petrobras 2015-2019, foi realizado o mapeamento da

política de compras de empresas âncoras na cadeia e de demandantes nacionais por meio de

entrevistas que levantaram demandas críticas do setor. Em paralelo, foi iniciado o processo de

seleção das empresas a serem beneficiadas em parceria com a governança dos APLs. Nesse

sentido, a elaboração dos Planos de Negócios será iniciada em janeiro de 2016 com as empresas

selecionadas (18 empresas). As atividades desta frente estão previstas para serem concluídas no

primeiro semestre de 2016.

Eixo III – Projetos estruturantes nos APLs, envolvendo a cooperação entre empresas e

Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs): a licitação da contratação do Mapeamento da

Oferta do Rio Grande (RS) foi cancelada após um processo de diligências que resultou na

conclusão de que o termo de referência do certame necessitava de aprimoramento de alguns

termos técnicos. A licitação para contratação do Modelo Conceitual de um Centro de

Excelência em Engenharia na Região do Vale do Aço (MG) foi finalizada em dezembro de

2015, tendo o projeto já iniciado suas atividades com a formação de um Comitê Gestor de

acompanhamento, constituído por membros da Governança do APL do Vale do Aço. A

diretoria interina do APL de Pernambuco está detalhando os projetos priorizados para

submissão dos mesmos ao Comitê Geral do Convênio. No Estado da Bahia (BA), com a nova

ampliação de foco e abrangência territorial do APL, os projetos serão priorizados apenas em

2016. Está frente não será trabalhada junto ao Estado do Rio de Janeiro (RJ).

39 Relatório de Gestão – 2015

Eixo IV – Prestar serviços necessários à gestão e comunicação do projeto: a atividade está

em execução por meio de contratos já existentes com empresas prestadoras de serviços para a

ABDI. O acompanhamento das atividades se dá por meio de relatórios mensais e trimestrais,

enviados à Petrobras, além do acompanhamento administrativo da Coordenação de Contratos e

Convênios da Agência.

No primeiro semestre de 2015 foi encaminhado à Petrobras um documento contemplando o

replanejamento do Plano de Trabalho do Convênio, objetivando ajustar o escopo de algumas

ações, bem como os respectivos prazos. Esta solicitação foi necessária devido ao período

estendido de articulação com as instituições locais dos APLs para definição das atividades que

seriam desenvolvidas para estruturação das governanças. Tal atraso impactou na discussão dos

projetos estruturantes, levantados apenas na conclusão dos Planos Estratégicos, necessitando,

portanto, de mais 12 meses para execução. Outro atraso ocorrido no projeto, foi na etapa de

levantamento de demandas críticas do setor, prevista na Metodologia da Ação de

Desenvolvimento de Fornecedores, que só pode ser iniciada após a publicação do Plano de

Negócios da Petrobras, o que impactou o planejamento das principais empresas demandantes

da cadeia.

A ABDI ainda aguarda a validação da proposta de replanejamento pela equipe técnica da

Petrobras sobre o aditivo de prazo. Em relação aos recursos financeiros do Convênio, no final

de 2015 a Petrobras enviou um ofício à ABDI informando que em função das restrições

financeiras pelas quais a Companhia está passando, não há previsão orçamentária para o ano de

2016 para dar cobertura aos repasses previstos para o Convênio, na ordem de R$ 2 milhões, ou

seja, haverá um corte de 50% do valor do projeto. A ABDI está trabalhando junto à Petrobras

para que tal decisão possa ser repensada, pois para a conclusão mínima do escopo já articulado

com os APLs ainda seriam necessários o repasse de mais R$ 500 mil reais e um aditivo de prazo

de 12 meses. A ABDI ainda aguarda uma resposta sobre estes pleitos.

4.1.2.2. PROJETO TEMÁTICO: AUTOMOTIVO

O projeto temático Automotivo teve como objetivo principal promover o aumento da inovação

e da competitividade da cadeia automotiva brasileira. Para 2015, a ação prioritária foi promover

40 Relatório de Gestão – 2015

a elevação dos dispêndios em inovação na busca de uma maior segurança e eficiência

energética.

COMPETITIVIDADE DA CADEIA AUTOMOTIVA

O objetivo do subprojeto era contribuir para o aumento da inovação e da competitividade da

cadeia automotiva brasileira, por meio de ações, a exemplo do acompanhamento da implantação

do centro tecnológico do setor automotivo no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial (Inmetro) e o acompanhamento do processo de renovação de frota de

automóveis.

De modo a apoiar a implantação do centro tecnológico do Inmetro (o primeiro centro de testes

de segurança veicular ativa e passiva do país), a ABDI participou de visitas técnicas a

laboratórios e centros tecnológicos na Espanha e Inglaterra, em conjunto com a equipe técnica

do Inmetro. Foi contratada, pelo Inmetro, uma consultoria para elaboração do projeto executivo

do centro automotivo.

Quanto ao esforço de renovação de frota, a ABDI trabalhou em parceria com o setor público

(MDIC, Ministério da Fazenda, BNDES, Ministério das Cidades, Ministério do Meio

Ambiente, Ibama, Inmetro, ANTT, Denatran) e privado (Sindipeças, Anfavea, CNT,

Fenabrave, AEA, SAE Brasil, Fenaseg), na elaboração de uma política de renovação de frota

de veículos pesados no país. Esse tipo de política é relevante na medida em que promove: (i)

aumento da segurança veicular; (ii) redução da poluição; (iii) melhoria da eficiência energética;

(iv) melhoria da eficiência de logística; (v) redução de riscos ambientais derivados dos resíduos;

e (vi) melhoria das condições de trabalho (a exemplo da chamada Lei do Caminhoneiro). Além

disso, representa um estímulo fundamental ao desenvolvimento de toda a cadeia automotiva.

Em março de 2015, a antiga Coordenação do Setor Automotivo da ABDI participou de reunião

no MDIC com a equipe do Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transportes

(DEIET) e a empresa JSL – Júlio Simões Logística (uma das maiores do ramo no Brasil). Esta

empresa acumulou experiência com o programa de renovação de frota do estado do Rio de

Janeiro e compartilhou a experiência com a ABDI e MDIC.

41 Relatório de Gestão – 2015

Nesta reunião foi lançada uma proposta com uma lógica diferente da pensada até aquele

momento para o Programa Nacional de Renovação de Frota de caminhões. A nova ideia era

substituir veículos mais antigos por veículos mais novos sem ser necessariamente 0 km. O

caminhão com 25 ou mais anos de uso poderia ser substituído por outro com até 10 anos de uso

(podendo estratificar em mais camadas: o de 30 por um de 20, o de 20 por um de 10 e

sucessivamente até chegar ao 0 km). O produto final desta troca seria um caminhão novo no

mercado e a garantia de destruição do caminhão velho. A empresa JSL também fez aprendizado

na reciclagem de veículos, estando disposta, inclusive, a montar uma recicladora no país. Para

ter adesão ao programa, o comprador deveria necessariamente vislumbrar algum ganho

econômico ou financeiro para participar, havendo ainda um grande desafio na efetivação de um

programa deste porte que é a equalização das taxas de juros para proporcionar este ganho.

Assim, diante da nova proposta apresentada, na respectiva reunião, e em função do alto custo

fiscal para a sua implementação, optou-se por cancelar o projeto, pois caso a nova Política

Industrial estabeleça as condições para implantação de um Programa de Renovação de Frota,

quer seja nas questões ambientais, sociais e/ou econômicas, a ideia é criar um novo projeto com

o foco mais alinhado ao direcionamento da política. Nesse sentido, o projeto foi cancelado no

segundo semestre de 2015. Ressalta, entretanto, que a ABDI permanece acompanhando esta

discussão junto aos principais atores envolvidos.

BENCHMARK INTERNACIONAL DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL PARA A

INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

Este projeto teve como foco de atuação, desenvolver um estudo com o objetivo de levantamento

de dados para comparação das questões ambientais e de sustentabilidade na competitividade da

indústria de transformação em países selecionados, tendo como foco o setor automotivo.

Para o cumprimento do objetivo proposto foram concentrados esforços para: (i) elaborar

benchmark internacional sobre as metas de meio ambiente e sustentabilidade para a indústria

automobilística na União Europeia, Estados Unidos e Japão, bem como respectivas políticas de

regulamentação, financiamentos e projetos de PD&I para a redução de emissões, resíduos e

água (e outros insumos relevantes); (ii) verificar modelos de financiamento de ações e projetos

de meio ambiente e sustentabilidade para a indústria automobilística, com foco nos fundos

42 Relatório de Gestão – 2015

regionais e nacionais, agências e institutos na União Europeia, Estados Unidos e Japão; (iii)

descrever o panorama geral de iniciativas na China e Coreia do Sul voltadas à indústria e à

sustentabilidade ambiental; e (iv) a partir do benchmark, destacar propostas e dimensões a

serem incorporadas pelo Brasil, apontando a relevância e viabilidade para a indústria

automobilística.

Nesse sentido, o projeto teve a seguintes entregas: (i) Plano de Estudo comparativo de metas e

projetos em países selecionados para promover a indústria no contexto de sustentabilidade

ambiental; (ii) relatório de estudo comparativo internacional na versão preliminar; e (iii)

relatório de estudo comparativo internacional na versão final com foco na indústria automotiva.

Para a entrega do Plano de Estudo comparativo de metas e projetos em países selecionados para

promover a indústria no contexto de sustentabilidade ambiental, foram realizadas reuniões com

dois atores considerados estratégicos para o desenvolvimento do Estudo Comparativo

Internacional. A primeira reunião ocorreu na Divisão de Inteligência Comercial (DIC) do

Departamento de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) do Itamaraty, tendo como

objetivo apresentar a proposta e roteiro do estudo e buscar apoio institucional no sentido de

obter as informações relativas aos países e regiões selecionadas, a saber: União Europeia,

França, Alemanha, Estados Unidos, Japão, China e Coreia do Sul. A segunda reunião ocorreu

na Coordenação de Análise de Competitividade e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria

de Desenvolvimento da Produção (SDP/MDIC), com o objetivo de apresentar a proposta do

estudo e alinhar as ações previstas para o corrente ano.

Na elaboração do Plano de Estudo teve-se a oportunidade de identificar fontes de informações

de destaque da agenda de sustentabilidade ambiental para o setor automotivo no mundo e no

Brasil, entre elas: ICCT, G20, MMA, IBAMA, MME, MDIC, ABDI, CNI, ANFAVEA. Esta

pesquisa preliminar de informações internacionais e nacionais, todas elas secundárias (desk

research), sinalizaram uma busca de aprofundamento ao Estudo Comparativo Internacional das

seguintes agendas: (i) normas de eficiência para veículos leves e pesados; (ii) combustíveis de

baixo carbono; (iii) combustíveis limpos de baixo teor de enxofre; (iv) padrões de emissões

pelos escapamentos veiculares (Tailtipe); (v) padrões de emissões de CO2 e economia de

combustível; (vi) redução de emissões por meio de programas de fretes verdes (Green FreighT);

43 Relatório de Gestão – 2015

(vii) poluição do ar (poluentes veiculares) e saúde pública; e (viii) plano de ação para Eficiência

Energética do G20.

Na elaboração do Relatório de Estudo Comparativo Internacional, na versão preliminar com

foco na indústria automotiva, o ponto forte alcançado foi a obtenção dos relatórios detalhados

de cada país/ região selecionados (União Europeia, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão,

China e Coreia do Sul) por meio da Divisão de Inteligência Comercial (DIC) do Departamento

de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) do Itamaraty. As valiosas contribuições foram

obtidas, respectivamente, das seguintes fontes: Delegação do Brasil junto à União Europeia;

Embaixada do Brasil em Paris; Embaixada do Brasil em Berlim; Embaixada do Brasil em

Washington; Embaixada do Brasil em Tóquio; Embaixada do Brasil em Pequim; e Embaixada

do Brasil em Seul, sendo que na versão final teve seu conteúdo incrementado com as

colaborações internas da ABDI, coletadas por meio de dois debates entre especialistas,

promovidos pela Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.

O produto final do projeto, o Relatório de Estudo Comparativo Internacional com foco na

indústria automotiva, visa orientar a proposição de políticas públicas necessárias para o

aumento da produtividade e competitividade do setor automobilístico no país, bem como sua

sustentabilidade socioeconômica e ambiental.

O projeto foi concluído e encerrado em dezembro 2015.

4.1.2.3. PROJETO TEMÁTICO: AERONÁTICO, DEFESA E ESPACIAL

O projeto visa promover ações voltadas para o fortalecimento das cadeias produtivas dos setores

aeronáutico, de defesa e espacial, por meio da ampliação e criação de novas competências

tecnológicas e de negócios e da diversificação das exportações, na busca da ampliação dos

mercados interno e externo das empresas brasileiras. Contempla também ações de

fortalecimento da competitividade, com foco na qualificação da gestão empresarial e inovativa

das empresas, visando melhores práticas de produção e cumprimento dos requisitos

internacionais. Busca, por fim, ampliar competências críticas a partir da maior cooperação

científico-tecnológica, possibilitando aos fornecedores oferecer produtos de maior valor

agregado e ampliar seu acesso ao mercado global.

44 Relatório de Gestão – 2015

CENTRO TECNOLÓGICO DE HELICÓPTEROS (CNTH)

A proposta de criação do CNTH surgiu de entendimentos entre o reitor da Universidade Federal

de Itajubá (Unifei) e o presidente da ABDI no final de 2009, no contexto da negociação dos

International Cooperation Projects (ICP), instrumentos de compensação e transferência de

tecnologia previstos, no contrato do Projeto H-XBR, assinados pelo governo brasileiro e no

consórcio Eurocopter/Helibrás para a aquisição de 50 helicópteros EC-725. Parte de seu

processo produtivo será realizado no Brasil pela Helibrás, com índice de nacionalização de

componentes que atingirá 50% até 2016. Como resultado desse contrato, a Helibrás promoveu

expansão de sua planta produtiva e ampliação de seu centro de engenharia, além de ter

aumentado seu leque de empresas fornecedoras.

A criação do CTNH consiste em projeto relevante para o segmento aeronáutico dual de asas

rotativas, pois criará condições para que o Brasil passe a ter o domínio completo do processo

científico e tecnológico da produção de aeronaves desse tipo. Trata-se, dessa forma, de projeto

estruturante para os setores de defesa e aeronáutico, contribuindo para a criação e o

desenvolvimento de massa crítica e de conhecimentos técnicos sobre o tema, além do

fortalecimento da cadeia produtiva de asas rotativas.

Em reunião realizada com a ABDI em novembro de 2014, a Unifei relatou avanços nas ações

de criação do CNTH, a saber: (i) a criação do Programa CTH, que propiciará a realização de

atividades relacionadas à atuação do Centro na instituição; (ii) o início das obras de acesso e de

infraestrutura, no valor de R$ 3 milhões, no terreno destinado ao Parque Tecnológico, que

abrigará a estrutura física do CNTH; e (iii) a submissão de emenda parlamentar no valor de R$

6 milhões, que deverão ser direcionados à projetos de implantação do CNTH.

Como contribuição ao processo de implantação do CNTH, em 2015 a ABDI estava prevendo a

elaboração do modelo de governança e gestão, a elaboração do modelo de financiamento e o

projeto de viabilidade do Centro. No entanto, tendo em vista os ajustes orçamentários realizados

na Agência, não foi possível destinar recursos para o projeto no ano de 2015. Dessa forma, a

diretoria optou pelo cancelamento do projeto.

45 Relatório de Gestão – 2015

MAPEAMENTO DA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA (BID)

Ao longo da última década, o setor de defesa tem adquirido crescente relevância na pauta das

políticas públicas do governo brasileiro. O principal documento norteador desse movimento é

a Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada pelo Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de

2008, que trouxe nova concepção de defesa para o país. A END estabeleceu a revitalização da

indústria de material de defesa como um dos três eixos estruturantes o setor no Brasil, ao lado

da reorganização das Forças Armadas e da sua política de composição dos efetivos.

Além da END, o apoio à indústria de defesa integra a pauta das políticas públicas de forma

mais intensa desde o começo da década, como atesta a Política Nacional da Indústria de Defesa

(PNID) de 2005, e mesmo ações governamentais que extrapolam o Ministério da Defesa. Esse

é o caso da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de 2008, que considerou o complexo

industrial de defesa como um dos Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas e do PBM,

no qual o setor de defesa aparece no Bloco I, que reúne setores considerados de grande impacto

na transformação da estrutura industrial.

Dessa forma, com o objetivo de conhecer de maneira detalhada e sistematizada os segmentos

industriais do setor de defesa no Brasil, a organização da cadeia produtiva, as capacidades

produtivas, tecnológicas e de inovação das empresas, bem como a sustentabilidade do ciclo de

vida dos produtos de defesa, a ABDI realizou parceria com o Ministério da Defesa e o Instituto

de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para elaboração do Mapeamento da Base Industrial

de Defesa (BID).

Em 2014, foram concluídas as cinco etapas do projeto. Em dezembro de 2014, realizou-se a

segunda sessão de debates, com vistas a analisar e discutir as versões finais dos relatórios do

Mapeamento da BID, bem como a propor eventuais modificações/complementações pontuais,

que foram incorporadas para a finalização do projeto.

A entrega do produto final do Mapeamento ocorreu em agosto de 2015. Com vistas a divulgar

os resultados do referido estudo, a ABDI realizou uma apresentação sobre o tema, em outubro,

para o Grupo de Trabalho de Fortalecimento da Base Industrial de Defesa, composto por

representantes do MDIC, MD, MJ, MRE, APEX e ABDI.

46 Relatório de Gestão – 2015

Também foi realizada, em 10 de dezembro, uma apresentação dos principais resultados do

trabalho, para os atores governamentais mais atuantes no tema (MD, MDIC, MJ, MRE, FINEP,

BNDES, AEB). A apresentação teve os seguintes focos: (i) RH, inovação e competitividade;

(ii) estrutura produtiva, porte e distribuição regional; (iii) estrutura de capital e inserção

internacional; e (iv) sugestões de políticas públicas.

Cabe destacar que se pretende com a discussão das conclusões do Mapeamento da BID

promover a reflexão dos atores públicos a respeito de elementos para a construção de medidas

efetivas de apoio às empresas do setor de Defesa.

A publicação e divulgação do livro do Mapeamento da BID está prevista o início de 2016.

DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITOS INTEGRADOS EM PRODUTOS DE

DEFESA E ESPACIAIS

Este subprojeto teve como objetivo identificar e articular com o Ministério da Defesa

oportunidades estratégicas para o desenvolvimento de Circuitos Integrados (CIs) em território

nacional, com vistas à utilização em produtos de defesa, a partir das definições de suas

aquisições presentes no Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED). Consistiu em

iniciativa relevante para o processo de construção da autonomia tecnológica da BID, uma vez

que o setor de microeletrônica pode oferecer componentes e circuitos dedicados a sistemas

nacionais de defesa, contribuindo para a redução da dependência externa, a autonomia.

Além da identificação do produto para receber o chip nacional, o subprojeto avançou em

negociações com o Exército Brasileiro para melhorar o controle do uso de explosivos no Brasil.

Durante o ano de 2014, a ABDI realizou as atividades previstas no projeto e conduziu de

maneira eficiente e colaborativa as necessidades de ajustes de escopo e prazo, bem como de

incorporação de novas demandas ao projeto inicial. Ademais, apresentou ao Exército Brasileiro

a preocupação, por eles incorporada, de desenvolver no Brasil uma solução tecnológica para o

problema apresentado e não importar solução desenvolvida por empresa estrangeira, baseada

em necessidade diferente da nacional. Possibilitou, dessa forma, o desenvolvimento de

conhecimento e de tecnologia nacional, bem como da produção industrial no País.

47 Relatório de Gestão – 2015

O projeto foi concluído e encerrado no início de 2015.

PLATAFORMA TECNOLÓGICA DO SETOR AERONÁUTICO

A ABDI procedeu à contratação de um estudo para estabelecer as condições básicas de

implantação de uma iniciativa de Plataformas Demonstradoras Tecnológicas para o setor

aeronáutico. Esse estudo teve como foco definir os componentes institucionais da iniciativa,

bem como especificar sua atuação programática, de forma a facilitar a implantação do modelo

e a execução de projetos estratégicos de interesse do setor aeronáutico, munindo de informações

o Comitê Executivo do PBM por meio de relatórios analíticos anuais. Convém destacar que o

Comitê Executivo e o Conselho de Competitividade de Defesa, Aeronáutico e Espacial

definiram o projeto de Elaboração e implantação de Programa de Plataformas

Demonstradoras Tecnológicas para a Indústria Aeronáutica Brasileira como estratégico para

o desenvolvimento da nova geração de aeronaves brasileiras.

O estudo Plataformas Demonstradoras Tecnológicas Aeronáuticas – Experiências com

programas internacionais, modelagem funcional aplicável ao Brasil e importância de sua

aplicação para o País foi publicado em março de 2014. Este estudo permitiu a identificação de

tecnologias duais que beneficiarão outras empresas, ICTs e setores industriais, a partir dos

transbordamentos do desenvolvimento para um programa de plataformas demonstradoras

tecnológicas. Foram identificadas tecnologias e empresas com potencial de compartilhar o risco

tecnológico e que contribuirão na definição de uma estratégia de futuro das tecnologias,

produtos e mercados aeronáuticos, em horizontes temporais de 10 a 20 anos. Destaque-se que

as tecnologias apontadas pelo estudo das plataformas do setor aeronáutico, avião verde,

aeronave inteligente e aeronave elétrica, permitirão a geração contínua de novas tecnologias e

a devida apropriação pelas empresas, dos benefícios gerados por essas novas tecnologias,

fundamental ao desenvolvimento da competitividade da indústria aeronáutica num longo prazo.

Com o estabelecimento do Programa Plataforma Nacional do Conhecimento (PNPC), instituído

pelo Decreto nº 8.269 de 25/06/14, a ABDI atuou junto ao MCTI levando as contribuições do

conhecimento sobre as tecnologias, empresas e ICTs das plataformas destacadas pelo estudo,

considerando que por meio da implementação de projetos relacionados possa haver o domínio

e a integração de tecnologias que permitam ao Brasil acompanhar o salto tecnológico para

48 Relatório de Gestão – 2015

sustentar a competitividade e a sobrevivência da indústria nacional. A operacionalidade dos

potenciais projetos e das tecnologias críticas da plataforma do conhecimento aeronáutica foi

objeto de discussão pelo Comitê Técnico de Assessoramento do PNPC. A plataforma do

conhecimento será uma base de pesquisa, desenvolvimento e testes de confiabilidade de novas

soluções técnicas, que mitiguem os riscos de sua incorporação nos futuros produtos.

Em função dos ajustes orçamentários feitos pelo Governo Federal, se fez necessário rediscutir

a prioridade do programa plataforma do conhecimento. A ABDI articulou e promoveu este

debate junto aos atores governamentais, como MCTI e MDIC e lideranças políticas para que se

desenvolva a cultura da encomenda de desenvolvimento tecnológico no Brasil. Sabe-se que as

soluções de curto prazo sempre são preferidas às que envolvem pesquisa, desenvolvimento e

inovação. É preciso disseminar as boas práticas de compras governamentais e estimular o uso

da Lei da Inovação em projetos pré-competitivos.

Nesse sentido, todos os esforços de articulação para implementação do Programa foram

realizados pela ABDI, porém, esbarrou-se no contingenciamento geral de recursos

orçamentários e no ajuste fiscal macroeconômico que trouxe consequências para programas de

financiamento, inclusive em programas acadêmicos e voltados para a ciência. Aguarda-se que

a discussão sobre a nova Política Industrial, em elaboração pelo Governo Federal, seja retomada

mostrando resultados dos esforços dos atores envolvidos.

Assim, o projeto foi finalizado no segundo semestre de 2015, cumprindo com os objetivos para

o qual foi planejado tanto na elaboração do estudo, divulgação de resultados, articulação e

mobilização de atores para a importante estratégia de se estabelecer no Brasil um Programa

voltado ao P&D pré competitivo, de modo a garantir a competitividade de nossa indústria

aeronáutica no médio e longo prazo. A ABDI acredita que as plataformas tecnológicas se

apresentam como um instrumento adequado e efetivo ao processo de estabelecimento de uma

agenda de PD&I para diferentes setores no Brasil. Se o esforço de plataformas tiver

continuidade e se o processo for corretamente instruído quanto às metodologias de prospecção,

as plataformas irão contribuir de maneira sistemática para o desenvolvimento tecnológico do

Brasil.

49 Relatório de Gestão – 2015

FORTALECIMENTO DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA

AERONÁUTICA

O subprojeto apoia o fortalecimento da cadeia produtiva aeronáutica brasileira, por meio da

implementação de um Programa de Fortalecimento da Competitividade da Cadeia Produtiva

Aeronáutica. Este Programa foi estabelecido em parceria, mediante convênio, com o Centro

para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi). Foram realizadas

atividades que contribuíram para o aumento da competitividade e uma maior participação das

empresas no mercado, por meio de ações voltadas ao aprimoramento do processo produtivo,

fortalecimento da gestão empresarial, capacitação e qualificação em administração logística e

de custos.

Entre os resultados aferidos no Programa destacam-se a redução do tempo de entrega de

produtos, redução dos desperdícios de matérias primas e no número de peças com defeito,

melhoria na utilização da capacidade instalada de máquinas e do ciclo operacional, maior

capacidade de controles de custos, de atendimento ao cliente e de vendas, bem como melhoria

geral no ambiente organizacional, impactando na produtividade e maturidade das empresas e

consequentemente, na competitividade da cadeia produtiva.

Compactuando do esforço de melhoria nas condições de competitividade das empresas do setor

aeronáutico, a ABDI identificou a oportunidade de utilizar a experiência da Embraer, que

conduz diversos processos de aplicação de ferramentas para a melhoria da gestão e da qualidade

da sua cadeia de fornecedores, buscando uma nova articulação com o Cecompi em 2015. Com

esta parceria a ABDI procurou expandir a aplicabilidade do escopo de seu programa, trazendo

a empresa líder Embraer como parte integrante, estabelecendo-se o Programa de

Desenvolvimento da Cadeia Aeronáutica (PDCA).

Em fevereiro de 2015, foram iniciados os trabalhos no âmbito de um novo convênio da ABDI

com o Cecompi com foco no PDCA, dividido em duas frentes: (i) desenvolvimento de

competências necessárias à elevação da maturidade de empresas brasileiras do setor

aeroespacial; e (ii) o estudo do FX2, ambas com intuito de se trabalhar o fortalecimento e a

competitividade da cadeia produtiva aeronáutica.

50 Relatório de Gestão – 2015

O objetivo do PDCA é promover a produtividade da rede nacional de suprimentos do setor

aeroespacial e de defesa, por meio do um modelo de gestão estratégica, técnica e organizacional

com foco em melhoria de resultados, novos negócios e aumento de capacidade produtiva das

empresas. O desafio que se busca é acelerar as inovações realizadas pela rede de suprimentos

nacional, para se alcançar a liderança tecnológica e enfrentar a competição nos mercados

globais, o que exigirá, entre outras habilidades, uma cadeia de fornecedores com capacidade

técnica e de gestão.

Nas atividades do convênio no âmbito do PDCA, o Cecompi contratou a Fundação Dom Cabral

(FDC) para a realização das atividades. Em março, foi realizada a primeira oficina de

Desenvolvimento Produtivo para duas turmas, com cerca de 45 participantes por turma, com

foco em gestão estratégica no núcleo de desenvolvimento da Embraer. Ainda no período de

março a abril foram realizadas as discussões sobre os treinamentos Kaizen, com o objetivo da

preparação da metodologia a ser conduzida pela FDC. A avaliação da primeira atividade foi

atendida em sua plenitude, cumprindo com o objetivo principal, destacando uma média global

de 95%, o que representa alto índice de satisfação dos participantes.

Em abril iniciou-se a etapa do Planejamento Estratégico nas cinco empresas selecionadas pelo

comitê gestor do PDCA. Em maio, foram realizadas as seguintes atividades: (i) oficina de

preparação de célula, com o objetivo de capacitação e desenvolvimento de ferramentas de

célula; (ii) verificação dos temas de projetos Kaizen e visita de validação em cinco empresas;

(iii) condução da semana Kaizen com oito projetos realizados em empresas localizadas na

região de Botucatu e cidades vizinhas; e (iv) continuidade do planejamento estratégico nas

cinco empresas selecionadas pelo comitê gestor: Usimaza, Alltec, Planifer, GMP, Panmetal.

Todas as atividades planejadas no cronograma do primeiro semestre de 2015 no escopo do

PDCA foram cumpridas com alto índice de satisfação por parte dos participantes, com efeitos

positivos em relação a produtividade das empresas e sua capacidade de inovar. O PDCA tem

se mostrado um programa efetivo e de sucesso, uma vez que a gestão da inovação é essencial

dentro de qualquer organização que tenha em seus objetivos estratégicos o desenvolvimento

constante de novos produtos e processos, ou aperfeiçoamento significativo desses.

51 Relatório de Gestão – 2015

No decorrer do segundo semestre de 2015 foram realizadas as seguintes atividades, em

conformidade com o cronograma estabelecido: (i) oficina de preparação Kaizen com 20

empresas selecionadas; (ii) execução de duas Semanas Kaizen com sete projetos; (iii)

acompanhamento de célula de melhoria contínua com as cinco empresas selecionadas pelo

comitê gestor (atividades realizadas e acompanhadas nas empresas); e (iv) oficina de

desenvolvimento produtivo sobre o tema Gestão de Riscos.

Com a realização das oficinas e das Semanas Kaizen, as empresas passaram a compreender

melhor as suas práticas e os resultados obtidos, verificando a própria capacidade de inovação e

identificando no que a empresa precisa se concentrar para maximizar o sucesso da inovação.

Além disso, as empresas elaboraram programas de desenvolvimento dos seus pontos fracos, a

fim de melhorar as capacidades do processo de inovação, identificando os pontos fortes para

consolidar e aumentar a inovação na empresa, promovendo a cultura de inovação na

organização.

Destaca-se que o PDCA é um programa contínuo que foca em competitividade, inovação,

produtividade e capacidade empreendedora. É a alavanca para o crescimento da base

aeronáutica, permitindo acessos a novos mercados e sustentabilidade das empresas. O PDCA

desenvolve a confiança e a maturidade de gestão para as empresas se internacionalizarem.

Na frente de trabalho relativa ao FX-2, a ABDI e o Cecompi elaboraram plano de trabalho para

definir os objetivos do estudo do FX-2. Em abril de 2015, realizou-se reunião técnica com a

Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) para identificar

questões acerca do contrato de aquisição firmado entre o Governo Brasileiro e a empresa Saab,

bem como para compreender o arcabouço institucional estabelecido entre a Força Aérea

Brasileira (FAB), a Saab e a empresa líder nacional, Embraer, para o desenvolvimento,

produção e eventual exportação do Gripen NG ou de novas versões dessa aeronave que venham

a ser demandadas. Realizou-se, ainda, entrevista com a empresa AKAER, em outubro de 2015.

O primeiro relatório parcial do projeto, entregue em novembro de 2015, apresenta o estudo que

visa compreender a inserção do Programa FX-2 na estrutura produtiva da indústria aeronáutica

brasileira, dividido em três partes: (i) análise da dinâmica tecnológica do segmento de aviões

de caça da indústria aeronáutica mundial; (ii) descrição da estrutura de mercado desse segmento

52 Relatório de Gestão – 2015

em âmbito mundial, com identificação das principais empresas, suas estratégias, desafios e

oportunidades para a inserção do Brasil nesse segmento; e (iii) breve histórico dos antigos

programas AMX e Gripen, e do atual programa Gripen NG.

Destaca-se que, todas as frentes de trabalho relatadas, terão suas atividades continuadas em

2016.

VIABILIDADE DE MERCADO DE PRODUTOS DO SETOR ESPACIAL

O subprojeto foi inserido no contexto das diretrizes da (i) Agenda Estratégica do Setor

Aeronáutico, Defesa e Espacial do PBM e do (ii) Programa Nacional de Atividades Espaciais

(PNAE). Seu principal objetivo foi identificar e articular oportunidades estratégicas e ações que

visassem o desenvolvimento de sistemas espaciais completos e o fortalecimento da indústria

espacial. Do ponto de vista institucional, as iniciativas do setor espacial envolvem atores

governamentais (Ministérios da Defesa (MD), MDIC, MCTI e Agência Espacial Brasileira

(AEB)) e atores industriais (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB),

Federações das Indústrias dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul).

Em 20 de novembro de 2014, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a ABDI e

a AEB, com vistas ao fortalecimento institucional e ao aprimoramento de ações conjuntas a

indústria espacial brasileira, tais como, a realização conjunta de estudos, pesquisas, intercâmbio

de informações, planejamento, estruturação e coordenação, eventos e reuniões, bem como

publicação de documentos, entre outras ações de interesse comum.

Em 2015, em função da necessidade de ajustes orçamentários, o projeto precisou ser

redimensionado em suas expectativas de entregas. Entretanto, foi possível elaborar o estudo

analítico sobre o Índice Futron de Competitividade da Indústria Espacial (SCI), que é um

indicador composto de 50 variáveis quantitativas e qualitativas, analisado e atualizado

anualmente desde 2004, para países onde há atividade ligada à exploração do espaço sideral.

Nesse contexto, a ABDI realizou reuniões técnicas junto a AEB e com o consultor contratado

para discutir os indicadores de competitividade do setor espacial apontados no Índice Futron.

Entende-se que os diversos indicadores apresentados no mencionado Índice permitem

acompanhar e gerenciar o processo de implantação do Programa Nacional de Atividades

53 Relatório de Gestão – 2015

Espaciais (PNAE), assim como os principais impactos do programa sobre a sociedade

brasileira. As reuniões técnicas realizadas viabilizaram a troca de informações com

representantes da AEB e da ABDI, o que permitiu a identificação de um conjunto de indicadores

com melhores condições de acompanhar a implantação do PNAE. As características e

indicadores analisados no decorrer do estudo têm implicações para a competitividade espacial

no caso brasileiro.

Por exemplo, alguns segmentos, tais como as comunicações por satélite, estão migrando para o

âmbito comercial; outros, como ciência e exploração, tornaram-se o domínio da cooperação

internacional. O grau e oportunidades comerciais, capacidade tecnológica e maturidade de

mercado variam conforme o segmento, mas, estão inexoravelmente ligados a temas

estratégicos: segurança, geopolítica, economia, nacionalismo e diplomacia. A análise da Futron

sobre a competitividade espacial reflete todas essas dinâmicas de fundo. No caso brasileiro, não

obstante o programa espacial já se desenvolva há mais de meio século, diversas características

são apontadas pela Futron para explicar os resultados relativamente modestos obtidos até o

momento.

O estudo foi finalizado em julho de 2015. No segundo semestre foi realizado um workshop para

disseminação de seus resultados, com a participação de representantes do setor público,

responsáveis pela política pública do setor espacial no Brasil. O workshop apontou que os

projetos Espaciais são de longo prazo, por isso é de grande importância que o orçamento

permaneça inalterado, porém com as constantes reformulações no orçamento, o Programa

Espacial precisa se reestruturar para se adequar, gerando atrasos e dificuldades.

Outra questão apresentada no estudo refere-se ao problema de governança do Programa

Espacial. O Brasil apresenta um modelo de presidencialismo de coalizão, consequentemente as

reformas ministeriais que acontecem após cada eleição, ou até mesmo durante o mandato,

interferem diretamente nos planejamentos estratégicos nacionais. Ressalte-se que as empresas

dependem de demanda pública ou orçamento público, e no cenário atual nenhum dos dois tem

a menor perspectiva de acontecer, no caso do Programa Espacial que depende, quase que

exclusivamente, do Governo Federal, a situação se agrava. O setor privado só poderia arcar

com esses investimentos caso houvesse mercado internacional, mas para abrir para o mercado

54 Relatório de Gestão – 2015

internacional é necessário que exista um mercado nacional, o que ainda não é uma realidade

brasileira, principalmente na área aeroespacial.

Com relação as medidas para alavancar o setor espacial, foi sugerida uma análise detalhada de

viabilidade econômica e da capacidade da indústria brasileira de alavancar novos investimentos,

isso porque essa capacidade é bem limitada, principalmente no setor aeroespacial, onde os

recursos financeiros estão cada vez mais escassos. Assim será possível tomar alguma decisão

direcionando a que caminho seguir. É preciso também uma reformulação da visão estratégica

no setor aeroespacial, entre qual é o papel dos institutos e qual é o papel da indústria,

promovendo uma aproximação entre estes atores em prol do desenvolvimento de projetos

estratégicos para o setor.

Em dezembro de 2015 o projeto foi concluído e encerrado. Destaca-se que o mesmo cumpriu

com os objetivos para o qual foi planejado, tanto na elaboração do estudo quanto na

apresentação dos resultados para os principais atores do setor espacial.

SUSTENTABILIDADE DO SETOR AERONÁUTICO

Este subprojeto teve como objetivo articular ações de sensibilização e mobilização em torno da

sustentabilidade ambiental da cadeia produtiva aeronáutica brasileira. A ABDI entende que a

futura competitividade internacional do setor aeronáutico e, por conseguinte, a sua contribuição

para enfrentar os desafios sociais em termos de prestação de serviços, desempenho econômico

e criação de emprego, dependerá majoritariamente do desempenho ambiental e da eficiência

energética de suas tecnologias.

Destaque-se que um macro desafio da atividade de aviação é o impacto da atividade de

transporte aéreo nas questões relativas ao meio ambiente e assuntos correlatos. Em um curto

período, a atividade econômica teve seu status alterado de poluidor não significativo para

potencial grande poluidor. As previsões do setor de se tornar um potencial grande poluidor

foram suficientes na mobilização de um considerável contingente de recursos financeiros e

intelectuais na busca de soluções para os problemas que a aviação pode acarretar ao equilíbrio

ambiental. Atualmente a indústria de aviação gera aproximadamente 2% das emissões de

55 Relatório de Gestão – 2015

dióxido de carbono causadas pelo homem. É uma parte pequena, mas crescente, e as projeções

sugerem que atingirão um nível de 3% até 2030.

Assim, a indústria da aviação em nível internacional está comprometida com a redução de seu

impacto ambiental e estabeleceu voluntariamente metas ambiciosas para atingir um

crescimento neutro em carbono até 2020, e reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono

(dos níveis de 2005) até 2050.

A estratégia global para o alcance das metas do setor aeronáutico para redução nas emissões de

carbono, até 2050, foi baseada em quatro pilares: (i) tecnologia, incluindo o desenvolvimento

do biocombustível para avaliação; (ii) melhora na infraestrutura; (iii) melhora nas operações;

(iv) medidas econômicas. Tais medidas devem ser avaliadas e amplamente discutidas pelo

setor, uma vez que terão forte impacto na competitividade futura das principais OEM (Original

Equipment Manufacturer) e empresas de transporte aéreo.

Com esta perspectiva a ABDI, estabeleceu este subprojeto com intuito de arquitetar uma

articulação dos principais atores que discutem a sustentabilidade do setor de aviação, unindo os

esforços que estão sendo realizados para a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem

como identificar processos produtivos que poluam menos e procedimentos de manutenção

menos agressivos ao meio ambiente.

No âmbito deste projeto, a ABDI realizou em novembro de 2014 o workshop de

Sustentabilidade do Setor Aeronáutico. Este workshop teve como objetivo listar recomendações

e propostas de ações nacionais para o apoio à redução das emissões atmosféricas e ao

desenvolvimento sustentável do setor. Esta discussão apresentou as lacunas tecnológicas,

econômicas e institucionais, que precisam ser tratadas num foco de políticas públicas e de

questões técnicas e econômicas.

O workshop reuniu cerca de 50 atores relevantes de 23 instituições públicas e privadas, entre as

quais a Secretaria de Aviação Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), UbraBio,

Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), MDIC, Ministério das Relações Exteriores

(MRE), SEDE-MG, Casa Civil, Embraer e Boeing Brasil. Foi discutido o potencial de

desenvolvimento de uma indústria de biocombustíveis para aviação, com foco nos atuais

gargalos tecnológicos, econômicos e institucionais. Os resultados dos trabalhos técnicos do

56 Relatório de Gestão – 2015

workshop apontaram para uma lista de recomendações, que deverão subsidiar a elaboração de

ações estratégicas ao setor.

Em maio de 2015, a ABDI promoveu a continuidade deste debate num 2º Workshop de

Sustentabilidade. Este workshop foi realizado previamente à III Reunião presencial do Grupo

de Trabalho AFTF (Alternative Fuels Task Force) da Organização de Aviação Civil

Internacional (OACI), que é coordenado pela ANAC. O principal resultado foi o levantamento

de subsídios para a elaboração de um documento de recomendação de política pública do setor

de biocombustíveis de aviação no Brasil. Tais subsídios se baseiam em questões regulatórias,

de fomento a novas linhas de pesquisas de combustíveis de aviação, rotas tecnológicas já

homologadas e potenciais de biomassas no Brasil.

No decorrer do segundo semestre de 2015 foi elaborado um relatório consolidado com as

sugestões de ações e políticas públicas para o setor de biocombustível com foco na aviação.

Assim, pode-se afirmar que o resultado esperado para o 2º Workshop de Sustentabilidade

Ambiental do Setor Aeronáutico no Brasil – Colher subsídios para a futura elaboração de

documento de recomendação de política pública do setor de biocombustíveis de aviação no

Brasil – foi alcançado.

Ressalta-se que a estratégia comum da ABDI e ANAC em prol da realização do 2º Workshop

foi exitosa à luz de alguns aspectos. A interlocução de atores-chave da agenda de

biocombustíveis de aviação no Brasil em curso pela ABDI está gerando interesse crescente seja

pelo governo como pela indústria e outros atores governamentais. Foi sugerido pelo grupo de

principais atores presentes ao 2º Workshop especial atenção pela ABDI de ações no curto e

médio prazo, que poderão subsidiar uma agenda de trabalho para 2016-2017.

O projeto foi encerrado em novembro de 2015, tendo em vista o cumprimento integral de seu

principal objetivo, o de promover debates técnicos voltados para temas relevantes de

sustentabilidade da indústria aeronáutica, fundamentais à competitividade da cadeia produtiva.

Foram feitas articulações e ações de sensibilização e mobilização em torno da sustentabilidade

ambiental da cadeia produtiva aeronáutica brasileira, apontando que a futura competitividade

internacional do setor aeronáutico e, por conseguinte, a sua contribuição para enfrentar os

desafios sociais em termos de prestação de serviços, desempenho econômico e criação de

57 Relatório de Gestão – 2015

emprego, que dependerá majoritariamente do desempenho ambiental e da eficiência energética

de suas tecnologias.

4.1.2.4. PROJETO TEMÁTICO: FÁRMACOS E MEDICAMENTOS

Esse projeto teve como objetivo tornar a regulamentação do setor de fármacos e medicamentos

indutora da inovação e da competitividade, apoiando a difusão de conhecimentos sobre

tecnologias de fronteira.

AMBIENTE REGULATÓRIO E INOVAÇÃO NO COMPLEXO INDUSTRIAL DE

SAÚDE

O subprojeto buscou fornecer subsídios para a adequação da regulamentação do setor, que pode

ser um entrave à inovação e é tema central da Política Industrial brasileira. Nesse contexto, a

ABDI teve o papel de fomentar as discussões sobre inovação nas áreas de fronteira tecnológica

da indústria da saúde, visando o aperfeiçoamento da legislação e a articulação/flexibilização

institucional, com o objetivo de aumentar os investimentos em inovação.

Em 2014 foram realizadas três oficinas sobre a constitucionalidade da comercialização de

produtos de terapia celular, contando com a participação de representantes das consultorias

jurídicas do MCTI, do MDIC, do Ministério da Saúde (MS) e da Procuradoria da Anvisa. Um

dos produtos deste trabalho foi a elaboração de uma nota técnica sobre a constitucionalidade da

comercialização desses produtos no Brasil. Esta nota técnica foi objeto de discussão das duas

oficinas seguintes, realizadas em novembro e dezembro do mesmo ano.

Dando continuidade a estas ações, a ABDI elaborou um relatório contendo uma análise das

discussões dessas oficinas, este relatório aponta que é necessário promover o entendimento no

governo e na Advocacia Geral da União (AGU) sobre a comercialização de produtos de terapia

celular, tendo em vista que a Constituição veda, apenas, a comercialização de órgãos, tecidos,

sangue e derivados de substâncias humanas (o antecedente), mas caso esses sejam doados para

a produção de produtos de terapia celular, não há impedimento jurídico para comercialização

de produtos de terapia celular (o consequente) produzidos a partir desses insumos. Desta forma,

não será necessária a publicação de uma emenda constitucional, entretanto, observa-se a

58 Relatório de Gestão – 2015

necessidade de regulamentar o assunto com a publicação de uma lei reafirmando o

entendimento de que a vedação constitucional é sobre a comercialização do antecedente, além

de estabelecer os critérios a serem seguidos nessa comercialização.

Sobre as ações referentes ao sistema regulatório da pesquisa clínica de medicamentos no país,

no primeiro semestre de 2015, foram realizadas reuniões com a Empresa Brasileira de Serviços

Hospitalares (Ebserh) para delinear as ações do projeto. No segundo semestre foi realizada

oficina com objetivo de disseminar as melhores práticas de gestão de pesquisa clínica no Brasil.

A oficina contou com a participação de pesquisadores, empresas, representantes do governo e

gestores de hospitais. Foram abordados os seguintes temas: (i) Gestão da Pesquisa Clínica e (ii)

Aspectos Regulatórios Éticos e Sanitários em Pesquisa Clínica.

No ano de 2014 foi realizado o I Fórum de Ensaios Pré-clínicos e devido ao seu sucesso, no

segundo semestre de 2015 foi realizado o II Fórum, que teve como objetivo analisar e debater

a metodologia utilizada para a avaliação pré-clínica de fármacos e medicamentos, por meio de

métodos com uso de animais e métodos alternativos, e debater os conceitos e benefícios

advindos da racionalização de uso de animais e do uso de métodos in vitro, ex vivo e in silico.

Este Fórum, assim como o primeiro, contou com a participação de profissionais de áreas

médicas, de ensaios pré-clínicos e clínicos, de pesquisas e desenvolvimento tecnológico e de

métodos alternativos ao uso de animais.

Dado reconhecimento dos órgãos do governo sobre a atuação da ABDI na Política Industrial

voltada para o Complexo Industrial da Saúde, a Agência foi convidada para participar de várias

discussões sobre o Projeto de Lei sobre Acesso à Biodiversidade e sobre o Projeto de Lei nº

2.177/2011, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, a pesquisa, a

capacitação científica e tecnológica e a inovação.

O projeto teve todas as suas atividades previstas concluídas, sendo encerrado em novembro de

2015.

Destaca-se que, além das atividades vinculadas ao projeto, a ABDI promoveu ainda a

articulação para viabilizar o Projeto Comprehensive Drug Discovery and Development

Initiative (CD3I) em parceria com a Georgetown University, empresas do Setor Farmacêutico

e Laboratórios de PD&I brasileiros, tais como o LNBio. Nesse sentido, a ABDI organizou uma

59 Relatório de Gestão – 2015

missão para que empresas do setor farmacêutico pudessem conhecer a biblioteca de moléculas

da referida universidade e ter encontros com os cientistas que estão liderando a proposta do

CD3I, tanto da área de saúde da Universidade, quanto dos Laboratórios de modelagem

computacional de alta performance. Como fruto desse esforço a empresa Eurofarma e a

Georgetown University firmaram uma parceira visando o desenvolvimento de novas moléculas.

Ao longo de 2015, a equipe do projeto de Complexo Industrial de Saúde também esteve

envolvida com a ATS de Saúde, analisando documentos (panoramas tecnológico e econômico)

e participando de reuniões com academia, governo e empresas sobre nanotecnologia,

biofármacos e medicina regenerativa.

4.1.2.5. PROJETO TEMÁTICO: QUÍMICO

O projeto visa o fortalecimento da indústria química e a ampliação do valor agregado a partir

das oportunidades abertas pelo mercado interno, pelo aumento da oferta de matérias primas e

pela diversificação da produção local.

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO NO SETOR QUÍMICO

O projeto tem como objetivo o fortalecimento da competitividade da indústria química

brasileira de forma sustentável e por meio de ações estruturantes que compõem os pilares: (i)

saúde, segurança e meio ambiente; (ii) assuntos regulatórios; e (iii) inovação e tecnologia.

Para a execução, foi formalizado com a Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim),

em dezembro de 2014, o Convênio nº 006/2014, objetivando fortalecer a competitividade por

meio da execução de ações de capacitação e publicações específica para o setor de Química.

Inicialmente, o Convênio previa a realização de ações com foco nos três pilares propostos,

entretanto, devido a necessidade de contingenciamento orçamentário por parte da ABDI, foi

necessário a redução das ações previstas, permanecendo apenas as ações relacionadas aos

pilares de (i) saúde, segurança e meio ambiente e (ii) assuntos regulatórios.

No primeiro semestre de 2015, foi atualizada a edição do Manual de Atendimento a Emergência

com Produtos Perigosos, cujo conteúdo orienta sobre a propriedade dos produtos e

60 Relatório de Gestão – 2015

procedimentos a serem adotados em diversos tipos de acidentes e situações de emergência com

produtos químicos. A publicação é utilizada como referência pelo Corpo de Bombeiros, Polícia

Rodoviária, órgãos de defesa civil, transportadoras e pelo Pró-Química, serviço de utilidade

pública mantido pela Abiquim. Foram impressos 18.000 exemplares no decorrer do ano de

2015.

No âmbito de Segurança do Processo Empresarial, também foi desenvolvido o Guia de

Planejamento e Atendimento a Emergências Químicas, a partir da tradução do conteúdo

disponibilizado pela Center for Chemical Process Safety. O Guia trata sobre as mais modernas

práticas de segurança de processo e segurança empresarial em consonância com às exigências

nacionais e internacionais. Foram impressos 500 exemplares.

O projeto desenvolveu ainda uma ferramenta de gestão, cujo público alvo são os prestadores de

serviços logísticos que participam do Programa Sassmaq – Sistema de Avaliação de Saúde,

Segurança e Meio Ambiente. O objetivo é reduzir, de forma contínua e progressiva, os riscos

de acidente nas operações de transporte e distribuição de produtos químicos.

Ainda está incluído no escopo do projeto o desenvolvimento de mais duas iniciativas

estruturantes: (i) a disseminação do Programa Atuação Responsável (AR) e (ii) o Sistema

Global de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos e Comunicação de Perigos (GHS).

A primeira iniciativa é uma ação da indústria química brasileira e internacional destinada a

demonstrar o seu comprometimento voluntário na melhoria contínua nos campos da saúde,

segurança e meio ambiente, levando em conta os processos de fabricação, as características do

produto e as instalações das empresas no Brasil. A segunda é uma iniciativa da Organização

das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é harmonizar internacionalmente a identificação dos

perigos e condições adequadas de manuseio de produtos químicos.

No ano de 2015 foram realizadas 12 capacitações com a participação de 95 empresas. Em

janeiro de 2016 serão realizadas mais quatro capacitações, totalizando 16 cursos. O projeto tem

previsão de conclusão no início de 2016.

61 Relatório de Gestão – 2015

4.1.2.6. PROJETO TEMÁTICO: ENERGIAS RENOVÁVEIS

O objetivo desse projeto é subsidiar o Governo Federal na construção de uma Política Nacional

de Energias Renováveis com foco no desenvolvimento industrial baseado em modelos de

negócios inovadores.

ESTUDO DE MEDIDAS PARA ADEQUAÇÃO DO MODELO ENERGÉTICO

BRASILEIRO À PI

O objetivo do subprojeto é o de propor alterações no modelo energético brasileiro com vistas à

sua adequação à Política Industrial, considerando seu impacto direto nas condições de

competitividade da indústria e no crescimento econômico do país. Ressalta-se que o estudo

realizado será útil como instrumento de tomada de decisão em políticas energéticas que

favoreçam a competitividade da indústria, em especial das que são grandes consumidoras de

energia elétrica e gás natural.

O estudo foi viabilizado por meio do Contrato n° 032/2013, formalizado no dia 19 de setembro

de 2013, junto à Fundação Universitária José Bonifácio (FJB) e envolve: (i) a proposição de

medidas para melhorar a competitividade do etanol carburante frente à gasolina; (ii) a

adequação do modelo do sistema elétrico à Política Industrial; e (iii) a proposição de uma

política para o gás natural.

Os dois primeiros produtos foram entregues em 2013 e 2014, respectivamente, estando previsto

para 2016 a conclusão do relatório de propostas de políticas para o gás natural, pois o contrato

formalizado com a FJB foi aditado, com fim previsto para o segundo semestre de 2016.

Para o aditamento do contrato, a FJB justificou o seu pedido devido às incertezas atuais no

mercado energético brasileiro, especialmente o do gás natural, havendo uma expectativa

generalizada que mudanças significativas serão introduzidas na regulamentação deste mercado

nos próximos meses. Esta mudança de cenário poderá alterar o comportamento futuro do

mercado, o que tornaria muito difícil a elaboração de cenários futuros, como determina a

especificação do estudo no contrato formalizado.

62 Relatório de Gestão – 2015

Desse modo, com relação ao pleito da FJB, a ABDI também considerou que: (i) recentemente

a Petrobras alterou seus planos de investimento, reduzindo significativamente os aportes na

exploração de gás natural, assim, como a empresa é o maior player do setor, isto afetará

diretamente a oferta futura de gás natural, especialmente para a indústria; e (ii) para compensar

a falta de investimentos públicos no setor, inevitavelmente o setor privado terá que investir,

contudo há a necessidade de um marco regulatório mais estável que permita investimentos de

longo prazo, ainda em construção.

Nesse sentido, a ABDI concordou com o pleito da FJB, acreditando ser oportuna e conveniente

a prorrogação do contrato por mais seis meses. Destaca-se que os valores contratados não serão

alterados. A entrega do relatório de propostas de políticas para o gás natural está prevista para

o final do primeiro semestre de 2016.

MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA PARA A ÁREA

DE ENERGIA

O sistema estruturado de inteligência competitiva implantado na área de energia da ABDI é

uma ferramenta informatizada para prospectar, inicialmente, informações e questões relativas

a dois setores da indústria no Brasil e no mundo: Petróleo & Gás e Bioetanol. O sistema

viabiliza a obtenção de informações estratégicas para orientar a tomada de decisão da ABDI,

permitindo monitoramentos e análises contínuas de informações. Trata-se de uma moderna

ferramenta de inteligência competitiva, que possibilita a diminuição dos riscos da tomada de

decisões e, consequentemente, a prestação de uma melhor assessoria aos órgãos públicos.

Estava previsto para o ano de 2015 o aperfeiçoamento do módulo de Petróleo e Gás, entretanto,

em decorrência de restrições orçamentárias da ABDI os mesmos foram cancelados, assim como

o contrato de manutenção e fornecimento de dados da Plataforma de Inteligência Cortex, que

foi contratado apenas para o primeiro semestre de 2015, sendo finalizado em 30/06/2015.

Nesse sentido, o projeto foi finalizado, ficando para uma oportunidade posterior a conclusão

das melhorias previstas no módulo de Petróleo e Gás. Ressalta-se, que o sistema está disponível

para acesso, contudo sem o serviço de manutenção e atualização da plataforma.

63 Relatório de Gestão – 2015

4.1.2.7. PROJETO TEMÁTICO: MINERO

Esse projeto visa o fortalecimento da cadeia de fornecedores da indústria da mineração,

promovendo o adensamento produtivo, o avanço tecnológico e a inovação.

MAPEAMENTO DA CADEIA DE FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS DAS

INDÚSTRIAS DA MINERAÇÃO E DA METALURGIA

Este subprojeto tem como objetivo contribuir com a formulação de uma Política Industrial

voltada para o adensamento da cadeia produtiva, com vistas à atração de investimentos que

propiciem tanto a agregação de valor à matéria-prima mineral a partir da verticalização da

atividade quanto à ampliação do conteúdo nacional do setor mineral nos demais elos da cadeia

de fornecedores de bens e serviços extensivos.

Como resultados do projeto espera-se: (i) a criação da estrutura de um sistema de classificação

de fornecedores de bens e serviços da mineração; (ii) a caracterização da cadeia de fornecedores

de bens e serviços das indústrias de mineração; (iii) o cadastramento das empresas fornecedoras

de bens e serviços; e (v) o Catálogo Minero Peças: sistema computacional do catálogo

eletrônico de equipamentos e serviços de mineração.

Para alcançar esses resultados, no segundo semestre de 2013, a ABDI assinou convênio com o

Instituto Pró-Inovação e Competitividade da Metalurgia, Materiais e Mineração (IABM). O

objetivo do convênio é mapear a cadeia produtiva da mineração (fornecedores) e elaborar um

catálogo eletrônico que permita consultas online sobre fornecedores, produtos, região e

processo produtivo de pesquisa mineral, lavra e beneficiamento. A entrega prevista no âmbito

desse convênio, referentes à metodologia, estruturação de um sistema de classificação de

fornecedores de bens e serviços com base nas etapas do processo produtivo e nas cadeias de

suprimento e de valor para cada produto mineral, foram realizadas no primeiro semestre de

2014. Entretanto, em virtude de recomendações da equipe técnica da ABDI, procedeu-se a uma

série de ajustes, de modo que as versões finais foram entregues somente no segundo semestre

de 2014 e um novo cronograma de trabalho foi estabelecido para o projeto.

64 Relatório de Gestão – 2015

Ressalta-se, todavia, que em abril de 2015, em decorrência de ajustes no orçamento anual da

Agência, tomou-se a decisão de reduzir o custo do projeto, excluindo do seu escopo a entrega

relacionada a elaboração de uma Proposta de Programa de Desenvolvimento de Fornecedores

para Mineração (Prominer).

Assim, considerando a necessidade de ajustar o cronograma financeiro do convênio, bem como

o seu cronograma físico, pois ocorreram atrasos nas entregas relacionadas ao cadastramento das

Empresas Fornecedoras de bens e serviços e no desenvolvimento do Catálogo Minero Peças, o

IABM apresentou uma terceira proposta de aditamento de prazo do convênio para mais sete

meses, sendo previsto a sua conclusão em maio de 2016.

Apesar do replanejamento, ressalta-se que as alterações realizadas não geraram impactos

negativos na execução das atividades e no atendimento às metas propostas no plano de trabalho

do projeto.

4.1.2.8. PROJETO TEMÁTICO: HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E

COSMÉTICOS

Esse projeto teve como objetivo contribuir para o fortalecimento do setor de HPPC no Brasil,

ampliando o acesso da população aos produtos, incentivando a produção nacional sustentável,

com o apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), e promovendo o adensamento

da cadeia.

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO NO SETOR HPPC

O subprojeto teve como objetivo estruturar o conhecimento disperso (mercado global;

tendências tecnológicas, de comportamento, produtos e embalagens; aspectos regulatórios para

entrada em blocos econômicos) para subsidiar o Conselho de Competitividade de HPPC na

análise e definição de medidas estratégicas para o PBM. Suas ações foram executadas por meio

do Convênio nº 049/2012, firmado com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,

Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas (Sebrae Nacional), com a finalidade de promover o desenvolvimento das empresas

do setor, notadamente micro, pequenas e médias empresas, de forma sustentável, mediante a

65 Relatório de Gestão – 2015

gestão e difusão de conhecimento, o acesso e adequação ao mercado e a promoção de avanços

em tecnologia e inovação.

O projeto foi concluído em junho de 2015. Na sequência é apresentado um detalhamento das

principais ações realizadas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Setorial (PDS) de

HPPC 2012/2014, que foi estruturado em quatro pilares: (i) gestão do conhecimento e difusão

da informação; (ii) tecnologia, inovação e sustentabilidade; (iii) mercado; e (iv) gestão e

monitoramento. A saber:

Gestão do Conhecimento: elaborado o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF), bem

como a realização de seminários para divulgação do mesmo. Também foram realizadas

publicações de newsletters com foco nos trabalhos desenvolvidos e seminários de divulgação

do III Caderno de Tendências.

Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade: foram realizados seminários e palestras sobre

Inovação Tecnológica. O projeto também contemplou a realização de consultoria tecnológica

para 20 empresas.

Mercado: realizada consultorias relacionadas a adequação de produtos com base nas

exigências sanitárias requeridas no mercado externo. Neste contexto, foram atendidas 11

empresas, sendo repassadas orientações necessárias à adequação de produtos à cada uma delas.

Gestão do conhecimento e difusão das informações: em 2015 foi elaborado o Manual de

Limpeza e Higiene do Setor de HPPC, contendo informação estratégica para a qualificação e

regularização sanitária das empresas do respectivo setor. Foram impressos e distribuídos 2.500

exemplares. Também estava previsto a realização de seminários sobre a RDC4, que tratava de

como registrar produtos do setor de HPPC no novo sistema online da Anvisa, contudo o sistema

apresentou uma série de problemas e saiu do ar. A Anvisa não conseguiu solucionar o problema

até o término do convênio.

Em 2015, foi aprovada pelo Sebrae e ABDI a identidade visual do PDS. Também foi concluída

uma pesquisa abordando hábitos do consumidor segmentado por alguns estados (SP, GO, RJ,

RS, PA, PE e BA). Essa pesquisa foi disseminada por meio da realização de sete seminários.

66 Relatório de Gestão – 2015

4.1.2.9. PROJETO TEMÁTICO: CONSTRUÇÃO CIVIL

O projeto Construção Civil visou contribuir para a modernização e industrialização da

construção civil no Brasil, com foco na inovação, na Tecnologia Industrial Básica (TIB), no

uso de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e na implantação e difusão da

sustentabilidade na construção.

PROMOÇÃO DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA NO BRASIL

Este subprojeto visava contribuir para a promoção da construção industrializada no Brasil, com

foco na implantação e difusão da Coordenação Modular Decimal (CM) e da Organização da

Informação da Construção, também conhecida como BIM (Building Information Modelling).

As ações para a implantação e difusão da Coordenação Modular e do BIM, além de constituírem

inovações no Brasil, são essenciais para alcançar a industrialização aberta na construção, com

aumento significativo da produtividade e redução de perdas.

O projeto também buscou acelerar a produção de normas técnicas, especialmente aquelas

aplicáveis à CM e BIM, e ampliar o acesso das empresas e profissionais ao acervo normativo.

Assim, ainda no contexto de difusão da CM, BIM e demais normas aplicáveis à construção, a

ABDI contratou junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Contrato nº

055/2013, a disponibilização gratuita de normas técnicas via web. A partir de janeiro de 2015,

seguindo as novas condições acordadas e aditivadas entre ABDI e ABNT, o acesso/download

de normas teria a participação também dos usuários, ou seja, 40% ABDI, 30% ABNT (como

desconto) e 30% do usuário. Com isso, houve uma natural diminuição da procura e da

quantidade de normas acessadas/baixadas do site ABNT/ABDI.

Em março de 2015, as áreas técnicas da ABDI e ABNT buscavam realizar ações para divulgar,

estimular e ampliar esse acesso. Contudo essas ações tiveram que ser canceladas em face à

necessidade de ajuste orçamentário da Agência. Desta forma, o projeto foi cancelado.

Destaca-se que o projeto é considerado importante sob a ótica de acesso às normas e, em

especial, por contribuir para a difusão tecnológica no país. Com esse entendimento a ABDI e a

67 Relatório de Gestão – 2015

ABNT se mostraram empenhados em retomar essas atividades tão logo as condições sejam

mais favoráveis.

APOIO À IMPLANTAÇÃO DO BIM NO BRASIL

Este subprojeto objetivou contribuir para a promoção da construção industrializada no Brasil,

com foco na implantação do Projeto Piloto para produção e difusão de Bibliotecas Virtuais

BIM, em parceria com MDIC, Ministério da Defesa – Exército Brasileiro (MD-EB), MCTI e

Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia (IBICT), e em linha com Acordo de

Cooperação Técnica nº 004/2014.

As ações previstas no projeto foram cobertas pelo Convênio nº 076/2010 ABDI-MDIC, sendo:

(i) modelagem e mapeamento dos parâmetros de sustentabilidade de componentes da

Construção Civil para aplicação nos templates BIM; (ii) criação das Bibliotecas BIM (Projeto

piloto com EB e IBICT); e (iii) confecção de um Portal Web de acesso público e um sistema de

gerenciamento das bibliotecas BIM.

As ações correspondentes à modelagem e mapeamento de parâmetros de sustentabilidade não

foram iniciadas em razão da desistência de assinatura de contrato pela Fundação de

Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec/UnB), ocorrida em agosto de 2014, o

que demandou nova avaliação e mudança de estratégia de execução, acordadas com o MDIC,

inclusive com o desmembramento de escopo. Assim, tendo o apoio de especialistas setoriais,

um novo Termo de Referência (TR) foi definido conjuntamente com o MDIC. Entretanto, para

continuidade do projeto foi necessário o aditamento do Convênio, considerando a necessidade

de ajustes de escopo e prazos.

Com a aprovação do aditivo, as ações serão iniciadas em 2016. Entretanto, face ao

realinhamento de estratégia e o ajuste no escopo do Convênio, optou-se por encerrar este

projeto, em outubro de 2015, e criar um novo projeto em 2016.

Importa ainda destacar que, nos ajustes acordados com o MDIC, a ação de elaboração de 17

Guias BIM, previstos inicialmente e conjuntamente com o mapeamento de parâmetros, será

68 Relatório de Gestão – 2015

agora desmembrada e executada como uma nova meta/frente no convênio e terá seu escopo

ajustado para seis Guias.

A ação correspondente à modelagem e criação das bibliotecas BIM foi finalizada em setembro

de 2015 com a entrega da documentação técnica final para o MDIC. A equipe de arquitetos e

engenheiros (A&E), disponibilizada pela ABDI, estruturou a modelagem e criou 480

objetos/templates virtuais. Essa ação foi desenvolvida sob a coordenação técnica do

Departamento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro (DEC-EB), e teve como

referência alguns projetos selecionados do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), bem

como algumas bibliotecas disponibilizadas pelo setor privado.

Ressalta-se que a ABDI assumiu o desafio de criar mais 300 objetos virtuais para adicionar à

biblioteca BIM, utilizando da disponibilidade proporcionada pela prorrogação de contrato

temporário da arquiteta contratada para o projeto. Da mesma forma como a primeira ação, face

ao realinhamento de estratégia acordado, a criação dos 300 novos objetos virtuais será por meio

de novo projeto, com previsão de finalização até março de 2016.

Por fim, com relação à ação de concepção e ativação de um Portal na web, face ao ineditismo e

complexidade para o seu desenvolvimento, bem como dificuldades encontradas nos perfis de

profissionais de TI, especialistas no tema, a ABDI e o MDIC, com apoio técnico do Exército

Brasileiro, acordaram um realinhamento de execução desta meta/frente.

Assim, foi acordado alcançar, numa fase inicial, a ativação de um Portal com recursos para um

ambiente de desenvolvimento, hospedagem e gestão de informações sobre o projeto e

bibliotecas BIM, mas com acesso restrito aos intervenientes no projeto e alguns poucos

especialistas, para fins de testes e melhoramentos. As contribuições capturadas vão subsidiar a

contratação da evolução do Portal para uma Plataforma BIM, mais robusta, mais dinâmica e

com recursos de gestão de conteúdo e de validação de bibliotecas, além de disponibilizar acesso

público e gratuito, via web.

Espera-se que a Plataforma BIM se constitua no repositório nacional das bibliotecas virtuais

BIM, com participação e colaboração por parte da indústria e da sociedade.

69 Relatório de Gestão – 2015

MANUAL ORIENTATIVO – ADOÇÃO E CONTRATAÇÃO DE SISTEMAS

CONSTRUTIVOS INDUSTRIALIZADOS

O objetivo deste subprojeto foi produzir e disseminar um manual de contratação de produtos e

sistemas construtivos industrializados para agentes de governo e setor privado. Este manual

visa oferecer um conjunto mínimo de informações orientadoras para as práticas de planejar,

projetar (especificar‐quantificar‐orçar), contratar, fiscalizar e aceitar obras públicas ou

privadas, com aplicação de produtos e processos industrializados. Tem como público alvo

agentes e instituições públicas e privadas que contratam sistemas construtivos industrializados

para edificações e obras de infraestrutura.

Para apoiar na elaboração do manual, a ABDI contratou a SCOM Consultoria, Projetos e

Construções LTDA, contrato nº 035/2014. As diretrizes para consolidação do conteúdo e

formatação do documento foram levantadas e definidas no âmbito do Grupo de Trabalho –

Construção Industrializada, coordenado pela ABDI e que teve a participação das principais

entidades do governo e setor privado, envolvidos com o tema. Participam do GT cerca de 25

integrantes, representando 13 instituições.

No primeiro semestre de 2015 foi entregue uma versão preliminar do manual, ainda incipiente

do ponto de vista de conteúdo devido às dificuldades na disponibilização das informações pelo

setor produtivo (segmentos envolvidos). Superadas as dificuldades com as informações e

também com a mudança de sede da ABDI, que dificultou a realização das reuniões do GT,

somente em outubro foi possível finalizar a avaliação e validação do conteúdo do manual, bem

como definir o projeto gráfico para a sua editoração e publicação. Foi autorizada uma tiragem

inicial de 250 exemplares.

O lançamento oficial do Manual da Construção Industrializada – Conceitos e Etapas. Volume

1: Estrutura e Vedação ocorreu em 24 de novembro de 2015, na ABDI, tendo a participação de

aproximadamente 70 pessoas. Durante a abertura, o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira,

ressaltou a importância da construção civil para o país e, em especial, da contribuição que o

Manual traz para a difusão tecnológica e para maiores ganhos de produtividade e

competitividade do setor. No evento de lançamento do Manual, também foi realizado o painel

A industrialização da construção como vetor de produtividade, moderado pela diretora Maria

70 Relatório de Gestão – 2015

Luísa Campos Machado Leal, com participação de principais dirigentes do setor (Abramat,

CBIC, DECONCI/FIESP, Caixa e MDIC).

No evento foram distribuídos aos presentes cerca de 120 exemplares, os demais serão enviados

aos principais agentes públicos e privados, identificados como potenciais mobilizadores de

ações para a disseminação do manual.

No início de dezembro foi disponibilizada no site da ABDI a versão eletrônica completa do

manual, para acesso público e gratuito, mediante um cadastro prévio simplificado.

Nessa primeira edição o Manual aborda conceitos e etapas, focando os segmentos de estrutura

e vedação. Fornece a descrição técnica dos seguintes sistemas: Aço, Concreto, Drywall, Steel

Framing e Wood Frame, incluindo um exemplo de sistemas construtivo racionalizado,

constituído por painel de blocos cerâmicos.

Dada a relevância da ação, que deve ser continuada, a ABDI planeja lançar em 2016 os volumes

2 e 3 do Manual, que vão trazer outros segmentos, elementos e sistemas aplicados na construção

industrializada. As próximas edições vão abordar as etapas de montagem e aceitação, sistemas

racionalizados, subsistemas de instalação e revestimento, componentes volumétricos (quartos

e banheiros prontos, etc.), e desempenho ambiental dos sistemas construtivos industrializados.

Com a conclusão de todas as atividades previstas o projeto foi encerrado em dezembro de 2015.

4.1.2.10. PROJETO TEMÁTICO: INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL (IBK)

O projeto objetivou o fortalecimento das cadeias/setores estratégicos, a promoção da inovação

e o estímulo à difusão tecnológica.

APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO SEGMENTO DE BENS E SERVIÇOS

AMBIENTAIS

O objetivo deste subprojeto foi contribuir para estruturação e fortalecimento do setor de Bens e

Serviços para Produção mais limpa (Bens e Serviços Ambientais), por meio de articulação,

71 Relatório de Gestão – 2015

planejamento e execução de ações estruturadas e de medidas que busquem superar os desafios

e promover a competitividade das empresas e produtos nacionais.

Todas as atividades do projeto foram finalizadas em 2014, excetuando-se a realização de

reunião interna para avaliação dos produtos produzidos no âmbito do projeto. Esta reunião

ocorreu em fevereiro de 2015 e contou com a participação da gerência, coordenação,

especialistas e convidados de outras áreas da Agência. Face à nova reestruturação da Agência

e seus novos eixos de atuação, o projeto foi encerrado, mas aguarda-se a etapa de elaboração

do ciclo de planejamento estratégico 2016-2019 da Agência para avaliar a inclusão de tema

relacionado a Sustentabilidade.

Os principais resultados do projeto foram apresentados no 26º Encontro Técnico AESabesp

(Associação dos Engenheiros da Sabesp) – Fenasam 2015, que se constitui no maior evento do

setor no país. Evento realizado em agosto de 2015, em São Paulo.

APOIO À DIFUSÃO TECNOLÓGICA E PROMOÇÃO DA INOVAÇÃO NAS

INDÚSTRIAS DE BK

O subprojeto objetivou contribuir para o fortalecimento e promoção das indústrias de BK dos

setores de Máquinas e Equipamentos Eletroeletrônicos, Automação e Controle, Equipamentos

Médicos, Hospitalares e Odontológicos (EMHO) por meio de articulação, planejamento e

execução de ações estratégicas. Além disso, buscou superar os desafios e promover a difusão

tecnológica e da inovação, visando alavancar a competitividade das empresas e produtos

nacionais. Objetivou, ainda, apoiar as entidades representativas dos setores abrangidos na

realização de ações conjuntas para atualização e difusão tecnológica, contribuindo para o

nivelamento de conhecimentos sobre mercados, produtos e processos, bem como sobre as

perspectivas mercadológicas e tecnológicas em nível nacional e internacional, de modo a

subsidiar avaliações e decisões estratégicas rumo à maior competitividade.

Todas as atividades do projeto foram finalizadas em 2014, excetuando-se a elaboração do plano

de trabalho para 2015, onde seriam avaliadas novas frentes de trabalho do projeto. Entretanto,

face a reestruturação da Agência e seus novos eixos de atuação, a decisão foi pela conclusão do

72 Relatório de Gestão – 2015

projeto e, posteriormente, a abertura de um novo projeto, considerando as diretrizes do

planejamento estratégico 2016-2019 da Agência.

APOIO À PRODUÇÃO E DIFUSÃO DE NTS APLICÁVEIS AO SETOR

ELETROELETRÔNICO DE BK

Vinculado ao setor eletroeletrônico, este subprojeto também teve o objetivo de apoiar a IBK

por meio de articulação, planejamento e execução de ações e medidas que busquem superar os

desafios e promover a competitividade das empresas e produtos nacionais. Amparando as

atividades de normalização e certificação, visou acelerar a produção e/ou internalização e

difusão de normas técnicas. De modo geral, além de estimular a inovação tecnológica e

promover o uso TIB (Tecnologia Industrial Básica) na indústria nacional, também teve como

objetivo fortalecer a posição do Brasil no âmbito dos fóruns internacionais de normalização.

As normas técnicas são essenciais à vida moderna. Dentre os principais benefícios decorrentes

de seu estabelecimento, pode-se mencionar a possibilidade objetiva de comparação entre

produtos, processos ou serviços; as melhorias em qualidade, quantidade e regularidade de

produção; a redução de litígios e desperdícios; o aumento da produtividade; e a construção de

bases claras para a concorrência. A normalização é, portanto, instrumento para o

desenvolvimento da economia e dos negócios, além da regulação dos mercados, estando

diretamente ligada à competitividade das empresas e dos países. Com esse entendimento, a

ABDI tem apoiado continuamente as atividades de normalização, por meio de parcerias diretas

firmadas com a ABNT ou com entidades setoriais.

Como forma de apoio à difusão e acesso das empresas e profissionais às normas aplicáveis ao

setor Eletroeletrônico, a ABDI contratou junto à ABNT, no final de 2013, a disponibilização

gratuita de normas técnicas via web. O sucesso foi tão grande que o saldo contratual se esgotou

em menos de três meses, requerendo recursos adicionais para sua continuidade. Em meados de

2014 o contrato foi repactuado até 2016. A partir de janeiro de 2015, seguindo as novas

condições acordadas e aditivadas entre ABDI e ABNT, o acesso/download de normas teria a

participação também dos usuários, ou seja, 40% ABDI, 30% ABNT (como desconto) e 30% do

usuário. Com isso houve uma natural diminuição da procura e da quantidade de normas

acessadas/baixadas do site ABNT/ABDI.

73 Relatório de Gestão – 2015

Em março de 2015, as áreas técnicas da ABDI e ABNT buscavam realizar ações para divulgar,

estimular e ampliar esse acesso. Contudo essas ações tiveram que ser canceladas em face à

necessidade de ajuste orçamentário da Agência.

Apesar do projeto ter sido encerrado, o mesmo é considerado importante sob a ótica de acesso

às normas e, em especial, pela contribuição da difusão tecnológica no país. Com esse

entendimento a ABDI e a ABNT se mostraram empenhadas em retomar essas atividades tão

logo as condições sejam mais favoráveis.

4.1.2.11. PROJETO TEMÁTICO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO (TIC)

O projeto busca desenvolver ações que contribuam para o adensamento produtivo e tecnológico

e para a ampliação do mercado de TIC no Brasil.

REDE ELÉTRICA INTELIGENTE – SMART GRID

O subprojeto tem o objetivo de mapear a Cadeia Fornecedora de TIC e seus produtos e serviços

para Redes Elétricas Inteligentes (REI), no Brasil e nos seguintes países selecionados: EUA,

Canadá, China, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Alemanha, Austrália, Reino Unido, França e

Portugal. Com o intuito de subsidiar iniciativas da ABDI e de parceiros públicos ou privados,

os estudos também deverão propor um conjunto de recomendações estratégicas de Política

Industrial.

O projeto iniciou-se no final de 2013. Em 2014, foi realizado o Mapeamento Nacional da

Cadeia de Produtos e Serviços de REI, o Mapeamento Internacional da Cadeia de Produtos e

Serviços de REI e o Mapeamento de Normas Técnicas, Padrões e Regulamentos Aplicados.

Além disso, foram realizados três eventos de validação dos produtos entregues.

No primeiro semestre de 2015, foi realizado o mapeamento das tendências de modelos de

negócios e das tendências tecnológicas das REI, avaliando o rebatimento no Brasil. Este estudo

identificou:

As empresas que formam os grupos empresariais das distribuidoras;

74 Relatório de Gestão – 2015

Os fornecedores e instituições de PD&I com vínculo aos projetos de REI das

distribuidoras;

As organizações (nacionais e internacionais) influentes e sua forma de influência na

definição de modelos de negócio, de mercado e de produtos para REI;

O apoio público (agências de desenvolvimento econômico e social e de promoção à

inovação), privado (bancos e empresas de capital de risco) e de agências e de

organizações sem fins lucrativos;

Comparação das tendências mundiais e de tecnologias com maior potencial de aplicação

em redes elétricas inteligentes; e

Tendências tecnológicas com maior potencial de aplicação mundial em redes elétricas

inteligentes.

Ainda em 2015 foi elaborado o relatório de análise comparativa dos projetos, produtos e

serviços nacionais e internacionais, com avaliação crítica de importação das importações. Este

estudo apresentou:

A avaliação dos bens e serviços na cadeia de produtos para a Medição Inteligente;

Automação da Distribuição e de Subestações; Recursos Energéticos Distribuídos; Rede

de Acesso ao Prossumidor (Produtor/Consumidor); e Tecnologias de Gestão da

Operação e Comercialização;

A análise crítica de bens e sserviços importados na Cadeia de Produtos identificando a

motivação para não produção local;

A análise comparativa para Software e Serviços (nacional e importados) identificando

valores de mercado, produção atual e gargalos;

A análise comparativa para hardware e equipamentos (nacional e importados)

identificando valores de Mercado, produção Atual e Gargalos;

O diagnóstico de potenciais empresas nacionais para substituição de importações;

O custo financeiro que impactam na cadeia de fornecedores;

Os produtos da cadeia de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação;

A análise comparativa da participação das empresas e CPD&Is nos projetos, produtos e

serviços da Cadeia Nacional com a cadeia internacional e sua correlação com

importações.

75 Relatório de Gestão – 2015

Em dezembro de 2015, foi realizado o 4º Workshop do Mapeamento de Redes Elétricas

Inteligentes, com a participação de representantes do governo, geradoras, transmissoras e

distribuidoras de energia elétrica, além de fornecedores, fabricantes, universidades e centros de

pesquisa, desenvolvimento e inovação. Foram apresentados os (i) resultados relativos as

tendências de modelos de negócios e tendências tecnológicas avaliando o rebatimento no brasil;

e a (ii) análise comparativa dos projetos, produtos e serviços nacional e internacional com

análise crítica das importações. Durante este workshop foram realizadas as oficinas de trabalho

que auxiliaram na formação das proposições de políticas públicas e industriais para o setor.

Também em 2015, de forma a consolidar os resultados e estreitar parcerias foram realizadas

diversas reuniões com instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, destacando-

se:

Reunião no Inmetro, com empresas fornecedoras de medidores inteligentes e

distribuidoras de energia elétrica para discutir questões de segurança cibernética em

medidores inteligentes, identificando ajustes em produtos e impactos na produção

industrial no Brasil;

Reunião com o Consulado Canadense, que encaminhou documentos relativos às ações

daquele país no contexto das Redes Elétricas Inteligentes, fornecendo novos subsídios

ao mapeamento internacional. Estes documentos servirão de complemento às

informações levantadas;

Realizada missão ao Reino Unido, a convite da Embaixada Britânica no Brasil, realizada

entre os dias 13 a 21 de junho de 2015. A missão teve o objetivo de compartilhar/adquirir

conhecimentos sobre a implantação do Smart Grid no Reino Unido, de forma a obter

subsídios para a formulação de uma Política Industrial de Smart Grid no Brasil,

identificando modelos de negócios, produtos, regulamentos e leis aplicadas, obtidas

através de reuniões com instituições públicas e privadas do Reino Unido que atuam e

influenciam o setor;

Reunião com INDI-MG e CEMIG para tratativas de colaboração e troca de informações

no Mapeamento de Redes Elétricas Inteligentes;

Participação e apresentação de resultados no Seminário Internacional Smart Energy

Paraná com COPEL e Paraná Metrologia;

Realizado debate no Fórum Latino Americano de Smart Grid.

76 Relatório de Gestão – 2015

Realizada a participação no Congresso Mundial Smart City Expo World Congress 2015,

em Barcelona, que buscou identificar a expansão e correlação dos projetos de Smart

Grid com projetos de Smart City, os atores e a participação de fornecedores nos

mercados internacionais, bem como os modelos internacionais aplicados nas cidades;

A participação e apresentação de resultados no Workshop Internacional sobre

regulamentação em Smart Grid com Eletrobrás.

As ações do projeto continuam em 2016.

4.1.2.12. PROJETO TEMÁTICO: INVESTIMENTOS

O objetivo do projeto é de promover o acesso das empresas brasileiras a novos negócios e a

abertura de capital em bolsa de valores.

PROMOÇÃO DO ACESSO A INVESTIMENTOS E NOVOS NEGÓCIOS

Em consonância com as diretrizes da Política Industrial, este projeto tem como objetivo

principal promover o acesso das empresas brasileiras a fontes de financiamento de longo prazo

por meio do desenvolvimento de operações em participações acionárias (equity), desde o

estágio inicial das empresas (start up) até a abertura de capital em bolsa de valores. Outra

vertente de trabalho é o apoio à difusão de práticas de novos negócios (new ventures), de

maneira a incorporar, no ambiente empresarial, estratégias para o desenvolvimento de novas

tecnologias, produtos e formas de ampliar o acesso a novos mercados por meio de atividades

internas ou operações de aquisições e fusões (corporate venturing).

Sobre a capitalização de empresas via mercado privado de participações acionárias (venture

capital e private equity), a ABDI renovou, no final de 2013, a parceria que mantém, desde 2006,

com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), por meio de

convênio de cooperação. O Convênio ABDI/ABVCAP visa a continuidade do Programa

Venture Forum, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), responsável

pelo início dessa iniciativa no Brasil. Para a operacionalização do Venture Forum foi

desenvolvida e documentada a metodologia de funcionamento, que vai desde a inscrição das

77 Relatório de Gestão – 2015

empresas até a promoção do encontro com investidores. Tal metodologia está acessível na

plataforma eletrônica disponível em www.ventureforum.com.br.

Ainda que o ano de 2015 tenha sido difícil em termos de realização de novos investimentos, as

ações previstas no projeto foram mantidas, uma vez que, embora seja fortemente influenciado

pelas contingências do cenário macroeconômico, o escopo do projeto visa ações estruturantes

no âmbito microeconômico.

Na frente de promoção de fontes de financiamento via mercado de capitais, a ABDI, mantém

parcerias com os principais agentes do mercado, com destaque para a Bolsa de Valores, BNDES

e CVM. Por meio de tais parcerias, a ABDI vem desenvolvendo uma série de ações de

capacitação de empresas para acesso ao mercado aberto de ações. Nesse contexto foi

desenvolvido, por meio de contratação junto à Fundação Dom Cabral (FDC), o material

intitulado Oficina para Abertura de Capital em Bolsa que se encontra disponível para download

na página eletrônica da ABDI.

Em 2015 foi dado início a um programa para a difusão dos conceitos e práticas internacionais

de novos negócios junto a empresas estratégicas de setores intensivos em conhecimento e

tecnologia (Química de Renováveis, Aeroespacial e Defesa, TIC, Energias Renováveis, Bens

de Capital, Saúde, Automotivo e Petróleo e Gás) contemplados na Política Industrial. Por meio

de pesquisa contratada junto à Fundação Dom Cabral, foram efetuadas pesquisas

parametrizadas em fontes secundárias de informações e entrevistas junto aos executivos do

primeiro escalão de empresas estratégicas que permitiram a avaliação das tendências das

estratégias de novos negócios adotadas pelas empresas que compõem os setores prioritários da

Política Industrial. Essa iniciativa de caráter transversal, tem como objetivo final oferecer

elementos aos formuladores de políticas e tomadores de decisão para a promoção da

competitividade das empresas, incentivando a adoção de conceitos e práticas de novos negócios

pelas empresas brasileiras.

As principais atividades realizadas em 2015, com participação da ABDI, foram:

Congresso da ABVCAP e Venture Forum realizados em abril/2015, no Rio de Janeiro,

com a presença de investidores nacionais e internacionais;

78 Relatório de Gestão – 2015

Realização do 3º Encontro da Comunidade de Prática em Novos Negócios. Este evento

foi dividido em dois encontros, um realizado em Brasília, na data de 10 de agosto, e

outro em São Paulo, realizado em 01 de outubro;

Oficina de Capacitação sobre Abertura de Capital em Bolsa de Valores, realizada em

conjunto com a BM&F Bovespa, em São Paulo, abril/2015;

Trabalho conjunto com a Fundação Dom Cabral (FDC) para Captura de Informações

(Radar) de Atividades de Novos Negócios, realizado em fontes secundárias;

Entrevistas com dirigentes de 42 empresas relevantes de oito segmentos econômicos

prioritários para a Política Industrial, em trabalho conjunto com a FDC;

Articulações institucionais com instituições do Governo Federal dos poderes executivo

e legislativo, com vistas à estruturação de agenda comum para promoção do Capital

Empreendedor no país; e

Interlocução com o Ministério do Planejamento com vistas a apoiar a construção de

agenda comum para facilitação de investimentos privados em infraestrutura.

As ações do projeto serão continuadas em 2016.

4.1.2.13. PROJETO TEMÁTICO: INOVAÇÃO

O objetivo desse projeto é promover maior aproximação entre academia, governo e empresas,

visando o domínio e a difusão de tecnologias relevantes e a capacitação para inovação da

indústria.

DEMANDA DE RECURSOS HUMANOS PARA A INDÚSTRIA

Este subprojeto tem como objetivo identificar necessidades setoriais de curto, médio e longo

prazo de recursos humanos qualificados, inclusive de nível técnico, por meio da formação de

rede de pesquisa e colaboração com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a

participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Departamento

Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – Rede de Pesquisa:

Formação e Mercado de Trabalho.

79 Relatório de Gestão – 2015

Em 2014, encerrou-se o primeiro ciclo de atividades do grupo com a publicação e lançamento

de uma coletânea de artigos em seis volumes. Os textos tratam de temas estratégicos para as

políticas públicas de formação e qualificação, com especial atenção aos trabalhadores da

indústria. Também foi concluído o levantamento de competências setoriais para três ocupações

distintas do setor químico e realizada oficina, em parceria com o Senai e a Abiquim, para

discussão dos novos perfis de profissionais a partir das listas de tecnologias relevantes

resultantes da Agenda Tecnológica Setorial (ATS) de química de renováveis.

Em 2015, a rede de pesquisa continuou promovendo debates e discussões com diversas

instituições parceiras, entre elas o Banco Mundial. Por meio de contrato com o Instituto de

Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), foi iniciada a produção de artigo técnico para

subsidiar a nova Política Industrial, ainda em fase de discussão. Com as dificuldades para

acessar a base completa do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e

Tecnológica (SISTEC) do Pronatec, foi necessário redimensionar o artigo e trabalhar a partir

das informações sobre demanda de cursos da indústria no programa, fornecidas pela Secretaria

de Inovação do MDIC. Tendo em vista que estavam sendo concluídos diversos trabalhos de

avaliação do Pronatec até o final de 2015, optou-se pelo adiamento do prazo de entrega da

versão final do artigo para abril de 2016. Desta forma, será possível fazer uma leitura das

diversas avaliações à luz da Política Industrial.

Há também ações contínuas do grupo de trabalho coordenado pela ABDI, que vem tratando

sobre questões relacionadas a capacitação e extensão industrial, tecnológica e de gestão.

Havia ainda a previsão da Rede de Pesquisa apoiar a realização de estudos encomendados pelo

Ministério do Planejamento e de Minas e Energia sobre o tema de formação e mercado de

trabalho, tratando do impacto de políticas específicas na geração de emprego e renda.

Entretanto, a realização dos trabalhos em tela foi suspensa por decisão dos ministérios

demandantes que estavam priorizando outros temas de política e atuação.

PROMOÇÃO DO PORTAL INOVAÇÃO

Este subprojeto teve como objetivo promover a cooperação tecnológica entre empresas e

especialistas, incentivando a inovação e o aumento da competitividade da indústria brasileira.

80 Relatório de Gestão – 2015

Agregou um conjunto de ações e medidas de promoção e disseminação da plataforma eletrônica

denominada Portal Inovação, potencializando seu uso como ferramenta de apoio ao

desenvolvimento industrial. Sob seu abrigo, foram firmados acordos de cooperação técnica com

os seguintes parceiros: Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), MDIC, Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Associação Nacional de

Entidades Promotoras de Empreendedorismo e Inovação (Anprotec). Entre as atribuições

concernentes à ABDI no âmbito desses acordos estavam a promoção e a divulgação do Portal

junto aos atores de inovação, buscando incentivar a cooperação tecnológica.

Em 2014, a principal atividade do projeto foi o desenvolvimento, homologação e lançamento

do Recorte Sebrae. Para o lançamento, foram desenvolvidos cinco vídeos tutoriais, em parceria

com o Sebrae, para ensinar os novos usuários a navegarem no Portal. A entrada do Sebrae no

projeto, pela sua capilaridade e grande capacidade de mobilização, aumentou em 8% o número

de registros de usuários, em especial de empresas.

Para 2015, o subprojeto seguiu apoiando as atividades de inovação, prevendo a reformulação

conceitual da ferramenta, interrompida por falta de recursos do CGEE para investir nessa frente.

A meta prevista de crescimento do portal para 2015 foi de 5% a mais, comparado a dezembro

de 2014. Em dezembro de 2015 chegou-se a 6% de crescimento.

Foi realizada uma consulta estruturada com os usuários do Portal entre junho e julho de 2015,

com o objetivo de avaliar a ferramenta e coletar sugestões de melhorias para serem usadas no

processo de reformulação da ferramenta. A consulta teve 406 respondentes e os principais

resultados foram consolidados numa apresentação conjunta da equipe técnica da ABDI e do

CGEE. Houve ainda a participação da ABDI em dois eventos de inovação como apoiadora

tendo como contrapartida a divulgação do Portal Inovação.

O projeto teve seus objetivos alcançados sendo concluído e encerrado em dezembro de 2015.

PROMOÇÃO DE BIOTECNOLOGIAS E BIONEGÓCIOS NO BRASIL

O subprojeto objetiva ampliar o conhecimento e a cultura da utilização da biotecnologia no

setor produtivo, contribuindo com uma maior integração das empresas entre si, e com a

81 Relatório de Gestão – 2015

academia e com o governo, ampliando a utilização nacional dos recursos tecnológicos

disponíveis no Brasil e no mundo.

A ABDI, como Secretaria Executiva do Comitê Nacional de Biotecnologia (Decreto nº

6.041/2007), desempenha importante papel no acompanhamento de políticas públicas setoriais.

Desde 2006, vem apoiando a realização de eventos e executando ações para promover a

aproximação entre grupos acadêmicos e empresariais em missões técnicas internacionais e

workshops. Adicionalmente, vem trabalhando na elaboração e divulgação de estudos

prospectivos setoriais e outros documentos de referência para a orientação na elaboração de

políticas públicas.

No primeiro semestre de 2015, foi realizada a missão para participação da Biotechnology

Industry Organization Convention, na Philadelphia, Estados Unidos, com a participação de

representantes de governo, da indústria e da academia do Brasil. Este ano a participação na BIO

2015 teve como foco principal a indução de parcerias com empresas internacionais e

aproximação com os brasileiros que hoje se encontram trabalhando em empresas, universidades

e que possuem experiência com órgãos regulatórios (FDA) na área de saúde humana, por meio

de uma ação do projeto Diáspora, coordenado pela ABDI. A participação da missão permitiu

apresentar ao público as políticas públicas e programas voltados para apoiar o tema e empresas

no Brasil, e os participantes da missão puderam realizar reuniões de negócios ou de orientações

à possíveis investidores externos no Brasil.

Sobre o segundo Ciclo de Debates de Biotecnologia, o primeiro encontro teve como objetivo a

apresentação do estudo Construindo a Bioeconomia, realizado pela consultoria americana

Pugatch Consilium e patrocinado pela Biotechnology Industry Organization – BIO. O segundo

encontro tratou do tema Aproximação e Interação Academia-Empresa com levantamento de

Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) com atividades e pedidos de patentes relacionadas a

biotecnologia.

Em novembro e dezembro de 2015 ocorreu o terceiro encontro temático do Ciclo de Debates

de Biotecnologia com um seminário técnico sobre Imunogenicidade de Biossimilares, e o

quarto encontro temático com um seminário sobre Bioeconomia e Biotecnologia Industrial.

82 Relatório de Gestão – 2015

O terceiro encontro gerou como encaminhamento, por sugestão da Anvisa e ABDI, a elaboração

de uma agenda de atendimentos das empresas pelos especialistas da Anvisa visando esclarecer

dúvidas e/ou orientar as empresas nos procedimentos para obtenção adequada de dados para

subsidiar os registros de produtos biotecnológicos, como os biosimilares. Também foi realizada

uma reunião para avaliação dos sete encontros realizados nos dois ciclos e a análise da

possibilidade de um terceiro ciclo de debates em 2016. Para cada um desses encontros foi

elaborado um relatório com encaminhamentos acordados e recomendações de políticas e ações.

No segundo semestre de 2015 houve patrocínio e participação da ABDI no evento Bio Latin

America Conference 2015, que ocorreu em outubro, no Rio de Janeiro. O evento teve 559

participantes de 288 empresas, 24 países representados, 637 reuniões one to one, 19 plenárias

e sessões, 30 apresentações de empresas e uma manhã de orientação, qualificação e interação

com empresas e investidores, de representantes de startups originadas em instituições de ensino

e pesquisa. Neste evento, em 2015 a ABDI teve envolvimento nas seguintes atividades:

Manutenção de stand para congressistas responderem questionário estruturado

da ATS de Biofármacos;

Participação de representante da Diáspora Brasileira em painel;

Participação da ABDI em dois painéis de discussão; e

Participação da ABDI em 12 reuniões one to one com parceiros e congressistas

nacionais e internacionais.

Ao longo de 2015 foi também realizado o suporte técnico especializado para a execução dos

projetos de Agenda Tecnológica Setorial (ATS) de Biofármacos e Medicina Regenerativa. Tal

suporte foi realizado por meio da participação em reuniões técnicas em Brasília, São Paulo e

Rio de Janeiro. Também foram realizadas ações junto a representantes do setor produtivo de

Biotecnologia Industrial como a apresentação e discussão da ATS de química de renováveis, a

realização do quarto Encontro do Ciclo de Debates, em parceria com a Associação Brasileira

de Biotecnologia Industrial (ABBI) e o Comitê Nacional de Biotecnologia (CNB), e quatro

reuniões técnicas para discussão de sistema regulatório pertinente.

Estava previsto para o segundo semestre de 2015 a tradução e a publicação do livro intitulado

Bioempreendedores: Os Milionários Moleculares, entretanto por questões operacionais não

ocorreu em 2015. Esta atividade está em análise sobre a sua realização em 2016.

83 Relatório de Gestão – 2015

APOIO À DIFUSÃO DA NANOTECNOLOGIA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA

O propósito deste subprojeto foi estimular a inovação nas indústrias por meio da

nanotecnologia. O papel reservado à ABDI era de facilitar a aproximação entre as instituições

de pesquisa e a indústria, visando à articulação de agendas estratégicas necessárias à definição

de rumos tecnológicos de médio e longo prazo, bem como à promoção de um ambiente

institucional favorável ao desenvolvimento e uso de produtos nanotecnológicos.

Em 2013, deu-se início ao 1º Ciclo de Diálogos em Nanotecnologia, com o objetivo de

promover discussões sobre inovações tecnológicas em saúde, competitividade, regulação e seus

impactos, envolvendo instituições governamentais, setor produtivo e comunidade acadêmica.

As oficinas temáticas realizadas nesse ciclo foram precedidas de um nivelamento de conceitos

sobre nanotecnologia e regulação. Foram discutidas questões que constituem os pilares para a

tomada de decisão sobre gestão de riscos e regulação em nanotecnologia. Como resultado desse

ciclo, a nanotecnologia integrou, como tema prioritário, a Agenda Regulatória da Anvisa, que

criou um grupo interno para as discussões sobre a regulação em nanotecnologia.

No segundo semestre de 2015, na sede da ABDI, foi realizado o 2º Ciclo de Diálogos em

Nanotecnologias, por meio de três oficinas temáticas e a elaboração de um relatório síntese

sobre os resultados dessas oficinas. Nesse 2º Ciclo de Diálogos, a ABDI se propôs a discutir o

estágio atual da normatização e da regulação da nanotecnologia, bem como disseminar

informações sobre o uso da nanotecnologia no Brasil e as tendências na aplicação dessa

tecnologia.

O Ciclo foi composto por três Oficinas durante as quais foram identificados os seguintes

desafios para a inovação em nanotecnologia no Brasil:

Estabelecer uma regulação baseada em evidencias científicas no Brasil e no mundo;

Preservar a confidencialidade das informações nas relações entre academia e empresas;

Superar a burocracia excessiva nas contratações que envolvem a prestação de serviços

das universidades e ICTs;

Equilibrar os interesses da Academia (publicações) e das empresas (pedido de patente,

segredo industrial e comercialização);

Desburocratizar a importação de insumos: reagentes, excipientes, ativos, equipamentos;

84 Relatório de Gestão – 2015

Estabelecer Laboratórios Analíticos certificados (BPL, Inmetro, órgãos internacionais)

para viabilizar o desenvolvimento de métodos de análise para produtos inovadores/

nanotecnologia;

Estabelecer Laboratórios de Estudos Pré-Clínicos certificados; e

Profissionalização de laboratórios acadêmicos para atender às demandas de Estudos de

elucidação do mecanismo de ação e prova de conceito.

Em 2015, em continuidade ao contrato firmado entre ABDI e a Fundação de Desenvolvimento

da Unicamp (Funcamp), foram publicados seis boletins Nano em Foco, com conteúdo

relacionado ao uso da nanotecnologia com ênfase em regulação.

A ABDI também apoiou a divulgação do Nanotrade Show, primeira feira internacional de

nanotecnologia no Brasil, na qual foram apresentadas as ações da ABDI para academia,

empresas e governo.

A ABDI em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii),

realizaram a aproximação academia empresa promovendo a visita de representantes de

empresas, do governo e de Laboratórios de Pesquisa ao Núcleo de Bionanomanufatura do

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Na ocasião foram apresentadas as oportunidades que

a Embrapii oferece no estabelecimento de parcerias entre empresas e os Institutos Nacionais de

Ciência e Tecnologia (INCT’s) credenciados. A estrutura e as competências do IPT na

realização de pesquisas em nanotecnologia também foram apresentadas. Participaram 21

inscritos, dentre representantes da academia e governo.

Algumas empresas, tais como o Laboratório Cristália e Biolab, manifestaram interesse em

estabelecer uma parceria com o IPT. A maioria dos participantes desconheciam a Embrapii,

isso evidência a necessidade de se divulgar mais os instrumentos de incentivo a inovação que

o governo oferece. Os participantes ficaram surpresos com o potencial do IPT e sugeriram que

essas visitas aos Institutos de Pesquisas fossem mais frequentes.

A equipe do projeto também participou das atividades da ATS de Saúde-nanotecnologia,

analisando documentos (as versões dos panoramas tecnológico e econômico) e participando de

reuniões com academia, governo e empresas, bem como da Reunião de Planejamento e

85 Relatório de Gestão – 2015

Prospecção em CT&I da Secretaria Executiva do MCTI, propondo ações voltadas para a

promoção da nanotecnologia no Brasil, em especial nas indústrias.

O projeto foi concluído e encerrado em novembro de 2015.

4.1.2.14. PROJETO TEMÁTICO: AGENDAS TECNOLÓGICAS SETORIAIS

Esse projeto objetiva identificar tecnologias relevantes para a competitividade brasileira, nos

próximos 15 anos, em setores produtivos priorizados pelas Políticas Industrial e de Ciência,

Tecnologia e Inovação.

AGENDA TECNOLÓGICA SETORIAL (ATS)

O projeto ATS tem sido executado no âmbito de uma parceria firmada entre a ABDI e o CGEE,

por meio do Acordo de Cooperação Técnica nº 007/2013. Os setores selecionados para

elaboração das ATS apresentam capacidade de transformação da estrutura produtiva da

indústria e tem poder de difusão tecnológica e de encadeamento de relações intersetoriais. As

definições dos setores estão alinhadas às Políticas Industrial e de ciência, tecnologia e inovação

para o período 2011-2015. São seis setores e 13 focos, quais sejam:

Setores Focos

1. Petróleo e Gás Tecnologias de subsea

2. Automotivo Motorização híbrida – elétrica

3. Defesa Veículos balísticos e não tripulados

Armas inteligentes

Sensores e comando e controle

4. TIC Display

5. Química Química de Renováveis

6. Complexo Industrial da Saúde Biofármacos

Nanotecnologia

Órteses e Próteses

Equipamentos para diagnóstico por imagem e in

vitro no local

Medicina regenerativa

Telemedicina

A metodologia de elaboração da ATS foi desenvolvida pela ABDI com base no modelo Senai

de prospecção tecnológica utilizado para pesquisar as exigências futuras de habilidades e

86 Relatório de Gestão – 2015

competências da mão de obra no Brasil. De modo a identificar o potencial de domínio

tecnológico e produtivo das tecnologias relevantes para a competitividade da indústria, foram

feitos ajustes metodológicos que possibilitaram avanços importantes.

A partir do conceito de tecnologias relevantes – emergentes com factibilidade técnica e

viabilidade comercial no mundo em até 15 anos e com elevada difusão esperada no Brasil em

cinco e em 15 anos, o Projeto ATS introduziu o conceito de Tecnologias Relevantes Prioritárias

e Críticas. São consideradas Tecnologias Prioritárias as tecnologias relevantes que as empresas

instaladas no Brasil teriam competências tecnológicas e capacidade produtiva para viabilizar.

Pelo potencial de produção no Brasil, são aquelas que a indústria e as agências de fomento

deveriam priorizar. As Tecnologias Críticas, por sua vez, são as tecnologias relevantes que as

empresas instaladas no Brasil não teriam competência ou capacidade produtiva para viabilizar.

Pelo seu reduzido potencial de produção, exigiriam maiores esforços da indústria e das agências

de fomento na busca de soluções que permitam seu desenvolvimento e sua produção doméstica.

A metodologia da ATS destaca como elemento importante para definição das tecnologias a

articulação público-privada. Assim, prevê a realização de oficinas técnicas com a participação

de representantes de diferentes instituições de governo, com o objetivo de colher contribuições

para a elaboração dos documentos previstos. E, prevê a realização de reuniões de beta-testes,

com a participação de associações empresariais e empresas para avaliar os documentos

elaboradas, em especial as listas de tecnologias. São feitos beta-testes em dois momentos:

quando da elaboração da lista de tecnologias emergentes e após a realização da consulta

estruturada para análise das tecnologias relevantes selecionadas.

O exercício de prospecção tecnológica das ATS é realizado por um Comitê Técnico de

especialistas, formado por profissionais da academia, de ICTs, da indústria e de associações

representativas da indústria, dependendo da especificidade do foco estudado. As atribuições do

Comitê são: (i) identificar tendências tecnológicas no mundo e no Brasil; (ii) levantar centros

tecnológicos; (iii) elaborar lista de Tecnologias Emergentes (organizada por áreas tecnológicas

e seguindo uma regra de redação específica); (iv) sugerir integrantes para painel de

respondentes; e (v) analisar a consistência e avaliar os resultados da consulta estruturada.

87 Relatório de Gestão – 2015

A lista de tecnologias emergentes é submetida a um painel de respondentes para seleção das

tecnologias relevantes, o qual é formado por especialistas que tenham reflexões sobre a

dinâmica tecnológica mundial e nacional em suas respectivas áreas de atuação (engenheiros,

físicos, médicos, tecnólogos, químicos e outros).

Uma vez identificadas as tecnologias relevantes para o país, os passos seguintes seriam: (i)

analisar esse conjunto de tecnologias no que se refere às tendências que apontam e seu estágio

de desenvolvimento no Brasil; e (ii) discutir os modelos de negócio que poderiam ser adotados

para viabilizar a produção dessas tecnologias internamente.

Em síntese, a dinâmica do projeto organiza-se em três etapas:

1ª Fase – Pesquisa

Formação do Comitê Técnico;

Elaboração dos Panoramas Econômico e Tecnológico Setoriais;

Elaboração da Lista de Tecnologias Emergentes;

Realização de Oficinas com Governo para discussão da Lista de Tecnologias

Emergentes e dos Panoramas;

Realização do Beta Teste I (Empresas e Associações avaliam a Lista de Tecnologias

Emergentes); e

Realização de Consulta Estruturada.

2ª Fase – Tecnologias Relevantes

Análise dos resultados da Consulta Estruturada;

Realização do Beta Teste II (empresas e associações avaliam os resultados da Consulta);

Realização de Oficinas com Governo para apresentação da Lista de Tecnologias

Relevantes; e

Publicação do Relatório com os resultados da 1ª e 2ª Fase.

3ª Fase – Modelos Econômicos

Realização de entrevista com empresas, ICTs e instituições de governo; e

Elaboração de documento com Modelos de Estruturação Econômica para produção das

tecnologias no país.

88 Relatório de Gestão – 2015

Na sequência, apresenta-se uma síntese das ATS que compõem o projeto, relatando sua situação

e os resultados alcançados ao longo de 2015.

1. ATS Petróleo & Gás – Bens de Capital (Tecnologias subsea): os resultados da consulta

foram discutidos com equipe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes),

que sugeriu a inclusão de novas tecnologias à lista de tecnologias relevantes. Assim, essa ATS

passou a contar com 48 tecnologias relevantes. Em contratação a análise das tendências

tecnológicas frente as tecnologias relevantes identificadas, assim como do relatório a

elaboração dos modelos de negócios para viabilizar a produção dessas tecnologias no Brasil.

Classificação das

Tecnologias

Não

Factível

Não

Viável Não Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de

tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 0 0 23 17 8 48

2. ATS Automotivo – Motorização Híbrida Elétrica: após a conclusão da 2ª fase, com a

realização da análise de tendências tecnológicas frente as tecnologias relevantes identificadas,

foi contratada a elaboração de modelos de negócios com potencial para viabilizar a

desenvolvimento/produção dessas tecnologias relevantes no país. A metodologia que orientará

essa 3ª fase do trabalho foi discutida pelos consultores com a equipe da ABDI, sendo que as

entrevistas com os principais atores do setor deverão começar no início de 2016.

3. ATS Defesa – Veículos balísticos e não tripulados; armas inteligentes; sensores e

comando e controle: em contratação novos documentos que analisam os resultados desta ATS,

em especial um panorama tecnológico que deverá abordar as tendências tecnológicas e a

elaboração de modelos de negócios para viabilizar a desenvolvimento/produção dessas

tecnologias no Brasil. Essa ATS tem caráter reservado.

Classificação das

Tecnologias

Tecnologia

madura no

mundo e

no Brasil

Tecnologia

Não atrativa

Tecnologia

relevante

para a

Defesa

Tecnologia

Relevante

Crítica

Tecnologia

Relevante

Prioritária

Total de

tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 36 71 8 80 62 257

89 Relatório de Gestão – 2015

4. ATS TIC – Displays: Início do processo de contratação do relatório que apresentará os

modelos de negócios para viabilizar a produção, no Brasil, das tecnologias identificadas como

relevantes a partir da consulta estruturada.

Classificação das

Tecnologias

Não

Factível Não Viável Não Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de

tecnologias

investigadas

No de tecnologias 3 19 18 3 31 74

5. ATS Química – Química de Renováveis: essa ATS também encontra-se iniciando a 3ª fase,

sendo que em articulação com a ABIQUIM foi elaborada uma lista preliminar de empresas para

serem entrevistadas no início de 2016. Paralelamente, a partir da lista de tecnologias

identificadas como relevantes, o INPI está realizando o levantamento de patentes, a fim de

elaborar um radar tecnológico para química de renováveis, que aponte as principais áreas de

interesse em termos de pesquisa e patenteamento, assim como o grau de liberdade que o Brasil

pode ter para atuar nos diferentes nichos desse mercado.

6. ATS Complexo Industrial da Saúde (CIS): estão em desenvolvimento ATS para seis focos,

a saber: (i) Nanotecnologia; (ii) Medicina Regenerativa; (iii) Órteses e Próteses; (iv)

Biofármacos; (v) Telemedicina; e (iv) Equipamentos Médicos para Diagnóstico por Imagem e

In Vitro no Local.

Todas as seis ATS do CIS encontram-se com a fase 2 em elaboração, porém em estágios

diferentes. Registre-se, que para finalizar esta fase está em curso a contratação da análise dos

resultados das consultas estruturadas, bem como a contratação do relatório que apresentará os

modelos de negócios para viabilizar a produção, no Brasil, das tecnologias identificadas como

relevantes a partir da consulta estruturada, que conclui a 3ª fase.

As ATS de Nanotecnologia, Medicina Regenerativa, Órteses e Próteses e Biofármacos

encontram-se mais avançadas com as consultas estruturadas e os resultados validados com o

Comitê Técnico e com as empresas.

90 Relatório de Gestão – 2015

A ATS de Telemedicina finalizou a consulta estruturada para seleção das tecnologias

relevantes, com um total de 34 tecnologias emergentes analisadas e os resultados ainda serão

analisados pelo Comitê Técnico e por empresas do setor.

A ATS Equipamentos Médicos de Diagnóstico por Imagem e In Vitro no Local ainda está com

a lista de tecnologias, os panoramas econômico e tecnológico em elaboração.

As respectivas listas de tecnologias têm a seguinte classificação:

Nanotecnologia

Classificação das

Tecnologias

Relevantes

Não

Factível

Não

Viável

Não

Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de

tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 1 17 16 46 17 97

Medicina Regenerativa

Classificação das

Tecnologias

Não

Factível

Não

Viável

Não

Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 0 2 5 16 32 55

Órteses e Próteses

Classificação das

Tecnologias

Relevantes

Não

Factível

Não

Viável

Não

Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de

tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 0 3 14 24 38 79

Biofármacos

Classificação das

Tecnologias

Relevantes

Não

Factível

Não

Viável

Não

Atrativa

Relevante

Prioritária

Relevante

Crítica

Total de

tecnologias

investigadas

Nº de tecnologias 0 12 30 34 37 113

Telemedicina

Classificação

das

Tecnologias

Emergentes

Tecnologias

Transversais

Tecnologias de

suporte assistencial

e apoio a processos

regulatórios e de

logística de serviços

de saúde

Telediagnóstico

E-Care: atenção

ao paciente /

melhoria da

qualidade de

vida

Teleducação:

atividades

educacionais

interativas

Nº de

tecnologias 7 5 6 11 5

91 Relatório de Gestão – 2015

Equipamentos Médico de Diagnóstico por Imagem e In Vitro no Local: a lista de

tecnologias emergentes está em elaboração.

4.1.2.15. PROJETO TEMÁTICO: AGROINDÚSTRIA

Esse projeto teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento de uma estratégia de longo

prazo, gerando ganhos de competitividade para o setor de agroindústria no país.

INOVAÇÃO EM EMPRESAS FABRICANTES DE CHOCS., AMENDOINS, BALAS E

CONFEITOS

Este subprojeto, realizado em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,

Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), levou em conta as exigências do consumidor,

a situação dos concorrentes e a disponibilidade de fornecedores, assim como as especificidades

do setor, o ambiente institucional e as políticas governamentais. Dando continuidade às suas

ações, foram realizadas atividades inseridas no Programa de Capacitação em Gestão da

Inovação, executadas por meio do Contrato nº 025/2011, formalizado com a empresa

Pieracciani Engenheiros Associados Ltda.

Dentro deste contexto, para alcançar uma posição competitiva global, segundo o Planejamento

Estratégico da Abicab 2011-2015, seriam necessários superar os seguintes desafios,

resumidamente:

1. Desenvolver uma mentalidade global;

2. Conquistar reputação de qualidade;

3. Alcançar padrões globais;

4. Criar marcas admiradas mundialmente;

5. Associar-se a parceiros locais;

6. Investir em automação;

7. Explorar os avanços em produtos nutracêuticos.

No decorrer das discussões verificou-se que devido aos cenários e as características do setor,

seria interessante num primeiro momento atender propostas com um perfil mais estratégico para

em seguida entrar em questões que envolvam questões específicas no âmbito tecnológico. Deste

92 Relatório de Gestão – 2015

modo, o presente projeto visou principalmente preparar as empresas para um novo ambiente

competitivo, melhorando o aproveitamento de suas potencialidades no futuro.

Neste novo cenário vislumbrado quais ao qual as empresas do setor necessitariam se preparar,

estaria caracterizado por uma mudança de mentalidade doméstica para uma mentalidade global

e por uma transformação no direcionamento dos seus produtos para mercados de nicho.

No primeiro semestre de 2015, foram realizadas as últimas capacitações. No total foram

realizados dois workshops de sensibilização e 17 cursos. As consultorias para implementação

dos programas de gestão da inovação nas empresas foram oferecidas após o encerramento de

cada curso, destas, 12 empresas apresentaram e implementaram Planos de Inovação em suas

unidades produtivas. O resultado do projeto se concretizou nos depoimentos apresentados bem

como nos Planos de Inovação das empresas, resultando num grande número de produtos

inovadores que foram desenvolvidos durante o programa e já estão sendo oferecidos no

mercado.

Projeto concluído e encerrado em março de 2015.

PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TERRITORIAL

– PILOTO MG

O objetivo do subprojeto era desenvolver políticas públicas capazes de alimentar um

crescimento econômico inclusivo na área formada por municípios da Associação dos

Municípios da Microrregião do Vale do Piranga (AMAPI) e da Associação dos Municípios da

Microrregião Zona da Mata Norte (AMMAN). O Plano Estratégico de Desenvolvimento

Econômico Territorial prevê a coleta de dados primários e secundários, estudos de avaliação de

situação, análises prospectivas e estudos de viabilidade para implantação de agroindústrias no

estado de Minas Gerais.

As ações do projeto foram viabilizadas pela Fundação Arthur Bernardes (mantenedora da

Universidade de Viçosa-UFV), que formalizou o Contrato nº 013/2014 com a ABDI.

O projeto foi encerrado no início de 2015 com a entrega do relatório final contendo o Plano

Estratégico de Desenvolvimento Econômico Territorial (PEDET), englobando os 33

93 Relatório de Gestão – 2015

municípios da região em estudo. Neste trabalho foram sugeridas ações para promover o

desenvolvimento econômico dos municípios, contemplando a formação de capital humano, via

atuação nas áreas de educação e saúde municipais; e de capital físico, via investimento em

infraestrutura. O estudo também elaborou uma proposta de ações direcionadas para o

desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio. A parte final do relatório apresentou

uma relação de políticas públicas e de instituições que podem contribuir para a execução das

ações propostas.

4.1.2.16. PROJETO TEMÁTICO: TÊXTIL E CONFECÇÕES

Esse projeto tem o intuito de apoiar ações voltadas a ampliar a inovação e a competitividade

das empresas do setor, disponibilizando ferramentas gerenciais e operacionais para o seu

desenvolvimento e para a gestão da inovação.

EMPRESA DE CONFECÇÃO DO FUTURO

O objetivo do subprojeto é conceituar e elaborar um estudo de viabilidade técnica e econômica

de uma Empresa de Confecção do Futuro. Trata-se de um modelo de negócios com conceitos

inovadores que deverá ser uma referência aos empresários.

As ações do subprojeto estão sendo desenvolvidas no âmbito do Contrato nº 020/2014,

formalizado em 03/10/2014 entre ABDI e a Fundação Centros de Referência em Tecnologias

Inovadoras (Fundação Certi). O objetivo da contratação desta consultoria, especializada em

projetos de manufatura e instalação de unidades produtivas, é a elaboração EVTE e a seleção

de um empreendedor interessado em implementá-lo. As etapas de trabalho da consultoria

envolvem (i) a definição conceitual da Empresa de Confecção do Futuro; (ii) a apresentação

dos conceitos a empresários e seleção de interessado; (iii) a entrevista e seleção do empresário

para o projeto; e (iv) a elaboração de um EVTE definitivo.

Com relação as duas primeiras entregas do projeto em 2015, o trabalho para a definição

conceitual da Empresa de Confecção do Futuro analisou as principais dificuldades e desafios

que a indústria de confecção enfrenta para atender às novas demandas do mercado e quais os

conceitos nos quais pode se basear de modo a garantir a sua sobrevivência num momento futuro.

94 Relatório de Gestão – 2015

Buscou-se a conceituação de uma empresa que visa provocar rupturas inovadoras em modelo

de negócios, produtos, processos e gestão.

Em abril de 2015 foi realizado um workshop, na sede da Associação Brasileira da Indústria

Têxtil e Confecção (ABIT), São Paulo, para apresentação do conceito de Fábrica de Confecção

do Futuro a diretores e sócios de empresas do setor de confecção. O workshop abordou os

principais pontos de interesse e visão de futuro para uma manufatura de confecção de alto nível

de flexibilidade, aliada a racionalização de custos, com redução de lead time, alto grau de

satisfação do consumidor e com intensa integração de informação em toda a cadeia de

produção. Ao final do workshop foram distribuídas fichas de interesse aos participantes para

obter-se uma lista de possíveis investidores aptos a participarem da continuidade do projeto

com a execução da etapa de entrevista e seleção de empresário para o projeto.

A partir do interesse das empresas foram realizadas a avaliação dos empresários para seleção

do mais alinhado aos conceitos apresentados e, posteriormente, o desenvolvimento do EVTE

para a Empresa de Confecção do futuro. Foram analisadas as seis empresas candidatadas, onde

destas, quatro foram pré-selecionadas: Sol Paragliders, a Malwee, a Cotton Star e a Altemburg.

As visitas às empresas ocorreram no mês de julho, realizadas por integrantes do CERTI e da

ABDI. No dia 29 de julho o Comitê de Avaliação se reuniu escolhendo, conforme critérios pré-

definidos, a empresa Sol Paragliders para realizar o projeto de viabilidade técnica e econômica

da Empresa de Confecção do Futuro.

O segundo semestre de 2015 foi dedicado à elaboração do estudo, sendo o mesmo apresentado

como versão preliminar na sede da ABIT no dia 05 de novembro. Esta versão foi discutida e

avaliada por todas as partes envolvidas no trabalho, quais sejam, o CERTI, a ABDI, o

SENAI/CETIQT, a Sol Paragliders e a ABIT. Com todas as sugestões e críticas apresentadas,

o CERTI está elaborando uma segunda versão do trabalho, a ser apresentada no início de 2016.

Após a conclusão e aprovação do EVTE pelas partes envolvidas, há necessidade de elaboração

de um projeto de engenharia das instalações que não está previsto no orçamento da ABDI. Este

projeto deverá ser assumido pela empresa Sol Paragliders, para após implementá-lo, permitindo

a visitação de outros empresários às instalações.

95 Relatório de Gestão – 2015

REVISÃO DO ESTUDO PROSPECTIVO DE T&C 2023

A revisão do estudo foi uma iniciativa da ABIT, da ABDI e do Centro de Tecnologia da

Indústria Química e Têxtil do Senai (Senai-Cetiqt). O objetivo do subprojeto é facilitar os

trabalhos das reuniões do Grupo Gestor Têxtil & Confecções (T&C), auxiliando as entidades

públicas e privadas envolvidas na revisão do Estudo Prospectivo T&C 2023, que estende a

estratégia nacional para o setor até 2030. As ações do projeto são desenvolvidas no âmbito do

Contrato nº 006/2014, formalizado com a empresa ML Consultoria. Os produtos contratados

estão ligados à condução dos trabalhos como facilitadora das reuniões do Grupo Gestor T&C e

ao apoio às entidades envolvidas na revisão do estudo.

O projeto foi concluído em fevereiro de 2015 com a entrega do plano de Implantação e

Monitoramento da Carteira de Projetos da Visão 2030 do Setor Têxtil. Estava previsto

inicialmente a diagramação e publicação, entretanto, não houve orçamento disponível para

realizar a impressão do estudo.

4.1.2.17. PROJETO TEMÁTICO: COURO, CALÇADOS E ARTEFATOS

O projeto busca elevar a competitividade das empresas no mercado nacional e internacional,

com ações de curto, médio e longo prazo, voltados ao fortalecimento e a exploração de novos

mercados.

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA SEGURANÇA NO TRABALHO EM

MÁQUINAS PARA COURO

Em 2011, por meio de convênio firmado entre a Associação Brasileira das Indústrias de

Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq) e a ABDI,

foi publicada uma cartilha orientativa com soluções de adequação à NR-12 em máquinas

utilizadas no processamento do couro. O projeto buscou atender à necessidade da cadeia do

couro brasileira, composta, dentre outros agentes, por fabricantes de máquinas e curtumes

brasileiros, cerca de 300 empresas que exportaram US$ 1,219 bilhão em couros e peles no

período de junho de 2013 a junho de 2014, segundo dados do Centro das Indústrias de Curtumes

do Brasil (CICB).

96 Relatório de Gestão – 2015

A cartilha orientativa foi distribuída aos principais curtumes em eventos realizados em Goiânia

e Novo Hamburgo (Goiás e Rio Grande do Sul, respectivamente), além de também estar

disponível no site da Abrameq. Entretanto em contatos recebidos pela Abrameq de curtumeiros

brasileiros relativos à temática NR-12, percebeu-se que a indústria de curtumes ainda detinha

dúvidas importantes com relação ao emprego da norma, consequentemente relatado na cartilha

no formato de propostas de soluções de adequação. Assim, a Abrameq percebeu a oportunidade

de realizar um reforço na disseminação do instrumento, entendendo ser importante, além da

entrega em formato impresso, a realização de palestras de disseminação do tema (dada

característica do empresário curtumeiro brasileiro de pouca interação com meios eletrônicos).

Nesse sentido, foi formalizado o Convênio nº 01/2015 entre a ABDI e a Abrameq para

disseminar as soluções tecnológicas de adequação à NR-12, por meio da impressão de mais

exemplares da cartilha (500) a serem distribuídos em dois novos eventos, realizados em parceria

com as entidades Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro

(ABQTIC) e Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSUL),

entidades que reúnem grande quantidade de curtumes.

No primeiro semestre de 2015 foi realizado o primeiro evento, em 09 de junho, em Novo

Hamburgo (RS) na sede da AICSUL. Na ocasião, foi apresentado às empresas do setor coureiro

as adequações previstas na Cartilha NR-12 Segurança em Máquinas para Couro e Tratamento

de Efluentes. A palestra destacou o trabalho realizado sobre a análise de risco nas 20 máquinas

mais importantes para o processamento de couro, através de um processo de muito diálogo com

os fabricantes das tecnologias e com entidades internacionais. Foi reforçado também que a

Cartilha contribui para que as máquinas brasileiras atendam à legislação tanto dentro quanto

fora do país.

O segundo evento de disseminação da Cartilha NR12 ocorreu no dia 10 de dezembro de 2015,

junto à outra iniciativa da ABRAMEQ, no lançamento da Fábrica Virtual do Couro, produto do

projeto Brazilian Machinery, parceria da Abrameq com a Apex-Brasil. A intenção foi

maximizar o público a ser atendido no evento de disseminação da cartilha congregando as

atividades planejadas à programação da Fábrica Virtual do Couro. O evento aconteceu na sede

da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro – Abqtic.

O projeto foi finalizado em dezembro de 2015.

97 Relatório de Gestão – 2015

4.1.2.18. PROJETO TEMÁTICO: AGENDA INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO

O projeto trata de tecnologia, inovação e negócios internacionais que envolvam organizações

brasileiras e de países líderes em inovação. Contribui, assim, para o domínio de tecnologias

relevantes, a ampliação da presença internacional, a vinculação com redes mundiais de

conhecimento e a ampliação da competitividade da indústria brasileira.

ADENSAMENTO E COMPLEMENTAÇÃO AUTOMOTIVA NO ÂMBITO DO

MERCOSUL (FOCEM AUTOMOTIVO)

Aprovado em julho de 2010, o projeto Focem Auto teve seu Convênio de Financiamento (COF

nº 010/2010) assinado pela ABDI e pela Secretaria do Mercosul em 16 de dezembro de 2010.

Sua finalidade é fortalecer a competitividade de Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

fornecedoras (ou potenciais fornecedoras) de bens e serviços para a cadeia produtiva, em

especial a indústria de autopeças, por meio do aperfeiçoamento de processos e produtos visando

a melhoria de seu desempenho no comércio intrabloco.

O projeto atende 88 empresas de pequeno e médio portes (24 argentinas, 44 brasileiras, 10

paraguaias e 10 uruguaias), especialmente empresas do terceiro e quarto níveis de fornecimento

que possuem bens e serviços intermediários e/ou finais de menor valor agregado e sofisticação

tecnológica, tais como forjarias, fundições, estamparias e alguns fabricantes de peças têxteis e

plásticas.

A metodologia de execução do projeto respeita duas lógicas, (i) atendimento individualizado,

em cada empresa, de longa duração; e (ii) intervenções coletivas, de curta duração. Ambas as

atividade têm como meta a capacitação do quadro funcional das beneficiárias em temas de

gestão, resolução de problemas e inovação tecnológica.

Para organizar essa metodologia em um quadro de implementação e gestão, há previsão de

realização de oficinas de planejamento, que conformam um ciclo de reuniões em que a ABDI

reúne-se com cada Comitê Consultivo local para discutir a programação do projeto, o conteúdo

dos termos de referência para cada atividade programada e o cronograma planejado para

execução. Além disso, faz-se uma avaliação do desempenho técnico e financeiro do projeto e a

qualidade/impacto das atividades executadas no ano anterior. Em paralelo, aproveita-se a

98 Relatório de Gestão – 2015

oportunidade para reuniões de alinhamento com empresários visando discutir os conteúdos

propostos para o ano vis-à-vis as necessidades das empresas.

No primeiro semestre de 2015 foi realizado o ciclo completo de oficinas de planejamento, com

reuniões nos comitês locais. Nestes encontros foram balizados os temas básicos a serem

abordados nas atividades restantes do projeto.

Ao longo de 2015, a ABDI trabalhou na gestão administrativa e financeira do projeto

apresentando à Unidade Técnica do Focem (UTF) a segunda prestação de contas e recebendo a

auditoria externa do Focem para análise dos 75% dos gastos já executados. Estas ações,

juntamente com o atraso na aprovação do Plano de Aquisição – PAq (em julho/2015) ocasionou

uma postergação na liberação do 3º desembolso e, por consequência, o do prazo final de

execução do projeto, sendo revisto para junho de 2016.

Com o objetivo de aportar melhor conteúdo às atividades restantes do projeto, a ABDI propôs

à UTF a revisão do plano de aquisição do projeto, remanejando para 2016 os recursos

economizados para as atividades planejadas.

QUALIFICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE FORNECEDORES DA CADEIA

PRODUTIVA P&G NO MERCOSUL (FOCEM P&G)

Aprovado em julho de 2010, o projeto Focem P&G teve seu COF, nº 011/2010, assinado pela

ABDI e pela Secretaria do Mercosul em 16 de dezembro de 2010. O projeto tem a finalidade

de qualificar PMEs industriais e prestadoras de serviço dos Estados Partes do Mercosul,

fornecedoras potenciais e efetivas para os elos de exploração, produção e refino da cadeia

produtiva de Petróleo & Gás.

As ações do projeto estão voltadas diretamente para o fortalecimento da competitividade de

pequenos e médios fornecedores, em alinhamento com as demandas e necessidades das

empresas-âncora dos Estados Partes. O público-alvo do projeto é composto de 100 PMEs dos

Estados Membros do Mercosul, que (i) fornecem bens e serviços para os elos de exploração,

produção e refino da cadeia produtiva de Petróleo e Gás; ou (ii) têm condições de fabricar itens

99 Relatório de Gestão – 2015

de baixa competitividade ou importados extra Mercosul necessários a essa cadeia (ou prestar

serviços a ela).

No primeiro semestre de 2015 iniciou-se a execução do contrato de inteligência de mercado

com o levantamento primário de informações do setor de petróleo e gás dos quatro estados

membros beneficiários do projeto. Este levantamento objetivou mapear a família de itens (bens

e serviços) com baixa/média competitividade e fornecidos extrazona.

O projeto logrou a participação de 14 empresas âncoras dos quatro estados partes beneficiários

do Projeto, com isso foram feitas entrevistas para levantamento do procedimento de compra

dessas empresas, e o levantamento das famílias de itens de baixa/média competitividade. Este

levantamento apontou 36 famílias que poderão ser trabalhadas no projeto. Os resultados deste

trabalho estão detalhados no documento Relatório de Mapeamento da Cadeia de P&G no

Mercosul.

Ainda no segundo semestre, a equipe técnica apresentou aos Comitês Consultivos Locais, a

lista de famílias indicadas pelas empresas âncoras para que estes comecem a fazer uma análise

sobre a perspectiva de beneficiários que poderão ter em seus países, para que já ao início de

2016 ocorra a seleção das 100 empresas beneficiárias.

Diante do cronograma de execução do Projeto, a ABDI propôs à UTF a revisão do Plano de

Aquisição do Projeto, redistribuindo melhor os recursos.

DIÁLOGOS INTERNACIONAIS DE INOVAÇÃO

Esse subprojeto teve como objetivo apoiar a estruturação de propostas de inovação tecnológica

em projetos bilaterais envolvendo organizações brasileiras e estrangeiras. Seus principais

esforços foram concentrados nos Estados Unidos e na Suécia.

No âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre a ABDI e o Conselho de Competitividade

dos Estados Unidos (US Council on Competitiviness – CoC), foi firmado intercâmbio

profissional entre funcionários das duas instituições, visando a qualificação dos quadros, o

levantamento de oportunidades, a organização de iniciativas e o apoio às atividades entre

parceiros americanos e brasileiros. Assim, a ABDI selecionou o primeiro profissional da

100 Relatório de Gestão – 2015

Agência para atuar em tempo integral nos Estados Unidos, na sede do Council, em Washington,

DC, a partir de 1º de dezembro de 2014.

Para nortear a atuação da ABDI e do Council, foi elaborado um plano de trabalho contendo

macro entregas, a serem realizadas por meio de esforço conjugado de equipes no Brasil e no

Conselho norte-americano. As atividades realizadas nos EUA foram acompanhadas mediante

a elaboração de relatórios periódicos encaminhados à Diretoria Executiva da ABDI. O relatório

final do trabalho apresentou as entregas concluídas, a saber:

i) Mapeamento das competências dos laboratórios nacionais e universidades filiadas

ao Council: relatório comparativo sobre os sistemas de inovação do Brasil e Estados

Unidos e mapa de oportunidades de cooperação;

ii) Viabilização de um website da Plataforma Binacional de Inovação; e

iii) Organização de um laboratório de aprendizagem em inovação/reunião do Comitê

Diretivo da Plataforma Binacional de Inovação para manutenção do diálogo entre

empresas e instituições de pesquisa brasileiras e suas contrapartes americanas.

As entregas previstas para o segundo semestre, informadas na sequência, não foram realizadas

em função da decisão de encerramento do projeto. São elas:

i) Agenda preliminar e lista de atividades prévias à 4ª Conferência de Inovação, a ser

realizada em San Diego, em outubro de 2015; e

ii) Plano de operação da Plataforma Binacional.

Por fim, por solicitação da Presidência da ABDI e seguindo as diretrizes da nova Assessoria

Especial de Assuntos Internacionais, o projeto Diálogos Internacionais de Inovação foi

descontinuado, sendo as atividades de cooperação bilateral/multilateral tratadas como

demandas pontuais da Agência.

SISTEMA DE VISUALIZAÇÃO DE MÉTRICAS DE COMPETITIVIDADE – GFCC

A ABDI liderou os esforços de construção de um painel de métricas de competitividade

denominado The GFCC Competitiveness Decoder no âmbito da Global Federation of

Competitiveness Councils (GFCC), iniciativa internacional lançada em 2010 que reúne líderes

de instituições ligadas ao tema da competitividade oriundas de países em diversos estágios de

101 Relatório de Gestão – 2015

desenvolvimento, entre os quais Arábia Saudita, Brasil, Coreia do Sul, Egito, Emirados Árabes

Unidos, Estados Unidos e Rússia. Pelo lado brasileiro, as instituições fundadoras da Federação

são a ABDI e o Movimento Brasil Competitivo (MBC). O objetivo do subprojeto foi construir

e operar uma agenda de trabalho conjunta para a implementação de ações voltadas para a

promoção do desenvolvimento industrial e da inovação. Entre essas ações, foi desenvolvido o

sistema de visualização de métricas de competitividade – Decoder.

Tal sistema permite a identificação e a avaliação da posição de competitividade dos países de

uma forma nova e ampla, estruturando-se em oito dimensões: (i) desempenho geral da

economia; (ii) complexidade econômica; (iii) infraestrutura; (iv) capital; (v) talento; (vi)

inovação; (vii) qualidade de vida; e (viii) crescimento futuro. O Decoder pode ser acessado

livremente no sítio http://decoder.thegfcc.org/.

Após o desenvolvimento do Decoder, o projeto foi encerrado. Desta forma, a relação com o

GFCC passou a fazer parte do escopo de atividades da nova Assessoria Especial de Assuntos

Internacionais da Agência.

REDE DIÁSPORA BRASIL

O foco do subprojeto é mapear, abordar e conectar informações e profissionais expatriados, de

áreas tecnológicas, com atores no Brasil e no exterior para apoiar e estimular a geração de

negócios/projetos em áreas intensivas em conhecimento e tecnologia, apoiar a formulação de

políticas públicas e a repatriação de conhecimento.

Destacam-se como principais entregas de 2015:

(i) Laboratórios de Inovação: os laboratórios representaram uma efetiva estratégia de

consolidação e visibilidade da Rede e de envolvimento dos profissionais brasileiros no exterior

para uma aproximação com o Brasil em temas de ciência, tecnologia, inovação,

empreendedorismo e internacionalização das empresas nacionais.

No primeiro semestre de 2015, foram realizados dois laboratórios: o 7º Laboratório de

Aprendizagem e Inovação (LAB VII), realizado na Universidade do Texas em Austin – UTA,

em 30 de março de 2015. Este Laboratório foi realizado em parceria com o Brazil Center

102 Relatório de Gestão – 2015

vinculado ao LLILAS Benson Latin American Studies and Collections da Universidade do

Texas. O encontro tratou da diáspora tecnológica brasileira nos EUA e as experiências de

operação em rede. Girou em torno de debates envolvendo iniciativas, grupos e instrumentos

que contam com profissionais brasileiros com afinidades e conexões voltadas para uma maior

aproximação com o Brasil. Esses grupos têm realizado atividades em diversas áreas nos EUA

e a proposta da sessão foi dar continuidade à colaboração entre as redes de brasileiros,

colocando-os em contato, discutindo e identificando pontos de sinergia em suas atividades e

buscando possibilidades de conexões com o Brasil.

O 8° Laboratório de Inovação (LAB VIII), foi realizado na Universidade da Pensilvânia, na

Filadélfia, em 15 de junho de 2015. Por ocasião da BIO 2015, maior convenção de

biotecnologia do mundo, a Rede Diáspora Brasil promoveu o seu oitavo LAB com o tema:

Inovação e negócios para novos fármacos e biotecnologia – a Diáspora Brasileira como

facilitadora. O LAB promoveu discussões específicas em biotecnologia e fármacos entre a

diáspora brasileira nos EUA, representada por pesquisadores e empresários brasileiros

estabelecidos naquele país, e as indústrias e empresas de diversos tamanhos (startups, pequenas,

médias e grandes) que compuseram a delegação brasileira. O encontro, que contou com cerca

de 60 participantes, foi uma oportunidade para a discussão de temas de interesse da indústria

brasileira e entender, por meio das exposições de especialistas brasileiros estabelecidos nos

EUA, a dinâmica do ecossistema norte americano de pesquisa clínica, regulação e transferência

de tecnologia.

No segundo semestre de 2015 foram realizados dois Laboratórios de Inovação: 9º e 10º

Laboratórios. O 9º Laboratório de Inovação (LAB IX) foi realizado na cidade de Los Angeles-

CA, em parceria com a Universidade de Los Angeles (UCLA), na data de 20 de outubro de

2015. As discussões do 9º Laboratório se concentraram em dois eixos principais: (i) tecnologias

para saúde e (ii) as perspectivas e oportunidades em inovação e negócios a partir das conexões

entre o Brasil e sua diáspora, com a presença de mais de 60 profissionais da região. O debate

sobre saúde envolveu especialistas, iniciativas e grupos envolvidos com tecnologias em saúde

humana e que contam com profissionais brasileiros com afinidades e conexões voltadas para

uma maior aproximação com o Brasil. No segundo momento, profissionais pesquisadores,

acadêmicos, empreendedores e investidores, discutiram tendências e exploraram caminhos em

inovação e negócios para conexões com o Brasil. Procurou-se também, proporcionar uma

103 Relatório de Gestão – 2015

interação com profissionais brasileiros, de outras regiões dos EUA e estabelecer possíveis

conexões entre os dois países, aperfeiçoando o ambiente de negócios e de desenvolvimento

conjunto de projetos.

O 10º Laboratório de Inovação (LAB X) foi realizado na cidade de Mountain View-CA, na sede

da Google, na data de 24 de outubro de 2015, em parceria com diversas Redes locais:

Pesquisadores e Universitários Brasileiros da Região de San Francisco (PUBTechSF), a Rede

de Brasileiras do Vale, InovaLAB e a Silicon House. O encontro de um dia teve um formato

diferenciado, sugerido pela Diáspora, utilizando a metodologia Design Thinking, que prevê a

multidisciplinaridade dos participantes e compreende algumas etapas para a entender o

problema, envolver os participantes, levantar premissas, brainstorming, explorar as

experiências individuais, estimular a criatividade para o surgimento de ideias até culminar em

“soluções” ou recomendações para a solução das questões abordadas.

Após trabalho preliminar da ABDI com os parceiros locais, foram levantados três temas para

as discussões: (i) formação de talentos e qualificação profissional; (ii) internacionalização das

empresas nacionais e (iii) indução de parcerias tecnológicas. Os mais de 40 profissionais que

estiveram presentes no Laboratório foram divididos em grupos para discussão e levantamento

de ideias e reflexões sobre os temas apontados. Como resultado foi elaborado um documento

colaborativo com proposições e reflexões da diáspora tecnológica endereçado ao Presidente da

ABDI, intitulado Carta de Mountain View.

(ii) Missões aos EUA: no primeiro semestre foram realizadas duas missões: (a) Semana da

Diáspora Brasileira no Texas e na Califórnia e (b) Conferência de Biotecnologia BIO 2015 nos

EUA.

A Semana da Diáspora Brasileira no Texas e na Califórnia marca a primeira missão de 2015 da

Rede Diáspora Brasil junto à comunidade de profissionais brasileiros estabelecidos nos EUA.

A missão, que realizou um conjunto de atividades nas regiões de Austin no Texas e no Vale do

Silício na Califórnia, teve como objetivo estimular e fortalecer a conexão das redes brasileiras

nessas regiões com a Rede Diáspora Brasil, além de também promover o fortalecimento das

parcerias existentes com as redes locais para ampliação da conexão entre o Brasil e sua diáspora

para a implantação de projetos conjuntos de tecnologia e negócios. Os parceiros da Semana

104 Relatório de Gestão – 2015

incluíram: o Brazil Center da Universidade do Texas em Austin, a Bay Brazil, o Brazilian

Entreprenours in Science and Technology (BEST) e o Ministério das Relações Exteriores.

A Conferência de Biotecnologia BIO 2015 nos EUA foi realizada no período de 15 a 18 de

junho de 2015, na Filadélfia (EUA). Trata-se da maior convenção sobre biotecnologia do

mundo, realizada em proximidade aos maiores centros da indústria farmacêutica e de

biotecnologia dos Estados Unidos. A delegação governamental brasileira contou com 28

integrantes e, além da ABDI, incluiu 14 instituições do governo. A delegação empresarial

brasileira foi composta por mais de 50 representantes de 35 empresas.

Entre as atividades, que contaram com a participação de representantes da diáspora brasileira

estabelecida nos EUA, destacam-se participações no Brazilian Afternoon, quando foram

discutidos temas de interesse do Brasil; no Latin America Day, com temas de abrangência do

complexo industrial da saúde na América Latina; e nas visitas a empresas e instituições de P&D

americanas, como a Sparks, MSD e Jansen and Delaware Innovations.

A participação da Rede na BIO 2015 representou um espaço para conexões entre profissionais

da saúde, empreendedores, cientistas e especialistas em políticas públicas, além de oferecer um

espaço de networking e troca de experiências entre a diáspora brasileira e a delegação do Brasil.

No segundo semestre de 2015 foi realizada uma missão internacional compreendendo

atividades na Califórnia, em Los Angeles e na região Vale do Silício. Um dos principais

objetivos da missão foi atuar na frente estratégica de visibilidade e fortalecimento da Rede e

assim promover o acesso da indústria brasileira a novos ecossistemas de inovação e estabelecer

conexões com o Brasil para geração de oportunidades de projetos e negócios com o Brasil, em

diversas áreas.

Em Los Angeles foram visitados vários centros de inovação tecnológica e realizadas diversas

reuniões com profissionais brasileiros, principalmente da área da saúde. Dentre as visitas, vale

destacar: UCLA Clinical & Translational Research Center, com Patricia Jardack, California

NanoSystems Institute, com Jia Chen, UCLA TLSB (Terasaki Life Sciences Builiding), com o

Dr. Satiro De Oliveira, UCLA School of Dentistry, com a Professora Flavia Pirih e o Chemical

and Biomolecular Engineering Department, com Professor Flávio Cruz. Dentre as reuniões,

ressaltamos o encontro com a Vice-Provost for International Initiatives – UCLA, Drª Kathryn

105 Relatório de Gestão – 2015

Atchison e o encontro no Consulado Geral do Brasil em Los Angeles, com o Embaixador Bruno

Bath, Cônsul Geral do Brasil.

Na região do Vale do Silício, vale destacar a visita à Haas School of Business, da Universidade

da Califórnia em Berkeley, com os brasileiros Dr. Márcio Spinosa e Taciana Melo e à Google,

com diversos brasileiros que atuam na empresa. As reuniões tiveram como foco conhecer a

atuação das diferentes Redes locais: Silicon House, Brasileiras do Vale, InovaLAB e

PUBTechSF.

(iii) Prêmio Diáspora Brasil: foi realizada a 2ª edição do Prêmio Diáspora Brasil – O Talento

Brasileiro que Inspira o Mundo. Os sete vencedores dessa edição foram homenageados no dia

28 de maio de 2015, durante solenidade de premiação realizada no Palácio Itamaraty, com a

presença de representantes dos setores público e privado, da academia, familiares dos

profissionais selecionados, estudantes e professores da rede pública de ensino do Distrito

Federal e de Goiás. A ABDI, juntamente com seus parceiros institucionais, entregou os troféus

e certificados a cada um dos homenageados, como reconhecimento pelos trabalhos de

excelência no exterior.

O prêmio buscou reconhecer os talentos brasileiros envolvidos com ciência, tecnologia,

inovação e empreendedorismo que contribuem para a construção de uma imagem positiva do

Brasil no exterior e para elevar a competitividade brasileira, bem como os profissionais que se

destacaram no fortalecimento, mobilização de novos membros e visibilidade da Rede.

A premiação contemplou três categorias: (i) Profissional do Ano de 2014, (ii) Destaque da Rede

Diáspora Brasil e (iii) Menção Honrosa. Dos 33 finalistas, sete conquistaram o troféu em 2015:

o cientista da computação e empresário Vitor Pamplona, a astrofísica Ana Laura Lopes, a

médica Márcia Lima, o pesquisador imunologista Michel Nussenzweig, o biólogo, médico e

investidor do Complexo da Saúde Fred Aslan, a médica e professora Karin Nielsen-Saines e o

astrofísico Marcelo Gleiser.

Mais de 300 pessoas participaram da Solenidade de Premiação do 2° Prêmio Diáspora Brasil.

Este é o primeiro e único prêmio que reconhece as relevantes contribuições dos brasileiros da

diáspora científica, tecnológica e empreendedora.

106 Relatório de Gestão – 2015

(iv) Workshop da Rede Diáspora Brasil: os profissionais brasileiros homenageados no 2º

Prêmio Diáspora Brasil se reuniram num workshop, no dia 29 de maio de 2015, com autoridades

e representantes do setor público e privado para compartilhar conhecimentos e experiências nas

áreas da ciência, tecnologia e inovação (CT&I). O workshop correspondeu a atividade da

semana, organizada pela ABDI, das ações do Prêmio Diáspora Brasil e aconteceu na sede da

Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Brasília.

O encontro permitiu identificar e debater as características do ambiente de inovação e da

academia no país e também objetivou a busca por soluções concretas para aumentar a densidade

tecnológica do parque industrial brasileiro e torná-lo mais competitivo no mercado externo. A

cooperação com a diáspora brasileira, representada pelos premiados presentes no workshop, é

de elevada importância para o Brasil por se tratar de grupo de profissionais que estão na

fronteira tecnológica mundial em suas áreas. Tal aspecto ficando claro por meio das proposições

apresentadas e os debates entre os participantes, revelando a contribuição que os brasileiros que

estão no exterior podem oferecer para a otimização da elaboração, execução e conclusão das

políticas públicas brasileiras pró inovação.

(v) Visita a escolas públicas: como parte da programação oficial do 2º Prêmio Diáspora Brasil,

os cientistas e empresários brasileiros premiados participaram de palestras motivacionais em

quatro escolas públicas do Distrito Federal e do Estado de Goiás. Essas visitas representaram

oportunidades para a comunidade escolar interagir com os premiados e conhecer talentos

brasileiros que inspiram o mundo por meio da valorização da educação, ciência e tecnologia.

Mais de 3.000 alunos da rede pública do ensino médio foram mobilizados, impactados e

inspirados pelos vencedores do 2° Prêmio Diáspora Brasil.

Por outro lado, os premiados realizaram um papel social em seu país de origem, valorizando a

conexão com sua pátria-mãe e gerando reflexões oportunas sobre o desenvolvimento do país

desde sua base.

(vi) Encontro do Ministro de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação com a Diáspora

Brasileira nos EUA: a Rede Diáspora Brasil, juntamente com a Assessoria Internacional do

MCTI e a Embaixada do Brasil em Washington, organizou um encontro do Ministro de Estado

de Ciência Tecnologia e Inovação com a diáspora brasileira estabelecida nos EUA. O evento

107 Relatório de Gestão – 2015

foi realizado no dia 27 de maio de 2015, na Embaixada do Brasil na capital dos Estados Unidos

e contou com a participação dos membros do Brazilian Expert Network – Washington DC

(BEN-DC), grupo de pesquisadores e empreendedores brasileiros estabelecidos naquela cidade.

O ministro ressaltou a importância dos pesquisadores para o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia do Brasil podendo apoiar o esforço do país no desenvolvimento da pesquisa e da

ciência e contribuir para programas de inovação, oferecendo ao Brasil o que aprenderam no

exterior. Segundo o titular do MCTI, reforçar o apoio aos estudantes e jovens pesquisadores do

Brasil é outra forma de contribuição importante realizada pela Rede Diáspora Brasil.

Participaram da reunião também o Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, os presidentes

da Finep/MCTI e do CNPq/MCTI; os secretários do MCTI de Desenvolvimento Tecnológico

e Inovação, de Política de Informática e de Políticas e Programas de Pesquisa e

Desenvolvimento.

(vii) Atividade da Rede Diáspora Brasil em conjunto com as atividades do Projeto de

Biotecnologia da ABDI, na BIO Latin America 2015: a exemplo do 8º Laboratório de

Inovação realizado em junho de 2015 na Filadélfia por ocasião da BIO 2015 e da mesa redonda

da diáspora brasileira na Bio Latin America em setembro de 2014 no Rio de Janeiro, a Rede

Diáspora Brasil participou da 2º edição da Bio Latin America em outubro de 2015 no Rio de

Janeiro. A participação da Rede nos encontros da BIO está se solidificando no calendário anual

de eventos para a cadeia produtiva de biotecnologia e fármacos contribuindo com a integração

e discussão de negócios entre profissionais brasileiros na diáspora e atores nacionais do setor

privado, da academia e do governo, bem como a disseminação de informações especializadas

no tema.

Na Bio Latin America 2015, a Rede proporcionou a participação de uma pesquisadora e

investidora brasileira, estabelecida em Washington-DC, para discussões e trocas de

experiências no painel Desenvolvimento de produtos biológicos: compreendendo os caminhos

regulatórios. O painel tratou de desenvolvimentos, ganhos de escala e comercialização de

novos medicamentos biológicos e biossimilares, bem como os desafios para se construir sólidos

caminhos regulatórios, proporcionando segurança, eficácia e qualidade aos produtos biológicos

que entram no mercado.

108 Relatório de Gestão – 2015

A representante da diáspora brasileira no encontro, Dra. Ilana Fogelman, Diretora da empresa

Life Tech Research, além de ser especialista em desenvolvimento e ter experiência na área de

mercado e investimentos, tem participado das atividades da Rede desde o lançamento em 2013,

e é cofundadora do grupo de brasileiros de Washington-DC, o Brazilian Expert Network –

BEN-DC.

(viii) Redes locais articuladas e/ou apoiadas: o apoio às redes e iniciativas de profissionais

brasileiros no exterior relaciona-se com a estrutura institucional e a estratégia de fomentar

lideranças locais (animação) da Rede Diáspora Brasil. Uma atuação próxima a essas redes de

brasileiros contribui para dinamizar e ampliar o alcance das atividades da Rede ao: identificar

os atores no exterior, apoiar a Rede na organização de conferências e missões técnicas; além de

estimular a geração de parcerias e negócios no exterior. Nesse sentido, a Rede Diáspora Brasil

apoiou, articulou e conectou diversas redes locais em diferentes regiões dos EUA, como o

PUBBoston (Nova Inglaterra), a recém-criada SCIBR da Nova Inglaterra, BayBrazil (Vale do

Silício), PUBTech (Vale do Silício), Brazilian Expert Network BEN-DC (Washington DC),

Brazilian Expert in Science and Technology BEST (San Diego), PUBPhilly (Philadelphia),

Brazil@RICE (Houston), Brazil Center (Austin) e o Centro de Estudos Brasileiros da

Universidade Califórnia em Los Angeles.

A Rede Diáspora Brasil tem apoiado as redes locais, fomentando sua organização e formação

e a articulação entre essas redes de brasileiros no exterior envolvidas com ciência, tecnologia,

inovação e empreendedorismo. A Rede também promove a articulação em conexões com o

Brasil para a geração de negócios e projetos tecnológicos, além de acesso para a indústria

brasileira ao conhecimento qualificado dos brasileiros no exterior que atuam em centros de

excelência em inovação.

(ix) Contribuições da Rede Diáspora Brasil para as Agendas Tecnológicas Setoriais: a

Rede Diáspora Brasil tem contribuído com as Agendas do complexo industrial da saúde, ao

envolver especialistas da diáspora brasileira na consulta e avaliação das tecnologias emergentes

identificadas. Essas agendas do setor da saúde envolvem: biotecnologia (anticorpos

monoclonais), nanotecnologia, órteses e próteses, equipamentos para diagnósticos de imagens,

telemedicina, medicina regenerativa. Trata-se de uma contribuição estratégica, uma vez que,

envolve brasileiros que atuam profissionalmente em outros ambientes inovadores para o Brasil,

109 Relatório de Gestão – 2015

têm acesso a tecnologias nascentes e visualizam caminhos e tendências de tecnologias ainda

não incorporadas ao setor produtivo brasileiro. Também corresponde a oportunidade para a

diáspora brasileira de se envolver nesse esforço de construção de política pública brasileira,

participação das atividades dos grupos e dos comitês técnicos, além de acesso a informação

sobre o panorama tecnológico brasileiro.

(x) Aumento no número de participantes na Rede: em 2015, a Rede Diáspora Brasil manteve

seu crescimento, a exemplo de anos anteriores, também no número de: brasileiros na diáspora

que têm participado das atividades e se conectado à Rede; articulações que a equipe do projeto

tem feito com empresas e organizações no Brasil. Já são cerca de 800 profissionais e

organizações, a sua maioria na diáspora, devidamente mapeados e que correspondem ao público

das ações da Rede. Como consequência dessa mobilização, tem ocorrido um aumento no

número de oportunidades identificadas, isso como crescimento natural da Rede e do fluxo da

troca de informações, atividades, discussões, densidade das interações.

(xi) Construção da Plataforma Virtual: parte essencial da Rede, a Plataforma Virtual, foi

projetada para ser construída juntamente com a diáspora brasileira, apontando quais caminhos,

soluções tecnológicas e requisitos que uma plataforma com novas funcionalidades deve possuir.

Assim, foi construído o Grupo de Trabalho da Plataforma Virtual, com a participação dos

animadores das redes locais de brasileiros, experts de tecnologia, além de interessados no tema.

E por ocasião das atividades da Semana da Diáspora Brasileira no Texas e na Califórnia, o

Grupo de Trabalho se reuniu para discussão de requisitos e temas a serem incluídos na

ferramenta de conexão entre a diáspora e o Brasil mantendo o seu espírito de construção

participativa e transparente.

(xii) Articulação e Conexão de recursos humanos qualificados: a Rede Diáspora Brasil

possui, dentre suas frentes de trabalho, a ação de conexão de recursos humanos qualificados

com empresas brasileiras de alta tecnologia. Nesse sentido, compartilha com as redes de

profissionais brasileiros localizadas em diversos pontos como Boston, Vale do Silício, San

Diego, Washington, Nova York, Houston, Austin, Filadélfia, Los Angeles oportunidades de

conexão em temas de tecnologia e inovação. Dessa forma, a Rede tem sido cada vez mais

procurada por empresas brasileiras sobre possibilidades de identificação de profissionais

110 Relatório de Gestão – 2015

brasileiros qualificados na diáspora para fazer parte de suas iniciativas tecnológicas e

comerciais.

(xiii) Comunicação e Mídias sociais: a Rede Diáspora Brasil se faz presente nas redes sociais,

tendo como uma de suas ações a mobilização de seu público alvo por meio de diversas

ferramentas de relacionamento. Nesse sentido, possui perfil público no Twitter, Linkedin,

Facebook e Youtube, promovendo, divulgando e fortalecendo sua atuação nacional e

internacional. A participação do público tem sido crescente, como também a resposta às ações

da Rede no âmbito das redes sociais.

4.1.2.19. PROJETO TEMÁTICO: INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

O projeto prevê a produção de insumos para a análise da situação atual do cenário industrial

brasileiro, incluindo o levantamento de informações que impactam diretamente na execução da

Política Industrial.

A área de inteligência atua em quatro eixos: (i) estudos econômicos, (ii) análises estatísticas,

(iii) análise econômica para subsidiar a Política Industrial e (iv) análise de impacto de acordos

comerciais. O portfólio de produtos de inteligência atende tanto a demandas do governo e atores

públicos e privados envolvidos com a Política Industrial, como a necessidades de produção de

análises para as demais áreas da ABDI.

ESTUDOS ECONÔMICOS

O subprojeto teve como objetivo organizar/sistematizar informações e elaborar estudos sobre a

indústria brasileira, de acordo com as necessidades da Política Industrial. Foi estruturado por

meio de um conjunto de análises setoriais e/ou transversais que permitiram uma maior

compreensão da situação e da dinâmica da indústria brasileira. Tais estudos foram realizados

pela ABDI em parceria com a Unicamp e geraram conhecimento capaz de apoiar a Agência na

tomada de decisão e construção de Políticas Industriais mais efetivas e pertinentes à realidade

brasileira.

111 Relatório de Gestão – 2015

No segundo semestre de 2015, o contrato com a Unicamp foi finalizado com a entrega de todos

os estudos setoriais previstos para subsidiar a adoção de medidas de Política Industrial, como

por exemplo os estudos de sensores Tendências tecnológicas, de mercado e impactos sobre a

Manufatura e o estudo sobre o Cenário internacional comparativo dos incentivos à pesquisa

Mineral.

Assim, o projeto foi concluído e encerrado em dezembro de 2015.

SONDAGEM DE INOVAÇÃO DA ABDI

Desde o início de 2010, a ABDI realiza a Sondagem de Inovação, tendo em vista a crescente

importância que as atividades de ciência e tecnologia vêm adquirindo nas políticas de

desenvolvimento industrial. A Sondagem é uma pesquisa que tem por objetivo acompanhar

trimestralmente a evolução da inovação tecnológica na indústria brasileira, por meio de

indicadores de inovação tecnológica da indústria brasileira e orientar eventuais ajustes nas

políticas públicas adotadas. Sua principal contribuição é fornecer informações relevantes sobre

inovações tecnológicas realizadas recentemente ou em vias de realização pelas empresas

industriais brasileiras.

A realização da Sondagem é fruto do esforço de um conjunto de instituições, que tem trabalhado

em parceria com a ABDI nesta pesquisa, em destaque a Financiadora de Estudos e Projetos

(FINEP) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas

Gerais (IPEAD). A Sondagem de Inovação segue os padrões internacionais de coleta e

tratamento de dados sobre pesquisa e desenvolvimento (P&D), consolidados no Manual

Frascati, e sobre inovação, disponíveis no Manual de Oslo. Nesse sentido, há correspondência

metodológica com a Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) e com pesquisas internacionais como o Community Innovation

Survey realizado nos países que compõem a União Europeia.

A Sondagem reúne informações de caráter retrospectivo (referentes ao trimestre de referência)

e prospectivo (referentes aos três meses subsequentes ao trimestre de referência).

112 Relatório de Gestão – 2015

No primeiro semestre de 2015, foram entregues o Estudo de Sondagem de Inovação referente

ao terceiro trimestre e quarto trimestre de 2014. Já no segundo semestre de 2015 foram

entregues os Relatórios de Sondagem de Inovação do primeiro e segundo semestre de 2015.

Também foi entregue em 2015, os Relatório de Sondagem de Inovação Regional relativo ao

quarto trimestre de 2014 e relativo ao primeiro semestre de 2015. Os relatórios analisaram os

dados relativos à pesquisa Sondagem de Inovação em âmbito regional. O recorte regional

utilizado na tabulação dos resultados segue a estrutura das macrorregiões do Brasil, tal como,

Região Centro-Oeste/Norte, Região Nordeste, Região Sudeste e Região Sul.

Para 2016, está prevista a manutenção do projeto, na qual será realizado um novo contrato para

dar continuidade as publicações da Sondagem de Inovação.

ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE

Este subprojeto tem como objetivo analisar a trajetória da produtividade no país, buscando

definir o melhor posicionamento da economia brasileira em relação ao tema, bem como o

acompanhamento de informações que permitem avaliar o impacto das Políticas Industriais.

Com o intuito de analisar a evolução dos indicadores de produtividade da economia brasileira,

em 2015 o projeto apresentou as seguintes entregas:

(i) estudo sobre P&D, inovação e produtividade na indústria brasileira, cujo objetivo foi o de

analisar a relação entre investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), inovação e

produtividade do trabalho na indústria brasileira entre 2000 e 2008;

(ii) estudo sobre a qualificação de mão de obra e produtividade nas empresas brasileiras, que

procurou identificar a influência das infraestruturas de pesquisa sobre a produtividade científica

de pesquisadores brasileiros. Para isso, fez se uso de uma base de dados inédita com

informações relativas às infraestruturas de pesquisa no Brasil e dados de seus pesquisadores;

(iii) análise da influência da infraestrutura para o crescimento da economia brasileira e os

impactos na produtividade, que concluiu que os investimentos em infraestrutura de transportes,

113 Relatório de Gestão – 2015

de fato, têm uma importância significativa para o crescimento econômico do Brasil. São

capazes de alavancar o crescimento econômico;

(iv) análise dos efeitos da penetração espacial da oferta e da infraestrutura dos serviços de

tecnologias de informação e comunicação e seus impactos sobre a produtividade das empresas;

(v) análise sobre relação entre escala de produção e ampliação dos níveis de produtividade que

analisa as relações das empresas brasileiras aos grupos econômicos. Essa análise foi dividida

em duas partes: na primeira foi feita uma verificação de como a participação em um grupo afeta

as empresas em termos de tamanho, inovação e atividade de comércio exterior. Na segunda,

avaliou-se as relações entre os tipos de relações das empresas dentro dos grupos econômicos e

a diversificação produtiva dessas firmas;

(vi) análise sobre a inserção internacional das empresas brasileiras a mercados externos, por

meio de exportações ou investimento direto, e os ganhos de produtividade, que avaliou os

efeitos de aprendizado, compreendidos como ganhos de produtividade e tamanho da firma

posteriores à sua entrada no mercado internacional, e se eles apresentam alguma relação com o

padrão de permanência no mercado internacional, com o destino de exportação, com o tamanho

da firma e com a intensidade tecnológica do setor;

(vii) análise dos indicadores de mão de obra qualificada (período de 2012-2013), que tratou da

evolução e a distribuição do emprego formal no setor privado brasileiro por setor, região,

escolaridade e tamanho;

(viii) lançamento do segundo volume do livro Produtividade no Brasil: desempenho e

determinantes, que teve como foco identificar os fatores que explicam as diferenças de

produtividade entre firmas ou seu crescimento. Também foi analisada como a dinâmica das

firmas do mercado afeta a evolução da produtividade agregada, identificando os principais os

principais gargalos para o seu crescimento.

Para 2016, será implementado o Observatório da Produtividade, que tem como objetivo colocar

em um website dados e ferramentas de visualização que permitam que as pessoas acompanhem

o que está acontecendo em termos de evolução da produtividade.

114 Relatório de Gestão – 2015

CADEIAS GLOBAIS DE VALOR

O subprojeto tem como objetivo analisar o potencial da economia brasileira em participar das

cadeias globais de valor, assim como avaliar as condições para que a economia brasileira

participe dessas cadeias em conjunto com países vizinhos (da América do Sul) selecionados

através do critério de possibilidades de "fatiamento" do processo produtivo.

No primeiro semestre de 2015, foram entregues os relatórios de comércio exterior com a matriz

de insumo-produto de cada país e o Brasil. Esses relatórios compatibilizaram os dados de

comércio de cada país com as respectivas matrizes de insumo-produto.

No segundo semestre o projeto avançou na elaboração da matriz regional de insumo-produto.

Com a matriz pretende-se ter um quadro sobre o potencial da economia brasileira e de países

selecionados da América do Sul nas cadeias globais de valor na região. Assim, para 2016, o

projeto será finalizado com a entrega do último produto previstos, a Matriz regional de insumo-

produto.

4.1.2.20. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA POLÍTICA INDUSTRIAL

O processo de monitoramento e avaliação das instâncias de gestão da nova Política Industrial

visa orientar o seu planejamento, desde a definição das diretrizes à criação de estruturas para

formulação do Mapa Estratégico, da Governança e dos Temas Estratégicos. Buscou-se também

orientar todo o progresso do desenvolvimento do novo plano, com vistas a subsidiar com

informações estratégicas o processo decisório das instâncias superiores, como o Conselho

Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), bem como apoiar a ABDI na sua missão de

promover a competitividade da indústria brasileira.

Diversas ações foram realizadas a medida em que progrediu a construção da nova Política

Industrial. O Sistema de Acompanhamento da Política Industrial (SAPI) recebeu manutenção

evolutiva já contemplando os novos processos. A estrutura de monitoramento e avaliação, a

produção de relatórios periódicos e demais modificações acontecerão a partir da divulgação na

nova Política Industrial brasileira. As elaborações desses relatórios exigem requisitos ainda não

definidos, que contemplarão desde o acompanhamento das reuniões, a coleta das informações

115 Relatório de Gestão – 2015

junto aos grupos de trabalho, a apuração das mesmas e o armazenamento no SAPI. Os relatórios

produzidos serão publicados no SAPI e terão regras de divulgação e distribuição para os

membros das diversas instâncias de governança da Política Industrial e para a sociedade civil

no site da ABDI e no sítio público do plano.

Além do trabalho realizado no acompanhamento da construção da nova Política Industrial e na

reestruturação do sistema, foram realizadas atividades de manutenções evolutivas na ferramenta

Guia de Instrumentos, a contratação de empresa especializada para identificação de novas

tendências, instrumentos e modelos de apoio à inovação e a realização de evento internacional

para promover a troca de experiências entre atores-chave sobre os últimos acontecimentos e a

situação atual da indústria brasileira. Trabalho realizado por meio de:

Relatório de Medidas Legais: boletim mensal elaborado a partir do monitoramento

diário das medidas legais editadas pelos poderes Executivo e Legislativo que impactam

a economia (indústria, agronegócio e serviços). No primeiro semestre foram elaborados

cinco relatórios;

Clippings: coleta diária das notícias publicadas nos principais veículos sobre a indústria

para apoiar a construção do novo plano;

Relatórios Ad hoc: a Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Política Industrial

(COMAPI/ABDI) produziu, durante o ano de 2015, relatórios ad hoc para subsidiar as

reuniões de construção da nova Política Industrial, orientando a decisão dos gestores

sobre os rumos da Política Industrial; e

E demais atividades descritas na sequência, de acordo com os projetos das quais fazem

parte.

Abaixo são detalhados os projetos acompanhados pela Coordenação de Monitoramento e

Avaliação da Política Industrial (COMAPI) e que estão vinculados ao respectivo processo.

APERFEIÇOAMENTO DO GUIA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO

INDUSTRIAL

O Guia de Instrumentos é uma ferramenta de consulta que tem por objetivo consolidar e

divulgar instrumentos de apoio à Política Industrial das três esferas de governo (federal,

116 Relatório de Gestão – 2015

estadual e municipal), visando o desenvolvimento e o aumento da competitividade da indústria

brasileira. Atualmente, conta com o total de 384 instrumentos cadastrados, divididos em

instrumentos de abrangência nacional (250), regional (32), estadual (90) e municipal (12),

geridos por 97 órgãos e entidades. Os instrumentos estão divididos em seis modalidades: (i)

apoio financeiro; (ii) apoio à inovação; (iii) apoio à exportação; (iv) apoio técnico; (v) defesa

comercial; e (vi) incentivos e desonerações.

Durante o decorrer do ano de 2015, o Guia teve 72.573 acessos e 4.822 consultas. 88% dessas

consultas são de empresas do setor privado, 5% de órgãos de governo, 4% de instituições de

ensino e 3% de entidades de classe e pesquisa. O estado de São Paulo concentra o maior número

de consultas (24,9%), seguido pelos estados do Rio Grande do Sul (9,8%), Paraná (9,3%),

Minas Gerais (8,7%), Rio de Janeiro (6,3%) e Santa Catarina (6,0%). Os estados com o menor

número de consultas situam-se na região Norte do país. Do ponto de vista setorial, os cinco

setores que tiveram maior número de consultas foram TICs, com 14,6% seguido pelo setor de

Serviço com 11,00%, Agroindústria com 9,3%, Calçados, Têxtil & Confecções com 7,5%,

Energias Renováveis com 7,4% e Comércio com 7,3%.

Em 2015 foram realizadas duas melhorias, a primeira foi a criação de uma ferramenta que

possibilita a validação dos links de acesso às páginas dos parceiros, identificando aqueles com

falha. Essa era uma demanda antiga da equipe responsável pela manutenção do Guia, devido à

dificuldade em identificar quando um determinado instrumento continuava ativo na página dos

parceiros ou se ele tinha sido encerrado. A ferramenta foi desenvolvida e após os testes de

validação foi colocada em produção para gerar e enviar à equipe de gestão relatórios semanais

contendo todos os links que não estão mais ativos, facilitando assim o gerenciamento de

conteúdo do Guia de instrumentos e garantindo a qualidade da ferramenta.

A segunda manutenção concluída e disponibilizada aos usuários foi a versão em inglês do Guia.

Disponibilizar a versão do site em outras línguas atrai novos investidores estrangeiros e permite

uma navegação mais ágil e acessível a usuários de outros países.

Por fim, está em desenvolvimento uma plataforma de Business Intelligence (BI), para agilizar

a geração e disponibilização de relatórios. Com este desenvolvimento, a geração de relatórios

será disponibilizada na plataforma do SharePoint para utilização dos gestores do sistema e

117 Relatório de Gestão – 2015

também do usuário final. Eles criarão seus próprios relatórios, de acordo com os interesses

institucionais, via internet. Atualmente os relatórios extraídos são formatados com a utilização

dos programas Excel e do Word. Atividade prevista para ser concluída em 2016.

APERFEIÇOAMENTO DO SAPI, GESTÃO E MANUTENÇÃO DO SITE DA PI

O Sistema de Acompanhamento da Política Industrial (SAPI) e o site da Política Industrial são

os meios utilizados pela ABDI para o gerenciamento e divulgação de informações relativas ao

monitoramento e avaliação da Política Industrial.

No SAPI são armazenados e tratados todos os dados e informações relativos à Política

Industrial, desde a composição da governança das diversas instâncias de coordenação, até a

formulação e acompanhamento das ações propostas e dos instrumentos que serão trabalhados e

implementados durante o período da política.

Este subprojeto tem como objetivo estruturar e manter atualizado o sistema informatizado de

acompanhamento da Política Industrial. O aprimoramento visa adequar o sistema ao novo

plano, corrigir erros e aprimorar funcionalidades frente às lições aprendidas das políticas

anteriores. Contempla também melhorias para desenvolver novos relatórios e funcionalidades,

realizar análises de desempenho das ações, implementar um modelo de monitoramento e

avaliação da Política Industrial e melhorar a performance do sistema.

Ao longo do ano de 2015, reuniões e atividades de trabalho foram realizadas com os

especialistas e com a diretoria da ABDI para construção do desenho da nova Política Industrial.

Também foram realizadas reuniões com a SDP/MDIC para harmonizar as propostas ABDI-

SDP e construir uma proposta única. Pelo sistema foram elaborados o Mapa Estratégico e a

estrutura de Governança, essa atividade encerrou a fase de articulação do projeto. Ambas

servirão de insumos para auxiliar na identificação dos requisitos de design e layout do site da

nova política. A próxima fase será a de formulação do Plano de Trabalho com os objetivos,

metas, resultados esperados, iniciativas e entregas para o desenvolvimento do novo site.

Como a nova Política Industrial está prevista apenas para o início de 2016, as mudanças

estruturais nos sistemas deverão ocorrer apenas após o lançamento da política.

118 Relatório de Gestão – 2015

APOIO À POLÍTICA INDUSTRIAL 2015-2018

O subprojeto se justifica pelas responsabilidades legais da Agência, de promover a

competitividade da indústria brasileira, em que uma das suas atividades é a de realizar o

monitoramento e avaliação da Política Industrial. Assim, em continuidade ao subprojeto

concluído em 2014, este tem como foco a transição e o acompanhamento da nova Política

Industrial.

O relatório do estudo sobre as lições aprendidas com a implementação das Políticas Industriais

(PITCE, PDP, PBM) iniciado no primeiro semestre de 2015, foi finalizado no segundo semestre

do ano, com as devidas revisões e ajustes realizados. O documento traz uma visão geral dos três

planos implementados, do processo de amadurecimento e evolução de cada um deles.

No escopo do projeto foram desenvolvidos cinco Relatórios de Medidas Legais. Essas medidas

eram classificadas segundo os setores industriais e temas sistêmicos contemplados no PBM e

em sua última versão atualizou-se para os novos, mas não definitivos, moldes da nova Política

Industrial, considerando dez eixos de atuação inicialmente previstos.

No segundo semestre de 2015, foi elaborado em parceria com o MDIC um documento técnico

com propostas de diretrizes para o novo ciclo de Política Industrial. O mesmo contém sugestões

de objetivos estratégicos, metas, indicadores e resultados esperados para os oito eixos de

atuação definidos, a saber: (i) elevar a produtividade da indústria; (ii) reduzir custos sistêmicos

e de produção; (iii) aprimorar o ambiente de negócios; (iv) ampliar investimento e adensamento

produtivo; (v) aumentar a capacidade de inovação empresarial; (vi) aumentar a competitividade

de serviços; (vii) fortalecer as micros, pequenas e médias empresas; (viii) inserir o Brasil, de

forma qualificada, nas cadeias globais de valor.

As demais ações de acompanhamento e monitoramento só serão realizadas em 2016, após a

definição da nova Política Industrial.

DIÁLOGO REGIONAL DE POLÍTICAS INDUSTRIAIS (ABDI-BID)

Este subprojeto teve como objetivo promover o evento Diálogo Regional de Política Industrial

– Novas ideias sobre Políticas Industriais na América Latina, por meio de uma parceria firmada

119 Relatório de Gestão – 2015

entre a ABDI e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O encontro faz parte do

projeto Diálogo Regional de Política (DRP) criado em 1999 pelo BID, cujo objetivo é promover

um espaço de diálogo e troca de experiências entre gestores públicos de alto nível dos países da

América Latina e do Caribe, além de especialistas em áreas estratégicas para o desenvolvimento

dos países.

O evento ocorreu nos dias 29 e 30 de setembro de 2015, na nova Sede da ABDI, em Brasília/DF.

Contou com cerca de 130 participantes de instituições do governo, academia, autoridades e

representantes de países como Bolívia, México, Argentina, Costa Rica, Chile e Peru. Para a

realização do evento o BID cuidou da articulação com os gestores públicos dos demais países

da América Latina e do Caribe e a ABDI promoveu a articulação interna junto aos gestores

públicos brasileiros.

Durante o primeiro dia do seminário, a ABDI e o Ipea lançaram o segundo volume do livro

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes. A obra, que reúne artigos de 37 autores

e de 13 organizações, aborda fatores determinantes dos indicadores de produtividade da

economia brasileira. Os organizadores da publicação condicionam o aumento da produtividade

no longo prazo à ampliação de investimentos em tecnologia e informação, infraestrutura,

qualificação da mão de obra e à melhora do ambiente de negócios. O livro já está disponível

para download gratuito no site da ABDI.

No seu segundo dia, o Seminário Novos Parâmetros da Indústria para a Mudança Estrutural

discutiu temas como financiamentos para a inovação na América Latina, extensionismo

tecnológico e avaliação de políticas públicas. Com fins de divulgação, durante todo o evento a

ABDI apresentou a ferramenta Guia de Instrumentos e realizou simulações dos instrumentos

existentes.

Por meio desta rede os principais formuladores de políticas nos países puderam identificar

soluções comuns para os desafios de desenvolvimento mais urgentes e aumentar seu capital

intelectual e institucional.

Foi elaborado ainda um relatório de execução do evento, em formato de relatório executivo,

com a descrição dos resultados do evento e principais pontos tratados nos painéis. Com a

120 Relatório de Gestão – 2015

entrega do relatório as atividades do projeto foram concluídas e o projeto encerrado em

novembro de 2015.

IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS TENDÊNCIAS E INSTRUMENTOS DE

DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - QUADRIÊNIO 2015/2018

O subprojeto objetiva fornecer subsídios para formulação de Políticas Industriais e ações de

fomento ao desenvolvimento tecnológico e à inovação para o setor produtivo nacional,

disseminando internamente os conhecimentos adquiridos pelo projeto e externamente

divulgando para atores-chave da Política Industrial.

Também são objetivos do projeto:

Apoiar a estruturação da agenda do Governo Federal voltada ao desenvolvimento

industrial, tecnológico e ao fomento à inovação para o quadriênio 2016-2020;

Auxiliar a ABDI a se reposicionar como articuladora de Políticas Tecnológicas e de

Inovação;

Contribuir para a análise das experiências recentes de Política Industrial, Tecnológica e

de Inovação;

Buscar soluções para os gargalos no marco regulatório do ambiente de inovação no

Brasil;

Identificar tendências internacionais de desenvolvimento industrial, novos instrumentos

de apoio à inovação tecnológica, boas práticas de governança e tecnologias críticas que

favorecem a formação dinâmica de novas indústrias.

Para a realização de estudos e pesquisas acerca da Política Industrial e ações de fomento ao

desenvolvimento tecnológico e à inovação, foi firmado o Contrato nº 028/2015 entre a ABDI e

o CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), que tem como escopo a entrega de

23 produtos, dentre eles planos de trabalho, relatórios, workshops e seminário. Serão três linhas

de atuação: (i) diretrizes de Políticas Industriais e de inovação; (ii) revisão da Lei de Inovação;

e (iii) políticas setoriais com foco em áreas estratégicas, além dos produtos transversais.

Em novembro foi entregue o Plano de Trabalho da Linha 01 – Diretrizes de Políticas Industriais

e de inovação, primeiro produto previsto no contrato. O Plano contempla todas as atividades

121 Relatório de Gestão – 2015

previstas de forma detalhada, de como e quando serão executadas para geração dos produtos da

primeira linha de atuação.

As próximas atividades previstas no âmbito do contrato serão desenvolvidas ao longo de 2016.

O projeto tem previsão de execução até 2018.

PERCEPÇÃO E IMPACTOS DAS POLÍTICAS INDUSTRIAIS NO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E ESPACIAL DO RS

O subprojeto teve como objetivo avaliar os impactos do PBM sobre a economia e as empresas

nas unidades da Federação. Para desenvolver e testar a metodologia de avaliação selecionou-se

o estado do Rio Grande do Sul como objeto do projeto piloto. As ações previstas incluíam a

realização de um diagnóstico do grau de conhecimento e percepção do PBM por parte de

empresários, lideranças sindicais dos trabalhadores da indústria, cooperativas, entidades,

associações e órgãos públicos, bem como a elaboração de uma análise do modelo de governança

e da estrutura da Política Industrial estadual, com vistas a avaliar o seu alinhamento à Política

Industrial do Governo Federal e os impactos que os instrumentos do PBM exercem sobre o

desempenho da indústria gaúcha.

Por deliberação dos dirigentes da ABDI e por questões orçamentárias, o projeto foi cancelado

em março de 2015, não sendo executada nenhuma das ações previstas.

PESQUISA DE CAMPO NOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS BRASILEIROS

No âmbito do Convênio nº 028/2012 firmado entre a ABDI e o MDIC, foi contratada em 2013,

a empresa Savi Geremia Planejamento, Consultoria & Auditoria Ltda. (Contrato nº 028/2013),

para a execução da pesquisa de campo nos APLs brasileiros selecionados pelo GTP APL com

vistas ao desenvolvimento do mapa da produção no país. Esse levantamento tem como objetivo

prover informações ao Observatório Brasileiro de APLs, por meio da organização de banco de

dados contendo tanto as informações primárias quanto as informações secundárias dos arranjos

selecionados. Prevê-se que todas as entregas do projeto serão apresentadas em reuniões do GTP

APL para observações, ajustes e aprovação.

122 Relatório de Gestão – 2015

A próxima entrega do projeto seria um seminário metodológico para apresentação, discussão e

homogeneização da metodologia de coleta de informações primárias e secundárias a serem

levantadas pelos bolsistas contratados pelo CNPq com recursos repassados pelo MCTI. Em

2014, no entanto, os representantes da coordenação geral de APL do MDIC relataram, em

reunião de alinhamento com a ABDI, a dificuldade encontrada pelo CNPq na definição desses

bolsistas. A pendência impactou na execução do convênio, uma vez que inviabilizou o início

da pesquisa de campo. Em abril de 2014, a ABDI solicitou ao MDIC, por e-mail, um

posicionamento sobre a contratação dos bolsistas pelo CNPq, tendo sido informada de que

estavam tramitando no CNPq três pareceres necessários para a definição das bolsas. Como até

o final do primeiro semestre de 2015 o problema não havia sido solucionado, a ABDI e o MDIC

providenciaram a prorrogação da vigência do convênio para julho de 2017, bem como o

contrato de prestação de serviços firmado.

No fim do primeiro semestre de 2015, foi realizada uma reunião com o MDIC para alinhamento

sobre o andamento do convênio e para apresentação dos novos responsáveis pela execução das

atividades do projeto na ABDI. Essa mudança foi uma deliberação interna dos dirigentes da

Agência, tendo em vista o processo de reestruturação institucional e das mudanças de

atribuições das áreas, cujo intuito é fortalecer os projetos e ações que possuem convergências

em seus objetivos. Em julho de 2015 a gestão do convênio foi transferida para a Coordenação

de Adensamento Produtivo (CORAP), ligada à Gerência de Desenvolvimento Produtivo.

O convênio contempla a entrega de seis produtos, sendo que dois já foram concluídos e

aprovados pelo concedente (MDIC) e os demais estão em atraso, tendo em vista a falta de

definição da contratação dos bolsistas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico

e Tecnológico (CNPq) para a realização das pesquisas de campo junto aos Arranjos Produtivos

Locais.

A contratação destes profissionais faz parte de um acordo firmado entre o CNPq e o MDIC,

que envolve recursos oriundos do MCTI e não está inclusa no escopo do firmado entre a ABDI

e o MDIC, ou seja, não está sob a responsabilidade da ABDI o fornecimento das referidas

bolsas. No entanto, por se tratar de ações complementares e dependentes, a pendência causa

impactos à execução das demais atividades contempladas no convênio, uma vez que inviabiliza

o início da pesquisa de campo.

123 Relatório de Gestão – 2015

Uma vez não viabilizada as pesquisas de campos via bolsistas do CNPq, faz-se necessário

ajustes no prazo de execução do convênio e a realização de redefinição de ações. Para efetivar

essa alteração a ABDI realizou o primeiro Termo Aditivo ao contrato de prestação de serviços

nº 028/2013, estendendo a vigência do mesmo até 08/07/2017. Esse ajuste tem como objetivo

possibilitar à adequação as atividades do Plano de Trabalho do convênio ao cronograma de

execuções pactuado com o MDIC.

Em reunião realizada no MDIC no início de outubro, ficou acordado o replanejamento das

atividades, onde será reestruturado o novo cronograma a ser definido juntamente com o

Ministério. Isto feito, será realizada reunião com a consultoria contratada para alinhamento e

retomada das atividades do convênio no início de 2016.

4.1.3. POLÍTICA INDUSTRIAL 2016-2018

PROCESSO DE ELABORAÇÃO E DIRETRIZES DA NOVA POLÍTICA

Em 07 de abril de 2015, no esforço de retomada do debate propositivo sobre a situação da

indústria e as medidas para apoiar o setor produtivo, a ABDI convidou diversos especialistas

em economia industrial, Política Industrial, Política de Inovação e política de comércio exterior,

tanto da academia quanto do serviço público federal, para fazer uma breve avaliação do Plano

Brasil Maior (PBM) e identificar os potenciais rumos a serem trilhados pela Política Industrial

a ser implementada no ciclo político de 2016-2018. O Workshop teve como questões

orientadoras: Como aumentar a competitividade da indústria brasileira através do aumento da

produtividade e da inovação? Quais diretrizes devem orientar a agenda para a Política

Industrial?

Após o workshop, a Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP/MDIC) e a ABDI

começaram a formulação da nova Política Industrial, e a proposição de iniciativas e ações

concentradas no objetivo de elevar a produtividade das empresas brasileiras.

Após diversas reuniões de trabalho em conjunto, SDP e ABDI sugeriram as seguintes diretrizes

para a nova Política Industrial:

1. Elevar a produtividade da indústria;

2. Reduzir os custos sistêmicos e os custos de produção;

124 Relatório de Gestão – 2015

3. Aprimorar o ambiente de negócios;

4. Ampliar investimento (produtivo e em inovação) e adensamento produtivo qualificado;

5. Aumentar a inovação empresarial;

6. Inserir o Brasil, de forma qualificada, em cadeias globais de valor; e

7. Fortalecer as micros, pequenas e médias empresas.

A nova Política Industrial deverá ser estruturada de forma a alcançar objetivos estratégicos com

metas bem definidas, indicadores que possibilitam o seu monitoramento e avaliação, e

proposição de iniciativas (ações e medidas) capazes de proporcionar o atingimento dessas

metas. Nesse contexto as perspectivas adotadas para compor o mapa estratégico da Política

Industrial e agrupar os objetivos a serem alcançados foram: a competitividade estrutural; o

desenvolvimento competitivo; a competitividade empresarial e a competitividade como

sustentabilidade. A proposta do Mapa Estratégico da Política Industrial está ilustrada na figura

a seguir.

Fonte: MDIC/ABDI.

125 Relatório de Gestão – 2015

Dentro da metodologia de trabalho sugerida para a execução em 2016, a ABDI deverá integrar

o processo de aproximação com entidades de representação empresarial, para discussão da

proposta da nova Política Industrial. A ABDI estabeleceu o diálogo com diversas associações,

ainda em 2015, entre elas podem ser citadas a ABICAB, a ABICalçados, a ABIEC, a Abimaq,

a Abimo, a Abinee, a Abiquifi, a Abiquim, a ABIT, o Sindipeças, a Softex, a FIESP e a CNI,

entre outras. As próximas etapas, já no início de 2016, preveem a realização de reuniões e

articulações público-público, isto é, entre SDP e ABDI com os órgãos federais que atuam na

Política Industrial, como o MCTI, MME, MEC, MTE, MIN, MRE, Casa Civil, MF, MMA,

SMPE, Finep, além dos que compõem o Sistema MDIC: BNDES, Inmetro, INPI, Suframa.

4.2. FORMAS E INSTRUMENTO DE MONITORAMENTO DA EXECUÇÃO E DOS

RESULTADOS DOS PLANOS

O Programa de Trabalho 2015 foi acompanhado e monitorado por meio de metas institucionais.

Para garantir a objetividade e o bom andamento das atividades, essas metas foram desdobradas

em dimensões estratégicas, que se traduzem em objetivos, metas específicas e respectivos

indicadores.

As metas institucionais foram alcançadas por meio da execução do Plano de Ação definido pelo

Programa de Trabalho 2015. Esse Plano foi estruturado em Projetos Temáticos e um Processo

de Avaliação da Execução da Política Industrial, que concretizam os esforços de apoio à

operacionalização das diretrizes definidas no Planejamento Estratégico 2012-2015 da ABDI.

Na sequência, apresenta-se o detalhamento das cinco metas definidas para o ano de 2015.

Dimensão Estratégica 01 – Apoio à formulação, monitoramento e avaliação da Política

Industrial

Apoiar tecnicamente o funcionamento da estrutura de governança da Política Industrial, em

especial no que diz respeito às prioridades estratégicas estabelecidas. Possui três metas:

126 Relatório de Gestão – 2015

Meta 01

Elaborar 01 (um) documento de referência sobre lições aprendidas nos últimos 10 anos de

execução de Política Industrial, em caráter de contribuição da Agência à política de

desenvolvimento produtivo e de estímulo à competitividade e inovação a ser estruturada no

início do novo ciclo de governo.

Indicador da Meta 01: Número e percentual de documentos elaborados em relação à meta

até o final de 2015.

Meta 02

Promover debate internacional sobre política industrial, considerando as melhores práticas

internacionais de formulação e implementação de política industrial na América Latina, as

formas de financiamento do setor produtivo, as estratégias e instrumentos para viabilizar o

crescimento da produtividade, o sistema de governança, as capacidades institucionais

necessárias para implementação e o sistema de avaliação e monitoramento.

Indicador da Meta 02: Relatório dos debates.

Meta 03

Elaborar 01 (um) documento técnico com propostas de diretrizes para subsidiar a elaboração

da nova política industrial.

Indicador da Meta 03: Documento elaborado.

Dimensão Estratégica 02 – Disponibilização de informações técnicas que contribuam para

o desenvolvimento industrial brasileiro (Lei 11.080/2004, Art. 9º, Inciso IV)

Esta dimensão tem como objetivo gerar conhecimento capaz de sustentar a formulação de

medidas de apoio à competitividade, identificando oportunidades tecnológicas e de negócios

condizentes com as melhores práticas produtivas mundiais. Esta dimensão possui uma meta:

Meta 04

Elaborar, no mínimo, 10 (dez) estudos, manuais ou relatórios técnicos sobre estruturas de

cadeias produtivas ou de fornecedores, estudos sobre competitividade, produtividade, de

prospecção tecnológica, panoramas etc., com informações setoriais e/ou

recomendações/proposições de instrumentos que promovam o fortalecimento da indústria e

o crescimento do país.

Indicador da Meta 04: Número e percentual de estudos elaborados em relação à meta até o

final de 2015.

127 Relatório de Gestão – 2015

Dimensão Estratégica 3 – Promoção da execução de políticas de desenvolvimento

industrial (Decreto 5.352/2005, Art. 2º e Lei 11.080/2004, Art. 1º)

O objetivo desta dimensão estratégica é executar ações que contribuam para a execução das

agendas pactuadas no âmbito da Política Industrial. Esta dimensão possui uma meta:

Meta 05

Realizar, no mínimo, 10 (dez) oficinas, seminários, capacitações, rodadas tecnológicas, de

negócios e consultorias in loco que visem a promoção da competitividade, o adensamento

das cadeias produtivas, a agregação de valor, a inovação ou outros aspectos associados ao

fortalecimento da estrutura industrial destacados nas agendas da Política Industrial.

Indicador da Meta 05: Número e percentual de ações realizadas em relação à meta até o

final de 2015.

128 Relatório Anual de Gestão – 2015

QUADRO DE METAS 2015

A tabela abaixo apresenta o resultado anual das metas do Contrato de Gestão da ABDI em 2015.

META

(a) PRODUTO

Proporção de

cumprimento

da Meta (b)

1

Elaborar 01 (um) documento de referência sobre lições aprendidas nos

últimos 10 anos de execução de Política Industrial, em caráter de

contribuição da Agência à política de desenvolvimento produtivo e de

estímulo à competitividade e inovação a ser estruturada no início do

novo ciclo de governo.

100%

2

Promover debate internacional sobre política industrial, considerando

as melhores práticas internacionais de formulação e implementação de

política industrial na América Latina, as formas de financiamento do

setor produtivo, as estratégias e instrumentos para viabilizar o

crescimento da produtividade, o sistema de governança, as capacidades

institucionais necessárias para implementação e o sistema de avaliação

e monitoramento.

100%

3 Elaborar 01 (um) documento técnico com propostas de diretrizes para

subsidiar a elaboração da nova política industrial. 100%

4

Elaborar, no mínimo, 10 (dez) estudos, manuais ou relatórios técnicos

sobre estruturas de cadeias produtivas ou de fornecedores, estudos

sobre competitividade, produtividade, de prospecção tecnológica,

panoramas etc., com informações setoriais e/ou

recomendações/proposições de instrumentos que promovam o

fortalecimento da indústria e o crescimento do país.

100%

5

Realizar, no mínimo, 10 (dez) oficinas, seminários, capacitações,

rodadas tecnológicas, de negócios e consultorias in loco que visem a

promoção da competitividade, o adensamento das cadeias produtivas, a

agregação de valor, a inovação ou outros aspectos associados ao

fortalecimento da estrutura industrial destacados nas agendas da

Política Industrial.

100%

Resultado Final

∑ (a) = 5 ∑ (b) = 500

Índice Geral de Desempenho [∑ (b/a)] = 100%

129 Relatório de Gestão – 2015

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA AGÊNCIA

De acordo com o Anexo III do contrato de gestão, a avaliação de desempenho da ABDI é

calculada pelo Índice Geral Desempenho Físico (IGDF). O resultado da avaliação das metas

deve ser apurado individualmente, considerando a proporção de cumprimento de cada produto

em relação à meta pactuada.

O Índice Geral de Desempenho Físico alcançado pela ABDI em 2015 é de 100% (ver item

Quadro de Metas 2015). Isso significa que a Agência atingiu as metas compromissadas, uma

vez que a avaliação se encontra no intervalo “igual ou acima de 80%”.

CONCEITO DAS AVALIAÇÕES DO CONTRATO DE GESTÃO

ÍNDICE GERAL CONCEITO

Igual ou acima de 80% Atingiu as metas compromissadas

Entre 50% a 79,9% Atingiu parcialmente as metas compromissadas

Igual ou abaixo de 49,9% Não atingiu as metas compromissadas

Os documentos comprobatórios de cumprimento das metas encontram-se em um pendrive

anexo a este documento. Cada meta cumprida possui um ou mais documentos relacionados.

130 Relatório de Gestão – 2015

4.3. DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO

4.3.1. OBJETIVOS ESTABELECIDOS NO PPA DE RESPONSABILIDADE DA ABDI E

RESULTADOS ALCANÇADOS

Este item não se aplica a ABDI.

4.3.2. EXECUÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA DAS AÇÕES DO ORÇAMENTO DA ABDI

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

* Receita e Despesas Ajustadas e aprovada pelo Conselho Deliberativo em agosto/2015.

** Receita referente a patrocínio do Sebrae e Petrobras para o evento de 10 anos da ABDI.

*** Até 2014, as Receitas e Despesas de convênios eram consideradas extra orçamentárias.

4.3.3. FATORES INTERVENIENTES NO DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO

Quando da elaboração do Orçamento-Programa de 2015 havia uma expectativa de crescimento da

receita de contribuições em torno de 8,5%. Ao término do 1º semestre de 2015 verificou-se que o

crescimento da arrecadação foi inferior ao previsto. Por esse motivo a previsão de arrecadação foi

alterada, passando a considerar um crescimento de 5% no ano.

Diante da diminuição da estimativa de crescimento da arrecadação foi efetuado um corte no

orçamento de pessoal, no valor de R$ 1,8 milhão.

Visando garantir a manutenção da capacidade financeira da ABDI o valor da reserva para

contingências foi acrescido para R$ 6,3 milhões.

No orçamento da ABDI para o exercício de 2015 havia a previsão de um repasse de recursos do

MDIC no valor de R$ 6 milhões via contrato de gestão, os quais deveriam ser aplicados em ações

Inicial Ajustada* Orçada Variação Inicial Ajustada* Prevista Variação

2014 % 2014 %

Receita de Contribuições 68.700.000,00 66.500.000,00 64.900.000,00 2,47% Pessoal e Encargos Sociais 43.050.000,00 41.250.000,00 35.695.000,00 15,56%

Receitas de Aplicações Financeiras 1.000.000,00 2.000.000,00 1.390.000,00 43,88% Outras Despesas Correntes 48.229.000,00 47.535.410,61 47.473.000,00 0,13%

Receita de Transferência Intragovernamental (MDIC) 6.000.000,00 - 9.000.000,00 Investimento 2.021.000,00 2.021.000,00 5.792.000,00 -65,11%

Receita de Transferência de Convênios 3.800.000,00 5.102.169,12 - Reserva de Contingência 1.700.000,00 6.300.000,00 2.600.000,00 142,31%

Receitas Diversas (patrocínio para eventos)** - 275.000,00 -

Saldo de Exercício Anteriores - ABDI 10.000.000,00 16.387.623,39 16.270.000,00 0,72%

Saldo de Exercício Anteriores - Convênios 5.500.000,00 6.841.618,10 -

Total da Receita 95.000.000,00 97.106.410,61 91.560.000,00 6,06% Total da Despesa 95.000.000,00 97.106.410,61 91.560.000,00 6,06%

ORÇAMENTO-PROGRAMA ABDI

DESPESARECEITA

Especificação

2015 2015Especificação

131 Relatório de Gestão – 2015

descritas no plano de trabalho anual. Como tais recursos somente foram recebidos em 29 de

dezembro, o valor será incluído no orçamento de 2016 da ABDI como saldo de exercícios anteriores.

4.3.4. DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS

O quadro a seguir demonstra a execução das despesas e o percentual de execução em relação ao

orçamento ajustado.

* Despesa Ajustada e aprovada pelo Conselho Deliberativo em agosto/2015

A ABDI conseguiu cumprir 100% das metas pactuadas utilizando 77,95% dos recursos a elas

destinadas, fato que comprova uma gestão altamente eficiente dos recursos, conforme estabelece o

indicador previsto no contrato de gestão, descrito a seguir:

Índice de Eficiência na Aplicação dos Recursos no Exercício – IEARE

Esse indicador demonstra a eficiência na aplicação dos recursos e é calculado pela divisão do Índice

Geral de Desempenho Físico – IGDF pelo percentual dos Recursos Aplicados. O IGDF é medido em

escala de 0 a 10 de acordo com o percentual de cumprimento das metas. Como demonstrado

anteriormente, o IGDF foi de 10,00.

Os recursos orçados para a execução da ABDI não incluem os valores destinados à reserva de

contingência. Dessa forma, o cálculo do Índice de Eficiência na Aplicação dos Recursos no Exercício

– IEARE é realizado sobre o percentual de execução do orçamento destinado à execução dos

Programas, que é de 77,95%.

2015 2014 % 2015 2014 % 2015 2014

Pessoal e Encargos Sociais 41.250.000,00 35.695.000,00 15,56% 38.104.365,76 34.475.662,27 10,53% 92,37% 96,58%

Outras Despesas Correntes 47.535.410,61 47.473.000,00 0,13% 30.941.166,37 39.435.996,04 -21,54% 65,09% 83,07%

Investimento 2.021.000,00 5.792.000,00 -65,11% 1.740.970,19 1.124.599,26 54,81% 86,14% 19,42%

90.806.410,61 88.960.000,00 2,08% 70.786.502,32 75.036.257,57 -5,66% 77,95% 84,35%

6.300.000,00 2.600.000,00 142,31%

97.106.410,61 91.560.000,00 6,06% 70.786.502,32 75.036.257,57 -5,66%

QUADRO DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Total por Natureza de Despesa

Subtotal

Reserva de Contingência

Total

NaturezaDespesa ExecutadoOrçado % Execução

IGDF 10,00

RECURSOS APLICADOS (%) 77,95%IEARE IEARE 12,83

Índice de Eficiência na Aplicação dos Recursos no Exercício - IEARE

132 Relatório de Gestão – 2015

O IEARE no exercício de 2015 foi de 12,83, o que corresponde à aplicação dos recursos de modo

altamente eficiente, de acordo com a nomenclatura que consta no contrato de gestão, como mostra

tabela abaixo.

4.3.5. OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS SEM RESPECTIVO CRÉDITO AUTORIZADO NO

ORÇAMENTO

Não ocorreram situações dessa natureza na ABDI.

4.3.6. RESTOS A PAGAR DE EXECÍCIOS ANTERIORES

Este item não se aplica a ABDI.

4.3.7. EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA COM TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

A ABDI celebrou, em 2015, cinco convênios, no valor total de R$ 186.400,00. Outros 19 convênios

tiveram as contas apresentadas das quais 11 já foram analisadas, sendo que 10 foram aprovadas e 1

rejeitada, no valor de R$ 20.000,00 e está sendo objeto de cobrança judicial. Outras 8 prestações de

contas estavam em análise ao término do exercício, conforme demonstram os quadros a seguir.

Índice de Eficiência na Aplicação dos Recursos CONCEITO

Maior ou igual a 10,0 Recursos aplicados de modo altamente eficiente

Entre 8,0 a 10,0 Recursos aplicados de modo eficiente

Entre 5,0 a 7,9 Recursos aplicados de modo medianamente eficiente

Abaixo de 4,9 Recursos aplicados de modo ineficiente

133 Relatório de Gestão – 2015

4.3.7.1 A 4.3.7.8.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

Valores repassados em cada exercício

2015 2014 2013 2015 2014 2013

Convênio 5 6 33 186.400,00 615.273,00 4.656.201,32

Contrato de Repasse - - - -

Termo de Parceria - - - -

Termo de Cooperação - - - -

Termo de Compromisso - - - -

Totais 5 6 33 186.400,00 615.273,00 4.656.201,32

Modalidade

Quantidade de instrumentos

celebrados em cada exercício (Valores em R$ 1,00)

Fonte: Coordenação de Contratos e Convênios/CORCC

Quadro - Resumo dos instrumentos celebrados pela ABDI nos três últimos exercícios

Unidade Concedente ou Contratante

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

CNPJ: 07.200.966/0001-11 UG/GESTÃO: ABDI

Convênios Contratos de Repasse

19 -

3.654.716,48 -

0 -

- -

2 -

130.000,00 -

Exercícios

anteriores

Contas NÃO prestadas e

REJEITADAS

Quantidade

Montante Repassado

Fonte: Coordenação de Contratos e Convênios/CORCC

Exercício da

prestação de

contas

Quantitativos e montante repassados

Instrumentos

(Quantidade e Montante Repassado)

2015

Contas prestadas

Contas NÃO prestadas

Quantidade

Montante Repassado

Quantidade

Montante Repassado

Quadro – Resumo da prestação de contas sobre transferências concedidas pela UJ na modalidade de convênio, termo de cooperação e de contratos de repasse.

Unidade Concedente ou Contratante

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI

CNPJ: 07.200.966/0001-11 UG/GESTÃO: ABDI

ConvêniosContratos de

Repasse

10 -

1 -

0 -

1.929.504,00 -

8 -

1.725.212,48 -

Fonte: Coordenação de Contratos e Convênios/CORCC

Montante repassado (R$)

Quantidade reprovada

Quantidade de TCE instauradas

Montante repassado (R$)

CONTAS NÃO

ANALISADAS

Quantidade

Quadro - Situação da análise das contas prestadas no exercício de referência do relatório de gestão

Unidade Concedente ou Contratante

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

CNPJ: 07.200.966/0001-11 UG/GESTÃO: ABDI

Exercício da

prestação de contasQuantitativos e montantes repassados

Instrumentos

CONTAS

ANALISADAS

Quantidade aprovada

134 Relatório de Gestão – 2015

4.3.8. INFORMAÇÕES SOBRE A REALIZAÇÃO DAS RECEITAS

DEMONSTRAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

O quadro a seguir apresenta as receitas orçadas e realizadas no exercício de 2015:

* Receita ajustada e aprovada pelo Conselho Deliberativo em agosto/2015

** Receita referente a patrocínio do Sebrae e Petrobras para o evento de 10 anos da ABDI.

RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES

As receitas de contribuições são arrecadadas pela Receita Federal do Brasil e repassadas mensalmente

para a ABDI mediante a cobrança de taxa da administração.

O valor orçado é estimado com base no histórico dos anos anteriores e em estudo conjuntural

realizado pela ABDI. Quando da elaboração do orçamento de 2015 foi estimado um crescimento da

receita de contribuições em 8,5%. No mês de agosto foi feito um ajuste na expectativa de crescimento,

passando para 5%.

RECEITAS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS

O desempenho das aplicações financeiras foi superior ao estimado em razão do saldo de exercícios

anteriores ter sido maior do que o previsto, da elevação das taxas de juros e da política de

maximização de resultados financeiros adotada pela Agência.

Variação %

Execução

Aprovação Inicial Ajustada* Orçado

2014 2015 2014 2015 2014

Receita de Contribuições 68.700.000,00 66.500.000,00 64.900.000,00 65.964.440,32 63.420.472,48 99,19% 97,72% 3,86%

Receitas de Aplicações Financeiras 1.000.000,00 2.000.000,00 1.390.000,00 2.580.355,24 1.681.320,97 129,02% 120,96% 34,84%

Receita de Transferência Intragovernamental (MDIC) 6.000.000,00 - 9.000.000,00 6.000.000,00 9.000.000,00 - 100,00% -50,00%

Receita de Transferência de Convênios 3.800.000,00 5.102.169,12 - 2.660.886,37 - 52,15%

Receitas Diversas (patrocínio para eventos)** - 275.000,00 - 275.000,00 - 100,00%

Saldo de Exercício Anteriores - ABDI 10.000.000,00 16.387.623,39 16.270.000,00 16.387.623,39 13.807.318,49 100,00% 84,86% 15,75%

Saldo de Exercício Anteriores - Convênios 5.500.000,00 6.841.618,10 - 6.841.618,10 - 100,00%

Total da Receita 95.000.000,00 97.106.410,61 91.560.000,00 100.709.923,42 87.909.111,94 103,71% 96,01% 12,71%

REALIZAÇÃO DA RECEITA

Realizada

Variação

%

Especificação Prevista x Realizada

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

2015

Prevista %

135 Relatório de Gestão – 2015

RECEITA RECEBIDA MEDIANTE REPASSE DO MDIC

A transferência de R$ 6 milhões do orçamento do MDIC foi realizada conforme estipulado na Portaria

MDIC Nº 133, de 17 de dezembro 2015, que fixa as normas e aprova os procedimentos nas

transferências de dotações do Orçamento da União, para execução de programas e ações específicas

de interesse do MDIC, pactuadas em contrato de gestão com a ABDI.

A ABDI encaminhou em 18 de dezembro de 2015 o Ofício nº 025/2015/ASGAB-PRESI ao Secretário

Executivo do MDIC com um Plano de Ação para aplicação dos recursos, que tem como objetivo a

adoção de práticas de manufatura enxuta e modelos produtivos mais eficientes, que repercutam em

ganhos de produtividade e ampliação dos níveis de competitividade nas empresas inseridas em

Arranjos Produtivos Locais ou aglomerações produtivas, com a sua conclusão prevista para

dezembro/2016.

O MDIC, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Produção – SDP, verificou convergência

do plano proposto pela Agência com o trabalho desenvolvido entre a ABDI, APEX-BRASIL, a

SDP/MDIC e o SENAI Nacional no que tange a implementação de ações para aumentar a

produtividade das empresas brasileiras. A proposta prevê a execução conjunta entres as instituições.

A transferência do recurso ocorreu em 29 de dezembro de 2015, com execução prevista para o período

de dezembro de 2015 a dezembro de 2016.

A prestação de contas da aplicação desses recursos será objeto do relatório de gestão do exercício de

2016.

RECEITAS RECEBIDAS DE CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

A ABDI mantém dois convênios com o Fundo para Convergência Estrutural do MERCOSUL

(FOCEM), sendo um relativo ao setor automotivo – Adensamento e complementação automotiva

no âmbito do MERCOSUL – e outro relativo ao setor de petróleo e gás – Qualificação e integração

de fornecedores da cadeia produtiva de Petróleo e Gás.

Quando da elaboração do orçamento para 2015 havia uma expectativa de recebimento de uma parcela

de cada um dos convênios, no valor total de R$ 5.102.169,12. No entanto, o FOCEM repassou à

ABDI somente a parcela relativa ao convênio do setor de Petróleo e Gás, no valor de R$ 2.660.886,37.

136 Relatório de Gestão – 2015

A parcela relativa ao setor Automotivo deverá ser repassada em 2016, em razão de atraso pelo

FOCEM na análise da prestação de contas parcial apresentada pela ABDI em maio de 2015.

4.3.9. INFORMAÇÕES SOBRE A EXECUÇÃO DAS DESPESAS

A execução orçamentária alcançou 77,95%. O quadro a seguir apresenta as despesas de 2015,

classificadas segundo a natureza e elemento:

As despesas com Pessoal e Encargos Sociais alcançaram 92,37% do orçado tendo sido obtido uma

redução de R$ 3,14 milhões, além do corte de R$ 1,8 milhão feito no orçamento inicialmente

aprovado para 2015, totalizando uma economia de aproximadamente R$ 5 milhões. Esse resultado

só não foi melhor em razão de aumentos nos seguintes benefícios: seguro saúde (37%) e seguro de

vida (20%), fatores estes, alheios à vontade da Diretoria da ABDI

O grupo Outras Despesas Correntes é dividido nas seguintes contas:

Materiais: nesta conta são registrados os materiais de consumo, de expediente, de limpeza e

de manutenção.

Serviços Gerais: são registrados serviços de limpeza, conservação, alugueis de imóveis e de

veículos, condomínios, luz, telefone e outros dessa natureza.

Despesas de Viagens: passagens aéreas, diárias, hospedagens, seguros e afins.

Serviços de Natureza Profissional: serviços e estudos técnicos de projetos, consultorias,

serviços de TI e outros serviços profissionais.

Encargos Diversos: despesas bancárias, imposto sobre aplicações financeiras, taxas etc.

Orçamento

AjustadoExecução Total Executado Orçamento Execução Total Executado

2015 2014

Pessoal e Proventos 20.246.118,19 18.474.839,45

Encargos Sociais 6.610.102,79 6.136.569,17

Benefícios Sociais 5.719.994,18 4.965.881,47

Provisões 5.528.150,60 4.898.372,18

Materiais 997.487,37 288.277,14

Serviços Gerais 4.349.838,39 3.927.041,50

Despesas de Viagens 2.554.891,32 2.132.585,31

Serviços de Natureza Profissional 18.772.654,66 24.139.377,61

Encargos Diversos 670.178,54 727.866,71

Taxa de Administração 988.901,00 6.637.710,47

Transferências por Convênios 2.607.215,09 1.583.137,30

Móveis e Utensílios 1.486.602,00 57.634,00

Máquinas e Equipamentos - 16.439,00

Equipamento de Informática 212.126,19 966.665,00

Instalações 42.242,00 83.861,26

90.806.410,61 70.786.502,32 70.786.502,32 91.560.000,00 75.036.257,57 75.036.257,57 77,95% 81,95% -4,00%

9,52%

-17,98%

66,73%

Variação

%

DESPESAS POR NATUREZA E ELEMENTO

65,09% 83,07%

86,14% 19,42%

2015

Natureza de Despesa

Total

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

1 - Pessoal e Encargos Sociais 38.104.365,76 92,37% 96,58%

3 - Outras Despesas Correntes 30.941.166,37 47.473.000,00

5.792.000,00

2014

% de ExecuçãoElemento de Despesa

34.475.662,27

39.435.996,04

1.124.599,26

41.250.000,00

47.535.410,61

2.021.000,00

35.695.000,00

4 - Investimentos 1.740.970,19

137 Relatório de Gestão – 2015

Taxa de Administração: cobrada pela Receita Federal do Brasil pela arrecadação,

fiscalização e repasse das contribuições sociais de que a ABDI é destinatária.

Transferências por Convênios: são registradas as descentralizações mediante convênio em

que a ABDI é concedente e as despesas de contrapartida do convênio FOCEM Petróleo e Gás.

Os Investimentos alcançaram 86,14% do valor orçado, representando uma economia de R$ 280 mil.

Foram adquiridos mobiliários, servidores de rede e acessórios de informática e adequações de

infraestrutura.

O quadro a seguir apresenta um comparativo das despesas em relação ao exercício anterior:

Na comparação com 2014, as despesas da ABDI tiveram uma redução nominal de R$ 4.442.125,30

que corresponde a 5,66%. Considerando os valores atualizados a redução foi superior a 14%,

conforme se demonstra a seguir:

4.3.10. SUPRIMENTO DE FUNDOS, CONTAS BANCÁRIAS TIPO B E CARTÕES DE

PAGAMENTO DO GOVERNO FEDERAL

Este item não se aplica a ABDI.

Despesa Natureza 2014 2015

Pessoal e Encargos Sociais 34.475.662,27 38.104.365,76

Outras Despesas Correntes 39.435.996,04 30.941.166,37

Investimento 1.124.599,26 1.740.970,19

Reserva de Contingência - -

75.036.257,57 70.786.502,32

Total por Natureza de Despesa

Total

QUADRO COMPARATIVO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

2014 2015

Valores nominais 75.036.257,57 70.786.502,32 5,66%

Atualização IPCA* 10,6735% -

Valores atualizados 83.045.252,52 70.786.502,32 14,76%

ExercíciosDespesas ABDI % de redução

Fonte: IBGE

138 Relatório de Gestão – 2015

4.4. DESEMPENHO OPERACIONAL

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO OPERACIONAL

Considerando apenas a receita própria em comparação com a despesa própria executada, verifica-se

que houve uma alteração de Déficit corrente de -15,26% em 2014, para um Superávit de

aproximadamente + 1% em 2015, conforme demonstra o quadro abaixo:

O esforço da nova gestão da ABDI em reduzir custos impactou diretamente nesse resultado, que

correspondeu a uma redução de R$ 7.166.358,44 se comparado com o mesmo período do exercício

anterior.

4.4.1. A 4.4.19.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

4.5. A 4.13.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

4.14. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES DE DESEMPENHO

A ABDI avalia seu desempenho por intermédio dos indicadores de desempenho constantes do

contrato de gestão, conforme descrito a seguir:

Ano Receita Despesa Resultado Percentual

2014 65.101.793,45 75.036.257,57 9.934.464,12- -15,26%

2015 68.544.795,56 67.869.899,13 674.896,43 0,98%

Receita própria: Contribuições e aplicações financeiras.

Despesas próprias: Todas, exceto as de execução de convênios recebidos.

RECEITA PRÓPRIA x DESPESA PRÓPRIA

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

139 Relatório de Gestão – 2015

4.14.1. INDICADORES ESPECÍFICOS

DEMONSTRAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE LIMITES PREVISTOS NO CONTRATO DE

GESTÃO

O Contrato de Gestão da ABDI estabelece, no Parágrafo Único da Cláusula Primeira, que a Agência

aplicará no mínimo 50% (cinquenta por cento) da sua receita líquida em programas, projetos e ações

referentes ao PBM (atual política industrial), excetuadas as despesas de custeio (pessoal e

manutenção).

O quadro abaixo detalha a aplicação da receita corrente líquida da ABDI para atender o Contrato de

Gestão em vigor. O valor aplicado em projetos relacionados à Política Industrial totalizou R$

9.215.945,91, o dobro do valor previsto pelo referido contrato.

O valor da Receita Corrente Líquida registrado na Coordenação Financeira difere em R$ 37.706,84

do valor registrado na Contabilidade que é de R$ 65.926.733,48. Essa diferença decorre do regime

de apuração. Enquanto a área financeira adota o Regime de Caixa, a Contabilidade adota o Regime

de Competência.

OBSERVÂNCIA AO LIMITE DE GASTOS COM PESSOAL

O contrato de gestão estabelece em sua Cláusula Oitava que as despesas com pessoal não podem

ultrapassar 60% da receita corrente líquida de cada exercício. O cumprimento dessa obrigação é

demonstrado por intermédio do indicador de controle de limite de despesas com pessoal. O percentual

aprovado incialmente para o orçamento de 2015 foi de 58,88%.

Método de medição: relação entre o valor total de gastos com pessoal (exceto despesas vinculadas

a convênios recebidos) e a receita corrente líquida do exercício.

Receita Corrente Líquida - RCL 65.964.440,32

Despesas com Pessoal 38.104.365,76

Despesas com Manutenção 18.644.128,65

Subtotal (=RCL - Pessoal - Manutenção) 9.215.945,91

Valor Mínimo a ser Aplicado em Projetos Relacionados à Política Industrial 4.607.972,95

Valor Aplicado em Projetos Relacionados à Política Industrial 9.215.945,91

Percentual da RCL (exceto Pessoal e Manutenção) aplicado na Política Industrial 100%

RECEITA APLICADA NA POLÍTICA INDUSTRIAL

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

140 Relatório de Gestão – 2015

INDICADORES DE DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO

O desempenho orçamentário a ABDI é aferido por meio dos indicadores a seguir relacionados:

Indica o percentual de arrecadação de receitas em comparação com o previsto no orçamento. Esse

indicador afere a precisão da estimativa das receitas.

Esse indicador afere o percentual de execução da despesa, considerando a parcela destinada à reserva

de contingência, em comparação à fixada no orçamento.

Indica o percentual de execução da despesa em relação à realização da receita.

Avaliação Resultado

Satisfatória Até 60%

Insatisfatória Acima 60%

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Receita Corrente Líquida - RCL 65.964.440,32

Despesas com Pessoal 38.104.365,76

Despesas com Pessoal custeado com Recursos de Convênios 1.586.454,06

Subtotal (=Pessoal - Pessoal custeado com Recursos de Convênios) 36.517.911,70

Percentual da RCL gasto com Pessoal 55,36%

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

PERCENTUAL DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA GASTO COM PESSOAL

Despesa com Pessoal 36.517.911,70

RCL 65.964.440,32

Indicador de Gerenciamento de Recursos Humanos - IGRH

Fórmula = IGRH = 55,36%

Ano Realizada Orçada Variação

2015 100.709.923,42 97.106.410,61 103,71%

INDICADOR DE REALIZAÇÃO DA RECEITA

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

Ano Executada Orçada Percentual

2015 70.786.502,32 97.106.410,61 72,90%

INDICADOR DE EXECUÇÃO DA DESPESA (com Reserva de Contingência)

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

Ano Executada Orçada Percentual

2015 70.786.502,32 90.806.410,61 77,95%

INDICADOR DE EXECUÇÃO DA DESPESA (sem Reserva de Contingência)

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

141 Relatório de Gestão – 2015

Esse indicador afere o percentual de execução da despesa, sem considerar a parcela destinada à

reserva de contingência, em comparação à fixada no orçamento.

4.14.2. INFORMAÇÕES E INDICADORES SOBRE O DESEMPENHO OPERACIONAL

As informações sobre os indicadores de desempenho da ABDI estão apresentadas no item 4.6.1. deste

relatório.

4.14.3. A 4.14.5

Estes itens não se aplicam a ABDI.

4.15. ACOMPANHAMENTO E RESULTADOS DO PLANO BRASIL MAIOR

O Plano Brasil Maior (PBM) foi lançado em 2 de agosto de 2011 (Decreto n.º 7.540/2011) e constituiu

a política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014.

Focado no estímulo à inovação e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria

nos mercados interno e externo, o PBM integrou instrumentos de vários ministérios e órgãos do

Governo Federal com o objetivo de acelerar o crescimento do investimento produtivo e o esforço

tecnológico e de inovação das empresas, além de aumentar a competitividade dos bens e serviços

nacionais.

A ABDI foi incumbida formalmente como instituição responsável para prestar apoio técnico e

operacional a todo o sistema de gestão da nova Política Industrial, em especial aos trabalhos de

monitoramento e acompanhamento junto às instâncias de governança. O PBM foi operacionalizado

tendo como linha de base os Conselhos de Competitividade Setorial (instâncias de diálogo público-

privado) e os Comitês Executivos Setoriais correspondentes (instâncias governamentais). Esses

fóruns tiveram como atribuição a formulação e implementação de uma agenda de trabalho para o

desdobramento dos objetivos e da orientação estratégica do PBM nas respectivas cadeias de valor

setoriais.

Ano Despesa Executada Receita Realizada Percentual

2015 70.786.502,32 100.709.923,42 70,29%

Fonte: Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária

INDICADOR DE DESPESA EXECUTADA EM RELAÇÃO À RECEITA REALIZADA

142 Relatório de Gestão – 2015

O PBM definiu como foco o fortalecimento da capacidade competitiva nacional. Estimulando a

criação de novas competências e a consolidação de um ambiente propício aos negócios, voltou-se

para a promoção de um aumento sustentado da produtividade da indústria brasileira, por meio do

apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico. Adicionalmente, pela sua abrangência setorial,

pela escala geográfica de influência e pelo volume de recursos alocados, tem contribuído para um

projeto de desenvolvimento nacional que incorpora objetivos de inclusão produtiva, qualificação

profissional, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento regional.

Um dos eixos fundamentais do PBM foi a redução de custos de produção, buscando a desobstrução

de gargalos associados aos fatores trabalho e capital por meio da redução dos encargos

previdenciários incidentes sobre a folha de pagamentos devidos pelas empresas, da ampliação das

faixas de faturamento do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI), da

desoneração de impostos federais sobre bens de investimento e da oferta de crédito em volume e

condições capazes de favorecer a expansão de capacidade produtiva.

Um importante vetor para o aumento da produtividade da indústria brasileira foi o fomento da escala

e especialização das cadeias produtivas, que envolveu uma política setorial de adensamento da

produção, inovação tecnológica e qualificação profissional. Para tanto, foram instituídos,

aprimorados e fortalecidos regimes tributários especiais de incentivo ao adensamento da produção

local de etapas críticas das cadeias produtivas mais longas e complexas, com desonerações tributárias

associadas a contrapartidas de investimento, agregação de valor, geração de emprego, inovação e

capacitação de trabalhadores.

Também com o foco voltado para a inovação e a qualificação profissional, foram realizados avanços

na modernização do marco legal da inovação, que incluiu ações voltadas para a atuação de instituições

como o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e o INPI (Instituto

Nacional da Propriedade Industrial). Além disso, destaca-se a instituição do mecanismo de compras

públicas com margens de preferência, que, beneficiando-se do potencial do mercado interno e do

poder de compras governamental, estimula o fortalecimento da produção local, procurando fomentar

o desenvolvimento tecnológico.

As iniciativas de comércio exterior instituídas no âmbito do PBM incluíram a concessão de isenções

tributárias e crédito para estimular as exportações brasileiras, a facilitação de acesso a mecanismos

públicos de financiamento, medidas de redução de custos administrativos e ações de defesa voltadas

143 Relatório de Gestão – 2015

contra práticas desleais e ilegais de importações, de modo a coibir irregularidades que prejudicam os

resultados comerciais do país. Entre as ações de destaque, incluem-se o Reintegra, a Agência

Brasileira Gestora de Fundos (ABGF), o Portal Único de Comércio Exterior, o regime de ex-tarifários

e os esforços antidumping.

Durante o período de execução do PBM (2011 a 2014), foram desenvolvidos oito relatórios conforme

descritos a seguir, distribuídos periodicamente, além dos relatórios ad hoc que também eram

produzidos de acordo com a necessidade das instâncias superiores de coordenação da política

industrial, quais sejam:

Relatório de Acompanhamento das Agendas Estratégicas (bimestral): visava demonstrar o

andamento de todas as ações contidas nas 19 Agendas Setoriais, a sua situação/descrição das

atividades já realizadas e o percentual de execução.

Relatório de Alertas (mensal): demonstrava de forma simbólica (sinais vermelho, amarelo e

verde) a situação das medidas em relação aos seus prazos (se estavam atrasadas, dentro do

cronograma ou adiantadas) e alertava quais medidas havia necessidade de se concentrar

esforços para executar conforme planejado.

Relatório de Balanço (anual): ao fim de cada período, foi produzido um relatório que

contemplava todo o andamento das ações do Plano e realizava uma análise daquilo que havia

sido executado.

Relatório de Indicadores (semestral): demonstrava os indicadores escolhidos para monitorar

as Agendas e os alcances de seus objetivos estratégicos.

Relatório de Medidas Legais (mensal): tinha por objetivo englobar, mensalmente, em um

único documento todos os instrumentos jurídicos (medidas legislativas, leis, decretos,

portarias, etc.) relacionados a política industrial, representando um importante instrumento de

apoio para o alcance das ações previstas nas Agendas Estratégicas.

Relatório de Fusões e Aquisições (trimestral): apresentava o acompanhamento das fusões e

aquisições das empresas e indústrias no Brasil, segmentados por setores industriais

contemplados no PBM.

Relatório de Situação das Reuniões (mensal): indicava a situação das reuniões ordinárias – se

elas estavam obedecendo os intervalos máximos estipulados pelo Plano (Resolução GEPBM

nº 002/11 – reuniões de Comitê Executivos e Conselhos de Competividade deveriam ocorrer

a cada três meses e de Coordenações Sistêmicas a cada mês).

144 Relatório de Gestão – 2015

Relatório Medidas de Compromisso do GEPBM: monitorava o andamento das medidas

consideradas estratégicas para a política industrial, por seu compromisso de negociação junto

às arenas políticas e instâncias decisórias.

Os Relatórios de Acompanhamento das Agendas Estratégicas, a Governança Setorial e Sistêmica e

as atas de reuniões foram disponibilizadas para a sociedade civil e para os envolvidos, no site do PBM

(http://www.brasilmaior.mdic.gov.br/).

4.16. A 4.51

Estes itens não se aplicam a ABDI.

Setores Produtivos

Medidas das Agendas Estratégicas ao fim do PBM

Concluídas /

Em operação

Em

andamento

Não

iniciadas

Índice Geral

de Escopo

Bloco 01

Automotivo 8 19 - 63%

Petróleo, Gás e Naval 3 8 - 55%

Complexo da Saúde 11 13 - 75%

Bens de Capital 10 15 - 53%

TIC e Complexo Eletroeletrônico 16 8 - 87%

Defesa, Aeronáutico e Espacial 12 16 1 70%

Bloco 02

Celulose e Papel 4 2 - 40%

Energias Renováveis 10 4 - 85%

Indústria da Mineração 2 7 - 60%

Metalurgia - 3 - 35%

Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos 1 1 - 75%

Indústria Química 1 4 - 60%

Bloco 03

Móveis 12 1 - 97%

Couro, Calçados, Têxtil e Confecções,

Gemas e Joias 4 4 - 75%

Construção Civil - 5 - 45%

Bloco 04

Agroindústria 53 9 - 93%

Bloco 05

Comércio 6 2 - 80%

Serviços 9 2 - 90%

Serviços Logísticos 7 3 - 85%

145 Relatório de Gestão – 2015

5. GOVERNANÇA

5.1. DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA

A estrutura de governança da ABDI está definida na Lei nº 11.080/2004, no Decreto nº

5.352/2005 e no seu Estatuto Social e é composta das seguintes instâncias:

Conselho Deliberativo: Constituído por 15 membros, sendo oito indicados pelo Poder

Público e sete representantes da Sociedade Civil.

Conselho Fiscal: Constituído por três membros, sendo dois indicados pelo Poder

Público e 1 representante da Sociedade Civil.

Diretoria Executiva: Constituída por um Presidente e dois Diretores indicados pelo

Presidente da República.

5.2. INFORMAÇÕES SOBRE OS DIRIGENTES E COLEGIADOS

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Alessandro Golombiewski Teixeira

Diretora: Maria Luiza Campos Machado Leal

Diretor: Miguel Antônio Cedraz Nery

CONSELHO DELIBERATIVO

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Titular: Armando Monteiro Neto (29/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Ivan Ramalho (29/01/2015 a 23/10/2015)

Suplente: Fernando de Magalhães Furlan (23/10/2015 a 31/12/2015)

Ministério do Orçamento, Planejamento e Gestão (MPOG)

Titular: Marcos Adolfo Ribeiro Ferrari (período 20/03/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Emílio Chernavsky (20/03/2015 29/04/2015

Suplente: David Curtinaz Menezes (período 29/04/2015 a 31/12/2015)

146 Relatório de Gestão – 2015

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Titular: Aldo Rebelo (30/01/2015 a 20/11/2015

Titular: Celso Pansera (20/11/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Emília Curi (01/01/2015 a 30/12/2015)

Ministério da Fazenda (MF)

Titular: Márcio Holland (01/01/2015 a 10/12/2015)

Suplente: Hébrida Verardo Moreira Fam (01/01/2015 a 31/12/2015)

Ministério da Integração (MI)

Titular: Adriana Melo Alves (01/01/2015 a 31/07/2015)

Titular: Irani Braga Ramos (31/07/2015 a 31/12/2015)

Suplente: João Mendes da Rocha Neto (01/01/2015 a 31/07/2015)

Suplente: Maria Thereza Ferreira Teixeira (31/07/2015 a 31/12/2015)

Secretaria da Micro e Pequena Empresa da presidência da República (SMPE)

Titular: Carlos Leony Fonseca da Cunha (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Fernando Almeida (01/01/2015 a 31/12/2015)

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Titular: Maurício dos Santos Neves (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Pedro Lins Palmeira Filho (01/01/2015 a 31/12/2015)

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Titular: Fernanda De Negri (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Lenita Turchi (01/01/2015 a 31/12/2015)

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Titular: Glauco José Côrte (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Carlos Eduardo Abijaodi (01/01/2015 a 31/12/2015)

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Titular: Roberto Nogueira Ferreira (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Evandro Américo Costa (01/01/2015 a 31/12/2015)

147 Relatório de Gestão – 2015

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)

Titular: Luiz Eduardo Barretto Pereira Filho (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Kelly Cristina Valadares (01/01/2015 a 31/12/2015)

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Titular: Paulo Aparecido Silva Cayres (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Lucineide Varjão Soares (01/01/2015 a 31/12/2015)

Instituto de Estudos de Desenvolvimentos Industrial (IEDI)

Titular: Carlos Eduardo Sanchez (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Rogério César de Souza (01/01/2015 a 31/12/2015)

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil)

Titular: Maurício Borges (período 01/01/2015 a 24/02/2015)

Titular: David Barioni Neto (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Antônio Carlos Villalba Codorniz (01/01/2015 a 31/12/2015)

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC)

Titular: Ronaldo Tadeu Pena (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Jorge Luis Nicola Audy (01/01/2015 a 31/12/2015)

CONSELHO FISCAL

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Titular: Raul Lycurgo Leite – Presidente do Conselho - (01/01/2015 a 18/05/2015)

Titular: José Eduardo Guimarães Barros (19/05/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Antonio Fernandes Lima Carvalho (01/01/2015 a 18/05/2015)

Suplente: Manoel Augusto Cardoso da Fonseca (19/05/2015 a 31/12/2015)

Ministério da Fazenda (MF)

Titular: André Luiz Valente Mayrink (01/01/2015 a 31/12/2015)

Suplente: Fábio José Pereira (01/01/2015 a 31/12/2015)

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Titular: Paulo Sérgio Colaço (01/01/2015 a 31/12/2015)

148 Relatório de Gestão – 2015

Suplente: Wander Carrijo Costa (01/01/2015 a 31/12/2015)

5.3. PAPÉIS E FUNCIONAMENTO DOS COLEGIADOS

De acordo com o Estatuto Social da ABDI, compete ao Conselho Deliberativo as seguintes

atribuições:

I - eleger seu Presidente;

II - aprovar o Estatuto Social da ABDI, bem como deliberar sobre suas posteriores reformas;

III - aprovar a política de atuação institucional em consonância com o contrato de gestão celebrado

com o Poder Executivo, de acordo com o disposto no inciso I do art. 8º da Lei nº 11.080, de 2004;

IV - deliberar acerca do planejamento estratégico da ABDI;

V - deliberar sobre os planos de trabalho anuais e respectivos relatórios anuais de acompanhamento

e avaliação, inclusive quanto ao contrato de gestão firmado com o Poder Executivo;

VI - deliberar sobre a proposta do orçamento-programa e do plano de aplicações;

VII - deliberar sobre as demonstrações contábeis, inclusive quanto à prestação de contas do contrato

de gestão firmado com o Poder Executivo, após a deliberação do Conselho Fiscal;

VIII - deliberar acerca da prestação de contas encaminhada pela DIREX sobre a execução do contrato

de gestão;

IX - deliberar sobre o plano de gestão de pessoal e o plano de cargos, salários e benefícios, assim

como sobre o quadro de pessoal da ABDI, inclusive quanto aos cargos de assessoramento especial da

DIREX;

X - fixar o valor da remuneração dos membros da DIREX, observado o disposto no art. 13 da Lei nº

11.080, de 2004, tendo por referência a remuneração dos membros das Diretorias Executivas da

APEX-Brasil e do SEBRAE Nacional;

XI - deliberar sobre a alienação ou oneração de bens imóveis;

XII - deliberar sobre a proposta do regulamento de licitações e de contratos e suas posteriores

alterações.

Parágrafo único. As deliberações do Conselho dar-se-ão por maioria absoluta, observado o quórum

mínimo de dois terços de seus membros, cabendo ao Presidente o voto de qualidade.

O Conselho Deliberativo da ABDI se reúne, ordinariamente, duas vezes por ano e,

extraordinariamente, mediante convocação de seu presidente.

149 Relatório de Gestão – 2015

De acordo com o Estatuto Social da ABDI, compete ao Conselho Fiscal as seguintes atribuições:

I - eleger seu Presidente;

II - fiscalizar as gestões administrativa, orçamentária, contábil e patrimonial da ABDI,

compreendendo os atos do Conselho Deliberativo e da DIREX, observado o disposto no contrato de

gestão;

III - deliberar sobre as demonstrações contábeis elaboradas pela DIREX, inclusive:

1. quanto à prestação de contas do contrato de gestão firmado com o Poder Executivo; e,

2. examinado e emitindo parecer acerca dos balancetes contábeis.

IV - emitir parecer, quando solicitado, sobre a alienação ou oneração de bens imóveis; e,

V - analisar, quando solicitado pelo Conselho Deliberativo ou pela DIREX, outras matérias de sua

área de competência, opinando sobre elas.

Parágrafo único. O Conselho Fiscal, a pedido de qualquer dos seus membros, solicitará aos órgãos da

administração da ABDI informações ou esclarecimentos, desde que relativos à sua função

fiscalizadora, bem como a elaboração de demonstrações financeiras ou contábeis específicas.

O Conselho Fiscal da ABDI se reúne, ordinariamente, duas vezes por ano e, extraordinariamente,

mediante convocação de seu presidente.

5.4. POLÍTICA DE DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTES NAS ASSEMBLÉIAS E NOS

COLEGIADOS DE CONTROLADAS, COLIGADAS E SOCIEDADES DE

PROPÓSITO ESPECÍFICO

Este item não se aplica a ABDI.

5.5. INFORMAÇÕES SOBRE A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO CONTRATO DE

GESTÃO

150 Relatório de Gestão – 2015

Quadro – Relação dos membros da comissão de avaliação

Identificação da Entidade Contratada

Nome Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI

CNPJ 07.200.966/0001-11

Relação dos Membros da Comissão de Acompanhamento e Avaliação

Nome CPF Área de

Formação Qualificação

Ato de

Designação

Período de Exercício

Início Fim

Carlos Augusto

Grabois Gadelha -

Secretaria de

Desenvolvimento da

Produção - SDP

884.047.737-34 Economia Presidente -

Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Rafael da Silveira

Soares Leão - Secretaria

de Desenvolvimento da

Produção - SDP

010.007.451-04 Economia Presidente -

Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Yana Dumaresq

Sobral Alves -

Secretaria Executiva

003.458.421-89 Relações

Internacionais Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Edgar Luiz Rodrigues - Secretaria Executiva

645.460.719-49

Administração

em Comércio

Exterior

Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Clóvis Luiz

Zimmermann -

Secretaria de Inovação -

SI

382.096.839-34 Economia Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

André Fábio de Souza

- Secretaria de Inovação

- SI

910.864.509-49 Economia Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Claudenice Custódio -

Subsecretaria de

Planejamento,

Orçamento e

Administração - SPOA

075.883.687-21 Administração Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Ediman Maria Lopes

Pinto - Subsecretaria de

Planejamento,

Orçamento e

Administração - SPOA

238.922.341-91 Matemática Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Jackson De Toni -

ABDI 462.090.260-87 Economia Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Edna Maria de Moura - ABDI

301.405.361-91 Sociologia Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

151 Relatório de Gestão – 2015

Identificação da Entidade Contratada

Nome Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI

CNPJ 07.200.966/0001-11

Relação dos Membros da Comissão de Acompanhamento e Avaliação

Nome CPF Área de

Formação Qualificação

Ato de

Designação

Período de Exercício

Início Fim

Marcelo Mendes

Barbosa - Ministério do

Planejamento,

Orçamento e Gestão -

MP

030.605.706-98 Administração Titular

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

Marcelo Douglas de

Figueiredo Torres -

Ministério do

Planejamento,

Orçamento e Gestão -

MP

540.380.496-04 Administração Suplente

Portaria nº

243, de 8 de

setembro de

2015

08/09/2015 31/12/2017

152 Relatório de Gestão – 2015

5.6. MODELO DE GOVERNANÇA DA ENTIDADE EM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS DO

CONGLOMERADO

Este item não se aplica a ABDI.

5.7. ATUAÇÃO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA

a) Posicionamento da unidade de auditoria na estrutura orgânica da entidade e processo de escolha

do chefe da unidade.

A unidade de auditoria interna da ABDI é posicionada na estrutura orgânica em nível de Gerência

e é subordinada à Presidência. O processo de escolha do Gerente de Auditoria leva em

consideração requisitos de competências técnicas e comportamentais.

b) Demonstração da sistemática de monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos da

auditoria interna.

A autuação da auditoria interna é pautada em plano anual de auditoria interna, elaborado pela

Gerência de Auditoria. O monitoramento dos resultados é feito por meio de planilha de controle

de recomendações.

c) Eventuais redesenhos feitos recentemente na estrutura organizacional da unidade de auditoria,

inclusive reposicionamento na estrutura da unidade jurisdicionada, demonstrando os ganhos

operacionais deles decorrentes.

No exercício em análise, a auditoria da ABDI foi elevada ao nível gerencial e passou a ser

vinculada diretamente à Presidência. Essa alteração conferiu à auditoria interna maior

independência e autonomia para a atuar no controle dos atos de gestão da instituição, passando a

contribuir de maneira mais efetiva para o alcance dos resultados organizacionais.

Além disso, em 2015 a Gerencia de Auditoria passou a ser responsável também pela Ouvidoria

da ABDI, convertendo-se em um canal de comunicação direta entre os diversos públicos da

ABDI e a Presidência.

153 Relatório de Gestão – 2015

d) Demonstração da execução do plano anual de auditoria, contemplando avaliação comparativa

entre as atividades planejadas e realizadas, destacando os trabalhos mais relevantes, as principais

constatações e as providências adotadas pela gestão da unidade jurisdicionada.

O Plano Anual de Atividades da Auditoria Interna – PAINT 2015, foi elaborado levando em

consideração as necessidades da Agência, o atendimento às solicitações internas, a materialidade,

os riscos, observações efetuadas no transcorrer do exercício, análise dos controles internos e a

capacidade de execução da Gerência de Auditoria.

O trabalho da Gerência de Auditoria Interna visa avaliar de forma preventiva e independente as

operações administrativas, financeiras e contábeis executadas pela ABDI mediante a

confrontação entre uma situação encontrada com critérios técnicos, legais e operacionais. Tem

por princípio orientar as áreas da ABDI objetivando a boa e regular utilização dos recursos

públicos sob a responsabilidade da Agência e contribuir com o alcance dos seus objetivos

institucionais.

Ao longo do exercício, as constatações de impropriedades de ordem administrativa foram

comunicadas aos responsáveis que adotaram medidas necessárias para corrigi-las.

O quadro a seguir demonstra a execução das atividades previstas no PAINT 2015:

154 Relatório de Gestão – 2015

e) Opinião do auditor interno sobre a qualidade dos controles internos relacionados à apuração

dos resultados dos indicadores utilizados para monitorar e avaliar a governança e o desempenho

operacional da ABDI.

A ABDI dispõe de controles internos, formalizados por meio de procedimentos operacionais e

regulamentos que possibilitam o monitoramento das ações e aferição dos resultados alcançados.

f) Síntese das conclusões da auditoria independente sobre a qualidade dos controles internos da

entidade, se houver.

Durante o mês de outubro, foram realizados trabalhos de Auditoria Independente, pela empresa

MACIEL AUDITORES, compreendendo o período de janeiro a junho de 2015. Os trabalhos relativos

ao segundo semestres deverão ser concluídos até o final do mês de fevereiro de 2016.

155 Relatório de Gestão – 2015

O relatório de auditoria independente correspondente à avaliação do primeiro semestre de 2014

concluiu que a ABDI possui um adequado gerenciamento dos controles internos e registros contábeis.

5.8. ATIVIDADES DE CORREIÇÃO E APURAÇÃO DE ILÍCITOS ADMINISTRATIVOS

Em 4/11/2015, por intermédio da Resolução DIREX nº 006, foi instaurada uma Sindicância com

vistas a dar cumprimento às recomendações da CGU constantes do Relatório de Demandas Externas

nº 00190.001003-2014/84 que versa sobre irregularidades relacionadas à execução do contrato nº

046/2008, firmado com a empresa Módulo Security Solutions S.A., com prazo para conclusão até

3/3/2016.

5.9. GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS

A gestão de riscos e avaliação dos controles internos é exercida pela Gerência de Auditoria e

Ouvidoria, em conjunto com as Gerências de Gestão, de Planejamento e Jurídica.

Os riscos quantos ao alcance dos objetivos institucionais são mapeados e apresentados, mensalmente,

em reuniões do Comitê Técnico Consultivo, instância técnica em que são apresentados e debatidos

os resultados da execução financeira e orçamentária e a execução física dos projetos em curso na

Agência.

Os controles internos são aferidos mediante confrontação de dados constantes das demonstrações

contábeis com relatórios emitidos pelo sistema integrado de gestão. Testes de auditoria indicam a

consistência dos resultados. Em caso de verificação de inconsistências são feitas reuniões com os

responsáveis pelas áreas envolvidas e emitidas recomendações de aprimoramento de controles e /ou

processos.

5.9.1. RELATÓRIOS SEMESTRAIS SOBRE OS CONTROLES INTERNOS DO BANCO

ELABORADOS EM OBSERVÂNCIA À RESOLUÇÃO CMN 2.554/98.

Este item não se aplica a ABDI.

156 Relatório de Gestão – 2015

5.10. REMUNERAÇÃO PAGA AOS ADMINISTRADORES, MEMBROS DA DIRETORIA

E DE CONSELHOS.

Os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da ABDI não recebem qualquer remuneração.

A remuneração mensal da Diretoria Executiva da ABDI é a seguinte:

Presidente: R$ 39.336,59

Diretores: R$ 33.971,51

5.11. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA DE AUDITORIA INDEPENDENTE

CONTRATADA

Embora não haja obrigatoriedade legal de contratação de auditoria independente a Diretoria

Executiva e o Conselho Fiscal da ABDI entendem tratar-se de ferramenta fundamental para o

aprimoramento constante dos controles, processo e aferição dos resultados. Por essa razão contrata

empresa de auditoria independente.

A empresa contratada para o exercício de 2015 é a MACIEL AUDITORES. A contratação foi

precedida de licitação. A auditoria anual é realizada em duas etapas semestrais.

O relatório do primeiro semestre concluiu pela regularidade das demonstrações contábeis e

consistência dos controles internos. O relatório anual deverá ser concluído no mês de fevereiro e será

apreciado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Fiscal.

5.12. INFORMAÇÕES SOBRE AS AÇÕES TRABALHISTAS CONTRA A ABDI

A ABDI responde a 3 ações trabalhistas, conforme descrito a seguir:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – PROCESSO nº 0000660-45.2014.5.10.0019 (19ª Vara

do Trabalho).

Valor dado à causa: R$ 440.000,00.

Situação: A Sentença extinguiu o processo sem julgamento de mérito.

Em fase de recurso interposto pelo Autor.

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – PROCESSO nº 0000589-34.2014.5.10.0022 (22ª Vara

do Trabalho de Brasília/DF)

157 Relatório de Gestão – 2015

Valor dado à causa: R$ 1.100.000,00.

Situação: A Sentença julgou a ação totalmente improcedente.

Em fase de recurso interposto pelo Autor.

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – PROCESSO nº 0001691-81.2015.5.10.0014 (14ª Vara

do Trabalho de Brasília/DF).

Valor dado à causa: R$ 80.000,00.

Situação: Em fase de instrução processual. Na audiência inaugural não houve acordo. Nova

audiência está marcada para 15/8/2016.

5.13. E 5.14.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

5.15. ESTRUTURA DE GESTÃO E CONTROLE DE DEMANDAS JUDICIAIS

A estrutura de controle de processos contempla: a) software de controle de processos; b) serviço de

acompanhamento de intimações processuais e c) escritórios terceirizados contratados para

acompanhamento de processos pelo país e para acompanhamento de ação específica da justiça do

trabalho, por questão que envolvia matéria de alta complexidade e para evitar conflito de interesses.

Seguem as informações dos contratos que perfazem a estrutura de controle:

1. ALKASOFT INFORMÁTICA LTDA – Empresa dona do Sistema de Controle de Processos –

Lawyer Corporativo.

O software LAWYER CORPORATIVO WEB 10.0, para 7 (sete) usuários, para gerenciamento de

processos judiciais e administrativos, com acesso via Web.

A contratação deu-se em 14/12/2015, sendo a vigência do presente Contrato de 12 (doze) meses,

contados a partir da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado, até o limite de 60 (sessenta)

meses, mediante interesse das partes e formalizada por meio de termo aditivo.

158 Relatório de Gestão – 2015

O valor total anual do objeto do Contrato é de R$ 8.400,00 (oito mil e quatrocentos reais), a ser pago

em 12 (doze) parcelas mensais, cada uma delas no valor de R$ 700,00 (setecentos reais).

2. ALERTE – AUTOMATIZAÇÃO DE LEITURA E RECORTE DE DIÁRIOS OFICIAIS LTDA.,

- empresa especializada na leitura recortes de diários de justiça e DOU.

A contratação ocorreu em 02/08/2011, tendo sua vigência prorrogada até 04/08/2016.

O valor mensal do contrato é de R$ 370,00 (trezentos e setenta reais), sendo R$ 130,00 (cento e trinta

reais) referentes à busca pelo nome da ABDI, e R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) relativos às

buscas por até 300 (trezentos) números de processos. O valor total estimado do presente contrato é

de R$ 4.440,00 (quatro mil, quatrocentos e quarenta reais).

O valor mensal do serviço de busca por números de processos é de:

i) R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) para até 300 (trezentos) processos;

ii) R$ 400,00 (quatrocentos reais) para até 500 (quinhentos) processos; e

iii) R$ 560,00 (quinhentos e sessenta reais) para até 700 (setecentos) processos.

3. CHINA FARIA ADVOGADOS ASSOCIADOS - tem por objeto a prestação de serviços de

acompanhamento processual e protocolo de petições, extração e envio de cópias de peças processuais

e demais serviços acessórios em processos de interesse da Agência Brasileira de Desenvolvimento

Industrial – ABDI, em âmbito nacional.

A contratação ocorreu em 04/02/2015, com vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado em até 60

meses.

O valor anual do contrato é estimado em R$ 34.996,80 (trinta e quatro mil, novecentos e noventa e

seis reais e oitenta centavos), a ser executado mensalmente, conforme demanda da ABDI.

4. PORTO GONTIJO ADVOGADOS ASSOCIADOS - contratação de escritório especializado em

processo trabalhista para representação judicial e defesa da ABDI nos autos da Reclamação

Trabalhista nº 0000589-34.2014.5.10.0022, que tramita na 22ª Vara da Justiça Trabalho de Brasília,

bem como o acompanhamento processual, interposição de recursos e realização das diligências

cabíveis e demais atos necessários ao deslinde da causa, até o trânsito em julgado da ação.

159 Relatório de Gestão – 2015

O contrato foi firmado em 12/05/2014 e terá vigência até o arquivamento do feito, limitada a 60

(sessenta) meses, contados da assinatura do ato legal.

O valor fixado para a prestação dos serviços contratados é de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) a ser

pago da seguinte forma:

1ª parcela - correspondente a 50% do valor contratado, mediante apresentação da contestação

ou da ata da audiência;

2ª parcela - correspondente a 25% do valor, após a prolação da sentença;

3ª parcela - correspondente a 25% do valor do contrato, após o trânsito em julgado da ação.

5. L. A. MACHADO ADVOGADOS ASSOCIADOS SS - O contrato tem por objeto a prestação

dos serviços jurídicos assessórios, para atividades de consultoria e elaboração de pareceres sobre

questões relacionadas ao direito do trabalho, conforme previsto no art. 1º da Lei nº 8.906, de 4 de

julho de 1994. O Contrato iniciou-se em 25/03/2013 e pode ser prorrogado até o limite de 60

(sessenta) meses.

O valor fixado para a prestação dos serviços contratados é de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais),

correspondentes aos honorários estabelecidos conforme Parágrafo Quarto da Cláusula Terceira.

O valor estimado do Contrato é de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) por ano.

6. RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE

6.1. CANAIS DE ACESSO DO CIDADÃO

A ABDI se relaciona com os cidadãos por intermédio da sua Ouvidoria que tem atendimento

presencial em seu endereço (SCN quadra 1, bloco D, ed. Vega Luxury Design Offices, torre

empresarial A, Brasília-DF, CEP 70.711-040), por correspondência física (no mesmo endereço),

telefônico através do número (61) 3962-8700, por e-mail ([email protected]). Além disso, a

ABDI mantém um portal na internet onde disponibiliza informações completas e atualizadas sobre a

sua atuação.

160 Relatório de Gestão – 2015

6.2. E 6.3.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

6.4. MECANISMOS DE TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

SOBRE A ATUAÇÃO DA UNIDADE

As principais informações acerca da atuação da ABDI são publicadas mensalmente no portal da

ABDI na internet, em link denominado Transparência, acessível no endereço

www.abdi.com.br/transparencia.

6.5. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NOS PROCESSOS DECISÓRIOS

Os cidadãos são representados no Conselho Deliberativo e Fiscal por membros indicados pela

sociedade civil.

Integram o Conselho Deliberativo representante das seguintes instituições da sociedade civil:

Confederação Nacional da Indústria – CNI;

Agência de Promoção de Exportações do Brasil – Apex-Brasil;

Confederação Nacional do Comércio – CNC;

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE;

Central Única dos Trabalhadores – CUT;

Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial – IEDI; e,

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores –

ANPROTEC.

Atualmente, o membro da sociedade civil e seu suplente são indicados pela Confederação Nacional

da Indústria – CNI.

6.6. AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS PELOS CIDADÃOS-USUÁRIOS

Este item não se aplica a ABDI.

161 Relatório de Gestão – 2015

6.7. MEDIDAS PARA GARANTIR A ACESSIBILIDADE AOS PRODUTOS, SERVIÇOS E

INSTALAÇÕES

O edifício sede da ABDI é dotado de mecanismos de acessibilidade tais como rampas, elevadores

com sinalizações táteis e sonoras, piso com sinalização tátil, sanitários adaptados para portadores de

necessidades especiais.

6.8. DESEMPENHO E ATUAÇÃO DOS POSTOS NO EXTERIOR NO ATENDIMENTO

AO PÚBLICO

Este item não se aplica a ABDI.

6.9. INFORMAÇÕES SOBRE INDENIZAÇÕES A CLIENTES NO ÂMBITO

ADMINISTRATIVO E JUDICIAL

Em 2015, não ocorreram situações dessa natureza na ABDI.

7. DESEMPENHO FINANCEIRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

7.1. DESEMPENHO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO

A ABDI não possui Restos a Pagar e não devolve os recursos ao Tesouro Nacional ao término de

cada exercício. Dessa forma, as informações acerca do desempenho financeiro da ABDI são as

mesmas do desempenho orçamentário que já foram apresentadas no item 4.3 deste relatório.

7.2. INFORMAÇÕES SOBRE AS MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE

FINANCEIRA DOS COMPROMISSOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO SUPERIOR

Este item não se aplica a ABDI.

7.3. TRATAMENTO CONTÁBIL DA DEPRECIAÇÃO, DA AMORTIZAÇÃO E DA

EXAUSTÃO DE ITENS DO PATRIMÔNIO E AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DE

ATIVOS E PASSIVOS.

A ABDI segue as orientações emanadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis aplicáveis à

matéria: CPC 27 – Ativo Imobilizado - Pronunciamento.

162 Relatório de Gestão – 2015

7.4. SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DE CUSTOS NO ÂMBITO DA ABDI

A ABDI classifica as despesas em dois programas Gestão e Ações Administrativas, com 13 centros

de custos; e Promoção da Política Industrial, com 64 centros de custos, segregando-as em dois

grupos Área Administrativa e Área Finalística, respectivamente.

7.5. INFORMAÇÕES SOBRE A CONFORMIDADE CONTÁBIL DOS ATOS E FATOS

DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL

A ABDI registra em sua contabilidade todos os atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e

patrimonial. A conformidade contábil é aferida pelas Auditorias Interna e Independente e analisada

pelo Conselho Fiscal.

7.6. DECLARAÇÃO DO CONTADOR SOBRE A FIDEDIGNIDADE DOS REGISTROS

CONTÁBEIS NO SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

DO GOVERNO FEDERAL

Este item não se aplica a ABDI.

7.7. E 7.8

Estes itens não se aplicam a ABDI.

7.9. DEMONSTRAÇÃO DA GESTÃO E REGISTRO CONTÁBIL DOS CRÉDITOS A

RECEBER

Os créditos a receber são controlados pela Coordenação Financeira e de Execução Orçamentária, e

registrados pela Coordenação de Contabilidade e Patrimônio pelo regime de competência.

7.10. A 7.21

Estes itens não se aplicam a ABDI.

163 Relatório de Gestão – 2015

8. ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO

8.1. GESTÃO DE PESSOAS

8.1.1. ESTRUTURA DE PESSOAL DA UNIDADE

DEMONSTRAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO À DISPOSIÇÃO DA ABDI

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

A autorização de empregados efetivos constantes nos itens 1.2 – empregados efetivos e 1.7 – Cargos

de Assessoramento Especial ocorre por meio do Plano de Cargos e Salários (PCS) e o número de

diretores são determinados por lei federal.

A Lei 11.788/2008 estabelece que a quantidade máxima de estagiários e menores aprendizes deve ser

calculada em função do número de empregados, sendo, no caso da ABDI, por ter mais de 25

empregados, até 20% (vinte por cento) de estagiários; e entre 5 e 15% para menores aprendizes.

Quanto aos empregados com contrato suspenso, no item 1.4 estão considerados 5 empregados

efetivos afastados por interesses particulares e no item 2.2 o motivo da suspensão do contrato é doença

e o empregado foi afastado pelo INSS.

Autorizada Efetiva

1 Empregados em Cargos Efetivos 210 133 37 27

1.1 Diretores 3 3 2 2

1.2 Empregados efetivos 150 82 1 2

1.3 Empregados cedidos 0 3 3 0

1.4 Empregados com contratos suspensos 0 5 3 1

1.5 Menor aprendiz 15 8 5 3

1.6 Estagiários 23 16 12 8

1.7 Cargos de Assessoramento Especial 19 16 11 11

2 Empregados por prazo determinado 0 10 8 16

2.1 Empregados por prazo determinado 0 9 8 16

2.2 Empregados com contratos suspensos 0 1 0 0

Total de empregados 210 143 45 43

FORÇA DE TRABALHO DA UJ - Situação apurada em 31/12/2015

Tipologias dos CargosLotação Ingressos

em 2015

Egressos em

2015

164 Relatório de Gestão – 2015

SITUAÇÕES QUE REDUZEM A FORÇA DE TRABALHO EFETIVA DA ABDI

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Conforme especificado no item anterior, dos contratos suspensos, o item 6 contempla o empregado

afastado pelo INSS por motivo de doença, conforme Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe

sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social.

Tipologias dos afastamentos

Quantidade de pessoas na

situação em 31 de

dezembro

1 Cedidos (1.1+1.2+1.3) 0

1.1 Exercício de Cargo em Comissão

1.2 Exercício de Função de Confiança

1.3 Outras Situações Previstas em Lei Específica (especificar as leis)

2 Afastamentos (2.1+2.2+2.3+2.4) 0

2.1 Para exercício de Mandato Efetivo

2.2 Para Estudo ou Missão no Exterior

2.3 Para Serviço em Organismo Internacional

2.4 Para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País

3 Removidos (3.1+3.2+3.3+3.4+3.5) 0

3.1 De Ofício, no Interesse da Administração

3.2 A Pedido, a Critério da Administração

3.3 A Pedido, independente do interesse da Administração para acompanhar

cônjuge/companheiro

3.4 A Pedido, independente do interesse da Administração por motivo de

saúde

3.5 A Pedido, independente do interesse da Administração por Processo

Seletivo

4 Licença Remunerada (4.1+4.2)

4.1 Doença em Pessoa da Família

4.2 Capacitação

5 Licença não Remunerada (5.1+5.2+5.3+5.4+5.5) 5

5.1 Afastamento do Cônjuge ou Companheiro

5.2 Serviço Militar

5.3 Atividade Política

5.4 Interesses Particulares 5

5.5 Mandato Classista

6 Outras Situações (especificar os Atos Normativos) 1

7 Total de empregados afastados em 31/12/2015 (1+2+3+4+5+6) 6

SITUAÇÕES QUE REDUZEM A FORÇA DE TRABALHO DA UJ - Situação em 31/12/2015

165 Relatório de Gestão – 2015

QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

As funções gratificadas são concedidas a empregados efetivos para as funções de coordenador e de

gerente, mas também podem ser ocupados por Cargos de Natureza Especial.

QUALIFICAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DA ABDI SEGUNDO A IDADE

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DE CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇOES GRATIFICADAS DA UJ - Situação em 31/12/2015

Tipologias dos Cargos em Comissão e das Funções

Gratificadas

Lotação Ingressos em 2015 Egressos em 2015

Autorizada Efetiva até 09/02/15 após 10/02/15 até 09/02/15 após 10/02/15

1 Cargos em Comissão 19 19 2 12 3 8

1.1 Cargos Natureza Especial 19 16 2 9 3 8

1.2 Grupo Direção e Assessoramento Superior

1.2.1 Servidores de Carreira vinculada ao Órgão

1.2.2 Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado

1.2.3 Servidores de Outros Órgãos ou Esferas 0 3 3 0 0

1.2.4 Sem vínculo

1.2.5 Aposentados

2 Função Gratificada 22 16 2 1 0 2

2.1 Empregados de Carreira vinculada ao Órgão 22 16 2 1 0 2

2.2 Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado

2.3 Servidores de Outros Órgãos ou Esferas

3 Total de Servidores em Cargo e em Função (1+2) 41 35 4 13 3 10

Até 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 Acima de 60

1 Empregados em Cargos Efetivos 28 43 38 17 7

1.1 Diretores 0 0 1 2 0

1.2 Empregados efetivos 4 35 29 10 4

1.3 Empregados cedidos 1 0 0 1 1

1.4 Empregados com contratos suspensos 0 1 2 2 0

1.5 Menor aprendiz 8 0 0 0 0

1.6 Estagiários 15 1 0 0 0

1.7 Cargos de Assessoramento Especial 0 6 6 2 2

2 Empregados por prazo determinado 1 6 3 0 0

2.1 Empregados por prazo determinado 1 6 2 0 0

2.2 Empregados com contratos suspensos 0 0 1 0 0

QUANTIDADE DE EMPREGADOS DA UJ POR FAIXA ETÁRIA - Situação em 31/12/2015

Tipologias do CargoFaixa Etária (anos)

166 Relatório de Gestão – 2015

QUALIFICAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DA ABDI SEGUNDO A ESCOLARIDADE

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Observação: os empregados com contratos suspensos foram considerados no computo geral da tabela

acima conforme modalidade de contratação.

EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DA ABDI

Fonte: Relatórios de Gestão ABDI

8.1.1.1. INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE O PESSOAL LOTADO NA

COORDENAÇÃO-GERAL DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - CGIT/MCTI

Não há pessoal da ABDI lotado na Coordenação-Geral de Inovação Tecnológica - CGIT/MCTI

8.1.1.2. INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE A ESTRUTURA DE PESSOAL

A estrutura de pessoal da ABDI está disposta nos termos do Plano de Cargos e Salários da ABDI,

registrado na Delegacia Regional do Trabalho do DF.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 Quadro de Pessoal da ABDI 0 0 0 0 0 36 36 26 8 0

1.1 Diretores 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0

1.2 Empregados efetivos 0 0 0 0 0 27 34 20 6 0

1.3 Cargos de Assessoramento Especial 0 0 0 0 0 9 2 4 1 0

2 Empregados por prazo determinado 0 0 0 0 0 7 2 0 1 0

QUANTIDADE DE EMPREGADOS DA UJ POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE - Situação em 31/12/2015

Tipologias do CargoNível de Escolaridade

1 - Analfabeto; 2 - Alfabetizado sem cursos regulares; 3 - Primeiro Grau incompleto; 4 - Primeiro Grau; 5 - Segundo Grau ou Técnico; 6 - Superior; 7 - Aperfeiçoamento

/ Especialização / Pós-Graduação; 8 - Mestrado; 9 - Doutorado; 10 - Não Classificada. * Pós-Doutorado

LEGENDA - Nível de Escolaridade

Cargo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Empregados em cargos efetivos 75 82 105 124 119 114 121 122 130

Empregados efetivos 47 51 73 81 74 70 84 84 82

Empregados cedidos 1 1 1 1 0 0 0 0 3

Empregados com contrato suspenso 0 0 2 2 6 6 4 4 5

Menor Aprendiz 0 0 3 5 5 5 6 6 8

Estagiários 17 20 12 20 15 15 9 11 16

Cargos de Assessoramento Especial 10 10 14 15 19 18 18 17 16

Empregados por prazo determinado 7 7 6 2 5 15 16 18 10

Prazo determinado ativo 7 7 6 2 5 15 16 18 9

Prazo determinado com contrato suspenso 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Diretores 3 3 3 3 3 3 3 3 3

TOTAL 85 92 114 129 127 132 140 143 143

Evolução da Estrutura de Pessoal da ABDI - Por Ano

167 Relatório de Gestão – 2015

8.1.2. DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM PESSOAL

DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DE PESSOAL DA ABDI

Fonte: Coordenação de Contabilidade e Patrimônio

8.1.3. INFORMAÇÕES SOBRE OS CONTROLES PARA MITIGAR RISCOS

RELACIONADOS AO PESSOAL

As despesas com pessoal são controladas, mensalmente, pelas Coordenações Financeira e de

Contabilidade.

A Gerência de Auditoria efetua ações de controle da Gestão de Pessoal analisando, por amostragem,

folhas de pagamento, cálculos e retenções de encargos sociais e tributos.

A empresa de Auditoria Independente também faz aferição dos valores das despesas de pessoal

conciliando folhas de pagamentos e guias de recolhimento de encargos sociais e tributos com os

demonstrativos contábeis.

8.1.4. CONCESSÃO DE GRATIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS DAS UNIDADES DOS

SISTEMAS ESTRUTURADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Este item não se aplica a ABDI.

8.1.5. PESSOAL REQUISITADO DOS QUADROS DE ÓRGÃO OU ENTIDADE DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Integram o quadro de pessoal da ABDI três servidores públicos cedidos.

8.1.6. E 8.1.7.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

Retribuições Gratificações Adicionais Indenizações

Benefícios

Assistenciais e

Previdenciários

Demais

Despesas

Variáveis

Celetistas (inclusive diretores, cargos de assessoramento especial e cedidos com ônus)

2013 24.125.562,82 - 1.551.974,08 - - 4.309.781,06 - - - 29.987.317,96

2014 27.525.509,96 - 1.984.270,84 - - 4.966.458,97 - - - 34.476.239,77

2015 29.547.647,24 2.836.724,34 5.719.994,18 38.104.365,76

Decisões

Judiciais Total

QUADRO DE CUSTO DE PESSOAL NO EXERCÍCIO DE REFERÊNCIA E NOS DOIS ANTERIORES

Exercícios

Tipologias /

Exercícios

Vencimentos e

Vantagens Fixas

Despesas VariáveisDespesas de

Exercícios

Anteriores

168 Relatório de Gestão – 2015

8.1.8 ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

PATROCINADAS

A ABDI instituiu e mantém, desde 2013 um Plano de Previdência Completar aos seus empregados.

A gestão e administração é feita pela Fundação de Seguridade Social CERES, com sede à SHCN-CL

202 Bl. C CEP 70832-535 Brasília-DF.

Maiores informações podem ser obtidas no endereço da internet www.ceres.org.br.

8.1.9. CONTROLES INTERNOS DAS CONCESSÕES DE BOLSAS DOS PROGRAMAS DE

ESTUDANTES

Este item não se aplica a ABDI.

8.1.10. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DE APOIO E DE ESTAGIÁRIOS

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Início Fim P C P C P C

2013 1 O 025/2013 (INOVA) 04.180.421/0001-00 28/08/2013 28/08/2016 0 0 23 15 20 17 A

CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO COM LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA

Unidade Contratante

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

UG/Gestão: ABDI CNPJ: 07.200.966/0001-11

Informações sobre os contratos

Ano do

contratoÁrea Nat.

Identificação do

ContratoEmpresa Contratada (CNPJ)

Período contratual de

execução das atividades

contratadas

Nível de Escolaridade exigido

dos trabalhadores contratados

Sit.F

7. Outras.

M S

Observação: Prestação de serviços de suporte na área administrativa (assistente técnico e operacional).

LEGENDA

Área:

1. Apoio Administrativo Técnico e Operacional;

2. Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

3. Serviços de Copa e Cozinha;

4. Manutenção e conservação de Bens Móveis;

5. Serviços de Brigada de Incêndio;

6. Apoio Administrativo – Menores Aprendizes;

Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial.

Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino Médio; (S) Ensino Superior.

Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo Prorrogado; (E) Encerrado.

Quantidade de trabalhadores: (P) Prevista no contrato; (C) Efetivamente contratada.

169 Relatório de Gestão – 2015

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

8.1.11. CONTRATAÇÕES DE CONSULTORES PARA PROJETOS DE COOPERAÇÃO

TÉCNICA COM ORGANISMOS INTERNACIONAIS

Este item não se aplica a ABDI.

8.1.12. CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA

A ABDI mantinha, em 31/12/2015, 10 empregados contratados por prazo determinado, conforme

demonstrado no item 8.1.1 do presente relatório.

A contratação de mão de obra temporária visa atender à necessidades de pessoal para atividades não

permanentes, especialmente aquelas vinculadas à execução de convênios.

A contratação é sempre precedida de processo seletivo público.

Início Fim P C P C P C

2012 L O 23/2012 06.350.074/0001-34 01/08/2012 01/08/2016 28 11 11 11 0 0 A

Fonte: Coordenação de Serviços

M S

Observação:

Serviços de apoio às atividades administrativas da ABDI, inerentes às seguintes categorias profissionais: Recepcionista, Copeira, Office-Boy/Contínuo, Motoboy,

Servente, Técnico em Edificações.

LEGENDA

Área: (L) Limpeza e Higiene; (V) Vigilância Ostensiva.

Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial.

Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino Médio; (S) Ensino Superior.

Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo Prorrogado; (E) Encerrado.

Quantidade de trabalhadores: (P) Prevista no contrato; (C) Efetivamente contratada.

Ano do

contratoÁrea Nat.

Identificação do

ContratoEmpresa Contratada (CNPJ)

CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS DE MANUTENÇÃO PREDIAL E APOIO OPERACIONAL

Nome: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

UG/Gestão: ABDI CNPJ: 07.200.966/0001-11

Informações sobre os contratos

Período contratual de execução das

atividades contratadas

Nível de Escolaridade exigido dos

trabalhadores contratadosSit.

F

1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Nível Superior 12 10 12 16 210.961,32

Área Fim 8 7 9 8 132.207,03

Área Meio 4 3 3 8 78.754,29

Nível Médio 0 0 0 0 -

Área Fim 0 0 0 0 -

Área Meio 0 0 0 0 -

QUADRO DE COMPOSIÇÃO DE ESTAGIÁRIOS

Nível de Escolaridade

Quantitativo de contratos de estágio vigentes

Custo do exercício

170 Relatório de Gestão – 2015

INDICADORES GERENCIAIS SOBRE RECURSOS HUMANOS

Absenteísmo – IABS

O absenteísmo é a frequência e/ou duração do tempo de trabalho perdido por ausências.

- Indicador de absenteísmo = HP / HT *100

- Objetivo: acompanhar e controlar o percentual de absenteísmo na ABDI de forma a

identificar motivos e buscar soluções caso os níveis de absenteísmo sofram alterações

significativas de acordo com as flutuações e tendências históricas.

- Meta: A média anual do percentual de absenteísmo deve ser inferior a 5%.

- Observação: Considerar as ausências ao trabalho de dias inteiros dos empregados ativos, e

até no máximo 15 dias para os casos de auxilio doença e acidente de trabalho.

HP = Horas perdidas

HT = Horas trabalhadas (total de horas trabalhadas no fechamento da folha de pagamento).

(*) dados atualizados considerando os valores médios mensais até dezembro

(**) valores médios atualizados até nov/15

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais – IATDO

Refere-se à exposição dos trabalhadores aos níveis de risco inerentes à atividade laboral.

- Indicador de Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais – número de registros de

afastamentos decorrentes de acidentes de trabalho e/ou doenças ocupacionais / quantidade de

empregados ativos x 100.

- Objetivo: Acompanhar e controlar as flutuações e tendências históricas dos acidentes e seus

impactos na ABDI e na vida dos trabalhadores.

Dados (*) 2010 2011 2012 2013 2014 2015(**)

Hrs Perdidas (Atrasos e Faltas) 255:36:35 168:04:20 177:40:38 124:42:00 207:53:20 124:18:35

Hrs Trabalhadas 15107:39:25 15013:30:05 16128:23:00 17425:33:15 19221:16:50 18133:31:15

Dias Úteis 245 244 228 246 247 242

Jornada Diária 8:00:00 8:00:00 8:00:00 8:00:00 8:00:00 8:00:00

Jornada Mensal 163:20:00 162:40:00 165:49:05 164:00:00 164:40:00 162:00:00

Nº empregados com controle de frequência 89 89 94 103 112 109

Horas Extras 497:39:25 615:30:05 508:01:11 586:13:15 740:36:50 456:51:15

Horas Atraso 255:36:35 168:04:20 177:40:38 124:42:00 207:53:20 124:18:35

Iabs 1,8% 1,2% 1,3% 0,8% 1,1% 0,7%

Meta 5% 5% 5% 5% 5% 5%

INDICADOR DE ABSENTEÍSMO

171 Relatório de Gestão – 2015

- Meta: O índice anual de afastamentos decorrentes de acidentes de trabalho e doenças

ocupacionais deve ser inferior a 3%.

- Observação: serão considerados os quantitativos de acidentes de trabalho registrados no

CAT e doenças ocupacionais homologados pelo médico do trabalho.

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Rotatividade - Turn over

Refere-se à taxa de substituição de trabalhadores antigos por novos.

- Indicador de rotatividade = (((N° de demitidos que serão substituídos) + N° de admissões

para substituição) / 2) / N° de funcionários ativos) x 100

- Objetivo: Acompanhar a tendência histórica da rotatividade na ABDI com vista a entender

as razões de uma possível elevação no percentual de desligamentos. A substituição de

funcionários prejudica a produtividade uma vez que o conhecimento tácito dos colaboradores

desligados é perdido. Além disso, o custo com rescisões, seleção, treinamento e adaptação de

novos colaboradores é relevante.

- Meta: O percentual de rotatividade anual deverá ser inferior a 10 %.

- Observação: O cálculo do índice de rotatividade de pessoal é baseado no volume de entradas

e saídas de pessoal em relação aos recursos humanos disponíveis na organização, dentro de

certo período de tempo, e em termos percentuais.

O indicador só poderá ser implementado após a realização do cadastro de reserva, quando

poderão ser realizadas as substituições necessárias. Até lá, é possível acompanhar o número

de desligamentos e os motivos.

Afastamento 2011 2012 2013 2014 2015

Acidente de Trabalho 1 1 0 0 0

Doenças Ocupacionais 0 0 2 0 0

Total 1 1 2 0 0

INDICADOR DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

172 Relatório de Gestão – 2015

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

(*) Considerando os empregados afastados por motivos particulares (05) e por Doença (01)

Devido a mudança de direção, alguns cargos de assessoramento especial foram substituídos,

aumentado assim o resultado do indicador.

Capacitação e reciclagem –IC&R

Refere-se ao percentual de oportunidades de capacitação oferecidas aos empregados.

- Indicador de capacitação = (número de capacitações / número de empregados) x 100

- Meta: Percentual de capacitação e reciclagem acima de 20%.

- Objetivo: Possibilitar a atualização e capacitação de funcionários de forma a torná-los aptos

a desenvolver suas atribuições de forma eficaz e uniforme.

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

(*) Considerando os empregados afastados por motivos particulares (05) e por Doença (01)

(**) Valores médios mensais de empregados ativos

O aumento do indicador deu-se principalmente pelo aumento de oferta do programa de

capacitação interna, denominado “Trilha do Conhecimento”.

Rotatividade 2011 2012 2013 2014 2015

Admissões (substituição) 8 10 15 5 20

Desligamentos 13 11 16 17 32

Nº funcionários ATIVOS(*) 105 110 119 120 116

Iturnover 10,00% 9,50% 13,44% 9,19% 22,51%

Meta 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%

INDICADOR DE ROTATIVIDADE (Turnover)

Anos 2011 2012 2013 2014 2015

Nº Capacitações 46 173 288 264 366

Nº funcionários ATIVOS (*) (**) 106 111 119 127 116

IC&R 43,43% 155,27% 241,17% 207,74% 316,88%

Meta 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00%

CAPACITAÇÃO E RECICLAGEM C&R

173 Relatório de Gestão – 2015

Custo médio de treinamento per capita – ICC&R

É a relação entre o valor gasto com treinamento e o número de funcionários treinados na

agência.

Obs: Considerar treinamento externo e interno, incluindo despesas de viagens.

– Indicador de custo de treinamento: (Valor mensal gasto com treinamento no período/ n° de

funcionários treinados)

– Objetivo: Acompanhar e controlar o custo médio de treinamentos custeados e oferecidos

pela ABDI.

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Disciplina - IDP

Indica o percentual de sanções disciplinares aplicadas em decorrência da não observância dos

critérios relativos à Ética Profissional e procedimento disciplinar aplicado aos empregados da

ABDI.

- Indicador de disciplina = número de sanções aplicadas dividido pelo número de empregados

multiplicado por 100

- Meta: Percentual de aplicação de sanções disciplinares inferior a 3%.

- Objetivo: Acompanhar e controlar eventuais tendências históricas referentes à aplicação de

sanções disciplinares de forma a acompanhar os motivos e buscar soluções preventivas para

o problema.

- Observação: em conformidade com o procedimento operacional n° 064

Dados 2011 2012 2013 2014 2015

Nº Capacitações 46 173 288 264 366

Valor Gasto Total 125.357,57 274.524,14 251.874,45 118.695,40 200.712,55

I-CC&R 2.725,16 1.586,84 874,56 449,60 548,39

CUSTO MÉDIO DE C&R PER CAPITA

174 Relatório de Gestão – 2015

(*) Considerando os empregados afastados por motivos particulares (05) e por Doença (01)

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Desempenho geral – IDG

É a média dos resultados da avaliação geral anual – AGA de todos os colaboradores da ABDI

no exercício avaliado.

- Indicador de desempenho geral = (∑ AGA / n° empregados avaliados) = IDG

- Meta: Percentual de desempenho geral acima de 80.

- Objetivo: incentivar o profissional a extrapolar seus níveis clássicos de desempenho.

Acompanhar a tendência história de resultados na ABDI e consequentemente as justificativas.

- Observação:

AID – Avaliação Individual de Desempenho

ARO – Avaliação do Resultado Operacional da ABDI

AGA – Avaliação Geral Anual

AGA = (% AID + % ARO)/2

A Avaliação Individual de Desempenho (AID) é obtida através da avaliação de metas pré-

estabelecidas de cada colaborador.

A Avaliação do Resultado Operacional da ABDI (ARO) é obtida por meio da medição do

percentual de resultados alcançados nos planos de trabalho anual, aprovados pelo Conselho

Deliberativo e pactuados em Contrato de Gestão.

Sanção Disciplinar 2011 2012 2013 2014 2015

Advertência Verbal 0 0 1 0 0

Advertência Escrita 0 0 0 0 0

Suspensão 0 0 0 0 0

 TOTAL  -    -   - - -

Nº funcionários ATIVOS(*) 105 110 119 120 116

ICC&R 0,00% 0,00% 0,84% 0,00% 0,00%

Meta 3,00% 3,00% 3,00% 3,00% 3,00%

INDICADOR DE DISCIPLINA

175 Relatório de Gestão – 2015

Fonte: Coordenação de Recursos Humanos

Percentual de horas extras realizadas – IHE

É a relação entre a quantidade de horas extras (horas extras realizadas independentemente de

serem pagas ou não (banco de horas) x horas trabalhadas.

- Indicador de hora-extra: (Quantidade H.E / Quantidade de H.T) X 100

- Meta: percentual de horas extras em relação às horas trabalhadas, inferior a 5%.

- Objetivo: Acompanhar e controlar a quantidade de horas-extras realizadas. Em casos de

alteração repentina de histórico, buscar entender os motivos e buscar soluções adequadas.

– Observação:

H.E = Horas extras (horas extras realizadas independentemente de serem pagas ou não (banco

de horas) durante o mês corrente).

H.T = Horas trabalhadas (total de horas trabalhadas no fechamento da folha de pagamento).

- Objetivo: Acompanhar e controlar o custo da folha de pagamentos da ABDI.

Anos 2010 2011 2012 2013 2014

∑ da AGA 8077% 8583% 7864% 8905% 10203%

Nº funcionários Avaliados 85 87 88 97 106

IDG 95,02% 98,66% 89,36% 91,80% 96,25%

Meta 80,00% 80,00% 80,00% 80,00% 80,00%

INDICADOR DE DESEMPENHO GERAL

Dados (*) 2011 2012 2013 2014 2015

Saldo BH 483:45:40 314:35:15 475:29:45 532:43:30 360:17:00

Horas Extras realizadas (Positivas) 615:30:05 507:28:35 602:26:45 740:36:50 440:58:55

Horas Compensadas (Negativas) 168:04:20 199:00:50 126:57:00 207:53:20 80:41:55

Horas Trabalhadas mês 14398:00:00 15278:40:00 16839:20:00 18480:40:00 17874:10:55

Dias Úteis 244 228 246 247 242

Jornada Diária 8:00:00 8:00:00 8:00:00 8:00:00 8:00:00

Jornada Mensal 162:40:00 165:49:05 164:00:00 164:00:00 161:20:00

Nº empregados com controle de frequência 89 94 103 104 100

%HE 4,3% 3,3% 3,6% 4,0% 2,5%

Meta 5% 5% 5% 5% 5%

176 Relatório de Gestão – 2015

8.2. GESTÃO DO PATRIMÔNIO E DA INFRAESTRUTURA

8.2.1. GESTÃO DA FROTA DE VEÍCULOS PRÓPRIA E TERCEIRIZADA

A ABDI não possui veículos próprios, mas faz uso de 5 veículos executivos locados de terceiros,

conforme especificado a seguir: marca Nissan, modelo Sentra. Cada veículo roda cerca de 48.000

quilômetros ao ano, o que totaliza 240.000 Km.

A empresa contratada é a Top Comércio e Importação de Manufaturados e Serviços de Locação e

Transportes Ltda., CNPJ 10.414.625/0001-53. A contratação foi precedida de licitação na modalidade

Pregão Eletrônico nº 007/2014, Contrato nº 029/2014, com vigência: 17/10/2014 a 16/10/2015,

prorrogado por meio de termo aditivo até 16/10/2016 - Valor Contratado: R$ 619.946,04 e realizado

aditivo para R$ 654.444,00 - Valor Mensal: R$ 46.846,00.

A utilização dos veículos é regulamentada pelo Procedimento Operacional PO 009.

8.2.2. A 8.2.6.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

8.2.7. INFORMAÇÕES SOBRE OS IMÓVEIS LOCADOS DE TERCEIROS

A ABDI realiza locação de imóveis para a instalação da sua sede e para depósito de materiais.

O quadro a seguir apresenta as informações referentes aos imóveis locados de terceiros:

Os imóveis locados em 2014 eram cinco, sendo quatro no edifício CNC (antiga seda da ABDI) e uma

sala comercial na quadra 504 norte, que serve como depósito de materiais. Com a mudança de sede

a ABDI passou a ter dois imóveis locados.

EXERCÍCIO 2015 EXERCÍCIO 2014

BRASIL Brasília 2 5

2 5

2 5

Fonte: Coordenação de Serviços

Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locados de Terceiros

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Subtotal Brasil

Total (Brasil + Exterior)

177 Relatório de Gestão – 2015

Fonte: Coordenação de Serviços

8.2.8. E 8.2.9.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

8.2.10. INFORMAÇÕES SOBRE A INFRAESTRUTURA FÍSICA

A ABDI está instalada em edifício comercial novo, moderno, bem localizado, dotado de infraestrutura

necessária ao adequado desempenho da sua missão institucional.

A maior parte dos equipamentos de informática possui mais de 8 anos de utilização e deverão ser

substituídos no corrente exercício.

8.3. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

8.3.1. PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Relação dos sistemas de informações e a função de cada um deles:

1. Portal Internet ABDI: O Portal institucional da ABDI tem como principal objetivo divulgar

informações relevantes desta agência, serviços, notícias, projetos desenvolvidos, estudos

temáticos, artigos, etc.

2. Portal Intranet ABDI (acesso restrito ao ambiente interno): O Portal de Intranet da ABDI tem

como foco disponibilizar informações de caráter exclusivamente interno e operacional, tais

como: procedimentos operacionais, formulários internos, informações sobre plano de cargos e

salários, perfil dos colaboradores, edição de correspondências, divulgação de fotos, biblioteca,

notícias, entre outros módulos.

Quantidade Finalidade

Brasília 1 Sede da ABDI

Asa Norte 1 Depósito de materiais

Finalidade de imóveis locados de terceiros

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

BRASIL

178 Relatório de Gestão – 2015

3. Portal de Governança CTI (Acesso Restrito ao ambiente interno): O Portal de Governança CTI

tem como objetivo criar um espaço virtual de colaboração e centralização de documentos e

projetos desta área.

4. Portal do Planejamento Estratégico (Acesso Restrito ao ambiente interno): Este Portal visa

gerenciar informações estratégicas da ABDI. Este portal é administrado pela equipe da

CPLAN/GERPLAN.

5. Site - Guia de Instrumentos de Apoio a Política Industrial: Este produto reúne mais de 300

instrumentos de apoio ao desenvolvimento da produção brasileira, oferecidos por entidades das

esferas federal, regionais, estaduais e municipais. Com informações periodicamente atualizadas

e auditadas, o Guia permite consultas que levam em conta o perfil, a região e as necessidades

das empresas.

6. Site - Rede de Diáspora Brasil: A Rede Diáspora Brasil visa reunir profissionais brasileiros

voltados a geração de negócios e de projetos em áreas intensivas em conhecimento e tecnologia.

Este site foi criado para promover eventos de networking e workshops de inovação, tanto no

Brasil como nos Estados Unidos.

7. Hot Site - Prêmio Diáspora Brasil: Este hotsite foi criado para destacar uma ação da ABDI com

objetivo de reconhecer os talentos brasileiros que inspiram as futuras gerações, envolvidos em

ciência, tecnologia, inovação, empreendedores, gestores e executivos, que contribuem para a

construção de uma imagem positiva do Brasil no exterior e para elevar a competitividade

brasileira, bem como os profissionais que se destacaram no fortalecimento, mobilização de

novos membros e visibilidade da Rede Diáspora Brasil.

8. SAPI - Sistema de Acompanhamento da Política Industrial: O Sistema SAPI é o responsável

por promover a centralização das agendas setoriais e sistêmicas da Política Industrial, tendo

como foco a Inovação Tecnológica e o Adensamento Produtivo.

9. Site PDP – Política de Desenvolvimento Produtivo: Este site tem como objetivo divulgar

assuntos relacionados a Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP.

179 Relatório de Gestão – 2015

10. SIG ERP - Sistema Integrado de Gestão: Sistema gerencial de atividades administrativas da

ABDI, o qual envolve processos, como: orçamento, financeiro, contábil, compras, projetos,

viagens, gestão de pessoas e outros.

Sistemas desenvolvidos em parceria com o MDIC que estão hospedados na ABDI e a função de cada

um deles:

1. Portal Embarcações Interativas: Portal desenvolvido entre parceria MDIC e ABDI, que tem

como objetivo oferecer recurso didático para visualização de equipamentos dentro de uma

embarcação.

2. Portal BIM: Portal desenvolvido entre parceria MDIC e ABDI, que será evoluído em outra

plataforma mais robusta, previsto em 2016. O BIM abrange geometria, relações espaciais,

informações geográficas, as quantidades e as propriedades construtivas de componentes (por

exemplo, detalhes dos fabricantes). BIM pode ser utilizado para demonstrar todo o ciclo de vida

da construção, incluindo os processos construtivos e fases de instalação.

8.3.2. INFORMAÇÕES SOBRE O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA

DA INFORMAÇÃO (PETI) E SOBRE O PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO – PDTI

A ABDI, por intermédio da Resolução Nº 01, de 03 de maio de 2013, instituiu instâncias de

Governança de Tecnologia da Informação com a finalidade de assegurar que a execução das ações de

TI seja integrada à governança corporativa, bem como elaborar o Planejamento Estratégico de

Tecnologia da Informação (PETI) e o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI).

São Instâncias de Governança de TI:

I. Diretoria Executiva – instância máxima de deliberação;

II. Comitê Consultivo de Tecnologia da Informação – instância de análise e de proposição;

III. Comitê Executivo de Tecnologia da Informação – instância de análise, proposição e execução;

IV. Comitê de Segurança da Informação - SI – instância de análise; proposição e controle de

assuntos relacionados à segurança;

180 Relatório de Gestão – 2015

V. Escritório de Governança de Tecnologia da Informação - instância de planejamento,

monitoramento e acompanhamento dos projetos de Tecnologia da Informação e de Segurança da

Informação.

O PETI foi elaborado pelo Escritório de Governança de Tecnologia da Informação e aprovado em

2013 pela Diretoria Executiva para o período de 2013-2014.

O planejamento de TI constitui um processo de gestão norteador para a execução das ações de TI da

organização. Esse planejamento (nível estratégico) é materializado no documento Planejamento

Estratégico de TI (PETI), que complementa o Planejamento Estratégico Institucional (PEI),

estabelecendo objetivos de TI, diretrizes e metas que orientam a formulação de plano de ações

definidos no documento Plano Diretor de TI (PDTI) (nível tático), o que possibilita o direcionamento

de esforços para implantá-los e recursos para a consecução de metas (nível operacional).

Em 2014, por intermédio da Resolução Nº 14, de 30 de julho de 2014, ambos os instrumentos foram

prorrogados para o período 2013-2015. Os instrumentos PETI e PDTI serão atualizados conforme o

Planejamento Estratégico Institucional (2016-2019) que se encontra em elaboração.

8.3.3. AÇÕES RELACIONADAS À RECUPERAÇÃO E À MODERNIZAÇÃO DOS

SISTEMAS

181 Relatório de Gestão – 2015

Novos Desenvolvimentos

ou Manutenções EvolutivasProjeto Justificativa/Descrição Status

Aperfeiçoamento do Guia de

Instrumentos de Apoio ao

Desenvolvimento. Industrial.

Esse projeto visa aperfeiçoar o sistema GUIA

com vistas ao aprimoramento contínuo.

Projeto a ser iniciado pela fábrica de software a

ser contratada.

SIG (Sistema Integrado de

Gestão).

Esse projeto visa aperfeiçoar o sistema SIG com

vistas ao aprimoramento contínuo dos processos

de gestão.

Projeto em andamento visando o

aperfeiçoamento dos processos de gestão da

ABDI.

Sistema de Apoio à Política

Industrial

Esse projeto visa desenvolver novo sistema de

apoio à Politica Industrial com vistas ao

aprimoramento contínuo, com base na nova

Política Industrial.

Projeto a ser iniciado pela fábrica de software a

ser contratada.

Modernização da Comunicação.

Esse projeto visa criar um novo Portal de Internet

e Intranet da ABDI mais moderno e amigável ao

usuário final.

Projeto a ser licitado.

Sistema DECODER.

Este sistema visa gerenciar as métricas de

competitividade para a Política Industrial

Brasileira .

Projeto a ser iniciado pela fábrica de software

contratada.

Gestão do Conhecimento.Esse projeto visa integrar todas as informações

estratégicas da ABDI.

Projeto a ser iniciado pela fábrica de software

contratada.

Plataforma Rede Diáspora

Brasil.

Esse projeto visa gerir o relacionamento e

comunicação da plataforma Rede Diáspora Brasil,

que visa reunir profissionais brasileiros voltados

a geração de negócios e de projetos em áreas

intensivas em conhecimento e tecnologia.

Projeto em estudo pela área finalística. Projeto a

ser licitado.

Estudos EconômicosEsse projeto visa analisar estudos econômicos e

gerar estatísticas tendo por base a software SAS.

Projeto a ser iniciado por uma empresa

terceirizada geranciada pela Área responsável.

Reestruturação da Gestão de

Processos.

Esse projeto visa criar um espaço virtual (Portal)

para a gestão e centralização dos processos da

ABDI.

Projeto em andamento pela equipe da CPLAN.

Portal Sistema de Demandas

Sistema em desenvolvimento em uma plataforma

colaborativa, que permitirá o cadastramento,

acompanhamento e controle das demandas

eventuais da ABDI.

Projeto em andamento pela equipe da CPLAN.

Protal Projetos

Sistema em desenvolvimento em uma plataforma

colaborativa, que permitirá que cada área de um

projeto finalístico controle o progresso de suas

ações, orçamento e gastos.

Projeto em andamento pela equipe da CPLAN.

Agenda Tecnológica Setorial .

Este portal tem como objetivo criar um espaço

virtual para a gestão e centralização de

informações da agenda Tecnológica Setorial da

ABDI.

Projeto em andamento pela equipe da GDTI.

Atividades de Suporte de TI

PREVISTOS 2016

Manutenções Evolutivas

Novos Desenvolvimentos

182 Relatório de Gestão – 2015

8.4. GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

8.4.1. ADOÇÃO DE CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA

AQUISIÇÃO DE BENS E NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS OU OBRAS

Aspectos sobre a gestão ambiental

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5

1.     A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas

licitações que levem em consideração os processos de extração ou

fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias primas.

x

Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de

sustentabilidade ambiental foram aplicados?

2.     Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos

atualmente adquiridos pela unidade são produzidos com menor

consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável.

x

3.     A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência

àqueles fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que

não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza biodegradáveis).

x

4.     Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido

considerada a existência de certificação ambiental por parte das

empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo

ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços.

x

Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação

ambiental tem sido considerada nesses procedimentos?

5.     No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que

colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras

automáticas, lâmpadas econômicas).

x

Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da

aquisição desses produtos sobre o consumo de água e energia?

6.     No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados

(ex: papel reciclado).x

·         Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os

produtos adquiridos?

7.     No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores

mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis

alternativos.

x

·         Se houver concordância com a afirmação acima, este critério

específico utilizado foi incluído no procedimento licitatório?

8.     Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis

de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga).x

·         Se houver concordância com a afirmação acima, como essa

preferência tem sido manifestada nos procedimentos licitatórios?

9.     Para a aquisição de bens e produtos são levados em conta os

aspectos de durabilidade e qualidade de tais bens e produtos.x

10. Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e

serviços de engenharia, possuem exigências que levem à economia da

manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo

de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o

impacto ambiental.

x

11. Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados,

bem como sua destinação, como referido no Decreto nº 5.940/2006.x

12. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os

servidores visando a diminuir o consumo de água e energia elétrica.x

Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a

essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

13. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de

conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e

preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores.

x

Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a

essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

Considerações Gerais:

Quadro a seguir, denominado Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis, está organizado de forma a se obter um conjunto de informações que permita, de

uma maneira geral, analisar o grau de desenvolvimento da gestão ambiental, mormente no que diz respeito a licitações sustentáveis. Este questionário deverá

ser preenchido de acordo com as orientações descritas abaixo.

GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

Avaliação

No fornecimento de aparelhos de ar condicionado, que utilize gás refrigerante

ecológico, que não agride e nem danifique a camada de ozônio.

Só utilizamos lâmpadas econômicas, mas não há como mensurar seu impacto no

consumo de energia elétrica.

Contratação de cooperativa de reciclagem para recolhimento de papéis

Sim ( x ) Não ( )

Na aquisição e fornecimento de água mineral a empresa é obrigada a atender as

especificações do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, Portaria

(5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ.

LEGENDA

Níveis de Avaliação:

(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ.

(2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria.

(3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ.

(4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria.

183 Relatório de Gestão – 2015

8.5. GESTÃO DE FUNDOS E DE PROGRAMAS

Este item não se aplica a ABDI.

8.6. INFORMAÇÕES SOBRE DEPÓSITOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS

A ABDI não tem depósitos judiciais e/ou extrajudiciais.

9. CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃOS DE CONTROLE

9.1. TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU

Não ocorreram determinações e recomendações do TCU especificamente para a ABDI no exercício

de 2015. Todas as demandas e pedidos de informações foram atendidos nos prazos.

9.2. TRATAMENTO DE RECOMENDAÇÕES DO ÓRGÃO DE CONTROLE INTERNO

A ABDI recebeu recomendações da Controladoria-Geral da União (CGU), consignadas no Relatório

de Demandas Externas nº 00190.001003-2014/84 que versa sobre irregularidades na gestão dos

contratos nº 046/2008 e nº 028/2010, ambos da área de informática.

A partir das recomendações a ABDI elaborou um Plano de Providências. Algumas das

recomendações já estão sendo atendidas e outras terão sua implantação no exercício em curso.

9.3. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS PARA A APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

POR DANO AO ERÁRIO

O Relatório nº 00190.001003-2014/84 da CGU apresentou constatações em que ocorreram prejuízos

a ABDI. A Diretoria Executiva designou uma Comissão de Sindicância para apurar as

responsabilidades e buscar o ressarcimento de valores pagos indevidamente. A referida comissão tem

o prazo para concluir os trabalhos até 3/3/2016.

9.4. A 9.11.

Estes itens não se aplicam a ABDI.

185 Relatório de Gestão – 2015

ANEXO – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1.1. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2015

1.2. BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2015

1.3. DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT EM 2015

1.4. BALANÇO COMPARADO 2014 - 2015

1.5. DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT COMPARADA 2014 - 2015

1.6. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL 2015

1.7. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA 2015