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RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2015 Rio de Janeiro, março de 2016.

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RELATÓRIO DE GESTÃO

DO EXERCÍCIO DE 2015

Rio de Janeiro, março de 2016.

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AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2015

Relatório de Gestão do exercício de 2015, apresentado

aos órgãos de controle interno e externo como

prestação de contas anual a que esta Unidade está

obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal,

elaborado de acordo com as disposições da Instrução

Normativa TCU nº 63, de 1º/09/2010; alterada pela

Instrução Normativa TCU nº 72, de 15/05/2013;

Decisão Normativa TCU 146, de 30/09/2015; Decisão

Normativa TCU 147, de 11/11/2015; Portaria TCU

321 de 30/11/2015; e da Portaria nº 522 e Norma de

Execução nº 01, ambas de 04/3/2015, da Controladoria

Geral da União.

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3

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

DENOMINAÇÃO SIGLA

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis ABIH

Agência Brasileira de Inteligência ABIN

Assessoria Especial para Grandes Eventos do Ministério da Defesa AEG/MD

Assessoria Especial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos RIO 2016 AJO

Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL

Advocacia Geral da União AGU

Autoridade Pública Olímpica APO

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES

Casa Civil da Presidência da República CC/PR

Centro de Imprensa Escrita MPC

Centro de Imprensa de Imagem IBC

Comissão de Assuntos Econômicos CAE

Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro CDURP

Companhia Estadual de Água e Esgoto CEDAE

Comitê Organizador dos Jogos COJO

Comitê Olímpico Brasileiro COB

Comitê Olímpico Internacional COI

Comando Aéreo Regional COMAR

Coordenação dos Programas de Pós Graduação de Engenharia COPPE

Centro Olímpico de Treinamento COT

Comitê Técnico de Eventos Especiais CONAERO

Companhia Docas do Rio de Janeiro CDRJ

Comissão de Coordenação do COI (CoordinationCommission) COCOM

Conselho de Governança CGO

Conselho Público Olímpico CPO

Consultoria Jurídica CONJUR

Controladoria-Geral da União CGU

Departamento de Controle do Espaço Aéreo DECEA

Diretoria de Infraestrutura e Serviços de Segurança e Prevenção DISEG

Diretoria de Infraestrutura Esportiva, Meio Ambiente e Apoio ao Evento DIEMA

Diretoria de Operações e Serviços DIOPS

Diretoria de Infraestrutura de Mobilidade, Trânsito e Tráfego DIMOB

Companhia DOCAS do Rio de Janeiro DOCAS

Divisão Olímpica de Sustentabilidade DOS

Escritório de Gerenciamento de Projetos do Rio de Janeiro EGP-Rio

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4

Instituto Brasileiro de Turismo EMBRATUR

Empresa Olímpica Municipal EOM

Foreign Commowealth Office FCO

Fundação Getúlio Vargas FGV

Fórum de Operadoras Hoteleiras no Brasil FOHB

Gabinete de Segurança Institucional GSI

Grupo de Trabalho GT

Gerência Regional do Patrimônio da União/SPU GRPU

Host City Contract HCC

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN

Comitê Paraolímpico Internacional IPC

Instituto Estadual do Ambiente INEA

Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária INFRAERO

Instituto Nacional de Meteorologia INMET

Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI

International Olympic Committee IOC

Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico LADETEC

Laboratório de Controle de Dopagem LAB DOP

Ministério da Educação MEC

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA

Ministério da Justiça MJ

Ministério de Minas e Energia MME

Ministério do Esporte ME

Ministério do Meio Ambiente MMA

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MPOG

Plano de Gestão de Sustentabilidade PGS

Programa de Aceleração do Crescimento PAC

Programa Governamental de Observadores PGO

Plano Diretor de Tecnologia da Informação PDTI

Plano de Gestão de Sustentabilidade PGS

Olimpic Broadcasting Service OBS

Olimpic Games Impact OGI

Olympic Games Knowledge Management (Gestão do Conhecimento-Jogos Olímpicos) OGKM

Revisão de projetos (Project Review) - Comitê Olímpico Internacional PR-COI

Revisão de projetos (Project Review)- Comitê Paraolímpico Internacional PR-IPC

Revisão da construção da infraestrutura e dos locais de evento

(VenuesandInfrastructureConstructionReview)

VICR

Secretaria de Aviação Civil SAC

Secretaria de Comunicação da Presidência da República SECOM/PR

Secretaria Geral da Presidência da República SG/PR

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Secretaria de Gestão Pública SEGEP

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República SECOM

Secretaria de Orçamento e Finanças SOF

Secretaria da Receita Federal do Brasil SRFB

Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República SRI

Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento SRH

Secretaria do Tesouro Nacional STN

Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos SESGE

Secretaria Federal de Controle Interno SFC

Secretaria Nacional de Direitos Humanos SDH

Sistema Brasileiro de Classificação SBClass

Sistema Gestor de Escritório e Projetos GEPNET

Secretaria Municipal de Meio Ambiente SMAC

Subchefia de Acompanhamento e Monitoramento da Casa Civil/PR SAM/CC

Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil/PR SAJ/CC

Secretaria do Patrimônio da União SPU

Parceria Público-Privada PPP

Tribunal de Contas da União TCU

Unidades de Tratamento de Rio UTR

Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ

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6

LISTA DE FIGURAS

Figura A 1 – Organograma da APO 14

Figura A 2 – Cadeia de Valor da APO 18

Figura A 3 – Painel de Indicadores 23

Figura B 1 – Mapa esquemático 72

Figura C 1 – Representação gráfica da estrutura de governança 80

LISTA DE QUADROS

Quadro A 1 – Normas Internas aprovadas em 2015 12

Quadro A 2 - Informações sobre áreas ou subunidades estratégicas 14

Quadro B 1 - Despesas por modalidade de contratação 28

Quadro B 2 - Despesas por grupo e elemento de despesa 30

Quadro B 3 – Restos a pagar de exercícios anteriores 32

Quadro B 4 – Principais parceiros da DIMOB 79

Quadro C 1 – Grupos de Trabalho ativos 88

Quadro C 2 – Remuneração dos Conselheiros de Governança e Fiscal 95

Quadro D 1 - Força de trabalho da UPC 101

Quadro D 2 - Distribuição da lotação efetiva 102

Quadro D 3 - Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas

da UPC

102

Quadro D 4 - Ações de capacitação 104

Quadro D 5 - Despesas com pessoal 105

Quadro D 6 - Rotatividade de pessoal em 2014 e 2015 106

Quadro D 7 - Contratos de Prestação de Serviços não Abrangidos pelo Plano de Cargos 107

Quadro D 8 – Força de Trabalho de TI 113

LISTA DE ANEXOS

Itens 7.6; 7.7; 7.9; e 7.11

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SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES .............................................................................................................................. 3

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................................................ 6

LISTA DE QUADROS ......................................................................................................................................................... 6

LISTA DE ANEXOS ............................................................................................................................................................ 6

2. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 9

3. VISÃO GERAL DA UNIDADE PRESTADORA DE CONTAS .......................................................................... 11

3.1. Finalidade e Competências ................................................................................................................................ 11

3.2. Normas e Regulamentos de Criação, Alteração e Funcionamento do Órgão ou da Entidade ............................ 12

3.3. Breve Histórico do Órgão ou da Entidade .......................................................................................................... 13

3.4. Ambiente de Atuação ......................................................................................................................................... 13

3.5. Organograma ...................................................................................................................................................... 14

3.6. Macroprocessos finalísticos ............................................................................................................................... 15

4. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL E DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO E OPERACIONAL ........... 19

4.1. Planejamento organizacional .............................................................................................................................. 19

4.1.1. Descrição sintética dos objetivos do exercício .......................................................................................... 21

4.1.2. Estágio de Implementação do Planejamento Estratégico .......................................................................... 22

4.2. Formas e Instrumentos de Monitoramento da Execução e dos Resultados dos Planos ...................................... 23

4.3. Desempenho Orçamentário ................................................................................................................................ 27

4.3.1. Informação sobre a Execução das Despesas .............................................................................................. 28

4.3.2. Restos a pagar de exercícios anteriores ......................................................................................................... 32

4.3.3. Suprimentos de fundos, contas bancárias tipo B e cartões de pagamento do governo federal ....................... 33

4.4. Desempenho Operacional .............................................................................................................................. 34

5. GOVERNANÇA ............................................................................................................................................................. 80

5.1. Descrição das estruturas de governança ............................................................................................................. 80

5.2. Informações sobre os dirigentes e colegiados .................................................................................................... 82

5.2.1. Dirigentes .................................................................................................................................................. 82

5.3. Papéis e funcionamento dos colegiados ............................................................................................................. 86

5.4. Atuação da Unidade de Auditoria Interna .......................................................................................................... 88

5.5. Atividades de Correição e Apuração de Ilícitos Administrativos....................................................................... 92

5.6. Gestão de Riscos e Controles Internos ............................................................................................................... 93

5.7. Política de Remuneração dos Administradores e Membros de Colegiados ....................................................... 95

6. RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE ...................................................................................................... 97

6.1. Canais de Acesso do Cidadão ............................................................................................................................ 97

6.2. Mecanismos de Transparência das Informações Relevantes Sobre a Atuação da Entidade .............................. 98

7. DESEMPENHO FINANCEIRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................... 99

7.1. Desempenho Financeiro do Exercício ................................................................................................................ 99

7.2. Tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio e avaliação e

mensuração de ativos e passivos ...................................................................................................................................... 99

7.3. Informações sobre a conformidade contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e

patrimonial ..................................................................................................................................................................... 100

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8

Itens 7.6, 7.7, 7.9 e 7.11 – Anexos ................................................................................................................................. 100

8. ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO ..................................................................................................................... 101

8.1. Gestão de Pessoas ............................................................................................................................................... 101

8.1.1. Estrutura de pessoal da unidade ............................................................................................................... 101

8.1.2. Demonstrativo das despesas com pessoal ................................................................................................ 105

8.1.3. Informações sobre os controles para mitigar riscos relacionados ao pessoal ................................................... 106

8.1.4. Pessoal requisitado de órgão ou entidade da Administração Pública Federal .................................................. 106

8.1.5. Contratação de Pessoal de Apoio e de Estagiário ........................................................................................ 107

8.2. Gestão do patrimônio e da infraestrutura ...................................................................................................... 107

8.2.1. Gestão do Patrimônio Imobiliário da União ................................................................................................... 107

8.3. Gestão da Tecnologia da Informação .............................................................................................................. 108

8.3.1. Principais sistemas de Informações ......................................................................................................... 108

9. CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃOS DE CONTROLE ........................................ 122

9.1. Tratamento de determinações e recomendações do TCU................................................................................. 122

9.2. Tratamento de Recomendações do Órgão de Controle Interno ........................................................................ 125

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2. APRESENTAÇÃO

A estrutura do Relatório obedeceu às orientações dos normativos do TCU e da CGU e está

apresentado de modo a identificar os principais atributos, as ações e responsabilidades institucionais

da Autoridade Pública Olímpica; as estratégias de atuação; o desempenho da execução orçamentária

e financeira; e outras previstas nas orientações emanadas pelo Tribunal de Contas da União - TCU.

O ano de 2015, de maneira geral, foi de grandes avanços para a Autarquia. No primeiro

semestre, cumprimos o compromisso da atualização da Matriz de Responsabilidades e da Carteira de

Projetos Olímpicos, resultado do trabalho integrado feito pelos entes governamentais envolvidos no

processo, com participação ativa da APO na mediação e articulação para monitoramento dos projetos

e divulgação dos resultados por meio deste documento.

A APO, para cumprimento de seu papel institucional, consolidou sua principal ferramenta

técnica denominada Sistema APO, que hoje reúne grande parte das informações sobre o andamento

dos projetos olímpicos. Em 2015, ele foi aprimorado para receber informações sobre o

acompanhamento físico-financeiro das obras, além de módulo adicional para acompanhamento

exclusivo dos serviços necessários aos jogos. Além de informações sobre os projetos, contém

análises, informações administrativas e memória documental do órgão, facilitando, assim, a

transmissão do legado imaterial das olimpíadas.

Em constante evolução e atualização, ao Sistema foi incorporado o módulo de Integração

Operacional – SIOP, por meio do qual é possível verificar marcos estratégicos do planejamento e da

implementação dos serviços necessários aos Jogos. Para levantamento dos dados e informações

necessárias ao acompanhamento via sistema, a APO utiliza os canais de comunicação com os entes

consorciados.

No ano de 2015, ficou claro o papel da APO na governança dos Jogos. Os avanços

observados na primeira metade do ano na preparação dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016

se consolidaram nos seis meses seguintes em importantes conquistas.

No segundo semestre, a agenda foi intensa. Os eventos-teste mostraram que o foco dos

trabalhos passou do planejamento para a operação e que os esforços empreendidos por todos os

envolvidos na organização do evento estão no caminho certo. Instalações começaram a ser entregues

para o Comitê Rio 2016, confirmando o compromisso dos governos com um cronograma

previamente estabelecido para atender às demandas de testes das arenas e dos serviços oferecidos

durante as competições.

A APO acompanhou a evolução dos processos, organizando seus esforços internos a partir da

metodologia e dos sistemas implantados, subsidiando tomadas de decisões estratégicas e garantindo a

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memória da gestão dos eventos. Com a divulgação da terceira atualização da Matriz de

Responsabilidades, peça orçamentária que aponta os responsáveis pelos projetos voltados

exclusivamente para os Jogos, contribuiu para a transparência da aplicação dos recursos públicos

investidos pelo país para receber as Olimpíadas.

A fim de garantir a implementação do vazio sanitário, a APO, diante das dificuldades

encontradas nas áreas das provas de hipismo, dentre outras medidas, promoveu ativa interlocução

entre o MAPA e o Exército Brasileiro para a realização de estudos de biossegurança no Complexo de

Deodoro, onde serão realizadas as competições equestres. Isto possibilitou a realização do evento-

teste de Hipismo, em agosto de 2015, avaliado de forma positiva pelos envolvidos, incluindo quanto

ao cumprimento das exigências biossanitárias.

Em dezembro de 2015, a APO aprovou uma segunda reestruturação organizacional,

acompanhando a evolução do projeto olímpico e considerando o momento atual, de avançado estágio

das obras de infraestrutura e a necessidade de preparação para implementação dos serviços

necessários aos Jogos, vigente a partir de janeiro de 2016.

Foram incorporadas as necessidades de acompanhamento das operações a serem realizadas

nas instalações e de maneira regionalizada, ou seja, considerando as instalações olímpicas em

clusters. Linhas gerais, a Diretoria de Mobilidade e a de Infraestrutura estão direcionando suas ações

de acompanhamento de planos e projetos, respectivamente, às Regiões Copacabana/Barra e

Maracanã/Deodoro. A Diretoria de Serviços mantém seu campo de atuação na articulação de

serviços, observando a transversalidade que é própria no trato de temáticas que se desdobram em

operações para os Jogos, seja na organização dos governos, seja na de instituições privadas como o

Comitê Rio 2016. E a Diretoria de Integração, em novo contexto de interação entre as diretorias,

mantém o objetivo de oferecer ferramental (metodológico e instrumental) e mecanismos no

acompanhamento das ações.

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3. VISÃO GERAL DA UNIDADE PRESTADORA DE CONTAS

3.1. Finalidade e Competências

A APO tem a finalidade de unificar os esforços interfederativos, integrando e facilitando a

atuação dos três entes consorciados (União, Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro),

com o objetivo de assegurar a entrega das obras e serviços necessários aos Jogos Rio 2016, em

conformidade com os requisitos constantes do compromisso assumido com o Comitê Olímpico

Internacional e Comitê Paraolímpico Internacional.

As competências e objetivos determinados em Lei orientam seu posicionamento e atuação no

cenário dos Jogos, por meio de um modelo de gestão eficaz, capaz de refletir suas competências

legais e institucionais e de promover ações integradas das três esferas de governo com as demais

organizações envolvidas com a organização e realização dos Jogos.

A Cláusula Quarta do Protocolo de Intenções, ratificado por meio da Lei Federal nº

12.396/2011 registra as competências institucionais a seguir listadas:

I - a coordenação de ações governamentais para o planejamento e entrega das

obras e serviços necessários à realização dos Jogos, incluindo a representação dos

entes consorciados perante órgãos ou entidades da administração, direta ou

indireta, e outros entes da Federação nos assuntos pertinentes ao seu objeto;

II - o monitoramento da execução das obras e serviços referentes aos Projetos

Olímpicos;

III - a consolidação do planejamento integrado das obras e serviços necessários

aos Jogos, incluindo os cronogramas físico e financeiro e as fontes de

financiamento;

IV - o relacionamento, em conjunto com os próprios entes consorciados, com o

Comitê Rio 2016 e demais entidades esportivas, nacionais e internacionais,

responsáveis por modalidades olímpicas e paraolímpicas nos assuntos

relacionados à organização e realização dos Jogos;

V - o planejamento referente ao uso do legado dos Jogos, com proposição de

soluções sustentáveis sob os aspectos econômico, social e ambiental;

VI - a elaboração e atualização da Matriz de Responsabilidades junto aos

consorciados e ao Comitê Rio 2016, visando definir obrigações das partes para a

realização dos eventos, face às obrigações assumidas perante o COI;

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12

VII - a homologação prévia dos termos de referência, projetos básicos e executivos

relativos à preparação e realização dos Jogos com a estrita finalidade de verificar

se atendem aos compromissos assumidos junto ao COI, a serem contratados pelos

entes consorciados, inclusive por seus órgãos e entidades da administração direta

e indireta, nos casos de utilização do regime diferenciado de licitações e contratos

para as obras e serviços, estabelecidos em lei federal;

VIII - a interlocução, nos casos de impasses relacionados à execução de obras,

com órgãos de controle, de licenciamento ambiental e demais órgãos envolvidos.

3.2. Normas e Regulamentos de Criação, Alteração e Funcionamento do Órgão ou da

Entidade

A Autoridade Pública Olímpica foi constituída sob a forma de Consórcio Público com

personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, pela Lei Federal nº 12.396, de 21 de

março de 2011, Lei Estadual nº 5.949 e Lei Municipal nº 5.260, ambas de 13 de abril de 2011,

ratificando o protocolo de intenções firmado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município

do Rio de Janeiro.

Sua estrutura organizacional e respectivas competências estão definidas no Estatuto, aprovado

por meio da Resolução do CPO nº 03/2011 e alterado pelas resoluções nº 04/2012 e 07/2014.

Suas atividades internas e administrativas estão definidas por meio de Regimento Interno

específico, aprovado por meio da Resolução da Diretoria Executiva nº 07/2015.

Para normatizar rotinas e procedimentos e facilitar o uso dos ativos tangíveis e intangíveis da

instituição, a APO edita Normas Internas específicas caso a caso e quando necessário. Em 2015,

foram editadas as seguintes normas internas:

Quadro A 1 - Normas internas aprovadas em 2015

Nº da Norma Nº da Resolução que

aprovou Ementa

01/2015 06/2015

07/2015

Dispõe sobre as normas e procedimentos para uso e comprovação de

gastos realizados com Cartão Corporativo no âmbito da Autoridade

Pública Olímpica - APO.

02/2015 Revogada pela

Resolução 11/2015

Disciplina a participação de servidores em eventos de capacitação.

03/2015 09/2015 Dispõe sobre a utilização de computadores do tipo desktop

04/2015 09/2015 Dispõe sobre a utilização dos recursos de Internet

05/2015 09/2015 Dispõe sobre a utilização do correio eletrônico institucional

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06/2015 09/2015 Dispõe sobre o acesso à rede institucional

07/2015 09/2015 Dispõe sobre o acesso aos sistemas de informação

08/2015 11/2015 Aprova a Norma de Capacitação de Servidores

3.3. Breve Histórico do Órgão ou da Entidade

A APO foi criada em 2011, conforme mencionado anteriormente, com a finalidade de integrar

e facilitar os esforços interfederativos, para a execução das obras e serviços necessários aos Jogos

Rio 2016, em conformidade com os compromissos assumidos com o COI.

Inicialmente, ela foi concebida com uma estrutura organizacional que refletia o estágio da

preparação para os Jogos à época com suas Diretorias priorizando os seguintes aspectos: 1)

Infraestrutura Esportiva, Apoio ao Evento e Meio Ambiente; 2) Infraestrutura de Mobilidade,

Trânsito e Tráfego; 3) Infraestrutura e Serviços de Segurança e Prevenção; 4) Operações e Serviços.

Conforme o andamento das atividades e com algumas entregas já sendo realizadas ao longo

do período de preparação da cidade do Rio de Janeiro para os Jogos, a instituição foi naturalmente se

adequando e mudando seu foco para entrega dos compromissos subsequentes.

No início de 2014, seu Estatuto foi alterado para que as Diretorias pudessem refletir o novo

foco do acompanhamento pela instituição: 1) Infraestrutura; 2) Mobilidade; 3) Operações e Serviços

e 4) Integração, sendo esta última a responsável por desenvolver ferramental metodológico e de

sistemas necessários a dar suporte técnico ao acompanhamento e processamento das informações

concernentes à preparação dos Jogos para auxiliar aos gestores nos processos decisórios que

demandassem informações sobre o andamento e a implementação dos projetos.

A instituição é um organismo dinâmico, sendo natural que seu processo de adequação à

realidade e à temporalidade dos projetos olímpicos. Assim, no final de 2015, a Autarquia passou por

novo processo de redirecionamento de seu foco, alterando sua estrutura organizacional a partir de

janeiro de 2016, visando à priorização do acompanhamento dos serviços necessários aos Jogos,

considerando o avançado estágio de conclusão das obras e da infraestrutura necessária.

3.4. Ambiente de Atuação

A APO atua como instituição macrointegradora dos esforços e das atividades dos três entes

consorciados: União, Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro visando a garantir a

entrega dos compromissos assumidos junto ao COI.

Desta maneira, a articulação e a integração dos entes estão no cerne das atividades a serem

desenvolvidas pela APO, com embasamento em elementos técnicos (informações) que lhe garantam

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14

contribuir decisivamente para o sucesso da empreitada compartilhada pelos níveis de governo e por

entidades privadas.

3.5. Organograma

Figura A 1 - Organograma da APO

A estrutura organizacional da Autoridade Pública Olímpica atual está definida no art. 5º do

seu Estatuto, aprovado por meio da Resolução nº 03, de 27/12/2011, do Conselho Público Olímpico-

CPO. Posteriormente, a Resolução nº 04, de 10/12/2012 e a Resolução nº 07, de 21/03/2014, do CPO

alteraram o Estatuto, e a atual estrutura, é demonstrada graficamente no organograma apresentado.

Quadro A 2 - Informações sobre áreas ou subunidades estratégicas

Áreas/

Subunidades

Estratégicas

Competências Titular Cargo Período de

atuação

PRESIDÊNCIA Relacionamento Institucional e Gestão

da Governança

Fernando Azevedo

e Silva Presidente

01/01/2015 a

05/02/2015

Marcelo Pedroso Presidente

Substituto

06/02/2015

a

31/12/2015

DIRETORIA

EXECUTIVA

Conduzir as deliberações colegiadas,

elaborar o planejamento estratégico e

seu desenvolvimento nas áreas

finalísticas, o planejamento financeiro

e orçamentário da instituição, bem

como reportar aos órgãos da esfera de

governança casos excepcionais que

possam comprometer a conclusão da

missão institucional da APO. Cabe a

Marcelo Pedroso Diretor

Executivo

01/01/2015 a

31/07/2015 e

01/11/2015 a

24/11/2015 e

20/12/2015 a

31/12/2015

Raimundo Célio

Augusto Macedo

Diretor

Executivo

01/08/2015 a

09/08/2015

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15

ela propor as diretrizes fundamentais

de organização da APO, além de

coordenar a implementação do

Planejamento Estratégico, financeiro e

orçamentário da Entidade.

Substituto

Ari Matos

Cardoso

Diretor

Executivo

Substituto

11/08/2015

a

31/10/2015 e

25/11/2015 a

19/12/2015

DIRETORIA DE

INTEGRAÇÃO

Desenvolver ferramental e

mecanismos de acompanhamento e

processamento das informações

concernentes à realização dos Jogos.

Ligia Neves Aziz

Lucindo

Diretora de

Integração

01/01/2015

a

31/12/2015

DIRETORIA DE

OPERAÇÕES E

SERVIÇOS

Acompanhar os planejamentos e

projetos de operações e serviços em

geral, necessários à realização dos

Jogos.

Planejamento do Uso do Legado.

Juliana da Silva

Pinto Carneiro

Diretora de

Serviços

01/01/2015

a

31/12/2015

DIRETORIA DE

INFRAESTRU-

TURA

Acompanhar a implementação de

projetos e planejamentos da

infraestrutura geral para os Jogos.

Sergio Jose

Pereira

Diretor da

Região

Maracanã e

Deodoro

01/01/2015

a

31/12/2015

DIRETORIA DE

MOBILIDADE

Acompanhar o planejamento e a

implementação de projetos, operações

e serviços de mobilidade urbana para

os Jogos.

Raimundo Célio

Augusto Macêdo

Diretor da

Região

Copacabana e

Barra

01/01/2015

a

31/12/2015

3.6. Macroprocessos finalísticos

A Cadeia de Valor da APO traz uma visão do funcionamento da instituição por meio do

entendimento desta como um grande processo de atividades inter-relacionadas com o objetivo de

gerar um valor específico aos entes consorciados e demais atores da governança dos Jogos.

Os entes consorciados, por meio de um instrumento de cooperação e de associação,

constituíram a APO para o fim precípuo de integração entre eles e os entes olímpicos privados

(Comitê Olímpico Internacional, Comitê Paraolímpico Internacional e Comitê Rio 2016). A APO

deve ainda dar transparência de suas atividades à sociedade e organismos internacionais interessados

no evento dos Jogos Olímpicos, em cumprimento às finalidades dispostas no Contrato de Consórcio

Público.

A Cadeia de Valor divide os macroprocessos finalísticos e os macroprocessos de suporte

alinhados à missão da organização. Além disso, é possível visualizar todas as partes relacionadas à

APO e as leis que a instituíram, bem como os documentos que definem os compromissos olímpicos.

Os macroprocessos finalísticos são relacionados diretamente com a razão de existir da instituição e

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geram os produtos finais entregues aos seus clientes. Os macroprocessos de suporte estão

indiretamente relacionados com os produtos finais, não sendo menos importantes no contexto geral

da instituição, pois proporcionam toda a estrutura necessária para realização das atividades por todos

os clientes internos.

Conforme mencionado inicialmente, a APO está modificando sua estrutura organizacional,

visando à priorização do acompanhamento dos serviços. Desta maneira, é possível que os

macroprocessos de trabalho também sejam revistos, caso necessário, para refletir a operacionalização

deste novo foco.

Os macroprocessos finalísticos da APO são: Relacionamento Institucional, Monitoramento de

Obras e Serviços, Planejamento do Uso do Legado. Todos os processos buscam garantir a entrega

dos compromissos assumidos com o COI e IPC.

O Relacionamento Institucional é o processo cuja finalidade é fortalecer ativamente a

instituição no contexto dos jogos, facilitando os processos externos e internos de obras e serviços,

bem como do legado olímpico, trabalhando no atendimento aos clientes. Ao longo do ano, foi

conduzido mais diretamente pelo Gabinete da Presidência e pela Diretoria Executiva por meio de

encontros com as entidades da Governança dos Jogos e da própria APO. Possui como principais

produtos a Matriz de Responsabilidades e Carteira de Projetos Olímpicos que, em 2015, teve suas

respectivas atualizações divulgadas em 28 de janeiro e 21 de agosto. Os principais clientes deste

processo são os entes governamentais da União (Presidência da República, Ministério do Esporte,

Congresso Nacional), do Estado do RJ (Governo do Estado do Rio de Janeiro) e Município do RJ

(Prefeitura do Rio), os entes privados (COI, IPC e Rio 2016), Mídia e organismos internacionais

(Comitê Olímpico Japonês, por exemplo). As áreas responsáveis pela condução deste macroprocesso

são as Diretorias da APO, nos seus respectivos níveis de atuação, e a Presidência de forma focada nas

necessidades de cada cliente.

O Monitoramento de Obras e Serviços é processo com a finalidade de gerar conhecimento

técnico e estratégico orientado às necessidades de articulação da Autarquia junto à Governança dos

Jogos. Para tanto, está estruturado para propiciar a coleta, a análise crítica e a utilização de

conhecimento útil às ações dos funcionários da Autarquia, oriundo do acompanhamento dos planos e

projetos executados pelos entes. Seu principal ferramental é o Sistema APO, em especial os módulos

dedicados à organização de informações finalísticas, com ambientes de consolidação e difusão

interna do conhecimento gerado. Essa base de dados corporativa tem papel de destaque no

alinhamento constante do efetivo e o conhecimento produzido permite, ainda, a consolidação de

outros produtos, que são elementos dessa rotina de alinhamento metodológica. Têm caráter dinâmico,

podendo ser alterados ou substituídos segundo as necessidades atuais de consolidação de

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conhecimento, de acordo com a evolução dos projetos olímpicos. No ano de 2015, podem ser citados

como principais produtos trabalhados nessa concepção os seguintes: Pauta Executiva: (Agenda,

Resumo de Imprensa, Radar de Notícias, Sumários Executivos de temas em evidência na semana),

Painel de Temas Acompanhados (lista de temas do Sistema de Acompanhamento com indicação de

sensibilidade), Quadro Evolutivo (consolidação de informações gerenciais estatísticas do Sistema de

Acompanhamento), Apostila (revista eletrônica; coletânea de informações das Pautas, Quadros

Evolutivos e Videowall em mês de referência), Videowall (interface de sistema com resumos

estratégicos de acompanhamento de temas), Calendário do Acompanhamento (calendário de

atividades importantes para o acompanhamento finalístico), Relatórios de Fluxo Financeiro (dados de

evolução financeira e física, orçamento, repasse aos órgãos executores e pagamento a contratadas de

obras, em especial da Matriz de Responsabilidades). Com base no conhecimento propiciado, para

instrumentalizar as articulações institucionais em alguns casos, podem ser consolidados, produtos

com destinação externa, como Relatórios de Risco ao Conselho Público Olímpico (CPO), o Painel

APO ao Comitê de Coordenação e o Cardápio de Informações APO ao GeOlimpíadas (resumo das

principais alterações/atualizações de dados de interesse comum dos Jogos). As áreas responsáveis por

conduzir o processo de monitoramento são as diretorias técnicas – Diretoria de Operações e Serviços,

Diretoria de Infraestrutura, Diretoria de Mobilidade e a Diretoria de Integração, culminando com a

atuação da Diretoria Executiva e da Presidência.

O Planejamento do Uso do Legado – PUL é o processo cuja finalidade é consolidar e integrar

as informações estratégicas definidas pelos entes sobre o legado dos itens constantes na Matriz de

Responsabilidades, salientando e propondo aspectos sustentáveis. Os principais produtos previstos

deste processo foram estabelecidos no âmbito de Sub Grupo de Trabalho Planejamento do Uso do

Legado - SGT PUL ligado ao Grupo de Trabalho Legado Estratégico – GT LE com a participação

dos entes de governo. Em 2015, foi finalizado um primeiro relatório (R1), situacional, e a

consolidação de um segundo relatório (R2) aguarda a definição pelos entes responsáveis dos

respectivos planos de legado para cada instalação esportiva. Os principais clientes deste

macroprocesso são União (Presidência da República, Ministério do Esporte, Congresso Nacional), o

Estado do RJ (Governo do Estado do Rio de Janeiro) e o Município do RJ (Prefeitura do Rio), os

entes privados (COI, IPC e Rio 2016), Mídia e organismos internacionais (Comitê Olímpico Japonês,

por exemplo). As áreas responsáveis pela condução deste macroprocesso são a Diretoria de

Operações e Serviços (provendo conhecimento aos clientes, articulações e trabalhos técnicos) e a

Diretoria de Integração (ferramental para consolidação e integração da informação estratégica).

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18

Figura A 2 - Cadeia de valor da APO

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19

4. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL E DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO E

OPERACIONAL

4.1. Planejamento organizacional

A APO, inicialmente, organizou seu arranjo institucional visando ao acompanhamento de

obras e serviços necessários à realização dos Jogos. Esta prioridade foi atribuída considerando o

prazo necessário para a execução destes projetos e os entraves que poderiam vir a ocorrer e que

demandariam uma atuação institucional da APO no que diz respeito à articulação para o

cumprimento do cronograma.

Com a proximidade dos Jogos e com a conclusão de boa parte das obras de infraestrutura,

percebeu-se a necessidade de considerar a implantação efetiva dos serviços nos equipamentos

concluídos e a operação dos Jogos nos respectivos clusters (Copacabana/Barra e Maracanã/Deodoro).

Na estrutura organizacional vigente em 2015, para o monitoramento das ações em andamento

em um cluster, por exemplo, o esforço para integração de informações era principalmente entre

unidades. Dessa forma, no alinhamento metodológico para consolidação de conhecimentos, foram

usadas estratégias para maximizar as potencialidades dos sistemas de informação, como reuniões de

equipe entre as diversas unidades e a consolidação de produtos transversais. Com a evolução do

projeto, tornou-se possível e conveniente investir um novo arranjo organizacional, visando a um

olhar de acompanhamento, ao mesmo tempo, sobre as obras e as operações para as instalações. Nesse

modelo de departamentalização por projetos, cada unidade orgânica é responsável por todos os

elementos e variáveis que interfiram diretamente nas atividades sob sua competência com foco em

um determinado projeto. Esta estrutura foi aprovada pelo CPO em dezembro de 2015, com vigência a

partir de 2016.

A APO é a primeira experiência de consórcio interfederativo e o fato de ser uma organização

com prazo de encerramento dos trabalhos faz com que os prazos para suas entregas e para a revisão

de suas ações sejam breves. Esta particularidade não impediu que a organização empreendesse um

esforço a médio e longo prazo e tornasse o desafio mais interessante do ponto de vista da gestão

pública.

O primeiro documento do planejamento estratégico foi publicado em 24 de outubro de 2014

no Diário Oficial da União e está disponível no sítio eletrônico da instituição para o público em geral.

A estratégia da APO pode ser resumida em um de seus produtos – o Mapa Estratégico. Este

produto traduz de maneira visual a estratégia e está dividido em três partes:

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1. Identidade Organizacional: contendo a visão da instituição, ou onde se pretende chegar; a

missão, ou o que será feito pela instituição para atingir sua visão; e seus valores, ou como a

instituição deve atuar no seu meio de atuação para cumprimento de sua missão.

VISÃO: Ser referência em Gestão Inter Federativa Integrada, contribuindo para a construção de um

legado sustentável ao Brasil.

MISSÃO: Integrar e Facilitar a participação da União, do Estado e do Município do Rio de Janeiro,

entes governamentais consorciados e Comitê Rio 2016 na preparação e realização dos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, a fim de assegurar o cumprimento das obrigações assumidas

pelo País perante o Comitê Olímpico Internacional.

VALORES:

• ÉTICA: guiar-se por princípios morais e responsabilidade no trato dos bens públicos e no

cumprimento das atribuições da APO.

• TRANSPARÊNCIA: dar à sociedade amplo acesso às informações sobre processos,

procedimentos e serviços, de forma clara e em tempo razoável.

• COMPROMISSO: empenho dos servidores em desempenhar suas funções com dedicação e

responsabilidade, em atendimento aos compromissos com a sociedade e instituições envolvidas com

os Jogos Rio 2016.

• EFICIÊNCIA: motivação da APO em buscar ser referência nos produtos, processos e serviços

ofertados ao cidadão.

• COLABORAÇÃO: adotar uma atitude de cooperação diante das necessidades dos entes

consorciados, Rio 2016 e demais entidades envolvidas com o Projeto Olímpico.

Em sua visão a APO pretende se tornar uma referência em gestão inter federativa. Sendo a

primeira experiência no Brasil de um órgão que integra as três esferas de governo (União, Estado do

RJ e Município do RJ), a instituição pretende construir seus processos e propostas de valores

alinhados às exigências dos entes governamentais aos quais representa.

A missão sintetiza a principal forma de atuação para atendimento ao compromisso olímpico:

através da integração entre as partes relacionadas (entes governamentais, entes privados, sociedade,

organismos internacionais, entre outros) e facilitação dos processos que levarão à entrega dos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos. A instituição entende que sua missão ganha peso ao se posicionar de

forma ativa e integradora, ao estabelecer uma atuação facilitadora dos entraves burocráticos e

mediadora de possíveis conflitos.

Os valores institucionais, por sua vez, acompanham os princípios da administração pública e

reforçam o compromisso da instituição com a missão definida em lei. Tais valores são princípios

básicos a ser seguidos por todos os colaboradores.

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21

4.1.1. Descrição sintética dos objetivos do exercício

Objetivos Estratégicos: são caracterizados por serem resultados quantitativos e qualitativos

que a organização precisa alcançar em prazo determinado. São compostos de um objetivo principal

que foi aberto em outros dois objetivos estratégicos para direcionar o foco da instituição.

Garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país, descritos na Matriz de

Responsabilidades e Carteira de Projetos, para preparação e realização dos Jogos Rio 2016;

Integrar as ações governamentais e cooperar com o Comitê Rio 2016, no planejamento e

execução das obras e serviços;

Atuar de forma articulada com os entes no planejamento de uso do legado, contribuindo para

sua definição dentro de parâmetros de sustentabilidade.

Os objetivos estratégicos foram definidos com base na lei de criação da APO e remetem à

Cláusula Quarta do Contrato de Consórcio Público. Os objetivos estão diretamente relacionados aos

macroprocessos finalísticos da instituição que dão origem aos indicadores estratégicos formulados

para mensurar seu alcance.

Ações Estratégicas:

1. Estabelecer um sistema integrado de gerenciamento capaz de potencializar o

acompanhamento dos projetos e planos operacionais.

2. Elaborar um sistema de informação institucional que apoie a gestão das atividades da

organização.

3. Elaborar estratégia orientada a excelência e transparência em comunicação institucional

com as partes relacionadas.

4. Fortalecer e equipar o time de colaboradores.

O trabalho do planejamento estratégico identificou que, para alcançar os objetivos, será

preciso fortalecer os processos internos, as ferramentas (sistemas) utilizadas para gerenciar tais

processos, promover a melhoria da comunicação da instituição (principalmente interna) e fortalecer

as equipes (conhecimentos e habilidades necessários).

As ações estratégicas podem ser consideradas como as operações que envolvem toda a

organização e que são desenvolvidas para o atendimento dos objetivos definidos pelo grupo de

dirigentes e estão voltadas para as necessidades organizacionais identificadas durante o processo de

planejamento da estratégia.

O desenvolvimento das ações estratégicas dentro da instituição é uma das etapas do

planejamento estratégico na APO. Em 2015, foram realizadas várias sessões com colaboradores a fim

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de levantar as ações definidas pelas Diretorias como prioritárias para o ano que se seguiu. O trabalho

foi conduzido pela Diretoria Executiva em conjunto com as demais diretorias e consolidou o Plano de

Ação das Diretorias para o período.

4.1.2. Estágio de Implementação do Planejamento Estratégico

Em 2015, a instituição direcionou seus esforços conforme previsto no planejamento

estratégico. Considerando as quatro ações estratégicas estabelecidas, podemos observar em relação a

cada uma:

Estabelecer um sistema integrado de gerenciamento capaz de potencializar o acompanhamento

dos projetos e planos operacionais.

O sistema APO é hoje uma ferramenta consolidada e que reúne grande parte das informações

sobre o andamento dos projetos olímpicos. Em 2015, ele foi aprimorado para receber informações

sobre o acompanhamento físico-financeiro das obras, além de módulo adicional para

acompanhamento exclusivo dos serviços necessários aos jogos.

Elaborar um sistema de informação institucional que apoie a gestão das atividades da

organização.

Além de informações sobre os projetos, o Sistema APO contém informações administrativas e

contribui para a organização das informações do órgão, facilitando, assim, a transmissão do legado

das olimpíadas.

Elaborar estratégia orientada à excelência e transparência em comunicação institucional

com as partes relacionadas.

A APO buscou otimizar sua relação com os entes consorciados, com vistas a apoiar e facilitar

a integração entre eles, principalmente em discussões referentes a temas importantes para realização

dos Jogos. Exemplos disso, as questões referentes à Sustentabilidade, Legado, transportes de animais

para as competições esportivas, Energia, dentre outros.

Participando ativamente dessas discussões, amparados por conhecimento técnico estratégico

sobre os assuntos afetos à preparação para os Jogos, acreditamos que estamos cumprindo com o

objetivo estratégico supracitado.

Fortalecer e equipar o time de colaboradores

Foram aprovadas, ao longo do ano, diretrizes que respaldam o papel dos colaboradores da

instituição. A Norma Interna de Capacitação, por exemplo, estabeleceu regras e procedimentos claros

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23

para que todos os colaboradores possam solicitar a realização de cursos e treinamentos com ônus para

a Autarquia, desde que estejam diretamente relacionados ao seu objeto de trabalho. Além disso, as

Normas de Segurança da Informação e Comunicação – NORSICs regulamentam o uso dos ativos

informacionais da instituição, garantindo a integridade dos trabalhos realizados pelos colaboradores e

a preservação do nosso patrimônio imaterial.

4.2. Formas e Instrumentos de Monitoramento da Execução e dos Resultados dos

Planos

A Autoridade Pública Olímpica – APO iniciou o processo de aprovação e implementação de

seu planejamento estratégico em agosto de 2014. Nesta etapa, foram elaborados o Mapa Estratégico,

a Cadeia de Valor e o painel de Indicadores de Gestão.

Indicadores de gestão são aqueles cujo foco está relacionado ao desenvolvimento e realização

das atividades da organização, demonstram sua evolução e apontam eventuais necessidades de

melhoria das atividades da instituição para alcançar seus objetivos. Esses indicadores englobam os

estratégicos (que estão relacionados ao alcance dos objetivos da entidade) e os operacionais (voltados

às atividades internas e administrativas).

No quadro abaixo estão dispostos os indicadores estabelecidos pela APO como

desdobramentos de seu Planejamento Estratégico, sendo que os quatro primeiros possuem viés

estratégico e os quatro últimos, operacionais:

Figura A 3 - Painel de Indicadores

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24

A APO organizou-se como macrointegradora de informações dos projetos para os Jogos, com

o objetivo de conhecer o todo, identificar e colaborar no tratamento das interfaces críticas dos

projetos e planos, no tratamento de riscos estratégicos e para propor soluções para facilitar

encaminhamentos e decisões dos entes consorciados e dos demais parceiros.

Portanto, como a APO não é a responsável direta pela gestão e entrega dos projetos olímpicos,

mas é uma instituição que, a partir das informações oriundas dos entes consorciados e demais

parceiros, acompanha o andamento das atividades por eles executadas. Nesse contexto, seus

indicadores estratégicos de gestão possuem como elementos de cálculo alguns fatores que dialogam

diretamente com os resultados desses projetos.

Considerando o momento atual, em que o acompanhamento de serviços ganha relevo e se

constata o avançado estágio das obras, houve a necessidade de promover nova alteração da estrutura

organizacional da APO, conforme descrito em tópicos anteriores, a qual passou a vigorar a partir de

janeiro de 2016. Além disso, verificou-se que a reanálise dos indicadores de gestão estratégicos se

mostra oportuna, por razões conceituais que acabaram confirmadas pelas medições realizadas no ano

de 2015.

De fato, os indicadores “Conclusão dos Compromissos” e “Abrangência dos Compromissos”

têm avaliações baseadas nas informações inseridas no Sistema de Acompanhamento da APO. O

primeiro está calcado nas medições de progresso físico dos projetos, em especial das obras, com base

em relatórios que, na época de seu estabelecimento, eram a base de troca de informações entre os

entes da governança. Sua base de cálculo é a razão entre o progresso físico realizado e o progresso

físico esperado. Já o segundo propõe-se a avaliar os acompanhamentos mensais realizados pelas

unidades finalísticas com bases estabelecidas por uma amostragem. Sobre essas medições, ressalte-se

que, nesta fase final de evolução física das infraestruturas, com a maioria dos projetos da Matriz de

Responsabilidades já entregue pelos entes governamentais aos cuidados do Comitê Rio 2016, a

programação e reprogramação dos projetos em etapa final deixou de ser a base dos

acompanhamentos, tendo havido significativa alteração das fontes de dados e, ademais, da própria

estruturação das unidades finalísticas da Autarquia.

O indicador “Abrangência do Relacionamento Institucional da APO” foi criado em um

contexto em que a APO pretendia realizar acordos de cooperação com os entes consorciados para

fornecimento de dados e informações acerca da execução dos projetos olímpicos. Por isso, sua base

de cálculo é a razão entre o número de parcerias firmadas e de parcerias mapeadas. Todavia, suas

medições não chegaram a ser realizadas, pois, com o avançar das etapas de planejamento, o formal

estabelecimento de parcerias com os entes perdeu razão, na medida em que se constatou a efetividade

da obtenção de informações para os trabalhos de monitoramento da APO como fruto das interações

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25

de suas equipes técnicas, atuando dentro da metodologia de acompanhamento implementada. A

Autarquia utiliza variadas formas de interação para a coleta de informações de interesse, como, por

exemplo, a participação em fóruns, visitas de campo, participação em reuniões de coordenação e o

fornecimento de informações complementares pelos entes públicos, tais como pelo Ministério do

Esporte e pela Caixa Econômica Federal. Esse processo sofreu os influxos positivos, ainda, do

incremento de ações de transparência ativa por parte dos entes da governança executores dos projetos

e de seus órgãos de controle, com acesso a portais de transparência na Internet da Controladoria-

Geral da União, do Ministério do Esporte, da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Controladoria Geral

do Município.

Tem-se, ainda, o indicador “Conclusão do Planejamento de Uso do Legado”, calculado com

base na razão entre as etapas da elaboração do Plano de Uso do Legado definidas e as etapas

efetivamente concluídas.

Em relação aos indicadores estratégicos, a despeito das considerações acima descritas a

nortearem a necessidade de revisão dos três primeiros, são os seguintes os dados apurados em 2015

(para os casos em que houve medição):

Figura 1 - Conclusão dos Compromissos

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26

Figura 2 - Abrangência do Acompanhamento Estratégico

Figura 3 - Conclusão do Planejamento do Uso do Legado

Em relação aos indicadores de gestão com viés operacional, os denominados “Rotatividade de

Pessoal” e “Despesas de Viagens”, por decisão de gestão, não foram mensurados. O primeiro,

considerando que a Autarquia já está em etapa de planejamento de sua desmobilização, conforme

previsão legal. Nesse contexto, a dispensa de pessoas será um processo natural, tornando, assim, esse

indicador desnecessário. O segundo, considerando a quantidade de viagens realizadas pela instituição

e o fato de já haver um indicador relacionado à execução orçamentária.

Em relação à “Disponibilidade do Sistema”, seu indicador é considerado relevante tendo em

vista que o Sistema de Acompanhamento é a principal ferramenta de trabalho da APO, com o registro

das informações finalísticas e, ademais, importantes informações administrativas e estratégicas. No

ano de 2015, as medições registram disponibilidade de 100% ao longo dos meses.

Sobre a Execução Orçamentária, o indicador visa a aferir o percentual entre o orçamento

planejado e o efetivamente realizado, tal como abaixo apresentado:

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27

Figura 4 - Execução Orçamentária

4.3. Desempenho Orçamentário

O Consórcio Público APO não integra os Orçamentos Fiscais, da Seguridade Social e Estatal

da União. O orçamento da APO é um instrumento não legislativo, contratual, decorrente de

transferências realizadas por intermédio de compromissos assumidos por Contrato de Rateio,

assinado pelos três entes - União, Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro,

anualmente, e obedece às normas gerais de direito financeiro aplicável às entidades públicas, a Lei nº

11.107/2005, o Decreto nº 6.017/2007, a Portaria STN nº 72/2012,

Os registros contábeis, no aspecto orçamentário, abrangeram as etapas de previsão e execução

das receitas e das despesas, nas respectivas classificações orçamentárias codificadas de acordo com a

Portaria STN/SOF nº. 163 de 04/05/2011, bem como o disposto no art. 35 da Lei 4.320/64,

considerando as normas do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público elaborado pela

Secretaria do Tesouro Nacional para contabilização e evidenciação de suas informações.

A Cláusula Vigésima do anexo à Lei nº 12.396, de 21 de março de 2011, especifica em seu

Parágrafo Primeiro que as despesas da Autarquia serão custeadas pelos três entes consorciados,

conforme Contrato de Rateio firmado anualmente.

O orçamento da Autarquia se divide em duas partes, sendo uma classificada como dotação

inicial, que representa os recursos integrantes do Contrato de Rateio, e a outra classificada como

dotação adicional, que representa os recursos oriundos do superávit financeiro dos exercícios

anteriores.

Para a manutenção das atividades da APO, os recursos executados em 2015 foram àqueles

apurados no superávit havido em 2014 e o orçamento, aquele aprovado pelo Conselho Público

Olímpico ainda em 2014, por intermédio da Resolução nº. 13/2014, publicada no sítio da APO, com

o total aprovado de R$ 46.892.330,40 (quarenta e seis milhões, oitocentos e noventa e dois mil,

trezentos e trinta reais e quarenta centavos), discriminado da seguinte forma:

a) R$ 20.603.119,32 (vinte milhões, seiscentos e três mil, cento e dezenove reais e trinta e

dois centavos), para pagamento de pessoal e

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Série1

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28

b) R$ 26.289.211,08 (vinte e seis milhões, duzentos e oitenta e nove mil, duzentos e onze

reais e oito centavos) para as demais despesas da autarquia.

No mês de dezembro de 2015, foi aprovado pelo Diretor Executivo da autarquia um crédito

suplementar no valor de R$ 1.756.364,47 (um milhão, setecentos e cinquenta e seis mil, trezentos e

sessenta e quatro reais e quarenta e sete centavos), visando ao ressarcimento de despesas com pessoal

requisitado. A fonte originária desses recursos foi o superávit de exercício anterior, apurado em

balanço patrimonial.

A execução orçamentário-financeira referente ao exercício de 2015 totalizou o valor de R$

27.396.388,49 (vinte e sete milhões, trezentos e noventa e seis mil, trezentos e oitenta e oito reais e

quarenta e nove centavos).

Do Contrato de Rateio de 2015, firmado em 23/12/2015, foram empenhados os recursos no

montante de R$ 24.583.267,00 (vinte e quatro milhões quinhentos e oitenta e três mil, duzentos e

sessenta e sete mil reais) pela União, R$ 18.950,00 (dezoito mil, novecentos e cinquenta reais) pelo

Estado do Rio de Janeiro e R$ 1.000,00 (mil reais) pelo Município do Rio de Janeiro. Todavia, o

financeiro não foi recebido por esta Autarquia até o fim do exercício em questão.

4.3.1. Informação sobre a Execução das Despesas

Quadro B1 - Despesas por modalidade de contratação

Unidade Orçamentária: APO–União/Est

RJ/Mun RJ

Cód. UO: 913001 / 002 / 003 UGO: 913001 / 002 / 003

Modalidade de Contratação

Despesa Liquidada Despesa paga

2015 2014 2015 2014

1. Modalidade de Licitação (a+b+c+d+e+f+g) 2.343.829,28 1.762.027,23 2.343.829,28 1.762.027,23

a) Convite 0,00 0,00 0,00 0,00

b) Tomada de Preços 0,00 0,00 0,00 0,00

c) Concorrência 0,00 0,00 0,00 0,00

d) Pregão 2.343.829,28 1.762.027,23 2.343.829,28 1.762.027,23

e) Concurso 0,00 0,00 0,00 0,00

f) Consulta 0,00 0,00 0,00 0,00

g) Regime Diferenciado de

Contratações Públicas

0,00 0,00 0,00 0,00

2. Contratações Diretas (h+i) 305.919,11 241.320,65 304.141,68 241.320,65

h) Dispensa 180.791,87 168.252,42 179.014,44 168.252,42

i) Inexigibilidade 125.127,24 73.068,23 125.127,24 73.068,23

3. Regime de Execução Especial 0,00 1.075,00 0,00 1.075,00

j) Suprimento de Fundos 0,00 1.075,00 0,00 1.075,00

4. Pagamento de Pessoal (k+l) 22.072.208,91 16.648.633,72 22.072.208,9

1

16.648.633,72

k) Pagamento em Folha 21.801.559,45 16.247.974,37 21.801.559,4

5

16.247.974,37

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29

l) Diárias 270.649,46 400.659,35 270.649,46 400.659,35

5. Outros 2.718.948,79 6.292.309,51 2.716.770,99 6.292.309,51

6. Total (1+2+3+4+5) 27.396.388,49 24.945.366,11 27.392.433,2

6

24.945.366,11

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30

Quadro B2 - Despesas por grupo e elemento de despesa

Unidade Orçamentária: APO – União / Est RJ / Mun RJ Código UO: 913001 / 002 / 003 UGO: 913001 / 002 / 003

DESPESAS CORRENTES

Grupos de

Despesa Empenhada Liquidada RP não processados Valores Pagos

1. Despesas de

Pessoal 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014

Vencimentos e

vantagens fixas

e Gratificações

– pessoal civil

15.816.436,48 13.590.378,25 15.816.436,48 13.590.378,25 0,00 0,00 15.816.436,48 13.590.378,25

Ressarcimento

despesas

pessoal

requisitado

4.464.303,52 4.624.601,52 3.906.379,18 3.678.694,16 557.924,34 945.907,36 3.906.379,18 3.678.694,16

Obrigações

patronais 2.031.365,58 1.921.033,46 2.031.365.58 1.921.033,46 0,00 0,00 2.031.365,58 1.921.033,46

Demais

elementos do

grupo

47.378,21 358.498,16 47.378,21 358.498,16 0,00 0,00 47.378,21 358.498,16

2. Juros e

Encargos da

Dívida

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais

elementos do

grupo

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

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31

3. Outras

Despesas

Correntes

Passagens e

despesas com

locomoção 1.309.246,53 1.359.353,27 1.169.849,50 1.162.387,35 139.397,03 196.965,92 1.168.072,07 1.162.387,35

Serviços de

Terceiros – PJ 2.362.108,32 1.778.892,88 1.710.606,93 1.296.684,27 651.501,39 482.208,61 1.710.606,93 1.296.684,27

Indenizações e

Restituições 1.907.863,52 2.148.648,12 1.769.811,54 2.002.478,99 138.051,98 146.169,13 1.769.811,54 2.002.478,99

Demais

elementos do

grupo

994.668,31 935.765,87 900.043,47 923.210,47 94.624,84 12.555,40 897.865,67 923.210,47

DESPESAS DE CAPITAL

Grupos de

Despesa Empenhada Liquidada RP não Processados Valores Pagos

4. Investimentos 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014

Equipamentos e

material

permanente

93.585,96 910.460,15 44.517,60 12.001,00 49.068,36 898.459,15 44.517,60 12.001,00

2º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais

elementos do

grupo

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. Inversões

Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

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32

2º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais

elementos do

grupo

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

6. Amortização

da Dívida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3º elemento de

despesa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais

elementos do

grupo

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

4.3.2. Restos a pagar de exercícios anteriores

Quadro B3 - Restos a pagar de exercícios anteriores Valores em R$ 1,00

Restos a Pagar não Processados

Ano de

Inscrição Montante 01/01/2015 Pagamento Cancelamento Saldo a pagar 31/12/2015

2014 2.708.202,45 1.987.093,72 647.409,80 73.698,93

2013 5.384.950,93 1.705.109,96 3.653.904,09 25.936,88

2012 252.942,06 4.390,81 248.551,25 0,00

2011 55.125,71 0,00 55.125,71 0,00

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33

Restos a Pagar Processados

Ano de

Inscrição Montante 01/01/2015 Pagamento Cancelamento Saldo a pagar 31/12/2015

2014 0,00 0,00 0,00 0,00

2013 0,00 0,00 0,00 0,00

2012 0,00 0,00 0,00 0,00

... 0,00 0,00 0,00 0,00

Em análise ao quadro acima, se observa o saldo remanescente de Restos a Pagar do ano de 2014 no valor de R$ 73.698,93 (setenta e três mil,

seiscentos e noventa e oito reais e noventa e três centavos), referente a despesas que se encontravam em aberto, devido a necessidade de negociação do

valor devido através de ajuste de contas e faturas, remanescendo a obrigação de pagar ao referido credor.

4.3.3. Suprimentos de fundos, contas bancárias tipo B e cartões de pagamento do governo federal

Não houve Concessão de Suprimento de Fundos em 2015.

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34

4.4. Desempenho Operacional

Considerando os indicadores estratégicos, a metodologia de atuação adotada pela APO,

enquanto integradora e articuladora das ações realizadas pelos entes e parceiros para a realização dos

Jogos Rio2016, em observância à legislação vigente, destacam-se, a seguir, os principais resultados

alcançados no exercício de 2015.

4.4.1. Diretoria de Operações e Serviços

À medida que se aproximam os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, as obras nas instalações

caminham para a conclusão, ganhando destaque crescente o monitoramento dos riscos e, sobretudo, o

esforço preventivo de articulação e integração relativo ao planejamento, a organização e a efetiva

implementação das operações e serviços.

Este trabalho foi intensificado pela APO, por intermédio de sua Diretoria de Operações e

Serviços, ao longo de 2015. Nesta função, a APO tem se dedicado primordialmente à articulação dos

órgãos integrantes do sistema de governança dos Jogos para solução de impasses.

Este processo de trabalho da APO exige a participação em reuniões, fóruns, grupos de

trabalhos, comitês e similares, que compõe a governança dos Jogos desde o nível operacional, até o

nível mais estratégico; e o contato com autoridades e órgãos para solução de impasses e troca de

informações. Na sequência, serão abordados os temas acompanhados pela DIOPS: Serviços de Saúde

e Vigilância Sanitária; Sustentabilidade; Impactos dos Jogos Olímpicos - Olympic Games Impact;

Plano de Uso do Legado; Cultura; Eventos; Turismo; Acomodações; Força de Trabalho; Cidade do

Futebol; Dados Meteorológicos e Oceanográficos; Imigração e Credenciamento; Tributação e

Aduana; Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) - LADETEC; Garantias; Proteção

de Marcas e Propriedade Intelectual; e Segurança Pública, Defesa Nacional e Inteligência;

Serviços de Saúde e Vigilância Sanitária

Em 2015, a APO acompanhou o desdobramento do planejamento operacional integrado,

visando ao cumprimento dos compromissos assumidos pelo Comitê Rio 2016 e pelos entes

governamentais envolvidos (Ministério da Saúde, a ANVISA, a ANS, a SES/RJ e a SMS/RJ). Este

planejamento foi formalizado por meio do Memorando de Entendimento das Ações em Saúde a

serem desenvolvidas para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Os principais fóruns para a discussão e o detalhamento destas ações foram o Grupo de

Trabalho de Saúde, coordenado pelo Ministério da Saúde, e seus quatro subgrupos: atendimento pré-

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35

hospitalar móvel; regulação e assistência médica; vigilância sanitária e riscos epidemiológicos,

sanitários e ambientais.

Os principais resultados alcançados em 2015 foram:

• Elaboração do plano operacional das ambulâncias dedicadas aos Jogos Olímpicos e

Paraolímpicos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro em parceria com a área

funcional de Serviços Médicos do Comitê Rio 2016, com foco em cada instalação, que começará a

ser executado nos eventos-teste em 2016, com as ambulâncias adquiridas pelo Ministério da Saúde;

• Conclusão de tratativas entre os entes que envolveram transferências de responsabilidade,

dentre as quais, destacamos a aquisição dos equipamentos médicos para os postos e Policlínica, a

serem adquiridos pelo Comitê Rio 2016 com recursos captados através de isenção fiscal (ICMS);

• Em relação à rede hospitalar, foram definidos os hospitais de referência em caso de

necessidade de remoção de pacientes atendidos nas instalações olímpicas e paraolímpicas;

• Sobre a sistemática de regulação dos serviços médicos durante os Jogos, foi aprovado o

modelo proposto pela Prefeitura no qual o médico chefe da instalação se comunica com o hospital de

referência e este com a Central de Regulação Municipal. Os hospitais públicos de referência serão da

rede municipal. O GSE/SAMU ficou responsável pela remoção de espectadores acidentados fora do

perímetro de segurança;

• Elaboração de um documento com as atribuições, prazos e responsáveis pelas ações

relacionadas à vigilância sanitária entre os 3 entes, que define o foco da atuação dos respectivos

órgãos de vigilância sanitária, de forma a evitar lacunas e, principalmente, sobreposições e conflitos

de atuação entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Superintendência de

Vigilância Sanitária do Governo do Estado do Rio de Janeiro (SUVISA) e a Subsecretaria de

Vigilância Sanitária do Município do Rio de Janeiro (SUBVISA);

• Definição sobre a composição e o funcionamento do Centro Operativo Integrado de Ações

Conjuntas da Saúde (CIOCS), que é uma unidade operacional de trabalho de caráter extraordinário e

temporário, com a participação de representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde do

Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde, para a gestão conjunta das ações nos âmbitos da vigilância

em saúde e assistência, desempenhando as funções de detecção, monitoramento e resposta a eventos

de importância de saúde pública durante o período dos Jogos;

• Para que o CIOCS possa apoiar as decisões durante os eventos, ele deve monitorar todos os

incidentes relacionados à saúde ocorridos. Desta forma, foi pactuado entre o Rio 2016 e os governos

que a Secretaria Municipal de Saúde é o órgão governamental responsável pelo recebimento e

consolidação das informações acerca dos atendimentos médicos realizados durante as competições

disponibilizadas pelo Comitê Rio 2016 para compartilhamento com demais entes; e

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• Em relação à estratégia em saúde pública para emergências decorrentes de incidentes

causados por agentes QBRN, no ano de 2015 houve avanço na articulação dos órgãos de Saúde,

Defesa e Segurança Pública dos três entes, assim como das áreas funcionais de Serviços Médicos e

de Segurança do Comitê Rio 2016, considerando a inerente interdependência das ações a serem

desempenhadas.

O segundo semestre de 2015 foi marcado pela realização dos eventos-teste e pelo

acompanhamento do planejamento com foco na operação. Apesar das operações durante os eventos-

teste nem sempre seguirem o “modelo Games Time”, os eventos-teste permitem verificar a

adequação das instalações, o quantitativo de meios disponíveis e os procedimentos e fluxos adotados,

inclusive a complementaridade de ações com os órgãos públicos envolvidos e constituem-se, neste

sentido, num importante exercício de integração.

Assuntos Equestres

Em 2015, a APO intensificou o monitoramento dos temas relacionados ao Hipismo e ao

Pentatlo Moderno. Estas modalidades têm peculiaridades de logística, aduana e saúde animal que

exigem um acompanhamento específico, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), à Federação Internacional de Hipismo, à Organização Internacional de

Saúde Animal – World Organization for Animal Health (OIE), além de outros órgãos como Receita

Federal e ANVISA.

Entre os principais assuntos que tiveram participação ativa da APO está a implementação,

incluindo a correspondente certificação formal por parte do MAPA e da OIE, do chamado “vazio

sanitário” nas áreas de competição. Trata-se de um requisito para a realização de competições com

cavalos de nível olímpico internacional, que envolve isolar a área de competição para torná-la livre

de doenças equinas. A fim de garantir a implementação do vazio sanitário, a APO, entre outras

medidas, promoveu ativa interlocução entre o MAPA e o Exército Brasileiro para a realização de

estudos de biossegurança no Complexo de Deodoro, onde serão realizadas as competições equestres.

A adequada implementação do vazio sanitário foi necessária para a realização do evento-teste

de Hipismo, em agosto de 2015. O evento foi avaliado de forma positiva, incluindo quanto ao

cumprimento das exigências biossanitárias.

Ademais, a APO atuou juntos aos órgãos fiscais e aduaneiros, contribuindo no âmbito do

CTOE – Comitê Técnico de Operações Especiais, coordenado pela Secretaria de Aviação Civil –

para a aprovação e a operacionalização de procedimentos mais ágeis de importação e exportação de

equinos para os Jogos Olímpicos.

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37

Essas medidas têm exigido a aprovação de alterações de caráter normativo, seja no âmbito do

CTOE, seja no âmbito do MAPA. Assim, a APO colaborou na articulação entre MAPA, FEI e

Comitê 2016 para a edição, por parte do primeiro, de normas sobre requisitos sanitários (perímetro de

biossegurança, quarentena, exames exigidos, etc.) e importação de cavalos e insumos. Entre os

resultados, encontra-se a aprovação das Instruções Normativas (IN) nº 8, 9, publicadas em

24/06/2015, e 40, publicada em 29/10/2015, por parte do MAPA.

Sustentabilidade

A atualização do PGS – Plano de Gestão de Sustentabilidade (cuja primeira versão foi

entregue à sociedade em agosto de 2013) foi desenvolvida pelos entes sob a coordenação do Grupo

de Trabalho de Sustentabilidade, principalmente no segundo semestre de 2015. Esta atualização

abrange a evolução dos programas e projetos que estruturam a estratégia de sustentabilidade dos

Jogos.

A APO coordena o referido Grupo de Trabalho e desenvolveu uma minuta do Plano de

Sustentabilidade, contendo a atualização dos Projetos Olímpicos, inclusive com os resultados já

obtidos até 2015, pois algumas etapas já foram finalizadas. Como processo geral, e em virtude do

ciclo dos Jogos, as questões de planejamento em sustentabilidade foram encerradas em 2015,

restando, o acompanhamento das entregas em andamento.

Entre os resultados alcançados, encontra-se a obtenção, por meio de duas auditorias realizadas

em 2014 e 2015, do Certificado ISO 20121.

Impactos dos Jogos Olímpicos - Olympic Games Impact

A APO atua na coordenação do SubGrupo de trabalho Olympic Games Impact - OGI

(Impacto dos Jogos Olímpicos), ligado ao GT Sustentabilidade. A APO promove a integração dos

entes visando ao fornecimento de dados para o atendimento ao manual técnico do COI para a

elaboração do OGI.

Em 2015, houve o fornecimento dos dados para a confecção do relatório (R2), voltado a

retratar o estado atual do planejamento dos Jogos, finalizado em dezembro. O executor do OGI é o

Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção (SAGE) da COPPE/UFRJ. A

disponibilização do documento é feita por meio do sítio do Comitê Rio 2016 na Internet.

Plano de Uso do Legado

Cabe à APO o Planejamento do Uso do Legado dos itens contidos na Matriz de

Responsabilidades dos Jogos Rio 2016, conforme previsto na Lei nº 12.396, de 21 de março de 2011.

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O papel dos entes consorciados – União, Estado e Município – neste processo é fundamental,

devendo indicar suas definições gerais sobre o uso do legado, uma vez que são os respectivos os

futuros gestores dos equipamentos.

Isto posto, cabe ainda registrar que a missão colocada referente ao legado sustentável por

parte da APO é intrinsicamente ligada ao paradigma da sustentabilidade (aspectos econômico, social

e ambiental). O foco está direcionado às medidas e proposições para qualificar o futuro uso das

instalações esportivas que ficarão como legado para a cidade.

Assim, baseado na legislação, compreendem-se as seguintes atividades como planejamento do

uso do legado:

• Integrar os entes na consolidação de um mapeamento e inventário do legado dos Jogos;

• Consolidar o processo de discussão, que é de natureza contínua até a efetiva entrega;

• Comunicar a premissa de que o legado dos Jogos deve corresponder efetivamente a um

resultado melhor do que aquele que haveria sem a ocorrência do megaevento;

• Reportar as proposições do uso futuro das instalações construídas para os Jogos salientando os

aspectos de sustentabilidade cabíveis a cada equipamento dos Jogos, no intuito de evitar que as

construções fiquem ociosas.

Para desenvolver o Planejamento do Uso do legado – PUL, a APO apresentou em 2014 uma

metodologia, aprovada pelo Grupo de Trabalho Legado Estratégico – GT-LE, coordenado pelo

Ministério do Esporte. O GT aprovou a constituição de um Sub Grupo para desenvolver o PUL,

contando com a representação dos entes. Conforme o planejamento aprovado, a APO foi definida

como coordenadora deste SubGrupo. O planejamento definiu também que seriam desenvolvidos dois

produtos:

• Relatório R1: relatório situacional do Legado dos itens da Matriz de Responsabilidades em

suas dimensões tangíveis e intangíveis, levantando inclusive os pontos de atenção, contando com a

participação de todos os entes envolvidos; e

• Relatório R2: Trata-se da análise evolutiva aprofundada da situação do Legado em suas

dimensões tangíveis e intangíveis, tendo como base as informações do R1, elaborado com as

sugestões propositivas para o uso do legado sustentável sob os aspectos ambiental, social e

econômico.

A APO, em conjunto com os entes consorciados, desenvolveu o R1 no início de 2015, tendo o

documento sido apresentado em fevereiro de 2015, contendo as definições disponíveis à época.

Também foram destacadas as lacunas existentes, com a indicação de sugestões para dar

prosseguimento ao processo de discussão do legado dos Jogos. Na sequência, houve as manifestações

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39

dos Governos Municipal e Estadual, com as respectivas sugestões ao documento. Assim, a APO

incorporou as contribuições na versão final do documento, apresentada em abril de 2015.

Em seguida a APO preparou um sistema para receber as informações gerais de legado, e em

especial as definições macro e micro necessárias à elaboração do R2. Os pontos mencionados devem

ser definidos pelo Ministério do Esporte em seu Plano de Legado, conforme previsto no Acórdão nº

3315, de 2015, do plenário do Tribunal de Contas de União. Para dar continuidade ao planejamento

acordado em 2014, a APO aguarda definições dos entes sobre a destinação de instalações da Matriz

de Responsabilidades.

Cultura

Nesta área, a APO atua em diversas frentes, incluindo a participação em fóruns, como o

Grupo de Trabalho (GT) Cultura, Turismo e Imagem do Brasil (renomeado como Câmara temática

de Cultura, Turismo e Imagem do Brasil, vinculado ao GEOlimpíadas) e o Grupo Operacional (GO)

Cultura, à realização de reuniões e acompanhamento das ações e planejamentos dos entes públicos

em cada cidade-sede (Rio e cidades do Futebol) e ao monitoramento e articulação dos entes públicos

entre si e entre as principais instituições culturais da cidade. A meta é oferecer uma programação que

evidencie a cultura popular brasileira e a diversidade de expressões artísticas nacionais, de forma a

promover o engajamento com as competições, ampliando o acesso à cultura e propiciando uma

experiência única e memorável ao espectador.

No início de 2015, a partir das mudanças nas gestões dos órgãos de cultura nas três esferas do

Poder Público (Ministério da Cultura, Secretaria de Estado de Cultura e Secretaria Municipal de

Cultura), a APO realizou um conjunto de reuniões com os novos gestores e equipes a fim de atualizá-

los quanto às informações referentes à organização das ações de cultura para os Jogos. Nestes

encontros, a APO propôs a retomada do GT Cultura, em nova configuração (inicialmente sem as

cidades e estados do Futebol) e com uma agenda mais objetiva e propositiva focada especialmente na

programação para a cidade do Rio de Janeiro. Como resultado, foi criado o novo Grupo Operacional

de Cultura (GO Cultura), sob a coordenação do Ministério da Cultura e com a participação da

Secretaria Municipal de Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, da Empresa Olímpica

Municipal, da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro e da APO. O GO Cultura se reporta ao GT

Cultura, Turismo e Imagem do Brasil vinculado ao GEOlimpíadas.

No GO, foi realizada a sistematização das ações em planejamento de cada órgão. Uma das

ações a serem destacadas foi a Maratona Cultural Cidade Olímpica, proposta no âmbito do Grupo,

que envolveu a estreita relação entre os entes públicos de cultura e as instituições privadas que atuam

com produção e difusão cultural na cidade. Realizada nos dias 08 e 09 de agosto, a Maratona

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compreendeu a coordenação de um calendário unificado de programação cultural, envolvendo os

diferentes equipamentos culturais da cidade e foi considerada como um evento-teste para a operação

das atividades culturais em 2016. Ainda em agosto, a Secretaria Municipal de Cultura anunciou o

Programa de Cultura Cidade Olímpica, um conjunto de editais no valor total de R$ 17 milhões

voltados à contratação de programação para o período de maio a setembro de 2016.

Além deste fórum, a APO manteve participação ativa no Grupo de Trabalho de Cultura,

Turismo & Imagem do Brasil. Sob coordenação do Ministério da Cultura e com participação do

Ministério do Turismo, Ministério do Esporte, Ministério das Relações Exteriores, Embratur, Apex-

Brasil e APO, o GT (renomado como Câmara Temática de Cultura, Turismo e Imagem do Brasil)

tem trabalhado para integrar as agendas dos entes federais no planejamento, organização e realização

de ações de promoção da cultura, turismo e da imagem do Brasil no contexto dos Jogos Rio2016, de

modo a aproveitar a oportunidade de posicionar a “marca Brasil” nacional e internacionalmente.

Neste contexto, foi desenvolvida e apresentada a campanha de promoção do Brasil no exterior e

elaborado o projeto de instalação da “Casa Brasil” na cidade do Rio durante os Jogos.

Quanto às agendas internacionais, a APO participou, a convite do British Council e do King’s

College London, como conferencista da The Art of Major Events Conference, ocorrida em Londres,

Reino Unido, sobre o planejamento da cultura para grandes eventos.

Eventos

O trabalho da APO nesse período voltou-se ao apoio à identificação e ao planejamento de

ações de parcerias, através de reuniões com o Comitê Rio 2016 e com diferentes órgãos

governamentais que possam garantir a realização dos eventos previstos relacionados aos Jogos.

No tocante aos Live Sites, foi assinado o termo entre Rio2016 e Prefeitura que autoriza a

municipalidade a realizar três destes eventos, no Parque Madureira, em Campo Grande (Parque

Miécimo da Silva) e na Região do Porto (chamado de Boulevard Olímpico). Coube à Empresa de

Turismo do Município do Rio de Janeiro (RioTur) selecionar, através de edital, uma empresa que

captou recursos para estes eventos em Madureira e no Boulevard Olímpico. Já o Comitê ficará

responsável por dois Live Sites: Parque Olímpico da Barra e Complexo Olímpico de Deodoro.

Cabe registrar ainda que, no curso de 2015, a APO, o Rio2016 e o Ministério da Cultura, em

comum acordo, decidiram por descontinuar os esforços em curso ao longo de 2014 para

desenvolvimento de um programa específico de formação de mão de obra técnica, via Pronatec

Cultura, para a produção dos Live Sites.

Já a governança do Revezamento da Tocha coube ao Grupo Especial coordenado pela

Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência da República (SAF),

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com a participação da APO, da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério do Esporte, do

Ministério da Defesa, do Ministério da Justiça, do Ministério da Cultura, do Ministério do Turismo,

da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT e do Comitê Rio2016. O grupo promoveu a

articulação entre as cidades de revezamento (aproximadamente 330 em todo o país), culminando com

um evento em Brasília, realizado em junho, com a presença dos prefeitos, governadores e Presidenta

da República, seguida de trabalhos e reuniões técnicas. Ao Grupo Especial cabe articular o

envolvimento logístico e financeiro do Poder Público na operação do evento em áreas diversas como

segurança, promoção turística, transporte etc. A APO atuou em 14 reuniões estaduais de integração e

planejamento operacional com as prefeituras e governos estaduais que receberão o revezamento.

Os Ministérios do Turismo e da Cultura anunciaram um programa de apoio aos municípios

para organizarem celebrações à passagem da Tocha Olímpica, com contratação de atividades

culturais de suas regiões. Essas mesmas atrações serão também incorporadas à programação de

cultura na cidade do Rio para o período dos Jogos.

Quanto às Cerimônias de Abertura e de Encerramento dos Jogos, é importante destacar que se

trata de um processo sob sigilo no Comitê Rio 2016, com forte restrição de acesso a informações.

Assim, a APO tem focado nas questões operacionais que envolvem as cerimônias, como segurança,

acesso dos diferentes públicos e demais definições de logística. No final do ano, foi definido pelo

GEOlimpíadas a criação de um Grupo Especial para acompanhamento das Cerimônias, no qual a

APO terá participação.

Turismo

A APO acompanha as ações de promoção turística, de requalificação e acessibilidade de

pontos turísticos, do desenvolvimento dos programas do Look da Cidade e de Experiência do

Espectador e do planejamento e estruturação para hospedagem dos turistas e a acomodação da

família olímpica.

Em continuidade à agenda proposta pelo GT Turismo no final de 2014, a APO e o Ministério

do Turismo realizaram, em fevereiro de 2015, o Seminário de Turismo que teve como objetivo a

troca de informações sobre o planejamento das ações de cada um dos entes para 2016, identificando

os pontos críticos, com vistas a definir um plano de trabalho compartilhado. Participaram do

Seminário o Ministério do Turismo, a Embratur, a Secretaria de Estado de Turismo/TurisRio, a

Secretaria Especial de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro/RioTur, a Casa Civil do Governo do

Estado e a Empresa Olímpica Municipal. Além disso, participaram do evento as áreas funcionais do

Comitê Rio 2016 relacionadas à jornada do turista (Experiência do Espectador, Capacitação,

Integração Paraolímpica, Ticketing, Acomodações, Cultura, Comunicação e Voluntariado).

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A APO manteve firme participação no GT Turismo, principal fórum de articulação na área.

Após o Seminário, o Grupo, reorganizado como Grupo Operacional de Turismo (GO Turismo)

vinculado ao GT Cultura, Turismo e Experiência do Espectador do GEOlimpíadas, manteve agenda

de reuniões mensais onde monitora e compartilha informações sobre as ações relativas à jornada do

turista e do espectador, tais como sinalização turística, informação turística, hospedagem,

conectividade, acessibilidade capacitação para serviços, entretenimento, segurança, transporte e

promoção turística. O GO realizou outras reuniões específicas, tratando de acessibilidade,

acomodação, capacitação, conectividade, cidades do futebol, revezamento da tocha, cidades do

entorno do Rio de Janeiro, acompanhando ao longo do ano seus desdobramentos. Uma consequência

da atuação desse grupo foi a realização de acordos entre o MTur e a Riotur para capacitação de

quiosqueiros, barraqueiros e empresas de ecoturismo e gastronomia. Outra demanda do grupo, a

instalação de zonas wi-fi nos pontos de interesse turísticos da cidade, também está sendo objeto de

articulação entre os entes.

No âmbito do GT Cultura, Turismo & Imagem do Brasil, foi desenvolvida uma estratégia

articulada de promoção turística do Brasil no mundo, potencializada pela Agenda Olímpica. Também

foi aprovada a instalação de uma “Casa Brasil” sob responsabilidade do Ministério do Turismo e da

Apex-Brasil na cidade do Rio de Janeiro durante o período dos Jogos Olímpicos. Especialmente no

que tange à promoção turística, o MTur lançou em outubro o “Ano Olímpico do Turismo” com as

cidades que participarão do roteiro do revezamento da tocha.

Acomodações

Trata-se do acompanhamento da entrega das unidades habitacionais acordadas com o COI.

Isto envolve ainda a implantação de classificação hoteleira seguindo padrão internacional, e

respeitando ainda as condições de sustentabilidade e acessibilidade. Esta área compreende ainda

negociações com o mercado para a prática de tarifas razoáveis no período dos Jogos.

A APO acompanha a construção das novas unidades habitacionais no Rio de Janeiro, bem

como das Vilas de Acomodação (Vilas Olímpica e Paraolímpica, Vila de Deodoro e as Vilas de

Mídia localizadas na Região da Barra) e a oferta de quartos em navios. O acompanhamento da oferta

hoteleira e construção das vilas (acomodação da família olímpica) é realizado através do Grupo de

Acompanhamento de Licenciamento de Acomodações, com reuniões entre EOM, Casa Civil/RJ, Rio

2016 e APO, na quais é apresentada a evolução da construção dos hotéis, flats e vilas com as quais a

Rio 2016 tem contrato. Este trabalho foi crucial em virtude da discussão acerca da prorrogação do

prazo legal para entrega dos empreendimentos beneficiados pela Lei Municipal 5.230 de 25 de

novembro de 2010, de dezembro de 2015 para maio de 2016. Além deste fórum de acompanhamento,

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a APO participa das reuniões de Project Review e Venue Operations Development Review (VDOR)

com a participação do COI, que envolve visitas a várias obras de hotéis flats e vilas.

Força de Trabalho

A APO articulou junto ao Comitê Rio 2016, EOM e Casa Civil/RJ reuniões para tratar de

capacitação para os trabalhadores a serem contratados pelas prestadoras de serviços para os Jogos.

Estas discussões se deram no âmbito do Grupo Operacional do Turismo, onde foram identificadas

algumas demandas e possíveis soluções. No decorrer das discussões, entretanto, observou-se que

algumas questões pertinentes à força de trabalho extrapolavam o escopo da capacitação e mereceriam

acompanhamento específico.

Assim, foi criado o GT Empregabilidade, integrado por SINE Municipal (SMTE), SINE

Estadual (Setrab), Casa Civil/RJ, EOM, APO, MTPS e Rio2016. A partir das discussões realizadas

no grupo, a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego encomendou um estudo para mapear a

oferta e a demanda de mão-de-obra para os Jogos. Este estudo embasará as ações de mobilização e

recrutamento que serão realizadas em 2016 por esses órgãos. A atuação da APO em relação à força

de trabalho está dividida em quatro focos: Mapeamento da oferta e da demanda de mão-de-obra;

Mobilização; Recrutamento; e Capacitação.

A APO também participa do Comitê Local de Trabalho Decente, coordenado pelo Ministério

do Trabalho e Previdência Social, que conjuntamente com os demais órgãos de governança dos

Jogos, o Rio2016, os órgãos gestores de trabalho municipal e estadual, o Tribunal Regional do

Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, promove ações de modo a garantir a regularidade das

relações de trabalho em todo o processo que envolve os Jogos. Neste contexto, foi proposta a criação,

no final do ano, do Grupo de Trabalho para Prevenção, Acompanhamento e Busca de Solução de

Conflitos Trabalhistas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio2016 para acompanhar as discussões

relacionadas ao tema.

Cidade do Futebol

A APO participa do Grupo Especial Cidades do Futebol, instituído pelo GEOlimpíadas e

coordenado pelo ME, através do qual acompanha os assuntos referentes à organização das cidades de

Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo para receberem as competições de futebol

masculino e feminino dos Jogos Olímpicos. Especialmente, a APO acompanhou a assinatura dos

contratos com as Prefeituras, com os respectivos Governos Estaduais e com os estádios que serão

instalações olímpicas.

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Dados Meteorológicos e Oceanográficos

Em 2015, com a intensificação da dimensão operacional de organização dos Jogos, a APO

atuou de forma decisiva nesta área, ao coordenar os órgãos dedicados aos serviços meteorológicos

em reuniões periódicas para a organização e integração deste serviço durante os Jogos. Esta reunião

tem servido para o planejamento operacional da área, mas também tem se mostrado um excelente

fórum de avaliação e proposição de melhorias para os eventos-teste.

As reuniões são realizadas bimestralmente e envolvem as instituições relacionadas, como

INMET, CPTEC, INEA, SIMCOSTA, Alerta Rio, CHM, DECEA, SMAC, Rio 2016, ME, Casa

Civil do Estado do RJ, Exército/AJO. Além desta reunião bimestral, a APO conduz reuniões

regulares com cada escritório de meteorologia.

Este trabalho teve entre seus marcos iniciais a assinatura, ainda em 2014, por todos os entes,

de um Memorando de Entendimento sobre o tema, com os serviços e responsabilidades de cada

instituição. Sob este contexto de cooperação, antes do início dos eventos-teste, no dia 23 de julho de

2015, duas boias meteoceanográficas foram instaladas na Baía de Guanabara por meio do projeto de

monitoramento da costa brasileira, SIMCOSTA, para coletar os dados oceanográficos necessários aos

Jogos na precisão requerida pelo COI e pelas Federações Esportivas Internacionais.

Além disso, o INMET lançou o sistema de Centralização dos Dados Meteorológicos no dia 29

de julho de 2015, que integra os dados coletados por todas as instituições, e o CPTEC implementou a

modelagem numérica para a Baía de Guanabara e Copacabana.

Durante os eventos-teste, o CPTEC fez previsões remotas que atenderam ao Triatlo, Maratona

Aquática, Ciclismo de Estrada e Hipismo. O INEA e o INMET atuaram presencialmente no

escritório da Lagoa para o Remo e a Canoagem. O CHM e o CPTEC também atuaram

presencialmente no escritório da Marina para a Vela. O INMET fez as previsões remotamente para os

eventos-teste de Deodoro.

Para o ano de 2016 estão previstas diversas reuniões com grupos operacionais, por escritório

de meteorologia, para definir questões técnicas, como pessoal, tecnologia e equipamentos para as

competições olímpicas. Além disso, no primeiro trimestre de 2016, há a previsão de instalação de

cinco estações meteorológicas em pontos do Rio de Janeiro e Niterói a fim de aumentar a

acuracidade dos dados coletados nestas regiões.

Imigração e Credenciamento

A APO acompanha as ações do Comitê Rio 2016 referentes aos processos de credenciamento,

nacionais e estrangeiros. O Rio 2016 vem tratando as questões de segurança pertinentes diretamente

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com a Secretaria Extraordinária para Segurança de Grandes Eventos do Governo Federal (SESGE),

estando em processo de finalização a assinatura de um acordo de cooperação entre as partes.

O Comitê Rio 2016 solicitou análise sobre a viabilidade de alteração da lei do Ato Olímpico

Federal, com vistas a atender a ampliação do prazo de entrada da força de trabalho que atuará nos

Jogos. Tal pleito, além de outros, foram contemplados no Projeto de Lei 3.221/2015, “Lei Geral das

Olimpíadas”, encaminhado ao Congresso Nacional.

Outra atuação em 2015 se deu pelos esforços da APO pela conclusão da elaboração do acordo

de cooperação entre a SESGE e Rio 2016. Além disso, esta Autoridade Pública Olímpica

acompanhou o processo de credenciamento dos eventos teste para os Jogos. Além disso, participou,

juntamente com as áreas responsáveis do Comitê Rio 2016, do delineamento de plano operacional

para o credenciamento dos participantes dos Jogos, processo este que continua em 2016.

Outra importante medida foi a edição da Lei Federal 13.193/2015, que alterou a Lei

6.815/1980 – o Estatuto do Estrangeiro no Brasil - para permitir a dispensa unilateral do visto de

turista por ocasião dos Jogos Olímpicos. Em paralelo a esta houve a edição da Lei 13.173/2015,

alterando o Ato Olímpico quanto a questões referentes a imigração. Ainda em dezembro de 2015, foi

publicada Portaria Conjunta nº 216, que traz a lista dos países que terão seus nacionais dispensados

da exigência de visto para fins de turismo no período de 1º de junho a 18 de setembro de 2016.

Tributação e Aduana

A APO tem realizado contatos e reuniões bilaterais com os envolvidos, visando acompanhar

as ações realizadas para os Jogos Rio 2016 e articular soluções para a concretização/efetivação dos

compromissos assumidos relacionados à entrada, uso e saída das mercadorias e serviços necessários

para os Jogos, com procedimentos simplificados e isenções referentes à alfândega, impostos e taxas

de importação.

Neste sentido, foram editadas diversas normas, como a Lei Federal n° 12.780/2013, o Decreto

8.463/2015 e as Instruções Normativas RFB n° 1.335 e 1.430 de 2013, que tratam de incentivos

fiscais. Além disso, a Receita Federal do Brasil publicou a primeira versão do Guia Aduaneiro para

os jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 em 10 de julho de 2015.

A APO também participa do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE) da Comissão

Nacional das Autoridades Aeroportuárias (CONAERO), que trata da operacionalização do projeto de

chegadas e partidas de pessoal, animais, equipamentos e serviços em território nacional,

acompanhando todos os procedimentos pertinentes à importação dos itens necessários ao evento,

realizando diligências e reuniões bilaterais quando necessário, e atuando na integração entre os

representantes dos órgãos participantes.

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No âmbito do CTOE, os fluxos de equinos e cães-guia foram estabelecidos e o fluxo dos

procedimentos de entrada e saída de armas e munições está em fase de ajustes após realização de

simulado em novembro de 2015. A ANVISA publicou Resoluções que tratam de regras de controle

sanitário sobre a importação de produtos, para uso exclusivo de delegações e comitivas credenciadas

e regras de importação de amostras e kits de coleta destinados a realização de testes de controle de

dopagem no país. O MAPA publicou norma que trata de importação de equinos, trazendo requisitos

zoossanitários que poderão ser aplicados alternativamente àqueles previstos em normas anteriores.

Em 2015 ocorreu a consolidação de parte da legislação necessária ao cumprimento dos

compromissos assumidos no que tange às adequações tributárias e à importação dos itens necessários

ao Evento. Além disso, está em fase de consolidação, juntamente com os órgãos/entes pertinentes, o

planejamento operacional para o recebimento e posterior liberação, caso necessário, dos itens

importados para os Jogos.

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) - LADETEC

A Autoridade Pública Olímpica tem acompanhado a evolução das obras e de toda a

preparação associada à utilização do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico

(LADETEC) como instalação destinada à realização dos testes de controle de dopagem.

É importante frisar ainda que, em setembro de 2013, a Agência Mundial Antidoping (WADA)

descredenciou o antigo LADETEC como laboratório apto a realizar os exames de controle de

dopagem por não atender às suas exigências técnicas. A partir daí, então, foram sendo tomadas as

medidas necessárias para se antecipar a conclusão das obras do novo laboratório e para atender às

demais condicionantes pertinentes à obtenção de um novo credenciamento junto à WADA, em tempo

hábil para a plena utilização durante os Jogos.

O processo de acreditação do Laboratório englobou as seguintes ações: manutenção e

extensão da certificação ISO/INMETRO, realização de obras de construção do LADETEC (prédio no

qual está inserido o LBCD – Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, que será utilizado ao

longo dos Jogos e, sobretudo, após as competições, como legado à população), aquisição de novos

equipamentos e a consolidação de quadro de pessoal aumentado e qualificado. A partir do final do

mês de fevereiro de 2014, foram liberados pelo Ministério do Esporte (ME) recursos financeiros

relativos ao fluxo de caixa das obras, sendo importante a continuidade da liberação de recursos para

garantir o ritmo do empreendimento. Ressalta-se que o ME, principal responsável pelo financiamento

das obras, também tem acompanhado todas as ações envolvidas no processo de acreditação, em

especial por meio da ABCD/ME (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem).

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Dessa maneira, após períodos de avaliação da entidade internacional, em maio de 2015 o

laboratório foi recredenciado, considerado apto para efetuar análises em nível olímpico. Tal

credenciamento, porém, é reavaliado anualmente pela entidade internacional, sendo importante,

então, a manutenção da instalação e de suas atividades, principalmente neste período pré Jogos.

A APO acompanhou as diversas ações referentes à preparação do Laboratório para o processo

de acreditação e busca o relacionamento mais próximo com os diversos atores participantes, tais

como a ANVISA e a Receita Federal, auxiliando no planejamento e agilizando os procedimentos

referentes à importação dos padrões de comparação e das amostras biológicas que serão utilizados

nas análises pertinentes.

Periodicamente, a APO participa de reuniões de alinhamento promovidas pela Subchefia de

Articulação e Monitoramento da Casa Civil – SAM, referentes às diversas questões pertinentes ao

Controle de Dopagem, principalmente no que concerne aos preparativos para os eventos teste e Jogos

especificamente, auxiliando a SAM no acompanhamento dos encaminhamentos que surgem nos

encontros.

A construção do prédio do LBCD está em sua fase final, assim como as demais ações de

preparação da instalação. Ainda, os procedimentos para contratação dos últimos equipamentos e

recursos humanos estão sendo finalizados.

A APO também está presente nas reuniões da força-tarefa criada pelo COI, cujo objetivo é

servir de apoio operacional às questões relacionadas ao controle de dopagem para os Jogos

Olímpicos, tais como a acreditação do laboratório. Três reuniões da força-tarefa já foram realizadas,

em fevereiro, agosto e dezembro de 2015.

O laboratório já atuou com excelência na análise das amostras biológicas colhidas durante

grande parte dos eventos testes ocorridos em 2015. As amostras foram colhidas pela ABCD durante

os eventos, com o acompanhamento da APO.

Garantias

A APO acompanha, no âmbito federal, estadual e municipal, as discussões referentes à

materialização das garantias e dos compromissos assumidos perante o Comitê Olímpico Internacional

durante a fase de candidatura do Rio de Janeiro como Sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de

2016, incluindo o contrato de cidade-sede, conforme a legislação brasileira. O Comitê Rio 2016

preparou uma relação de solicitações legislativas que, após avaliação, foram contempladas no Projeto

de Lei 3.221/2015 encaminhado ao Congresso Nacional.

Entre as alterações legislativas solicitadas estão, entre outras: 1) alterações na legislação de

propriedade intelectual; 2) criminalização e combate ao cambismo; 3) regulamentação da venda dos

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ingressos; 4) antecipação dos prazos de credenciamento; 5) alteração do procedimento para produtos

apreendidos. Boa parte de tais solicitações foram materializadas no Projeto de Lei 3.221/2015, “Lei

Geral das Olimpíadas”, encaminhado pelo Poder Executivo Federal ao Congresso Nacional em 2015.

O projeto encontra-se, no momento, em tramitação no Congresso Nacional.

Proteção de Marcas e Propriedade Intelectual

O Grupo de Trabalho de Garantias e o Subgrupo de Trabalho de Proteção de Marcas, criados

com a missão de aprofundar o entendimento dos requisitos e regras apresentados pelo COI e pelo

Comitê Rio2016 para uso das marcas olímpicas pelos entes governamentais, foram extintos no início

de 2015. Após sua extinção, foi criado um novo subgrupo de discussão sobre o tema, no âmbito da

Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (COESRIO),

coordenado pela Polícia Civil e pelo Comitê Rio 2016, do qual a APO faz parte.

O subgrupo de discussão sobre Proteção de Marcas iniciou seus trabalhos no início do

segundo semestre, dando maior ênfase às questões operacionais relacionadas ao tema. Neste sentido,

o grupo elaborou o Guia Operacional de Proteção às Marcas, que orienta a atuação das forças

policiais na operação.

A APO mantém estreito relacionamento com a equipe de proteção a marcas do Comitê Rio

2016, a fim de acompanhar e auxiliar no que for necessário o cumprimento dos compromissos

assumidos pertinentes ao tema. Ressalte-se o acompanhamento relacionado ao evento teste de

Ginástica em abril de 2016, promovido pelo Comitê, que irá testar as diversas atividades relacionadas

à operação de Proteção de Marcas.

Segurança Pública, Defesa Nacional e Inteligência.

Para a candidatura da Cidade do Rio de Janeiro para os Jogos 2016, o Estado Brasileiro,

comprometeu-se a oferecer Jogos seguros, com a liderança do Governo Federal, totalmente integrado

com os Governos Estadual e Municipal, com uma estrutura unificada de comando, com baixo nível

geral de riscos relacionados com os Jogos e com alinhamento com os Serviços de Inteligência.

A Autoridade Pública Olímpica, participante assíduo e ativo dos diversos fóruns, contribuiu

na busca de soluções oportunas, precisas e eficientes para as questões envolvendo as operações de

segurança dos Jogos, contribuindo com as forças de Segurança Pública, Defesas Civil e Nacional e

Inteligência.

Cabe registrar que, em 2015, os trabalhos para a organização dos Jogos Olímpicos tem se

concentrado no planejamento operacional das diversas áreas. Assim, foi criada a Comissão Estadual

de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (COESRIO2016), que tem se dedicado,

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sobretudo, à formulação do planejamento operacional da Segurança Pública e Defesa Civil na cidade

do Cidade do Rio de Janeiro. A APO participa deste grupo e tem contribuído, por intermédio da

DIOPS, para os trabalhos operacionais dos órgãos de segurança.

Já a integração das ações de segurança em nível mais estratégico segue sendo realizada por

meio do Grupo de Trabalho de Segurança, hoje sob a coordenação compartilhada da Secretaria

Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE/MJ) e da

Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE/MD). O GT conta ainda com a participação desta

APO, de representantes da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), da EOM (Empresa Olímpica

Municipal) e do Comitê Rio2016. O GT, como se sabe, tem escopo mais amplo e se dedica também a

assuntos relacionados à Defesa Nacional, Inteligência e Segurança Privada.

Nos dois fóruns, a APO tem atuado no seguinte sentido:

• Integração dos agentes envolvidos na atividade de segurança;

• Definição e consolidação as responsabilidades desses agentes para a realização dos Jogos;

• Monitoramento das ações que devam se desenvolver até os Jogos; e

• Acompanhamento das ações nos Jogos Rio 2016.

Foram alcançados resultados significativos em 2015. Os eventos-teste foram avaliados, de

forma geral, como positivos. Um dos importantes resultados foi a ativação dos centros envolvidos

com a coordenação e controle das atividades de todos os eixos da segurança dos Jogos – Segurança

Pública, Defesa Civil, Defesa Nacional e Inteligência. Passamos a listar alguns destes resultados:

• Aprovação e difusão do Plano Estratégico de Segurança para os Jogos Olímpicos e

Paraolímpicos Rio 2016 (PESI RIO2016);

• Conclusão de 45 (quarenta e cinco) Planos de Segurança Integrada e Ordenamento Urbano

das Instalações (PISOU);

• Conclusão do Conceito de Uso (CONUSO) que orienta o funcionamento do Sistema

Integrado de Comando e Controle do período operacional dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos;

• Conclusão do Procedimento Operacional Padrão (POP) do Centro Integrado de Segurança da

Instalação para a Operação de Segurança dos Jogos Rio 2016;

• Conclusão do Plano Tático Integrado (PTI) para a Cidade do Rio de Janeiro; e

• Na área de Inteligência, a ABIN manteve a sistemática de apresentar Avaliações de Risco

Periódicas, tendo sido realizadas cinco edições no ano de 2015.

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4.4.2. Diretoria de Integração

A Diretoria de Integração (DI) tem a competência de desenvolver ferramental e mecanismos

de acompanhamento e processamento das informações concernentes à realização dos Jogos. Para

isso, seus esforços são concentrados em dois assuntos prioritários: Gestão da Informação e

Tecnologia da Informação. Os principais temas tratados por esta unidade ao longo de 2015 serão

abordados a seguir.

Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI

A partir da aferição dos indicadores previstos no PDTI, é possível verificar que o ano de 2015

apresentou resultados expressivos no cumprimento das metas estabelecidas. Em função do curto

tempo de existência da entidade, as ações de estruturação dos recursos computacionais, de

contratação de serviços, de desenvolvimento dos sistemas e de montagem da equipe de Tecnologia da

Informação foram planejados para ocorrerem no primeiro ano de execução do planejamento (2014-

2015), ficando o segundo período para consolidação do parque computacional, evolução das

aplicações desenvolvidas e suporte técnico às áreas da APO, tanto as responsáveis pelas atividades

finalísticas quanto as do segmento administrativo.

Instalação de equipamentos

Logo nos primeiros meses do ano, foram instalados os Centros de Processamento de Dados,

instalados os Videowalls e o aumentado o número de televisores e equipamentos de

videoconferência. Em julho/2015, foi instalado link de alta velocidade no escritório da APO situado

no Banco do Brasil (Rio de Janeiro/RJ), equipamentos e rede de acesso.

Estes equipamentos são necessários considerando a intensa rotina de troca de informações,

reuniões de articulação e de acompanhamento dos planos, projetos e ações para os Jogos, trabalho

realizado tanto entre seus técnicos (internamente) quanto com pessoas de outras instituições,

principalmente vinculadas aos entes consorciados (externamente).

Site da APO

Considerando fatores como custo, funcionalidades e segurança, em março de 2015 foi

contratado serviço de hospedagem para o site da APO, oferecendo suporte adequado às estratégias de

divulgação institucional, inclusive nas redes sociais.

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Normas

No campo normativo, em maio de 2015, foi aprovada a Política de Segurança da Informação e

Comunicações – POSIC/APO, oferecendo as diretrizes e os fundamentos da estrutura normativa de

segurança da informação da entidade e direcionando a APO no que diz respeito à gestão dos riscos de

TI e ao tratamento dos incidentes. Em outubro do mesmo ano, foram aprovadas as normas de

segurança da informação e comunicações (NORSICs), somando à norma interna para uso de

computador portátil e modem outras normas internas editadas pela Diretoria Colegiada, disciplinando

o uso de desktops, do e-mail funcional, de Internet, de acesso à rede e para controle de perfis. Foram

formalizados, ainda, os Planos de Gerenciamento de Incidentes, Continuidade de Negócios e

Recuperação de Desastres.

Desenvolvimento de Sistemas

No primeiro semestre de 2015, foi possível atingir a meta de desenvolvimento de sistemas

prevista no plano, com a implementação de sistemas de informação para suporte de atividades como

o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), o acompanhamento de prazos e a organização de

informações relativas a demandas externas, além de controle do atendimento de chamados de suporte

técnico em informática.

Ao “Sistema de Acompanhamento de Obras e Serviços” foram acrescidos os painéis de

infraestrutura (interfaces executivas de informações), ambientes de consolidação de informações

sobre o planejamento de operações para os Jogos, tais como: a) sobre os percursos e as operações da

Tocha Olímpica e da Tocha Paraolímpica; b) abordando recursos disponíveis para a prestação de

serviços de Dados Meteorológicos pelos entes públicos durante os eventos-teste e os Jogos; c) sobre

o planejamento de Acomodações para os Jogos; d) sistematizando dados de planejamento dos

Eventos-teste.

Investiu-se, ainda, na estruturação de processos de emissão de alertas sobre alterações e

atualizações de informações aos usuários. Além da criação de ferramenta de busca de conteúdos na

plataforma e a constituição de funcionalidades que integram conteúdos entre módulos do Sistema

APO.

Acompanhando o movimento organizacional promovido pela APO, com priorização do

acompanhamento das operações e serviços, houve a consolidação do módulo designado “SIOP –

Sistema de Integração Operacional”, que possibilita o acompanhamento específico para serviços para

os Jogos e para os eventos-teste. Toda a sistemática deste novo módulo dialoga com a Metodologia

para Acompanhamento de Obras e Serviços, tendo por objetivo fornecer insumos sobre o andamento

dos planos operacionais com vistas às análises estratégicas de riscos. Ações de capacitação e

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alinhamento metodológico com foco no SIOP foram incorporados à rotina da Diretoria, com

acompanhando constante dos processos executados pelas equipes e dos resultados alcançados.

Orientação Metodológica

Foram editadas Orientações que detalham aspectos tanto conceituais quanto do uso dos

sistemas associados, referentes ao Módulo de Governança, ao Registro Eletrônico de Validação de

Indicativos de Riscos, ao SIOP – Sistema de Integração Operacional e apresentado Roteiro para

Coleta de Informações em Fontes Abertas. Isto facilita o trabalho dos colaboradores no que diz

respeito à coleta e ao armazenamento de informações sobre os projetos olímpicos.

Em setembro/2015, foi realizado o 5º Workshop do Sistema de Acompanhamento, edição que

se constituiu em etapa de planejamento e mobilização para subsidiar o momento de mudança a ser

vivenciado pela Autarquia.

O fluxo de informações, interna e externamente, tem sido alterado, fruto da evolução dos

processos internos de trabalho e, também, dos projetos em execução para os Jogos. As obras estão em

vias de finalização, ao passo que os serviços avançam em articulações e etapas de planejamento

operacional. Novas frentes de coleta de informação junto aos entes consorciados estão sendo

estruturadas, enquanto outras perderam motivo, em processo absolutamente dinâmico e consoante

com a evolução das etapas dos planos e projetos acompanhados.

Participação em Fóruns

A Diretoria continuou a representar e a apoiar a participação da APO em fóruns estratégicos

da governança, relevantes como espaço para articulações e fontes de informações técnicas. Com o

objetivo de fornecer alinhamento metodológico a todo o Ciclo da Informação na APO, bem como

colaborar na coleta de dados (em especial junto às estruturas de gestão de projetos dos entes

consorciados e do Comitê Rio 2016, além de outras entidades que atuem no monitoramento de

projetos de interesse, tais como instituições financiadoras), os funcionários da Diretoria participam,

em conjunto com os representantes das outras unidades finalísticas, dos fóruns e eventos do Comitê

Olímpico Internacional e do Comitê Paraolímpico Internacional organizados pelo Comitê Rio 2016.

Além disso, a DI tem assessorado a participação da APO no Geolimpíadas, no Comitê Executivo e

no Comitê de Coordenação dos Jogos.

Produtos

A área de gestão da informação se dedica à configuração e elaboração de produtos com

caráter de integração, como estatísticas e outras análises setoriais, para difusão e alinhamento de

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informações internas ou externamente. A configuração desses produtos é, pela própria natureza de

interação com a Governança, processo absolutamente dinâmico, diante das necessidades de

comunicação e articulação junto aos entes, que varia ao longo do tempo.

São os principais produtos trabalhados no ano de 2015:

Pauta Executiva: Agenda, Resumo de Imprensa, Radar de Notícias, Sumários Executivos de

temas em evidência na semana;

Painel de Temas Acompanhados: lista de temas do Sistema de Acompanhamento com

indicação de sensibilidade;

Quadro Evolutivo: consolidação de informações gerenciais estatísticas do Sistema de

Acompanhamento;

Apostila: revista eletrônica; coletânea de informações das Pautas, Quadros Evolutivos e

Videowall em mês de referência;

Cardápio de Informações APO: resumo das principais alterações/atualizações de dados de

interesse comum dos Jogos (ao GeOlimpíadas);

Videowall: interface de sistema com resumos estratégicos de acompanhamento de temas;

Calendário do Acompanhamento: calendário de atividades importantes para o

acompanhamento finalístico;

Relatórios de Fluxo Financeiro: dados de evolução financeira e física, orçamento, repasse aos

órgãos executores e pagamento a contratadas de obras, em especial da Matriz de

Responsabilidades.

Matriz de Responsabilidades

No que se refere ao monitoramento de obras e serviços e à implementação de ações de

transparência sobre os projetos dos Jogos Rio 2016, dentre as ações mais importantes de 2015 estão

as segunda e terceira atualizações da Matriz de Responsabilidades e da Carteira de Projetos

Olímpicos, realizadas, respectivamente, em 28 de janeiro e 21 de agosto.

A segunda atualização demonstrou avanços significativos na preparação dos Jogos.

Totalizando 56 projetos olímpicos exclusivos, no valor de R$ 6,6 bilhões, a Matriz de

Responsabilidades já indicava, à época, 42 projetos com maturidades superiores a 3, significando um

progresso de 75% de licitações em andamento/concluídas. Nessa versão, houve a consolidação dos

projetos do Complexo Esportivo de Deodoro e os de energia elétrica, compromissos do Governo

Federal para a preparação dos Jogos.

No início do segundo semestre, a terceira atualização sinalizou o caminho para a realização

dos eventos-teste e as providências a serem tomadas a fim de assegurar o cumprimento dos

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compromissos assumidos. Naquele momento, foram verificadas conclusões de obras significativas,

tais como aquelas relativas ao abastecimento de água, luz e esgoto do Parque Olímpico da Barra,

além da subestação de energia elétrica, que, no futuro, beneficiará cerca de 40 mil habitantes na

região.

Essa última atualização de 2015 totalizou compromissos na ordem de R$ 6,7 bilhões,

distribuídos entre 46 projetos, sendo 44 com seus contratos assinados e obras encaminhadas, dos

quais 11 foram concluídos.

Para definição da abrangência de alguns projetos, foi incluída a Multirregião, com o

agrupamento de projetos segundo as “obrigações” correlatas, como é o caso da energia temporária.

Por fim, os investimentos demonstrados na Matriz de Responsabilidades, sinalizam forte

envolvimento do setor privado nos Jogos Rio 2016, correspondendo, na terceira atualização, a R$ 4,2

bilhões.

A próxima atualização dos documentos está programada para janeiro de 2016, a cerca de 6

meses dos Jogos, e, da mesma forma como as anteriores, apresentará, na Matriz de

Responsabilidades, a atualização dos acompanhamentos dos projetos de obras e serviços exclusivos

para os Jogos organizados e agrupados nas regiões olímpicas – Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e

Copacabana – com espaço para projetos transversais na Multirregião.

Transparência e relacionamento com os órgãos de controle

No ano de 2015, a APO foi instada pelo Tribunal de Contas da União a prestar informações

em 14 (quatorze) processos de fiscalizações temáticas voltadas à realização dos Jogos Rio 2016.

Para atendimento às requisições do TCU, esta diretoria forneceu informações que auxiliaram

a Autarquia a produzir, ao longo do período, ofícios, relatórios, planilhas e outros documentos,

instrumentos de trabalho das equipes técnica e diretiva.

Contribuindo com a transparência das informações ligadas ao evento esportivo, a APO, além

de promover a atualização sistemática da Matriz de Responsabilidades e da Carteira de Projetos

Olímpicos, mantém, em seu Portal da Internet, informações atualizadas sobre o andamento das obras

com fotos, editais de licitação, contratos e aditivos, repasses de recursos federais e pagamentos às

contratadas, estabelecendo links com portais da Controladoria-Geral da União e dos entes

consorciados.

A transparência das informações relativas aos gastos com os Jogos e os principais dados de

acompanhamento das obras e serviços vinculados, realizados pela APO, foram dispostas em seções

fixas: “Transparência – Instalações”; “Matriz – Matriz de Responsabilidades e Carteira de Projetos

Olímpicos”; e “Legado – Plano de Políticas Públicas – União, Estado e Município”.

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No ano de 2015, a APO também prestou informações sobre a Matriz de Responsabilizadas,

sua publicação e atualizações continuadas à Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado

do Rio de Janeiro.

O desempenho do papel da Instituição na governança dos Jogos, dá-se, sobretudo, pelo

exercício da articulação e da integração dos entes de governo e do Comitê Rio 2016, produzindo,

além das análises técnicas, alinhamentos institucionais efetivos e colaborativos para a entrega do

compromisso olímpico.

4.1.3. Diretoria de Infraestrutura

O ano de 2015 foi marcado, especificamente no segundo semestre, pelo término das obras de

parte das arenas esportivas, onde foram realizados eventos-teste, com o intuito de verificar como se

encontravam diversas áreas funcionais importantes para os Jogos 2016.

Dentro desse cenário, a Diretoria de Infraestrutura (DINFRA) buscou realizar maior

aproximação com os Entes Consorciados e com o Comitê Organizador dos Jogos, com o intuito de

promover a interlocução necessária, para obtenção da sincronização das ações; verificar os problemas

ocorridos nos eventos-teste, e corrigi-los para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

A DINFRA atuou promovendo e participando de reuniões, visando à coordenação das ações

nos níveis federal, estadual e municipal; integrando fóruns de discussão; e participando e

coordenando Grupos de Trabalho (GT), abordando os seguintes temas: Infraestrutura Esportiva,

Infraestrutura não Esportiva e Serviços Públicos.

Sobre a Infraestrutura Esportiva

A DINFRA/APO, por intermédio de seus representantes, participou de reuniões de

alinhamento com o Governo Federal (Casa Civil e Ministério do Esporte); com o Comitê Olímpico

Internacional (CoCom e o VDOR) e com o Comitê Rio 2016 (Integração, Eventos-Teste e VDOR).

Nesses fóruns foram tratados assuntos inerentes aos projetos, andamento das obras, alterações

de cronogramas, compatibilização de ações, estruturas temporárias (overlays), operações e

comissionamento das instalações esportivas. Esse acompanhamento processado pela DINFRA/APO

permitiu a detecção de eventuais “gaps”, interferências, necessidades de coordenação e a respectiva

adoção de soluções tempestivas para a melhor preparação dos Jogos Rio 2016.

Sobre Infraestrutura não Esportivas

Representantes da DINFRA acompanharam as instalações e obras não esportivas, entendidas

como em apoio ao evento, que dizem respeito à construção da Vila Olímpica e Paraolímpica, o

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complexo de mídia para atendimento aos Jogos (International Broadcast Center – IBC –, Main Press

Center – MPC – e Hotel de Mídia), o Domínio Urbano do Complexo Esportivo de Deodoro,

participando ativamente junto aos órgãos e entidades envolvidas na realização dos Jogos Rio 2016.

Ademais, integrantes da DINFRA realizaram reuniões com o COI, Casa Civil da Presidência

da República e Ministério dos Esportes, Caixa Econômica Federal, Comitê Rio 2016 e a empresa Ilha

Pura Empreendimentos Imobiliários Ltda., a fim de acompanhar as diversas tratativas e ações, que

permitissem o avanço na execução das obras das instalações não esportivas. Assim, realizou visitação

às obras, o acompanhamento e a avaliação dos impactos dos planos, projetos e programas, bem como

a busca de soluções para as questões de maior impacto na entrega das instalações para os Jogos

Olímpicos, visando a atender as garantias acordadas.

Sobre os Serviços Públicos

Com a finalidade de promover a integração dos esforços para disponibilização dos serviços

públicos durante os Jogos Rio 2016, a APO dedicou-se em promover a coordenação e efetiva

participação nos Grupos de Trabalho relacionados ao tema, garantindo a sincronização das

informações técnicas no acompanhamento e monitoramento dos projetos para entrega das obras de

infraestrutura e planejamento da operação dos serviços públicos. Como resultante, sustentou com

informações técnicas as reuniões de Governança dos Jogos RIO 2016, a exemplo e não limitante, o

Comitê Executivo e as reuniões específicas de cunho técnico com o COI – “Expert Energy Review”,

além de participações em reuniões estratégicas com a Casa Civil da Presidência e GEOlimpíadas.

Em paralelo, adotou medidas que, seguindo a metodologia de sistema automatizado

implementado, permitiram as análises dos riscos preeminentes e geração de alertas nos diversos

fóruns de atuação.

Fez parte da entrega em 2015, a primeira versão do Plano de Operação do Setor Elétrico para

os Jogos, que no momento se encontra em avaliação pelo COI.

Sobre as Regiões Olímpicas

Todas as informações levantadas pela equipe da DINFRA sobre os projetos olímpicos estão

armazenadas nos respectivos Temas Acompanhados no Sistema APO. Tal ferramenta permite à APO

as condições para exercer o seu papel de agente singular, diante das expectativas com a identificação

antecipada de riscos.

De acordo e, em continuidade com o modelo operacional de trabalho do Comitê Organizador

dos Jogos no tratamento dos serviços públicos, o acompanhamento e monitoramento das entregas de

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obras de infraestrutura e o planejamento da operação, agrupados pelas regiões olímpicas de forma a

simplificar e garantir a unicidade operacional na prestação dos serviços públicos.

Especificamente, no processo de monitoramento dos projetos indispensáveis para as

Olimpíadas de 2016, conforme metodologia estabelecida na Matriz de Responsabilidades, a APO

atuou na interlocução com os entes, no processo de definição do modelo de provimento de Energia

Temporária de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia. O resultado final estabelecido foi

que o Governo Federal será o responsável pelo provimento de energia temporária na Região da

Barra, e o orçamento será suportado em R$ 290 milhões pela União, e para as demais regiões, cujo

orçamento previsto é de R$ 170 milhões, ficará sob-responsabilidade do Governo do Estado do RJ,

por intermédio de uma lei de resgate de obrigações e o executor da contratação será o Comitê

Organizador dos Jogos Rio2016.

Região: Barra

No Parque Olímpico da Barra serão concentradas importantes instalações esportivas, cujas

obras estão sob a responsabilidade da Prefeitura do Rio, por intermédio da Empresa Olímpica

Municipal (EOM). Durante o ano de 2015, as obras transcorreram conforme o relatado abaixo:

O Centro Olímpico de Treinamento Halls 1, 2 e 3, agora denominado ARENAS CARIOCAS

1, 2 e 3, estão em avançado estágio de conclusão, tendo chegado ao final de novembro com 96%,

98% e 99% respectivamente. A instalação do ar condicionado, cuja obra foi contratada através de

RDC, iniciou em 15/07/15 com conclusão prevista para o início de 2016. Cabe ressaltar a

participação efetiva desta Autarquia no processo do RDC. Os eventos teste que ocorreriam na Arena

Carioca 2 foram transferidos para a Arena Carioca 1, onde os serviços foram concentrados com

término programado das obras e entrega para o Comitê Rio2016 para o início de 2016.

O Hall Olímpico 4/Handebol, agora denominada ARENA DO FUTURO, teve suas obras

concluídas em 24/11/15, cumprindo o cronograma contratual.

As obras do Centro Aquático Maria Lenk iniciaram em 15/04/15 com término programado

para o primeiro trimestre de 2016, visando à realização do evento teste de Saltos Ornamentais

agendado para 19/02/16.

No Centro Olímpico de Esportes Aquáticos, os projetos foram alterados e concluídos e a obra

se encontra com 95% de serviços executados em dezembro de 2015. O término contratual é previsto

para o primeiro trimestre de 2016 e os eventos-teste estão marcados para 15/04/2016.

A obra do Velódromo foi iniciada em fevereiro de 2014. Ela é executada pela Prefeitura do

Rio com recursos do Orçamento Geral da União repassados pelo Ministério do Esporte.

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Em 02 de setembro de 2014, a APO emitiu o Relatório de Acompanhamento de Risco nº

03/2014, endereçado ao Conselho Público Olímpico relatando os atrasos na obra. Em dezembro de

2014, as obras se encontravam com 12% de execução. No final de 2014 e início de 2015, as obras do

Velódromo tiveram melhora no ritmo, o que permitiu recuperação de parte do atraso. A laje da pista

de concreto foi concluída em abril de 2015, o que possibilitou a medida topográfica da área,

imprescindível para o desenho da pista de madeira, que é o campo de prova da competição.

No segundo semestre/2015, as obras diminuíram o ritmo novamente e não foi possível iniciar

a montagem da pista de madeira em agosto de 2015, conforme o cronograma original. O atraso foi

verificado, sobretudo, na instalação do ar condicionado e no fechamento do telhado, com isso, a

conclusão da obra, prevista inicialmente para dezembro de 2015, foi remarcada para o início de 2016.

A obra do Velódromo Olímpico apresentava 75% de execução no final de 2015. Na instalação serão

disputadas provas do ciclismo de velocidade olímpico e paraolímpico.

O Centro Olímpico de Tênis é uma obra executada pela Prefeitura do Rio com recursos do

Orçamento Geral da União repassados pelo Ministério do Esporte. O Centro terá 16 quadras durante

os Jogos Rio 2016, sendo uma arena de 10 mil lugares, uma quadra de 3 mil lugares, uma de 5 mil,

sete quadras de competição para 250 lugares e seis quadras de aquecimento. Após os Jogos ele ficará

com 9 quadras.

A obra do Tênis foi iniciada em novembro de 2013 e apresentava 40% de execução em

dezembro de 2014. Em 2015, as obras prosseguiram, mas a data de finalização, prevista inicialmente

para agosto de 2015, foi adiada para o primeiro semestre de 2016. Em dezembro de 2015, o Tênis

tinha uma execução em torno de 80%.

O evento-teste de Tênis foi realizado em dezembro de 2015 e marcou a abertura do Parque

Olímpico da Barra. O evento transcorreu com normalidade com o teste das principais áreas

funcionais.

O Campo Olímpico de Golfe foi inaugurado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 22 de

novembro de 2015. A Prefeitura do Rio transferiu para a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) o

uso do espaço por 10 anos, prorrogável por mais 10 anos.

Com o intuito de acompanhar a execução das obras da Vila dos Atletas a DINFRA/APO

participou de reuniões com a Casa Civil da Presidência da República e os entes consorciados bem

como com o Comitê Rio2016, com o propósito de integrar as ações com as diversas esferas de

governos – Federal, Estadual e Municipal, para as questões relacionadas à entrega da instalação para

os Jogos Olímpicos.

Na última medição de obra na Vila Olímpica, realizada pela Caixa Econômica Federal no ano

de 2015, a obra encontrava-se com percentual de 96,62% de execução. Foram feitas também visitas

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periódicas ao empreendimento, mantendo reuniões regulares com a empresa Ilha Pura, visando ao

acompanhamento das obras. O término da obra está previsto para o primeiro trimestre de 2016.

A DINFRA/APO acompanhou, em conjunto com os demais entes e parceiros da sua área de

atuação, o andamento das obras civis do Parque Olímpico, relativas aos prédios do Complexo de

Mídia (IBC, MPC e hotel) e o domínio comum, incluindo visitas ao canteiro de obras do Parque

Olímpico.

A obra civil do prédio do IBC foi entregue pela Prefeitura do Rio de Janeiro no dia 08 de

novembro de 2015, entretanto, existem pendências que estão sendo tratadas para finalização da

instalação, como por exemplo, as instalações elétricas, ar condicionado, cabeamento de média tensão,

dentre outros, bem como alguns reparos de obra. A previsão de conclusão de toda a instalação é

início do ano de 2016. A montagem dos estúdios internos já foi iniciada pela OBS, no qual serão

instalados cerca de 70 emissoras de TV e de rádio que têm os direitos de transmissão dos Jogos.

Em relação ao IBC Office (Edifício de Escritório anexo ao IBC), a obra civil foi concluída e

as adaptações para receber os equipamentos estão em fase adiantada.

A obra civil do MPC (Centro Principal de Mídia) encontra-se em fase de execução das

vedações com divisórias e alvenarias, das instalações prediais, do sistema de ar condicionado, da

montagem de pisos elevados e acabamentos do hall de entrada. As esquadrias de alumínio das

fachadas se encontram em estágio de conclusão. A obra da instalação está com 92% de execução,

com previsão de término no primeiro trimestre de 2016.

O Hotel de Mídia encontra-se com 88% de execução. Foram concluídas as obras das

estruturas de concreto dos núcleos dos elevadores, laje do térreo, mezaninos e dos 20 pavimentos.

Nas áreas internas, estão em execução os serviços de instalações prediais, esquadrias, forros e

montagem dos dutos de ventilação e ar condicionado. A tampa do reservatório de água de retardo foi

concretada. Alguns andares estão em fase de acabamento.

No que diz respeito ao Domínio Comum do Parque Olímpico da Barra, a obra segue dentro do

cronograma com 94,80% de execução em dezembro de 2015. O paisagismo está em fase final de

execução e desenvolvimento da vegetação, foi iniciada a instalação dos postes de iluminação e a

execução das pavimentações na entrada do Parque Olímpico. As vias internas principais do Parque

Olímpico já estão pavimentadas e as estruturas de montagem e cobertura em lona já estão sendo

montadas. Iniciada a montagem da estrutura de cobertura em lona no “LiveSite”.

A Região da Barra, principal região olímpica, encontra-se o Parque Olímpico, que será

suprida com a infraestrutura de energia elétrica criada especificamente para os Jogos Rio 2016 –

Subestação de Energia Olímpica e ramais dedicados à sua alimentação em alta tensão, cujo marco

principal no ano de 2015 foi a entrega, conforme compromisso assumido com o COI, em 31/05/2015,

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quando os três transformadores de 40 MVA foram ligados e ficaram prontos para suprimento da

energia elétrica necessária nas instalações do Parque Olímpico. Essa infraestrutura de energia elétrica

teve sua efetividade testada e comissionada com a ligação efetivada conforme planejado do IBC,

Centro de Tênis e os COT HALLs (1,2,3).

Destaque especial nos trabalhos de integração, efetuados pela APO no entendimento da

necessidade de atendimento aos requisitos do COI quanto à disponibilização do 2º circuito de

alimentação de todas as instalações críticas do Parque Olímpico da Barra e a disponibilização de

circuito de contingência da instalação elétrica interna do Centro Aquático Maria Lenk e Arena

Olímpica, cuja responsabilidade de execução foi assumida pelo Governo Municipal atendendo

plenamente aos requisitos do COI.

De forma complementar, foi iniciado o trabalho de implementação de energia temporária

coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e, em Dezembro/2015 no monitoramento dos

projetos indispensáveis, verificamos a disponibilização em fase final de instalação de todo o

cabeamento necessário para o IBC, um grande feito, visto a urgência do projeto e sua criticidade para

o principal cliente dos Jogos RIO 2016 – a “Olympic Broadcasting Services” (OBS).

Região: Deodoro

A pedra fundamental de início das obras das instalações esportivas em Deodoro foi lançada

em 03 de julho de 2014, caracterizando o início das obras das Áreas Norte e Sul. Após 17 meses de

obras, verifica-se uma evolução significativa, com a maioria dos projetos em fase final de construção.

Abordando por Áreas, verifica-se que a maioria dos equipamentos da Área Norte está com os

seus cronogramas de obras dentro do previsto, sendo que o Parque Radical, que engloba o Centro

Olímpico de Canoagem Slalom, o Centro Olímpico de BMX e o Centro Olímpico de Mountain Bike,

está com suas instalações concluídas, restando poucas intervenções na área do seu Domínio Comum.

Ainda na Área Norte, constata-se que o Centro Olímpico de Tiro, que receberá o seu Evento-

teste em abril/2016, encontra-se com 70% de seu cronograma de reforma concluído em dezembro

2015, restando a readaptação e a finalização dos estandes que serão utilizadas na competição de Tiro

ao Prato.

Na mesma Área, a Arena da Juventude, o Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama e o Centro

Aquático de Deodoro estão com os seus cronogramas de construção/reforma dentro da estimativa

prevista.

Como pontos de atenção, na referida região, cabe destacar alguns atrasos nas obras do Estádio

de Deodoro, mas as soluções que estão sendo adotadas sinalizam uma pronta recuperação do

cronograma, não comprometendo o evento teste previsto para março de 2016: Pentatlo Moderno,

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Rugby e Futebol Sete Paraolímpico. Está sendo definido pela Prefeitura do Rio na definição do

projeto de “retrofit” do campo de polo cedido pelo Exército Brasileiro para sediar a instalação – e as

intervenções previstas na área do Domínio Comum – com destaque para as obras necessárias no Rio

Marangá, que corta a região no sentido Leste-Oeste, e abrange a sua limpeza, despoluição e trabalhos

de contenção das margens; uma ponte que deve ser construída e outra reformada sobre o mesmo Rio;

a passarela de transposição sobre a linha férrea da Supervia; e a Praça dos Espectadores, local de

concentração do público que assistirá as diversas competições na Área Norte.

Na Área Sul concentra-se o Centro Olímpico de Hipismo (COH), complexo que abrange

várias instalações que estão sendo reformadas e/ou construídas e que servirão como arenas de

competição e instalações de apoio para a realização das competições nas modalidades de Concurso

Completo de Equitação, Adestramento Olímpico e Paraolímpico e Salto de Obstáculos.

No tocante ao acompanhamento e monitoramento da execução das obras, percebe-se, no

cômputo geral, que o executado está aquém da meta prevista. Pode-se classificar como pontos de

atenção a construção dos quatro pavilhões de baias, os prédios da Ferradoria, da Clínica Veterinária e

três pistas de areia destinadas ao aquecimento e treinamento das equipes, bem como a manutenção

das pistas já construídas, devido ao alto consumo de água exigido, à necessidade de pessoal

qualificado e aos equipamentos adequados para a sua realização.

As questões supramencionadas foram tratadas nos diversos fóruns de governança, dos quais a

APO participa.

Ainda no parque equestre, outro ponto de atenção diz respeito à estrutura necessária para

manter o vazio sanitário já iniciado para o recebimento dos animais que participarão dos jogos,

requisito para a manutenção do Certificado BR2 - Área Livre de doenças Equinas, concedido pela

Organização Equestre Internacional. Dentre as medidas previstas e necessárias, destaca-se o

completo cercamento de todo o perímetro do COH, com tipo de cerca especificada e aprovada pelo

MAPA, estando o projeto já de posse da RioUrbe para a execução, e a adoção de medidas de controle

de vetores, cujo projeto está ao encargo das universidades Federal de MG e Federal Rural do RJ.

Em relação à Vila dos Tratadores, conjunto de três blocos com 72 apartamentos (legado para

o Exército Brasileiro), a empresa TENSOR, subcontratada da IBEG, assumiu a condução da obra em

junho de 2015 e reajustou o cronograma, modificando as técnicas de construção. É necessário que

haja acompanhamento mais próximo desta obra, em decorrência dos prazos para adequação das

instalações para entrega ao Comitê Rio 2016.

Cabe destacar no ano de 2015 que a APO teve um papel relevante em solucionar alguns

problemas no Centro Olímpico de Hipismo para a realização do Evento-Teste de Hipismo. Um dos

problemas foi a grama da Pista de Cross Country, que esta autarquia promoveu diversas reuniões, a

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fim de resolver essa situação. Este problema ocorreu, pois no início de 2015, houve grande

dificuldade nas ações realizadas no interior do Cross Country, tendo em vista a divisão das ações

operacionais por responsáveis distintos em sua execução. A IBEG, encarregada das obras da Área

Sul de Deodoro, era responsável pela realização de terraplenagem, drenagem e construção de

obstáculos, enquanto a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) era responsável pelo plantio

da grama. Isso tudo, aliado à estiagem que a região sudeste do País estava vivendo e a problemas de

abastecimento de água pela CEDAE na área em questão, levou a APO a promover reuniões para

tratar desse assunto. Essas reuniões ocorreram em 28 de janeiro, 04 e 10 de fevereiro de 2015 e foram

solucionados os problemas da irrigação, da drenagem e do plantio e manutenção da grama.

No que se refere à irrigação, foi liberada pela CEDAE, de imediato, a autorização para

RIOURBE fazer o abastecimento de caminhões pipas, com um volume aproximado de duzentos mil

litros de água por dia, a fim de realizar a irrigação da grama da pista. Paralelamente a isso, a CEDAE

acertou com a Foz Águas 5 a utilização de água de reuso para essa finalidade. Posteriormente, a

CEDAE verificou o sistema de distribuição de água da Escola de Equitação, com o intuito de acertá-

lo o mais breve possível. A irrigação da grama foi solucionada para o evento-teste.

A respeito da drenagem, houve um reestudo feito pelo Ministério do Esporte, em conjunto

com a Rio Urbe e UFMG, a fim de aproveitar o sistema de drenagem existente. Foi executado o

fechamento das valas, com o intuito de antecipar o término da drenagem, evitando, ao máximo, a

circulação de viaturas sobre a grama plantada. A drenagem foi equacionada para o evento-teste.

No que tange ao plantio e à manutenção da grama, o Comitê Rio 2016 contratou uma

consultora que elaborou um Plano de Plantio e Manutenção da grama da pista, com previsão de ser

realizado em três fases: a primeira ocorreu até abril para realização da fixação das raízes da grama

plantada e irrigação; a segunda ocorreu em abril/maio para descompactação e aeração; e a terceira

ocorreu em Jun/Jul com o teste de superfície. A grama da pista esteve de acordo com as

especificações para o evento-teste.

Pode-se concluir que a APO nesta ação reuniu os entes envolvidos e o Comitê Rio 2016,

coordenou a participação da União, do Estado e do Município do Rio de Janeiro, a fim de preparar e

realizar o Evento-Teste de Hipismo, que foi uma obrigação assumida pelo País perante o COI.

Outro problema solucionado foi a adequação da Superfície da Pista de Salto, que necessitava

de insumos importados para colocação nas pistas. A APO apoiou a Prefeitura da Cidade do Rio de

Janeiro, articulando a atuação célere da Receita Federal na liberação dos produtos importados, a fim

de agilizar todo o processo. Dessa forma, colaborou para que a instalação estivesse em condições

para realização do evento-teste.

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Do exposto, pode-se verificar que a APO atuou para a integração de ações governamentais e

usou o seu relacionamento para resolver esta situação.

Por fim, a APO também atuou nas questões envolvendo a suspeita de contaminação por

Mormo nas instalações da Escola de Equitação do Exército. Em 06 de fevereiro de 2015, o Exército

Brasileiro (EB) isolou e retirou os animais da área a ser utilizada no evento-teste. O intuito dessa

ação é para que fosse homologado o vazio sanitário, a fim de realizar o controle da zoonose. A área

do vazio realizada não foi a acordada anteriormente, tendo em vista que a IBEG não entregou as

instalações previstas para a transferência da Escola de Equitação do Exército. O vazio sanitário

original só ocorreu, efetivamente, em 08 de abril de 2015. Por essa razão, além da APO participar das

negociações junto ao Exército Brasileiro e com os demais entes envolvidos nas ações de realização

do controle da zoonose, houve necessidade de intermediação desta autarquia junto ao Ministério de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o intuito de homologar o vazio sanitário, que

foi concluído, após a realização de algumas reuniões.

A Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária rastreou a movimentação de um cavalo que

apresentou mormo no estado do Espírito Santo e verificou que ele esteve nas instalações da EsEqEx.

Por essa razão, interditou todo o Parque Equestre do Centro Nacional de Hipismo desde 05 de maio

de 2015 e recolheu o sangue de todos os cavalos da referida escola. Nesse cenário, a APO promoveu

diversas reuniões em sua sede e participou de outras em Brasília, com o intuito de desatar os nós

existentes e viabilizar a realização de Evento-Teste de Hipismo.

Paralelamente a isso, o Exército Brasileiro e a APO fizeram gestões para que fosse

desinterditado o Parque Equestre, haja vista que o vazio sanitário foi realizado e homologado pelo

MAPA.

Do apresentado, pode-se concluir que em todas as ações realizadas para viabilizar o Evento-

Teste de Hipismo, a APO atuou como facilitador das ações governamentais, acompanhando as obras

e serviços e promovendo interlocuções entre os entes e organizações da administração pública nos

casos de impasse, para solucionar os problemas que ameaçavam a realização da atividade. O Evento-

Teste de Hipismo foi realizado na data prevista e foi coberto de êxito.

O Domínio Urbano do Complexo Esportivo de Deodoro, importante demanda dos Jogos Rio

2016, cujas obras englobam a revitalização e urbanização no traçado urbano de Deodoro, visa a

atender o acesso e circulação de atletas e públicos em geral junto às instalações esportivas destinadas

aos Jogos. Abrange, basicamente, intervenções de pavimentação, urbanização e recuperação da

infraestrutura de serviços públicos em três regiões que circundam o complexo esportivo de Deodoro,

a saber: conjunto de vias que pelo Sul limita-se com o referido complexo (Rua Aripuá, Rua Tenente

Serafim e Av. Marechal Alencastro); Vias internas da Vila Militar, basicamente a Av. Duque de

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Caxias e a Estrada São Pedro de Alcântara; e o trecho da Av. Brasil compreendido entre o trevo de

entrada para Deodoro e o trevo de saída para Realengo. O cronograma das obras aponta uma

execução de 92,3% diante de uma previsão de 80,40 em dezembro de 2015.

Parte integrante da infraestrutura de energia elétrica a ser suprida com média tensão, as obras

planejadas para alimentação das instalações de competição da Região de Deodoro foram executadas

conforme planejado e, estão sendo ligadas e comissionadas conforme ocorrem as entregas das

instalações elétricas internas.

Em virtude da evolução natural dos projetos de “overlay” e detalhamento dos projetos das

instalações de competição, diante das argumentações e justificativas apresentadas pelo Comitê

Rio2016, foi recomendada ao Ministério de Minas e Energia a execução de obras de distribuição de

energia complementar para suportar o aumento de carga total de 20,9 MVA para 25,9 MVA, o

enterramento de circuitos elétricos e remanejamento de postes atualmente instalados no Domínio

Comum, necessários para garantir o atendimento aos requisitos técnicos do COI.

Região: Maracanã

As atividades relacionadas à região do Maracanã abrangem as arenas esportivas Maracanã,

Maracanãzinho, Estádio do Engenhão e o Sambódromo. Os principais projetos e intervenções

acompanhados foram:

Maracanã:

Planos Operacionais para cerimônias de abertura e encerramento;

Substituição de parte da lona da cobertura, queimada durante a partida da final da copa do

Mundo 2014.

Maracanãzinho:

Evento teste de vôlei que ocorreu entre os dias 15 e 19/07/2015;

Projeto e construção de estrutura provisória para 2ª quadra de aquecimento;

Reforma do sistema elétrico.

Estádio Engenhão

Planejamento do evento-teste de Atletismo Olímpico e Paraolímpico que ocorrerá entre 14

e 21/05/16

Obras civis de reforço da cobertura;

Adequação do estádio para as competições de atletismo;

Obras de adequação do entorno.

Sambódromo:

Planejamento e acompanhamento do evento teste de Tiro com Arco;

Reforma do sistema elétrico.

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Além do citado acima, houve participação da APO no planejamento para os eventos teste

realizados nesta região e o acompanhamento do desvio do Rio Joana e da construção de três

piscinões, que visaram à solução das enchentes causadas por chuvas no entorno do Estádio do

Maracanã.

Com relação ao Complexo do Maracanã, a decisão da Prefeitura do Rio e do Governo do

Estado pela conservação de instalações no seu entorno (Escola Municipal Friedenreich, do Estádio de

Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare) ensejou a reavaliação do projeto

para readequar as Instalações Esportivas.

No segundo semestre de 2015, o Governo do Estado decidiu não utilizar o Centro Aquático

Júlio Delamare. A justificativa teve como base o elevado custo com a reforma da instalação, em

torno de R$ 60 milhões, para acolher os jogos preliminares do polo aquático. Com a decisão, a

competição passou para o Parque Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico. Ainda nesse período,

foi decidido que a segunda quadra de aquecimento do Maracanãzinho seria provisória, passando a ser

construída pelo Comitê Rio 2016. A reforma do Julio Delamare será realizada com os recursos

obtidos com a Lei de Incentivo fiscal do ICMS do Estado do Rio de Janeiro resultando em mais um

legado para a cidade.

Com relação ao Estádio João Havelange, a DINFRA/APO participou das reuniões de

integração com os diversos entes e do Grupo de Trabalho Estádio João Havelange onde os principais

obstáculos foram analisados e as alternativas para solução debatidas e encaminhadas. A

DINFRA/APO atuou promovendo reuniões entre o Comitê Rio2016 e o IPHAN para utilização do

espaço do Museu do Trem durante os Jogos de 2016. O museu está localizado ao lado do estádio e os

entendimentos avançaram no sentido do seu pátio ser utilizado como área de hospitalidade.

Outras ações do GT permitiram a formalização de acordos com o Governo do Estado para a

reforma da estação ferroviária e para disponibilização do prédio da Fundação de Apoio á Escola

Técnica (FAETEC).

Adicionalmente, a Diretoria atuou no monitoramento do Evento-Teste do Tiro com Arco, no

período de 15 a 22 de setembro de 2015. A competição, denominada Desafio Internacional de Tiro

com Arco, aconteceu no Sambódromo e permitiu aos organizadores implantarem melhorias para os

Jogos de 2016.

A Região Maracanã detém instalações permanentes e temporárias, de responsabilidades

distintas entre entes de governo e Comitê, exigindo, desta forma, que o acompanhamento para

assegurar suas entregas nas datas compromissadas seja provido da totalidade de seus dados e

informações.

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Não obstante, foi reconhecido pelo TCU, no mesmo Acórdão 1784/2015, os avanços dos

trabalhos e da sistematização de dados/informações por parte da APO, bem como sua atuação

enquanto articulador junto à governança dos Jogos, em níveis diversos, por meio de ações cotidianas

realizadas pelos técnicos e executivos das instituições envolvidas, quer sejam em reuniões bilaterais

ou em foros específicos.

Ainda, a atuação da APO contempla, de forma especial, as resoluções de impasses, tanto em

questões de obras como de serviços, com casos concretos demonstrados em auditorias e consultas

realizadas por órgãos de controle.

De forma efetiva, a atuação quanto ao suprimento de energia se deu na integração de

informações efetuada na busca de solução para garantir a execução dos ajustes elétricos nos Estádio

do Maracanãzinho, Estádio Olímpico e Sambódromo, onde o responsável pela execução foi definido

como sendo o Comitê Rio2016 para a primeira instalação e o Governo Municipal para as demais

instalações, desta forma, os requisitos do COI de resiliência deverão ser plenamente atendidos.

Região: Copacabana

Ao longo de 2015, a DINFRA manteve representantes atuando nos fóruns de discussões

relacionados à Arena de Copacabana, à Lagoa Rodrigo de Freitas, à Marina da Glória, Forte de

Copacabana e Parque do Flamengo, substituído pelo Pontal.

Neste período, foram aprofundados os encontros em que se procurou integrar, de um lado, a

execução das obras necessárias para as competições nas referidas instalações e, de outro, a operação

dos Jogos propriamente dita. Participaram desses encontros tanto os agentes responsáveis pelas

obras, que se dividem entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura Municipal – por

meio da concessionária responsável pela Marina da Glória – e o Comitê Rio2016 – que também

responde pela operação dos Jogos – quanto órgãos responsáveis pela observância dos devidos

requisitos ambientais, legais e esportivos.

Também foi parte importante do trabalho da DINFRA em 2015 o acompanhamento dos sete

eventos-teste realizados na região de Copacabana, quais sejam: Triatlo (1 a 2 de agosto), Remo (5 a 9

de agosto), Vela (15 a 22 de agosto), Ciclismo de Estrada (16 de agosto), Maratona Aquática (22 a 23

de agosto), Vôlei de Praia (2 a 6 de setembro) e Canoagem de Velocidade (4 a 6 de setembro).

As ações no Estádio de Remo da Lagoa, onde serão realizadas as competições de Remo e

Canoagem de Velocidade e que têm responsabilidade de execução dividida entre Governo do Estado

e Comitê Rio2016, foram adequadamente executadas tendo em vista o escopo previsto para os

eventos-teste, realizados em agosto e setembro de 2015. Em julho, foram concluídas todas as

intervenções de estaqueamento e instalação de pontões, partidores, raias e sistemas de

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cronometragem necessários às competições. Ademais, foram entregues parte das garagens de barcos

e dos banheiros reformados, o que possibilitou sua utilização tanto no teste de remo quanto no de

canoagem de velocidade. Em ambos os eventos, a energia foi fornecida por meio de geradores.

Atualmente, seguem em execução ações complementares relacionadas à área de energia

anteriormente mencionada e também a outras, com destaque para a expansão da capacidade de

espectadores do estádio, que pode se dar por meio da montagem de um “deck” flutuante de

arquibancadas ou pela expansão do espaço em terra já reservado para os espectadores. Em relação ao

“deck”, a DINFRA teve papel importante em uma série de reuniões realizadas com o intuito de obter

dos órgãos ambientais/licenciadores pertinentes – IPHAN, IRPH, Capitania dos Portos, Corpo de

Bombeiros – as autorizações prévias para execução do respectivo projeto, tarefa concluída com êxito.

Um tema que deve ganhar destaque ao longo do último semestre de preparação para os Jogos

é a discussão do “Venue User Agreement” (VUA), que definirá as atribuições e responsabilidades de

cada um dos mais de 25 atores de alguma forma envolvidos com a operação desta instalação durante

os Jogos.

Na Marina da Glória, houve um importante avanço ao longo de 2015 nas obras de reforma e

adaptação do local para os Jogos Olímpicos, tanto na área terrestre quanto na área molhada, ambas

em fase final de execução. O Evento-Teste de Vela, realizado em agosto de 2015, transcorreu sem

ocorrências negativas para a competição, a despeito de algumas questões bastante exploradas sobre a

qualidade da água na Baía de Guanabara.

Neste sentido, as ações aplicadas pelo Governo do Estado para a mitigação dos problemas

verificados, como a utilização de ecobarcos para o recolhimento de detritos encontrados nas águas,

tiveram êxito e devem ser potencializadas para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Atualmente, também ganham destaque as discussões realizadas pela APO em parceria com o

Comitê Rio2016, os órgãos responsáveis pela conservação ambiental, a Capitania dos Portos e a

Polícia Federal para a definição do perímetro de segurança e as políticas de entrada e saída da

instalação, visando à manutenção das condições de competição durante todo o período.

A Arena e o Forte de Copacabana também receberam eventos-teste durante o segundo

semestre de 2015. No Forte, foram realizadas as competições de triatlo, maratona aquática e ciclismo

de estrada, enquanto a Arena recebeu o vôlei de praia. É importante destacar que a arena montada

para o evento-teste não é a mesma que será utilizada durante os Jogos e que deve ser toda estruturada

ao longo do primeiro semestre de 2016, o que não impediu que o padrão de operações fosse testado

conforme previsto.

Parcela significativa das estruturas utilizadas para os eventos-teste no Forte deverá ser

replicada para as competições olímpicas, o que aumenta a confiança no êxito das operações. Assim

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como na Arena, todo o overlay deverá ser contratado e montado ao longo do primeiro semestre de

2016. Um importante ponto de discussão em toda a região de Copacabana diz respeito ao plano de

mobilidade durante as competições, que vem sendo liderado pela Prefeitura Municipal, por meio da

Empresa Olímpica Municipal.

Com êxito, a obra de distribuição de energia para a instalação de competição da Marina da

Glória foi finalizada conforme planejamento efetuado após intenso trabalho de integração dos entes

(Governo Municipal, Governo Federal, Consórcio e Concessionária de Energia Elétrica local)

efetuada sob a coordenação da APO.

Sendo esta região a primeira a abrigar os eventos testes para as Olimpíadas de 2016, a APO se

dedicou em entender a logística de operação necessária para garantir o suprimento de energia elétrica

em conjunto com os entes e a concessionária de energia elétrica local para garantir a execução do

Plano de Operação dos Jogos.

Sobres Temas Multi Regiões

Energia Elétrica

Em destaque, vale observar que de forma assídua, a APO, coordenou semanalmente as

reuniões do GT Operacional de Energia, permitindo o sincronismo das informações para todos os

entes sobre as necessidades de suprimento de energia elétrica para as Olimpíadas de 2016, o que

permitiu a atuação em tempo nos projetos de disponibilização de infraestrutura de energia,

necessidade de ajustes elétricos das instalações e interlocução no processo de energia temporária.

Todo o trabalho desenvolvido se materializará em 2016 e tem sido objeto de apreciação e

aprovação do COI nos diversos eventos, entre os quais se destacam o “Project Review Energy”, o

“Expert Energy Review”, CoCom e o “Venue Integration Group” (VIG), com participação da APO

para acompanhar a evolução do processo de planejamento da operação dos Jogos.

De forma tempestiva, atuou no fornecimento de informações junto aos órgãos de controle

para esclarecimento das necessidades e ações específicas dos entes no suprimento de energia.

No processo de coordenação do GT de Energia e no bom relacionamento com os entes e

Comitê Rio2016 na área de energia, a APO, a convite e em conjunto com o MME, tem participado de

reuniões específicas para monitoramento das obras de distribuição e transmissão que propiciam a

visibilidade das frentes de trabalho existentes no setor elétrico.

Telecomunicações

Conforme definição do GEOlimpíadas, a partir de março/2015 a coordenação do GT-

Telecomunicações (GT-Telecom) ficou sob responsabilidade do Ministério das Comunicações e a

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APO trabalhou intensamente na transferência do conhecimento adquirido no período de 2012 a 2014,

quando a coordenação estava sob sua gestão. E, em continuidade aos trabalhos de integração e

interlocução entre os entes para disponibilização dos serviços de telecomunicação, a APO participou

de reuniões do âmbito do Governo Federal específicas com as operadoras de telefonia e no âmbito do

GEOlimpíadas para planejamento das ações para os Jogos Rio 2016, no cumprimento dos

compromissos assumidos.

Junto ao Governo Municipal, promoveu o esclarecimento das necessidades de infraestrutura

do backbone olímpico conforme datas de entregas para que os serviços de gestão dos Jogos do

Comitê Organizador possam ser prestados atendendo de acordo com as necessidades e requisitos do

COI e OBS.

No intuito de melhoria dos serviços de conectividade, participou de reuniões com os entes

governamentais, com destaque parao Governo Estadual para disponibilização dos serviços de wi-fi

nos meios de transporte e trajetos que serão utilizados durante os Jogos.

Em termos de monitoramento, seguem-se os trabalhos junto à ANATEL quanto à liberação de

licenças de uso de espectro de radiofrequência para os Jogos e análise da disponibilidade dos serviços

de telefonia móvel nas regiões de competição.

Saneamento e Distribuição de Gás

Dando continuidade aos trabalhos de integração dos projetos e compatibilização dos

cronogramas das obras de infraestrutura previstas, durante este período a APO atuou na coordenação

do GT Concessionárias, promovendo a interlocução entre os entes governamentais e os

representantes das diversas concessionárias de serviço público, promovendo a sincronização das

obras necessárias para o atendimento das instalações olímpicas. Destaque especial ao trabalho de

sincronização de obras efetuada em Deodoro onde, além das concessionárias de serviços públicos, foi

efetuada a integração das obras das operadoras de telefonia que garantiram a disponibilidade local

para execução de todos os projetos sem comprometimento dos cronogramas previstos.

Com a finalização das obras, algumas instalações necessitam de ajustes nas soluções

concebidas para adequar as redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário e gás, sendo

necessária uma constante interlocução com as concessionárias. De forma continuada, foi efetuado o

acompanhamento das obras de infraestrutura, principalmente nas regiões Barra e Deodoro, onde as

intervenções necessárias são mais significativas.

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Instalações de Treinamento Games-Time

A disponibilização de locais para treinamento para as equipes durante os Jogos de 2016 faz

parte dos compromissos assumidos por intermédio do dossiê de candidatura da Cidade do Rio de

Janeiro. Em sua grande maioria, as próprias instalações esportivas serão utilizadas para treinamento.

No entanto, para fazer frente à demanda dos atletas serão oferecidos outros locais que receberão

investimentos do Governo Federal para o efetivo cumprimento do compromisso.

Para tanto, o Ministério do Esporte manteve entendimentos com o Exército, Aeronáutica,

Marinha e a Universidade Federal do Rio de Janeiro e identificou os locais onde as novas instalações

de treinamento serão construídas ou reformadas. Durante o primeiro semestre de 2015, a DINFRA

participou das negociações acompanhando os processos de disponibilização orçamentária e de

licitação. Foram escolhidas três instalações na Zona de Deodoro, duas na Zona do Maracanã e uma

na Barra.

Centro de Instrução de Gericinó (CIG) e 31º Grupo de Artilharia de Campanha (31º GAC):

segundo informações do Ministério do Esporte, os projetos básicos das obras serão apresentados ao

consórcio encarregado da execução e às demais partes interessadas em reunião agendada para janeiro

de 2016, quando então, poderá ser definido o seu cronograma/calendário de execução.

Universidade da Força Aérea (UNIFA): a última pendência administrativa foi resolvida, com

a licitação e contratação do piso emborrachado para a pista de atletismo. A empresa vencedora

encontra-se em vias de iniciar a sua instalação. O cronograma de obras das demais instalações

encontra-se em ritmo satisfatório. Como ponto de atenção, cabe destacar que a Força Aérea está em

negociação para ceder a Pista de Pouso do Campo dos Afonsos, a fim da realização do treinamento

das modalidades de corrida e ciclismo de estrada.

Em 2015, a UFRJ lançou e concluiu o processo licitatório e as obras começaram em setembro

de 2015.

A DINFRA/APO acompanhou os processos licitatórios do CEFAN, inclusive promovendo

visita ao local. Os projetos executivos, obras e reformas dos diversos equipamentos de treinamento

foram iniciados, restando apenas a homologação do vencedor da licitação dos campos de futebol,

prevista para o início de 2016.

Com a decisão de utilização do Clube da Aeronáutica na Barra da Tijuca – CAER no final de

2014, o processo de elaboração de projetos para o lançamento da licitação transcorreu durante o ano

de 2015. O Ministério do Esporte disponibilizou recursos e a licitação está prevista para ocorrer no

início de 2016.

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4.4.4. Diretoria de Mobilidade

A lógica primordial da Diretoria de Mobilidade é a reunião dos temas que são afetos a

instalações e operações de mobilidade, importantes para a configuração dos serviços de trânsito,

tráfego e transportes a serem prestados pelos entes durante os Jogos Rio 2016.

Assim, a Diretoria acompanha os projetos de infraestrutura para avaliar seus impactos nas

operações de mobilidade executados pelos entes, públicos e privados, que atendam aos

compromissos assumidos pelo Brasil perante o COI, contribuindo para integrar e facilitar a atuação

dos responsáveis pela realização dos Jogos Rio 2016.

Instalações de Mobilidade

A DIMOB acompanha a execução dos projetos de construção, ampliação e reforma de

instalações de mobilidade que integrarão o Anel de Transporte de Alta Capacidade, que consiste na

integração dos modais, trem, metrô e BRT para proporcionar acesso às regiões Copacabana, Barra,

Deodoro e Maracanã. Estes modais passam por ampliação como nos casos da nova Linha 4 do Metrô

do Rio, dos novos BRTs Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil e a compra de novos trens para a

Supervia. Além disso, há as reformas em estações da Supervia.

Outros compromissos acompanhados que dizem respeito à infraestrutura são a construção do

novo Elevado do Joá, (que ampliará a capacidade do elevado existente em 33%), a construção do

novo sistema viário da Barra, a ampliação da malha de ciclovias da cidade, a construção e

implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), as obras de renovação viária da região do Porto

do Rio (Projeto Porto Maravilha). Adicionalmente, também são acompanhadas as obras do Arco

Metropolitano do Rio de Janeiro, as obras de adequação no Porto do Rio e a ampliação no Aeroporto

do Galeão e respectivos entornos.

Durante o ano de 2015, a APO visitou frequentemente as obras em andamento e participou de

reuniões e fóruns priorizando ações de interlocução e de articulação com os entes. A APO atuou no

Grupo de Trabalho de Mobilidade, coordenado pelo Ministério das Cidades, onde fez explanação

sobre o andamento dos projetos de mobilidade previstos para a cidade do Rio de Janeiro, colaborando

com as análises de representantes dos ministérios no sentido de avaliar a necessidade de apoio do

governo federal para a implantação dos projetos planejados.

Operações de Mobilidade

As Operações de Mobilidade Geral e Conectividade compreendem as dimensões de

Transporte, Tráfego e Trânsito alinhadas ao Plano Operacional de Transporte e Tráfego para a

cidade.

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A estratégia de transportes foi desenvolvida para garantir que todos aqueles que estejam

assistindo, participando ou trabalhando nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos tenham à sua

disposição opções de transporte seguras, rápidas e confiáveis.

O conceito de transporte de espectadores e força de trabalho é baseado no Anel de Transporte

de Alta Capacidade, que reúne a rede de trens de subúrbio que dão acesso às Zonas Deodoro e

Maracanã, o sistema de metrô que dá acesso às Zonas Maracanã e Copacabana e os sistemas BRT

que servem como extensões dos sistemas de trens e metrô, fechando o anel e dando acesso às Zonas

Barra, Deodoro e Copacabana.

Figura B 1 - Mapa esquemático

A APO participou das reuniões de coordenação com os entes federativos, em especial, com os

representantes da Empresa Olímpica Municipal, apresentando sugestões para a solução de problemas

envolvendo os transportes públicos para os Jogos, além de, promover a interlocução com a Diretoria

de Transporte do Comitê RIO2016 que resultaram na contribuição de ideias para o planejamento dos

transportes da Família Olímpica e Clientes dos Jogos.

No ano de 2015, a DIMOB acompanhou principalmente os seguintes projetos:

Sistema de trens renovado

Obras de infraestrutura de mobilidade urbana ferroviária a cargo do governo estadual mediante a

execução pela Supervia.

Concluídos:

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a. Reforma do Centro de Controle Operacional;

b. Melhorias no Sistema de Comunicação (Megafonia);

Em execução:

c. Recuperação do Sistema de Controle de Tráfego;

d. Instalação do Sistema de Sinalização de Proteção Automática de Trem (Sistema ATP);

e. Modernização dos Sistemas Elétricos;

f. Revitalização da Via Permanente;

g. Diminuição dos Intervalos entre trens (Headway) do Ramal Deodoro para 04 minutos e

do Ramal Japeri para 08 Minutos;

h. Aquisição de Material Rodante (120 novos trens);

i. Renovação e acessibilidade Estações Olímpicas – seis estações ferroviárias (São

Cristóvão, Deodoro, Engenho de Dentro, Vila Militar, Magalhães Bastos e Ricardo de Albuquerque).

Durante o ano de 2015, houve a continuidade de entrega de novos trens, perfazendo um total

de 100 trens recebidos, dos quais 81 já estão em operação no transporte de passageiros. A APO

recebe mensalmente os relatórios da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o que a

possibilita acompanhar as estregas e o cumprimento do compromisso.

Sistema de metrô renovado e ampliado

O compromisso contempla o trecho do Anel de Transporte de Alta Capacidade a ser

implementado pela expansão do sistema de metrô, permitindo a ligação entre Ipanema e Barra da

Tijuca. As obras possuíam execução de 83% em dezembro, com cinco das seis futuras estações já

completamente escavadas e em fase de acabamento. Dos 16 quilômetros de túneis, aproximadamente

13 já estão escavados e dos 32 quilômetros de trilhos previstos, 20 já foram instalados. Na Barra da

Tijuca, a construção da Ponte Estaiada foi finalizada na primeira quinzena de dezembro.

A integração entre o Metrô e o BRT se dará na Estação Jardim Oceânico, para o qual foi

firmado acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura do Município em 03/07/2015 para a

construção da plataforma de integração que, inclusive, já se encontra em obras. Importante destacar

que a operação assistida não irá contemplar a ligação até o Bairro da Gávea e, segundo informação

do Secretário de Transportes, será feita mediante transbordo para acesso à Linha 1 do Metrô.

O Município, responsável pelo Plano Operacional de Transporte e Tráfego da cidade, inclui

neste plano o estudo para elaboração das contingências dadas pelos cenários possíveis. Nesse estudo,

contratado pelo município, serão apresentados cenários emergenciais com a proposição de soluções

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para cada situação verificada nos níveis municipal, das zonas olímpicas e das instalações, de modo a

atender os níveis de serviço acordados com o Comitê Olímpico Internacional e Comitê Paralímpico

Internacional. As atividades serão detalhadas de maneira suficiente para permitir não só a elaboração

do plano operacional de transportes, mas também para servir como base para a elaboração dos

procedimentos a serem utilizados pelos órgãos públicos e do plano de comunicação com o público.

A obra de reformulação e modernização da estação Maracanã foi entregue para os jogos da

Copa do Mundo 2014. A reforma contemplou o remanejamento de via permanente para que a estação

passasse a receber todos os ramais da Supervia.

Implantação de Sistemas de BRT (Bus Rapid Transit)

O compromisso contempla o trecho do Anel de Transporte de Alta Capacidade a ser

implementado pela construção do Sistema de BRT TransOeste, TransCarioca e TransOlímpica.

O BRT TransOeste (ligação do terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, até Campo Grande e

Santa Cruz) e o BRT TransCarioca (Ligação entre o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, e o

Aeroporto do Galeão) já foram entregues e estão atendendo à população, transportando em torno de

430 mil passageiros por dia. Está em execução a extensão do BRT TransOeste, denominado trecho 0,

que ligará o Terminal Alvorada até o terminal Jardim Oceânico (possibilitando a conexão modal do

BRT com a Nova Linha 4 do Metrô). O progresso físico da obra em dezembro de 2015 é de 75%. As

obras do Terminal Jardim Oceânico foram iniciadas em julho/2015. Em novembro de 2015 iniciou-se

a expansão do terminal Alvorada.

O Sistema BRT TransOlímpica permitirá a ligação entre a Barra da Tijuca e Deodoro. Em

outubro de 2015 o progresso das obras encontrava-se em 85%.

Rede integrada em diversas estações de diferentes modais - Construção de estações do

BRT, Metrô Linha 4 e reformulação de estações de trem que interligarão as estações já existentes

sendo a integração física realizada através da construção de passarelas ou ainda no mesmo nível das

ruas.

Conexão entre as quatro zonas dos jogos – Conjunto de intervenções que possibilitarão

criar uma rede de integração em diversas estações, e irá conectar todas as quatro Zonas dos Jogos a

áreas-chave da cidade.

Transformação do ambiente urbano – Uma das áreas acompanhadas é o projeto do viário

da Barra, que trata da requalificação urbana das Avenidas Embaixador Abelardo Bueno e Salvador

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Allende, a criação de corredor BRT conectando os BRT Transoeste e Transolímpica e as construções

dos Terminais BRT Centro Olímpico e Salvador Allende, construção de ciclovia, melhorias nas

calçadas e ruas, adoção de padrões de acessibilidade e uso de iluminação eficiente. Em julho de 2015,

a APO atuou na interlocução entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Aeronáutica para solucionar

impasse referente a liberação de área da Aeronáutica para instalação provisória de passarela. Esta

intervenção proporcionará a travessia segura dos pedestres, tendo sido aprovada pela Aeronáutica

após ação integrada entre APO, Prefeitura e Aeronáutica.

Legado de impacto social – Expansão da rede de ciclovias de 150 km em 2009 para 300 km

em 2016, interligando esta rede com o sistema de transporte público. Esta meta foi atingida, pois a

rede cicloviária já possui mais de 380 Km de extensão (SET/2015) e cerca de 1500 vagas em

bicicletário. A Prefeitura impôs uma nova meta de atingir 450 km de ciclovias com o programa Rio

Capital da Bicicleta.

Durante o ano de 2015, além dos projetos relacionados ao Anel de Alta Capacidade, também

foram acompanhados pela DIMOB os projetos de infraestrutura relativos à:

Aeroportos

A APO participou em 2015 de vários fóruns, tais como Comitê Técnico de Operações

Especiais – CTOE -, Reunião de Autoridades Aeroportuárias, Força Tarefa Aeroportos e Seminário

de Autoridades Aeroportuárias. A articulação com os representantes da SAC, Casa Civil,

Aeronáutica, Concessionárias e INFRAERO, visou alcançar soluções para impasses surgidos ou

necessidades de algum ente.

O resultado dessa integração possibilitou avanços em 2015 nas ampliações, melhorias das

operações e modernizações dos Aeroportos do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Belo Horizonte, de

Salvador e de Brasília.

Dentre as ações promovidas pela APO na área de Aeroportos no ano de 2015, destacamos as

articulações com os entes participantes do Comitê Técnico de Operações Especiais – CTOE – para

análise e aprimoramento do Manual de Planejamento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos RIO 2016

e a participação na adequação do Plano de Trabalho para o planejamento dos Jogos Olímpicos e

Paraolímpicos Rio 2016.

A APO também atuou em articulações, junto a Força Aérea Brasileira, para o Comitê Rio

2016 utilizar a Base Aérea de Santa Cruz durante o período das Olimpíadas.

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A APO articulou junto à Prefeitura do Rio de Janeiro pedido para que aquele ente elaborasse

solução que minimizasse os impactos na distribuição de combustíveis para o Aeroporto Santo

Dumont, quando de eventuais bloqueios de vias cariocas por conta da realização de eventos

esportivos.

Por solicitação do CTOE, a APO obteve informações junto ao INEA sobre a emissão de

licença ambiental para as obras do Terminal de Cargas do Galeão – TECA.

Rio de Janeiro

• Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - Galeão

Projeto Executivo e obra de reforma e modernização dos terminais de passageiros 1 e 2, com

a implementação de soluções de acessibilidade, com a substituição de elevadores, escadas rolantes,

piso tátil e rampas de acesso. Dentro das reformas atuais, podemos citar também a construção de um

novo Pier para embarque e desembarque (PIER Sul), além da ampliação do estacionamento do

Terminal 2. As reformas passaram a ser executadas, exclusivamente, pela Concessionária RIOgaleão,

em acordo com a INFRAERO.

• Aeroporto Santos Dumont

a) Recuperação do Pátio de Aeronaves, aumentando a sua capacidade de estacionamento de

aeronaves.

Os dados apurados até 30 de novembro de 2015 indicavam que as obras atingiram 91,16% de

execução física. A execução financeira das obras do aeroporto é proveniente do PAC 2.

b) Contratação das obras e serviços de engenharia para conclusão do 2° pavimento e obras

complementares do terminal de embarque.

Os dados apurados até 30 de novembro de 2015 indicavam que as obras atingiram 89,82% de

execução física.

São Paulo

• Aeroporto de Guarulhos

As grandes e principais reformas do aeroporto já estão concluídas.

Minas Gerais

• Aeroporto de Confins

a) Foram realizadas obras emergenciais no Terminal 1, já concluídas;

b) O órgão de licença ambiental do governo do estado de Minas Gerais liberou o início das

obras do novo terminal de passageiros (TPS 2); e

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c) Obras do Terminal 3 foram concluídas

Todas as reformas passaram a ser executadas, exclusivamente, pela Concessionária BH

Airport, em acordo com a INFRAERO.

Bahia

• Aeroporto Internacional de Salvador

Projetos e obra de reforma e adequação do terminal de passageiros.

O contrato havia sido suspenso em 21/08/2015. A obra foi retomada em 11/11/2015 e está

com 71,19% executada até 30/11/2015. A execução financeira das obras do aeroporto é proveniente

do PAC 2.

Brasília

• Aeroporto Internacional de Brasília

Da mesma forma que no aeroporto de Guarulhos, as grandes e principais obras e reformas do

aeroporto já estão concluídas.

Porto, Rodovia e Ciclovia

• Projetos do Porto do Rio de Janeiro – Instalações do Porto e Projeto Porto

Maravilha: O Projeto integra um programa de revitalização e recuperação da infraestrutura urbana e

de transportes, bem como de proteção do meio ambiente e dos patrimônios histórico e cultural do

Município. Abrange uma área de cerca de 5 milhões de metros quadrados situada no centro da

cidade, compreendida pelas Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco e Francisco

Bicalho. Esta região metropolitana passará por grandes transformações que, entre outras, incluem

empreendimentos imobiliários, abertura de túneis, criação de boulevard, instalação de museus,

implantação de polo gastronômico e o estabelecimento do modal VLT. Importante destacar a

demolição do antigo Elevado da Perimetral, a entrega da via Binário do Porto, do túnel 450 anos e o

estágio avançado do túnel da via expressa que, em outubro, apresentava 82% de execução.

Finalmente, a então abandonada Praça Mauá vive hoje seus dias de glória com a criação de diversos

museus, onde se destaca o Museu de Arte do Rio (MAR) e o recém-inaugurado Museu do Amanhã.

A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP) é

a gestora da prefeitura na Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, cabendo a essa a

articulação entre os demais órgãos públicos e privados. Conforme informação da Caixa, em 04 / 11 /

15, baseada em relatório expedido no dia 26/10, foi registrada evolução dos projetos e obras em

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execução com percentual executado acumulado de 77,75% para um previsto de 77,98%. A APO

acompanha as liberações dos recursos com o apoio da Caixa Econômica Federal.

Acompanhando a onda de modernização da área, o Porto não ficou para trás e já deu início à

construção de uma rede de abastecimento de água e o esgotamento sanitário, a fim de atender aos

navios de cruzeiros. A APO, no âmbito do GT Porto, contribuiu com articulações para a definição de

responsabilidades por essas obras.

• Veículo Leve Sobre Trilhos - VLT

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um dos Projetos Especiais do Porto Maravilha, possuirá

uma extensão de 28 km, 4 estações, 38 paradas e 13 subestações de energia. O VLT integrará o

Aeroporto Santos Dumont, a estação de Barcas da Praça XV e a rodoviária ao Metrô, sendo que uma

das suas linhas atenderá o entorno portuário, permitindo que os visitantes que vem ao Rio de janeiro

em navios de cruzeiro tenham acesso a um transporte de massa de alta qualidade e integrado aos

outros modais, permitindo acessar as principais regiões da cidade. A obra é conduzida pela Prefeitura

do Rio de Janeiro, com custo de em R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões em recursos federais do

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade e R$ 625 milhões viabilizados por meio

de uma Parceria Público-Privada (PPP). A fabricação das primeiras 5 unidades dos veículos será,

inicialmente, em La Rochele (França) e as demais composições (27 unidades) serão produzidas em

São Paulo. A obra encontra-se em processo acelerado, com pequeno desvio de atraso.

A APO acompanha as liberações dos recursos com apoio da Caixa Econômica Federal.

• Plano Operacional de Transporte e Tráfego -PTMJ Rio2016

A apresentação, em dezembro de 2015, do Plano Operacional de Transporte pela empresa

contratada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, incluiu os estudos, estimativas, projeções de demanda,

simulações de tráfego e gestão de multidões para os Jogos Rio 2016, tendo a APO tomado ciência

desses estudos em reuniões ocorridas durante o segundo semestre.

• Chegadas e Partidas

A APO participou em 2015 de reuniões sobre chegadas e partidas em aeroportos, no Comitê

Técnico de Operações Especiais – CTOE, coordenado pela Secretaria de Aviação Civil – SAC, que

reúne um grupo técnico setorial com os responsáveis pela realização dos compromissos assumidos. A

finalidade das reuniões do CTOE é a confecção do Manual de Planejamento do Setor de Aviação

Civil – Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, que define normas, procedimentos e fluxos de

gestão e operação para áreas como segurança e defesa, recursos humanos e treinamento, melhorias de

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conforto, acessibilidade, gerenciamento de infraestrutura e capacidade nos principais aeroportos das

cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Confins, Brasília, Salvador e Manaus. A colaboração da APO

na elaboração do referido manual possibilitou a integração e a interlocução com as autoridades e

representantes da aviação (civil e militar).

A APO participou nas simulações de chegadas e partidas para testar a acessibilidade nos

Aeroportos do Rio de Janeiro e acompanhou a chegada de atletas paraolímpicos de bocha no

Aeroporto do Galeão. As necessidades de melhorias identificadas foram demandadas aos

responsáveis e continuam com acompanhamento da APO.

A APO participou do Grupo de Trabalho de Operações de Transporte, coordenado pela Casa

Civil da Presidência da República, onde cooperou na solução de problemas relativos aos transportes,

particularmente quanto a chegadas e partidas das delegações nos aeroportos, permitindo que o GT

equacionasse os problemas envolvendo as operações aéreas.

Ainda no âmbito de chegadas e partidas, podem ser citados outros exemplos de interlocuções

em que a Autarquia atuou visando à integração e a apoiar a atuação dos entes responsáveis. Dentre

esses, operações realizadas pelas vans do Comitê Rio 2016 durante as chegadas e partidas nos

aeroportos do Rio de Janeiro; ou junto à Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, responsável pela

fiscalização de embarcações, adquiridas pelo Comitê Rio 2016 e que foram utilizadas pela Comissão

de Regatas na competição de Vela.

Principais Parceiros Externos e Fóruns Temáticos

Quadro B 4 – Principais parceiros da DIMOB

ENTES PARCEIROS

Governo Federal Ministério das Cidades, Ministério dos Esportes, Casa Civil da Presidência da República,

Secretaria de Aviação Civil, Autoridades Aeroportuárias, Aeronáutica, Exército e Marinha,

Secretaria de Portos (SEP), Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e Caixa Econômica

Federal.

Governo Estadual SETRANS, CEDAE, Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro e EGP-Rio

Governo Municipal SMO, SMTR, CET-Rio, SMA, COR e EOM

Entes Privados CIRJ, Comitê Rio 2016, COI, IPC, CDURP, Metrô Rio, Píer Mauá e Supervia.

Fóruns Temáticos GT Porto e CTOE

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5. GOVERNANÇA

5.1. Descrição das estruturas de governança

A APO foi concebida para ser uma unidade integradora dos três níveis de governo. Por ser a

entidade responsável por garantir a entrega dos compromissos ao COI, o ambiente da governança da

instituição é complexo e está representado na figura abaixo.

Figura C 1 – Representação gráfica da Estrutura de governança

A atuação da Autoridade Pública Olímpica se dá na esfera estratégica dos Jogos por meio da

atuação integradora, facilitadora e mediadora entre as partes relacionadas do projeto olímpico. Tal

projeto é constituído de uma estrutura de governança complexa, composta de diferentes entes

públicos e privados, nacionais e internacionais, com interesses, autoridade e responsabilidades

diversas na condução dos trabalhos.

Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos já movimentam grandes setores da economia como

construção civil e turismo. Apesar de o projeto olímpico ter como principal data o dia 05 de agosto de

2016 – abertura dos Jogos – o trabalho ainda se estende no pós-jogos, período que vai conduzir os

processos de desmobilização, destinações das instalações olímpicas, prestação de contas e

desativação da própria autarquia especial. De acordo com determinação do CPO, este processo

deverá se encerrar em julho de 2017.

Os principais parceiros da APO na consolidação do projeto olímpico são os entes

governamentais (União, Estado do RJ e Município do Rio de Janeiro) e o Comitê Rio 2016. Apesar

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das diferentes responsabilidades, todos atuam a fim de garantir a entrega dos compromissos

assumidos com o COI e IPC, sendo esta entrega a missão da APO.

Para entregar os compromissos a APO tem como proposta de valor nesse ambiente:

• Relacionamento institucional focado nas necessidades de cada cliente;

• Qualidade no monitoramento estratégico de obras e serviços;

• Proposição sustentável do uso do legado para as futuras gerações;

• Transparência nos processos dos entes na organização dos Jogos;

Essa tarefa dada por lei traz desafios que a instituição hoje empreende esforços para superar,

como a consolidação do atendimento aos entes, melhoria de seus processos internos, fortalecimento

do planejamento do uso do legado, garantia de transparência das informações e atualização constante

da matriz e carteira de projetos.

Os entes consorciados e o Comitê Rio 2016 possuem seus próprios instrumentos de

acompanhamento, fiscalização e controle dos projetos olímpicos sob suas respectivas

responsabilidades. Os modelos de financiamento, contratação e acompanhamento da maioria dos

projetos, principalmente de infraestrutura, são organizados e os executores fornecem as informações

necessárias a cada um dos entes ou parceiros, por meio de modelos próprios.

Neste contexto, considerando que isso se aplica aos três entes consorciados e ao Comitê Rio

2016, é constantemente necessário um agente integrador e moderador, para análises no nível

estratégico das informações tratadas por eles para conciliação de visões acerca da execução dos

projetos para os Jogos.

A APO, então, atua como macrointegradora de informações, convivendo com uma

multiplicidade de metodologias e estruturando-se para: conhecer o todo, identificar e colaborar no

tratamento das interfaces críticas dos projetos e planos; identificar e colaborar no tratamento de riscos

estratégicos; propor soluções para facilitar encaminhamentos e decisões dos entes consorciados e dos

demais parceiros.

Logo, a articulação e a integração dos entes estão no cerne das atividades a serem

desenvolvidas pela Instituição, com embasamento em elementos técnicos que lhe garantam contribuir

decisivamente para o sucesso da empreitada compartilhada pelos níveis de governo e por entidades

privadas.

O ambiente de Governança Interna da APO é composto por cinco unidades: o Conselho

Público Olímpico, o Conselho Fiscal, o Conselho de Governança, a Presidência da APO e a Diretoria

Executiva, sendo as duas últimas também unidades do ambiente de Gestão da instituição. Já o

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ambiente de Governança Externa é composto por seis instituições e quatro fóruns de decisão

compartilhados com o Comitê Rio 2016: o Congresso Nacional, o TCU, a CGU, o Ministério do

Esporte, a Empresa Olímpica Municipal e a Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro, que absorveu

os projetos oriundos do extinto Escritório de Gestão de Projetos - EGP.

5.2. Informações sobre os dirigentes e colegiados

5.2.1. Dirigentes

GOVERNANÇA INTERNA

Conselho Público Olímpico (CPO)

Representantes: do Governo. Federal: Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues (Presidente); do

Governo Estado RJ: Leonardo Espíndola, e do Município do RJ: Maria Silvia Marques.

Conselho de Governança

Representantes: Marcelo Pedroso – Presidente Substituto da APO (Membro nato) – preside o

Conselho; Ari Matos Cardoso – Diretor Executivo Substituto APO (Membro nato); Maria do Socorro

Mendes Gomes – representante do Governo Federal; Rogério Boueri Miranda – representante do

Governo Federal; Joaquim Francisco Monteiro de Carvalho Neto – presidente da EOM; Rodrigo

Goulart de Oliveira Vieira – representante do Governo do Estado do Rio de Janeiro; Jorge Gerdau

Johannpeter – representante da sociedade civil, indicado pelo CPO; Sidney Levy – representante do

Comitê Rio 2016.

Conselho Fiscal

Representantes: Frederico Schettini Batista, titular – preside o Conselho; Rodrigo Parentes Vives,

suplente; Leonel Carvalho Pereira, titular; Francisco Pereira Iglesias, suplente; Mônica do

Nascimento Simone, titular; e Marco Aurélio Santos Cardoso, suplente.

Presidência

Representante: Marcelo Pedroso

Principais linhas de atuação em 2015: A gradual conclusão e o bom andamento da preparação dos

espaços que receberão as competições dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, provocou a

mudança do foco para a organização das atividades e dos serviços que serão realizados durante os

Jogos, o que obrigou a APO a direcionar seus esforços de atuação para acompanhar o Comitê Rio

2016 e demais entes, voltando todas as atenções para a etapa de operação dos Jogos. Portanto, mais

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uma vez, o presidente determinou que fosse verificada a melhor forma para uma reestruturação

interna organizando as atividades da autarquia com foco no acompanhamento da operação e dos

serviços necessários aos Jogos.

Algumas ações tiveram continuidade conforme planejado, como a atualização da Matriz de

Responsabilidades e da Carteira de Projetos Olímpicos, ocorrida em janeiro e em agosto de 2015, já

apontando um elevado estágio de conclusão das obras e para a necessidade de inclusão de alguns

serviços nos respectivos documentos.

A atualização constante do sistema de acompanhamento das obras e serviços desenvolvido

garantiu uma evolução para a implementação de novos módulos, incluindo um voltado

exclusivamente para os serviços, em uma plataforma mais dinâmica e inteligente.

Ainda em 2015, foi atualizado o Plano de Políticas Públicas, com os projetos que contribuirão

para a formação do legado dos Jogos para a cidade do Rio de Janeiro.

Resultados obtidos: a atuação da APO no papel de mediador e integrador das ações

desenvolvidas ao longo de 2015 resultou em definições de temas estratégicos como transporte dos

animais para as competições de hipismo, fornecimento de energia elétrica para os Jogos, controle de

doenças dos animais e na busca de soluções entre os entes e o Comitê Rio 2016 que efetivassem as

entregas de acordo com os compromissos assumidos. As obras em andamento seguem em ritmo

acelerado e os espaços dos Jogos já mostram um nível tranquilizador de desenvolvimento. Ao longo

de 2015 a presidência da APO atuou fortemente no apoio à estruturação dos processos operacionais

dos Jogos.

Diretoria Executiva

Representante: Ari Matos Cardoso

Principais linhas de atuação em 2015: A atuação da Diretoria Executiva na esfera de governança

focou na gestão de temas do cotidiano da instituição relacionadas com as atividades finalísticas.

Em agosto, o Dr. Ari Matos Cardoso assumiu como Diretor Executivo Substituto e iniciou o

processo de revisão de planejamento estratégico da APO. Em 2015, a partir da maturidade dos

instrumentos de planejamento criados em 2014, deu-se início a elaboração do Plano Operacional, o

início da concepção dos respectivos indicadores operacionais e a revisão dos Planos de Ação das

Diretorias.

Além disso, ainda na esfera de governança interna, junto ao colegiado de Diretores, atuou nas

decisões estratégicas do orçamento, Energia Elétrica, Matriz de Responsabilidades, conduziu

tratativas referentes à necessidade de alteração da estrutura organizacional da APO, visando à

priorização do acompanhamento das operações dos serviços; conduziu a elaboração de um Plano de

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Contingência, a ser aplicado caso a autarquia, conforme previsão legal, assuma quaisquer dos

compromissos olímpicos remanescentes dos entes consorciados; atualização do Planejamento

Estratégico, além de demais planos, normas e diretrizes internas, visando ao aprimoramento e

modernização da gestão; aprovação do Manual de Gestão Arquivística, visando a organizar a

documentação interna e prepará-la para uso pós-jogos, como legado informacional da

operacionalização das Olimpíadas. Colaborou, na sua esfera de atuação, com a atualização da Matriz

de Responsabilidades, promovendo reuniões entre os Diretores para definições necessárias sobre o

tema.

A Diretoria Executiva promoveu, ainda, medidas visando à economia de recursos,

considerando a atual conjuntura econômica do país e tendo como base principalmente o disposto nos

Decretos 8.540, de 09 de outubro de 2015 (que estabelece, no âmbito da administração pública

federal direta, autárquica e fundacional, medidas de racionalização do gasto público nas contratações

para aquisição de bens e prestação de serviços e na utilização de telefones celulares corporativos e

outros dispositivos) e 8.541 de 13 de outubro de 2015 (que estabelece, no âmbito da administração

pública federal direta, autárquica e fundacional, medidas de racionalização do gasto público no uso

de veículos oficiais e nas compras de passagens aéreas para viagens a serviço). Para atender ao

disposto nestes dois dispositivos, a Diretoria Executiva determinou, dentre outras medidas, o

recolhimento de 46 (quarenta e seis) aparelhos telefônicos funcionais

Com o avançado estágio de conclusão das obras de infraestrutura para os Jogos Rio 2016,

percebeu-se a necessidade de acompanhar a implantação efetiva dos serviços nos equipamentos

concluídos e a operação dos Jogos nos clusters. Desta maneira, foram iniciados estudos visando a

uma mudança na estrutura organizacional da APO que permita uma maior integração entre obras e

serviços, considerando cada cluster um projeto específico.

Na esfera de governança externa, principalmente no fórum do Comitê Executivo, atuou em

temas do dia-a-dia dos Jogos, acompanhando a evolução e ações críticas oriundas da coordenação das

atividades dos grupos de trabalho, bem como na análise de demandas específicas. No Comitê de

Coordenação, convidado pelo Presidente da APO, participou das discussões de questões estratégicas,

em reuniões do GEOLIMPIADAS (ME) e em relacionamento mais próximo ao Ministério do

Esporte, acompanhando a evolução do projeto olímpico naquilo que cabe ao Governo Federal.

Resultados obtidos: implementação de ações do Planejamento Estratégico, solução de

entraves de articulação referentes ao fornecimento de energia para os Jogos, implantação de medidas

de economia de recursos, aprovação do orçamento para 2016.

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GOVERNANÇA EXTERNA

Congresso Nacional

A APO se reporta diretamente ao Congresso Nacional que recebe anualmente o Relatório de

Atividades e o Calendário de Ações, para acompanhamento dos prazos estabelecidos pelo COI e CPI.

Tribunal de Contas da União (TCU)

A APO tem estreita relação com o Tribunal de Contas da União, buscando sempre fornecer as

informações solicitadas e atender aos apontamentos do Controle Externo em busca da garantia da

conformidade com as diretrizes por este determinadas.

Controladoria Geral da União (CGU)|

A APO provê toda informação solicitada pela CGU que exerce pontualmente as atividades do

Controle Interno e elabora o Relatório de Auditoria Interna Anual.

Ministério do Esporte (ME)

A APO é uma autarquia em regime especial vinculada ao Ministério do Esporte, no âmbito do

governo federal. Nesse ministério, as intervenções relacionadas aos Jogos estão vinculadas,

principalmente, à Secretaria Executiva – SE, à Secretaria Nacional de Esportes de Alto Rendimento

(SNEAR) e à ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). O ministério é o coordenador

do GEOLIMPÍADAS, fórum de articulação de ações relacionadas ao governo federal. Nessa

condição, atua, junto com a APO e os outros entes consorciados, na elaboração da Matriz de

Responsabilidades e da Carteira de Projetos Olímpicos.

Empresa Olímpica Municipal (EOM)

A Empresa Olímpica Municipal é um ente da Prefeitura do Rio de Janeiro que coordena, de

forma dedicada e transparente, a execução dos projetos e atividades municipais relacionados aos

Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A EOM atua, junto com a APO e os outros entes

consorciados, na elaboração e atualização da Matriz de Responsabilidades e da Carteira de Projetos

Olímpico.

Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro

A Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro é o principal articulador das ações e dos projetos

estaduais junto à governança dos Jogos Rio 2016, passando a fazê-lo diretamente no ano de 2015 (em

lugar do Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Rio de Janeiro - EGP-Rio). Atua,

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junto com a APO e os outros entes consorciados, na elaboração e atualização da Matriz de

Responsabilidades e da Carteira de Projeto Olímpicos.

5.3. Papéis e funcionamento dos colegiados

GOVERNANÇA INTERNA

Conselho Público Olímpico

Finalidade: O Conselho Público Olímpico é a instância máxima da APO, formado paritariamente por

representantes dos Governos federal, estadual e municipal, tendo por finalidades: a aprovação ou

modificação do estatuto e do orçamento da APO; a aprovação da Carteira de Projetos Olímpicos; a

nomeação dos membros do Conselho de Governança e do Conselho Fiscal, bem como a aprovação

da Matriz de Responsabilidades.

Principais decisões em 2015: Resolução nº 01, de 23 de janeiro de 2015 – Recondução de membros

do Conselho Fiscal; Resolução nº 02, de 23 de janeiro 2015 - Nomeação de membros do Conselho

Fiscal; Resolução nº 03, de 23 de janeiro 2015 - Exoneração de membros do Conselho Fiscal;

Resolução nº 04, de 23 de janeiro de 2015 - Atualização da Matriz de Responsabilidades e

Atualização da Carteira de Projetos Olímpicos.

Conselho de Governança

Finalidade: opinar, antes de seu encaminhamento ao Conselho Público Olímpico, sobre as diretrizes

fundamentais de organização administrativa da APO; opinar sobre o planejamento estratégico,

financeiro e orçamentário da APO e apreciar a prestação de contas da Diretoria Executiva, ouvido o

Conselho Fiscal.

Principais decisões em 2015: Resolução COG 01 2015 – Aprova a prestação de contas da Diretoria

Executiva, exercício de 2014; Resolução COG 02 2015 – Opina favoravelmente à proposta de

alteração do Estatuto da APO.

Conselho Fiscal

Finalidade: fiscalizar os atos dos dirigentes da APO e verificar o cumprimento dos seus deveres

legais e estatutários; analisar o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas

periodicamente pela APO; pronunciar-se sobre assuntos de sua atribuição que lhe forem submetidos

pelo Conselho de Governança ou pela Diretoria Colegiada; acompanhar a execução patrimonial,

financeira e orçamentária; opinar sobre as propostas a serem submetidas ao Conselho Público

Olímpico e à Diretoria Executiva, relativas a matérias orçamentárias, financeiras e patrimoniais, bem

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como sobre o relatório anual de administração e a prestação de contas da Diretoria Executiva,

indicados pelo Presidente da APO e eleitos pelo CPO.

Principais avaliações em 2015: Exame das atas e resoluções disponíveis das reuniões da Diretoria

Executiva, da diretoria Colegiada, do Conselho de Governança e do Conselho Público Olímpico

visando a acompanhar assuntos que tenham interação com a área fiscal; Análise dos processos

licitatórios, especialmente os realizados por dispensa ou inexigibilidade (arts. 24 e 25 da Lei nº

8.666/93); Análise dos demonstrativos contábeis e financeiros, comparando-os com os anteriores;

Atualizações sobre solicitações e atendimento aos órgãos de controle como Tribunal de Contas da

União, CGU e outros; Emissão de parecer sobre a proposta de orçamento para 2016;

Acompanhamento da execução do Plano Anual de Auditoria Interna - PAINT; Acompanhamento da

situação das certidões e certificado de regularidade junto ao INSS.

GOVERNANÇA EXTERNA

Comitê de Coordenação

Representante: Marcelo Pedroso

Relação da APO com o Comitê de Coordenação: A APO participa do Comitê de Coordenação, que se

reúne quinzenalmente para garantir que as questões estratégicas referentes aos projetos que constam

na Matriz de Responsabilidades sejam devidamente abordadas e debatidas.

Comitê Executivo

Representante: Marcelo Pedroso

Relação da APO com o Comitê Executivo: A APO lidera o Comitê Executivo, que se reúne

quinzenalmente com a função de assegurar o Comitê de Coordenação em aspectos mais operacionais

dos projetos em acompanhamento, em especial sobre a evolução dos temas discutidos pelos Grupos

de Trabalho. Funciona como instância preliminar ao Comitê de Coordenação.

Grupos de Trabalho

Representantes: Diversos colaboradores APO (listados abaixo)

Relação da APO com os Grupos de Trabalho: A APO participa dos Grupos de Trabalho compostos

por representantes dos entes e das áreas funcionais do Comitê Rio 2016, os quais se reúnem para

garantir que as especificações relativas à realização dos Jogos sejam cumpridas por todos envolvidos

na sua preparação.

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Quadro C 1 - Grupos de Trabalho ativos. (Posição em 31/12/2015)

GTs Coordenação

Órgão de

origem Vinculação Foco Site

1 Cidades do

Futebol

Representante

do ME ME ComEx Jogos de futebol www.esporte.gov.br

2 Comunicação Mario

Andrada Rio 2016

Comitê de

Coordenação

Comunicação dos

jogos www.rio2016.com

3 Concessionárias Ronald

Garcia APO ComEx Serviços Públicos www.apo.gov.br

4 Cultura e

Turismo João Brant MC

ComEx/

Geolimpíadas

Programa de cultura

dos jogos www.cultura.gov.br

5 Energia Cleusa Kikue

T. Yoshida APO

Comitê de

Coordenação

Fornecimento de

energia elétrica para

os jogos

www.apo.gov.br

6 João Havelange

Tatiane

Martins

Carrer

EOM ComEx Atletismo www.rio.rj.gov.br/we

b/eom

7 Lagoa Marcelo

Burlamaqui

Casa Civil

Governo

do Estado

do RJ

ComEx Competições

aguáticas

www.casacivil.rj.gov.

br

8 Legado

Estratégico

Representante

ME ME

Comitê de

Coordenação Memória dos Jogos www.esporte.gov.br

9 Porto Sérgio Mafra APO ComEx

Fornecimento de

água doce e

recolhimento de

esgoto (rede fixa)

www.apo.gov.br

10 Saúde Bruno

Morette MS ComEx

Atendimento médico

durante os jogos www.esporte.gov.br

11 Segurança

Luiz Felipe

Linhares

Gomes

MD

Comitê de

Coordenação Segurança nos jogos

www.defesa.gov.br

DPF

Cristiano

Barbosa

Sampaio

MJ www.justica.gov.br

12 Sustentabilidade Luiz Pedro de

Melo Cesar APO ComEx

Compromisso: jogos

sustentáveis www.apo.gov.br

5.4. Atuação da Unidade de Auditoria Interna

As atividades de auditoria interna da Autoridade Pública Olímpica são exercidas por

servidores da Controladoria Geral da APO, subordinada à Presidência da APO.

Sua metodologia de trabalho guarda consonância com aquela adotada na esfera da Secretaria

Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União- CGU, em conformidade com o

Manual do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, aprovado na forma de Anexo da

IN/SFC nº 01, de 6 de abril de 2001, da IN CGU nº 07/2006 e IN CGU 01/2007.

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A Controladoria Geral (Redação dada pela Resolução nº 7, de 21 de março de 2014, do

Conselho Público Olímpico), no desempenho de suas ações de auditoria, compete:

I. elaborar e executar o Plano Anual de Auditoria Interna, de acordo com as normas vigentes

editadas pelos órgãos centrais de controle interno e externo da União;

II. acompanhar e avaliar a conformidade da execução e do cumprimento das metas dos Planos

Plurianuais;

III. analisar e avaliar a execução orçamentária quanto à conformidade, os limites e as

destinações estabelecidas na legislação pertinente;

IV. apoiar e assessorar a gestão orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e de recursos

humanos, assim como dos demais sistemas administrativos e operacionais, examinando os

resultados quanto à economicidade, eficiência e regularidade dos atos;

V. atuar no provimento de informações e no apoio às auditagens realizadas pelos órgãos de

controle;

VI. otimizar as auditorias efetuadas pela APO;

VII. examinar e emitir prévio parecer sobre a prestação de contas anual da APO e tomada de

contas especiais;

VIII. organizar a unidade de auditoria interna, com o suporte necessário de recursos humanos

e materiais, com o objetivo de fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle;

IX. atender e formular respostas aos órgãos de auditoria dos Governos Federal, Estadual e

Municipal e do Tribunal de Contas da União

Com a finalidade de garantir a observância aos princípios da legalidade, eficiência, eficácia,

efetividade e economicidade na aplicação dos recursos públicos e dos atos praticados na gestão, a

Auditoria Interna realiza seus trabalhos com o objetivo de assessorar a administração no alcance dos

objetivos e metas; no apoio necessário ao atendimento aos órgãos de controles interno e externo e aos

órgãos colegiados; na avaliação dos controles internos; na elaboração e execução do Plano Anual de

Auditoria Interna-PAINT e na produção do Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna-

RAINT do exercício.

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e

comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia,

eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos

integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à alta Administração no

cumprimento de seus objetivos. Além disso, tem como função precípua adicionar valor para

melhorar as operações da entidade.

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Nesse sentido, os controles internos administrativos da Autarquia são avaliados

frequentemente, podendo-se concluir que são relativamente adequados, com a necessidade de

melhorias, para que se possa, gradativamente, fortalecê-los e se chegar à qualidade e eficiência

essenciais à plena e adequada gestão.

Do total das 15 ações planejadas no Plano Anual de Auditoria Interna - PAINT/2015, foram

realizadas 10 ações de auditoria e 02 (duas) não concluídas no exercício foram inseridas no

planejamento para 2016. As demais foram canceladas, tendo em vista a alteração das normas

vigentes, contenção de gastos e/ou transformou-se em ação de acompanhamento, por já ter sido

objeto de análise no exercício anterior.

Por fim, dos trabalhos realizados ao longo do ano de 2015 destacaram-se os resultantes das

auditorias propriamente ditas e de ações de acompanhamento, a saber:

Setor de Licitações e Contratos - Auditoria de Acompanhamento nas áreas de licitações e

contratos.

Resultado - necessidade de melhorias nos controles internos em relação aos processos

administrativos, no que diz respeito à organização, à checagem e a conferência dos documentos que

os compõem. Intempestividade nos registros contábeis e na aplicação das sanções administrativas à

contratada pela falta de atendimento às demandas dos serviços. Na ocasião, foram recomendadas

ações de implementação de rotinas eficientes de controle na gestão dos contratos para viabilizar sua

efetiva coordenação e fiscalização e assegurar o fiel cumprimento da legislação em vigor; e, ainda,

atuação mais efetiva da Conformidade de Registro de Gestão, onde foram emitidas as devidas

recomendações para as ações de saneamento.

Diante das recomendações dos Relatórios de Auditoria nº 01 e 02/2015, por meio dos Memo

nºs 84/2015 e 102/2015, ambos da Diretoria Executiva da APO, foram informadas as ações iniciadas

para atendimento às recomendações, inclusive com propostas de aperfeiçoamento dos servidores

envolvidos.

Setor de Recursos Humanos - Auditoria de Acompanhamento na área de Recursos Humanos,

com ênfase nos controles internos, rotinas e procedimentos.

Resultado - os controles internos, as rotinas e os procedimentos adotados pelo setor são

satisfatórios e atendem às necessidades da Autarquia. Porém, merecendo atenção especial os

seguintes pontos: elaboração de normas internas/diretrizes para concessão de ajuda de custo e de

auxílio-moradia; observância ao Decreto nº 4.050/2001, a Orientação Normativa SEGEP nº 04, de

12/06/2015, e ao Decreto nº 5.213/2004, fazendo constar, na íntegra, toda documentação necessária

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que embasa o pagamento de reembolso do pessoal requisitado e/ou cedido de outros órgãos; reforçar

a equipe da Supervisão de Recursos Humanos, face às peculiaridades desta Autarquia quanto à

movimentação de servidores diante da proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e,

consequentemente, a necessidade de desmobilização da APO; maior transparência das ações da

Supervisão de Recursos Humanos, especialmente quanto às suas publicações, de forma a manter os

servidores informados quanto às atualizações; atuação efetiva e proativa, na análise da Conformidade

de Registro de Gestão, dos documentos do SIAFI que compõem os processos de despesas da folha de

pagamento; e providência quanto à regularização da situação funcional dos servidores designados

para compor a equipe de trabalho formada por servidores da APO e do Ministério do Esporte

(Portaria Conjunta ME/APO nº 141/2014 e Portaria Conjunta nº 266/2014).

Das recomendações constantes do Relatório de Auditoria n° 03/2015, foram informadas, por

meio do Memo nº 02/2016-SGC/DE/APO, as ações realizadas e a realizar para atendimento às

recomendações expedidas pela Auditoria Interna, que serão acompanhadas ao longo do exercício.

Setor de Gestão Patrimonial - Auditoria de Acompanhamento da Gestão Patrimonial, com foco

na avaliação dos controles internos da Autarquia.

Resultado - necessidade de melhorias nos controles internos quanto à: intempestividade na

emissão e/ou atraso na emissão dos Relatórios de Movimentação de Almoxarifado - RMA e de

Movimentação de Bens Móveis – RMB, que pudessem evitar os registros da Conformidade Contábil

“com restrição”; inconsistências dos saldos contábeis do SIAFI com os saldos dos RMB’s e RMA’s;

incompatibilidade entre as planilhas de cálculo de Depreciação Acumulada com o saldo da conta do

balancete mensal do SIAFI; falta de identificação dos materiais permanentes com os respectivos

números sequenciais de registro patrimonial; falta de tempestividade na emissão dos Termos de

Responsabilidade; intempestividade nos registros contábeis no SIAFI e a movimentação do material

no almoxarifado. Após emissão das Solicitações de Auditoria foram adotadas medidas para sanar as

inconsistências detectadas e após as recomendações constantes do Relatório n° 04/2015, foram

expostas, por meio do Memo nº 01/2016-SGC/DE/APO, as ações implementadas para o atendimento

às recomendações expedidas pela Auditoria Interna que serão acompanhadas no decorrer do

exercício.

Controle da Transparência Ativa – Este trabalho teve como finalidade acompanhar as ações

de transparência com foco na atualização constante do site da APO, contendo às informações de

interesse coletivo ou geral por ela produzidas ou custodiadas referentes à atuação dos entes

consorciados na realização das obras e serviços necessários à realização dos Jogos Olímpicos de

2016, contendo, no mínimo: editais de licitação; contratos; termos aditivos; termos de parceria ou

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convênio; cronogramas; origem dos recursos; e, relatórios de acompanhamento das obras e serviços,

adotando, por analogia, as orientações constantes da Portaria nº 572/2010 (Recomendação CGU

nº128151).

Além disso, a forma de apresentação das informações acima, a periodicidade das atualizações,

bem como, a responsabilidade quanto à inserção de dados.

Resultado - A APO vem consolidando as informações de que dispõe para o exercício de suas

finalidades institucionais (dos executores e/ou financiadores) para incrementar a disponibilização de

informações em seu site. Ademais, vem solicitando aos entes de governo dados que possam

complementar os elementos de que já dispõe.

No dia 17/04/2015, a Autarquia lançou um novo site que apresenta, de forma mais dinâmica,

por região e com organização mais simples ao usuário, as informações consolidadas das instalações

(http://www.apo.gov.br/index.php/home/transparencia/instalacoes/). Foi possível incrementar a ação

com o direcionamento para informações disponibilizadas no Portal da Transparência Jogos Rio 2016

(http://www.transparencia.gov.br/rio2016/), estruturado pela Controladoria-Geral da União, em

atendimento ao previsto no Decreto Federal nº 7.033/2009 e na Portaria CGU nº 572/2010, que

tratam da coleta e da publicação de dados sobre a preparação para realização dos Jogos Rio 2016.

Além disso, definiu-se que a Diretoria Executiva é a unidade responsável pela supervisão dos

trabalhos de atualização permanente do site da APO, com o apoio da Diretoria de Integração e da

Controladoria Geral.

Análise das Demonstrações Contábeis e da Prestação de contas para emissão do Parecer de

Auditoria - Foi realizada análise das demonstrações contábeis, e emitido o Parecer de Auditoria

Interna sobre a prestação de contas, contemplando a síntese das avaliações e dos resultados que

fundamentaram a opinião, em observância à Decisão Normativa TCU nº 140, de 15/10/2014.

Análise da Prestação de Contas/2014 – Foi realizada análise das peças que compõem o

processo de prestação de contas da APO relativas ao exercício de 2014, com avaliação da execução

orçamentária, financeira, contábil e patrimonial, e exame dos resultados quanto à economicidade,

eficiência e regularidade dos atos de gestão.

5.5. Atividades de Correição e Apuração de Ilícitos Administrativos

A atividade de correição da Autoridade Pública Olímpica – APO, de competência da

Controladoria Geral, está definida no art. 21 do Estatuto da APO, aprovado pela Resolução nº 7, de

21 de março de 2014, do Conselho Público Olímpico:

Art. 21. À Controladoria Geral, no desempenho de ações correicionais, compete: (Redação

dada pela Resolução nº 7, de 21 de março de 2014, do Conselho Público Olímpico)

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I - examinar a legislação específica e normas correlatas, orientando quanto à sua observância;

II - promover inspeções regulares para verificar a exata execução da legislação aplicada; III -

examinar e emitir parecer sobre o código de ética da entidade;

IV - propor ações de forma a garantir a legalidade dos atos e o alcance dos resultados,

contribuindo para a melhoria da gestão;

V - organizar a unidade de correição, com o suporte necessário de recursos humanos e

materiais, objetivando a atuação dos ritos disciplinares na APO;

VI - ajustar a aplicação, no âmbito do APO, da orientação normativa emanada pelos Sistemas

de Controle Interno dos entes consorciados, em suas respectivas áreas de jurisdição.

A Controladoria Geral atuou, junto à CGU, nas ações de observância à Lei nº 12.813, de

16/5/2013, que dispõe sobre o “Conflito de Interesses” no exercício de cargo ou emprego no Poder

Executivo Federal e impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego, a saber:

Participou do seminário de apresentação do sistema SeCI da CGU e de reunião junto à

CGU - RJ sobre os procedimentos de consultas e cadastramento de usuários no Sistema;

Realizou ações junto à Supervisão de Recursos Humanos da APO para divulgação dos

informes da CGU sobre situações que configurem Conflito de Interesses;

Adotou providências, quando solicitadas, relativas às consultas formuladas a Alta

Administração da APO sobre o assunto, inclusive com formalização de consultas, em caso

específico, à Comissão de Ética Pública da Presidência da República-CEP/PR.

Relativamente aos fatos apurados ou em apuração no exercício de 2015, não houve

constatação de fraudes ou corrupção e irregularidades cometidas por servidores desta Unidade

Jurisdicionada ou abertura de Processos Administrativos Disciplinares ou de Sindicâncias.

5.6. Gestão de Riscos e Controles Internos

Para cumprimento da missão explicitada no caput da Cláusula Quarta do Contrato de

Consórcio Público (Lei 12.396/2011 e congêneres municipal e estadual), a APO organizou-se para

integrar e facilitar a participação da União, do Estado e do Município do Rio de Janeiro, entes

governamentais consorciados, na preparação e realização dos Jogos Rio 2016, a fim de assegurar o

cumprimento das obrigações assumidas pelo País perante o Comitê Olímpico Internacional.

Foram estabelecidas como macro ações estratégicas finalísticas: 1) estabelecer um sistema

integrado de gerenciamento capaz de possibilitar o acompanhamento dos projetos e planos

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operacionais e 2) elaborar um sistema de informação institucional que apoie a gestão das atividades

da organização.

O Sistema APO, metodologia e ferramental, estruturou-se para organizar e sistematizar as

atividades de produção de conhecimento da Autarquia, que se realiza sobre os planos e projetos dos

entes consorciados para a realização dos Jogos. A APO, além de não ser a gestora nem a executora

destes projetos, não detém instrumentos legais que garantam a transferência de informações sobre

esses projetos. Por sua vez, existe a necessidade de que, para o cumprimento de sua missão

institucional, a APO atue, no campo estratégico, colaborando com os entes na solução de eventuais

entraves.

Neste contexto, as informações coletadas e analisadas pelos colaboradores da atividade

finalística provêm de fontes variadas, tanto formais quanto informações. Por exemplo, desde notícias

veiculadas pela imprensa, informações publicadas em portais e sistemas institucionais (inclusive

informações financeiras decorrentes de ações de transparência ativa), artefatos de gestão de projetos

dos entes (como cronogramas físico-financeiros das obras e serviços, etc.), informações fornecidas

por entes públicos intervenientes, como a Caixa Econômica Federal. Essa é a riqueza do processo,

com possibilidade de que, o quanto antes, situações atípicas possam ser objeto de verificação e

eventual articulação da APO junto aos órgãos relacionados ao projeto olímpico. Ao mesmo tempo,

esse processo de coleta de informações implica em riscos que precisam ser gerenciados e mitigados

com vistas à produção qualificada de conhecimento, pois fontes variadas podem gerar informações

com nível de confiabilidade também variável.

Para minimizar eventuais impactos desses riscos, as análises que são efetuadas pelos técnicos

diretamente envolvidos no acompanhamento e processamento das informações, inclusive pelo corpo

diretivo da APO, pautam-se na necessidade de checar e avaliar a origem, as condições de coleta e a

veracidade dessas informações. Diante das interdependências das temáticas envolvidas na preparação

para os Jogos, o trabalho do corpo de colaboradores da APO se vale de estratégias de integração. O

próprio Sistema APO é usado como ambiente de difusão e interface de informações, acessível a todos

os atuantes na seara finalística. Além disso, são realizadas, rotineiramente, reuniões de integração

entre unidades e equipes multidisciplinares, para alinhamentos que permitem avançar na qualidade

das informações e das análises. Investe-se, ainda, na produção de análises de informações amparadas

por fontes diversificadas, que permitem a confrontação de dados e a valoração da qualidade dos

trabalhos.

No tocante ao funcionamento dos controles internos administrativos, principalmente quanto à

suficiência desses controles para mitigar riscos e garantir, com segurança razoável, a confiabilidade

das informações financeiras produzidas, a obediência às leis e regulamentos que a regem a

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salvaguarda dos seus recursos, de modo a evitar perdas, mau uso e dano, vale destacar que a APO

emprega a legislação em vigor sobre licitações e contratos. Além disso, emprega os principais

sistemas da Administração Pública Federal, entre outros:

a) Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI): consiste no

principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária,

financeira e patrimonial do Governo Federal;

b) Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG): utilizado para facilitar e

agilizar os processos de compra e aquisição de materiais e serviços do Governo Federal. Sua

finalidade é integrar os órgãos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional;

c) Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE): sistema de

abrangência nacional criado com a missão de integrar todas as plataformas de gestão da folha de

pessoal dos servidores públicos, além de ser responsável pela produção das folhas de pagamento dos

mais de 200 órgãos federais.

5.7. Política de Remuneração dos Administradores e Membros de Colegiados

Na estrutura organizacional da APO consta o Conselho Público Olímpico, o Conselho de

Governança e o Conselho Fiscal, conforme Organograma disposto no Item 1.3 deste Relatório.

De acordo com o Protocolo de Intenções, está prevista a remuneração aos Conselheiros por

participação em cada reunião do Colegiado, conforme identificado a seguir:

Parágrafo Sexto da Cláusula Décima Terceira - define que os membros do Conselho de

Governança, exceto o Presidente o Diretor Executivo, além do reembolso obrigatório das despesas de

locomoção e estada necessárias ao desempenho da função, receberão o valor mensal de R$ 2.200,00

(dois mil e duzentos reais), devido somente nos meses em que ocorrer reunião do colegiado.

Parágrafo Quinto da Cláusula Décima Quarta - define que os membros do Conselho Fiscal,

além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estada necessárias ao desempenho da

função, receberão o valor mensal de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais), devido somente nos

meses em que ocorrer reunião do colegiado.

Quadro C 2 – Remuneração dos Conselhos de Administração e Fiscal Valores em R$ 1,00

Conselho de Governança

Nome do Conselheiro Período de Exercício Remuneração (R$)

Início Fim Média mensal Total no exercício

Ari Matos Cardoso 07/08/2015 06/08/2017 0,00 0,00

Denísio Augusto Liberato

Delfino 25/07/2014 08/09/2015 2.200,00 2.200,00

Fernando Azevedo e Silva 05/12/2013 06/02/2015 0,00 0,00

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Ian Ramalho Guerriero 08/12/2015 07/12/2017 2.200,00 2.200,00

Joaquim Francisco M. de

Carvalho Neto 25/07/2014 24/07/2016 2.200,00 4.400,00

Jorge Gerdau Johannpeter 23/12/2011 22/12/2015 0,00 0,00

Marcelo Pedroso 07/02/2015 06/02/2017 0,00 0,00

Maria do Socorro Mendes

Gomes 25/06/2015 24/06/2017 2.200,00 4.400,00

Otto Luiz Burlier da

Silveira Filho 27/02/2014 16/06/2015 2.200,00 2.200,00

Rodrigo Goulart Alves de

Oliveira 17/08/2015 16/08/2017 2.200,00 4.400,00

Rogério Boueri Miranda 02/12/2015 01/12/2017 2.200,00 2.200,00

Sidney Levy 17/12/2015 16/12/2017 0,00 0,00

Conselho Fiscal

Nome do Conselheiro Período de Exercício Remuneração (R$)

Início Fim Média Mensal Total no exercício

Frederico Schettini Batista 23/01/2015 22/01/2016 2.200,00 24.200,00

Leonel Carvalho Pereira 23/01/2015 22/01/2016 2.200,00 24.200,00

Mônica do Nascimento

Simone 23/01/2015 22/01/2016 2.200,00 24.200,00

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6. RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE

6.1. Canais de Acesso do Cidadão

Depois de um intenso trabalho de projeção da Autoridade Pública Olímpica junto às mídias

nacional e estrangeira em 2014, o objetivo da área de Comunicação em 2015 foi consolidar a imagem

da instituição como importante fonte de informações e contribuir com a transparência dos dados sobre

a preparação dos Jogos Rio 2016. A ampla repercussão das duas atualizações da Matriz de

Responsabilidades realizadas em 2015 e o convite para publicação de artigo em jornais de circulação

nacional evidenciaram o reconhecimento da atuação da APO pela mídia.

Foram atendidos diversos pedidos da imprensa para entrevistas. Entre eles, TV Globo, SporTV,

ESPN, EBC, SBT, portal Brasil 2016, jornal O Globo, Valor Econômico, UOL, Folha de S.Paulo,

Estado de S.Paulo, Revista Veja, Revista Exame, Revista Época, Globoesporte.com, Lance, O Dia,

Agência Brasil, Agência Reuters, Emissora Pública Alemã e a TV TCU do Tribunal de Contas da

União.

O lançamento do novo sítio institucional (www.apo.gov.br) em abril, com novas áreas e mais

conteúdo sobre as obras, foi outra ação que contribuiu para dar mais transparência ao processo de

organização do evento. A reformulação foi pensada para atender às exigências de transparência do

TCU e facilitar a navegação dos usuários. As informações sobre a atuação da APO, sua composição,

portarias e resoluções, além do detalhamento da Matriz de Responsabilidades e da Carteira de Projetos

e respectivas metodologias, foram organizadas por áreas olímpicas e instalações. Ali estão ainda canais

de contato com a instituição, seja pelo endereço no rodapé do site, através da assessoria de imprensa

ou ainda o passo a passo para pedidos de informações pelo cidadão, em cumprimento à Lei de Acesso

à Informação – LAI (Lei 12.527 de 18/11/2011).

Com a reformulação do sítio, as redes sociais da APO também foram reforçadas, ampliando as

opções de interação com o cidadão. Twitter, Facebook, Instagram e Flickr tiveram atualizações

constantes ao longo do ano e monitoramento pela equipe para o pronto atendimento.

A área de Comunicação manteve ainda a integração com os assessores de imprensa dos entes

governamentais e contribuiu na divulgação da atualização do Plano de Legado e da preparação do

evento durante o Pan de Toronto, no Canadá. Participou do grupo de comunicação do governo federal

e promoveu a visita de assessores de imprensa dos ministérios que compõem o GEOlimpíadas para as

instalações olímpicas no Rio. O objetivo da visita foi aproximar os assessores de Brasília dos demais

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entes governamentais e do principal palco dos Jogos, facilitando o entendimento dos esforços que

estão sendo empreendidos na preparação do evento.

Também foi prestada assessoria ao presidente Marcelo Pedroso em três audiências públicas na

Câmara dos Deputados, Brasília, relacionadas à organização dos Jogos, contribuindo, mais uma vez,

para a prestação de informações e esclarecimentos sobre a preparação do País para receber o maior

evento do planeta.

Para manter a relação construtiva com a imprensa e a postura de abertura de informações, a

Comunicação organizou um encontro de fim de ano do presidente da APO com jornalistas nacionais e

estrangeiros. Na ocasião, foi divulgado um balanço das atividades institucionais e os desafios para

2016, o ano dos Jogos.

6.2. Mecanismos de Transparência das Informações Relevantes Sobre a Atuação da

Entidade

O novo sítio da APO apresentou recursos de acessibilidade, norteado pela Lei 10.098/2000 e

pelo Decreto 5296/2004 e normas da ABNT. Adaptável a tablets e celulares, tem cores mais claras e

destaque para fotos e manchetes. As fotos possuem texto alternativo para os programas de navegação

para deficientes visuais. Foram incluídas também as opções de alto contraste e escala de cinza, além da

funcionalidade de aumentar fonte, que já existia na versão anterior.

O Serviço de Informação ao Cidadão – SIC foi implementado em junho de 2013, em

consonância com o disposto na Lei de Acesso à Informação (Lei Federal 12.527/2011). No ano de

2015, a Autarquia passou a contar com um sistema eletrônico para recebimento e gerenciamento dos

pedidos de acesso à informação (e-SIC), disponível através do site da APO. Com a adoção do e-SIC, o

cidadão passou a contar com mais um canal para obtenção de informações de seu interesse, além de

poder solicitá-las presencialmente, por telefone ou por correio postal. Este sistema de informação foi

customizado pela equipe própria de desenvolvimento de sistemas da APO a partir de sistema da

Prefeitura de Natal/RN disponibilizado via Portal do Software Público.

Na página da APO, considerando os princípios da transparência ativa, no âmbito de suas

competências, estão disponibilizadas informações, em observância ao § 1º do art. 8º da Lei nº 12.527,

de 18/11/2011 (Lei de Acesso à Informação-LAI).

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7. DESEMPENHO FINANCEIRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

7.1. Desempenho Financeiro do Exercício

Por uma decisão de gestão à época de sua criação, a autarquia utiliza o Sistema Integrado de

Administração Federal do Governo Federal – SIAFI para sua execução orçamentária, financeira e

contábil. Não obstante a utilização do SIAFI, a Autoridade Pública Olímpica – APO, por ser um

consórcio de Direito Público, está sujeita a todos os princípios que norteiam a administração pública,

devendo seguir as orientações e normativos da Secretaria de Tesouro Nacional, bem como o disposto

na Lei nº 11.107/2005, Decreto nº 6.017/2007 e Portaria STN/MF nº 72/2012, entre outros, sendo esta

última aplicada, obrigatoriamente, a partir de 2013.

As Demonstrações Contábeis foram elaboradas em observância com os dispositivos legais que

regulam o assunto, em especial a Lei Federal nº 4.320/64, Lei Complementar nº 101/2000, os

Princípios de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, o

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, as Instruções de Procedimentos Contábeis e

demais disposições normativas vigentes.

7.2. Tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio

e avaliação e mensuração de ativos e passivos

A Autoridade Pública Olímpica – APO iniciou a implantação dos procedimentos estabelecidos

pelas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em especial, nas NBC T 16.9 e

NBC T 16.10 publicadas pelas Resoluções CFC nº 1.136/2008 e 1.137/2008, respectivamente para

tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio e avaliação e

mensuração de ativos e passivos da unidade.

A metodologia adotada para estimar a vida útil econômica do ativo segue a tabela padrão

sugerida pela macrofunção 02.03.30 da Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Do mesmo modo, as

taxas utilizadas para os cálculos dos valores residuais também é padronizada e segue o estabelecido

nesta mesma norma da STN.

O método de cálculo das quotas de depreciação utilizado foi o método linear ou quotas

constantes, ou seja, método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do

bem em cada período, aplicado uniformemente.

O controle dos bens e cálculo da depreciação é realizado via planilha eletrônica própria, devido

a pequena de quantidade de bens a serem controlados.

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Página 100

7.3. Informações sobre a conformidade contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária,

financeira e patrimonial

Os procedimentos executados pela Setorial Contábil são orientados pelos Princípios de

Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial das entidades do setor

público, dentre elas citamos:

Lei n° 4.320 de 17 de março de 1964 - Lei das Normas Gerais de Direito Financeiro;

Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas do Setor Público (NBC T 16);

Lei n° 10.180 de 6 de fevereiro de 2001 – Do Sistema de Contabilidade Federal;

Decreto 6.976 de 01 de outubro de 2009; e

Macrofunções STN 020315, 020318, 020319, 020330, 021006 e 021003.

A Setorial Contábil realiza acompanhamento diário nas “Equações de Auditor de Rotina

Contábil” transação disponível no SIAFI, referente à rotina da Conformidade Contábil, a fim de evitar

inconsistências contábeis no Balanço, visando prevenir a ocorrência de impropriedades e

irregularidades.

Quando encontrada alguma inconsistência, as áreas são informadas ou inquiridas por meio de

Notas Técnicas ou mensagens eletrônicas, solicitando e orientando os procedimentos para

regularização.

Para realização e registro da Conformidade Contábil, foram considerados os seguintes critérios:

A verificação da adequação dos registros, dos saldos das contas e dos demonstrativos, feita

mensalmente;

O acompanhamento, a análise e as orientações de ajustes da execução contábil dos atos de

gestão orçamentária, financeira e patrimonial das Unidades Gestoras; e

A análise dos documentos de suporte realizada pelo responsável e registrada a

Conformidade de Registro de Gestão no SIAFI.

Itens 7.6, 7.7, 7.9 e 7.11 – Anexos

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8. ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO

8.1. Gestão de Pessoas

De acordo, com a Lei Nº 12.396, de 21 de março de 2011, a contratação de pessoal pela APO

se dará por tempo determinado, na forma do inciso IX do art. 37 da Constituição, sendo o recrutamento

sujeito a prévia aprovação em processo seletivo simplificado, conforme o regime da Lei no 8.745, de 9

de dezembro de 1993.

A APO pode, ainda, exercer suas atividades com pessoal cedido de órgãos e entidades da

administração pública federal e dos demais entes federados. Além disso, pode, também, requisitar

servidores dos entes consorciados para nela terem exercício, não podendo exceder a vinte por cento de

seu quantitativo total de servidores.

A força de trabalho da APO é composta por profissionais qualificados e com experiência nas

suas áreas de atuação. Atualmente, o quadro de servidores é composto por 11 servidores detentores do

Título de Doutorado; 12 servidores com Título de Mestre; 26 servidores com Título de Especialista; 57

servidores com curso Superior; 23 servidores com ensino médio e 3 servidores com ensino

fundamental.

8.1.1. Estrutura de pessoal da unidade

Quadro D 1 - Força de trabalho da UPC Fonte: SURH/SGC/DE/APO

Tipologias dos Cargos Lotação

Ingressos no

Exercício

Egressos no

Exercício

Autorizada Efetiva

1. Servidores em Cargos Efetivos (1.1 + 1.2) 181 82 19 26

1.1. Membros de poder e agentes políticos

1.2. Servidores de Carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 82 19 26

1.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão

1.2.2. Servidores de carreira em exercício

descentralizado

1

1.2.3. Servidores de carreira em exercício provisório

1.2.4. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas 81 19 26

2. Servidores com Contratos Temporários

3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública 50 08 08

4. Total de Servidores (1+2+3) 181 132 27 34

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Quadro D 2 - Distribuição da lotação efetiva. Fonte: SURH/SGC/DE/APO

Tipologias dos Cargos Lotação Efetiva

Área Meio Área Fim

1. Servidores de Carreira (1.1) 22 60

1.1. Servidores de Carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 22 60

1.1.2. Servidores de carreira vinculada ao órgão

1.1.3. Servidores de carreira em exercício descentralizado 1

1.1.4. Servidores de carreira em exercício provisório

1.1.5. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas 22 59

2. Servidores com Contratos Temporários

3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública 5 45

4. Total de Servidores (1+2+3) 27 105

Quadro D 3 - Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas da UPC.

Tipologias dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas

Lotação Ingressos

no

Exercício

Egressos

no

Exercício Autorizada Efetiva

1. Cargos em Comissão 91 80 8 13

1.1. Cargos Natureza Especial 1 1

1.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior 90 80 8 12

1.2.1. Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão

1.2.2. Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado

1.2.3. Servidores de Outros Órgãos e Esferas 30 4

1.2.4. Sem Vínculo 50 8 8

1.2.5. Aposentados

2. Funções Gratificadas 90 52 19 21

2.1. Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão

2.2. Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado 1

2.3. Servidores de Outros órgãos e Esferas 51 19 21

3. Total de Servidores em Cargo e em Função (1+2) 181 132 27 34

Fonte: SURH/SGC/DE/APO

8.1.1.2. Informações específicas sobre a estrutura de pessoal

Durante o exercício de 2015, a APO migrou para o novo Sistema de Gestão de Pessoas –

SIGEPE, do Ministério do Planejamento, que tem o objetivo de subsidiar, por meio dos recursos de

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Tecnologia da Informação, as políticas de gestão de pessoas e as operações de recursos humanos do

Governo Federal.

As informações sobre a gestão de pessoal contemplam os quadros relativos à sua

especificidade, registrando informações quantitativas e qualitativas sobre a gestão.

A força de trabalho da APO é formada, em grande parte, por servidores da carreira da

Administração Pública Federal com 61%. Além disso, conta com 36% de servidores sem vínculo e 3%

de outras esferas de Governo.

Quanto à Capacitação de pessoal, em 04 de novembro de 2015, foi aprovada a Norma Interna

n° 08, que Institui, no âmbito da Autoridade Pública Olímpica, critérios, procedimentos e

responsabilidades para participação de servidores em eventos de capacitação, segundo a Resolução nº

11, de 04 de novembro de 2015.

A Norma Interna de capacitação do servidor visa enfrentar os frequentes processos de

mudança, desenvolvendo conhecimentos, habilidades e atitudes compatíveis com os perfis

profissionais requeridos.

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Quadro D4 - Ações de Capacitação realizadas no Exercício de 2015

Seq Evento Participantes Responsável Evento Horas

01 Curso 03 ABOP IV CURSO TESOURO GERENCIAL 24

02 Seminário 02 ZÊNITE A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS – IN Nº 02/08 24

03 Seminário 03 ZÊNITE COMO ELABORAR A PLANILHA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS – IN Nº 02/08 E COMO

JULGAR A LICITAÇÃO PARA CONTRATAÇÕES 30

04 Curso 03 ABOP II CURSO DE EMPENHO E SUAS PECULIARIDADES, CONFORMIDADES DE REG. DE

GESTÃO CONTÁBIL 24

05 Curso 01 ENAP INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS 20

06 Curso 02 LICIDATA SRP – SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 08

07 Seminário 02 ZÊNITE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 16

08 Participação 02 MPOG CAPACITAÇÃO SOBRE PLANOS DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEIS 08

09 Curso 02 ONE CURSOS NOVO TESOURO GERENCIAL – SISTEMAS DE CONSULTAS FINANCEIRAS DO

GOVERNO 24

10 Curso 02 ABOP XIII CURSO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA FOLHA DE PESSOAL NO SIAFI 24

11 Curso 03 ONE CURSOS CURSO PCASP – COMPREENDENDO O NOVO PLANO DE CONTAS APLICADO AO

SETOR PÚBLICO 24

12 Curso 01 TCU PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 24

13 Curso 03 ONE CURSOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO SETOR PÚBLICO SOB A ÓTICA DO MCASP 24

14 Curso 03

NEGÓCIOS

PÚBLICOS

EVENTOS

CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO DE GESTORES E FISCAIS DE CONTRATOS 16

15 Seminário 01 CGU E BACEN AUDITORIA INTERNA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 08

16 Curso 05 ONE CURSOS NOVO SCDP COM A NOVA FUNCIONALIDADE DA COMPRA DIRETA DE PASSAGENS 24

17 Curso 01 ONE CURSOS ADMINISTRAÇÃO DE FROTA DE VEÍCULOS – PLANEJAMENTO, LOGÍSTICA DE

MANUTENÇÃO 24

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8.1.2. Demonstrativo das despesas com pessoal

Quadro D 5 - Despesas com pessoal.

Tip

olo

gia

s/ E

xer

cíci

os

Vencimentos e

Vantagens Fixas

Despesas Variáveis

Des

pes

as

de

Ex

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Dem

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Var

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Ex

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2015 1.877.780,47 0,00 13.938.656,01 2.031.365,58 1.769.811,54 0,00 47.378,21 0,00 3.906.379,18 23.571.370,99

2014 14.239,21 0,00 12.123.956,71 1.587.008,26 2.002.478,99 0,00 468.402,49 133.334,24 3.678.694,16 20.008.114,06

Fonte: SURH/SGC/DE/APO

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8.1.3. Informações sobre os controles para mitigar riscos relacionados ao pessoal

Devido à estrutura específica da APO, a qual é voltada para as atividades dos Jogos Olímpicos

e Paralímpicos, as contratações visam atender a demandas específicas e técnicas, de modo que a

distribuição de pessoal atenda às especificidades da atividade-fim da APO.

Dessa forma, os riscos na gestão de pessoas são minimizados por ocasião da contratação, na

medida em que tenta realizar a adequação da demanda com o perfil do servidor.

De modo a acompanhar a rotatividade de pessoal no âmbito da APO, é apurado mensalmente o

quadro demonstrado a seguir:

Quadro D 6 - Rotatividade de pessoal em 2014 e 2015

ROTATIVIDADE 2014

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N° de exonerações (Quantidade) 1 1 1 6 4 3 1

N° de nomeações/designações (Quantidade) 9 1 14 22 2 1 13 10 2 3 3 7

N° de funcionários ativos no mês (Quantidade) 77 77 90 112 108 105 115 125 127 130 132 139

2015

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N° de exonerações (Quantidade) 4 4 18 2 1 3 1 1

N° de nomeações/designações (Quantidade) 3 2 1 3 2 2 4 2 8

N° de funcionários ativos no mês (Quantidade) 138 134 116 114 115 116 119 118 120 123 125 132

8.1.4. Pessoal requisitado de órgão ou entidade da Administração Pública Federal

No final do ano de 2014, a APO contava com 139 servidores e fechou 31 de dezembro de 2015

com efetivo de 132 servidores.

Deste efetivo, cabe mencionar que 50 servidores não possuem qualquer tipo de vínculo com a

Administração Pública; 32 são militares das Forças Armadas, 49 servidores são cedidos ou

requisitados e 1 servidor de carreira em exercício descentralizado.

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8.1.5. Contratação de Pessoal de Apoio e de Estagiário

A Autoridade Pública Olímpica, no exercício de 2015, manteve dois contratos de pessoal de

apoio, referentes aos serviços continuados com disponibilização de mão-de-obra, em regime de

dedicação exclusiva de copeiro e garçom, bem como, de prestação de serviço de secretária executiva e

técnico de secretariado, conforme quadro abaixo. Quanto a contratação de estagiários, não houve em

2015.

Quadro D 7 – Contratos de Prestação de Serviços não Abrangidos pelo Plano de Cargos da Unidade

AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA

APO

913001 / 91214

Informações sobre os Contratos

Ano do

Contrato Objeto

Empresa Contratada

(CNPJ)

Período Contratual de

Execução das Atividades

Contratadas

Nível de

escolaridade

mínimo exigido

dos trabalhadores

contratados

Situação

Início Fim

2014

Prestação de serviço

de Secretária

Executiva e Técnico

de Secretariado

Projebel Serviços

Comércio Ltda.

13/11/14

TA de

14/11/15

13/11/15

TA até

13/11/16

Nível Médio e

Superior Ativo

2015

Contratação de

serviços continuados

com disponibilização

de mão de obra em

regime de dedicação

exclusiva, em postos

de copeiro e garçom

Nova Unção Serviços

Gerais – ME 20/07/15 20/07/16 Nível Médio Ativo

Posição em 31/12/2015

8.2. Gestão do patrimônio e da infraestrutura

8.2.1. Gestão do Patrimônio Imobiliário da União

A Autoridade Pública Olímpica ocupou três instalações no decorrer de 2015, descritas a seguir:

a) A Sede da APO situa-se no prédio da Caixa da Econômica Federal (CEF), na Av. Rio

Branco, nº 174, 20º andar, Centro do Rio de Janeiro, RJ. CEP 20.040-919.

b) A Controladoria Geral e Superintendência de Gestão Corporativa da APO ocupavam o 37º

andar do prédio do Banco do Brasil (BB), na Rua Lélio Gama, nº 105, sala 3702, Centro.

Rio de Janeiro, RJ. CEP 20.031-080.

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c) O Escritório de Representação da APO, em Brasília, /DF, localizava-se no Centro Cultural

do Banco do Brasil (CCBB), na SCES, Trecho 02, Lote 22, 2º andar, Brasília, Distrito

Federal. CEP 70.200-002.

Quanto à Sede da APO, vale destacar que o Contrato de Comodato possui caráter gratuito,

cabendo a CEF o pagamento de todas as despesas de adaptação, manutenção, conservação, impostos,

taxas e tarifas de água e energia que incidem ou venham a incidir sobre o imóvel durante o período de

comodato, não compreendendo despesas relacionadas à telefonia e telecomunicações, bem como

serviços de apoio.

No tocante à utilização do Banco do Brasil, na Cláusula Terceira do Contrato Particular o

pagamento das despesas de condomínio, as quais integram as despesas de fornecimento de água e

energia elétrica, bem como todos os encargos fiscais que forem exigidos correrá por conta da APO.

Os valores pagos ao Banco do Brasil, em 2015, em cumprimento ao Contrato Particular, foram

os seguintes:

MESES VALOR (em R$)

JANEIRO 35.910,82

FEVEREIRO 30.633,24

MARÇO 30.931,78

ABRIL 56.069,52

MAIO 30.567,46

JUNHO 31.098,76

JULHO 30.668,66

AGOSTO 29.251,86

SETEMBRO 29.666,78

OUTUBRO 30.618,06

NOVEMBRO 30.774,92

DEZEMBRO 34.104,40

TOTAL 400.296,26

Desde 2011, o Escritório de Representação da APO, em Brasília, utilização do Centro Cultural

do Banco do Brasil, tendo como respaldo ajuste firmado entre a Presidência da República e o Banco do

Brasil, por intermédio do qual não houve qualquer pagamento, seja a título de locação, seja a título de

rateio de despesas.

8.3. Gestão da Tecnologia da Informação

8.3.1. Principais sistemas de Informações

a) Descrição sucinta do Plano de TI, apontando o alinhamento com Plano Estratégico

Institucional.

O Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI, cuja Versão 1.0 foi aprovada em

setembro/2014, foi construído em harmonia com o Planejamento Estratégico da APO 2014-2017,

aprovado em outubro/2014.

Tal instrumento de planejamento e gestão da área de Tecnologia da Informação compreende

todas as ações desta natureza indispensáveis ao desenvolvimento dos objetivos estratégicos da

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Instituição, abarcando frentes como a contratação de equipe especializada nas áreas de sistemas e

infraestrutura, a constituição e manutenção de infraestrutura de TI, o desenvolvimento e a manutenção

de sistemas de informação, além da aquisição de softwares de apoio e hardware. Os principais

resultados alcançados e as previsões das metas remanescentes nesse plano estão descritos na Versão

2.0 do documento, aprovada em dezembro/2015 e que se constitui de uma revisão global do

planejamento após o seu primeiro ano de aplicação.

Em seu planejamento estratégico, a APO definiu como ações estratégicas:

a) Estabelecer um sistema integrado de gerenciamento capaz de potencializar o acompanhamento

dos projetos e planos operacionais.

b) Elaborar um sistema de informação institucional que apoie a gestão das atividades da

organização.

c) Elaborar estratégia orientada à excelência e transparência em comunicação institucional com as

partes relacionadas.

d) Fortalecer e equipar o time de colaboradores.

Das ações estratégicas elencadas, percebe-se que as duas primeiras estão diretamente

relacionadas a aspectos de tecnologia da informação. Por isso, no PDTI, em sua página 5, é informado

que: “O Plano foi construído em harmonia com o Planejamento Estratégico da APO 2014-2017 e

compreende todas as ações de tecnologia da informação (TI) indispensáveis para o desenvolvimento

dos objetivos estratégicos”.

b) Descrição das atividades do Comitê Gestor de TI, especificando sua composição, quantas

reuniões ocorreram no período e quais as principais decisões tomadas.

Conforme previsto no Contrato de Consórcio Público que institui a Autoridade Pública

Olímpico, a Diretoria Executiva é órgão de natureza colegiada, com representação de todas as suas

diretorias (Diretor Executivo e os quatro Diretores Técnicos), com competências que incluem a gestão

e administração destinados ao cumprimento da missão institucional da Autarquia.

Nesse contexto, observadas as referidas peculiaridades da gestão do Consórcio e considerando

o papel a ser exercido por um Comitê Gestor de TI no âmbito organizacional segundo as boas práticas

de TI difundidas, entende-se que a Diretoria Executiva exerça esta função no âmbito da entidade,

aprovando os produtos e desempenhando as demais tarefas que lhe são próprias, devidamente

assessorada pelos técnicos da área, que compõem o quadro de funcionários da Superintendência de

Tecnologia da Informação da Diretoria de Integração.

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Desta maneira, a Diretoria Executiva apreciou e aprovou todos os documentos necessários à

formalização e à atualização do PDTI, na qualidade de Comitê de TI.

Em 2014, por exemplo, foi instituído pela Diretoria Executiva, por meio da Portaria nº 46, de

19/08/2014, grupo de trabalho e equipe responsável para planejamento, elaboração e acompanhamento

do Plano Diretor de Tecnologia da Informação da APO, composto pelos seguintes funcionários, à

época, da Diretoria de Integração: Enos Josué Rose, Fagner da Silva de Jesus, Felipe Bezerra de Lima

Borsatto e Margarida Maria Marrocos de Araújo.

Os trabalhos técnicos desse grupo subsidiaram a elaboração do documento, ainda no ano de

2014, que foi submetido às instâncias superiores e conduziu à aprovação da Versão 1.0 do PDTI em

dezembro/2014.

c) Descrição dos principais sistemas de informação da UPC, especificando pelo menos seus

objetivos, principais funcionalidades, responsável técnico, responsável da área de negócios e

criticidade para a unidade:

1. Sistemas de apoio à área finalística da APO

Sistema de Acompanhamento de Obras e Serviços, com consolidação de informações e

provimento de visão gerencial e estratégica das ações de planejamento e preparação para os Jogos em

desenvolvimento – Demanda Corporativa – Diretorias;

Principais funcionalidades: Gestão dos temas e questões estratégicas existentes na preparação dos

Jogos; Gestão de sumários; Gestão de riscos; Georreferenciamento das modalidades, venues e demais

obras e serviços; Gestão de memórias da informação; Cronogramas e Linhas do Tempo;

Responsável TI: Erick Wilson Pires Elias (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Lígia Neves Aziz Lucindo (DI)

Criticidade para a unidade: Altamente crítico para a atividade finalística da APO

Sistema de Governança, banco de dados com informações sobre pessoas e equipes internas e

externas, com repositório de documentos – Demanda Corporativa – Diretorias;

Principais funcionalidades: Gestão de pessoas, colaboradores e usuários; Gestão de fóruns; Gestão de

memórias da informação dos fóruns;

Responsável TI: Anderson Campista Barbosa (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Lúcia Galvão (DI/GI)

Criticidade para a unidade: Sistema importante para acompanhamento das Pessoas e Fóruns.

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Sistema de Legado, informações sobre os indicadores e fatos geradores de legados sociais,

econômicos, ambientais e aspectos relacionados à sustentabilidade e acessibilidade;

Principais funcionalidades: Gestão de informações para a elaboração de Plano de Uso do Legado;

Responsável TI: Glauce Rosa Oliveira (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Luiz Pedro de Melo César (DE/SUSEL)

Criticidade para a unidade: importante para o gerenciamento de informações relativas à entrega da

APO para a governança dos Jogos.

Sistema de Informes de Operação, consolidação de informações sobre operações em

andamento;

Principais funcionalidades: Acompanhamento da gestão operacional do Evento-Teste de Vela;

Responsável TI: Erick Wilson Pires Elias (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Juliana da Silva Pinto Carneiro (DS)

Criticidade para a unidade: Uso em ocasião específica e possibilidade de uso futuro eventual

Sistema de Integração Operacional, informações sobre o acompanhamento das ações de

planejamento de diversos aspectos das operações e serviços necessários para a realização dos Jogos –

Demanda Corporativa – Diretorias;

Principais funcionalidades: Acompanhamento do planejamento e da gestão integrada das operações

dos Jogos, subdividindo e organização informação em temas, entregas, atividades e marcos;

Responsável TI: Anderson Campista Barbosa (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Lígia Neves Aziz Lucindo (DI)

Criticidade para a unidade: Altamente crítico, principalmente para acompanhamento das etapas de

planejamento da operação para os Jogos.

Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos, para armazenamento e recuperação de

documentos gerados ou manipulados pela APO, possibilitando a geração de base para o futuro legado

documental, com inclusão do controle de protocolo.

Principais funcionalidades: Gestão de documentos e processos produzidos pela unidade;

Responsável TI: Anderson Campista Barbosa (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Rafael Campos de Azevedo Lucindo (DE)

Criticidade para a unidade: Sistema Importante para a área documental e para a gestão da rotina

administrativa.

2. Sistemas de apoio às áreas de assessoramento, administrativa e gerencial

Sistema de apoio à prestação de informações ao cidadão e aos órgãos de controle e-SIC

(para incremento às ações de transparência) – Demanda atendida com a migração de sistema da

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Prefeitura de Natal/RN disponibilizado via Portal do Software Público, customizado pela equipe

própria de desenvolvimento de sistemas;

Principais funcionalidades: Gestão das solicitações;

Responsável TI: Glauce Rosa Oliveira (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Rafael Campos de Azevedo Lucindo (DE)

Criticidade para a unidade: Para interface com requerentes de pedidos amparados na Lei de Acesso à

Informação, para acompanhamento e processamento desses pedidos.

Sistema de Controle de Demandas Externas (SCDE) – Demanda atendida com a migração

de sistema do Ministério do Turismo, customizado pela equipe própria de desenvolvimento de

sistemas.

Principais funcionalidades: Controle das demandas dos órgãos de controle; Acompanhamento dos

prazos de vencimento de demandas;

Responsável TI: Erick Wilson Pires Elias (DI/TI)

Responsável Área de Negócio: Elani Mendes da Mota Silva (Controladoria Geral)

Criticidade para a unidade: Importante para apoio da Controladoria.

d) Descrição do Plano de Capacitação do pessoal de TI, especificando os treinamentos efetivamente

realizados no período:

As ações previstas de capacitação técnica dos recursos humanos da APO foram focadas,

principalmente, no aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos. Tal diretriz está consubstanciada,

aliás, na Norma Interna nº 08/2015, aprovada em novembro/2015, que institui, no âmbito da APO,

critérios, procedimentos e responsabilidades para participação de servidores em eventos de

capacitação.

Os servidores de TI participaram dos seguintes eventos de capacitação:

Participação em conferência sobre métodos ágeis de desenvolvimento de software, “Agile Brazil”,

realizado em Santa Catarina no período de 05 a 07 de novembro de 2014.

Participação no curso “Fundamentals of Incident Handling”, realizado em São Paulo nos dias 11 a 15 de

maio de 2015, ministrado pelo CERT.br, com foco no trabalho de tratamento de incidentes.

e) Descrição de quantitativo de pessoas que compõe a força de trabalho de TI, especificando

servidores/empregados efetivos da carreira de TI da unidade, servidores/empregados efetivos de outras

carreiras da unidade, servidores/empregados efetivos da carreira de TI de outros órgãos/entidades,

terceirizados e estagiários:

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Quadro D 8 – Força de Trabalho de TI

Nome Enos Josué Rose

Origem Servidor da APO (Comissionado sem vínculo)

Formação

*Economista

*Analista de Sistemas

*Pós-graduação em Sistemas de Informação

Experiência

profissional

*Ministério do Interior, como Analista de Sistemas;

*Presidência da República como Administrador de Dados e Coordenador da Divisão de

Desenvolvimento de Sistemas;

*Ministério das Cidades, como Gerente do Sistema Nacional de Informações das Cidades.

Função Superintendente TI

Nome Margarida Maria Marrocos de Araújo

Origem Ten. Cel. Exército Brasileiro (Comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

Formação *Bacharelado em Administração de Empresas

*Pós-Graduação em Internet

Experiência

profissional

*Diretoria de Informática do Exército, como Adjunto da Seção de Informática

*Escola de Comunicação do Exército, como Instrutora do Curso de Formação de Auxiliar de

Informática

*Comando Militar do Leste, como Adjunto da Seção de Informática da 2º Seção/CML e Chefe da

Seção de Informática e do Centro de Comunicação

*Arquivo Histórico do Exército, como Chefe da Seção de Informática

Função Governança TI

Nome Fagner da Silva de Jesus

Origem Servidor da APO (Comissionado sem vínculo)

Formação

*MBA em Serviços de Telecomunicações pela UFF (em andamento);

*Especialista em gestão da Segurança da Informação e Comunicações pela UnB;

*Especialista em Projetos e Gestão de Redes de Computadores, pela UniverCidade;

*Certificação Cisco Certified Network Associate (CCNA) – Routing & Switching.

Experiência

profissional

*Oficial do Exército na área de Tecnologia da Informação e Segurança das Comunicações,

responsável por projetos e coordenação de diversas equipes de comunicação, bem como a

operacionalização dos centros de coordenação e controle durante os grandes eventos acontecidos no

Rio de Janeiro, tais como: a pacificação dos complexos da Penha e do Alemão (2010), a visita do

presidente americano Barack Obama (2011), Conferência Rio+20 (2012) e durante a Jornada Mundial

da Juventude (2013)

Função Gerência Infraestrutura de TI

Nome Joserlan de Pina Malta

Origem 2º SGT Exército Brasileiro (comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

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Formação

*EDUCAÇÃO FÍSICA UFRJ (cursando);

*Manipulação de imagens, Redes TCP/IP, Segurança da Informação, Squid Proxy (3º Centro de

Telemática de Área - EAD);

*Curso de montagem e manutenção de microcomputadores – Faculdade Castelo Branco – RJ.

Experiência

profissional

* Companhia de Comando da 1ª Região Militar; Cargo: Suporte aos usuários do Protocolo eletrônico

na OM;

* Departamento de Educação e Cultura do Exército.

Função Técnico de rede e suporte a microinformática

Nome Nilson Peçanha da Silva

Origem STen Exército Brasileiro (comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

Formação *Análise e Desenvolvimento de sistemas (cursando);

Experiência

profissional

*1º Região Militar.

Controle Orçamentário

Análise de processo de aquisição de bens móveis

Função Técnico de rede e suporte a microinformática

Nome Lucas Pereira Pessoa

Origem Cb Exército Brasileiro (comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

Formação Técnico em Informática

Experiência

profissional Auxiliar administrativo

Função Técnico de rede e suporte a microinformática

Nome Carlos Henrique Santos de Sousa

Origem Sd Exército Brasileiro (comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

Formação Técnico em Informática

Experiência

profissional

*Auxiliar da carteira de alterações

*Estafeta da unidade

Função Técnico de rede e suporte a microinformática

Nome Erick Wilson Pires Elias

Origem Servidor da APO (comissionado sem vínculo)

Formação Graduado em Tecnologia da Informação

Experiência

profissional

*Exército Brasileiro como Analista e Desenvolvedor de Sistemas

*World Control Technology como Desenvolvedor de Sistemas

Função Gerência de Sistemas

Nome Anderson Barbosa Campista

Origem Servidor da APO (comissionado sem vínculo)

Formação

*Graduação em Tecnologia de Informática

*MBA em Gerenciamento de Projetos

* MBA em Gestão Empresarial com Ênfase em Tecnologia da Informação

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Experiência

profissional

*Exército Brasileiro, como Líder de Projetos

*Rio + 20, como Consultor de Projetos

*MD4, como Programador

Função Desenvolvedor de Sistemas

Nome José Eduardo Fonseca

Origem Major Exército Brasileiro (comissionado, com vínculo com o Exército Brasileiro)

Formação Engenheiro de Computação

Experiência

profissional

Exército Brasileiro como Analista e Desenvolvedor de Sistemas

Função Desenvolvedor de Sistemas

Nome Glauce Rose Oliveira

Origem Servidor da APO (comissionado sem vínculo)

Formação Engenheira Eletrônica

Experiência

profissional

NET Rio e Exército Brasileiro como Analista e Desenvolvedor de Sistemas

Função Desenvolvedora de Sistemas

f) Descrição dos processos de gerenciamentos de serviços TI implementados na unidade, com

descrição da infraestrutura ou método utilizado.

Podem ser divididos em duas categorias principais:

Desenvolvimento de Sistemas: Foi adotada, neste segmento, a metodologia SCRUM –

metodologia de gerenciamento de projetos de desenvolvimento de sistemas que realiza entregas de

curto prazo por meio de processos ágeis. Nesta metodologia, é dado ênfase ao projeto funcional e de

dados, passando para uma imediata implementação da interface com a participação do usuário,

priorizando pequenas entregas que agregam valor ao negócio e fazendo com que os produtos sejam

entregues com baixo índice de retrabalho. A medição de esforço das demandas é realizada por

ferramentas SCRUM e o controle das entregas é realizado pelo sistema Web Gravity, na versão

gratuita, que realiza ainda o controle da alocação de recursos humanos e do prazo de entrega.

Infraestrutura de TI: Buscando aprimorar os serviços prestados pela TI/DI e visando a

garantir a qualidade e a gestão eficiente dos recursos, foi implantada uma Central de Serviços de TI,

integrando procedimentos e conhecimentos. Para tanto, a equipe passou a fazer uso de ferramenta

baseada em software livre (GLPI - http://glpi-project.org) para a gestão de seus serviços, a qual está

pautada nas melhores práticas e metodologias do mercado (ITSM, ITIL, entre outras). Este sistema

permite a todos os colaboradores da APO o acionamento de suporte, seja por meio do envio de uma

simples mensagem eletrônica (em que o sistema automaticamente faz o cadastro e distribui a

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ocorrência automaticamente aos integrantes da equipe de suporte), por telefone ou pessoalmente, junto

a um dos técnicos de suporte.

g) Descrição dos projetos de TI desenvolvidos no período, destacando os resultados

esperados, o alinhamento com o Planejamento Estratégico e Planejamento de TI, os valores

orçados e despendidos e os prazos de conclusão.

As informações abaixo lançadas encontram detalhamento no PDTI – Versão 2.0. Alguns dos

projetos abaixo descritos se referem a aquisições iniciadas e efetivadas no ano de 2014, com instalação

de equipamentos e realização de serviços consolidados no ano de 2015.

1) Instalação dos equipamentos do Centro de Processamento de Dados (CPD)

Instalação dos equipamentos, adquiridos em 2014, necessários à implantação de dois Centros

de Processamento de Dados, sendo 1 (um) instalado na cidade do Rio de Janeiro e o outro em Brasília,

de acordo com estratégia definida no PDTI.

Considera-se que este item foi totalmente executado no período, atingindo 100% do objeto

previsto. O orçamento previsto para esta aquisição era de R$ 864,5 mil, tendo aquisição sido realizada

por R$ 577 mil, ou seja, 64,3% do estimado.

2) Links de acesso à rede externa (WAN - Internet)

Continuidade do contrato de 3 (três) links dedicados de alta velocidade instalados nos seguintes

locais na cidade do Rio de Janeiro: 2 (dois) no prédio da Caixa Econômica Federal e 1 (um) no prédio

do Banco do Brasil.

Visando à continuidade em caso de falha de comunicação entre os escritórios da APO e os

entes e buscando a manutenção dos serviços necessários ao desempenho de suas funções, foram

contratados ainda 3 (três) links de redundância, de menor capacidade e custo.

No final de 2015, com a efetivação da junção dos escritórios da cidade do Rio de Janeiro no

prédio da Caixa, foi cancelada a contratação dos links de alta velocidade e de redundância do edifício

do Banco do Brasil.

A contratação do link, de alta velocidade, previsto para o Escritório de Brasília não foi

necessária, tendo em vista o fornecimento do serviço pela Presidência da República por meio da rede

INFOVIA já existente.

O gasto previsto neste item era de R$ 506,5 mil, tendo sido realizado um total de R$ 447,5 mil

e efetivamente pago R$ 85 mil até o momento.

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3) Equipamentos de microinformática para uso funcional

Provimento de equipamentos Desktop e Notebooks aos servidores da APO, em continuidade ao

contrato existente, incluindo garantia total e suporte técnico. Neste item, estava previsto um valor de

R$ 489,9 mil, tendo o valor ficado em R$ 350,5 mil.

4) Correio Eletrônico

O serviço atualmente contratado é o Expresso Versão 3, disponibilizado pelo SERPRO, estando

o serviço orçado em R$ 65,6 mil e realizado por R$ 18,3 mil.

5) Soluções de visualização digitais multimídias e audiovisuais

Contratação das seguintes soluções:

Videowall

Solução composta de uma estrutura elaborada e montada com diversos monitores. Tem por

objetivo ser um grande display de vídeo (em forma de matriz), combinando os monitores de uma

forma que uma grande imagem se forme, permitindo a captura e a visualização de imagens, sistemas

de reprodução multimídia, sistemas de videomonitoramento de organizações externas e demais

sistemas e aplicações da APO.

Foram adquiridos e instalados equipamentos de videowall no escritório principal da Autarquia

no Rio de Janeiro e no Escritório de Representação da APO em Brasília.

A previsão de gasto com estes equipamentos era de R$ 592 mil, tendo os mesmos sido

adquiridos por R$ 325,6 mil, com uma redução de 45% do previsto.

Solução multimídia e audiovisual interativa

Esta demanda foi atendida com a aquisição de 3 (três) televisores com tela touchscreen,

conforme previsto.

Solução de Videoconferência

A APO dispõe de 4 (quatro) equipamentos de videoconferência, adquiridos em 2013, sendo que

3 (três) estão atualmente alocados em salas de reunião da sede no Rio de Janeiro e 1 (um), em Brasília.

6) Serviço de impressão

Dada a demanda das unidades por impressão de documentos, está disponível o serviço de

impressão no Rio de Janeiro e no Escritório de Brasília, composto por impressoras multifuncionais de

grande porte para uso corporativo e impressoras de médio porte para uso local. Após a junção dos

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escritórios do Rio de Janeiro, será reavaliada a demanda para verificar a possibilidade de redução do

quantitativo de impressoras.

O valor previsto para 2015 foi de R$ 168 mil, tendo sido pago o valor de R$ 121 mil.

7) Suprimento de materiais de consumo relacionados à TI

Itens relacionados a TI, tais como peças de reposição, HD Externo, pendrives, cabos,

periféricos de computadores e acessórios diversos, em sua maioria já adquiridos, valor de R$ 9,8 mil.

8) Serviço de hospedagem do site da APO

Em março de 2015, contratou-se serviço de hospedagem do site da APO, demanda

incorporada ao planejamento, tendo sido observados aspectos como custo, funcionalidades e

segurança, com o valor do contrato em R$ 3,3 mil.

9) Desenvolvimento de Sistemas

O provimento de sistemas para as áreas fim e meio foi suprido com o desenvolvimento de

soluções específicas pela própria equipe de analistas e programadores da APO, sempre que possível

com a adaptação de outras soluções já existentes e disponíveis na Administração Pública.

Até o final de 2015, foram desenvolvidos todos os sistemas previstos para as demandas

finalísticas da entidade, com as adaptações e atualizações pertinentes, os quais estão em

funcionamento, prevendo-se sua manutenção evolutiva.

No segmento administrativo, as demandas de sistemas foram reavaliadas pelas áreas

demandantes, tendo sido encontradas alternativas disponíveis na Administração Pública prontas para

utilização ou que poderiam ser customizadas pela equipe de desenvolvimento. Isso trouxe uma

substancial agilidade na disponibilização dos sistemas, bem como economia financeira para a APO.

Neste quesito, a previsão orçamentária era R$ 290 mil, entretanto este valor não foi necessário,

pois todas as demandas foram executadas pela própria equipe de desenvolvimento, com 100% de

economia.

Informações pormenorizadas dos principais sistemas de informações implementados pela

Instituição estão contidas na resposta à alínea “c” acima.

10) Aquisição de Softwares de Apoio

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A APO segue a diretriz da Administração Pública Federal de priorizar o uso de softwares livres

e gratuitos. Em caso de requisitos técnicos específicos não atendidos por softwares livres ou para

incorporação de sistemas já existentes, foram adquiridos softwares de prateleira.

O valor total previsto para estas despesas era de R$ 668 mil, mas, com a substituição e o

cancelamento de diversas demandas, foi possível realizar estas aquisições pelo valor de R$ 61,7 mil.

Segue um balanço das ações nessa seara.

Demandas adquiridas:

Para planejamento e acompanhamento de projetos, visando à incorporação e ao

tratamento das informações sobre a execução das obras e serviços necessários aos Jogos, inclusive

para acompanhamento dos cronogramas físico-financeiros elaborados pelos entes responsáveis. Foram

adquiridas 6 (seis) licenças do software MS Project perpétuas; Previsto total de R$ 50 mil e realizado

com R$ 13,8 mil.

Para desenho e editoração de imagens, tais como logotipos/logomarcas, programação

visual a ser inserida no site da APO e para os demais objetos visuais necessários aos sistemas de

informação da APO. Foram adquiridas 3 (três) licenças de 12 meses do software Adobe Creativa

Cloud. Para 2016, há a necessidade da renovação das licenças; Orçado em R$ 30 mil e realizado por

R$ 15,8 mil.

Para apoio à gestão de rede, solução de segurança e gestão de incidentes de rede, tais como

software para a gestão de acesso à rede corporativa; solução corporativa de segurança para servidores,

estações de trabalho e celulares corporativos; solução de backup automatizada; solução de

gerenciamento de service desk, baseada na modelagem ITIL (Information Technology Infraestructure

Library), que é um conjunto de boas práticas para a gestão de serviços de TI. Foram adquiridas 5

(cinco) licenças perpétuas para softwares de gestão de rede. As outras demandas foram atendidas com

a aquisição de 1 (um) certificado digital para uso do Sistema APO e com a utilização de soluções

livres. Orçado em R$ 108 mil e gasto de R$ 28,1 mil.

Foram adquiridas 3 (três) licenças de 12 meses do Banco de Dados Enterprise Server

MySQL. No orçamento original, constava a aquisição de 2 licenças no valor estimado de R$ 30 mil,

tendo sido adquirido o total de 3 licenças pelo valor de R$ 41,1 mil.

Obs.: O acréscimo no número de licenças deveu-se à necessidade de instalação das referidas licenças

nos 3 (três) ambientes de sistemas existentes nesta Autarquia, sendo: servidor de produção, servidor de

contingência e servidor de desenvolvimento/homologação.

Demandas para aquisição de softwares canceladas:

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Para consolidação de informações de mídias sociais e veículos de comunicação em geral e

acompanhamento dos temas de interesse da APO;

Para desenvolvimento de projetos e desenhos de engenharia e arquitetura, tipo CAD;

Para manipulação de informações georreferenciadas;

Para gerenciamento de banco de dados e para a incorporação de sistemas de informações já

desenvolvidos (software básico específico). Softwares proprietários.

Para visualização e tratamento de informações originadas de fontes diversas, na forma de

negócios inteligentes (BI), mineradores de dados e no armazenamento de dados tipo data

warehouse;

Para converter arquivos disponibilizados em formato PDF (Portable Document Format)

em arquivos editáveis.

Para desenho de projetos do tipo Microsoft Visio, em sua versão Standard, compatível com

sistema operacional em versões de 32 e 64 bits.

11) Medidas tomadas para mitigar eventual dependência tecnológica de empresas terceirizadas

que prestam serviços de TI para a unidade.

Na área de Infraestrutura de TI, a APO optou por ter uma estrutura própria de equipamentos

servidores de maior porte, compondo dois Centros de Processamento de Dados, um para operação dos

sistemas, banco de dados e estruturas de arquivos (situado no Rio de Janeiro) e o outro que também se

destina a backup e garantia de continuidade de atividades (instalado no escritório da cidade de

Brasília).

Compondo a base de infraestrutura tecnológica, foram instalados equipamentos de rede, a fim

de aumentar a capacidade de segurança, tais como dispositivos de firewalls, Sistemas de Prevenção e

Detecção de Intrusão (IPS/IDS), balanceadores de tráfego/carga, switchs, controladora e pontos de

acesso sem fio e racks de apoio, que são configurados e operados pela própria equipe de infraestrutura

em TI da APO.

A escolha desta solução visou a reforçar os quesitos de segurança no acesso e a disponibilidade

dos sistemas da Autarquia, de forma a não depender de terceiros e, assim, contribuir para a salvaguarda

das informações do Sistema APO,

Atualmente, a APO possui em seu parque de TI os seguintes serviços prestados por terceiros:

locação de microcomputadores, serviço de acesso à Internet, ferramenta de correio eletrônico, licença

de banco de dados e fornecimento de certificados digitais.

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Como forma de minimizar eventual dependência tecnológica, em consonância com a legislação

vigente e com atenção aos custos para a Administração, dos prestadores de serviços citados, 02 (dois)

são autarquias públicas – o Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro

(PRODERJ), que atua no fornecimento dos links de acesso à Internet, e o Serviço Federal de

Processamento de Dados (SERPRO), que atua na prestação dos serviços de correio eletrônico.

No caso da locação de microcomputadores (Desktops e Notebooks), a garantia de

continuidade se dá pela possibilidade de acesso aos sistemas por qualquer dispositivo com acesso à

Internet, inclusive smartphones. Como medida adicional de mitigação de dependência tecnológica,

cumpre referência a cláusulas contratuais inseridas nos certamos licitatórios e contratos executados por

esta Autarquia.

Para os serviços de licença do Banco de Dados Enterprise Server MySQL, não existe

dependência tecnológica, uma vez que, findo o contrato, o banco de dados pode ser revertido para uma

versão gratuita.

Para o serviço de fornecimento de certificado digital, no caso do descredenciamento da

Autoridade de Registro (AR) ou da Autoridade Certificadora (AC) da estrutura ICP-Brasil, existem

resoluções da ICP-Brasil (DOC-ICP-03 disponíveis em

http://www.iti.gov.br/images/twiki/URL/pub/Certificacao/DocIcp/DOC-ICP-

03_Versao_4.7__CRIT._E_PROCED._PARA_CRED._DAS_ENT._INTEG._DA_ICP-

BRASIL_29.04.2014.pdf) que definem os procedimentos a serem realizados para que os certificados

emitidos por uma AR ou AC, que por ventura venha a se descadastrar da estrutura ICP-Brasil,

permaneçam válidos.

Em relação a Sistemas, com a estruturação de equipe de desenvolvimento, constatou-se que o

efetivo era suficiente para o atendimento das necessidades da APO no desenvolvimento e manutenção

dos sistemas de informação, não havendo necessidade de terceirizar esses serviços.

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9. CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃOS DE CONTROLE

9.1. Tratamento de determinações e recomendações do TCU

A APO possui em sua estrutura a Controladoria Geral, vinculada à Presidência da APO, com as

funções de controle, auditoria e correição, previstas nos artigos 19, 20 e 21, do Estatuto da APO,

aprovado pela Resolução nº 7, de 21 de março de 2014, do Conselho Público Olímpico.

Dessa forma, sua metodologia de trabalho guarda consonância com aquela adotada na esfera da

Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União - CGU, em conformidade com

o Manual do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, aprovado na forma de Anexo da

IN/SFC nº 01, de 6 de abril de 2001 e demais normativos.

Para o pronto atendimento às requisições e aos acórdãos do TCU, além do controle realizado

pelos servidores, visando ao cumprimento dos prazos de atendimento, a Auditoria Interna da APO

conta com um sistema informatizado, denominado “Sistema de Controle Demandas Externas-SCDE”.

Esta ferramenta de controle que oferece apoio aos gestores foi produzida pelo Ministério do Turismo e

customizada pela equipe de Desenvolvimento de Sistemas da APO. Nele são inseridos todos os ofícios

de requisições, as solicitações de auditoria, os ofícios de respostas, assim como os acórdãos e os

relatórios produzidos pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria Geral da União.

Durante o exercício de 2015, foram expedidos os seguintes Acórdãos:

Acórdão n° 2.094/2015 – Plenário - Segurança - ações de segurança dos Jogos Olímpicos e

Paralímpicos Rio/2016.

Quantitativo de recomendações e/ou determinações: 01 (uma) recomendação.

Providências adotadas pela APO: Em resposta, foi expedido pela APO, com sigilo, o Ofício nº

268/2015-PRESI/APO, de 08/12/2015, informando a aprovação do Plano Estratégico de Segurança

Pública para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Também foram citados no Ofício nº 268/2015-PRESI/APO, de 08/12/2015, informações sobre outros

documentos abordados na recomendação de item 9.2 do Acórdão TCU nº 2.094/2015.

Acórdão n° 1856/2015 – Plenário - Consolidador das Ações de Controle dos Jogos Olímpicos e

Paralímpicos de 2016.

Quantitativo de recomendações e/ou determinações: 01 (uma) determinação.

Determinação:

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9.4. determinar à Autoridade Pública Olímpica (APO), com fundamento no art. 43, inciso I c/c art.

250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que, no prazo de sessenta dias da prolação deste

acórdão, disponibilize em seu sítio eletrônico as informações constantes do subitem 9.3 acima, exceto

as que forem consideradas sigilosas;

Providências adotadas pela APO: Foi encaminhado pedido de reexame, em 09/9/2015 referente ao

subitem 9.3., ainda não julgado pelo TCU.

Acórdão n° 1.784/2015 – Plenário - Nível de aderência da Matriz de Responsabilidades à Legislação.

Quantitativo de recomendações e/ou determinações: 06(seis) determinações e 1(uma)

recomendação.

Determinações:

9.7. determinar à Autoridade Pública Olímpica (APO), com fundamento no art. 43, inciso I c/c art.

250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que:

9.7.1 realize o efetivo monitoramento financeiro de todas as obras/serviços constantes da Carteira de

Projetos, adotando providências, no prazo de 60 (sessenta) dias, para que essas informações sejam

objeto de suas consolidações e produtos, conforme estabelece a Cláusula Quarta do Contrato de

Consórcio, referendado pelas Leis Federal 12.396/2011, Estadual 5.949/2011 e Municipal 5.260/2011

(subitem 2.2.4.20 do Relatório e subitem 22 do Voto);

9.7.2. no prazo máximo de 90 (noventa) dias, altere a Metodologia para Elaboração da Matriz de

Responsabilidades e publique nova atualização da Matriz de Responsabilidades, de modo que seja

apresentado na nova atualização da Matriz todos os valores e datas previstos para os projetos dos

Jogos, incluindo aqueles projetos ainda não licitados, independentemente do nível de maturidade,

inclusive em relação às informações das possíveis transferências de responsabilidades do Comitê

Organizador dos Jogos aos entes públicos e em relação às informações do projeto do ar condicionado

para as instalações de treinamento COT Halls 1, 2 e 3, conforme estabelece o inciso IV, Cláusula

Terceira do Contrato de Consórcio, referendado pelas Leis Federal 12.396/2011, Estadual 5.949/2011

e Municipal 5.260/2011, e determina o princípio da publicidade, contido no art. 37 da Constituição

Federal (subitens 2.5.4.12, 2.5.4.21 e 2.5.4.31 do Relatório e subitem 45 do Voto);

9.7.3. no prazo máximo de 90 (noventa) dias, altere os critérios para a seleção dos projetos que

integram a Carteira de Projetos Olímpicos e publique nova atualização da Carteira de Projetos, de

modo que sejam apresentados na nova atualização da Carteira todos os valores e datas previstos para

as obras e serviços essenciais para a realização dos Jogos, incluindo aqueles projetos ainda não

licitados, independentemente do nível de maturidade, incluindo os projetos a cargo do Comitê Rio

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2016, conforme estabelece o subitem 4 do documento que disciplina os critérios estabelecidos pela

APO para seleção dos projetos a serem monitorados, o inciso VII, Cláusula Terceira do Contrato de

Consórcio, referendado pelas Leis Federal 12.396/2011, Estadual 5.949/2011 e Municipal 5.260/2011,

e determina o princípio da publicidade, contido no art. 37 da Constituição Federal (subitem 2.5.4.11 do

Relatório e subitem 45 do Voto);

9.7.4. no prazo máximo de 30 (trinta) dias, encaminhe a esta Corte de Contas uma lista com os

responsáveis pelo fornecimento de todas as informações físicas e financeiras referentes aos Jogos Rio-

2016 nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) de maneira a tornar possível a

publicação da totalidade desses dados (subitem 28 do Voto);

9.7.5. no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, encaminhe a esta Corte de Contas o detalhamento das

rubricas “instalações complementares dos equipamentos esportivos” e “instalações complementares

dos equipamentos não esportivos”, informando quais obras e serviços que os compõem, prazos para

início e conclusão, origem dos recursos, responsável pela execução das obras, além dos dados

financeiros individualizados por obra ou serviço (subitem 47 do Voto);

9.8. determinar à Autoridade Pública Olímpica (APO) e ao Comitê Rio-2016, com fundamento no art.

43, inciso I, da Lei 8.443/1992, c/c o art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que, no prazo

máximo de trinta dias, encaminhe a esta Corte de Contas o detalhamento do dispêndio de recursos

federais com hospedagem dos árbitros, da imprensa e da força de trabalho para os Jogos Rio-2016

(subitem 36 do Voto);

Recomendação:

9.9. recomendar à Autoridade Pública Olímpica (APO), com fundamento no art. 250, inciso III, do

Regimento Interno do TCU, que continue a realizar o acompanhamento físico dos projetos constantes

no Plano de Antecipação e Ampliação de Investimentos em Políticas Públicas (PAAIPP), ampliando o

escopo de seus trabalhos para a totalidade dos projetos abarcados no referido Plano, bem como, que

adicione o monitoramento financeiro aos seus trabalhos, como forma de mitigar os riscos que deram

origem ao dispositivo constante do subitem 9.1.1 do Acórdão 1.662/2014-TCU-Plenário, bem como,

em homenagem ao disposto na Cláusula Quarta do Contrato de Consórcio, referendado pelas Leis

Federal 12.396/2011, Estadual 5.949/2011 e Municipal 5.260/2011 (subitem 2.1.4.19 do Relatório e

subitem 16 do Voto);

Providências adotadas pela APO: Foi encaminhado Pedido de Reexame em relação aos subitens

9.7.2., 9.7.3., 9.7.4. e 9.7.5 do Acórdão n° 1.784/2015, ainda não julgados pelo TCU.

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Acórdão n° 1615/2015 – Plenário - Possíveis irregularidades relativas à destinação de bens

comprados com recursos federais e utilizados nos jogos Pan-Americanos de 2007.

Quantitativo de recomendações e/ou determinações: 01 (uma) determinação.

Determinação:

9.3. determinar ao Comitê Olímpico Brasileiro, à Autoridade Pública Olímpica e ao Ministério do

Esporte, em prol do aperfeiçoamento do esporte no Brasil, que apresente no prazo de 120 dias a este

Tribunal de Contas, um plano de ação detalhado referente à utilização, no período posterior às

competições, de todos os equipamentos esportivos já adquiridos ou que vierem a ser adquiridos com

recursos federais para as Olímpiadas e Paralímpiadas e 2016, com indicação dos futuros responsáveis

pela guarda, utilização e conservação de cada um desses equipamentos.

Providências adotadas pela APO: Foi encaminhado ao TCU, em 19 de agosto de 2015, o Pedido de

Reexame, ainda não julgado pelo TCU.

Ressalta-se que todas as recomendações e determinações expedidas pelo Tribunal de Contas da União

durante o exercício de 2015 foram atendidas, exceto aquelas que foram objeto de Pedidos de Reexame,

ainda não julgados pelo TCU.

9.2. Tratamento de Recomendações do Órgão de Controle Interno

No exercício de 2015, quando da ocasião da Auditoria de Contas realizada pela Controladoria

Geral da União-RJ, foram emitidas 09 recomendações. Deste total, 08 (oito) foram atendidas e 01

(uma) foi cancelada pela CGU quando do acompanhamento do Plano de Providências Permanente.

Das recomendações consideradas atendidas estão em monitoramento pela CGU as relacionadas

ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação, já atualizado e disponível no site da APO; a elaboração

de normas e metodologias voltadas para a segurança da informação, aprovadas no exercício; bem

como o início dos trabalhos de desmobilização da APO.