ministÉrio da educaÇÃo universidade federal rural da...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA
JERONIMO BOTELHO MALCHER JUNIOR MÁRIO RÔMULO COÊLHO COSTA
O USO PEDAGÓGICO DOS APLICATIVOS DO BROFFICE NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Marapanim-PA 2014
JERONIMO BOTELHO MALCHER JUNIOR MÁRIO RÔMULO COÊLHO COSTA
O USO PEDAGÓGICO DOS APLICATIVOS DO BROFFICE NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado em Computação da Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA-PARFOR-MARAPANIM Orientador(a): Prof Me Allan Crasso de Sousa.
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Marapanim 2014
JERONIMO BOTELHO MALCHER JUNIOR MÁRIO RÔMULO COÊLHO COSTA
O USO PEDAGÓGICO DOS APLICATIVOS DO BROFFICE NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em Computação da Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA-PARFOR-MARAPANIM Orientador(a): Prof Me Allan Crasso de Sousa.
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Data de aprovação: 01 /11 /2014 Banca Examinadora _______________________________________________ - Orientador Prof Allan Crasso de sousa M. Sc. em Universidade Federal Rural da Amazônia _______________________________________________ Prof Emerson Cordeiro Morais D. Sc. em Engenharia de Sistema e Computação Universidade Federal Rural da Amazônia _______________________________________________ Prof Raycleisson Moraes M. Sc. Universidade Federal Rural da Amazônia
Dedicamos esta atividade ao nosso Deus todo poderoso, por fazer-se presente em nossas vidas em todos os momentos alegres e tristes, ensinando-nos a sermos resilientes em nosso cotidiano. Dedica-se esta atividade a todos os nossos “pequenos aprendizes,” que são impedidos de brincar na era digital, atividade que é importantíssima no seu processo de aprendizagem.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar a Deus, por dar-nos sabedoria, saúde, força,
ânimo, oportunidade e perseverança, elementos importantes para quem deseja
concluir uma graduação.
Agradecemos também aos nossos familiares que atenderam as nossas
ausências e nos apoiaram quando precisamos.
Ao Professor Allan Crasso de Sousa que nos incentivou, fazendo-nos
enxergar, o quanto somos capazes.
A Professora Odinéa Lopes da Silva que nos orientou de forma eficaz,
mostrando a todos, que as dificuldades podem ser superadas, depende apenas de
nossos esforços.
A todos os professores que colaboraram competentemente conosco ao longo
deste período de formação no Curso de Licenciatura em Computação, pois cada um
contribuiu para potencializar nossos saberes, através dos suportes teóricos e
práticos.
Agradecemos a todos os nossos amigos pelo apoio dado, em todos os
momentos de alegrias e tristezas, em especial aos amigos Marco Antonio Maciel das
Chagas e Fernanda Daniela Borges Carvalho pelo companheirismo e cumplicidade
vividas no decorrer do curso.
Agradecemos a todos, que direta ou indiretamente contribuíram para a
realização deste momento tão significante em nossas vidas.
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam bons professores. Isso mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados com baixo prestigio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonado pelo seu trabalho. “Bons professores usam a inteligência lógica como deposito de informações, professores fascinantes usam-na como suporte de arte de pensar... Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem, só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.”
(Augusto Cury)
RESUMO
O presente documento trata do estudo referente ao software livre e as suas implicações no setor governamental, empresarial e educacional. Faz-se uma abordagem do Sistema Operacional GNU/Linux, através do BrOffice.org por meio do bojo de softwares aplicativos que o mesmo agrega. As vantagens de migrar para o GNU/Linux são evidenciadas, para que nos diversos setores sociais a democratização digital possa acontecer e um, de muitos fatores, é a customização. Ao falar em inclusão digital, a atividade desenvolvida investiga, como os recursos tecnológicos estão adentrando todos os ambientes sociais e os impactos que elas causam na vida dos seres humanos, como ela permeia o cotidiano dos jovens estudantes no seio familiar, no âmbito escolar e a postura dos docentes com tais ferramentas tecnológicas. Para tanto, o interesse pelo tema “o uso pedagógico dos aplicativos do BrOffice como método facilitador no ensino fundamental” surgiu devido a percepção da ausência dos laboratórios de informática nas escolas do Município de Marapanim, o mau uso das tecnologias pelos jovens estudantes e a aversão por parte de muitos professores em usá-las de forma pedagógica. Observou-se que para se ter uma educação qualitativa e posteriormente quantitativa, muitos paradigmas precisam ser sanados. A análise dos dados revelou que, embora os estudantes fazerem a usabilidade das tecnologias de forma irresponsável em muitos momentos e sem direcionamentos por pais e professores, há de se compreender que elas fazem parte do seu cotidiano. Isto é, viu-se que as crianças são nativos digitais, enquanto que as famílias e muitos docentes são “forasteiros” no mundo digital. A necessidade da escola propiciar um ambiente interativo e dinâmico metodologicamente, por meio dos recursos que o computador dispõe, deve ser sanada e esta não pode mais ficar alheia aos impactos tecnológicos. Finalmente, conclui-se que o Sistema Operacional GNU/Linux adotado nas escolas através do pacote BrOffice.org e seus respectivos programas como o Writer, o Calc e o Impress são poderosas ferramentas que o mediador em sala de aula pode usufruir para ministrar aulas mais dinâmicas e significativas, como recomenda os autores Saviani e Gasparin na teoria da Pedagogia histórico-crítica.
Palavras-chave: Software Livre. GNU/Linux. Inclusão Digital. Escola. Pedagogia Histórico-Crítica.
ABSTRACT
This paper deals with the study related to free software and its implications in government, business and education sector. It is an approach to the GNU / Linux Operating System, through BrOffice.org through the bulge of software applications that it brings. The advantages of migrating to GNU / Linux are highlighted, so that the various social sectors in digital democratization can happen and one of many factors is the customization. When speaking on digital inclusion, developed activity investigates how technological resources are entering all social environments and the impacts they have on the lives of human beings, as it permeates the daily lives of young students in the family, in schools and attitude of teachers with such technological tools. Thus, the interest in the topic "the pedagogical use of applications such as LibreOffice facilitator method in elementary school" arose from the perceived lack of computer labs in schools in the Municipality of Marapanim, misuse of technology by young students and aversion by many teachers use them in an educational manner. It was observed that in order to have a qualitative and quantitative further education, many paradigms must be remedied. Data analysis revealed that, although students make the usability of irresponsibly technologies many times and no direction for parents and teachers is to understand that they are part of your everyday life. That is, it was seen that children are digital natives, while many families and teachers are "strangers" in the digital world. The need of the school provide an interactive and dynamic environment methodologically, through the resources that the computer has, must be remedied and this can no longer remain oblivious to the technological impacts. Finally, it is concluded that the operating system GNU / Linux adopted in schools across the BrOffice.org package and their respective programs like Writer, Calc and Impress are powerful tools that the mediator in the classroom can use to teach more classes dynamic and meaningful, as recommended by the authors Gasparin Saviani and the theory of historical-critical pedagogy. Keywords: Free Software. GNU / Linux. Digital Inclusion. School. Historical-Critical Pedagogy.
LISTA DE FIGURAS Figura 1- Linus Torvalds, o criador do kernel Linux....................................................20
Figura 2- Richard Matthew Stallmam, o criador da Free Software Fundation (FSF)..21
Figura 3- Aplicativos do GNU e o Kernel Linux..........................................................22
Figura 4- A interface do BrOffice.org..........................................................................24
Figura 5-O Tripé da Inclusão Digital...........................................................................30
Figura 6- Percentual de laboratórios de informática nas escolas marapaniense.......45
Figura 7- Faixa etária dos entrevistados....................................................................51
Figura 8- Nível de escolaridade dos entrevistados....................................................52
Figura 9- O uso dos computadores em residências..................................................53
Figura 10- O auxílio dos computadores nas atividades.............................................54
Figura 11- Os recursos mais utilizados pelos entrevistados......................................55
Figura 12- Locais de acessibilidade dos computadores............................................56
Figura 13- Frequência de acessibilidade à internet...................................................57
Figura 14- Acessos na rede.......................................................................................58
Figura 15- Mídias mais utilizadas pelos entrevistados...............................................59
Figura 16- Laboratórios de informática e frequências de acessos.............................61
Figura 17- Avaliação dos laboratórios de informática.................................................62
Figura 18- Conhecimento dos entrevistados sobre jogos e softwares.......................62
Figura 19- Interface do aplicativo BrOffice.org Writer.................................................66
Figura 20- Interface do aplicativo BrOffice.org Calc...................................................67
Figura 21- Interface do aplicativo BrOffice.org Impress.............................................68
Figura 22- Aplicativos do BrOffice.org........................................................................69
Figura 23- Laboratório de informática da escola M. E. F. Padre Vale........................95
Figura 24- Laboratório de informática da escola M. E. F. Zarah Trindade.................95
Figura 25- Laboratório de informática da escola M. E. M. Remígio Fernandez.........96
Figura 26- Laboratório de informática da escola M. E. F. Sales neves......................96
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
1.1 PROBLEMA ......................................................................................................... 10
1.2 OBJETIVO ........................................................................................................... 12
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 12
1.4 ESTRUTURA ....................................................................................................... 15
2. AS IMPLICAÇÕES DO SOFTWARE LIVRE ...................................................... 17
2.1 SISTEMA OPERACIONAL LINUX ....................................................................... 19
2.2 CONHECENDO O BROFFICE ............................................................................ 23
2.3 O BROFFICE NAS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS .......................... 25
3. O BR OFFICE COMO FERRAMENTA PADAGÓGICA E INCLUSÃO DIGITAL 28
4. A UTILIZAÇÃO ATUAL DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS DE MARAPANIM ...................................................................................................... 33
4.1 O USO E MAU USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS PELOS DISCENTES 34
4.2 O USO E MAU USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS PELOS DOCENTES 39
4.3 A USABILIDADE DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA EM MARAPANIM . 43
5. ANÁLISES DOS DADOS COLETADOS NA PESQUISA: AVALIANDO OS
RESULTADOS DA PESQUISA ................................................................................. 49
5.1 O PERFIL DOS ENTREVISTADOS..................................................................... 50
5.2 INTERPRETANDO OS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS ......................... 52
5.3 RESULTADOS ..................................................................................................... 63
6. METODOLOGIAS DE USO DO BROFFICE ....................................................... 65
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 71
APÊNDICE ............................................................................................................... 76
ANEXO ..................................................................................................................... 79
10
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
O Brasil é um dos países que contém um dos maiores índices de internautas
do mundo, porém possuem em sua maioria alguns operadores ainda leigos no que
diz respeito aos programas básicos, com exceção dos browsers de navegação da
Internet, ou seja, não dominam totalmente o recurso tecnológico. Sabe-se também
que o governo Federal está à medida do possível ampliando seu processo de
“Inclusão Digital”, desta forma devemos orientar nossos alunos acerca das novas
tecnologias que a escola dispõe, além disso, apostar na a Inclusão Digital é
proveitosa para aquisição de conhecimento. No entanto, é necessário que os
professores possam orientar seus alunos para que os trabalhos dos mesmos
possam ser aperfeiçoados cada vez mais, através de pesquisas on-line, digitação de
trabalhos escolares, etc. Como potencializar o uso dos aplicativos do BrOffice no
processo de ensino aprendizagem?
Sabe-se que nosso país sofre sérias desigualdades sociais, de modo que as
desigualdades determinam uma série de processos de exclusão. No presente
contexto em que vivemos, chamado “Sociedade da Informação e do conhecimento”,
é possível perceber que há brasileiros que ainda não têm acesso aos conteúdos
informativos, jornalísticos, educacionais, culturais e de entretenimento que integram
o mundo aberto pela Internet (Manual do Usuário do Programa GESAC, 2007, p.
12).
A cada dia que passa a informática vem adquirindo cada vez mais relevância
na vida das pessoas, sua utilização já é vista como instrumento de aprendizagem e
sua ação no meio social vêm aumentando de forma acelerada. Por meio dela
podemos desenvolver várias atividades diversificadas ao mesmo tempo, o que
facilita muito na formação dos educandos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) determina que:
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.
11
§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social.
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber.
Desta forma entende-se que as tecnologias vêm assumindo um papel
significativo no ambiente educacional auxiliando os alunos a uma melhor
assimilação e socialização de conteúdo apresentado por seus respectivos docentes
dentro das instituições escolares.
Segundo Costa 2009:
Atualmente as crianças recebem diariamente uma gama de informação por meio dos veículos de comunicação, como a Internet, TV e rádio, o aluno nem precisa ir à escola para buscar as informações, porém não conseguem filtrar as informações que são pertinentes para o seu desenvolvimento intelectual e social. (COSTA, 2009, p. 135).
Mediante a esta questão, observa-se que de fato, isso se torna realidade
presente no âmbito escolar e até fora dele, pois os discentes como outrora relatou-
se conseguem ter acesso aos recursos tecnológicos, principalmente o acesso da
internet onde quer que estejam, embora nem sempre com uma boa cobertura wi-fi.
Embora conseguindo livremente navegar pela mesma, seu uso consciente e
responsável acaba não acontecendo. Nota-se em algumas vezes, que o estudante
se torna dependente ou até mesmo "escravo" de tais tecnologias, como por exemplo
referente a usabilidade da internet desnorteando o aluno deixando-o a desejar em
suas tarefas dadas descumprindo suas obrigações, devido aos excessivos recursos
ou ferramentas atrativas existente na rede. Entretanto, temos clareza de que se trata
de pessoas com uma identidade mais crítica. Isto se dá, pelo fato de nossas
crianças já serem nativos digitais na sociedade do conhecimento vigente. Eles já
possuem habilidades quanto ao uso das TIC’s, uma vez que ficam deslumbrados
desde pequenos, ao se confrontarem com os recursos eletrônicos como os
videogames em alta definição, os brinquedos configurados em miniaturas de carros,
telefones, aviões sendo confeccionados o mais próximo do real e comandados por
12
controles remotos e posteriormente, a acessibilidade aos smartphones, os tabletes,
as smart tv e outros recursos. Todavia, pode-se dizer que neste século, as crianças e
os jovens são os mais afetados aos impactos tecnológicos. No seio familiar as
dificuldades apresentam-se mediante terem que sair para desenvolver suas
atividades bem cedo como é o caso de moradores das comunidades de nosso
município, pois os pais não conseguem muitas vezes seguir acompanhando dos
seus respectivos filhos supervisionando-os eficazmente, causando assim
desperdícios temporais, referentes ao preenchimento dos horários voltados ao
estudo justamente pelo fato de todas as distrações que o computador e a internet
podem proporcionar e nas escolas este fato pode ser verídico se contarmos que a
relação entre o aluno/professor é prejudicada muitas vezes pelo distanciamento
entre os sujeitos citados ao uso de meios tecnológicos para apoiar o ensino. O maior
desafio dos docentes é ofertar aos discentes um direcionamento pedagógico
contextualizando seus momentos vitais na era digital com atividades estimulantes no
campo das áreas do conhecimento no processo de ensino aprendizagem.
1.2 OBJETIVO
1. Fornecer meios que mostrem como os alunos podem aumentar suas
habilidades em reconhecer-se como verdadeiros educandos com direitos de
potencializarem as suas competências no âmbito das instituições escolares, ao
estarem inseridos em novas metodologias no seu processo de ensino e
aprendizagem por meio dos aplicativos do BrOffice.
2. Possibilitar aos alunos, a obtenção de saberes através da interatividade por
meio das experiências, de estímulos e estratégias, bem como a utilização
responsável dos recursos tecnológicos para que torná-los seres humanos sócio
políticos e éticos como demanda o campo social e profissional.
1.3 METODOLOGIA
Inicialmente este documento será construído com bases bibliográficas, pois
foram realizadas inúmeras pesquisas referentes ao tema abordado, fundamentadas
por autores renomados na área educacional. Serão realizadas no início e na
13
culminância deste documento observações no âmbito escolar municipal, buscando
de fato fundamentar os paradigmas emergentes no cenário educativo em Marapanim
relativo a usabilidade dos aplicativos do BrOffice disponíveis nas escolas no
processo de ensino e aprendizagem na aquisição de saberes, o papel dos discentes
e educadores ao estarem inseridos na era digital, ora descritas nesta monografia,
pois através desta acredita-se que a obtenção de pesquisas e coleta de dados com
entrevistas e questionários sucintos relativos ao tema são de extremas importâncias,
afim de que após a realização das análises dos dados obtidos possamos ter
subsídios informativos sobre as vantagens de explorar os recursos tecnológicos
mais simples aos sofisticados, comtemplando a agregação dos recursos que o
BrOffice dispõe na arte de auxiliar nas produções de atividades escolares e sua
contribuição no processo de ensino-aprendizagem, bem como o que foi ou o que
está sendo proporcionado aos alunos, e de que forma poderemos sensibilizar os
professores sobre a importância da ludicidade que os objetos eletrônicos mais
simples aos mais dinâmicos mencionados anteriormente proporcionam aos
discentes. A observação, registros e pesquisas referentes à usabilidade dos
aplicativos do BrOffice e sua contribuição para o desenvolvimento do aprendizado
dos alunos torna-se fundamental, isso se fundamenta pelo fato de possibilitar a
compreensão sobre os mesmos por parte de muitos professores, que ao propiciarem
a interatividade lúdica no âmbito de um laboratório por exemplo, naturalmente
fortalecem o desenvolvimento cognitivo garantindo por sua vez uma evolução
individual e coletiva, física, afetiva e psicomotora destes discentes. Sendo assim, a
partir deste contexto interativo e através das variadas fontes de pesquisas como
livros e sites sobre a temática abordada pautada pelos principais teóricos
educacionais, observa-se que o encaminhamento metodológico neste processo
constrói-se pelo professor cotidianamente observando sempre as características dos
educandos e de cada turma. Uma vez que, a aprendizagem lúdica e prazerosa
perpassa por desafios e conflitos cognitivos. As observações e registros referentes à
importância da usabilidade dos aplicativos disponível no BrOffice se fazem
necessária, pois tais recursos inseridos nesse pacote surgem como um meio eficaz
para que o professor possa realizar um bom trabalho pedagógico e fazer
sucessivamente suas análises e avaliações.
14
Concorda-se com Cunha (1994, P. 114) ao referir-se que “os horizontes da
infância tem que ser bem vividos e seus territórios bem explorados se quisermos
assegurar as crianças oportunidades para desenvolverem amplamente seus
potenciais”.
Compartilha-se com a ideia da autora ao se referir em assegurar as crianças
a oportunidade para desenvolverem seus potenciais. Pois, acredita-se que desde a
educação infantil as crianças já devem ser inseridas aos recursos tecnológicos
através de uma educação lúdica. Contudo, há de se compreender que, para essa
ideologia se tornar realidade, as instituições escolares deveriam estar preparadas
fisicamente e com bons recursos humanos. Atualmente, o que se observa são
escolas deterioradas fisicamente, com profissionais sem muita formação curricular,
vale relatar que em sua maioria, tais educadores não dominam os saberes
referentes aos recursos tecnológicos. Logo nesta linha de pensamento, pode-se
afirmar que em nosso município os alunos experimentam sem direcionamento os
recursos tecnológicos primeiramente fora da escola e quando se deparam na escola
com estas ferramentas já é num período bem mais tardio.
Como pesquisa bibliográfica realizada, os procedimentos metodológicos
deram-se no seguinte formato ou etapas:
1ª Etapa: Coleta dos Materiais Bibliográficos;
Nesta etapa será realizado um levantamento de todas as bibliografias
necessárias para a construção deste documento. Assim, tais fontes contribuirão
como elementos necessários e essenciais. Logo, fontes como: livros, revistas,
jornais, artigos científicos, monografias, dissertações, teses e outros recursos
advindos da internet através de consultas em sites confiáveis como Google
Acadêmico, Google Scholar, Nova Escola, Google Books, serão úteis para tal
elaboração documental.
Uma boa pesquisa bibliográfica deixa-nos mais seguros para fundamentar o
que está sendo discutido, deixa-nos mais próximos dos problemas e seus contextos,
bem como com uma visão dimensional mais aflorada acerca de como propor os
meios voltados a sanar os problemas evidenciados.
15
2ª Etapa: Análises dos recursos bibliográficos;
As análises serão realizadas de forma minuciosa. Isto é, através de leituras
de forma detalhada e cuidadosa, referentes ao material pesquisado. Deste modo,
acontecerá a seleção mais adequada ou conveniente dos trabalhos escritos, para se
fazer o fichamento de tal recurso pesquisado, afim de que a presente atividade
acadêmica disponha de subsídios teóricos, embasando-as as problemáticas
existentes e observadas pelos construtores da referida atividade documental.
Todavia trata-se de um momento importantíssimo, pois na construção do trabalho
escrito devem estar presentes as conexões perfeitas (início, meio e fim), numa
sequência lógica e contundente delineando cada vez mais o texto escrito.
3ª Etapa: Constituição do documento escrito;
Após a execução das etapas anteriores acima citadas, a configuração do
trabalho dar-se-á a atividade de confecção capitular da pesquisa. Será instituído
com parceria e intervenção de uma professor orientador. Ele, certamente terá um
papel fundamental, pois como mediador neste processo de aprender a aprender
norteará as atividades pedagógicas com muito zelo fazendo as devidas
considerações ou restrições na redação final do documento, deixando-o pronto para
a culminância deste projeto, que se dará através da conclusão de curso, a partir da
defesa do citado trabalho.
1.4 ESTRUTURA
Esta atividade acadêmica estrutura-se em seis capítulos principais no
seguinte formato:
No primeiro capítulo trata-se de estabelecer os propósitos iniciais que nos
motivou a desenvolver esta monografia, através da problemática evidenciada e
destacada no pré-projeto pelo grupo. No segundo, trata-se de destacar o software
livre e suas implicações no meio social. O Sistema Operacional GNU/Linux, bem
como um breve resumo de sua história, sua usabilidade como proposta
governamental nas instituições de ensino por ser um software livre e sua inserção no
âmbito empresarial e educacional. Na terceira parte capitular, destina-se a analisar
sucintamente o uso dos aplicativos do Sistema Operacional Linux como por
exemplo, o BrOffice, suas origens e um olhar holístico como ferramenta necessária
16
na arte de produzir metodologias inovadoras no processo de ensino e
aprendizagem, bem como também fala-se dele no meio digital na qual estamos
inseridos. Na quarta parte deste trabalho, está voltado em fazer um paralelo das
temáticas abordadas anteriormente, buscando evidenciar as problemáticas
referentes ás praticas dos recursos tecnológicos nas escolas marapanienses. Trata-
se de verificar a forma de uso pelos educandos, qual a postura dos docentes com as
ferramentas tecnológicas em seu cotidiano e um olhar crítico aos laboratórios de
informáticas escolares no Município de Marapanim. O quinto capítulo, está voltado
às análises dos dados coletados na pesquisa com docentes de diferentes níveis e
faixa etária. Finalmente para concluir esta atividade, o sexto capítulo, aborda-se
simplesmente uma proposta metodológica de uso do BrOffice, por meio de seus
softwares aplicativos Writer, Calc e Impress, como estratégias voltadas ao processo
de ensino e aprendizagem nos laboratórios de informática nas escolas
marapanienses.
17
2. AS IMPLICAÇÕES DO SOFTWARE LIVRE
Ao comentar sobre software livre fica bem claro que, as ideias referente a
ele teve início em meados dos anos 80. Sabe-se que neste período as imposições
legais vigentes davam pleno domínio aos softwares proprietários. Isto é, trata-se de
softwares com códigos fontes fechados. Assim, apresentava-se um paradigma a ser
minimizado, pois havia o anseio por programas de computador que não estivessem
atrelados às imposições legais, onde os cientistas e usuários pudessem ter acesso
para realizar implementações. Partindo dessa ideologia, pode-se compreender que
tais implementações por uma minoria social de indivíduos ou comércio não era
aceitável. Contrapondo assim o monopólio empresarial da época.
Os softwares livres por sua vez, compreendem-se como programas livres,
no qual podemos utilizar, fazer cópias ou até mesmo disponibilizar sua respectiva
distribuição, seja no seu formato original ou com modificações, gratuitamente ou
não. Isto é, a possibilidade de mudanças dar-se pelo código fonte alterado. Ao citar
o código fonte há que se entender que é uma linguagem estruturada em um
determinado software, onde se realiza as conversões através de fórmulas a fim de
que o computador através do seu processamento entenda-a.
A aquisição do código fonte permite que sejam executadas as adequações,
minimizar customizações, rever pontos negativos e reformulá-las num determinado
programa, como for cabível aos anseios pessoais ou profissionais. Segundo Falcão:
Note-se que em uma analogia explicativa, o código fonte funciona como o conjunto de instruções que permite o estudo e o entendimento do conjunto de instruções que constituem a essência de um software. Nesse sentido, seria como a receita de um bolo. Com o acesso à receita, é possível entender o conjunto de processos pelo qual o bolo foi feito. Sem a receita, é até possível entender esse mesmo processo, mas isto dependerá de uma série de experimentações de tentativa e erro, que podem ou não levar à replicação perfeita do resultado alcançado. (FALCÃO et. al, 2005, p.4)
Nesta ideia do autor a percepção mostrada é que, com a obtenção do código
fonte aberto torna mais fácil realizar as otimizações por qualquer pessoa com os
conhecimentos científicos acerca dos mesmos. Do contrário, as implementações se
tornam impossíveis de acontecer, pois deve-se entender que o código é a essência
de quaisquer softwares criado.
18
Vale ressaltar que não se pode confundir software livre com software
gratuito. O software livre pode ser implementado pelos usuários em qualquer
momento dependendo das necessidades dos mesmos, através do seu código fonte.
O software grátis é livre de custos financeiros, mas sua reprodução e distribuição é
proibida, uma vez que se trata de um software proprietário. Há que se obter então
permissão do proprietário para usar, copiar ou redistribuir ou pagar para poder fazê-
lo. Logo conclui-se que, nem todo software livre é grátis, assim como nem todo
software gratuito seja livre.
Neste contexto destaca-se que os softwares livres são importantes em
alguns aspectos relativos a liberdade como: a liberdade de uso do Software Livre –
inexistência de restrições e limitações, a liberdade de alteração liberdade de
aperfeiçoamento e distribuição do software e liberdade para melhorar o software e
disseminação dessas melhorias. Para o estudioso Alencar 2007, p. 66, “O software
livre é uma real alternativa ao pagamento de licenças a essas grandes empresas”.
Isto é, refere-se a muitas empresas e instituições para a minimização de gastos e
melhoramento da segurança. O autor ainda aponta que esta é a razão filosófica em
cheque. Também insere-se neste bojo as razões técnicas, na qual a disponibilidade
do código fonte e a razão econômica, bastante discutida neste documento, pois
trata-se das relações de mercado e as implicações nas diversas instituições.
O Decreto de 29 de Outubro de 2003: Em seu artigo primeiro institui os
comitês técnicos e entre as ações a serem desenvolvidas determina a
implementação do Software Livre, como pode ser observado abaixo: “Art. 1º- Ficam
instituídos Comitês Técnicos, no âmbito do Comitê Executivo do Governo Eletrônico,
criado pelo Decreto de l8 de outubro de 2000, com a finalidade de coordenar e
articular o planejamento e a implementação de projetos e ações nas respectivas
áreas de competência, com as seguintes denominações:
I - Implementação do Software Livre” [...]
Instrução Normativa nº 04 – 19 de maio de 2009: A mesma dispõe sobre o
processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional regulamentando,
dentre outros aspectos, a possibilidade de buscar soluções livres. “Art. 10. A Análise
19
de Viabilidade da Contratação, observado o disposto nos arts. 11 e 12 desta
instrução normativa compreendem as seguintes tarefas:
[...]; III - especificação dos requisitos, a partir de levantamento de:
capacidade e alternativas do mercado, inclusive a existência de software livre ou
software público;” Os documentos acima citados podem ser consultados na íntegra
nos anexos 1 e 2 neste documento.
2.1 SISTEMA OPERACIONAL LINUX
Todo computador precisa de um sistema operacional para desempenhar seu
pleno funcionamento. O sistema operacional é responsável por controlar a utilização
dos recursos fornecidos pela máquina, como processador, memória e discos. Este
software representa um conjunto de milhares ou até de milhões de instruções
programáticas, que tem a função de operar, acionar, gerenciar e fazer funcionar as
partes essenciais de um computador como por exemplo: o teclado, o mouse, a
memória, o monitor, os acionadores de disco, os sistemas de comunicação, os
sistemas de arquivamento e demais periféricos presentes no mesmo recurso
tecnológico. Logo, convém relatar neste documento que a harmonia entre as partes
de softwares e as partes de hardwares é dada quando se tem um bom sistema
operacional por perto. Logo entendemos que todo sistema operacional possui em
sua totalidade todos os comandos básicos que os aplicativos vão executar, em vez
de ter todas estas funções reescritas para cada aplicativo. Exemplo: para imprimir
um arquivo, os processadores de texto mandam o arquivo para o programa
"imprimir" do sistema operacional.
Uma consideração importante observada ao desenvolver esta atividade
acadêmica é o fato de que o Linux é apenas um kernel. Ele foi criado por Linus
Torvalds no ano de 1991. Torvalds era aluno de ciência da computação da
Universidade de Helsinki na Finlândia. Especialista no sistema operacional Unix,
tinha anseios em instituir um sistema operacional para seu computador pessoal 386,
no qual fosse equiparado ao Unix. Porém, o mesmo notou problemas ao verificar
que construir um sistema operacional desse porte seria uma tarefa impossível de ser
efetuada a partir de software com o código-fonte fechado. Foi então que ele atraiu
uma grande responsabilidade para si, prontificando-se a instituir um sistema
operacional de código-aberto que fosse aperfeiçoado por livre e espontânea vontade
20
por outros indivíduos no que tange ao seu aperfeiçoamento, as correções de
defeitos e erros mínimos.
Figura 1 ─ Linus Torvalds, o criador do Kernel Linux Fonte: http://www.techtudo.com.br/
Observou-se que seus aplicativos inicialmente utilizados foram de fato
criados na universidade. Contudo cabe administrar o projeto a organização Free
Software Fundation (FSF). Traduzindo a sigla empresarial para o nosso idioma
estamos nos referindo a Fundação para o Software Livre. Uma organização sem fins
lucrativos. Ela teve sua fundação no período de 1985 por Richard Stallman. Tem em
sua essência objetivos de proteger juridicamente os desenvolvedores de softwares
gratuitos, a partir da General Public License, contra a apropriação e a pirataria por
empresas de grande porte. A General Public License (GPL) garante que os
softwares possam ser utilizados ou compartilhados gratuitamente, com a autorização
de seus criadores, de forma livre por qualquer pessoa. O conhecimento de sua
produção está sendo compartilhado de forma solidária, por empresas, gestores,
milhões de usuários, hackers e inúmeras comunidades de cientistas.
Para Stallman, o software livre nos proporciona a liberdade para executar um
programa, seja para qual for o desejo disposto podendo realizarmos as modificações
e adaptações a partir do seu código fonte e posteriormente fazer distribuições das
versões executadas para que uma comunidade possa se beneficiar.
Mas os aplicativos utilizados, desde o começo, foram feitos pela FSF para o
projeto GNU. Assim sendo, o nome correto do sistema operacional é GNU/Linux.
Erroneamente, ou por falta de conhecimento ou por comodismo, as pessoas tendem
21
a se referir o termo Linux para referenciar algo bem mais dimensional do que o Linux
realmente é. Mas que fique bem claro: Linux é somente o kernel (coração) do
sistema operacional propriamente dito.
Figura 2 ─ Richard Matthew Stallman o criador da Free Software Fundation (FSF) Fonte: https://www.google.com.br
Em nossos computadores podemos instalar o Sistema Operacional
GNU/Linux num formato particionado, isso significa que podemos ter a opção de
instalá-lo, ao mesmo tempo aos sistema operacional que vêm instalados em nossos
máquinas no momento da compra. Ele por sua vez possui muitas vantagens como
preço, sendo customizado somente a distribuição e não os softwares, a estabilidade
que neste caso faz com que seja evitável travamentos, uma interface gráfica permite
que o operador manipule facilmente deixando-o caracterizado, vários aplicativos
estão dispostos voltados a navegação, as mídias audiovisuais, não sendo vulnerável
a vírus. Contudo, muitas mudanças ainda estão sendo realizadas visando sanar
alguns pontos negativos como: instalação e configuração que ainda demora a ser
feito, a falta de padronização relativo as inúmeras distribuições, a questão de
remoção de aplicativos, a falta de aplicativos específicos são exemplos de
melhoramentos a serem feitos, mas como ele é de fácil acesso rapidamente estarão
no mercado cada vez melhorados.
22
Figura 3 ─ A junção dos aplicativos do GNU e o kernel LINUX originando o S.O GNU/LINUX Fonte: https://www.google.com.br
Atualmente algumas de suas principais distribuições podem ser
evidenciadas como por exemplo o Debian, o Red Hat, o Slackware, o Suse, o
Ubuntu e o Linux Educacional. O Debian, cujo projeto foi instituído em 1993 por Lan
Murdo, sendo que sua produção foi realizada por aproximadamente mil
desenvolvedores e com 25000 pacotes disponíveis, obtendo assim grande utilidade
em empresas como: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, A
Eletronorte S/A e o próprio Exército Brasileiro. Muitas marcas empresariais famosas
dispõe da usabilidade do Linux como: Google, Nokia, IBM, Motorola, NASA, Hp,
empresas cinematográficas e as repartições de ensino gradativamente dizendo.
Todavia, concluímos este capítulo ressaltando que as vantagens de se
operar o Linux são muito eficazes, pois o custo com licenças de software é
inexistente. Além disso, ele pode ser executado em computadores com o mínimo de
configurações referentes a performance dos softwares originariamente do mesmo.
Isto é, sem ser necessariamente um computador com uma memória RAM ou
memória em HD muito ampla em Giga bytes, vale lembrar que o Linux roda até em
computadores obsoletos. A segurança no que tange a privacidade, a quebra de
monopólio por fornecedores, a livre oportunidade de escolha e um aliado contra a
ação de pirateamento são fatores de suma importância na aquisição deste software
operacional.
23
2.2 CONHECENDO O BROFFICE
Anteriormente relatou-se que os sistemas operacionais foram desenvolvidos
de forma privada e dificultando assim um estudo mais amplo afim de corrigir erros e
tornando-o mais eficaz. Nesta linha de pensamento comenta-se que estes sistemas
gerenciavam seus pacotes de aplicativos sucessivamente, o que fazia com que
somente algumas empresas de grande porte pudessem usufruir de uma tecnologia
em seu âmbito. Vale relatar também que nas escolas brasileiras esta realidade era
utopia apenas.
Sabe-se que a Microsoft detinha o destaque tratando-se de SO, logo o
pacote escritório inserido em tal sistema era o Open Office que possuía uma
coletânea de programas necessários para desenvolvimento de tarefas do cotidiano
como: Word (editor de texto), Excel (planilhas), Power Point (apresentação por
slides) e, entre outros, Access (banco de dados). São programas do tipo shareware,
ou seja, exigem uma licença para seu uso. É uma suíte de aplicativos para escritório
livres multiplataforma. Isto é, sua distribuição abrange sistemas como: a Microsoft
Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X.
Segundo os estudos realizados, acerca dos sistemas operacionais
existentes, nota-se que o OpenOffice.org é baseado em uma antiga versão do Star
Office, o Star Office 5.1, adquirido pela Sun Microsystems em Agosto de 1999. O
código fonte da suíte foi disponível dando início a um projeto de desenvolvimento de
um software de código aberto em 13 de outubro de 2000, o OpenOffice.org. O
principal objetivo era fornecer uma alternativa de baixo custo, de alta qualidade e de
código aberto a fim de que, justamente os usuários pudessem estuda-lo e aprimorá-
los cada vez mais. Sua usabilidade cresceu amplamente em nosso país, uma vez
que é uma proposta do governo brasileiro sua inserção por órgãos do mesmo,
principalmente nas instituições de ensino e em empresas de economia mista, como
o Banco do Brasil e outras empresas citadas anteriormente neste documento.
O projeto e o software são referenciados geralmente como "OpenOffice"
mas, devido a um disputa de marca registada, a Sun foi obrigada a modificar a
nomenclatura passando a se chamar "OpenOffice.org". No Brasil, até mesmo o
nome OpenOffice.org causou problemas por semelhança com o nome "OpenOffice",
já anteriormente registrado pela BWS Informática. Por isso, a versão em português
do Brasil é distribuída oficialmente com o nome de BrOffice.org.
24
A mudança do nome surgiu em função de um processo movido pela BWS
Informática, uma microempresa de comércio de equipamentos e prestação de
serviços de informática do Rio de Janeiro que anteriormente já havia registrado a
marca "OpenOffice", sob a alegação de que o nome "OpenOffice.org", mesmo não
sendo exatamente igual, poderia causar confusão aos usuários. Desta maneira, o
pacote OpenOffice.org não é mais distribuído oficialmente no português do Brasil,
sendo em seu lugar disponibilizado o BrOffice.org. Para tanto, foi criada uma ONG,
sendo seu primeiro Presidente, Claudio Ferreira Filho. Já a partir da versão 2.1.0 foi
adotado o novo nome "BrOffice.org" em detrimento do anterior "OpenOffice.org".
Pode ser feito um download para se testar no Windows. No Linux, já vem instalado
em várias distribuições, sendo disponibilizado no repositório da maioria das outras,
ou por pacotes na página do próprio BrOffice.org
Figura 4 ─ Interface do BrOffice.org
Fonte: https://www.google.com.br
Portanto, apesar de todo contexto histórico referentes as mudanças de
nomenclatura e implementações do pacote de programas, observa-se que sua
estrutura é semelhante ao Office que roda no Windows. A diferença está apenas no
nome como: O Writer (editor de texto), O Calc (planilhas), O Impress (apresentação
por slides), o Draw para ilustrações em 3D, o Math, editor de fórmulas matemáticas
e O Base (banco de dados). São programas do tipo Open Source. Traduzindo para
nossa linguagem materna, software livre ou código fonte aberto. Destaca-se por ter
seu código fonte aberto (linhas de comando, ou seja, como é feito o programa
25
disponível a todos que desejam). Não é necessário registro e pode ser baixado
gratuitamente.
2.3 O BROFFICE NAS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Na sociedade vigente o computador é um instrumento importantíssimo para
efetuarmos atividades simples as mais complexas no dia a dia. Dependemos dele de
forma direta e indireta nas nossas atividades diárias. É possível realizarmos
transações bancárias pela internet, acessar e-mail, relacionarmo-nos pelas redes
sócias virtuais com pessoas local e globalmente falando, realizamos compras,
assistimos vídeos e acessamos os livros através de bibliotecas digitais no formato
on-line, confeccionamos textos digitais e outras atividades afim. Acreditamos que por
estes motivos, obtemos uma relação de dependência com o computador. Deste
modo, fica cada vez mais difícil imaginar as nossas vidas sem o usufruto deles. A
demanda de diversificados tipos de softwares para nos ajudar na arte de executar as
tarefas se tornam úteis. Logo precisamos sempre estar em plena inserção aos mais
eficazes sistemas operacionais, navegadores para internet, bem como os aplicativos
para criamos vários gêneros textuais, planilhas voltados aos cálculos, apresentações
de trabalhos etc.
Segundo Costa 2007:
Hoje, um sem número de empresas e órgãos administrativos governamentais têm adotado softwares Open Source como plataforma operacional, por diversas razões, dentre as quais podemos citar: a diminuição de custos por licenças, a qualidade dos softwares, além de sua velocidade de atualização. Da mesma maneira que cuidar do meio ambiente melhora a imagem de uma empresa junto ao seu público consumidor, a utilização de software licenciados, sob a bandeira “Open Source”, faz com que ela ganhe mercado da mesma forma, não associando sua marca com o uso de softwares “piratas”, ou sem licenciamento adequado. (COSTA 2007, p. 02)
Nesta visão do autor, através de sua obra, fica cada vez mais marcante a
ideia de que na atualidade deve-se procurar meios eficazes de desenvolvermo-nos
como seres humanos no meio em que estamos inseridos, a partir das melhorias nos
recursos tecnológicos presentes e que fazem parte de cada um de nós, seja no
trabalho profissional como no campo educacional. Logo, o BrOffice pode ser
utilizado por usuários comuns ou por empresas sem nenhuma dificuldade. Porém,
26
sabe-se que toda metodologia nova colocada em foco, sofre certo tipo de rejeição ou
no caso de muitos aversão, na ação de usar. Assim comenta-se que, em todos os
setores sociais ao se tratar de tecnologias de um sistema operacional dado, existe
muita gente com pensamento negativo ao software livre, acham que não funciona ou
que é péssimo. Porém, contradizendo este achismo, vimos que nos último anos um
crescimento relativo ao uso dos mesmos ocorre. Segundo especialistas, isto se dá,
devido suas fáceis e constantes implementações no que tange a resolução de
problemas.
Atualmente muitas marcas empresariais já adotam o GNU/Linux/BrOffice
como padrão nos seus setores profissionais. Podemos por exemplo citar: As
Agências do Banco do Brasil, as Lojas Renner, as Casas Bahia, as Editoras Atlas,
as Multinacionais: Toyota e Habib’s como também outras marcas de auto porte
outrora citadas neste documento. Dentre os órgãos que estão recebendo melhorias
com a implementação do software livre estão a Presidência da República, Receita
Federal, Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça, Ministério das Cidades,
Ministério do Planejamento e Ministério do Desenvolvimento.
Numa visão mais holística relativo as tecnologias percebemos claramente o
episódio referente a espionagem americana relatada pelo ex-consultor da agência
nacional de segurança americana(NSA), Edward Snowden. Ele divulgou que os
americanos espionaram dados e comunicações de autoridades e cidadãos de
diversos países. Destaca-se o fato ocorrido simplesmente em sabermos que a
maioria dos sistemas operacionais tem suas respectivas instituições vinculadas a
sede americana. Convenhamos que estes são pioneiros em tecnologias, uma vez
que segundo o relato dado por Snowden, mostrou que os americanos investem em
grandes empresas de tecnologia e telecomunicações para monitorar as atividades
dos norte-americanos e também de diversas pessoas ao redor do mundo. Logo fica
claro que as leis americanas abrem margem para que isso aconteça e assim as
Informações dos usuários acabam sendo filtradas por meio dos campos de busca
armazenadas em grandes bancos de dados como Google, Microsoft, Apple e Face
book.
Diante deste fato real, fica mais claro perceber como estamos ligados aos
recursos tecnológicos e faz com que compreendamos seus pontos positivos ou
27
negativos em nossas vidas. O seu efeito é amplo e não temos como retroceder
neste campo. A tendência é que o software livre, como as distribuições do Linux e
os pacotes LibreOffice ou OpenOffice, sejam adotados cada vez mais em órgãos
públicos e por usuários comuns, melhorando a segurança das informações, a
medida também possibilitaria uma economia grande para os cofres públicos, já que
estes programas não requerem o pagamento de licenças, como é o caso dos
equipamentos da Microsoft, que por leis internas acabam cedendo espaço para que
os cidadãos sejam monitorados virtualmente como retratou-se o caso dos Estados
Unidos anteriormente no início deste capítulo. Possivelmente, se tratando de
sistemas operacionais, pode-se dizer que nenhum é seguro em sua totalidade, mas
se tratando de softwares de códigos fontes abertos, retardaria uma espionagem,
devido as implementações realizadas periodicamente por nossos próprios
profissionais brasileiros de confiança nesta área computacional, sem falar que estes
softwares ficariam livres de leis específicas, livre de vírus e se o usuário assim
desejar, haverá a possibilidade de adequação do programa conforme as suas
necessidades de utilização cotidiana e ainda podendo fazer o compartilhamento, as
modificações e aprimoramento na internet, a fim de alcançar um patamar maior de
otimização.
28
3. O BR OFFICE COMO FERRAMENTA PADAGÓGICA E INCLUSÃO DIGITAL
A educação vigente no Município de Marapanim-Pará busca uma educação
de qualidade relativo ao trabalho pedagógico em sala de aula referente no que tange
o ensino e aprendizagem no ensino fundamental e percebendo a grande importância
e necessidade de uma ferramenta pedagógica nesse âmbito educacional, nos
causou inquietações e levou-nos a motivação para construir esta pesquisa
bibliográfica e investigativa, a fim de sensibilizar e mostrar aos educadores e os
demais profissionais do Município de Marapanim para a grandiosa importância da
tecnologia como mola propulsora de aprendizagem lúdica, prazerosa e cooperativa,
que visa estimular a interação e a criatividade.
Como afirma Bonilla (2001), “inclusão significa que aquele que está incluído
é capaz de participar, questionar, produzir, decidir, transformar, é parte integrante da
dinâmica social, em todas as suas instâncias”. Nesta concepção do autor, pode-se
entender que para atender aos padrões de inclusão digital, torna-se preciso que a
sociedade do conhecimento deva obter a cada dia, conhecimentos necessários para
utiliza-lo competentemente de forma consciente e natural. Desta forma, os indivíduos
que vivem neste contexto social devem procurar nortear-se buscando os meios de
se incluir na era digital, seja em formações em informática, mas fundamentalmente
começando pela instrução escolar refletindo que as tecnologias estão em toda parte
para se tornar parte do nosso dia a dia. É necessário fazer estes comentários pelo
fato de existir em pleno século vigente pessoas analfabetas funcionais, por
conseguinte estes indivíduos poderão estar excluídos neste processo digital. Não
adianta somente obter um recurso se não tiver potencializado as habilidades mentais
voltadas a reflexão da usabilidade destes.
Segundo Valente (1993):
“Os computadores estão propiciando uma verdadeira revolução no processo de ensino-aprendizagem”. Esta é a realidade, pois a presença do computador está cada vez mais ativa em nossas vidas inclusive na educação. A maior contribuição do computador como meio educacional advém do fato de seu uso ter provocado o questionamento dos métodos e processos de ensino utilizados”. (1993 p. 25)
Fica notável nas palavras do autor, que a Informática faz parte da vida dos
indivíduos em geral, pois a usabilidade se dá para o entretenimento, quanto para o
29
exercício profissional. As últimas estatísticas do uso de computadores no Brasil
retrata uma realidade relativo ao crescimento vigoroso do seu uso. Dessa forma, o
computador começa a universalizar-se adentrando em todas as camadas da
sociedade brasileira e, assim, o processo educativo não pode se manter alheio a
esse movimento. Os docentes neste contexto, devem assumir uma postura
diferenciada, no que diz respeito as atitudes pedagógicas, com o simples intuito de
ser aquele que auxilia na construção de conhecimento, isto é, contribuir para que os
alunos a apropriarem-se dos seus conhecimentos, onde os mesmos possam exercer
sua autonomia e criticidade, conduzindo as suas próprias explorações,
sensibilizando-os como seres valorosos em sociedade porque isto dá-lhes poder e
motiva-os.
Segundo Pierre Levy (1993):
“O cúmulo da cegueira é atingido quando antigas técnicas são declaradas culturais e impregnadas de valores, enquanto que as novas são denunciadas como bárbaras e contrárias à vida. Alguém que condena a informática não pensaria nunca em criticar a impressão e menos ainda a escrita. Isto porque a impressão e a escrita (que são técnicas!) o constituem em demasia para que ele pense em apontá-las como estrangeiras.” (LÉVY, 1993, p.15)
Hoje em plena era digital vivenciamos muitos educadores tradicionais que
não dão importância aos recursos que a informática dispõe na educação das nossos
discentes principalmente nas series iniciais do ensino fundamental, se fortalece esta
ideia por defendermos que desde cedo os recursos tecnológicos devem inserir-se no
processo educativo dos pequenos. Todavia, já ouve-se muitos rumores por outros
educadores que de fato tais recursos são importantíssimos. Sabe-se que as crianças
da atualidade estão vivendo seus momentos em seu mundo e nele a informática
está presente sempre. Se para nós, mesmo que inconscientemente, se torna
dificílimo estar sem as tecnologias, pensamos então como as crianças e os jovens
se veem sem os atrativos delas em seu cotidiano familiar e educacional.
As Tecnologias adentraram nas instituições de ensino devido a sua
importância atribuída. Na verdade entende-se que tal importância dar-se-á, por elas
agregarem em seu bojo alguns princípios como: as razões sociais, na qual os
envolvidos devem ser preparados para agir numa sociedade movida pelas
tecnologias, as razões vocacionais, onde os indivíduos devem ser potencialmente
30
capacitado profissionalmente (dominarem as tecnologias) para vencerem nessa
mesma sociedade tecnológica, as razões pedagógicas, por meio da possibilidade de
melhoria dos processos de ensino-aprendizagem e as razões catalisadoras, voltadas
a utilização do computador como fonte aceleradora para outras inovações
educativas, centrada nos processos de ensino-aprendizagem, valorizando a
cooperação, a resolução e reflexão dos problemas e até mesmo a quebra de muitos
paradigmas emergentes.
No entanto, apenas favorecer a apropriação de TICs não garante que as
pessoas estão fazendo parte de um processo de Inclusão Digital. Neste sentido,
deve-se ter a clareza que é necessário a preparação para usar os recursos digitais
presentes de forma indutiva pelos indivíduos. Nessa busca pela democracia digital
três fatores são preponderantes que são: TICs, renda e educação. A Figura 05
mostra a relação entre as TICs, Renda e Educação, a Inclusão Digital e a inclusão
social:
Figura 5 ─ O Tripé da Inclusão Digital
Observando a ilustração acima, nota-se que para ter-se uma inclusão social,
torna-se apenas a renda e a educação fundamentais, enquanto que para a Inclusão
Digital, faz-se necessária também a existência das TICs. Além disso, verifica-se um
ciclo existente entre a inclusão social e a Inclusão Digital, onde conclui-se que uma
influencia de forma direta para a existência da outra.
INCLUSÃO
DIGTIAL
TIC’s
INCLUSÃO
SOCIAL
RENDA
EDUCAÇÃO
31
Ao falar em quebra de paradigma e inclusão digital, observou-se que nas
instituições escolares marapanienses a usabilidade dos computadores faz-se
principalmente pelos profissionais nas secretarias para fins como atividades voltadas
à contabilidade, ao números de turmas e a própria cartografia escolar. Mas voltado
ao processo de ensino-aprendizagem adequadamente falando, esta prática ainda é
pouco exercitada. Todavia, sabe-se que aos alunos, o envolvimento com os recursos
digitais dar-lhes mais controle, confiança e poder no que estão a fazer,
principalmente em atividades dirigidas pelo mediador neste processo.
A todo o momento estamos diante de atividades que levam à aquisição da
aprendizagem como: a leitura e a escrita, mas aquelas que estimula a agilidade, o
comando, a tentativa e o erro ou o ato de experimentar. Para os discentes, diante
das atividades que realizam no computador desenvolvem suas habilidades
emocionais, intelectuais, psicomotoras e além de potencializar seu poder de
interatividade. Cabe ao professor motivá-lo e promover meios para que ele se
interesse e busque a resolução de seus impasses e suas dúvidas, favorecendo o
fortalecimento cognitivo na arte de pensar, elaborar e agir.
Educar para a era da informação ou para a sociedade do conhecimento é um
grande desafio que permeia-se pelos fins didáticos, dos métodos de ensino, dos
conteúdos curriculares, buscando caminhos mais adequados e significativos ao
contexto histórico em que estamos vivendo, implicando é claro o repensar da escola,
dos processos de ensino-aprendizagem e o redimensionamento do papel que o
professor deverá desempenhar na formação do futuro cidadão.
Ao falar em educação na era digital, nota-se que ela é muito ampla. Pois
como observou-se anteriormente, ela perpassa por quebras de muitos paradigmas
emergentes e que nos causam inquietações contínuas. Dentro das escolas, através
dos recursos tecnológicos, há uma melhor e mais favorável possibilidade de inclusão
digital dos indivíduos menos favorecidos socialmente. Contudo, que fique bem claro
que, não se pode ter e manter os computadores inseridos nos poucos laboratórios
escolares com Sistemas Operacionais com código fontes fechados, bem como seus
respectivos pacotes de aplicativos. Assim, comentou-se que o aplicativo BrOffice.org
é um projeto brasileiro desenvolvido por uma ONG, de interesse público, situada na
cidade do Rio de Janeiro e que mantem uma comunidade na internet com a
32
finalidade de agregar colaboradores para a melhoria contínua do principal software
de escritório concorrente do pacote Microsoft Office no Brasil. Ele é um programa de
computador, sem licença comercial (desenvolvido sob os termos da licença LGPL) e
que possui um processo de desenvolvimento totalmente aberto, com o código fonte
disponível para download e melhorias. O suporte ao usuário é mediado por uma
comunidade de voluntários disponível na web, que tentam resolver as mazelas no
aplicativo com rapidez e agilidade. Nele todos os componentes como: o Calc, o
Writer, o Impress, o Draw, o Math e o seu banco de dados, o Base possuem a
mesma aparência e comportamento, facilitado a sua manipulação por parte de seus
usuários. Logo para atender aos processos de inclusão digital, o governo realiza
investimentos voltados a informatizar as escolas com projetos voltados a compra de
softwares livres. Ele atualmente possui um importante papel na inclusão digital dos
indivíduos socialmente menos favorecidos devido a sua eficácia e presença nos
diversos núcleos de inclusão digital, escolas e PC domésticos em todo o país.
Neste contexto, holisticamente dizendo, uma verdadeira inclusão digital deve
ser presente na vida dos educandos, pois se estes já manipulam objetos eletrônicos
extra espaço escolar, por que não contextualizar os recursos as suas atividades
escolares de forma significativas?
O BrOffice é uma excelente ferramenta aliada nas atividades escolares. Pois
anteriormente falou-se que os discentes estimulam suas competências e habilidades
através de atividades práticas desafiadoras através do computador como
mecanismo auxiliador para que isto aconteça. O BrOffice, por sua vez, trabalhado
desde cedo pelos alunos seja na escola ou fora dela permitirá que futuramente os
jovens estejam familiarizados com este pacote de aplicativos. Todavia, foi falado na
importância de acesso as novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
neste mundo globalizado, onde o domínio sobre certos saberes ou o
desenvolvimento de determinadas habilidades pode significar a inserção ou a
permanência no mundo de trabalho. A inclusão digital está diretamente ligada à vida
contemporânea. Quem não sabe operar um computador está a margem de uma
sociedade em vias de se informatizar por completo em poucos anos.
33
4. A UTILIZAÇÃO ATUAL DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS DE
MARAPANIM
No capítulo anterior, comentou-se sobre a exclusão digital na vida de muitos
brasileiros neste século corrente. Numa visão mais ampliada, é inconcebível, nos
dias atuais, imaginar a formação inicial dos nossos discentes, seja na rede
particular, seja na rede pública de ensino, sem uma verdadeira capacitação que vise
a manipulação das tecnologias que estão presentes nas respectivas instituições de
ensino. Pois, estas habilidades em manuseá-las são exigências na área familiar,
educacional e no mundo profissional. A educação marapaniense passa por
mudanças, buscando melhorar seu processo de ensino-aprendizagem, mas sabe-se
que muitos paradigmas precisam ser quebrados quando se trata de habilitar seus
alunos de rede pública municipal aos novos conhecimentos da informática, bem
como a preparação para um mundo cada vez mais diferente a cada momento.
Atualmente, nas escolas públicas não podemos negar que os índices de
repetência e evasão acontecem rotineiramente e não cabe a nós acharmos culpados
para tais fatos correntes. Pois sabemos que trata-se de um esforço conjunto entre as
esferas familiares, escolares e governamentais.
A educação nesse contexto é o fruto dos nossos esforços e empenhos, onde
todos devem ter clareza do seu papel. Isto é, compreender que o ato de educar não
recai somente a um segmento, mas sim, por um conjunto deles. É ter a clara
percepção dimensional de que ninguém é dono do saber, e que ninguém se educa
sozinho como afirma Paulo Freire, mas sim, todos num ambiente interativo e afetivo
ensinam e aprendem. Fica cada vez mais claro que, a educação é o esforço
conjunto entre as famílias, sociedade e estado. As famílias buscam a socialização e
os meios para que seus membros obtenham o acesso aos bens culturais e as
ofertas que a sociedade dispõe a estes. A sociedade por sua vez, espera que ocorra
construções de valores através dos meios de comunicações, ou seja, espaços dos
saberes. Por sua vez, o estado tem sua incumbência neste processo, pois este
devem demandar concretas possibilidades para o ingresso de todos na educação e
sua permanência na mesma, a fim de alcançarem um patamar adequado ao
34
contexto no processo de ensino-aprendizagem como tange a constituição brasileira
em vigor.
Portanto, referentes à educação, fica aqui a evidência, que o papel da
educação na sociedade do conhecimento ou da informação é explorar e
desenvolver novas formas metodológicas para que os nossos crianças e jovens
possam encontrar na escola um verdadeiro âmbito de aprendizagem em todos os
ciclos em seu processo estudantil e vital.
4.1 O USO E MAU USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS PELOS DISCENTES
A usabilidade das tecnologias no âmbito escolar contribui significativamente
para as mudanças de paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em
aprender, pois as ferramentas computacionais exercem um fascínio em nossos
alunos funcionando assim como um dos meios facilitadores para evitar evasão
escolar.
Por outro lado, o Município de Marapanim não é diferente de outros
municípios adjacentes a ele, na Região Norte. Trata-se de uma região pobre e
escassa em recursos financeiros, com uma educação razoavelmente boa em nossa
sucinta e humilde observação, pois possui muitos paradigmas emergentes a serem
superados como: evasão escolar, baixo IDEBE, profissionais mal formados, prédios
com estruturas físicas inadequadas e mal equipadas tecnologicamente por meio de
laboratórios, bem como gestores mais competentes com um olhar mais atencioso
aos processos educativos e outros.
Neste contexto municipal, leva-nos a percepção de que as transformações
sociais dependem de uma educação qualitativa e posteriormente quantitativa.
Assim, nossa sociedade do conhecimento é uma “sociedade aprendente”, visto que
a obtenção dos saberes passou a ser destaque para a produção de riquezas e
melhoramento da qualidade de vida para os seres humanos exigindo assim,
ramificações significativas nos modelos educacionais vigentes. Todavia, ainda
percebem-se práticas pedagógicas que não satisfazem o perfil do atual contexto
contemporâneo. A sociedade em foco necessita de um olhar diferenciado, mas para
35
que isto de fato aconteça, vai ser preciso que haja um desprendimento de velhos
conceitos, paradigmas e práticas pedagógicas tradicionais.
Segundo Ana Cristina Gipiela Pienta apud Veiga 2007:
[...] têm surgido cada vez cada vez mais críticas ao paradigma clássico e, junto, a possibilidade de outros paradigmas que ainda estão se construindo. São chamados paradigmas emergentes, que abrem o caminho para a transdisciplinaridade que se opõe ao característico isolamento disciplinar do paradigma clássico. Pienta apud Veiga (2007, p. 60).
Neste sentido, ainda no atual cenário educacional brasileiro em que
vivemos, convenhamos que o paradigma tradicional ainda esteja inserido e na visão
da autora, tal postura educativa desvincula-se da realidade do educando. Entretanto,
necessita-se para a produção do saber, uma plena parceria ou participação e
reflexão entre os sujeitos do processo. Isto é, dos discentes e docentes.
A partir desta visão holística, para se formar cidadãos criativos, inovadores,
autônomos e partícipes, capazes de enfrentar problemas impostos pelo mundo
torna-se preciso uma educação inovadora.
Segundo Moacir Gadotti (1997) diz que, diante da crise paradigmática que
atinge a escola, “esta deve ser perguntar sobre qual é o seu papel numa sociedade
caracterizada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e
cultura e do pluralismo político”. Isso requer uma redefinição do papel da escola, da
formação do professor e do próprio conhecimento mediante uma sociedade cada
vez mais interconectada e influenciada pelas novas tecnologias.
Segundo Délors (2001):
Não basta que cada qual acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que se possa abastecer definitivamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer esses conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudança. Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos de compreensão, aprender a fazer; para poder agir sobre o meio envolvente, aprender a viver juntos; a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; aprender a ser: via essencial que integra as três precedentes. Délors (2001, p.89-90).
No espaço de discussão sobre os pilares do conhecimento, no qual
possibilita as construções de caminhos para que os educadores apropriem-se de
práticas inovadoras, há a necessidade de estímulo à autonomia, à solidariedade,
36
espírito científico, uma vez que o conhecimento não é algo pronto e acabado, não
são verdades estáticas, mas uma dimensão processual dinamizada na vida humana.
Comentou-se um pouco atrás que para se ter uma produção do saber, há
que ter o fruto de esforços de vários envolvidos. Logo, destaca-se que os
educandos muitas vezes não se esforçam em usufruir dos recursos tecnológicos de
forma criativa e responsável. Pesquisa mostra que as crianças e os jovens
brasileiros usam internet, celular, videogame e TV mais para brincar do que para
estudar.
Computador, celular, videogame e TV ainda são pouco usados com função
educativa no Brasil e na América Latina. É o que mostrou a pesquisa A Geração
Interativa na Ibero-América: Crianças e Adolescentes diante das Telas, realizada
pelo programa EducaRede, da Fundação Telefônica. Computador, celular,
videogame e TV, hoje, significam diversão. Para as crianças e adolescentes, essa
tecnologia toda é lazer. "Não estamos sabendo explorar as possibilidades dessas
ferramentas na educação das crianças, porque somos forasteiros digitais", afirma
Maria do Carmo Brant de Carvalho, coordenadora-geral do Cenpec (Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Realizada pelo
programa EducaRede, da Fundação Telefônica, a pesquisa contou com a
participação de 900 escolas públicas e privadas de cidades em sete países da
América Latina (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela). Mais
de 25 mil estudantes, dos 6 aos 18 anos, responderam entre outubro de 2007 e
junho de 2008. Apesar de estarmos em 2014, não vamos aqui pensar que esta
pesquisa encontra-se defasada, pois quando se trata de educação de nossas
crianças e jovens as ações acontecem muito gradativamente no Brasil. Segundo a
referida pesquisa, os celulares foi a tela mais difundida pelos usuários, mas a
preferência destes foi a rede. Assim para estes usuários, os recursos já tornam-se
bens de primeira necessidade. A internet é para essa geração interativa, o que a tv
foi para as gerações anteriores.
Segundo fonte do Programa EducaRede evidenciou-se o seguinte aspecto:
O uso da internet é feito sem mediação. A pesquisa mostra que 80% dos jovens navegam sem a supervisão educativa de adultos, pais ou professores. Em São Paulo, por exemplo, seis em cada dez jovens navegam em lan houses. Isso coloca o país no primeiro lugar na América
37
Latina dos usuários desacompanhados. Sem a mediação, os adolescentes adotam com mais facilidade comportamentos de risco, como conhecer e fazer laços de amizades pessoalmente com amigos virtuais: algo realizado por entre um em cada dois adolescentes brasileiros. Essa atitude de testar o limite parece ser característica do usuário, independentemente da nacionalidade. Quando o quesito é conversar com desconhecidos: 29% dos brasileiros admitiram essa prática contra 37% tanto dos argentinos quantos dos chilenos ou 34% dos venezuelanos, países campeões da conversa entre estranhos. (Revista Educar para crescer Geração interativa. 11/03/2009)
Refletindo os resultados da pesquisa acima destacada, se tem a clareza de
ver, que no Município de Marapanim, estes fatos também ocorrem entre as crianças
e os jovens. Podemos falar com bastante propriedade ao notar-se durante o
ingresso como bolsistas pelo Programa de Iniciação à Docência-PIBID através da
CAPES pela Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA tais fatos. Ao longo do
Curso realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco de Sales
Neves foi justamente um dos pontos negativos notáveis pelos bolsistas. No
desenvolvimento das atividades através da lógica, a interatividade era muito boa,
mas para que isso acontecesse tinha-se que estar sempre acompanhando os
discentes. Ao iniciar as aulas era feito a orientação para que usassem o celular
somente nas atividades pedagógicas. No entanto, alguns alunos ficavam irritados,
outros não queriam assistir as aulas e incitavam os que estavam tentando
concentrar-se, bem como também uns faltavam as aulas para usufruírem da rede
por lugares extra escolar, a fim de chamar a atenção dos discentes. Estes alunos
confundiam a hora de atividade e só queriam acessar a internet para jogar, visitar as
páginas no facebook ou a “febre” do wathsapp no celular e ainda por cima não
conheciam seus aparelhos o suficiente para configurá-los para evitar chamar a
atenção na hora do toque e outras configurações pertinentes na hora das atividades
pedagógicas. Ultimamente durante os estágios foram feitas as comprovações na
Escola Zarah Trindade nas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). No
âmbito desta instituição, as turmas se evadiam sempre, era notado os jovens pelos
cantos da escola sem direcionamento e sempre operando os celulares e no âmbito
do laboratório tais fatores negativos se repetiam. Vale ressaltar, que alguns alunos
eram muito agressivos e até usuários de drogas ilícitas, o que favorecia o índice
muito grande de furtos principalmente nos últimos anos.
Segundo Cosenza (2011) “as crianças devem ser capazes de planejar suas
ações, de examinar abordagens alternativas e daí tirar conclusões, sem esquecer os
38
aspectos éticos envolvidos. Devem realmente “aprender a aprender” utilizando
esses novos recursos.” Nesta linha perceptiva do autor, entende-se que é de suma
importância a orientação e o encaminhamento voltados as crianças, quando estas
estejam manipulando as tecnologias, para que elas tenham a possibilidade de
obterem uma aprendizagem satisfatória e bastante dinâmica obedecendo os valores
sociais e éticos, valores estes fundamentais para uma aprendizagem em
coletividade. Para alcançar um patamar de sucesso na quebra deste paradigma
emergente que assola a educação de muitos estudantes marapanienses, fica cada
vez mais importante a participação das famílias em inserir-se no processo formativo
das crianças e jovens.
As famílias devem comungar os mesmos propósitos escolares, quando se
fala na responsabilidade de mantê-los distantes aos perigos oferecidos por
tecnologias que estão presentes no contexto da cultura da nova era digital. Em
contraposição a esta comunhão, na qual defende-se, vem um paradigma a ser
superado. Pois trata-se de famílias marapanienses que são semianalfabetas, vivem
da agricultura e da pesca e moram nas comunidades de nosso município. São
famílias que desconhecem conscientemente o valor das tecnologias, como também
apresentam dificuldades para manuseá-las. Tais aparatos tecnológicos em pleno
século XXI ainda assustam uma boa parte dos adultos da sociedade atual, por outro
lado os educandos de hoje lidam muito bem com a tecnologia, que já se tornaram
corriqueiras na vida das mesmas.
Insistentemente, defende-se neste documento que a sociedade sofreu
impactos importantes e a escola também sofre, mas em passos gradativos. Ela tem
procurado adaptar-se as mudanças a fim de promover com eficiência a educação de
nossos estudantes.
Segundo Osório (1996):
“Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência” (OSORIO, 1996, p.82).
As instituições de ensino, por sua vez, devem proporcionar um ambiente
voltado a ação de discutir criticamente entre os educandos e suas respectivas
famílias, a respeito da usabilidade dos meios tecnológicos inadequados que estão
39
ocultos por trás das mídias televisivas, dos usos exagerados de games,
principalmente na internet, em redes sociais como: face book, MSN, Orkut, Twitter e
outros meios.
4.2 O USO E MAU USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS PELOS DOCENTES
Como citado anteriormente no âmbito educacional marapaniense, muitos
paradigmas precisam ser mudados, comentou-se o papel dos envolvidos como os
gestores, escola, as famílias, dos discentes e por que não dar ênfase no papel
docente frente a esta realidade intrínseca na educação municipal?
Uma maioria de professores não tem formação, razão pela qual resistem em
aliar o computador à suas ações didático-pedagógicas. Para Papert (1997, 75) a
“aprendizagem é facilitada quando é auto dirigida”. Portanto, é diferente da
aprendizagem tradicional em que a informação é passada, transmitida pelo
professor, e o aluno não constrói seu conhecimento, apenas interioriza quando há
interesse, caso não, descarta. A abordagem construcionista valoriza as estruturas
cognitivas, busca meios para que a aprendizagem ocorra, por meio de ações,
discussões, interações com o objeto de estudo. Contrapondo esse modelo, observa-
se o modelo tradicional. O professor pode e é o sujeito no processo educativo. Isto
é, onde somente ele é o detentor do saber e seu conhecimento é tido como certo e
oficial. Cabendo o educando ser um simples ouvinte, cabisbaixo e destinado a ser
um indivíduo alienado.
Inserido nesta discussão e contrapondo esse modelo, Paulo Freire (2002)
diz:
Conhecer não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção. (PAULO FREIRE, 2002, P. 12)
Nesta linha de pensamento de Paulo Freire, entende-se que atualmente a
educação está sofrendo mudanças, a sociedade se transforma, principalmente com
o advento das novas tecnologias que vieram para facilitar as nossas vidas. Logo não
40
cabem espaço e postura tradicional para se educar os nossos pequenos aprendizes,
pois estes já são considerados nativos digitais como relata Pierre Levy em suas
teorias, sendo assim uma contraposição histórica e uma forma rudimentar de
ensinar, reproduzindo seres cada vez mais alienados prejudicando a sociedade
atual e futura.
A pedagogia tradicional e a ignorância dos professores limitam a
aprendizagem dos alunos. Sem o uso de novas tecnologias na escola, e os pais
cada vez menos presentes na vida estudantil de seus filhos, para dar o
direcionamento adequado a usabilidade de jogos ou atividades presentes, pode-se
dizer que estamos diante de “tecnófobos”. Isto é, pessoas que ainda tentam resistir,
ignoram ou sentem receio de manipularem as tecnologias presentes em nosso
cotidiano desfalcando o auxílio destas ferramentas no campo educacional e no caso
dos pais, no seio familiar, fazendo com que a interação das crianças com tais
recursos tecnológicos seja de forma negativa, sem direcionamento, onde elas
sentem-se independentes, longe do controle do adulto e ao se confrontarem com a
escola, não encontrarão a motivação necessária ludicamente dizendo. As
instituições de educação formal e sistematizada poderiam ser consideradas, desta
perspectiva, mais como obstáculos do que como agentes facilitadores do
desenvolvimento da criança e da sociedade em geral.
Insiste-se em dizer que as crianças da atualidade já nascem com suas
curiosidades. Frente às tecnologias presentes é notável sua fascinação em caráter
de pesquisa, não esperando passivamente que o outro lhe diga o que, quando,
como e onde manipular tais recursos tecnológicos. Se estiverem grandes
possibilidades elas imergem de “corpo e alma” nas tecnologias desenvolvendo sua
criticidade e autonomia e sendo cada vez mais sujeitos ativos nesse processo de
ensino e aprendizagem, mas desde que elas sejam direcionadas e haja profissionais
criativos para potencializar a autonomia dos alunos, através das atividades lúdicas,
usufruindo de todos os recursos disponíveis no meio ambiente.
Como já destacado outrora, vive-se numa sociedade onde a informação e a
comunicação adquiriu uma enorme importância, inserida neste contexto deve estar
à educação. Ela não pode estar mais alheia aos novos meios de processamento,
elaboração, armazenamento e distribuição de tal informação. A incorporação das
41
novas tecnologias multimídia ao ensino é inevitável, mas terá que fazer-se apoiada
em postulados educativos, em abordagens didáticas, em esquemas comunicativos
inovadores e multidirecionais. Certamente exigirá dos professores, no mínimo
conhecer suas vantagens, mas para que isso aconteça na área educacional. É
absolutamente necessário dedicar a maior atenção possível à formação inicial e
permanente dos professores.
Falando em responsabilidades e no bojo da ludicidade e transformações
sócio político educacional vigente, o professor deve sim ser sensível e criativo e
compreender que ensinar, não é simplesmente transmitir ou depositar
conhecimentos no aluno. Uma vez que estes são sujeitos e não objetos.
Pedro Demo (2009), diz que:
O professor precisa investir na ideia de chegar a motivar o aluno a fazer elaboração própria, colocando isso como meta de formação. Caso contrário, não mudamos a condição de analfabetos no aluno, que apenas lê, sem interpretar com propriedade. Pior que o analfabeto literal, é o analfabeto político. A letra, em sociedade, é sempre também arma política. Demo (2009, P. 87)
Entende-se que o papel do docente é mediar o processo de ensino. Pois
ambos são sujeitos que aprendem juntos em tal processo sistêmico de forma
interativa. Sendo assim, a motivação e a afetividade devem ser grandes. Para que
aconteça verdadeiramente uma aprendizagem significativa e contextualizada. O
educando reinventa-se ao confrontar-se com problemas do seu cotidiano e o
mediador é a pessoa que aguça, encoraja e com entusiasmo dá ao aluno, o
estímulo que ele tanto necessita. Em contra partida neste processo, o professor
aprende ao ensinar, aprende ao ser questionado, também inventa e se reinventa
constantemente diante destes fatos. Os desafios sempre estarão presentes, e isso
ocorre para que o saber se construa. Educador e educando nesta perspectiva
tornam-se, interlocutores e que ambos almejam a significação para as situações e
problemas, bem como suas resoluções. O professor deve postular a dialógica com
seus educandos, conjugando de fato esta bela palavra em suas atividades
pedagógicas. A interação nesse meio educativo é transcender a prática de “ministrar
aulas” pela possibilidade de construir o saber em parceria com o aluno, levando em
consideração o desejo, à vontade, a curiosidade, o poder argumentativo e a
42
disponibilidade infanto-juvenil para a aprendizagem, valorizando o papel do sujeito
que aprende. Desenvolver projetos pedagógicos é fundamental nesta modalidade.
Os Teóricos Fernando Hernández e Paulo Freire defendem a ideia de que o
aluno aprende participando, tomando atitudes diante dos fatos, investigando,
construindo novos conceitos, informações e selecionando os procedimentos
apropriados quando frente às necessidades de resolver problemas sociais através
de um senso crítico. Toda a ação pedagógica planejada deve estar inserida na
avaliação e auto avaliação. Educar é inter-relacionamento onde há os sentimentos,
afetividade e a construção dos conhecimentos. Por isso, é de suma importância a
ação de discutir avaliação. Esta, é observada como um dos muitos paradigmas
emergentes da atualidade.
Ao falar em planejamento e avaliação, deve se ter em mente que, a inserção
dos computadores nas escolas devem ser ações planejadas e não precipitadas, de
acordo com objetivos educacionais propostos, afim de se ter um bom parâmetro
avaliativo por todos os envolvidos.
Segundo fonte da pesquisa do programa EducaRede realizada:
O Brasil é campeão de acesso à internet na escola entre 6 e 9 anos: 63%, se comparado aos outros países da América Latina. E é o segundo país com maior penetração de acesso à internet em casa (46%). Apesar do acesso na escola, o estudo mostra que poucos professores recorrem à internet para explicar uma matéria ou, pior, estimulam o uso da rede para fazer pesquisas, obter conhecimento, estudar. Esse resultado coloca o Brasil como o país com menores professores ativos no uso e recomendação da internet. "Se um dos pilares da Educação e da aprendizagem é a observação de modelos a seguir, os docentes devem transformar-se em um testemunho de alto valor educacional e conselheiro de boas práticas quanto ao bom uso da internet", aponta o estudo. (Revista Educar para crescer Geração interativa. 11/03/2009)
Os resultados da pesquisa realizada, mostra a nossa realidade local em
Marapanim. Embora sendo feita em outro estado, é um fato bastante peculiar em
nossas escolas, o descaso dos professores em adotar uma postura corajosa de
aprender a aprender e se reinventarem, a partir de novas interações com outras
pessoas que dominam um pouco as tecnologias, na obtenção de saberes relativos a
estas ferramentas, com o objetivo de auto melhorar seus saberes como também,
ampliá-los para elaborarem atividades pedagógicas mais coesas. Isto é, mais
contextualizadas e significativas para os alunos. Pode-se perceber que esta
43
preocupação está sendo propagada pelos meios midiáticos como por exemplo, na
tv.
A Rede globo por meio da Novela Geração Brasil, traz para nós um bom
exemplo de aprendizagem significativa, onde a introdução à programação é feita
pelo professor desde a educação fundamental menor. Neste exemplo citado, O
Professor “Erval” realiza um trabalho de inclusão digital com seus alunos. Ele
explorava as possibilidades dos alunos através das discussões em sala de aula, ao
falar de criptografia e sua importância atual no mundo computacional e outros temas
dentro da arte de programar. Mostrou claramente a inserção desta temática inserida
em outra que é o assunto da aula conceitual. A interdisciplinaridade aconteceu
naquele ambiente. Ressalta-se que ao falar de criptografia ele estava aguçando o
raciocino lógico do grupo, bem como ensinou os mesmos sua usabilidade
responsável durante a discussão entre os alunos. A novela tem seu lado
interessante, pois mostra em vários contexto a “Empresa Amarra”, uma empresa de
tecnologias. A referida novela, aborda uma sociedade que precisa ser incluída
digitalmente e através da educação este passo deverá ser dado. Ressalta-se que
as crianças que compõe a geração atual recebem vários apelidos, entre os quais se
destacam: Nativos digitais, geração y, e outros. Porém, é de fundamental
importância que as crianças compreendam que as ferramentas tecnológicas devem
estar pautadas num cunho pedagógico e tais ferramentas devem ser utilizadas, de
forma adequada e acima de tudo respeitando e valorizando valores éticos da
sociedade vigente. No contexto de uma sociedade tecnológica, a educação exige
uma abordagem diferenciada. É imprescindível que os educadores percebam a
necessidade de se apropriarem das novas tecnologias de forma crítica, criativa e
construtiva. Neste contexto, o professor, para assumir novas tarefas e
responsabilidades, deve possuir novos conhecimentos, comportamentos e atitudes
que modifiquem sua prática pedagógica.
4.3 A USABILIDADE DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA EM MARAPANIM
A informatização da escola pública brasileira ainda é bastante precária e
revela o tamanho do nosso abismo digital. No Município de Marapanim este fato
ainda é peculiar, visto que em nossas escolas, os recursos para se ministrar uma
boa aula ainda é precário. Antes de falar sobre os laboratórios de informática e sua
44
importância para o processo de ensino, convém aqui destacar que nas instituições
escolares marapanienses, a educação lúdica ainda está longe do ideal. A falta de
recursos didáticos dentro das escolas ainda é precário, muitas vezes para o docente
melhorar sua metodologia precisa gastar seus próprios recursos financeiros na
aquisição de materiais didáticos desde simples papel aos recursos mais caros como
caixa acústica ou Datashow. Na ocasião de festejos, muitas tem que viver de
empréstimos de outras. Do mesmo modo, acontece com os professores para
oferecer uma aula mais dinamizada e prazerosa. Reluta-se em comentar que
quando se fala em fazer educação, vários atores devem cumprir seus papéis.
Todavia, quando um ou mais atores envolvidos neste processo deixa a desejar no
cumprimento de sua função, a educação se torna deficiente, causando assim
desnivelamentos locais e sucessivamente, relativos a outros municípios em nosso
estado, globalmente falando.
Observou-se em nas vivencias no âmbito municipal que os investimentos em
recursos tecnológicos são poucos, pois a maioria das instituições escolares não tem
laboratórios de informática. Marapanim atualmente é um município com
aproximadamente 28.000 habitantes e atualmente possui 63 escolas sendo
subdivididas entre 54 escolas de Ensino Fundamental, 38 delas também funcionam
como anexo a educação infantil, 02 de Ensino Médio somente e 07 escolas são de
educação infantil. Das escolas relacionadas a maioria não tem laboratório de
informática. As pesquisas realizadas mostraram que aproximadamente 08% das
instituições escolares tem laboratório de informática e destes 04% dispõe da
conectividade com a rede de internet. A seguir, a figura abaixo mostra essas
proporções relativas ao percentual das instituições de ensino constituídas de
laboratórios de informática e acesso à internet no Município de Marapanim.
45
Figura 06 ─ Percentual de Laboratórios de informática nas escolas da Região marapaniense Fonte: arquivo dos autores
Tais informações foram comprovadas ao obter-se o documento que mostra a
relação das escolas do Município de Marapanim, bem como as que tem laboratório
de informática e quais destes tem conexão à internet. Observou-se também que em
plena sede municipal os laboratórios de informática com uma infraestrutura
inadequada ergonomicamente e com equipamentos deteriorados, fazendo com que
estes não sejam atrativos para os envolvidos no processo de ensino aprendizagem.
Isto é, para os professores, bem como para os discentes. Todavia, em pleno século
vigente em um município desse porte, muito se falta para a obtenção de uma
educação qualitativa.
Sabe-se que é importantíssimo na sociedade do conhecimento o contato dos
alunos com os recursos tecnológicos na escola, afim de que estes possam
“aprender a aprender” as funções e a usabilidade responsável destas tecnologias.
Fora da escola, os alunos já manuseiam estas ferramentas, mesmo que de forma
errônea e na hora do estudo acabam perdendo este meio tão poderoso como
recurso didático-metodológico para o ensino nas diversas disciplinas do currículo do
aluno.
Segundo Lucena:
A inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, com ênfase no computador conectado à internet, torna-se
46
fundamental, uma vez os alunos já exploraram no cotidiano as inúmeras possibilidades disponibilizadas e tudo o que elas representam em termos de potências para a produção e veiculação do conhecimento bem como de outras facilidades relacionadas à vida/trabalho. (LUCENA, 2003, p. 238).
Independente das instituições de ensino, os computadores e a internet
fazem parte do ambiente das crianças e jovens e estes, fascinam-se sobre estes
recursos naturalmente. Sendo assim, muitos conflitos advém destas disparidades
entre professores e alunos nos dias de hoje, visto que, grande parte dos docentes
são oriundos de uma geração onde não havia computadores. Isto é, como falou-se
anteriormente, são imigrantes tecnológicos, já os alunos são nativos tecnológicos.
Nestes conflitos surge o grande desafio de estar-se aperfeiçoando profissionalmente
para a obtenção de atingir um grau de igualdade aos nossos alunos e prontos para
mediá-los em seu processo de conhecimento.
No contexto de Marapanim o que se observa é: os coordenadores de
laboratórios em sua maioria não são capacitados o suficiente para atender as
especificações pedagógicas adequadas a atender a minoria de professores que
tentam usar o laboratório. Estes erroneamente são colocados nestes ambientes por
indicação política. Para o profissional exercer sua profissão em um laboratório de
informática deverá ter no mínimo uma formação pedagógica, experiência em sala de
aula. Deve ter atenção no trabalho de conhecer a potencialidade dos recursos de
hardware e softwares presentes, aliando as atividades dos professores. Entretanto,
falando de professores, estes por sua vez, são minorias nos laboratórios de
informática, alguns tem aversão a elas e a maioria por não serem nativos digitais
estão longe de orientarem seus alunos ao uso da informática, a fim de enriquecer os
saberes que estes trazem de casa. O papel fundamental do docente relatado nos
capítulos anteriores é de facilitar mediando as informações entre os discentes e os
conhecimentos científicos.
Conhecer para poder mediar é importante para todos os envolvidos no
âmbito escolar. Logo é bom entender que, o computador dentro dos espaços de um
laboratório de informática nas instituições de ensino são propagadores de
conhecimento, cabendo este assumir vários papéis nesse processo. Segundo
47
Lutterodt, Sarah e Austin Gilbert (1982):
1. Computador como tutor - programas que pretendem instruir e guiar o aluno na sua aprendizagem ou processos de pensamento.
2. Computador como instrumento - o aluno usa as aplicações do computador e manipula a informação.
3. Computador como aprendiz - o aluno ensina (programa) o computador.
4. Computador como elemento de consulta - permite uma pesquisa sobre determinados temas. O computador não é um mero substituto do professor, mas uma ferramenta de trabalho, para ser utilizado tanto quanto possível pelo próprio aluno. (LUTTERODT, SARAH e AUSTIN GILBERT, 1982, p. 15).
Compreende-se, através das ideias dos autores citados que, é fundamental
desenvolver desde muito cedo, as capacidades investigativas nos “pequenos
aprendizes” na era digital. Faze-los procurar a informação pretendida, selecioná-la,
interpretá-la, orientar o seu processamento, avaliar os respectivos resultados. Deste
modo a arte da pesquisa ganha significado passando também a verdadeira
compreensão dimensional do computador como ferramenta comunicativa.
Para Veiga (2001):
É preciso evoluir para se progredir, e a aplicação da informática desenvolve os assuntos com metodologias alternativa, o que muitas vezes auxilia o processo de aprendizagem. O papel dos professores não é apenas o de transmitir informações, é o de facilitar, mediador da construção do conhecimento. Então, o computador passa a ser o “aliado” do professor na aprendizagem, propiciando transformações no ambiente de aprender e questionando as formas de ensinar. (VEIGA 2001, P. 2)
De acordo com a opinião da autora estamos também compartilhando esta
ideia acima, pois entende-se que é erradíssimo pensar que somente os professores
são detentos de sabedoria e que nossos educandos são páginas em branco, mas ao
contrário, nossas crianças dessa geração digital desde o ventre materno adquirem
saberes necessários a sua sobrevivência nas primeiras etapas vitais. Desta maneira,
perpassa o ato de educar. O docente deve se apropriar dos assuntos que interessam
as crianças ou jovens e observar ali um potencial a ser explorado e se na escola
estiver presente um laboratório de informática, fazer com que o computador se torne
um aliado as tecnologias e cabendo o próprio docente ser o mediador do processo
neste ambiente. Isto é, aquele que facilita tal processo, aguçando e estimulando e
48
criando situações problemas, a fim de proporcionar o grande momento do educando
em naturalmente reter saberes importantíssimos em sua aprendizagem.
Vários Softwares educativos tornam viáveis e diversificam a introdução de
diversos recursos tecnológicos, que valorizam sobre tudo a importância de se
realizar atividades pedagógicas eficazes, de forma interdisciplinar. Todavia, há
softwares que muitas vezes não satisfazem os docentes plenamente. Pois podem
apresentar conteúdos difíceis de acesso, não são agradáveis, sem estimular a
curiosidade e outros aspectos cognitivos, mesmo possuindo muitas mídias como
textos, sons, vídeos e etc. Entretanto, para dispor aos discentes os melhores
softwares educativos, sites educativos e outros recursos a partir do BrOffice por
exemplo ao aplicar as atividades escolares, requer conhecimentos mais específicos
dos docentes relativo aos recursos tecnológicos, a fim de criticamente fazer suas
análises sistêmica acerca das melhores ferramentas educacionais para serem
manipuladas pelos alunos. A pesquisa tem seu papel fundamental neste aspecto.
Uma vez que pesquisa e ensino são indissociáveis.
Não podemos fugir da realidade de que a que a tecnologia veio pra ficar, e
hoje ocupa um espaço abrangente e consiste em toda esfera do contexto social das
pessoas, empresas, governos e bem como em várias escolas do país. Pois a cada
dia aumenta a urgência de que a sociedade possa acompanhar e se adequar a
todos os avanços tecnológicos para não ficarmos alheios as informações que estão
sendo massificadas cada vez mais em um processo acelerado de conhecimento de
diferentes ângulos do saber.
49
5. ANÁLISES DOS DADOS COLETADOS NA PESQUISA: AVALIANDO OS
RESULTADOS DA PESQUISA
Oportunizando uma melhor compreensão sobre os dados coletados nas
indagações e sondagens realizadas com estudantes com idades e grau de
escolaridade diferentes, referentes à usabilidade dos recursos tecnológicos no
Município de Marapanim, serão apresentados o modelo de questionário usados
pelos pesquisadores, bem como a lista de instituições escolares municipal
mostrando a disponibilidade de laboratórios existentes na mesmas como apêndice
deste documento, afim de que se possam estabelecer como parâmetros
comparativos, interpretativos e qualitativos tais dados obtidos na referida coleta.
Assim, pode-se esclarecer que realizou-se uma pesquisa caracterizada como
exploratória, com aspectos qualitativos, uma vez que os dados apresentados são
analisados de forma contextual no âmbito onde os envolvidos estão inseridos. Os
aspectos qualitativos e quantitativos são importantes na construção das
interpretações realizadas, fornecendo assim uma maior convergência dos resultados
obtidos. Neste contexto, sabe-se que a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa
se conectam, formam um elo. Isto é, ambas tem suas características importantes,
onde claramente percebe-se que os dados coletados não falam por si próprio, ainda
que sejam processados cuidadosamente não há quantificação sem qualificação.
A utilização da pesquisa bibliográfica, utilizando a análise de documentos foi
interessante para se aplicar questionário ao público pesquisado. Para esclarecer a
contribuição de ambas as estratégias, bibliográfica e documental, apontamos os
esclarecimentos de Sá-Silva (et. al, 2009) que as mesmas, são estratégias de coleta
de dados nas quais temos:
Normalmente, as pesquisas possuem duas categorias de estratégias de coleta de dados: a primeira refere-se ao local onde os dados são coletados (estratégia-local) e, neste item, há duas possibilidades: campo ou laboratório. [...] A segunda estratégia refere-se à fonte dos dados: documental ou campo. Sempre que uma pesquisa se utiliza apenas de fontes documentais (livros, revistas, documentos legais, arquivos em mídia eletrônica, diz-se que a pesquisa possui estratégia documental (ver pesquisa bibliográfica). Quando a pesquisa não se restringe à utilização de documentos, mas também se utiliza de sujeitos (humanos ou não), diz-se que a pesquisa possui estratégia de campo (APPOLINÁRIO, 2009).
A partir das ideias do autores, nota-se que as etapas de estudos dos
documentos para compreender certos fenômenos é um auxílio importante. Caberá
50
interpretá-los, sintetizar as informações, apontar tendências e realizar interferências
se possíveis como os referidos autores mencionam acima
A pesquisa realizada aconteceu no âmbito municipal de Marapanim com 18
indivíduos, onde constava no questionário dado, 12 perguntas contendo questões de
múltipla escolha acerca de como os estudantes usufruem ou não dos recursos
tecnológicos em seu cotidiano seja no seio familiar como também no seio escolar.
Trata-se de contextualizar seu cotidiano intra e extra escolar com os recursos
tecnológicos diversos e como estes exercem seu perfil como usuário de tais
ferramentas.
5.1 O PERFIL DOS ENTREVISTADOS
Para elaboração de um perfil dos entrevistados foram considerados os
dados de idade e nível de escolaridade dos mesmos. Neste contexto, procurou-se
manter um ambiente sigiloso relativo a identificação do público alvo participantes
desta pesquisa, a fim de se sentissem mais à vontade ou espontâneos para auxiliar
os pesquisadores na ação de responder aos questionamentos. A postura adotada foi
esclarecida no momento da interação com os discentes na entrega do questionário,
que esclarece os objetivos da pesquisa e suas implicações. Notou-se que o público
alvo interessou-se bastante ao assunto estabelecido ao se discutir sobre as
tecnologias e a importância da usabilidade das mesmas no meio social. Embora os
entrevistados terminarem de executar as atividades propostas pelos investigadores,
criou-se um ambiente bastante interativo, as discussões aconteciam fluentemente e
compreendia-se como a cada momento o público alvo estava familiarizado tanto em
comentar sobre o assunto como manipula-los através de redes sociais. Isso reforçou
ainda mais nossas expectativas acerca dos problemas enfrentados por todos dentro
do campo educativo ao abordarmos as novas mídias neste cenário.
Na execução da atividade proposta observou-se de maneira geral, 28% dos
entrevistados estão na faixa etária de 10 a 14 anos, já a faixa etária de 15 a 18 anos,
tiveram o percentual (39%). Outros 33% estão representados pelos entrevistados
cuja idade varia entre 19 a 21 anos como pode-se verificar na figura abaixo.
51
Figura 7 ─ Faixa Etária dos Entrevistados(18) Fonte: arquivos dos autores
A faixa etária mostrada na ilustração acima mostra a intenção dos
pesquisadores em destacar que muitos dos problemas relatados anteriormente
perpassa-se por vários níveis de idade dos discentes ao falar-se do uso dos
recursos tecnológicos nas instituições escolares. Todavia, desde o nível infantil deve-
se ter o contato com o computador como ferramenta pedagógica auxiliando nas
atividades inerentes ao nível de escolaridades de cada indivíduo. Entretanto, o
próprio profissional educador deve ter essa compreensão dimensional de ministrar
aulas através de novas abordagens significativas num âmbito de construir o
conhecimento e não transferi-lo ao sujeito deste processo.
Nesta linhagem de pensamento, procurou-se analisar o grau de escolaridade
de alguns discentes marapanienses, como estavam vivenciando suas práticas como
estudantes na era digital, bem como os reflexos das tecnologias no seio familiar e
escolar. Quanto ao nível de escolaridade, percebe-se conforme representado na
figura 08, que 77% dos entrevistados estão no Ensino Fundamental, 23% são
estudantes do Ensino Médio.
52
Figura 8 ─ Nível de Escolaridade dos Entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
A figura mostrada destaca que foi realizada a entrevista com a maior parte
de estudantes inseridos no Ensino Fundamental. Estes alunos encontram-se em
diferentes séries realçando mais intensamente as particularidades de cada turma,
como aprendem, como os docentes inserem as novas mídias aos mesmos nas
atividades propostas e como estes aliam os recursos que tanto apreciam presentes
no cotidiano nas atividades escolares. Desta forma, ficou mais evidente que embora
estejam em níveis de escolaridade diferentes, os alunos convivem com muitos
paradigmas clássicos por parte dos seus professores, bem como paradigmas
emergentes nas próprias instituições de ensino por parte dos mesmos na utilização
dos recursos tecnológicos.
5.2 INTERPRETANDO OS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS
As abordagens realizadas com o respectivo público alvo aconteceu entre os
dias 20 e 30 do mês de junho de 2014. De acordo com as informações obtidas pode-
se observar alguns aspectos importantes relacionados à proposta de análise
delineada neste estudo.
Ficou evidenciado através dos questionamentos que, a maior parte dos
entrevistados tem acesso aos computadores em residências. Segundo a pesquisa,
ao responderem a pergunta referente ao acesso dos computadores em casa, 61%
53
dos estudantes disseram ter contra 39% dos outros que não possuem. A figura 09
retrata abaixo tais dados coletados:
Figura 9 ─ O uso de computadores em residências pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Muitos estudantes utilizam os recursos tecnológicos em seu cotidiano
familiar, pois como comprovado pela pesquisa e mostrado na figura acima, os jovens
precisam estar em constantes interações com pessoas de seu âmbito cultural para
trocarem informações diversificadas. Sabe-se que a família é a ponte norteadora
para se obter os primeiros contatos com o mundo exterior e por que não
compreender que tal educação tecnológica necessita tramitar-se no seio familiar.
Ao se manifestarem sobre a frequência da usabilidade dos computadores
como auxilio nas atividades escolares em casa, 39% responderam que usam
frequentemente, 33% raramente, 17% nunca usam e 11% sempre usufruem desta
ferramenta. Destaca-se novamente a necessidade de comunicação que os jovens
estudantes possuem através das tecnologias para o exercício de variadas
atividades. Desde a mais simples a mais complexas. A ilustração abaixo mostra esta
realidade no Município de Marapanim.
54
Figura 10 ─ O auxílio dos computadores nas atividades escolares dos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Segundo Valente (1993, p. 25) afirma que “os computadores estão
propiciando uma verdadeira revolução no processo de ensino-aprendizagem”. Esta é
a realidade, pois a presença do computador está cada vez mais ativa em nossas
vidas inclusive na educação. Assim, como observado na ilustração acima e as ideias
do autor, há certa harmonia. Todavia as tecnologias através do uso do computador
insere-se em nosso meio sócio político cultural. Desta forma é necessário a
utilização desta ferramenta e seus inúmeros recursos como meio auxiliador no
processo de ensino. Ao falar em processo de ensino, não se pode esquecer que
segundo a pesquisa 17% dos entrevistados não utilizam o computador para o
exercício das atividades cotidianas. Isso lembra, que ainda aborda entre o meio
cultural no qual vive-se o paradigma de inclusão social e digital, uma vez que para
se estar verdadeiramente incluso digitalmente, deve-se levar em conta esses dois
fatores elementares.
A exclusão digital é representada pelo grande número de pessoas sem
acesso às mais diversas tecnologias de informação, à internet e sem acesso aos
serviços que ela proporciona. Todavia em pleno século corrente essa exclusão digital
perpassa-se tanto fora quanto dentro das escolas marapanienses, através de
práticas excludentes por vários setores da sociedade.
55
Ainda a questão do uso do computador, apontou-se que os recursos mais
utilizados pelos entrevistados são a internet com 72%, para digitar atividades 17% e
jogar 22%. Observe a figura a seguir:
Figura 11 ─ Os recursos mais utilizados pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
A inserção avassaladora de novas tecnologias como vias de informação,
bem como o rápido desenvolvimento e implantação das mesmas no processamento
da informação nos sistemas de comunicação têm cada vez repercussão social,
logicamente, tal repercussão adentra-se no mundo da educação. Entretanto, as
inovações em educação costumam ser adotadas em ritmo muito lento, a ponto de se
constatar algumas vezes, dispositivos multimídia desaparecendo do mercado,
substituídos por outros, enquanto que no mundo da educação ainda se está
discutindo a sua possível incorporação como meios didáticos. Como mostrado na
figura 11, acima, grande parte dos estudantes preferem viver conectados à rede
mundial de computadores (internet) e outra parte usam o computador para jogarem
através de softwares instalados ou virtualmente através da rede. A discussão aqui
sugerida é como fazer a interação desta vivencia cotidiana a vida escolar dos
discentes? Como a escola se comporta frente a essa realidade? Como relatado
anteriormente, a escola enquanto manipula meios midiáticos, muitos modelos destes
já caíram em desuso no mercado. Vale ressaltar aqui por exemplo os computadores
de muitos laboratórios de informática no Município de Marapanim, no qual possuem
56
máquinas com modelos arcaicos esteticamente dizendo. Assim, ocorre uma
contradição do novo neste cenário social, principalmente para o público jovial que
vivem imergido neste mundo de novidades.
É interessante perceber que a pesquisa reforçou a questão do acesso aos
computadores, uma vez que, mostra que o local onde os estudantes tem mais
acesso é em casa com 50%. Em lan house e 33%, na escola 11% e 06% disseram
ter o acesso somente na casa dos amigos. Esta vertente pode ser observada a partir
da figura abaixo:
Figura 12 ─ Locais de acessibilidade dos computadores pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
A partir das observações realizadas percebe-se que no seio familiar os
estudantes possuem o acesso ao computador inicialmente em residências. Segundo
os mesmos quando não é possível o acesso nas comunidades adjacentes a sede
municipal, os mesmos procuram outros meios como os próprios cursos de
informática e lan houses principalmente para se conectarem com outros entes
através das redes sociais. Todavia, problematizando a usabilidade dos recursos
tecnológicos nas escolas, esta por sua vez, deixa esse acesso longe da realidade
dos alunos como verifica-se observando o gráfico a cima dado.
O acesso à internet pelos entrevistados também foi verificado. Os discentes
apontaram estar conectados algumas vezes na semana com 45%, já o acesso todos
os dias chegaram 33% e o acesso raramente foi de 22% por parte dos alunos.
57
Figura 13 ─ Frequência de acessibilidade a internet pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
O Município de Marapanim, mesmo com todas suas dificuldades estruturais
para se obter boa sinalização para se navegar na rede mundial de computadores,
seus habitantes e suas dificuldades de locomoção das comunidades mais
longínquas e sabendo que se trata de um município íngreme, possui estudantes
interessados em transpor as barreiras físicas no que tange a cybercultura. Observa-
se jovens comunicando-se com pessoas de outras regiões em qualquer horário do
dia. No entanto, devido diversas circunstancias dificultantes encontradas, a maioria
dos estudantes entrevistados mostraram-se estar em constantes conexões
semanalmente. Vale ressaltar que a maioria dos entrevistados encontra-se próximo
à sede municipal, onde a conectividade é mais otimizada, onde situa-se as mínimas
escolas com laboratórios de informática com disponibilidade de conexão com a
internet.
A minoria destes jovens que raramente tem o acesso à internet reside em
locais mais afastados do centro. A sinalização é mínima para a telefonia e outras
mídias. Pode-se compreender que até mesmo para manipular os recursos advindos
do computador é um obstáculo a mais, pois as instituições escolares que por lá
situa-se tem suas dificuldades estruturais e não possuem laboratórios de informática
deixando esta de ser um refúgio para os estudantes potencializarem suas
habilidades aos conhecimentos de informática e experimentarem novas
metodologias no âmbito da escola.
58
Adentrando a pesquisa para o centro de Marapanim, os jovens estudantes
ao estarem navegando em plena rede, revelaram que costumam acessar os sites de
relacionamentos (Facebook, Orkut, MySpace, Twytter) com mais intensidade (73%),
já os sites de busca como por exemplo o Google tiveram a preferência de 22% e
05% acessam somente jogos. A figura abaixo mostra essa relação do acesso dos
entrevistados com as diversas ferramentas que a internet dispõe:
Figura 14 ─ Acessos na rede pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Relativo à internet, não podemos negar que ela permite-nos trocar inform
ações de forma conveniente e veloz, ter acesso a assuntos diversos, obtém-se
atualizações constantes sobre temas interessantes em várias áreas do
conhecimento, pode-se estudar a distância individualmente ou até mesmo
coletivamente, independente de distâncias geográficas e até mesmo prestar serviços
de um lugar para o outro traduzindo e transferindo dados entre máquinas localizadas
em qualquer lugar. Nesta linha de pensamento e sinalizando para o gráfico acima,
pode-se notar a grande utilidade da internet no contexto social dos seres humanos
desde a prestação de atividades financeiras como para o pleno exercício de
atividades afetivas como por exemplo as redes sociais destacadas pela maioria dos
estudantes entrevistados durante a pesquisa realizada em Marapanim. A maioria
esmagadora relatou que usam os momentos oportunos de acesso à rede para a
aquisição de realização de novos relacionamentos. Isto é, preferem estar em
constante interação com pessoas desde parentes mais próximos a pessoas mais
59
distantes em novos relacionamentos. Como diz Pierre Levy são jovens que
experimentam a comunicação por mundos virtuais é, portanto, em certo sentido,
mais interativa que a comunicação telefônica, uma vez que implica, na mensagem,
tanto a imagem da pessoa como a da situação, que são quase sempre aquilo que
está em jogo na comunicação. Logo, procura-se na rede pessoas semelhantes, cada
um busca a sua "turma"; procura pessoas que tenham mesmas preferencias,
valores, expectativas parecidas, bem como pessoas fisicamente próximas e
distantes, conhecidas e desconhecidas.
Aos modelos de algumas mídias portáteis que os alunos costumam utilizar
para transportar informações, o pen drive foi o mais usado com 44% dos jovens.
35% utilizam o DVD e 21% usam o CD somente. Assim os jovens acabam aderindo
muito rapidamente aos novos formatos midiáticos criados pelo mercado. A figura
abaixo remete claramente estes dados:
Figura 15 ─ Mídias mais utilizadas pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Atualmente existem muitos meios de se transportar informações por
dispositivos móveis. Observando a realidade local, os jovens estudantes
demostraram através da pesquisa que o pendrive ainda é o meio que mais utilizam
para transportar suas informações, mostrando que estão em sintonia com o que há
de moderno no mercado tecnológico.
60
Ao serem perguntados se é importante o uso dos computadores para
obterem um melhor auxilio no processo de aprendizagem escolar, estes se
mostraram seguros e unanimes ao responderem 100%, que certamente o
computador tem um papel fundamental para eles no campo educacional.
Quando se fala da usabilidade dos recursos tecnológicos simples aos mais
complexos nas instituições escolares, nota-se que muitos professores se assustam e
murmuram pelos cantinhos das escolas. Logicamente, isso acaba sendo normal,
pois sabe-se que a maioria dos docentes não dominam os conhecimentos em
informática básica e nem sabe utilizá-los como método facilitador nas suas
atividades pedagógicas. Nas escolas, por outro lado, a dificuldade de manutenção e
o “alto valor destas máquinas” faz com que sejam vistas como “bicho papão”. Elas
existem, mas estão guardadas em local seguro, geralmente cobertas e de difícil
acesso para serem removidas para as salas de aula ou laboratório. Em alguns
casos, há escolas que tem o espaço, mas até hoje o computador não chegou as
mesmas. Os alunos convivem com estes recursos mais facilmente, favorece seu
aprendizado, pois mesmo que as vezes de forma irresponsável ocorra seu uso e
sem os mesmos perceberem, várias habilidades são obtidas pelos mesmos ao
entrarem em contato com esses recursos. Entra neste campo minado a
interatividade entre professores e alunos.
No que tange o ambiente de um laboratório de informática nas instituições
escolares, bem como estrutura para sua utilização, os discentes relataram que nas
escolas onde estudam, há laboratórios de informática e seu uso torna-se frequente
(11%). Outros 39% disseram não ter e 50% disseram ter, mas com o acesso restrito.
Destacou-se anteriormente que muitas instituições escolares possuem
computadores, muitos deles já estão quase em desuso por não ter em seu âmbito
profissionais qualificados para o pleno exercício das funções que visam sua
utilização. O problema começa desde a gestão em inserir aos poucos tais recursos e
sem estrutura para a manutenção. Por outro lado, há os docentes que muitas vezes
são “tecnófobos”. Isto é, tem receio em usufruir dos bens tecnológicos e alunos que
muitas vezes não valorizam esse bem e distraem-se em querer somente jogar e
estar em sites de relacionamento na hora das atividades escolares. Observe a figura
abaixo:
61
Figura 16 ─ Laboratórios de informática e frequência de acessibilidade pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Vale ressaltar que trata-se de discentes que estudam na sede municipal,
onde o número de escolas são mínimas relacionadas com as instituições de ensino
das comunidades adjacentes e os entrevistados são alunos do ensino fundamental
maior ao médio. Observou–se desta forma que geralmente a informática educativa e
suas implicações no seio municipal ocorre em passos lentos e desigual. As
disparidades são alarmantes, contradizendo os ideais de educação com qualidade
neste cenário contemporâneo. Educar é uma ação democrática sistemicamente
falando. Ela deve abranger as necessidades dos sujeitos que a ela inserem-se.
Por essa razão, Fernandes (1966) afirma que “[...] o que assistimos, de fato,
foi a formação de um sistema escolar que se funda, formalmente, em valores
democráticos, mas funciona, na prática, segundo interesses e acomodações
variavelmente pré ou antidemocráticos”. Logo, tem-se a percepção de um paradigma
emergente a ser superado em pleno centro municipal no âmbito educacional.
Relativo ainda ao laboratório de informática nas escolas, perguntou-se aos
alunos como estes avaliam este ambiente. 45% responderam que é regular, bom
33%, mas 22% opinaram por ruim. A ilustração mostra claramente esta relação
tratando-se de avaliar os laboratórios de informática em Marapanim
62
Figura 17 ─ Avaliação dos laboratórios de informática pelos entrevistados
Fonte: arquivos dos autores
Finalizando a pesquisa comentamos com os alunos sobre seus
conhecimentos acerca de jogos ou softwares educativos e estes responderam que
desconhecem (83%). Outros 17% opinaram por conhecer. Observa-se na figura
abaixo tais dados:
Figura 18 ─ conhecimento dos entrevistados relativo a jogos ou softwares educativos
Fonte: arquivos dos autores
Conforme mostrado na figura abaixo, nota-se claramente, que pela falta de
recursos computacionais nas escolas marapanienses, estrutura para a devida
manutenção das mínimas máquinas existentes, bem como as posturas tradicionais
63
de muitos profissionais que exercem suas atividades no campo educacional,
colaboram para o desconhecimento dos alunos ao que diz respeito os softwares
educacionais existentes nos aplicativos presentes no Sistema Operacional
GNU/Linux. Pois, sabe-se que atualmente já torna-se disponível diversos softwares
educacionais que auxiliam o professor dando-lhes suporte na arte de ministrar aulas
mais otimizadas dentro do contexto em que vivem os discentes.
5.3 RESULTADOS
Entende-se que no cenário atual educativo, as tecnologias não substituem o
professor, porém ocorrem muitas mudanças ao se tratar das funcionalidades dos
mesmos. Isto é, o educador transforma-se agora no estimulador da curiosidade do
aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante.
Ele terá subsídios através dos recursos computacionais na hora de passar
informações. Todavia, tais informações estão disponíveis nos bancos de dados,
livros, vídeos, por meio dos aplicativos do computador. O professor desta forma
deverá posteriormente, coordenar o processo de apresentação dos resultados pelos
alunos. O questionamento, a contextualização dos dados apresentados dar-se-á,
transformando as informações em conhecimento e conhecimento em saber.
Neste contexto, convém destacar que as tecnologias permitem um novo
encantamento na escola. Por meio da ação de pesquisar transcendendo seus muros
e permitindo que os discentes usem a dialógica e pesquisem com outros alunos da
mesma cidade, país ou do exterior, no seu próprio ritmo pela rede ou pelos softwares
educacionais. Logo, no meio de tantas tecnologias sedutoras de apoio é possível
evoluir e comunicar-se, mesmo constatando em vários momentos o mau uso das
tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias no
âmbito municipal de Marapanim. Vale ressaltar, que os recursos tecnológicos
quando bem utilizadas, apresentam vários pontos positivos, aproxima o aluno com a
realidade, coloca o aluno em contato com o mundo entre outras funções. Portanto
podemos dizer que os recursos tecnológicos são de extrema importância para a
escola no processo de ensino aprendizagem colocando os alunos em contato com o
mundo.
Pode-se concluir que, embora na maioria das escolas marapanienses o
número de equipamentos seja ainda insuficiente para atender a todos os alunos, não
64
é só a carência de recursos materiais que explica a pouca e inadequada utilização
do computador, enquanto ferramenta ou recurso pedagógico nas atividades de
ensino-aprendizagem. O maior desafio diz respeito às dificuldades que os
educadores encontram em recorrer a estes recursos. Estes desafios ficam evidentes
quando observa-se nas instituições escolares uma tecnologia atual e sofisticada,
que poderia ampliar as possibilidades para uma prática pedagógica inovadora e que
não está sendo utilizada de forma eficiente. Este fato torna-se mais preocupante
porque nestas escolas públicas municipais, também, contam com carências de
outros recursos, como laboratórios para atividades de aulas práticas, bibliotecas
atualizadas, etc.
65
6. METODOLOGIAS DE USO DO BROFFICE
No cenário atual em que vive-se, a tecnologia digital caminha cada vez mais
adentrando todos os setores sociais, promove o desenvolvimento e benefícios para
os seres humanos. Os nativos digitais, indiscutivelmente, são os maiores agentes
digitais da contemporaneidade. Isto se dá, pelo fato da curiosidade natural, aliada à
necessidade de inserir-se no meio, fazendo-o usuário ativo dos meios digitais.
Contudo as instituições de ensino almejam superar o paradigma digital que os
cercam, bem como as dificuldades de aprendizado através dos recursos
tecnológicos que o computador traz. Todavia, é desafiador para a classe docente
testar metodologias eficientes que envolvam os jovens aprendizes aos conteúdos
apresentados na grade curricular ao se tratar dos recursos tecnológicos. Isto é,
consiste aos educadores em descobrirem as potencialidades que as tecnologias
trazem em seu bojo e a sua aplicabilidade em sala de aula. Ressalta-se que, o uso
das tecnologias de modo planejado, em ambientes escolares promovem de fato a
melhoria das condições para a aquisição e construção do conhecimento de forma
dinâmica e eficiente.
Assim, ao falar de novas formas metodológicas de ensino nas instituições
escolares, deve-se reportar que muitos teóricos preocupam-se com esta temática no
campo educativo na busca constante de qualidade. Nesta abordagem vale destacar
os estudos de Gasparin, que por sua vez fundamenta-se nas obras de Saviani,
percursor da Pedagogia Histórico-Crítica. Neste campo metodológico, defendem que
os discentes são os agentes emancipadores e o educador atua como mediador
defendendo a proposta pedagógica dialética, prática-teoria-prática. Neste aspecto,
Gasparin divide a nova didática em cinco passos, que tem como objetivo envolver o
educando na aprendizagem dos conteúdos propostos. Para o autor esses passos
seriam; a prática social inicial, a problematização, a instrumentalização, a catarse e a
prática social final.
O primeiro passo trata-se da prática social, onde os alunos são levados por
meio do mediador a um processo de sensibilização e mobilização. A atenção do
aluno deve ser explorada para que este perceba a relação do conteúdo ministrado e
sua vivencia cotidiana. Segundo Vasconsellos (1993, p.42), “o trabalho inicial do
educador é tornar o objeto em questão, objeto de conhecimento para aquele sujeito”.
66
Para o autor é importante sondar os alunos, descobrir sua “bagagem cultural” sobre
o assunto, respeitando o nível de saberes dos discentes, são fatores que
aproximam o aluno dos conteúdos escolares.
Nesta etapa, por conseguinte, pode ser trabalhado os recursos de busca nos
sites da web. Pois o mediador deve propor aos discentes no laboratório de
informática sites para que estes satisfaçam suas curiosidades sobre o tema dado.
Também como sugestão deve ser trabalhado o Broffice.org Writer para que os
mesmos possam criar suas pastas, a fim de guardarem os itens pesquisados
inicialmente. O Writer é um aplicativo editor de textos excelente nesta ocasião, pois
dispõe de características de editor de textos moderno e completo. Ele é simples o
bastante para se digitar um pequeno texto e, ao mesmo tempo, poderoso o
suficiente para se criar livros inteiros, incluindo diagramas, tabelas, índices,
referências cruzadas, esquemas complexos de numeração de parágrafos e páginas,
etc. A figura abaixo mostra a interface do aplicativo e suas respectivas ferramentas
de uso:
Figura 19 ─ Interface do aplicativo BrOffice.org Writer
Fonte: https://www.google.com.br
A problematização é o segundo passo metodológico que o autor destaca.
Trata-se do saber científico que o aluno percebe e onde o mesmo é provocado a ir
mais fundo neste saber. Segundo Gasparin (2002, p. 35): “A Problematização é um
elemento-chave na transição entre a prática e a teoria, isto é, entre o fazer cotidiano
67
e a cultura elaborada. É o momento em que se inicia o trabalho com o conteúdo
sistematizado”. Como proposta nesta etapa, os discentes podem analisar os vários
sites de busca, realizar as referidas leituras do que foi baixado da rede,
caracterizando este período como desafios, relativo às inúmeras informações e
questionamentos presentes.
Na terceira etapa refere-se ao processo de instrumentalização. O estudo, as
análises, os confrontos e aplicabilidades dos conteúdos ministrados são reforçados.
Segundo Gasparin (2002):
“Os educandos e o educador agem no sentido da efetiva elaboração interpessoal da aprendizagem, através da apresentação sistemática do conteúdo por parte do professor e por meio da ação intencional dos alunos de se apropriarem desse conhecimento” (GASPARIN, 2002, p. 51).
Os discentes nesta etapa importante do processo sistematizam os dados
coletados. Podem ir mais além do uso da internet e do aplicativo Writer,
sistematizando os dados e transformando em informações mais concretas. Para esta
fase torna-se importante o trabalho de conhecer o aplicativo Calc. É um software
aplicativo que consiste em uma planilha para realizar cálculos simples e complexos,
construir gráficos, controlar dados estatísticos, entre outros. Nele, o aluno desperta
seu interesse pela pesquisa, investigação e resolução de exercícios, construindo o
conhecimento matemático sobre o tema estudado. A figura a seguir mostra
claramente o Calc e suas ferramentas de trabalho:
Figura 20 ─ Interface do aplicativo BrOffice.org Calc
Fonte: https://www.google.com.br
68
O próximo passo é a catarse, que segundo Gasparin (2002):
“É a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola. É a expressão teórica dessa postura mental do aluno que evidencia a elaboração da totalidade concreta em grau intelectual mais elevado da compreensão. Significa, outrossim, a conclusão, o resumo que ele faz do conteúdo aprendido recentemente. É o novo ponto teórico de chegada; a manifestação do novo conceito adquirido” (GASPARIN, 2002, p128).
Na visão do autor pode-se evidenciar, que há uma retrospectiva de tudo o
que os discentes aprenderam, uma espécie de resumo. O aluno após uma análise
mais crítica poderá corrigir o que entender que seja pertinente em sua produção
individualmente ou em grupo. Os recursos de informática são importantes, uma vez
que permitirá que o aluno se torne ágil nas correções. Assim, o mesmo estará
potencializando ainda mais seus saberes ou reaprendendo-o.
Ao falar de sintetizar o que foi aprendido, a usabilidade do software
aplicativo Impress torna-se útil, pois como sabe-se, este aplicativo permite a
liberdade para criação de apresentações por meio de slides contendo textos,
imagens e outros efeitos visuais e sonoros. Logo, acredita-se que este aplicativo
auxilie bastante o professores e discentes. Este último desde cedo em
apresentações nos seminários, mostrando a síntese de suas produções escolares. A
figura abaixo mostra a interface do aplicativo e seus recursos frontais:
Figura 21 ─ Interface do aplicativo BrOffice.org Impress
Fonte: https://www.google.com.br
69
Finalizando as etapas o autor destaca a pratica social final. Nesta fase
referencia-se um novo olhar crítico do aluno. Uma nova postura de perceber como
se relaciona as produções realizadas no âmbito escolar com seu cotidiano social. É
o conhecimento científico auxiliando a transformar o modo de vida de cada pessoa,
oportunidade para comparar os conhecimentos anteriores aos posteriores.
Gasparin afirma que (2002):
“Professor e alunos modificam-se intelectualmente e qualitativamente em relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estágio de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e compreensão dessa mesma concepção dentro da totalidade. Há, portanto, um novo posicionamento perante a prática social do conteúdo que foi adquirido. Todavia, esse processo de compreensão do conteúdo ainda não se concretizou como prática. Esta exige uma ação real do sujeito que aprendeu, requer uma aplicação” (GASPARIN, 2002, pp. 143, 144).
Inserido nas etapas abordadas fica visível os passos a serem dados para se
estabelecer uma metodologia dentro do laboratório de informática utilizando os
recursos que o Sistema Operacional GNU/Linux dispõe, através de seus inúmeros
softwares aplicativos. Principalmente o Writer, o Calc e o Impress na hora de
sintetizar os conteúdos ministrados durante as aulas, conforme o esquema abaixo:
Figura 22 ─ Aplicativos do BrOffice.org
Fonte: Arquivos dos autores
70
Nesta visão holística, a nova pedagogia (histórico-crítica) apresenta
inovações na forma de ensinar: os alunos desenvolvem suas atividades em grupos,
o educador é o mediador do processo. Está sempre entre os grupos auxiliando nas
dúvidas coletivas ou individuais, a atenção do aluno não está centrada somente ao
professor, mas também no grupo ou no recurso tecnológico através do computador
que se utiliza no momento, o laboratório de informática, com as máquinas
distribuídas alternadamente favorecem o trabalho coletivo, facilitando a troca de
informações entre os discentes e promovendo o atendimento individual, para
esclarecer as possíveis dúvidas.
“A responsabilidade do professor aumentou, assim como a do aluno. Ambos
são coautores do processo ensino-aprendizagem. Juntos devem descobrir a que
servem os conteúdos científicos propostos pela escola” (GASPARIN, 2002, p. 02).
Nesta lógica, uma boa escola precisa de docentes mediadores de processos
de aprendizagem vivos, criativos, experimentadores, presenciais-virtuais. De
professores menos “falantes”, mais orientadores; de menos aulas informativas e
mais atividades de pesquisa, experimentação, desafios projetos. Para isso,
fundamental é o trabalho emocional. Isto é, a interatividade, o aceitar, o motivar, a
afetividade que Vygotsky e Wallon destacam com bastante clareza no processo de
ensino. Trabalho este que dê suporte emocional para que os alunos acreditem em si,
sejam autônomos, aprendam a analisar situações complexas e a fazer escolhas
cada vez mais libertadoras.
Almejando a quebra de muitos paradigmas emergentes que circundam o
campo educativo, assimilar os novos recursos tecnológicos não é apenas uma
escolha pedagógica, mas uma imposição necessária para a sobrevivência social.
Por fim, é preciso que as instituições de ensino tenham a sensibilidade de
compreender que vive-se uma transição decorrente da revolução tecnológica sem
passos para um retrocesso dela no meio sócio político cultural.
71
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste documento, observou-se que muitos esforços para se ter a
democratização tecnológica nos diversos setores sociais estão ocorrendo por parte
do governo. Vale ressaltar continuamente que, inicialmente esta democratização
perpassa pela introdução dos softwares livres desde órgãos governamentais, nas
diversas empresas comerciais e nas instituições escolares. O software livre tem um
importante papel no processo de inclusão digital de uma sociedade e comentando
sobre a escola, esta avança a passos lentos, mas se tratando de Brasil, sabe-se que
a política sistemática que vive-se, a prioridade mais importante parece não ser a
educação. Nota-se que ao falar em tecnologia e políticas públicas este setor
educativo precisa muito de reformas tecnológicas, reformas na postura de seus
profissionais na questão da formação continuada e outros aspectos. Nas escolas de
Marapanim muito tende a ser realizado para a obtenção de uma educação
qualitativa.
As informações não estão centradas somente no seio escolar como era tido
antigamente, principalmente por princípios tradicionais de ensino. Mas sim, elas
advém de vários lugares momentaneamente, principalmente pela mídia. Porém,
compreende-se que tais informações não é tudo, é preciso um espaço em que elas
sejam organizadas e discutidas. A escola deve ser esse espaço. Um espaço onde
alunos e professores compartilhem as diferentes informações e experiências vividas.
Para isso acontecer, as instituições escolares necessitam estar bem estruturadas
fisicamente e humanamente por meio de seus docentes. As tecnologias e os
laboratórios de informática devem ser uma válvula de escape para que nossos
alunos cresçam e superem a exclusão digital. Os docentes e discentes podem sim,
através do uso do GNU/Linux, experimentar novos formatos metodológicos de
aprendizagem significativa como Gasparin e Saviani destacam.
72
REFERENCIAS
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75
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Software Livre dos Brasileiros: BrOffice.org. Disponível em: httpscholar.google.com.brscholarhl=pt-BR&q=APLICATIVO+BROFFICE&btnG=&lr=. Acesso em: 08 de julho de 2014.
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76
APÊNDICE A – Questionário para alunos
MINISTERIO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA
CURSO LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO
ACADEMICOS: JERONIMO BOTELHO MALCHER JUNIOR MÁRIO RÔMULO COÊLHO COSTA
Esta pesquisa será realizada com o objetivo de verificar o acesso dos
discentes aos recursos tecnológicos no contexto familiar e escolar, bem como a
usabilidade do laboratório de informática.
APÊNDICE A- Roteiro de questões para entrevistar alunos
Prezados discentes!
Responda este breve questionário sobre a usabilidade dos recursos
tecnológicos no cotidiano familiar e escolar.
Gratos pela participação.
Marapanim Data:____/____/____
___________________________________________________________________
1. Qual é a sua idade e grau de escolaridade?
___________________________________________________________________
2. Você possui computador em casa?
( ) Sim ( ) Não
3. Você utiliza computador para auxiliar em suas atividades escolares?
( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Nunca ( ) Sempre
77
4.1 Caso utilize, aponte os recursos utilizados com mais frequência:
( ) Internet ( ) Digitar trabalhos escolares ( ) Jogar
( ) Outros. Quais? _________________________________________
5. Em que locais você possui acesso ao computador?
( ) Em casa ( ) Escola ( ) Curso de informática ou lan house
( ) Na casa de amigos ou parentes ( ) De outra forma? Qual?
R.:_______________________________________________________
( ) Não possuo acesso ao computador
6. Com que frequência você acessa à internet?
( ) Todo dia ( ) Algumas vezes na semana
( ) Raramente ( ) Não possuo acesso
7. O que costuma acessar quando está navegando na rede?
( ) e-mails
( ) MSN
( ) Sites de busca e pesquisa , exemplo: Google
( ) Sites de relacionamento (Facebook, Orkut, MySpace, Twitter)
( ) Jogos
( ) Outros.
8. Qual dessas mídias você utiliza mais:
( ) pen drive
( ) CD
( ) DVD
( ) Disquete
( ) Outros. Quais? R.: ___________________________________
78
9. Você considera importante o uso do computador para auxiliar no
aprendizado na escola?
( ) Sim. Pois ele contribui para aprimorar o aprendizado das disciplinas.
( ) Não.
Porquê? R.______________________________________________________
( ) Não faz diferença
10. A escola em que estuda, possui laboratório de informática e estrutura para
utilização dos mesmos?
( ) Sim, acesso com frequência. Em quais disciplinas?
R.:______________________________________________________
( ) Possui, mas quase não utilizamos.
( ) Não possui.
11. Como você avalia o laboratório de informática de sua escola?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
12. Você conhece algum jogo ou software educativo?
( ) Sim. Cite quais são:
R.: _______________________________________________________
( ) Não conheço
79
ANEXO 1 – DECRETO DE 29 DE OUTUBRO DE 2003
Institui Comitês Técnicos do Comitê Executivo do
Governo Eletrônico e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Ficam instituídos Comitês Técnicos, no âmbito do Comitê Executivo do
Governo
Eletrônico criado pelo Decreto sem número de 18 de outubro de 2000, com a
finalidade de coordenar e articular o planejamento e a implementação de projetos e
ações nas respectivas áreas de competência, com as seguintes denominações:
I– Implementação do Software Livre;
II – Inclusão Digital;
III - Integração de Sistemas;
IV – Sistemas Legados e Licenças de Software;
V - Gestão de Sítios e Serviços On-line;
VI - Infraestrutura de Rede;
VII - Governo para Governo - G2G, e
VIII - Gestão de Conhecimentos e Informação Estratégica.
Art. 2º Os Comitês Técnicos serão compostos por representantes de órgãos e
entidades da administração pública federal, indicados pelos integrantes do Comitê
Executivo do Governo Eletrônico.
§ 1º Ato dos Ministros de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República e
do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecerá a composição das Comitês e
designará seus membros e coordenadores.
§ 2º Em seus impedimentos, os membros das Câmaras serão substituídos por seus
suplentes.
§ 3º Os órgãos e entidades cujos representantes integrem os respectivos Comitês
Técnicos prestarão o necessário apoio técnico e administrativo ao seu
funcionamento, inclusive por meio da designação de servidores dos seus quadros
para a atuação em atividades e projetos.
80
§ 4º Poderão ser convidados a participar das reuniões dos Comitês Técnicos, a juízo
do seu coordenador, representantes de outros órgãos e entidades públicas, de
empresas privadas ou de organizações da sociedade civil.
§ 5º O Secretário-Executivo do Comitê Executivo do Governo Eletrônico
supervisionará os trabalhos dos Comitês Técnicos, inclusive por meio da
convocação dos seus coordenadores para participação em reuniões periódicas de
acompanhamento.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 29 de outubro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
Publicada no D.O. do dia 30 de outubro de 2003. Seção 1, páginas 4 53
81
ANEXO 2 – INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04 – 19 DE MAIO DE 2009
Dispõe sobre o processo de contratação de serviços
de Tecnologia da Informação pela Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso de
suas atribuições que lhe conferem o Decreto no 6.081, de 12 de abril de 2007,
revigorado pelo Decreto no 6.222, de 4 de outubro de 2007, e tendo em vista o
disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, na Lei no 10.520, de 17 de junho
de 2002, no Decreto no 1.048, de 21 de janeiro de 1994, e no Decreto no 2.271, de
7 de julho de 1997, no Decreto no 3.555, de 8 de agosto de 2000, no Decreto no
3.931, de 19 de setembro de 2001, e no Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005,
resolve:
Art. 1º As contratações de serviços de Tecnologia da Informação pelos órgãos e
entidades integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e
Informática - SISP serão disciplinadas por esta Instrução Normativa.
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º Para fins desta Instrução Normativa, considera-se:
I - Requisitante do Serviço: qualquer unidade administrativa que demande a
contratação de um serviço de Tecnologia da Informação;
II - Área de Tecnologia da Informação: unidade setorial ou seccional do SISP, bem
como área correlata, responsável por gerir a Tecnologia da Informação do órgão ou
entidade;
III - Gestor do Contrato: servidor com capacidade gerencial, técnica e operacional
relacionada ao objeto da contratação;
IV - Solução de Tecnologia da Informação: todos os serviços, produtos e outros
elementos necessários que se integram para o alcance dos resultados pretendidos
com a contratação;
V - Software: sistema ou componente constituído por um conjunto de programas,
procedimentos e documentação desenvolvido para atendimento de necessidades
específicas do órgão ou entidade, bem como aqueles previamente desenvolvidos e
82
disponíveis no mercado para utilização na forma em que se encontram ou com
modificações;
VI - Requisitos: conjunto de especificações necessárias para definir a Solução de
Tecnologia da Informação a ser contratada;
VII - Recebimento: declaração formal do Gestor do Contrato de que os serviços
prestados atendem aos requisitos estabelecidos no contrato;
VIII - Critérios de aceitação: parâmetros objetivos e mensuráveis utilizados para
verificar um serviço ou produto quanto à conformidade aos requisitos especificados;
IX - Gestão: atividades superiores de planejamento, coordenação, supervisão e
controle, relativas aos serviços, objeto de contratação, que visam a garantir o
atendimento dos objetivos da organização; e
X - Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI: instrumento de diagnóstico,
planejamento e gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação que
visa a atender às necessidades de informação de um órgão ou entidade para um
determinado período. 54
Art. 3º As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser
precedidas de planejamento, elaborado em harmonia com o Plano Diretor de
Tecnologia da Informação – PDTI, alinhado à estratégia do órgão ou entidade.
Art. 4º Em consonância com o art. 4o do Decreto no 1.048, de 1994, o órgão central
do SISP elaborará, em conjunto com os órgãos setoriais e seccionais do SISP, a
Estratégia Geral de Tecnologia da Informação para a Administração Pública,
revisada anualmente, para subsídio à elaboração dos PDTI dos órgãos e entidades
integrantes do SISP.
Parágrafo único. A Estratégia Geral de Tecnologia da Informação deverá abranger,
pelo menos, os seguintes elementos:
I - proposta, elaborada em conjunto com os demais órgãos e entidades
competentes, que contemple as demandas de recursos humanos das Áreas de
Tecnologia da Informação necessárias para elaboração e gestão de seus PDTI;
II - plano de ação, elaborado em conjunto com os demais órgãos e entidades
competentes, para viabilizar a capacitação dos servidores das Áreas de Tecnologia
da informação;
III - modelo para elaboração dos PDTI que contemple, pelo menos, as seguintes
áreas: necessidades de informação alinhada à estratégia do órgão ou entidade,
83
plano de investimentos, contratações de serviços, aquisição de equipamentos,
quantitativo e capacitação de pessoal, gestão de risco; e
IV - orientação para a formação de Comitês de Tecnologia da Informação que
envolvam as diversas áreas dos órgãos e entidades, que se responsabilizem por
alinhar os investimentos de Tecnologia da Informação com os objetivos do órgão ou
entidade e apoiar a priorização de projetos a serem atendidos.
Art. 5º Não poderão ser objeto de contratação:
I - todo o conjunto dos serviços de Tecnologia da Informação de um órgão ou uma
entidade em um único contrato;
II - mais de uma Solução de Tecnologia da Informação em um único contrato; e
III - gestão de processos de Tecnologia da Informação, incluindo gestão de
segurança da informação.
§ 1o O suporte técnico aos processos de planejamento e avaliação da qualidade dos
serviços de Tecnologia da Informação poderão ser objeto de contratação, desde que
sob supervisão exclusiva de servidores do órgão ou entidade.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica nos casos em que o serviço for prestado
por empresas públicas de Tecnologia da Informação que tenham sido criadas para
este fim específico, devendo acompanhar o processo a justificativa da vantajosidade
para a administração.
Art. 6º É vedado:
I - estabelecer vínculo de subordinação com funcionário dos fornecedores;
II - prever em edital a remuneração dos funcionários dos fornecedores;
III - indicar pessoas para compor o quadro funcional dos fornecedores;
IV - demandar aos funcionários dos fornecedores execução de tarefas fora do
escopo do objeto da contratação;
V - reembolsar despesas com transporte, hospedagem e outros custos operacionais,
que devem ser de exclusiva responsabilidade dos fornecedores; e
VI - prever em edital exigências que constituam intervenção indevida da
Administração Pública na gestão interna da contratada.
84
CAPÍTULO II – DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO
Art. 7º As contratações de serviços de Tecnologia da Informação deverão seguir três
fases: Planejamento da Contratação, Seleção do Fornecedor e Gerenciamento do
Contrato.
SEÇÃO I
PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO
Art. 8º A fase de Planejamento da Contratação deve contemplar os serviços,
produtos e outros elementos que compõem a Solução de Tecnologia da Informação
que irá gerar o resultado esperado.
Art. 9º A fase de Planejamento da Contratação consiste nas seguintes etapas:
I - Análise de Viabilidade da Contratação;
II - Plano de Sustentação;
III - Estratégia de Contratação; e
IV - Análise de Riscos.
Art. 10. A Análise de Viabilidade da Contratação, observado o disposto nos arts. 11 e
12 desta instrução normativa, compreende as seguintes tarefas:
I - avaliação da necessidade por parte do Requisitante do Serviço, com apoio da
Área de Tecnologia da Informação, considerando os objetivos estratégicos e as
necessidades corporativas da instituição;
II - explicitação da motivação da contratação da Solução de Tecnologia da
Informação por parte do Requisitante do Serviço;
III - especificação dos requisitos, a partir de levantamento de:
a) demandas dos potenciais gestores e usuários do serviço;
b) soluções disponíveis no mercado; e
c) análise de projetos similares realizados por outras instituições;
IV - identificação por parte da Área de Tecnologia da Informação, com participação
do Requisitante do Serviço, das diferentes soluções que atendam às necessidades,
considerando:
a) disponibilidade de solução similar em outro órgão ou entidade da Administração
Pública Federal;
b) soluções existentes no Portal do Software Público Brasileiro
(http://www.softwarepublico.gov.br);
85
c) capacidade e alternativas do mercado, inclusive a existência de software livre ou
software público;
d) observância às políticas, premissas e especificações técnicas definidas pelos
Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico - e-PING e Modelo de
Acessibilidade em Governo Eletrônico - e-MAG, conforme as Portarias Normativas
SLTI no 5, de 14 de julho de 2005, e no 3, de 07 de maio de 2007;
e) aderência às regulamentações da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira -
ICP- Brasil, conforme a Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001,
quando houver necessidade de utilização de certificação digital; e
f) custo financeiro estimado;
V - justificativa da solução escolhida, por parte da Área de Tecnologia da Informação,
que contemple, pelo menos:
a) descrição sucinta, precisa, suficiente e clara da Solução de Tecnologia da
Informação escolhida, indicando os serviços que a compõem;
b) alinhamento em relação às necessidades;
c) identificação dos benefícios que serão alcançados com a efetivação da
contratação em termos de eficácia, eficiência, efetividade e economicidade.
Parágrafo único. A Análise de Viabilidade da Contratação será aprovada e assinada
pelo Requisitante do Serviço e pela Área de Tecnologia da Informação.
Art. 11. Compete ao Requisitante do Serviço definir os seguintes requisitos, quando
aplicáveis:
I - de software, que independem de arquitetura tecnológica e definem os aspectos
funcionais do software;
II - de treinamento, com o apoio da Área de tecnologia da Informação, que definem a
necessidade de treinamento presencial ou à distância, carga horária e entrega de
materiais didáticos;
III - legais, que definem as normas às quais a Solução de Tecnologia da Informação
deve respeitar;
IV - de manutenção, que independem de configuração tecnológica e definem a
necessidade de serviços de manutenção preventiva, corretiva, evolutiva e
adaptativa;
V - de prazo, que definem a prioridade da entrega da Solução de Tecnologia da
Informação contratada;
VI - de segurança, com o apoio da Área de Tecnologia da Informação; e
86
VII - sociais, ambientais e culturais, que definem requisitos que a Solução de
Tecnologia
da Informação deve atender para respeitar necessidades específicas relacionadas a
costumes e idiomas, e ao meio-ambiente.
Art. 12. Compete à Área de Tecnologia da Informação definir, quando aplicáveis, os
seguintes requisitos tecnológicos, em adequação àqueles definidos pelo
Requisitante do Serviço:
I - de arquitetura tecnológica, composta de hardware, softwares básicos, padrões de
interoperabilidade, linguagem de programação e interface;
II - de projeto, que estabelecem o processo de desenvolvimento de software,
técnicas, métodos, forma de gestão e de documentação;
III - de implantação, que definem o processo de disponibilização da solução em
produção;
IV - de garantia e manutenção, que definem a forma como será conduzida a
manutenção e a comunicação entre as partes envolvidas;
V - de treinamento, que definem o ambiente tecnológico de treinamentos ministrados
e perfil do instrutor;
VI - de experiência profissional;
VII - de formação, que definem cursos acadêmicos e técnicos, certificação
profissional e forma de comprovação; e
VIII - de metodologia de trabalho.
Art 13. O Plano de Sustentação, a cargo da Área de Tecnologia da Informação, com
o apoio do Requisitante do Serviço, abrange:
I - segurança da informação;
II - recursos materiais e humanos;
III - transferência de conhecimento;
IV - transição contratual; e
V - continuidade dos serviços em eventual interrupção contratual.
Art. 14. A Estratégia da Contratação, elaborada a partir da Análise de Viabilidade da
Contratação, compreende as seguintes tarefas:
I - indicação, pela Área de Tecnologia da Informação, do tipo de serviço,
considerando o mercado e as soluções existentes no momento da licitação;
87
II - indicação, pela Área de Tecnologia da Informação com o apoio do Requisitante
do Serviço, dos termos contratuais observados o disposto nos parágrafos 1o e 2o
deste artigo, sem prejuízo do estabelecido na Lei no 8.666, de 1993, relativos a:
a) fixação de procedimentos e de critérios de mensuração dos serviços prestados,
abrangendo métricas, indicadores e valores;
b) definição de metodologia de avaliação da adequação às especificações funcionais
e da qualidade dos serviços;
c) quantificação ou estimativa prévia do volume de serviços demandados, para
comparação e controle;
d) regras para aplicação de multas e demais sanções administrativas;
e) garantia de inspeções e diligências, quando aplicável, e sua forma de exercício;
f) definição de direitos autorais e de propriedade intelectual;
g) termo de compromisso, contendo declaração de manutenção de sigilo e ciência
das normas de segurança vigentes no órgão ou entidade, a ser assinado pelo
representante legal do fornecedor e seus empregados diretamente envolvidos na
contratação;
h) cronograma de execução física e financeira;
i) forma de pagamento, que deverá ser efetuado em função dos resultados obtidos; e
j) definição de mecanismos formais de comunicação a serem utilizados para troca de
informações entre a contratada e a Administração;
III - definição, pela Área de Tecnologia da Informação, da estratégia de
independência do órgão ou entidade contratante com relação à contratada, que
contemplará, pelo menos:
a) forma de transferência de tecnologia; e
b) direitos de propriedade intelectual e direitos autorais da Solução de Tecnologia da
Informação, documentação, modelo de dados e base de dados, justificando os casos
em que tais direitos não vierem a pertencer à Administração Pública;
IV - indicação, pela Área de Tecnologia da Informação, do Gestor do Contrato;
V - definição, pela Área de Tecnologia da Informação, das responsabilidades da
contratada, que não poderá se eximir do cumprimento integral do contrato no caso
de subcontratação;
VI - elaboração, pela área competente, com apoio da Área de Tecnologia da
Informação, do orçamento detalhado, fundamentado em pesquisa no mercado, a
88
exemplo de: contratações similares, valores oficiais de referência, pesquisa junto a
fornecedores ou tarifas públicas;
VII - indicação, pelo Requisitante do Serviço, da fonte de recursos para a
contratação e a estimativa do impacto econômico-financeiro no orçamento do órgão
ou entidade; e
VIII - definição, pela Área de Tecnologia da Informação, dos critérios técnicos de
julgamento da proposta para a fase de Seleção do Fornecedor, observando o
seguinte:
a) utilização de critérios correntes no mercado;
b) a Análise de Viabilidade da Contratação;
c) vedação da indicação de entidade certificadora, exceto nos casos previamente
dispostos em normas do governo federal;
d) o fator desempenho não pode ser pontuado com base em atestados relativos à
duração de trabalhos realizados pelo licitante;
e) quando necessário para a comprovação da aptidão, pode-se considerar mais de
um atestado relativo ao mesmo quesito de capacidade técnica;
f) vedação da pontuação progressiva de mais de um atestado para o mesmo quesito
de capacidade técnica; e
g) os critérios de pontuação devem ser justificados em termos do benefício que
trazem para o contratante.
§ 1º A aferição de esforço por meio da métrica homens-hora apenas poderá ser
utilizada mediante justificativa e sempre vinculada à entrega de produtos de acordo
com prazos e qualidade previamente definidos.
§ 2º É vedado contratar por postos de trabalho alocados, salvo, excepcionalmente,
mediante justificativa devidamente fundamentada. Neste caso, é obrigatória a
comprovação de resultados compatíveis com o posto previamente definido.
§ 3º Nas licitações do tipo técnica e preço, é vedado:
I - incluir critérios de pontuação técnica que não estejam diretamente relacionados
com os requisitos da Solução de Tecnologia da Informação a ser contratada ou que
frustrem o caráter competitivo do certame; e
II - fixar os fatores de ponderação das propostas técnicas e de preço sem
justificativa.
§ 4º Nas licitações do tipo técnica e preço, deve-se:
89
I - incluir, para cada atributo técnico da planilha de pontuação, sua contribuição
percentual com relação ao total da avaliação técnica; e
II - proceder a avaliação do impacto de pontuação atribuída em relação ao total,
observando se os critérios de maior peso são de fato os mais relevantes e se a
ponderação atende ao princípio da razoabilidade.
§ 5º A Estratégia de Contratação deverá ser aprovada e assinada pelo Requisitante
do Serviço e pela Área de Tecnologia da Informação.
Art. 15. A Estratégia da Contratação será entregue ao Gestor do Contrato para
subsidiar a Análise de Riscos da contratação.
Art. 16. A Análise de Riscos deverá ser elaborada pelo Gestor do Contrato, com o
apoio da Área de Tecnologia da Informação e do Requisitante do Serviço,
observando o seguinte:
I - identificação dos principais riscos que possam comprometer o sucesso do
processo de contratação;
II - identificação dos principais riscos que possam fazer com que os serviços
prestados não atendam às necessidades do contratante, podendo resultar em nova
contratação;
III - identificação das possibilidades de ocorrência e dos danos potenciais de cada
risco identificado;
IV - definição das ações a serem tomadas para amenizar ou eliminar as chances de
ocorrência do risco;
V - definição das ações de contingência a serem tomadas caso o risco se concretize;
e
VI - definição dos responsáveis pelas ações de prevenção dos riscos e dos
procedimentos de contingência.
Parágrafo único. Em decisão fundamentada a partir da Análise de Riscos poderá o
Gestor do Contrato propor à Área de Tecnologia da Informação a revisão da
Estratégia da Contratação.
Art. 17. O Termo de Referência ou Projeto Básico será construído, pelo Gestor do
Contrato, com apoio do Requisitante do Serviço e da Área de Tecnologia da
Informação, a partir da Estratégia de Contratação, e conterá, no mínimo, as
seguintes informações:
I - definição do objeto;
II - fundamentação da contratação;
90
III - requisitos do serviço;
IV - modelo de prestação dos serviços;
V - elementos para gestão do contrato;
VI - estimativa de preços;
VII - indicação do tipo de serviço;
VIII - critérios de seleção do fornecedor; e
IX - adequação orçamentária.
Art. 18. O Termo de Referência ou Projeto Básico, a critério do Requisitante do
Serviço, será disponibilizado em consulta ou audiência pública para que se possa
avaliar a completude e a coerência da especificação dos requisitos e a adequação e
a exequibilidade dos critérios de aceitação.
SEÇÃO II
SELEÇÃO DO FORNECEDOR
Art. 19. A fase de Seleção do Fornecedor observará as normas pertinentes, incluindo
o disposto na Lei no 8.666, de 1993, na Lei no 10.520, de 2002, no Decreto no
2.271, de 1997, no Decreto no 3.555, de 2000, no Decreto no 3.931, de 2001, e no
Decreto no 5.450, de 2005.
SEÇÃO III
GERENCIAMENTO DO CONTRATO
Art. 20. A fase de Gerenciamento do Contrato visa acompanhar e garantir a
adequada prestação dos serviços durante todo o período de execução do contrato e
envolve as seguintes tarefas:
I - início do contrato, que abrange:
a) elaboração, pelo Gestor do Contrato, de um plano de inserção da contratada que
contemple:
1. o repasse de conhecimentos necessários para a execução dos serviços à
contratada; e
2. a disponibilização de infraestrutura à contratada, quando couber;
b) reunião inicial entre o Gestor do Contrato, Área de Tecnologia da Informação,
Requisitante do Serviço e a contratada, cuja pauta observará, pelo menos:
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1. assinatura do termo de compromisso de manutenção de sigilo e ciência das
normas de segurança vigentes no órgão ou entidade; e
2. esclarecimentos relativos a questões operacionais e de gerenciamento do
contrato;
II - encaminhamento formal de demandas pelo Gestor do Contrato ao preposto da
contratada por meio de Ordens de Serviço, que conterão:
a) a definição e a especificação dos serviços a serem realizados;
b) o volume de serviços solicitados e realizados segundo as métricas definidas;
c) resultados esperados;
d) o cronograma de realização dos serviços, incluídas todas as tarefas significativas
e seus respectivos prazos;
e) a avaliação da qualidade dos serviços realizados e as justificativas do avaliador; e
f) identificação dos responsáveis pela solicitação, avaliação da qualidade e ateste
dos serviços realizados, que não podem ter vínculo com a empresa contratada;
III - monitoramento da execução, a cargo do Gestor do Contrato, com apoio do
Requisitante do Serviço e da Área de Tecnologia da Informação, que consiste em:
a) recebimento mediante análise da avaliação dos serviços, com base nos critérios
previamente definidos;
b) ateste para fins de pagamento;
c) identificação de desvios e encaminhamento de demandas de correção;
d) encaminhamento de glosas e sanções;
e) verificação de aderência às normas do contrato;
f) verificação da manutenção da necessidade, economicidade e oportunidade da
contratação;
g) verificação da manutenção das condições classificatórias, pontuadas e da
habilitação técnica;
h) manutenção do Plano de Sustentação;
i) comunicação às autoridades competentes sobre a proximidade do término do
contrato, com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência;
j) manutenção dos registros de aditivos;
k) encaminhamento às autoridades competentes de eventuais pedidos de
modificação contratual; e
l) manutenção de registros formais de todas as ocorrências da execução do
contrato, por ordem histórica;
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IV - encerramento e transição contratual, que deverá observar o Plano de
Sustentação.
Parágrafo único. O registro das tarefas mencionadas neste artigo deverá compor o
Histórico de Gerenciamento do Contrato.
Art 21. Os softwares resultantes de serviços de desenvolvimento deverão ser
catalogados pelo Gestor do Contrato e disponibilizados no Portal do Software
Público Brasileiro de acordo com regulamento do órgão central do SISP.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Aplica-se subsidiariamente às contratações de que trata esta norma o
disposto na Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008, que disciplina as
contratações de serviços gerais.
Art. 23. As Áreas de Compras, Licitações e Contratos dos órgãos e entidades
apoiarão as atividades do processo, de acordo com as suas atribuições regimentais.
Art. 24. A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação poderá expedir
instrumentos complementares a esta Instrução Normativa.
Art. 25. Esta Instrução Normativa entra em vigor em 2 de janeiro de 2009, não se
aplicando aos contratos em andamento e seus aditivos.
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ANEXO 3 – RELAÇÃO DAS ESCOLAS NO MUNICIPIO DE MARAPANIM
Nº ESCOLAS LOCAL LAB/INFOR
MÁTICA INTERNET
01 E.M.E.F.JÃO DELDUCK PINTO CRUZEIRO DO MAÚ 02 E.M.E.F. VALDOMIRO LAGOIA ALVES CANAVIAL 03 E.M.E.F.CLOVIS FERRO COSTO SÃO JOÃO 04 E.M.E.F. SEVERINA ALVES BRACINHO DO AÇAIZAL 05 E.M.E.F.EDVAN FERREIRA CAMPOS PAJURÁ 06 E.M.E.F.FRANCISCA ALCÂTARA VILA SILVA 07 E.M.E.F.ELÁDIO COSTA PINHEIRO TIMBOTEUA 08 E.M.E.F.ELIAS NEGRÃO BACURITEUA 09 E.M.E.F.JUSCELINO KUBITSCHEK IGARAPÉ- AÇÚ 10 E.M.E.F.ÁLVARO LISBOA ITAUASSU 11 E.M.E.F. MARECHAL COSTA E SILVA ABAETEZINHO 12 E.M.E.F.GARZIELA N. DE OLIVEIRA PEDRAL 13 E.M.E.F.MARIA FERREIRA DAS NEVES TAMARUTEUA 14 E.M.E.F. ALMERINDA ALVES CIPOTEUA
15 E.M.E.F.MARIETA NUNES VISTA ALEGRE X
16 E.M.E.F. RUTH PASSARINHO ARATICU-MIRI X
17 E.M.E.F.GENERAL M. BARATA REMANSO
18 E.M.E.F. MARIA T. NAIFF NEVES TAMATAQUARA
19 E.M.E.F. NADIR CARVALHO DO VALE ARSÊNIO
20 E.M.E.F.REMIGIO FERNANDEZ SEDE X X
21 E.M.E.F. ZARAH TRINDADE SEDE X X
22 E.M.E.F.MARIA B. NEVES CRUZ PORTO ALEGRE
23 E.M.E.F.VITÓRIA C DE CARVALHO SEDE X X
24 E.M.E.F. VICÊNCENCIA MALCHER CRUZASDOR
25 E.M.E.F.CARMEM R MAGALHÃES LIVRAMENTO X
26 E.M.E.F.FRANCISCO DE SALES NEVES SEDE X X
27 E.M.E.F. PROFª LINA VELASCO SEDE
28 E.M.E.F.HOSANAH N. DE CARVALHO MARUDAZINHO X
29 E.M.E.F. BIBIANO MONTEIRO VILA MAÚ X
30 E.M.E.F.TEREZA BRAGA MARUDÁ X
31 E.M.E.F.PADRE JOSÉ MARIA DO VALE SEDE X
32 E.M.E.F. ELIOFAR ALVES DA COSTA MARUDÁ
33 E.M.E.F.FRANCIASCA C. CONCEIÇÃO MATAPIQUARA
34 E.M.E.F.INÁCIO DE L PASSARINHO FAZENDINHA
35 E.M.E.F.JOAQUIM C. JÚNIOR ITACUÃ
36 E.M.E.F.RAIMUNDA LOUDES C. BRAGA GUARAJUBAL
37 E.M.E.F.ENEIDA PINTO LISBOA CAMARÁ
38 E.M.E.F.PEDRO TEXEIRA FILHO UBUSSÚ
39 E.M.E.F.ELCIONE ZALUTH BARBALHO SEDE
40 E.M.E.F.HELGA SEIXAS ALVES ARAPIJÓ
41 E.M.E.F.NORMA GUILHON JUÇATEUA
42 E.M.E.F. FEBRÔNIO VARCALHO VIANA BOA ESPERANÇA
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARAPANIM ESTADO DO PARÁ
C.N.P.J: 05.171681/0001-74 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
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43 E.M.E.F. MONSENHOR E. IGREJA CRISTOLÂNDIA
44 E.M.E.F. JULIA PASSARINHO JARANDEUA
45 E.M.E.F. MARIA CHAVES FELINTO RETIRO
46 E.M.E.F. FRANCISCA DA C. FERREIRA SANTALUZIA
47 E.M.E.F. MERANDOLINO P. NEGRÃO SANTANA DO MAÚ
48 E.M.E.F.SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS BOM JARDIM DO MÁU
49 E.M.E.F.AUGUSTO F. DE MIRANDA MATAPIQUARA
50 E.M.E.F.PRESIDENTE MÉDICI MARANHÃOZINHO
51 E.M.E.F.FERNANDO R. MAGALHÃES RECREIO
52 E.M.E.F.SEBASTIANA C. TRINDADE XV DE NOVEMBRO
53 E.M.E.F. SESESNANDO DO C. FERREIRA SÃO M. DO CRISPIM
54 E.M.E.F.EDELMIRA CARVALHO SEDE X
EDUCAÇÃO INFANTIL
Nº
NOME DA ESCOLA
LOCALIDADE
LAB INFORMÁTI
CA
INTERNET
01 E.M.E.I CINDERELA VILA MAÚ
02 E.M.E.I.CORRENTE DO SABER CAMARÁ
03 E.M.E.I.ELCIONE BARBALHO SEDE
04 E.M.E.I. FLOR DE JUÇATEUA JUÇATEUA
05 E.M.E.I. PEDRO FERREIRA FAVACHO VISTA ALEGRE
06 E.M.E.I.PEQUENO PRINCIPE MARANHÃOZINHO
07 E.M.E.I MARIA CASTRO VILAR SEDE
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ANEXO 3 – LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA EM INSTITUIÇÕES DE
ENSINO NO MUNICIPIO DE MARAPANIM.
Figura 22 – Laboratório de informática da E. M. E. F. Padre Vale
Fonte: arquivo dos autores
Figura 23 – Laboratório de informática da E. M. E. F. Zarah Trindade
Fonte: arquivo dos autores
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LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO NO
MUNICIPIO DE MARAPANIM.
Figura 24 – Laboratório de informática da E. M. E. M. Remígio Fernandez
Fonte: arquivo dos autores
Figura 25 – Laboratório de informática da E. M. E. F. Sales Neves
Fonte: arquivo dos autores