ministerio das comunicacoes relatório de auditoria anual de contas - exercício 2011 -...

Unidade Auditada: Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRASExercício: 2011Processo: 00190.014521/2012-04Município - UF: Brasília - DFRelatório nº: 201203588UCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203588, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 6.4.2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRAS.

1. Introdução

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 3.1.2011 a 30.12.2011, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

2. Resultados dos trabalhos

Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–108/2010 e 117/2011.

Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças (33)

Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010

___________________________________________________________________________________________________ 1Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

http://www.portaltransparencia.gov.br/

especificamente quanto a verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 205/2012.

Quanto ao preenchimento do Relatório de Gestão, foram identificadas inconformidades com a Portaria TCU 123/2011 nos seguintes itens:

1.1 Relatório de Gestão Individual

2.2 Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais

5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição da unidade jurisdicionada

5.5 Terceirização de mão de obra empregada pela unidade jurisdicionada

8. Parte A, Item 8, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

13. Parte A, Item 13, do Anexo II da DN TCU Nº 108, de 24/11/2010.

17. Parte B, Item 1, do Anexo II da DN TCU N.º 108, DE 24/11/2010

18. Parte B, Item 2, do Anexo II da DN TCU N.º 108, de 24/11/2010.


25. Parte C, item 12, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

36. Parte C, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

A Telebras não apresentou manifestação relativas às inconformidades acima.

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão (34)

A avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos basearam-se nos dados constantes do Relatório de Gestão da Telebrás, assim como dos dados encontrados no Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN.

A Ação 4101 - Manutenção e Adequação de Bens Imóveis, tem a finalidade de realizar despesas com manutenção e obras de adequação que prolonguem a vida útil dos bens imóveis e melhorem a qualidade dos serviços prestados aos usuários.

A Ação 4102 - Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos, tem por finalidade a realização de despesas com manutenção e obras de adequação que prolonguem a vida útil dos bens móveis, veículos, máquinas e equipamentos proporcionando melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários.



A Ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informações e Teleprocessamento, tem a finalidade de realizar despesas com manutenção e adequação e aquisição de bens nas áreas de informática, informação e teleprocessamento que prolonguem a vida útil dos ativos das respectivas áreas e proporcionem melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários.

A Ação 12OF – Implantação de Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, tem por finalidade proporcionar o acesso à Internet em banda larga aos cidadãos, instituições, Governo, entidades da sociedade civil e empresas; expandir a cobertura do serviço; elevar a velocidade de transmissão; e reduzir o preço final para o consumidor.

O montante de recursos executados nestas Ações, no exercício de 2011, está discriminado no quadro abaixo, conforme dados extraídos do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento - SIGPLAN:

Ação LOA + Créditos Empenhado Liquidado/Realizado %

4101 – Manutenção e Adequação de Bens Imóveis

13.632.676 0,00 700.526,00 5,14

4102 – Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos

5.435.757,00 0,00 916.694,00 16,86

4103 – Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informações e

Teleprocessamento6.948.945,00 0,00 2.371.544,00 34,13

12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga

526.229.453,00 0,00 57.437.743,00 10,91

Fonte: Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN

Foram encontradas divergências entre as informações prestadas no Relatório de Gestão com os dados do SIGPLAN, em relação à execução financeira das Ações 4101, 4103 e 12OF. Com relação à ação 4101, o Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás registrou a execução de R$ 696.895,00, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 700.526,00. A Ação 4103 apresentou no Relatório de Gestão de 2011 a execução de R$ 2.216.611,00, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 2.371.544,00 para esta ação. Sobre a Ação 12OF, o Relatório de Gestão de 2011 apresentou a execução de R$ 71.802.056, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 57.437.743,00.

A Telebrás se manifestou no sentido de que o prazo para envio das informações no SIGPLAN finalizou no último dia de fevereiro de 2012, bloqueando para edição/inserção/correção dos dados e que, por não estar disponível o balanço definitivo de 2011, a Empresa enviou as informações com base em um balancete provisório.

Ainda sobre os resultados qualitativos e quantitativos das Ações da Telebrás, constatou-se a baixa execução da Ação 12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga. A Telebrás informou que a baixa execução não está relacionada ao orçamento, mas à impetração de uma representação junto ao TCU e posterior expedição de medida cautelar referente ao Pregão 02/2010-TB.

A medida cautelar do TCU foi expedida em dezembro de 2010 e paralisou os contratos já realizados, impedindo a realização de novos contratos já assinados e parcialmente executados.

No intuito de solucionar as dificuldades apresentadas pela Telebrás, foi contratada uma



empresa para o mapeamento dos procedimentos operacionais, com a implantação de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial, conforme Processo nº 157/2012, Contrato nº 76/3700/2012.

Além disso, houve a criação do Comitê Gestor Orçamentário, com o objetivo de formular e acompanhar a execução financeira e orçamentária e proporcionar mecanismos de gestão gerencial e auxílio na tomada de decisões da empresa, dentre outras atribuições.

A Telebrás vem buscando aprimorar os seus controles de acompanhamento da execução física e financeira, mas depende ainda de algumas ações para que estes controles se tornem efetivos.

O exame das demonstrações contábeis da Telecomunicações Brasileira S.A. - Telebrás, especificamente quanto as demonstrações de resultados dos exercícios de 2010 e 2011, apresentou a receita operacional liquida da Empresa em 2011 totalizando um valor de R$ 68.000,00. No exercício 2010, não foi gerada receita operacional, tendo em vista a reativação da empresa, em maio 2010.

Em 2011, a unidade gerou como “outras receitas operacionais” o valor de R$ 9.430.000,00, sendo que 92% deste valor refere-se ao cumprimento do Acórdão 6767/2011, o qual determinou o prazo de 60 dias para que a Telebrás adotasse providências com vistas a extinguir o Programa de Indenizações por serviços Prestados – PISP. Em face da determinação do TCU e de orientação do Ministério das Comunicações, a direção da empresa declarou extinto o PISP e reverteu a provisão, no valor restante de R$ 8.712.000,00, que compõe o valor informado, para as “outras receitas operacionais”.

Seguindo na leitura das Demonstrações de Resultados, verifica-se que as “despesas operacionais” da empresa em 2011 totalizaram R$ 54.581.000,00, que quando comparados com as receitas operacionais totais, estas últimas representam apenas 17%, em outras palavras houve um prejuízo operacional de R$ 45.083.000,00. Das despesas operacionais cabe destacar que as “despesas gerais e administrativas” aumentaram, em relação da 2010, mais de 3 vezes, passando de R$ 16.107.000,00 para R$ 48.807.000,00.

Quanto ao resultado financeiro, repetiu-se o cenário de 2010, que foi de prejuízo. As receitas financeiras não conseguiram superar as despesas financeiras no exercício de 2011, gerando prejuízo de R$ 2.826.000,00, enquanto que, no exercício de 2010, o prejuízo foi de R$ 3.659.000,00. O resultado geral da empresa em 2011 reflete-se num prejuízo de R$ 48.226.000,00.

2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ (35)

A avaliação referente aos indicadores instituídos pela Telebrás identificou, no Relatório de Gestão de 2011 da Empresa, a ausência de indicadores institucionais para a avaliação da gestão. A questão foi apontada na oportunidade do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, referente ao exercício de 2011, quando foi recomendado à empresa que apresentasse um cronograma prevendo as etapas para a elaboração, instituição e implantação dos indicadores para a Telebrás, observando os princípios da utilidade e mensurabilidade.

Cabe apontar que esta impropriedade é recorrente na unidade, mister destacar trecho do Relatório Anual de Contas nº 245379, relativo ao exercício 2009: “Ausência de utilização de indicadores para avaliação do desempenho da gestão”.



A Empresa se manifestou por correspondência eletrônica, em 12.9.2012, informando que criou 28 (vinte e oito) indicadores, denominados estratégicos, e por se tratar de informações estratégicas, não há divulgação externa destes indicadores.

Com relação aos indicadores informados pela Telebrás, não foram encaminhadas as informações referentes ao cálculo destes indicadores, não sendo possível verificar sua mensurabilidade ou utilidade. As providências adotadas para o cumprimento da recomendação referente à instituição de indicadores na Empresa vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências referente ao exercício de 2010.

2.4 Avaliação da Gestão de Recursos Humanos (36)

Apesar do retorno de alguns empregados que estavam exercendo atividades em outros órgãos, após as novas atribuições da Telebrás com o PNBL, existe ainda uma quantidade expressiva destes empregados cedidos, consistindo em 99 de um total de 204 empregados efetivos

A Empresa enfatizou a desatualização dos conhecimentos destes e que em nada poderiam contribuir na fase atual de suas atividades. Contudo, cabe lembrar que, no entendimento deste equipe, estes devem ser inseridos prioritariamente nos programas de gestão de pessoas que terão como objetivo desenvolver as competências mapeadas pela consultoria contratada qual seja a Véli Consultoria.

A composição atual do quadro de empregados da Telebrás é crítica, onde algumas gerências relevantes têm suas atividades conduzidas por empregados Ad Nutum, a exemplo da Jurídica que funciona com apenas um (1) advogado efetivo e sete (7) Ad Nutums de nível superior com formação em direito, tendo que responder por um contencioso judicial de montante expressivo.

Das análises efetuadas percebe-se que o processo de transição para diminuição do número de empregados de contratação Ad Nutum, não será breve, pois passará por um período de transferência de conhecimentos e de treinamento dos novos empregados. Assim, a postergação do concurso só mantem a situação de vulnerabilidade em que a empresa se encontra, onde não pode prescindir dos conhecimentos detidos pelos contratados Ad Nutum ainda não difundidos entre os empregados do seu quadro efetivo.

Entende-se que, principalmente para a área técnica, a contratação dos concursados deve ser precedida de um planejamento de cursos a serem ministrados e de conhecimentos a serem transferidos, desenhando-se assim o perfil desejado para os contratados e as funções a serem desempenhadas. Todavia, a apresentação disponibilizada a esta CGU com os quantitativos a serem oferecidos no concurso não mostra este planejamento, o qual deveria ter sido objeto de estudo da consultoria contratada, haja vista que esta se preocupou em mapear as competências a serem desenvolvidas na gestão de pessoas.

Depreende-se do Relatório de Gestão que o modelo adotado atualmente, dispondo de enorme contingente de Ad Nutums, não é estrategicamente favorável para a Telebrás, haja vista o grande número de egressos ocorridos, totalizando 26. Apesar de não ter havido nenhuma nota sobre o tema, entendemos que pode haver o comprometimento do andamento habitual de algumas áreas, quer seja de projetos, quer seja operacional, devido a evasão de conhecimentos adquiridos ao longo dos trabalhos. Ao mesmo tempo, há uma inviabilização de se implementar qualquer atividade de desenvolvimento de competências, se considerarmos que os colaboradores não permanecerão na empresa por um período suficiente para que os seus conhecimentos sejam repassados e internalizados.



A despeito dos itens que versam sobre as Responsabilidades dos cargos constantes do Plano de Classificação de Cargos e Salários-PCCS, que data do ano de 1989, os quais apresentam, nos seus textos, atividades relacionadas às empresas do STB (Sistema Telebrás), vemos que o teor da Especificação do Cargo de boa parte dos cargos mostra que estes ainda são de utilidade para a empresa, porquanto são descritos de maneira genérica sem a especificação dos conhecimentos técnicos necessários, detalhando apenas as atividades a serem desempenhadas no dia a dia da prática do ofício.

As descrições analíticas dos cargos de nível superior, constantes do PCCS atual, não devem sofrer mudanças substanciais. Cabe observar que, mesmo se considerarmos os cargos de engenharia, os novos cargos seriam apenas um pouco mais específicos que os atuais, mas que, s.m.j, o perfil anterior pode atender às necessidades da empresa, desde que a Telebrás determine o perfil desejado quando especificar os conhecimentos a serem exigidos na prova do concurso.

Desta forma, entendemos que, em uma eventual procrastinação quanto à aprovação do novo PCR, o concurso deveria ser feito para os cargos mais críticos, mormente para alguns cargos de engenheiros e advogados, e, posteriormente, far-se-ia um segundo concurso para os cargos novos aprovados pelo DEST, tendo em vista que seria aberta a possibilidade de migração dos empregados enquadrados no plano antigo para o novo. Da mesma maneira, urge a definição de uma estratégia visando melhorar qualitativamente o quadro de empregados cedidos, tornando-os úteis para desempenhar as atividades da Telebrás.

Ainda, do Relatório de Gestão do exercício de 2011, observa-se que há 23 empregados com idade acima de 60 anos, os quais potencialmente irão aposentar-se em breve ao completarem 65 anos, sem que tenha sido evidenciada, nos números apresentados para contratação via concurso, a reposição destas baixas, haja vista que o cadastro reserva terá um período de validade.

2.5 Avaliação do Funcionamento do Sistema de Controle Interno da UJ (37)

Com objetivo de avaliar a estrutura de controles internos instituída pela Telebrás, com vistas a garantir que seus objetivos estratégicos para o exercício fossem atingidos, foram analisados os seguintes componentes do controle interno: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação e monitoramento.

No que se refere à avaliação de riscos, identificamos a ausência de mapeamento de riscos na empresa no exercício de 2011. A esse respeito, foi recomendado à Telebrás, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, referente ao exercício de 2010, que a empresa apresentasse um cronograma indicando as áreas a serem modeladas e capacitadas.

A Telebrás se manifestou no sentido de já ter iniciado o processo de implantação do mapeamento e monitoramento de riscos, identificando 4 (quatro) dimensões agrupadoras: Riscos de Negócio (ou Empresariais), Riscos de Processo, Riscos de Projeto e Aculturamento de Riscos.

Com relação à informação e comunicação da Empresa, identificamos a versão preliminar elaborada pela Telebrás do Plano de Comunicação, sendo que o Plano será discutido com todas as áreas no segundo Planejamento Estratégico, programado para 2013, tendo em vista a realização da revisão do primeiro Planejamento Estratégico da Telebrás.

Sobre os procedimentos de controle, identificamos alguns normativos que carecem de



revisão: DD-Serviços de Reprografia, DD-Serviços de Transporte na Telebras, Prática de Circulação de Pessoas na Telebrás, DD-Controle de Bens Patrimoniais e Prática–Controle de estoques e armazenamento. Os normativos em revisão que foram atualizados são: DD 228 – Acompanhamento e fiscalização dos contratos administrativos e DD 229 – Contratação/Aquisição de Materiais, Obras e Serviços.

Ainda no que diz respeito aos controles internos, com relação ao controle de prazos dos processos licitatórios, a Telebrás informou que providenciou o acompanhamento dos prazos dos pregões por meio de planilha disponibilizada a todos os empregados da área, além de quadro de aviso fixado na Gerência de Compras e Contratos. Esta planilha foi apresentada de forma incompleta, trazendo apenas alguns pregões referentes ao exercício de 2012, devendo ser atualizada com as informações sobre os controles de prazos de todos os Pregões, Concorrências, Dispensas, Inexigibilidades ou qualquer outra modalidade de licitação.

2.6 Avaliação da Sustentabilidade Ambiental em Aquisições de Bens e Serviços (38)

As avaliações realizadas com base nas informações apresentadas pela Empresa apontaram, de maneira geral, para a não aderência a critérios de sustentabilidade em suas licitações. Conforme informações complementares, apesar de aplicações pontuais de critérios de sustentabilidade em suas licitações, os critérios relevantes que orientam suas licitações são a economicidade e o atendimento às necessidades da Empresa.

Necessário ressaltar que Telebrás não está sob a égide da IN SLTI nº 01/2006, tendo em vista que a mesma, quanto à Administração Indireta, somente alcança as autarquias e fundações.

Quanto às informações apresentadas pela Empresa em seu Relatório de Gestão, especificamente no Quadro A.10.1 - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis, não foi possível evidenciar a aplicação dos itens assinalados pela Empresa como aplicados total ou parcialmente, com exceção do item 07 do quadro que refere-se á utilização de veículos que utilizam combustíveis alternativos.

2.7 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação (39)

Com vistas a avaliar a gestão de Tecnologia da Informação – TI - da Telebras, destaca-se os seguintes aspectos: Planejamento Estratégico de TI, Política de Segurança da Informação – PSI, Recursos Humanos de TI, Desenvolvimento e Produção de Sistemas de TI e Contratação e gestão de bens e serviços de TI. A situação encontrada na Telebras sobre estes aspectos, para o exercício de 2011, está descrita a seguir.

Colaboradores sem vínculo permanente desempenhando atividades de gestão de TI. Envelhecimento do quadro permanente de funcionários: Dos 21 (vinte e um) colaboradores alocados na área de TI, 10 (dez) possuem vínculo permanente, sendo empregados efetivos, e destes, cinco são nascidos na década de cinquenta, podendo impactar a continuidade dos serviços de TI, devido à eventual aposentadoria. A unidade informa que almeja realizar, até o final de 2012, concurso público para prover recursos humanos para a Empresa, estando previstos profissionais para serem alocados na área de Tecnologia da Informação.

Ausência do exercício das atribuições, por parte da CGSI, no exercício 2011: a unidade informou que está em construção um Termo de Referência para a contratação de consultoria especializada



http://intranet.telebras.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Diretriz-229-Contrata%C3%A7%C3%A3o-Aqiuisi%C3%A7%C3%A3o-de-Materiais-Obras-e-Servi%C3%A7os.pdf

no tema, guardados os papeis de responsabilidade da UJ e os que podem ser contratados externamente, bem como o atendimento às melhores práticas de mercado.

Ausência de uma rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade: a unidade informou que reforçou a equipe com novas contratações que estão elaborando um diagnóstico sobre a infraestrutura. Em paralelo, foi contratada empresa que auxiliará na elaboração do Plano de Sistemas da TI.

Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecida aos demandantes do serviço: a unidade informou que os acordos de níveis de serviço com os fornecedores de serviços já foram estabelecidos por ocasião das contratações e os sla´s internos estão previstos no edital de contratação de Service Desk e Help Desk, que se encontra em elaboração.

2.8 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias (40)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação da situação das transferências voluntárias tendo em vista que a Telebrás não realizou e não recebeu transferências voluntárias de recursos no exercício.

2.9 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ (41)

Registramos que procedemos a análise de 5 (cinco) processos de licitação formalizados pela TELEBRAS, entre os exercícios de 2010 e 2011, compreendendo diversos objetos, bem como modalidades de licitação, os quais totalizaram o montante estimado da ordem de R$ 19.101.172,00, conforme demonstrado pelo quadro descritivo, a seguir:

Nº. Processo

Volumes Modalidade de Licitação

Objeto Fornecedor Valor (R$)

79/2010 4Pregão Eletrônico

Contratação, mediante Registro de Preços, de solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS, referente a Sistemas Auxiliares da Rede IP, composta por equipamentos de comutação de dados, servidores, softwares e serviços profissionais de instalação, treinamento, configuração e operação inicial, com garantia, visando a implantação do Programa Nacional de Banda Larga - PNBL em diversos Estados do País.

PromonLogicalis Tecnologia e Participações Ltda;

10.123.700,00


Contratação mediante Registro de Preços de empresas especializadas na prestação de serviços de engenharia, projeto, construção, certificação e ativação de infraestrutura de redes de fibras ópticas para acesso a clientes Telebras, incluindo a especificação, quantificação e fornecimento dos materiais necessárias à sua completa operacionalidade e de empresa para o fornecimento de cabos ópticos, objetivando a implantação do Programa Nacional de Banda Larga - PNBL.

CCBR - CATEL Construções do Brasil Ltda;

8.900.000,00

266/2011 1Dispensa de Licitação

Locação de terreno destinado à instalação de Estação Terminal de Rádio em Goiânia/GO.

Euler Coelho Marques CPF ***.684.611-**;

39.600 (anual)


Locação de Imóvel localizado na Fazenda Santa Cruz BR-226 Km 104 - Zona Rural - Município de Matões-MA

Companhia Maranhense de Produtos Agropecuários

24.000,00 (anual)


Locação de imóvel localizado na fazenda recreio, TO - 080 lote 119, Loteamento Santa Luzia, Município de Paraíso do Tocantins/TO.

Xxxxxxxxx Xxxxxxx xx

CPF ***.208.131-**;13.872,00 (anual)



Releva observar que tais processos licitatórios, referem-se a locais situados em diversos pontos do território nacional, nos impossibilitando, assim, de adentrarmos nos meandros de cada execução desses objetos, motivo pelo qual abrimos esse parêntese para consignarmos que os presentes trabalhos de auditoria enfocaram, eminentemente, os aspectos formalísticos de cada processo, atentando-se, sobretudo quanto aos procedimentos que se afiguram como imprescindíveis para a sua devida formalização, tais como: requisição da autoridade competente; definição clara e precisa do objeto a ser licitado; eleição, por parte da Unidade auditada, da modalidade de licitação que se apresente em estrita conformidade com os normativos existentes; aprovação desses instrumentos, após submetidos ao crivo dos correspondentes órgãos técnicos e/ou jurídicos, bem como a verificação da realização da devida publicidade dos mesmos pela Telebras; e celebração dos contratos.

2.10 Avaliação da Gestão do Uso do CPGF (42)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação da gestão do uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal, tendo em vista não ser aplicável à Unidade.

2.11 Avaliação da Gestão de Passivos sem Previsão Orçamentária (43)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação quanto à capacidade da Telebrás de intervir previamente sobre as causas que ensejaram a ocorrência de passivos sem a consequente previsão orçamentária de créditos ou de recursos, tendo em vista que não houve, por parte da Empresa, situação de reconhecer passivos por insuficiência de créditos ou recursos no exercício.

2.12 Avaliação da Conformidade da Manutenção de Restos a Pagar (44)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados à avaliação da conformidade da manutenção de restos a pagar por não ser aplicável à Unidade.

2.13 Avaliação da Entrega e do Tratamento das Declarações de Bens e Rendas (45)

Quanto ao cumprimento da Lei nº 8.730, de 1993, que estabelece a obrigatoriedade da apresentação da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos ou funções de confiança, verificou-se que a quase totalidade dos empregados da Empresa, cujos os cargos estejam indicados pelo inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/93, optaram pela assinatura de autorização de acesso.

Verificou-se, também, oportunidades de melhorias nos controles da Empresa quanto à entrega das referidas declarações, inclusive no momento do desligamento de empregados.

Conforme informações apresentadas pela Empresa, tais melhorias serão contempladas na implantação de Sistema Integrado de Gestão Empresarial em curso.

2.14 Avaliação da Gestão de Bens Imóveis de Uso Especial (46)

Quanto à regularidade dos processos de locação de imóveis de terceiros, procedeu-se avaliação por amostragem especificamente em relação à adequação dos preços contratuais dos aluguéis aos valores de mercado.

Verificou-se que o processo de locação de imóvel para abrigar as atividades administrativas



da Empresa perpassa a identificação de locais e realização de estudo analisando os custos associados ao aluguel de cada imóvel por dois ou três anos, o que incluiu, além do valor do aluguel, os valores referentes à adequação física de cada espaço.

Quanto a processos de locação de terreno para instalação de estação de telecomunicações, verificou-se a utilização de empresa contratada para realização de avaliação prévia do valor de locação praticado no mercado, sendo que a mesma utilizou-se de critérios estabelecidos pela Nota Técnica NBR 14.653.

Como resultado das análises, considera-se que a Empresa aplicou no exercício avaliado controles apropriados para buscar a adequabilidade da contratação de locação de espaços com os preços de aluguéis praticados no mercado.

No entanto, verificou-se oportunidade de aprimoramento nos controles com o objetivo de garantir a fidedignidade das informações prestadas por pessoas, pessoas físicas ou jurídicas, que venham celebrar contratos com a Telebrás, de forma a dar segurança aos próprios contratos.

2.15 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias (47)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação da gestão sobre renúncias tributárias por não ser aplicável à Unidade.

2.16 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU (48)

Quanto às determinações do Tribunal de Contas da União, foi avaliado o cumprimento do item 9.9 do Acórdão 6767/2011 - Segunda Câmara, conforme transcrito a seguir:

“9.9. com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal c/c o art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992, fixar o prazo de 60 (sessenta) dias para que a Telebrás adote providências com vistas a extinguir o Programa de Indenização por Serviços Prestados - Pisp, determinando que, a partir da ciência da presente deliberação, abstenha-se de admitir novas adesões ou desligamentos no âmbito do referido programa;”

A unidade informou que, em atendimento ao referido Acórdão 6767/2011, a Telebras declarou extinto o PISP no dia 17 de setembro de 2011.

Ressaltamos que a unidade recorreu do referido acórdão, a fim de receber orientação sobre o procedimento que deve ser adotado com os empregados que aderiram ao PISP antes dessa determinação e que ainda não foram desligados. Informou ainda que em 29.2.2012, o Sr. Ministro Relator, em sede de Despacho, suspendeu os efeitos do subitem 9.9 do Acórdão 6.767/2011 – 2ª Câmara. Por fim, a unidade informou que o processo continua sem julgamento definitivo pelo TCU.

2.17 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU (49)

A CGU acompanhou as recomendações dirigidas à Telebrás, mediante os relatórios de Auditoria Anual de Contas 245379 e 201108866, referentes aos exercícios 2009 e 2010, respectivamente, por meio do Plano de Providências Permanente – PPP.



Com relação ao exercício de 2009, o Relatório de Auditoria 245379 apresentou 11 recomendações, sendo que 8 foram atendidas, 2 prorrogada e 1 recomendação foi revisada por esta CGU.

Quanto ao Relatório de Auditoria nº 201108866, referente ao exercício de 2010, foram atendidas 13 recomendações, reiteradas 14 e e 1 recomendação foi revisada por esta CGU.

2.18 Ocorrência(s) com dano ou prejuízo:

Das análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Nome: XXXXX XXXXX XXXXXXXXXXX

Assinatura:

Nome: XXXXXXX XX XXXXXXX XXXXX

Assinatura:

Nome: XXXXXXX XXXXX XXXXX

Assinatura:

Nome: XXXXXX XXXXXXXXX XX XXXXX XXXXX

Assinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________XXXX XXXXXXX XXXXXX XXXXX

Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Comunicações



Achados da Auditoria - nº 201203588

1. GESTÃO OPERACIONAL

1.1. Subárea - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.1. Assunto - EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

1.1.1.1. Informação (1)

Informação básica da Ação 12OF – Implantação de Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga

Trata-se da Ação 12OF – Implantação de Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, cuja finalidade é proporcionar o acesso à Internet em banda larga aos cidadãos, instituições, Governo, entidades da sociedade civil e empresas; expandir a cobertura do serviço; elevar a velocidade de transmissão; e reduzir o preço final para o consumidor.

O montante de recursos executados nesta Ação, no exercício de 2011, está discriminado no quadro abaixo:



526.229.453,00 0,00 57.437.743,00 10,91

Fonte: Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN

1.1.1.2. Constatação (2)

Baixa execução da Ação 12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga.

O Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás apresentou as seguintes informações com relação à execução financeira da Ação 12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga.

Descrição AçãoOI

AprovadoOI

Realizado%

Realização

Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga

24.722.1008.12OF.0001 526.229.453 71.802.056 14%

Fonte: Decreto nº 7.605, de 10 de novembro de 2011, SIEST e SISCON

O Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN, por sua vez,



apresentou as seguintes informações com relação à execução financeira da Ação supra citadas:



526.229.453,00 0,00 57.437.743,00 10,91

Fonte: SIGPLAN

Das informações apresentadas, observa-se que o Relatório de Gestão de 2011 apresentou a execução financeira de 14%, enquanto o SIGPLAN registrou a execução financeira de 10,91% da ação, verificando-se uma baixa execução sobre a Ação no exercício de 2011, além das divergências apresentadas no Relatório de Gestão de 2011 e no SIGPLAN.

Sobre a baixa execução da Ação 12OF, o Relatório de Gestão da Telebrás, referente ao exercício de 2011, apresentou algumas considerações, informando que em 2010 e 2011 foram firmados contratos para fornecimento de equipamentos e serviços referentes à execução da Ação.

Em 25.10.2010, a Telebrás realizou o Pregão 02/2010-TB, referente à contratação de solução de infraestrutura básica, a serem utilizados na rede nacional de telecomunicações, contemplando os 3 (três) anéis (Nordeste, Sudeste e Sul) e duas rotas na Rede Norte do Backbone Nacional. Foram assinados 2 (dois) contratos em 23.11.2010, com quantitativos parciais para atendimento dos anéis Sudeste e Nordeste.

O TCU expediu medida cautelar em 16.12.2010, protocolado na Telebrás em 31.12.2010, o que impediu a empresa de realizar novos contratos associados a esse pregão, havendo o risco de uma possível anulação do processo licitatório, e podendo acarretar o cancelamento dos contratos já assinados, e parcialmente executados, apesar de, segundo informações do Relatório de Gestão, não ter havido nenhum pagamento até aquele momento.

Em função da situação apresentada, a Telebrás informou ter reduzido o ritmo dos trabalhos de implantação do PNBL, e que, ainda assim, foram vistoriados e elaborados projetos para estações do Anel Sudeste e 50 estações no Anel Nordeste, tendo sido estes projetos encaminhados às cedentes para aprovação. Foi identificada a necessidade de contratar itens não contemplados nos dois contratos iniciais, mas contidos em Atas. Tendo em vista o impedimento de assinar novos contratos, diversas estações tiveram sua implantação suspensa, aguardando a decisão do TCU.

O Acórdão n 1.339/2011, exarado em 25.5.2011, recomendou a renegociação dos valores contratados, tomando como referência os valores apurados pela Secob-3, e em caso de recusa das contratadas, abster-se de emitir novas ordens de serviço. A Telebras realizou as renegociações, obtendo-se sucesso em apenas 3 (três) das 4 (quatro) atas oriundas do Pregão 02/2010-TB, sendo que a ata que cobria a Rede Norte não obteve sucesso na renegociação de preços.

O Acórdão nº 2.074/2011, exarado em 10.8.2011, considerou satisfatória as renegociações das atas e contratos dos Anéis Sudeste e Nordeste, da ata da Rede Sul, e, com relação à ata da Rede Norte, determinou que fosse cancelada, tendo em vista o insucesso das renegociações. O TCU determinou o prazo de 30 (trinta) dias para que a Telebrás apresentasse os termos de apostilamento das atas e contratos vigentes.

Após a conclusão dos termos de apostilamento, foi assinado o segundo contrato do Anel Nordeste e o primeiro contrato para construção do Anel Sul, em 29.9.2011. O segundo contrato do Anel Sul foi assinado em 30.9.2011.



Conforme a Telebrás em seu Relatório de Gestão, “o período decorrido durante todo o processo em que pairava a insegurança administrativa e jurídica contabilizou 288 dias corridos, comprometendo de forma significativa o cronograma acordado pela Telebras.”

Para finalizar o conteúdo do Relatório de Gestão da Telebras de 2011 sobre a execução da Ação 12OF, a partir de julho de 2011, a empresa informou que ao final de 2011, a realização física da Telebras contabilizava:

- caracterização das fibras ópticas nos anéis Nordeste e Sudeste;

- ativação de 16 estações do tipo POP no Backbone Nacional;

- início de 45 obras de construção de estações do tipo POP no Anel Nordeste;

- início de 8 obras de construção de estações do tipo POP no Anel Sudeste;

- início de 4 obras de construção de estações do tipo POP no Anel Sul;

- elaboração de projetos de rede metropolitana para as principais cidades atendidas pelo trecho do Backbone já concluído;

- elaboração de projeto para as principais cidades que sediarão os jogos da Copa 2014.

Da situação apresentada pela Telebrás no Relatório de Gestão de 2011, não ficou claro se as ações realizadas em virtude do Pregão 02/2010-TB estariam sendo contempladas pelo orçamento de 2010 ou de 2011.

A princípio, os recursos relativos ao Pregão 02/2012-TB estavam assegurados na LOA 2010, e não no orçamento de 2011. Tendo em vista esta premissa, não constam informações, tanto no Relatório de Gestão de 2011, quanto nos dados constantes do SIGPLAN, dos motivos que levaram à sua baixa execução física e financeira para o exercício de 2011.

Cabe apontar que as informações referentes à medida cautelar do TCU, assim como seus Acórdãos, não constam no SIGPLAN como justificativa do baixo índice de execução da Ação 12OF para o exercício de 2011. O mês de abril de 2011 apresenta um comentário, que reproduzimos a seguir:

“Recursos ainda não transferidos à Telebras. Houve contingenciamento inicial dos recursos. Estão previstos 249 municípios atendidos, com recursos da ordem de 350 milhões. Com recursos de 526 milhões, se liberados a tempo, poderão ser atendidos até 500 municípios.”

Registre-se, ainda, no que se refere à execução física da Ação, cujo produto é “rede implantada”, verificou-se no SIGPLAN os seguintes dados:

Prev. Inicial Prev. Corrig. Realizado

Janeiro 0,000 0,000 0,000

Fevereiro 0,000 0,000 0,000

Março 0,000 0,000 0,000

Abril 0,000 0,000 0,000

Maio 1,000 1,000 0,000

Junho 1,000 1,000 0,046

Julho 3,000 3,000 0,016



Agosto 5,000 5,000 0,174

Setembro 2,000 2,000 0,037

Outubro 0,000 2,000 0,898

Novembro 0,000 2,000 0,219

Dezembro 0,000 2,000 0,868

Totais 12,000 18,000 2,258

LOA LOA + Créd. %Execução

12,000 18,000 12,54

O quadro apresenta como realizado para o mês de junho a execução física de 0,046. Mesmo com a execução bem abaixo da prevista para aquele mês, a previsão para o mês seguinte (julho) aumentou para 3,00, e assim ocorreu também para o mês de agosto. Não identificamos o motivo de não terem sido redimensionadas as previsões dos meses seguintes, tendo em vista as baixas execuções físicas realizadas.

O fato de que não constarem, no SIGPLAN, as informações referentes à medida cautelar e os Acórdãos do TCU, pode indicar que esses fatores não teriam influenciado na execução do orçamento da Ação para o exercício de 2011, ou, ainda, que o SIGPLAN não vem sendo alimentado apropriadamente. Da mesma forma, as previsões de execução física, bem acima do realizado para a Ação, pode indicar que não houve um correto redimensionamento ou, ainda, que o SIGPLAN não vem sendo alimentado apropriadamente. Pelo exposto, não foi possível identificar as causas das baixas execuções física e financeira da Ação 12OF.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203588/013, de 4.9.2012, solicitamos que o Gestor apresentasse manifestações para os fatos apontados.

Manifestação da Unidade Examinada:

A Telebrás se manifestou por meio de correspondência eletrônica encaminhada em 12.9.2012, conforme a seguir:

“Quanto as informações sobre o Pregão 02/2010 se estão contempladas no orçamento de 2010 ou 2011 informamos que em 25/10/2010, a Telebras realizou o Pregão 02/2010-TB, referente à contratação de solução de infraestrutura básica, a serem utilizados na rede nacional de telecomunicações, contemplando os 3 (três) anéis (Nordeste, Sudeste e Sul) e duas rotas na Rede Norte do Backbone Nacional. Foram assinados 2 (dois) contratos em 23.11.2010 anéis (Sudeste e Nordeste), números 22/2010 e o 23/2010, respectivamente, com término de vigência em 2014 e, em 2011, foram assinados mais 4 (quatro) contratos com término em 2015.

As despesas decorrentes dos contratos realizados por meio do Pregão 02/2010-TB correm à conta dos recursos consignados nos Orçamentos Anuais, a cargo da Telebras, cujos programas de trabalho e elementos de despesa específica constam das respectivas Ordens de Compra, conforme previsto na cláusula de dotação orçamentaria dos contratos.

No que diz respeito a não realização do redimensionamento da programação da execução



física justifica-se pelo reduzido quadro de pessoal, pela momentânea falta de um sistema corporativo que proporcione recursos de planejamento de metas, tramitação e aprovação de documentação e emissão de relatórios gerenciais.

Para solucionar tais dificuldades foi contratado em 2012 uma empresa para mapeamento dos processos, conforme consta no Processo 143/2011, Contrato 038/2012, neste está previsto mapear os procedimentos operacionais da Telebras, com a identificação de possíveis falhas e riscos, e propor melhorias e definição de metas; implantação de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial, conforme consta no Processo 157/2012, Contrato 76/3700/2012.

Foi também criado o Comitê Gestor Orçamentário, que tem por objetivo formular e acompanhar a execução financeira e orçamentária, entre outras. Proporcionar mecanismos de gestão gerencial e auxílio na tomada de decisões no âmbito da Telebras. O trabalho é realizado por meio de reuniões periódicas, com representantes das Diretorias e da Presidência. Trata das informações de todas as áreas da Empresa, visa definir mecanismos de racionalização de gastos, redução de custos na aplicação dos recursos orçamentários e financeiros, definir diretrizes e orientações para acompanhamentos das receitas e conferir unicidade nos relatórios gerenciais, no tocante às informações de Investimentos, Despesas, Metas Físicas e Receita.

Quanto à baixa execução do ano de 2011 informamos que execução física de 2011 não está relacionada ao orçamento e sim a impetração de uma representação junto ao TCU e posterior expedição de medida cautelar referente ao Pregão 02/2010-TB. A medida cautelar do TCU foi expedida em dezembro de 2010.

Essa cautelar paralisou os contratos já realizados e impediu a Telebras de realizar novos contratos associados a esse Pregão, e havia o risco de uma possível anulação desse processo licitatório, o que poderia acarretar o cancelamento dos contratos já assinados e parcialmente executados. Tal cancelamento poderia acarretar em que a Telebras ficasse com obras pela metade.

Observe-se que o Acórdão do TCU, liberando a Telebras para continuidade de execução dos contratos, foi promulgado em 13/08/2011 o que ensejou para um completo comprometimento do planejamento de obras e consequente execução do seu orçamento. Haja vista que já àquela altura, já haviam decorrido sete meses e meio do exercício de 2011.”

Em 25.9.2012, em resposta ao Ofício nº 27359/2012/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 18 de setembro 2012, que encaminhou à Empresa o Relatório Preliminar de Auditoria nº 201203588, a Telebrás se manifestou novamente, informando que o SIGPLAN está sendo descontinuado e indisponível para entrada de informações, e que o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP – será o responsável pelo acompanhamento da execução orçamentária.

Análise do Controle Interno:

Sobre a baixa execução física e financeira da Ação 12OF - Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, a Telebrás informou não estar relacionada ao orçamento, mas à impetração de uma representação junto ao TCU e posterior expedição de medida cautelar referente ao Pregão 02/2010-TB.



A empresa informou que a medida cautelar do TCU foi expedida em dezembro de 2010 e paralisou os contratos já realizados, impedindo a realização de novos contratos já assinados e parcialmente executados.

Sobre o fato de que a Telebrás não realizou o redimensionamento das metas físicas, a empresa justificou que se deve ao reduzido quadro de pessoal, pela momentânea falta de um sistema corporativo que proporcione recursos de planejamento de metas, tramitação e aprovação de documentação e emissão de relatórios gerenciais.

No intuito de solucionar as dificuldades apresentadas pela Telebrás, a empresa menciona sobre a contratação de empresa para o mapeamento dos procedimentos operacionais, e cita a implantação de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial, conforme Processo nº 157/2012, Contrato nº 76/3700/2012.

Além disso, informa sobre a criação do Comitê Gestor Orçamentário, com o objetivo de formular e acompanhar a execução financeira e orçamentária e proporcionar mecanismos de gestão gerencial e auxílio na tomada de decisões da empresa, dentre outras atribuições.

Verifica-se que a Telebrás vem buscando aprimorar o seus controles de acompanhamento da execução física e financeira, mas depende ainda de algumas ações para que estes controles se tornem efetivos.

Recomendações:

Recomendação 1:

Encaminhar o cronograma referente à implantação do Sistema Integrado de Gestão Empresarial, conforme Processo nº 157/2012, Contrato nº 76/3700/2012.

Recomendação 2:

Encaminhar o documento de criação do Comitê Gestor Orçamentário, bem como os principais produtos dos trabalhos por ele realizados, de maneira a verificar sua atuação sobre o acompanhamento da execução física e financeira da Telebrás, bem como sua alimentação no SIOP.


Divergência entre as informações prestadas no Relatório de Gestão com os dados do SIGPLAN, em relação à execução financeira das Ações 4101, 4103 e 12OF.

Com o objetivo de avaliar os resultados quantitativos e qualitativos da gestão, identificou-se divergência entre as informações, prestadas no Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás, com os dados do SIGPLAN, em relação à execução financeira das Ações 4101 - Manutenção e Adequação de Bens Imóveis, 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento e 12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga.

O Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás apresentou as seguintes informações com relação à execução financeira das Ações 4101, 4102, 4103 e 12OF:



Descrição AçõesOI

AprovadoOI

Realizado%

Realização

Manutenção e Adequação de Bens Imóveis

24.122.807.4101.0053 13.632.676 696.895 5%

Manutenção e Adequação de Bens Móveis

24.122.807.4102.0053 5.435.757 916.694 17%

Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação

e Teleprocessamento

24.122.807.4103.0053 6.948.945 2.216.611 32%

Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga

24.722.1008.12OF.0001 526.229.453 71.802.056 14%

TOTAL 552.246.831 75.632.256 14%Fonte: Decreto nº 7.605, de 10 de novembro de 2011, SIEST e SISCON

O Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN, por sua vez, apresentou as seguintes informações com relação à execução financeira das ações supra citadas:


4101 – Manutenção e Adequação de Bens Imóveis

13.632.676 0,00 700.526,00 5,14

4102 – Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos

5.435.757,00 0,00 916.694,00 16,86

4103 – Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informações e Teleprocessamento

6.948.945,00 0,00 2.371.544,00 34,13


526.229.453,00 0,00 57.437.743,00 10,91

Fonte: SIGPLAN

Das informações apresentadas, observa-se, no que se refere à ação 4101 – Manutenção e Adequação de Bens Imóveis, que o Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás registrou a execução de R$ 696.895,00, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 700.526,00.

Com relação à ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informações e Teleprocessamento, o Relatório de Gestão de 2011 apresentou a execução de R$ 2.216.611,00, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 2.371.544,00.

Finalmente, no que se refere à ação 12OF, o Relatório de Gestão de 2011 apresentou a execução de R$ 71.802.056, enquanto o SIGPLAN registrou a execução de R$ 57.437.743,00.

Observa-se, assim, a divergência das informações registradas no Relatório de Gestão da Telebrás e no SIGPLAN, com relação às ações 4101, 4103 e 12OF. Sobre o assunto, cumpre destacar que o Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, referente ao exercício de 2010, apontou “Incorreções dos dados da Ação 12OF no Relatório de Gestão e no SIGPLAN”. Foi recomendado à Telebrás, naquela oportunidade, que estabelecesse rotina para preenchimento e atualização da execução das ações sob sua responsabilidade nos respectivos sistemas governamentais, o que vem sendo acompanhado por meio do Plano de Providências referente ao exercício de 2010.




A Telebrás se manifestou por email encaminhado em 12.9.2012, conforme a seguir:

“Quanto à divergência de valores entre o Relatório de Gestão e os dados constantes no SIGPLAN mencionados nos itens 1.1.1.2 e 1.1.1.3, devem-se ao fato do prazo para envio das informações no sistema ter findado no último dia de fevereiro de 2012, bloqueando para edição/inserção/correção dos dados. Por não estar disponível ainda o balanço definitivo de 2011, as informações foram enviadas com base em um balancete provisório, para serem revisadas em seguida, tão logo ocorresse o encerramento do balanço do exercício.

Assim sendo os valores inseridos apontaram um investimento da ordem de R$ 57.437.743, para a ação, 12OF - Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, sendo que o valor correto apurado em seguida foi de R$ 71.802.056. O mesmo ocorreu com as ações 4101 – Manutenção e Adequação de Bens Imóveis –, na ordem de R$ 700.526, sendo que o valor correto apurado em seguida foi de R$ 696.895, e na ação 4103 – Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação –, na ordem de R$ 2.371.544, sendo que o valor correto apurado em seguida foi de R$ 2.216.611.

Visando realizar o ajuste das informações no SIGPLAN esta Empresa, por meio de sua Gerência Financeira e Orçamentária, irá encaminhar ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão solicitação de correção dos dados.”

Em 25.9.2012, em resposta ao Ofício nº 27359/2012/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 18 de setembro 2012, que encaminhou à Empresa o Relatório Preliminar de Auditoria nº 201203588, a Telebrás se manifestou novamente, informando que o SIGPLAN está sendo descontinuado e indisponível para entrada de informações, e que o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP – será o responsável pelo acompanhamento da execução orçamentária.


A Telebrás se manifestou no sentido de que o prazo para envio das informações no SIGPLAN finalizou no último dia de fevereiro de 2012, bloqueando para edição/inserção/correção dos dados e que, por não estar disponível o balanço definitivo de 2011, a Empresa enviou as informações com base em um balancete provisório.

Tendo em vista as recomendações referentes à constatação “Baixa execução da Ação 12OF – Implantação da Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga”, esta CGU acompanhará a alimentação da execução física e financeira no SIOP na oportunidade em que se verificar o atendimento àquelas recomendações.

2. CONTROLES DA GESTÃO

2.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS



2.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO


A extinção do PISP foi determinada por meio do item 9.9 do Acórdão 6767/2011 - Segunda Câmara, conforme transcrito a seguir:

“9.9. com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal c/c o art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992, fixar o prazo de 60 (sessenta) dias para que a Telebrás adote providências com vistas a extinguir o Programa de Indenização por Serviços Prestados - Pisp, determinando que, a partir da ciência da presente deliberação, abstenha-se de admitir novas adesões ou desligamentos no âmbito do referido programa;

9.10. determinar à Secretaria Federal de Controle Interno/CGU que informe nas próximas contas o cumprimento da determinação contida no subitem 9.9;”

Entretanto, por meio do Relatório de Gestão do Exercício 2011, no “Quadro A.15.1 - Cumprimento das deliberações do TCU atendidas no exercício - anexo 03”, a Telebras informa que, devido a recursos impetrados, os efeitos do subitem 9.9 do referido acórdão encontram-se suspensos, conforme transcrito a seguir:

“O Ministério das Comunicações, por meio do ofício n° 91/2011, solicitou à Telebras que, em virtude das determinações do acórdão emanado pelo TCU, tome todas as medidas necessárias para extinguir imediatamente o PISP.

Assim sendo e em atendimento ao referido Acórdão 6767/2011, a Telebras declarou extinto o PISP no dia 17 de setembro de 2011, por meio de mensagem eletrônica encaminhada a todos os empregados da Empresa.

Contudo, a Presidência informou que recorreu do referido acórdão, a fim de receber orientação sobre o procedimento que deve ser adotado com os empregados que aderiram ao PISP antes dessa determinação e que ainda não foram desligados. (Recurso de Reconsideração, protocolizado no TCU em 21/09/2011).

Em 29/02/2012, acolhendo Recursos impetrados pela Telebras, Anatel e por empregados da Empresa, o Sr. Ministro Relator, em sede de Despacho, suspendeu os efeitos do subitem 9.9 do Acórdão 6.767/2011 – 2ª Câmara.

Em 07/03/2012 o processo ainda não havia sido julgado em definitivo.”

Em resposta aos questionamentos desta CGU, a Telebras encaminhou email em 12.9.2012, informando:

“Em 12/09/2012, conforme consta do site do TCU, o processo nº 015.126/2009-2 encontra-se no Gabinete do Procurador Júlio Marcelo de Oliveira, desde 11/06/2012, aguardando minuta do Ministério Público.



Conforme acima, o processo continua sem julgamento definitivo pelo TCU.”

2.1.2. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO


Em verificação às recomendações expedidas pela CGU em exercícios anteriores, observa-se a situação constante do quadro a seguir.

Nº DO RELATÓRIO

DE AUDITORIA DE CONTAS

ITEM DO RELATÓRIO (NÚMERO E DESCRIÇÃO

SUMÁRIA)RECOMENDAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL DA

RECOMENDAÇÃO

201108866

1.2.1.1 - CONSTATAÇÃO: (022) Ausência de metas para conclusão de revisão de procedimentos

Recomendação 1:Que sejam apresentados os grupos de trabalho encarregados de atualizar as práticas/diretrizes, organograma e regimento interno da Telebras;

Recomendação Atendida.

Que sejam apresentadas as práticas/diretrizes atualizadas e devidamente aprovadas listadas em sequência:• Diretriz Concessão de Assistência à Saúde;• Prática concessão de Assistência à Saúde;• Diretriz Concessão de Auxílio Indenizatório Creche e Assistência Pré Escolar;• Prática Concessão de Auxílio Indenizatório Creche e Assistência Pré Escolar;• Diretriz Concessão de Férias;• Diretriz Regime Disciplinar;• Prática Estágio Supervisionado;• Prática Capacitação;• Prática de Atendimento ao Programa de Aprendizagem;• Diretriz Jornada de Trabalho;• Diretriz Quarentena;• Fiscalização de Contratos; e• Diretriz de Aquisições e Contratações.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação 3:Que seja apresentado o Organograma atualizado e devidamente aprovado

Recomendação Atendida.

Recomendação 4:Que seja apresentado o Regimento Interno atualizado e devidamente aprovado

Recomendação Atendida

1.2.1.2 - CONSTATAÇÃO: (023)Ausência de mapeamento de risco

Recomendação 1:Que seja apresentado um cronograma indicando as áreas a serem modeladas e capacitadas.


Recomendação 2:Que sejam apresentados os riscos inerentes às atividades da empresa e uma avaliação da relevância dos mesmos após o modelamento das áreas proposto.


2.1.1.1 - CONSTATAÇÃO: (021)Ausência de atualização do Plano de Contas da Telebras

Recomendação 1:Que sejam inseridas, no plano de contas da Telebras, as contas citadas item 3 da Portaria TCU nº 277/2010 ou contas que possam representar o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos.


3.2.1.1 - CONSTATAÇÃO: (017)Ausência de controles acerca da entrega de cópias das declarações de bens e rendas exigidas pela Lei nº 8.730/93 (ou das autorizações para acesso eletrônico das declarações).

Recomendação 1:Que sejam apresentados os comprovantes de recebimento das cartas de cobrança.


Recomendação 2:Disponibilizar para consulta as declarações entregues a essa unidade de pessoal para os conselheiros seguintes:


4.1.1.1 - CONSTATAÇÃO: (018) Recomendação 1: Recomendação



Contratação de itens com sobrepreço no Pregão Eletrônico 02/2010.

Apresentar a esta CGU os documentos comprobatórios da aprovação da Diretriz de Aquisições e Contratações.

Atendida

Recomendação 2Quando da aprovação da Diretriz de Aquisições e Contratações, observar a necessidade de que o documento estabeleça que:• os objetos licitados sejam parcelados no maior número de itens possível;• o orçamento seja detalhado conforme exigências da legislação vigente, tal como LDO, permitindo a comparação dos preços licitados com as listas de preços oficiais;• as pesquisas de preços sejam feitas de maneira mais ampla e contemplando o maior número de fornecedores e fontes possível.


Recomendação 3Apurar as responsabilidades quanto à não observação do disposto pela Lei nº 12.017, de 12.8.2009, especificamente pelo artigo 112, no que tange à não utilização do SINAPI no processo de elaboração do preço de referência do Pregão Eletrônico 02/2010.


4.2.1.1 - CONSTATAÇÃO: (019)Ausência de registro, no Siasg, de 40 contratos/Termos Aditivos, no valor total de R$ 97.072.050,28.

Recomendação 1:Que sejam cadastrados, no SIASG, todos os 40 Contratos/Termos Aditivos, apresentando os resultados a esta CGU.


5.1.1.1 - CONSTATAÇÃO: (002)Incorreções dos dados da Ação 12OF, no relatório de Gestão e no Sigplan.

Recomendação 1:Encaminhar para o Tribunal de Contas da União versão do Relatório de Gestão da UJ com as informações apresentadas em conformidade com a Portaria TCU 277/2010, de 7.12.2010.


Recomendação 2:Estabelecer rotina para preenchimento e atualização da execução das ações sob sua responsabilidade nos respectivos sistemas governamentais.


5.1.2.1 - CONSTATAÇÃO: (001)Ausência de indicadores institucionais para a avaliação da gestão.

Recomendação 1:Apresentar cronograma prevendo as etapas para a elaboração, instituição e implantação dos indicadores a serem utilizados pela Empresa para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela sua gestão.


Recomendação 2:Observar os princípios da utilidade e mensurabilidade quando da elaboração dos indicadores institucionais.


5.1.3.1 - CONSTATAÇÃO: (009)Ausência de Plano Estratégico Institucional.

Recomendação 1:Apresentar a esta CGU o Plano Estratégico da Telebras, a ser elaborado conforme informações constantes da CT. 1000/145/2011, de 16.9.2011.


5.1.3.2 - CONSTATAÇÃO: (010)Inexistência de Comitê Gestor de Segurança da Informação.

Recomendação 1:Apresentar a esta CGU os documentos comprobatórios da criação do Comitê Gestor de Segurança da Informação.


5.1.3.3 - CONSTATAÇÃO: (011)Ausência de Política de Segurança da Informação em vigor.

Recomendação 1:Apresentar a esta CGU os documentos comprobatórios da aprovação da Política de Segurança da Informação da Telebras.


5.1.3.4 - CONSTATAÇÃO: (012)Ausência de Processo de Desenvolvimento de Sistemas em vigor.

Recomendação 1:Apresentar a esta CGU os documentos comprobatórios da aprovação da Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas.


5.1.3.5 - CONSTATAÇÃO: (013)Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço.

Recomendação 1:Apresentar plano de trabalho, composto de produtos intermediários e respectivos prazos, com vistas à instituição do processo de gestão de acordos de níveis de serviço.


5.1.3.6 - CONSTATAÇÃO: (014)Ausência de comprovação de

Recomendação 1:Apresentar cópia dos contratos citados no Anexo IX do

Recomendação Revisada.



instituição de acordos de nível de serviço nos contratos celebrados com terceiros.

Memorando 3700-3000/23-11, de forma a comprovar a utilização de acordos de nível de serviço no âmbito da gestão contratual dos serviços/compras da área de Tecnologia da Informação da Telebras.

Novo texto:

Recomendação 1 Incluir, sempre que possível, nos contratos com terceiros o Acordo de nível de serviço, contendo os indicadores e instrumentos de medição dos serviços prestados; os procedimentos de fiscalização da qualidade do serviço; a correlação entre o não atendimento das metas estabelecidas e os respectivos descontos nos pagamentos da contratada, bem como estabelecer limites/prazos objetivos para o início da aplicação de multas proporcionas à inadimplência da contratada.

5.1.3.7 - CONSTATAÇÃO: (015)Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI.

Recomendação 1:Envidar esforços com vistas a dar celeridade à elaboração e aprovação da norma interna para aquisição de bens e contratação serviços.


Recomendação 2:Encaminhar cópia da norma interna para aquisição de bens e contratação serviços da Empresa, quando da aprovação da mesma.


5.1.5.1 - CONSTATAÇÃO: (005)Ausência de justificativa para os quantitativos de mobiliários adquiridos por meio dos contratos 2600/005/2010-TB e 2600/006/2010-TB.

Recomendação 1:Orientar as áreas responsáveis quanto à devida instrução processual,de forma que os mesmos contemplem todas as informações necessárias para caracterizar a demanda real dos produtos a serem adquiridos


5.1.5.2 - CONSTATAÇÃO: (006)Ausência de justificativa para os quantitativos de Cartuchos de Toner e Line Cords adquiridos por meio das Ordens de Compra 102/2010 e 77/2010.

Recomendação 1:Orientar as áreas responsáveis quanto à devida instrução processual, de forma que os mesmos contemplem todas as informações necessárias para caracterizar a demanda real dos produtos a serem adquiridos.


5.1.5.3 - CONSTATAÇÃO: (007)Ausência de justificativa para escolha da empresa e do objeto contratado por dispensa de licitação.

Recomendação 1:Deflagrar ações com vistas a recuperação do aparelho telefônico celular doado.


245379

2.1.1.1 CONSTATAÇÃO: (005) Ausência de corpo jurídico próprio da Telebrás.

RECOMENDAÇÃO: 001 Proceder a implantação do plano de ação com vista a reestruturação e fortalecimento da gerência jurídica, informando a esta CGU sobre as devidas revisões do plano incluindo o andamento percentual respectivo de cada ação para fins de acompanhamento.


3.2.1.1 CONSTATAÇÃO: (006) Manutenção de cessões de empregados da Telebrás à Anatel em condições não amparadas pelo Decreto nº 4.050, de 12.12.2001.

RECOMENDAÇÃO: 001 Apresentar, no prazo de 30 dias, plano de ação com vistas a regularizar as cessões dos empregados da Telebrás, em exercício na Anatel, ao Decreto 4.050, de 12.12.2001, contemplando prazos suficientes para que não haja descontinuidade das atividades da Anatel bem como impacto nas atividades da Telebrás em especial as do Plano Nacional de Banda Larga – PNBL.


3.2.1.2 CONSTATAÇÃO: (007) Ausência de publicação das cessões no D.O.U e termos de cessão sem autorização da autoridade competente.

RECOMENDAÇÃO: 001Que sejam apresentadas a esta CGU as publicações no D.O.U. das respectivas cessões junto ao Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil – SIPEC e anexadas aos termos de cessão, os quais devem ser assinados pelo ministro de estado.


4.1.1.1 CONSTATAÇÃO: (015) Ausência da publicação de dados de licitações e contratos no Portal de compras do Governo Federal (Comprasnet).

RECOMENDAÇÃO:001Que a Telebrás passe a alimentar o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG – com os dados referentes aos seus contratos em todas as modalidades, conforme legislação vigente, possibilitando acesso amplo a essas informações por meio do Portal de Compras do Governo Federal, via web.




4.1.1.5 CONSTATAÇÃO: (017) Reajuste do valor de contrato acima dos índices médios praticados no mercado e sem justificativa por meio de planilha de preços.

Recomendação:(001)Que a Telebrás apresente os resultados advindos da anulação do Termo Aditivo ao Contrato nº 001/2009-Telebrás, em especial quanto à recomposição do valores pagos indevidamente e ao estabelecimento de responsabilidades


4.1.1.6 CONSTATAÇÃO: (018) Prestação de Serviços de locação de Veículo com automóvel fora da especificação contratual.

RECOMENDAÇÃO: 001Que a Telebrás deflagre processo com vista a aplicação de penalidade à contratada, pela inexecução parcial do Contrato de serviços de locação de veículo.


4.1.1.7 CONSTATAÇÃO: (019) Fragilidade no controle de itinerário do veículo contratado

RECOMENDAÇÃO: 001Que a Telebrás aperfeiçoe o controle de deslocamento de veículos contratados, detalhando os trechos efetivamente percorridos.


5.1.2.1 CONSTATAÇÃO: (009) Ausência de providências com vistas ao atendimento de recomendação exarada por meio da Nota Técnica nº 2019/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 19 de agosto de 2009 e descumprimento dos termos da CT.1000/082/2009, de 31.8.2009, enviada ao Min. Das Comunicações

Reiterar a recomendação exarada, por meio da Nota Técnica nº 2019/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR:“Apure os fatos e as responsabilidades pela liberalidade na ampliação do prazo de adesão ao PISP por período indeterminado, em condições que não subsistiam suas finalidades e sem a autorização prévia e obrigatória da SEST, o que acabou por onerar o patrimônio público com o pagamento de indenizações desmotivadas e inoportunas”


5.2.2.2 CONSTATAÇÃO: (008) Impropriedades no preenchimento das folhas de ponto dos servidores terceirizados e nos modelos de folha de ponto utilizados.

RECOMENDAÇÃO: 001Promover a correta aceitação do serviço somente após a apresentação dos documentos comprobatórios da prestação do serviço, incluindo a devida subscrição dos responsáveis nas folhas de pontos dos prestadores de serviço.


RECOMENDAÇÃO: 002Providenciar a comprovação formal da efetiva prestação dos serviços por parte dos terceirizados apontados na descrição dos fatos, ou demais providências cabíveis.


2.2. Subárea - CONTROLES INTERNOS

2.2.1. Assunto - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS


Ausência de Informações no Relatório de Gestão.

Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010 especificamente quanto a verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 205/2012.

Foi verificado que em obediência a Decisão de Normativa TCU 117/2011 – Anexo II, a Telebras acostou ao processo de contas o Parecer da unidade de auditoria interna (fls. 190 -192), a Deliberação da Diretoria Executiva (fl. 195), a Deliberação do Conselho de Administração (f. 197).

Conforme a DN TCU nº 108/2010, Anexo II, Quadro A1, linha d (sociedade de economia mista), os seguintes itens da parte A da referida DN devem ser apresentados no relatório de gestão da Telebras: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,14,15, 16,17, bem como os seguintes itens da parte B da referida DN: 3, 4 e 5.



Quanto ao relatório de Gestão foram identificados as seguintes inconformidades com a Portaria TCU 123/2011

1.1 Relatório de Gestão Individual

Página 7: Estão ausentes os “Manuais e publicações relacionadas às atividades da unidade”.

2.2 Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais

Página 13: Estão ausentes as seguintes referências:

“Na descrição das principais decisões estratégicas acima referidas devem ser referenciados:

a) (...)

b) Limitações internas da unidade (problemas de instalações, deficiências de pessoal, restrições no orçamento e nos recursos financeiros ou outras que, de forma exclusiva ou conjunta, levaram à opção por um determinado caminho ou orientação para a gestão e a abandonar outras opções);

c) Principais medidas adotadas como exceção às normas e regras gerais da administração que a UJ foi obrigada a adotar e quais as razões para isso ter ocorrido.” (grifamos)

5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição da unidade jurisdicionada

Página 26: “Quadro A.5.1 – Força de Trabalho da UJ – Situação apurada em 31/12”

Na coluna autorizada, preencheu-se certos campos com um traço “-”. Deveria ter-se utilizado a expressão “não há”, conforme transcrito da portaria TCU 123/2011:

“Autorizada: Lotação autorizada por lei, quando for o caso, para provimento de cargos na UJ. Se para uma determinada tipologia de cargo não houver lotação autorizada por lei, esta coluna deve ser preenchida coma a expressão “não há”.”

Página 29: “Quadro A.5.5 – Quantidade de servidores da UJ por nível de escolaridade - Situação apurada em 31/12”. Os níveis de escolaridade estão em desconformidade com o definido na portaria TCU 123/2011. A Telebras indicou os níveis básico, médio e superior. Entretanto, a portaria define desta forma:

“Os níveis de escolaridade correspondem a:

1 - Analfabeto;



2 - Alfabetizado sem cursos regulares;

3 - Primeiro grau incompleto;

4 - Primeiro grau;

5 - Segundo grau, ensino médio ou técnico;

6 - Superior;

7 - Aperfeiçoamento, Especialização ou Pós-Graduação;

8 - Mestrado;

9 - Doutorado (inclui PhD, Livre Docência e Pós Doutorado);

10 - Não Classificada.”

Página 31: “Quadro A.5.9 - Quadro de custos de pessoal no exercício de referência e nos dois anteriores”. Observa-se que está ausente a fonte dos dados.

Página 32: “Quadro A.5.9A - Quadro de custos de pessoal no exercício de referência e nos dois anteriores”. Observa-se que está ausente a análise crítica relativa ao quadro conforme exigido pela Portaria TCU 123/2011.

5.5 Terceirização de mão de obra empregada pela unidade jurisdicionada

Não foram incluídos, no relatório de gestão, os seguintes quadros contrariando a Portaria TCU 123/2011:

Quadro A.5.10 – Relação dos empregados terceirizados substituídos em decorrência da realização de concurso público ou de provimento adicional autorizados.

Quadro A.5.12 - Contratos de prestação de serviços de limpeza e higiene e vigilância ostensiva

Quadro A.5.13 - Contratos de prestação de serviços com locação de mão de obra

8. Parte A, Item 8, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

Página 34: Está ausente a seção “8.2 Análise Crítica”.

13. Parte A, Item 13, do Anexo II da DN TCU Nº 108, de 24/11/2010.



Está ausente o item “13.1Despesas Com Cartão de Crédito Corporativo”. Numerou-se o item seguinte (14 renúncias tributárias) como se este fosse o item 13.

17. Parte B, Item 1, do Anexo II da DN TCU N.º 108, DE 24/11/2010

Página 43: Está ausente o item “17.1Declaração do contador atestando a conformidade das demonstrações contábeis”.


Página 43: Está ausente o item “18.1Análise Crítica das Demonstrações Contábeis da Administração Pública Federal Direta”.


Página 43. Item “19.1 Análise Crítica das Demonstrações Contábeis das Empresas Estatais”, porém numerado como item 16.1. As demonstrações contábeis não foram assinadas (veja a página 37 do anexo 9).

Parte C, itens 1 a 12, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

Estão ausentes, por não se aplicam à Telebras. O relatório de gestão poderia informar que tais itens não são aplicáveis à empresa.

25. Parte C, item 12, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

Página 47 e 48: Item “25.1 Remuneração paga aos administradores”. Os itens 2c, 2d, 3, 4 e 5 não foram esclarecidos. Apresentam apenas a seguinte declaração: “A política ou prática de remuneração dos administradores da Telebras é definida pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – DEST.”. Cabe lembrar que a Portaria 123/2011-TCU determina que “A unidade jurisdicionada deve discorrer sobre a política ou prática de remuneração dos membros da diretoria estatutária, do conselho de administração e do conselho fiscal” (grifamos).

Página 51: “Quadro C.12.2 - Síntese da remuneração dos administradores”. Na coluna 2011, linha “III – Total da Remuneração (I+II)”, há o valor de “1.33639.134.26”.

Parte C, itens 16 , 19, 30, 37, 38, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

Página 53: Estão ausentes, por não se aplicar à Telebras. O relatório de gestão poderia informar que tais itens não são aplicáveis à empresa.

Parte C, item 36, do Anexo II da DN TCU Nº 108, DE 24/11/2010.

Página 53: Anexo 11, “Informações sobre entidades fechadas de previdência



complementar”.A folha 4 do Anexo não foi assinada pelos responsáveis.

3. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

3.1. Subárea - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

3.1.1. Assunto - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS


Ausência de procedimento específico para garantir que empregados no momento de seu desligamento da empresa apresente declaração de bens, com indicação das fontes, em conformidade com o inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/93.

Objetivando verificar se a Telebrás está dando cumprimento à Lei nº 8.730, de 1993, que estabelece a obrigatoriedade da apresentação da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos ou funções de confiança, solicitou-se à Empresa a disponibilização das Declarações de Bens e Rendas ou autorizações de acesso de empregados de acordo com amostra previamente estabelecida.

Em resposta, a empresa informou que dos 18 empregados selecionados, 16 optaram por assinarem autorização de acesso. A Empresa encaminhou cópia das respectivas autorizações e disponibilizou as 02 declarações para verificação.

Realizou-se, por meio de inspeção, a verificação das duas declarações disponibilizadas. Verificou-se que uma delas refere-se ao empregado CPF ***.332.666-** que saiu do quadro da Empresa em setembro de 2011. Quanto a esta declaração, verificou-se que a mesma somente continha a declaração de bens referentes ao exercício 2009 e 2010, não trazendo informações referentes à sua data de saída da Empresa.

Quanto a isso, a Lei nº 8.730/93 estabelece:

“Art. 1º É obrigatória a apresentação de declaração de bens, com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício de cargo, emprego ou função, bem como no final de cada exercício financeiro, no término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo, por parte das autoridades e servidores públicos adiante indicados:

(...)

VII - todos quantos exerçam cargos eletivos e cargos, empregos ou funções de confiança, na administração direta, indireta e fundacional, de qualquer dos Poderes da União.”

Assim, verifica-se que a Empresa deveria ter exigido do Empregado a apresentação de declaração de bens, com indicação de renda, no momento de seu desligamento da empresa. Conforme informações apresentadas por empregados da Empresa, no decorrer da inspeção, a área de pessoal da Telebrás utiliza-se de check-list para orientar os trâmites referentes a desligamento de empregados, sendo que o procedimento atual não prevê a exigência da declaração em caso de desligamento de empregado cujo perfil seja previsto no inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/93.



Quanto aos controles estabelecidos, verificou-se que o controle é feito de forma manual, utilizando-se de módulo do sistema de pessoal da empresa para registro e verificação da entrega das declarações. Em caso de necessidade de geração de relatório gerencial sobre a entrega das declarações, a mesma deve ser feita via extração realizada pela área de TI da Empresa. Não há alertas automáticos indicando a não entrega de declarações.

A princípio, verifica-se que os controles são frágeis por depender de verificação manual dos registros de cada empregado para identificar a não entrega de declarações, porém, tendo em vista o cenário informado no decorrer da inspeção de que há apenas um empregado na Empresa que não optou pela assinatura de autorização de acesso, verifica-se que o custo de implantação de sistema de alertas não seria razoável, haja vista que, até o momento, não há um número relevante de servidores optantes pela entrega de declarações.


“Das 18 declarações de bens e rendas requeridas pela CGU, apenas 1 não atendeu os requisitos da norma, relacionado à saída do empregado, já que a declaração do ano anterior foi apresentada. Quanto a declaração não conforme, relativa ao empregado CPF ***.332.666-**, esta Empresa, visando o atendimento pleno da norma, fez o requerimento ao antigo empregado, quando ficou por ele acordado de nos encaminhar com urgência.

Devemos informar que, apesar do registro estar sendo feito no Sistema de Pessoal – SIP, o controle sobre a entrega das declarações de bens e rendas, é realizado em meio físico.

Quanto a mudança do procedimento sugeridas concluímos que, no que tange a modernização, ou seja, a implantação via sistema eletrônico de lançamentos e controle acerca da colheita, arquivamento digital e gestão, informamos que está em curso a implantação de um novo ERP da Telebras.

Tal modernização, conforme o cronograma aprovado, está iniciando na área administrativa, pela Gestão de Pessoas, assim, comprometemo-nos a colocar como prioridade de produção no novo sistema a hipótese narrada. Não tem sentido contratarmos um sistema antes disso já que o novo ERP será a ferramenta de gestão da empresa, já contratada e em desenvolvimento. Da mesma forma que, pensar em desenvolver uma ferramenta fora da hipótese apresentada onerará custos diretos e indiretos, considerando a própria compreensão da CGU sobre o tamanho e faturamento da empresa nos dias atuais.

Por outro lado, quanto ao procedimento administrativo operacional manual pensamos em aprimorar da seguinte forma: alcançar o termo de opção para todos os ad nutuns (contratados e a serem contratados) o termo de opção para dois exercícios ou alcançar o termo de declaração de bens e rendimentos, conforme minuta que segue no anexo 01. Ou seja, no primeiro caso sempre ficaremos com um ano a mais do que o em curso. No segundo teremos a declaração da parte do exercício em que o empregado trabalhou na empresa. E, quando da saída, verificar no momento do desligamento, se é suficiente ou não o termo vigente ou se ficamos com a autorização para o exercício seguinte.”


Quanto ao aprimoramento dos controles referentes à entrega das declarações de bens e



rendas, a Empresa informou estar em curso a implantação de Sistema Integrado de Gestão Empresarial e que a implantação iniciar-se-á pela área de gestão de pessoas, possibilitando a inserção de controle automatizado quanto à entrega das declarações. Assim, opta-se por manter a constatação para fins de acompanhamento da referida implantação.

Quanto ao aprimoramento dos controles referentes à entrega das declarações de bens e rendas no desligamento de empregados, a Empresa informa modificação em procedimentos na contratação de ad nutuns de forma a condicionar a contratação à apresentação de autorização de acesso. Neste caso, observa-se a necessidade de certificar-se da legalidade da imposição de tal condicionante.

De qualquer forma, observa-se a necessidade de estabelecer procedimento que contemple a verificação da entrega da declaração de bens e rendas no momento do desligamento do empregado, conforme estabelecido pela Lei nº 8.730/93.

Recomendações:

Recomendação 1:

Implantar funcionalidade de sistema de informática que permita o controle automatizado da entrega das declarações de bens e rendas dos empregados da Telebrás que são alcançados pelo inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/93.

Recomendação 2:

Proceder consulta ao Departamento Jurídico da Telebrá com vistas a certificar-se da legalidade do condicionamento da apresentação de autorização de acesso da contratação para a contratação de empregados.

Recomendação 3:

Estabelecer procedimento com vista a garantir a entrega de declarações de bens e rendas dos empregados da Telebrás alcançados pelo inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/93 no momento de seu desligamento da Empresa.

4. PROGRAMA DE DISPÊNDIOS GLOBAIS - TELEBRÁS

4.1. Subárea - ADMINISTRAÇÃO GERAL

4.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


Ausência de indicadores institucionais para a avaliação da gestão

Com o objetivo de avaliar os indicadores instituídos pela Telebrás, identificou-se a ausência de indicadores institucionais para a avaliação da gestão no exercício de 2011, conforme informado no Relatório de Gestão de 2011 da Telebrás.



A esse respeito, foi recomendado à Telebrás, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, referente ao exercício de 2010, que a empresa apresentasse um cronograma prevendo as etapas para a elaboração, instituição e implantação dos indicadores a serem utilizados pela Empresa para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela sua gestão. Foi recomendado, ainda no citado relatório, que a Telebrás observasse os princípios da utilidade e mensurabilidade quando da elaboração dos indicadores institucionais.

Por meio da CT nº 192/2011/0111/1000, de 28.11.2011, a Telebrás informou:

“O cronograma detalhando as etapas para a elaboração, instituição e implantação dos indicadores a serem utilizados pela Empresa para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela sua gestão só poderá ser conhecido após o término do Planejamento Estratégico da empresa, que encontra-se em elaboração e do mapeamento dos processos, que se encontra em fase final de contratação.”

Das manifestações apresentadas pela empresa, verifica-se que ainda não há um cronograma para a elaboração, instituição e implantação dos indicadores a serem utilizados pela Telebrás para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela sua gestão.

Cabe destacar que esta impropriedade é recorrente na unidade, mister destacar trecho do Relatório Anual de Contas nº 245379, relativo ao exercício 2009:

“1.1.2.1 INFORMAÇÃO: (001)

Ausência de utilização de indicadores para avaliação do desempenho da gestão.

Em razão do escopo definido, analisou-se o Relatório de Gestão da Telebrás, exercício 2009, com vistas a avaliar os indicadores de gestão utilizados pela Empresa, para avaliar o desempenho da gestão, quanto à utilidade e mensurabilidade.

Em razão da sua condição de empresa sem ativos operacionais e em função da inexistência de atividades finalísticas alinhadas com o planejamento estatal no decorrer do exercício de 2009, não houve a definição de indicadores e outros parâmetros de avaliação de desempenho da gestão.

A Empresa apresentou informações complementares sobre o tema por meio da CT.100/100/2010, de 15.9.2010:

“Em resposta à solicitação de auditoria da CGU, sobre a avaliação dos indicadores de gestão, para avaliar o desempenho da gestão, quanto à utilidade e mensurabilidade, informamos que o sistema existente na antiga TELEBRÁS, ou seja, o Sistema de Planejamento e Controle, foi desativado, porque a Empresa estava em processo de descontinuidade operacional, respondendo pelas obrigações institucionais e contencioso judicial. Com a nova TELEBRÁS, a Empresa está identificando as necessidades de sistemas e irá promover o desenvolvimento ou contratação de solução análoga, no decorrer de 2010 e 2011.”

Necessário observar-se que a instituição de indicadores para avaliação do desempenho da gestão independe da implantação de sistema, devendo a Empresa buscar instituir indicadores adequados para auxiliar no gerenciamento de suas atividades”



Posteriormente, a Telebrás se manifestou por email, encaminhado em 12.9.2012, informando:

“A Telebras, conforme posicionado no Relatório de Gestão, não contava à época com indicadores relativos às áreas meio. Hoje, já foram identificados indicadores relativos às áreas meio, provenientes de uma primeira análise do trabalho de mapeamento dos processos, que encontra-se em andamento, e está em processo de implantação em produção de alguns deles.

Quanto às áreas finalísticas da Empresa, visando atender a recomendação dessa CGU e, principalmente, favorecer a análise do comportamento empresarial, a Empresa criou e mantém uma série 28 indicadores, denominados indicadores estratégicos, com dados a partir de janeiro de 2012.

Abaixo relacionamos os indicadores cujos dados encontram-se na nossa página na intranet e, por tratar de informações estratégicas, não são divulgadas externamente, mas encontram-se à disposição dessa CGU para análise.

Clientes Ativos Comercialmente, Municípios Potencialmente Cobertos, Faturamento Acordos e Parcerias, Faturamento Grandes Clientes, Preço Médio do Mbps Faturado, Faturamento Total, Inadimplência, Potencial de Receita, Banda Contratual no Período x Banda Plano de Negócios, Índices de Reclamação dos Clientes, Banda Contratual no Período x Banda Ativada, Preço Médio do Mbps (Clientes prospectados), Receita Média por Cliente (ARPC), Banda Média por Cliente Ativo, Banda Média por Cliente Prospectado, Market Share Pequenos Provedores, Faturamento PNBL, Banda Comprometida x Realizada, Banda Contratual no Período x Banda Total Comercializada, Receita Contratual no Período x Receita Total Contratada, Implantação do BackBone, Implantação de EAs, Planejamento de EAs, Projeto de EAs, Acordo de Nível de Serviço (SLA) da Rede - Backbone, Acordo de Nível de Serviço (SLA) da Rede – Clientes e O&M de Eas.”

Verifica-se a instituição de indicadores, denominados estratégicos pela empresa. No entanto, tendo em vista a ausência das informações referentes ao cálculo destes indicadores, não foi possível verificar sua mensurabilidade ou utilidade. As providências adotadas para o cumprimento desta recomendação vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências referente ao exercício de 2010.

4.1.2. Assunto - CONTROLES INTERNOS


Ausência de Mapeamento de Riscos

Com o objetivo de avaliar os controles internos da Telebrás, no que diz respeito à avaliação de riscos, identificamos a ausência de mapeamento de riscos na empresa no exercício de 2011. A esse respeito, foi recomendado à Telebrás, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, referente ao exercício de 2010, que a empresa apresentasse um cronograma indicando as áreas a serem modeladas e capacitadas.

Por meio da CT nº 192/2011/0111/1000, de 28.11.2011, a Telebrás informou:

“Conforme resposta anterior, quando foi mencionado sobre o Plano Estratégico



Institucional da Empresa, o estudo e definição dos riscos operacionais da Empresa serão implementados após o mapeamento dos processos, que se encontra em fase de contratação. Após essa etapa, os riscos identificados serão acompanhados e avaliados periodicamente.

Dessa forma, neste momento ainda não há um cronograma identificando as áreas a serem modeladas e capacitadas.”

Verifica-se que quase um ano após a expedição da CT. 1000/145/2011, de 16.9.2011, onde foi informado: “o estudo e definição dos riscos operacionais da Empresa serão implementados após o mapeamento dos processos, que se encontra em fase de elaboração. Após essa etapa os riscos identificados serão acompanhados e avaliados periodicamente”, a Telebrás não avançou no sentido de se iniciar um processo com vistas a gerenciar e mitigar os riscos inerentes à atividade empresarial da unidade.


A Telebrás se manifestou posteriormente por email, encaminhado em 12.9.2012, informando:

“A Telebras já iniciou seu processo de implantação do mapeamento e monitoramento de riscos. Foram identificadas quatro dimensões agrupadoras à serem trabalhadas, a saber: Riscos de Negócio (ou Empresariais), Riscos de Processo, Riscos de Projeto e Aculturamento de Riscos.

Os Riscos de Negócio foram abordados pelo Planejamento Estratégico realizado em Dezembro de 2011 e revisados nesta última semana (conclusão em 10/09/2012). Estes já produziram indicadores que estão sendo acompanhados e serão revistos a cada revisão do Planejamento Estratégico.

Os Riscos de Processo estão sendo mapeados por empresa contratada para o mapeamento de processos que, como parte dos resultados do trabalho contratado, entregará o mapa de riscos de cada processo.

Os Riscos de Projeto iremos adotar a metodologia utilizada por uma grande construtora brasileira que, mediante acordo de confidencialidade, apresentou seus métodos que estão sendo adaptados à realidade da Telebras. Esta metodologia foi apresentada no início de junho de 2012.

Quanto ao Aculturamento de Riscos, o Comitê Gestor de Segurança da Informação da Telebras irá se encarregar desta tarefa. Este assunto está em pauta recorrente no Comitê que, em princípio, estuda a viabilidade de contratação de consultoria especializada no assunto para abordar, dentre outros, a identificação e o tratamento de riscos.”


A Telebrás se manifestou no sentido de já ter iniciado o processo de implantação do mapeamento e monitoramento de riscos, identificando 4 (quatro) dimensões agrupadoras: Riscos de Negócio (ou Empresariais), Riscos de Processo, Riscos de Projeto e Aculturamento de Riscos.

Ocorre que a unidade não logrou êxito em concluir o citado mapeamento e monitoramento de riscos citado. Tendo em vista que esta constatação foi objeto de análise no Relatório



As providências adotadas para o mapeamento de riscos no âmbito da Telebrás vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências referente ao exercício de 2010.


Necessidade de melhorias no âmbito dos controles internos

Com o objetivo de avaliar os controles internos da Telebrás, no que diz respeito aos procedimentos de controle, identificamos a necessidade de melhorias, no que se refere à atualização de normativos sobre guarda, estoque e inventário de bens e valores, sobre a comunicação interna e externa da Telebrás e, ainda, sobre os controles dos prazos dos processos licitatórios.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203588/005, solicitamos ao Gestor que encaminhasse, em meio eletrônico, cartilhas ou cartazes que são utilizados na divulgação e conscientização da importância dos controles internos para a Telebrás, informando quais os procedimentos para a salvaguarda destes documentos. Foi solicitado, ainda, que a empresa encaminhasse os normativos sobre atividades de guarda de estoques e inventários de bens e valores.

Por meio da CT nº 128/0111/2012, de 17.8.2012, sobre as cartilhas ou cartazes utilizados na divulgação e conscientização da importância dos controles internos, e os procedimentos para a salvaguarda destes documentos, a Telebrás informou:

“A divulgação, visando à conscientização dos empregados da Empresa é feita, principalmente, por meio da intranet, um dos principais canais de divulgação interna, bem como por meio de memorando circular e por mensagem eletrônica.

A intranet é acessível a qualquer momento por todos os empregados, e é a rede privada da Empresa onde poderão ser obtidas informações como legislação, normas, diretrizes, resumo das notícias veiculadas na mídia, relação de sistemas utilizados pela empresa, informações sobre Recursos Humanos; em resumo, todos os assuntos internos estão sendo, gradativamente, disponibilizados na intranet, visando dar conhecimento aos empregados, (…)

(…)

Está em fase de estruturação na Empresa de um plano de comunicação, abrangendo a comunicação interna e externa, padronizando assim a disponibilização de informações institucionais para o público externo assim como para seus empregados.” (grifo nosso)

Ainda por meio da CT nº 128/0111/2012, de 17.8.2012, no que se refere aos normativos sobre atividades de guarda de estoques e inventários de bens e valores, a Telebrás informou:

“Com relação aos normativos sobre guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da Telebras, encaminhamos em anexo (anexos 06 e 07) as práticas 145.100-104, que trata de Controle de Estoque e 145.400-001, relativa à Armazenagem. Os normativos mencionados, segundo a Gerência de Logística, passarão por revisão para adequação à atual realidade da Empresa.” (grifo nosso)

No que se refere aos controles internos da empresa, identificamos, ainda, a ausência de



comprovação de controles dos prazos referentes aos processos licitatórios. Solicitou-se por meio da SA nº 201203588/001, item 015, que a Telebrás informasse se há área/pessoal com atribuição de identificação e acompanhamento de prazos (ex: prazo para publicação do edital, para impugnação, para assinatura do contrato etc) no âmbito de processamento de licitações e acompanhamento/execução de contratos. Caso houvesse uma área com esta atribuição, solicitou-se apresentar os resultados do acompanhamento de prazos em meio eletrônico.

Por meio da CT nº 124/2012/2300, de 9.8.2012, a Telebrás informou:

“O acompanhamento das etapas do processo administrativo e dos prazos são realizados por meio de check list, conforme cópia anexa (Anexo IV)”

O Anexo IV da CT nº 124/2012/ 2300, de 9.8.2012, apresentou quatro check lists, referentes às contratações por dispensa, por pregão, por Adesão a Ata de Registro de Preço e por inexigibilidade. No entanto, nenhum destes check lists apresentou controle de prazos. A título de exemplo, reproduzimos o conteúdo do check list referente à contratação por dispensa:

“CHECK LIST

Contratações por Dispensa

Requisição do Serviço ( ) sim ( ) não

Autorização de Ordenador de Despesa para prosseguimento contratação

( ) sim ( ) não

Justificativa da contratação ( ) sim ( ) não

Pesquisa de preços (3 propostas) ( ) sim ( ) não

Parecer do Jurídico ( ) sim ( ) não

Autorização de Ordenador de Despesa para contratação ( ) sim ( ) não

Ordem de Compra ( ) sim ( ) não

Designação do fiscal do contrato ( ) sim ( ) não

Contrato (quando necessário) ( ) sim ( ) não

Comprovante de entrega do produto/Serviço Nota fiscal ou documento equivalente

( ) sim ( ) não

Deve ser observada a exigência legal (art. 29, inciso IV, da Lei nº 8.666, de 1993) e constitucional (art. 195, § 3º, da CF) de que nas licitações públicas, mesmo em casos de dispensa ou inexigibilidade, é obrigatória a comprovação por parte da empresa contratada de:

Certidão Negativa de Débito (INSS – art. 47, inciso I, alínea a, da Lei nº 8.212, de 1991);

Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais (SRF-IN nº 80, de 1997); e

Certificado de Regularidade do FGTS (CEF) (art. 27 da Lei nº 8.036, de 1990). Acórdão



260/2002 Plenário”

Verifica-se que o check list utilizado pela Telebras para a contratação por dispensa não considera o controle dos prazos legais. Analogamente, os check lists referentes às contratações por pregão, por Adesão a Ata de Registro de Preço e por inexigibilidade também não contemplam o controle dos prazos legais.

Das respostas apresentadas a esta CGU, verificamos a necessidade de melhorias no que tange à atualização de normativos sobre guarda, estoque e inventário de bens e valores, sobre comunicação interna e externa da Telebrás e, ainda, sobre o controle dos prazos dos processos licitatórios.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203588/013, de 4.9.2012, solicitamos:

1) Encaminhar cronograma referente ao plano de comunicação, em fase de estruturação na Telebrás, abrangendo a comunicação interna e externa, com as respectivas etapas e datas, encaminhando os produtos já elaborados pela Telebrás, se for o caso;

2) Encaminhar uma listagem com os normativos que carecem de revisão, bem como sua respectiva situação, tendo em vista a adequação dos mesmos à nova realidade da Telebras;

3) Informar se há algum mecanismo, além dos check lists apresentados pela Empresa, para o controle de prazos dos processos licitatórios, encaminhando os documentos referentes ao assunto.


Em resposta aos questionamentos desta CGU, a Telebrás encaminhou email em 12.9.2012, informando:

“Item 1 – Plano de comunicação:

Segue, no anexo 09, a versão preliminar do Plano Estratégico de Comunicação Integrada da Empresa.

Esclarecemos no entanto que, em função da realização da revisão do primeiro Planejamento Estratégico da Telebras, no final do mês de agosto, definiu-se que o Plano de Comunicação Social fosse amplamente discutido com todas as áreas no segundo Planejamento Estratégico, programado para 2013.

No que se refere a ações da área de Imprensa e parte de ações da área de Relações Públicas, atualmente algumas atividades são desenvolvidas, como segue abaixo:

- Produção de Matérias

Produção cotidiana de matérias para serem divulgadas tanto na internet quanto na intranet, variando de acordo com o público-alvo do assunto.

- Clipping Telebras



Ferramenta de trabalho de acompanhamento permanentemente das mídias impressa, televisiva e eletrônica, blogs e redes sociais, a fim de monitorar a exposição institucional e das ações da Telebras, gerando conteúdo para a Análise de Mídia. Serão elaboradas duas edições diárias: uma pela manhã e outra à tarde, enviadas a todos os funcionários pelo e-mail ou somente à presidência, diretorias e gerências e disponibilizadas aos demais na intranet.

- Mailing

Produção e manutenção de uma lista contendo todos profissionais dos veículos de comunicação do país e do exterior, além de blogs, portais e formadores de opinião, que sejam de interesse da empresa. Além de acompanhar as alterações constantes com as mudanças de profissionais, o objetivo também é conhecer o perfil, linha editorial, equipe e público, dentre outras características.

- Media Training

Treinamento constante do presidente no seu relacionamento com a imprensa, apresentação do perfil dos veículos de comunicação e dos jornalistas das diferentes mídias, procedimentos para o contato com os jornalistas, simulação de entrevistas, avaliação das posturas, análise de performance.

- Fotografia

Registro fotográfico de visitas ao presidente e de eventos nos quais há a participação do executivo.

- Entrevistas exclusivas

Negociação de entrevistas exclusivas do presidente para revistas, jornais, rádio, televisões e mídia on line .

- Regionalização de matérias

Fornecimento de material especial a editores, colunistas e mídia especializada.

- Matérias Especiais

Sugestão de pautas exclusivas a determinados veículos, para matérias especiais.

- Banco Multimídia

Criação e manutenção de uma galeria de imagem e áudio do presidente, dos eventos institucionais e entrevistas entre outros, para uso em matérias, entrevistas, eventos etc.

- Notas à Imprensa

Elaboração de Notas à Imprensa quando necessário.

- Edição e Revisão de Textos



Edição e revisão cotidiana de matérias a serem divulgadas à imprensa, ao público interno por meio da intranet, além de todas as respostas encaminhadas por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC).

- Coletivas de Imprensa

Definição dos jornalistas que participarão do evento e envio de convite, definição da pauta, preparação de porta-vozes, elaboração de material de apoio – apresentação, press releases, avisos de pauta, definição de mensagens-chave. Acompanhamento e monitoramento do resultado da ação.

- Carta do Presidente

Carta eletrônica mensal do presidente da Telebras aos colaboradores, com mensagem abordando os avanços obtidos, felicitações sobre as conquistas de algumas áreas e estímulo ao trabalho entre outras.

- Comunicados Internos

Coordenação, produção, redação, edição e revisão de textos a serem divulgados ao público interno da Telebras, de acordo com a solicitação das áreas.

Item 2 – Normativos que carecem de revisão:

No âmbito da Gerência de Logística os normativos DD–Serviços de Reprografia, DD–Serviços de Transporte na Telebras e Prática de Circulação de Pessoas na Telebras, estão em condições de serem encaminhadas para aprovação em Reunião de Diretoria.

Os normativos DD-Controle de Bens Patrimoniais e Prática–Controle de estoques e armazenamento, ainda passam por revisão pela Gerência de Logística, para posterior aprovação.

No âmbito da Gerência de Compras e Contratos, os instrumentos normativos foram atualizados, quais sejam: a) DD 228 – acompanhamento e fiscalização dos contratos administrativos; b) DD 229 – Contratação/Aquisição de Materiais, Obras e Serviços (Anexos 13 e 14)

Vale esclarecer que foi elaborado a Prática de Procedimentos para contratação de obras e serviços e aquisição de bens, conforme anexo 15.

Item 3 – Controle de prazos dos processos licitatórios:

Além dos check lists apresentados, a Gerência de Compras e Contratos providenciou o acompanhamento dos prazos dos pregões por meio de planilha disponibilizada na pasta NG2600, disponibilizada para todos os empregados da área, e quadro de aviso fixado na Gerência. Há de ressaltar ainda que os contratos são acompanhados em planilha excel (Anexo 17).”


Com relação ao Plano de Comunicação, o Gestor apresentou a versão preliminar do Plano




http://intranet.telebras.com.br/wp-content/uploads/2011/02/DD_227.pdf

http://intranet.telebras.com.br/wp-content/uploads/2011/02/diretriz_n%C2%BA_226_de_-11_05_2012_utilizacao_de_telefone_movel.pdf

http://intranet.telebras.com.br/wp-content/uploads/2011/02/diretriz_n%C2%BA_226_de_-11_05_2012_utilizacao_de_telefone_movel.pdf

http://intranet.telebras.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Diretriz-n%C2%BA-225-1.pdf

Estratégico de Comunicação Integrada da Empresa, esclarecendo, no entanto, que o Plano seria discutido com todas as áreas no segundo Planejamento Estratégico, programado para 2013, tendo em vista a realização da revisão do primeiro Planejamento Estratégico da Telebrás.

Sobre os normativos que carecem de revisão, a empresa informou que os seguintes normativos estão em condições de serem encaminhados para aprovação em Reunião de Diretoria: DD-Serviços de Reprografia, DD-Serviços de Transporte na Telebras e Prática de Circulação de Pessoas na Telebrás.

Os normativos DD-Controle de Bens Patrimoniais e Prática-Controle de estoques e armazenamento passam por revisão pela Gerência Logística, para posterior aprovação.

Por fim, sobre os normativos em revisão, foram atualizados os seguintes documentos: DD 228 – Acompanhamento e fiscalização dos contratos administrativos e DD 229 – Contratação/Aquisição de Materiais, Obras e Serviços, que foram encaminhados em anexo à manifestação da Telebrás.

Com relação ao controle de prazos dos processos licitatórios, a Telebrás informou que providenciou o acompanhamento dos prazos dos pregões por meio de planilha disponibilizada a todos os empregados da área, além de quadro de aviso fixado na Gerência de Compras e Contratos, e que os contratos são acompanhados em planilha excel. A planilha de controle de prazos encaminhada não contém todos os pregões referentes ao exercício de 2012, tendo como referência as licitações disponibilizadas no sítio da empresa. Por este motivo, a planilha deve ser atualizada, devendo conter todos os Pregões, Concorrências, Dispensas, Inexigibilidades ou qualquer outra modalidade de licitação.

Recomendações:

Recomendação 1:

Que a Telebrás apresente um cronograma referente à aprovação do Plano de Comunicação, que será discutido com todas as áreas, tendo em vista a realização da revisão do primeiro Planejamento Estratégico da Telebrás.

Recomendação 2:

Que a Telebrás, após a aprovação do Plano de Comunicação referente à recomendação anterior, encaminhe o resultado das ações implementadas no âmbito da Empresa.

Recomendação 3:

Encaminhar, em meio eletrônico e após a devida aprovação, os seguintes normativos: DD-Serviços de Reprografia, DD-Serviços de Transporte na Telebras, Prática de Circulação de Pessoas na Telebrás, DD-Controle de Bens Patrimoniais e Prática–Controle de estoques e armazenamento.


Colaboradores sem vínculo permanente desempenhando atividades de gestão de TI. Envelhecimento do quadro permanente de funcionários.




Em análise as informações prestadas no Relatório de Gestão da UJ e em resposta às Solicitações de Auditoria nº 201203588/002, item 18, encaminhadas por meio da CT nº 050/2012/2500/2000, de 10.8.2012, verificou-se que existem colaboradores sem vínculo permanente desempenhando atividades de gestão de TI. Dos 23 (vinte e três) colaboradores alocados na área de TI, 10 (dez) possuem vínculo permanente, sendo empregados efetivos. Quanto aos demais, 6 (seis) são Contratados “Ad Nutum”, e 7 (sete) são servidores e empregados de outros órgãos requisitados e cedidos para a Telebras. Observa-se que o gerente da área, o assistente e todos os assessores são “Ad Nutum”.

Tal fato acarreta em risco considerável de dependência de indivíduos sem vínculo com a Telebras para a execução de atividades críticas ao negócio.

Verificou-se também que, dentre os colaboradores efetivos, dos 7 (sete) analistas de sistemas, cinco são nascidos na década de cinquenta. Esse fato futuramente pode impactar a continuidade dos serviços de TI, devido à eventual aposentadoria dos colaboradores.



“Como informado na reunião de Busca Conjunta das Soluções e também o posicionamento constante do item 4.1.5.2, a Telebras almeja realizar, até o final deste exercício, seu concurso público para prover recursos humanos para a Empresa, dentre eles estão revistos profissionais para serem alocados na área de Tecnologia da Informação.

Nos quadros seguintes informamos a composição da força de trabalho alocados em TI em dezembro de 2011 e agosto de 2012.

a) dezembro de 2011:

TELEBRAS CEDIDO ADNUTUM MPOG

10 1 6 6

b) agosto de 2012:

TELEBRAS CEDIDO ADNUTUM MPOG

10 1 10 0

Conforme pode ser observado, a Telebras devolveu os servidores cedidos pelo MPOG, substituindo-os por vagas adicionais de Ad Nutum. A substituição de parte dos empregados Ad Nutum por empregados de carreira, conforme já mencionado, ocorrerá conforme planejamento da Gerência de Recursos Humanos com a realização de concurso público, previsto para o final de 2012.”




A unidade afirmou que “almeja realizar, até o final deste exercício, seu concurso público concurso público para prover recursos humanos para a Empresa, dentre eles estão previstos profissionais para serem alocados na área de Tecnologia da Informação”.

Cabe repisar o risco considerável de dependência de indivíduos sem vínculo com a Telebras para a execução de atividades críticas ao negócio, bem como a possibilidade de se aumentar este risco, caso se concretize a aposentadoria dos colaboradores efetivos da Telebrás futuramente, conforme já analisado neste ponto, impactando na continuidade dos serviços de TI.

Desta forma a Administração da Telebrás deve intensificar, caso já não tenha feito, esforços junto ao Ministério do Planejamento para a deflagração do novo concurso.

Recomendações:

Recomendação 1:

Que a Telebrás apresente os perfis e os quantitativos planejados para o novo concurso público relativos aos futuros colaboradores da área de Tecnologia da Informação.


A CGSI, apesar de criado no exercício de 2011 (RE-D-698, de 26.7.2011), apenas no exercício seguinte teve a aprovação de seu regimento interno (RE-D-700, de 15.3.2012) e a designação de seus membros (DEM-1000/795/2012, de 15.8.212)

Cabe registrar que ações estão sendo tomadas, por parte da empresa, visando efetivar o exercício das atribuições do CGSI. Por meio de e-mail, de 17.8.2012, a Auditoria Interna da Telebras encaminhou resposta relativa ao item 30 da Solicitação de Auditoria nº 201203588/004:

“Item 30 - Para garantir o tema “Segurança da Informação” na empresa, foi criado, conforme evidências anexas (DEM-1000/795/2012 e RE-D 699, de 17/10/2011), o Comitê Gestor de Segurança da Informação. Tendo sido instituído em março de 2012, já promoveu algumas ações de divulgação de boas práticas e ações correlatas conforme divulgado na intranet (Print em anexo). Em relação aos demais questionamentos, relativos à risco, responsáveis, visibilidade etc está em construção um Termo de Referência para a contratação de consultoria especializada no tema, guardados os papeis de responsabilidade da UJ e os que podem ser contratados externamente, bem como o atendimento às melhores práticas de mercado. Encaminhamos no anexo 02 a DEM-1000/795/2012, que designou os membros para o Comitê Gestor de Segurança da Informação, a RE-D 699, de 17/10/2011, que Constituiu o Comitê de Segurança da Informação - CGSI e print da Intranet da Empresa;”

Entretanto, não foi encaminhada documentação comprobatória de que “está em construção um Termo de Referência para a contratação de consultoria especializada no tema”. Desta forma, quando disponível, a empresa deverá encaminhar esta documentação comprobatória a esta equipe de auditoria.




“Segue no anexo 19 mapa mental discutido pelo Comitê Gestor de Segurança de Informação que está subsidiando a elaboração do Termo de Referência para a contratação de consultoria especializada.

Este é um dos insumos, dentre muitos outros, incluindo, por exemplo, palestras e contatos com outros órgãos. Este material visa subsidiar os produtos que deverão ser abordados pela consultoria.”

A manifestação da unidade informa que estão em curso ações visando viabilizar o efetivo exercício das atribuições do CGSI.


Ausência de uma rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203588/004, item 31, foi solicitado: “Encaminhar documentação contendo estudos/avaliações de verificação de rotina sobre a compatibilidade entre os recursos de TI (incluindo mão-de-obra) e as necessidades da Telebras”.

A manifestação da Telebras foi enviada por meio do MM nº 20/2012-3700-3000, de 16.8.2012:

“7. Os estudos/avaliações de verificação de rotina sobre a compatibilidade entre os recursos de TI (incluindo mão-de-obra) e as necessidades da TELEBRAS, solicitadas no item 031 da SA, estão disponíveis nos anexos V e VI do PDTI-TB (vide Anexo III deste documento)”.

Os referidos “ANEXO V – Levantamento de Necessidades de Sistemas de Informação” e “ANEXO VI – Levantamento de outras necessidades de TI” do PDTI-TB referem-se a um mapeamento inicial das necessidades de TI, como parte de elaboração do PDTI. Não se trata de uma verificação de rotina, mas sim a avaliação inicial dos recursos de TI necessários às metas do PDTI.

Após análise das documentações solicitadas e das justificativas apresentadas pela unidade, constatou-se que não existe uma rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade, o que aumenta o risco de desperdício e de não atendimento de forma tempestiva e efetiva dos pleitos da unidade com relação ao desenvolvimento/manutenção de soluções em TI.

Manifestação do Auditado:


“Em relação a este item, a Gerência de TI reforçou a equipe com novas contratações que estão elaborando um diagnóstico sobre a infraestrutura. Em paralelo foi contratada empresa que auxiliará na elaboração do Plano de Sistemas da TI.”




A manifestação da unidade informa que estão em curso ações visando viabilizar a avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade.

O processo de gestão de capacidade e compatibilidade está ligado ao monitoramento do ambiente de TI e sua ausência indica que esse monitoramento não é executado adequadamente. A principal consequência é o aumento do risco de descontinuidade na prestação dos serviços de TI, o que afeta diretamente a disponibilidade das informações.

Adicionalmente, a ausência desse processo priva os gestores de uma importante ferramenta para direcionar os investimentos necessários na manutenção da qualidade da infraestrutura de TI, de acordo com os requisitos do negócio.

Como critérios para a implantação deste processo, é possível citar o Cobit (Control Objectives for Information and related Technology), com ênfase nos seguintes itens:

a) Cobit 4.1 PO3.4 Technology Standards (Padrões Tecnológicos) - Para prover soluções tecnológicas consistentes, efetivas e seguras para toda a organização, estabelecer um fórum de tecnologia para prover diretrizes tecnológicas, pareceres e indicação sobre produtos de infra-estrutura e seleção de tecnologias, e verificar a conformidade com esses padrões e diretrizes. Esse fórum deve direcionar as práticas e padrões tecnológicos com base na relevância para o negócio, riscos e conformidade com requisitos externos);

b) Cobit 4.1 DS3 Manage Performance and Capacity (Gestão de Capacidade e Desempenho) - A necessidade de gerir a capacidade e o desempenho dos recursos de TI requer um processo de avaliação periódica do desempenho atual e da capacidade desses recursos. Esse processo inclui prever futuras necessidades com base na carga de trabalho e nos requisitos de armazenamento e de contingência. Esse processo garante que as fontes de informação que suportam os requisitos de negócio estejam continuamente disponíveis);

c) NBR ISO/IEC 17799:2005, item 10.3.1 - Gestão de capacidade: convém que a utilização dos recursos seja monitorada e sincronizada e as projeções feitas para necessidades de capacidade futura, para garantir o desempenho requerido do sistema.

Recomendações:

Recomendação 1:

Tomar ações visando viabilizar a criação da rotina de avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade. Quando disponível, encaminhar documentação comprobatória da existência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade.


Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI



oferecidas aos demandantes do serviço.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203588/004, item 33, foi solicitado: “Encaminhar documentação contendo a gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço”.

A manifestação da Telebras foi enviada por meio do MM nº 20/2012-3700-3000, de 16.8.2012:

“9. Os acordos de níveis de serviço das soluções de TI da TELEBRAS oferecidas aos demandantes do serviço ainda não foram estabelecidos formalmente, conforme solicitados no item 033 da SA. Já estão previstos no edital para contratação de Service Desk, que encontra-se em elaboração”.

Após análise das documentações solicitadas e das manifestações apresentadas pela unidade, verificou-se que não existe gerência e tampouco definição de acordos de níveis de serviço entre a unidade e as empresas fornecedoras de soluções em TI. A falta de negociação adequada com os terceirizados sobre a qualidade dos seus serviços pode ter também como consequências mais prováveis, usuários insatisfeitos e investimentos inadequados.

Cabe frisar que trata-se de uma constatação recorrente. Os seguintes itens do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108866, exercício 2010, fazem referência à questão:

- 5.1.3.5 Constatação (013): Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço;

- 5.1.3.6 Constatação (014): Ausência de comprovação de instituição de acordos de nível de serviço nos contratos celebrados com terceiros.

Consequentemente, as providências adotadas pela Telebras para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

Manifestação do Auditado:


“Este item está sendo atendido a partir das contratações de 2012, conforme demonstrado em alguns contratos com fornecedores. Em relação a SLA internos serão atendidos com a terceirização de serviços da TI.

Contrato Item Anexo

3700-038/2012-TB item 3.1.4 e Cláusula Décima Segunda 02

076/3700/2012 item 6.3 do Anexo A.1 (Termo de Referência) 03

080/3700/2012 item 3.19 04

084/3700/2012 item 3.23 05

3700-173/2011-TB Cláusula Oitava 06



2600-001/2012-TB itens 9 e 10 do Anexo I do TR anexo 07 e 08


Está ausente da manifestação da unidade o encaminhamento de documentação comprovando o estabelecimento formal da gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço.

Consequentemente, as providências adotadas pela Telebras para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

Como critérios para a implantação deste processo, é possível citar o Cobit (Control Objectives for Information and related Technology), com ênfase nos seguintes itens:

a) PO1.1 Gerenciamento de Valor da TI: Trabalhar com a Direção do Negócio para assegurar que o portfólio de investimentos em TI da empresa contenha programas baseados em sólidos estudos de caso de negócio. Reconhecer que há investimentos obrigatórios, sustentáveis e discricionários que diferem em complexidade e grau de liberdade na alocação de fundos. Os processos de TI devem prover a entrega eficaz e eficiente dos componentes de TI e prévia advertência de qualquer desvio do plano, incluindo custo, cronograma ou funcionalidade, que possa afetar os resultados esperados dos programas. Os serviços de TI devem ser executados em conformidade com acordos de níveis de serviço (service level agreeement, SLA) equilibrados e controláveis. A responsabilidade pelo alcance dos benefícios e o controle dos custos deve ser claramente atribuída e monitorada. Estabelecer avaliação adequada, transparente, repetível e comparável de estudos de caso de negócio, incluindo valor financeiro, o risco de não fornecer uma capacidade e o risco de não atingir os benefícios esperados.

b) AI4.1 Planejamento para Soluções Operacionais: Desenvolver um plano para identificar e documentar todos os aspectos técnicos, a capacidade operacional e os níveis de serviços necessários para que todos que irão operar, utilizar e manter as soluções automatizadas possam exercer suas responsabilidades.

c) DS1 Definir e Gerenciar Níveis de Serviço: A comunicação eficaz entre a Direção de TI e os clientes de negócio sobre os serviços necessários é possibilitada por um acordo definido e documentado que aborda os serviços de TI e os níveis de serviço esperados. Este processo também inclui monitoramento e relatório oportuno às partes interessadas quanto ao atendimento dos níveis de serviço. Este processo permite o alinhamento entre os serviços de TI e os respectivos requisitos do negócio. Envolve os seguintes subprocessos:

c.1) DS1.1 Estrutura de Gestão de Níveis de Serviço;

c.2) DS1.2 Definição de Serviços;

c.3) DS1.3 Acordos de Nível de Serviço;

c.4) DS1.4 Acordos de Nível Operacional;



c.5) DS1.5 Monitoramento e Relatório de Realizações de Nível de Serviço;

c.6) DS1.6 Revisão dos Acordos de Nível de Serviço e dos Contratos

Recomendações:

Recomendação 1:

Estabelecer formalmente os acordos de níveis de serviço das soluções de TI da TELEBRAS oferecidas aos demandantes do serviço de forma a prover o alinhamento entre os serviços de TI e os respectivos requisitos do negócio.

4.1.3. Assunto - ANÁLISE DA EXECUÇÃO


Ao examinar as demonstrações contábeis da Telecomunicações Brasileira S.A. - Telebrás, mormente as demonstrações de resultados (fl. 97-V do processo de prestação contas) dos exercícios de 2010 e 2011, verificou-se que a receita operacional liquida em 2011 totalizou um valor de R$ 68.000,00. No exercício 2010, não foi gerada receita operacional, tendo em vista a reativação da empresa, em maio 2010.

Em 2011, a unidade gerou como “outras receitas operacionais” o valor de R$ 9.430.000,00, sendo que 92% deste valor refere-se ao cumprimento do Acórdão 6767/2011, o qual determinou o prazo de 60 dias para que a Telebrás adotasse providências com vistas a extinguir o Programa de Indenizações por serviços Prestados – PISP. Em face da determinação do TCU e de orientação do Ministério das Comunicações, a direção da empresa declarou extinto o PISP e reverteu a provisão, no valor restante de R$ 8.712.000,00, que compõe o valor informado, para as “outras receitas operacionais”.

Da leitura do relatório de gestão da unidade, não ficaram claros dois pontos: primeiro, quais as razões para o valor de R$ 27.077.000,00 compor o resultado na rubrica “recuperação de contingências – PISP”, no exercício de 2010, haja vista que a decisão do TCU se deu em 2011; segundo, como se deu a reversão do saldo remanescente em 2011, mesmo em face de recurso impetrado perante o Tribunal. Sobre o assunto, apresentamos, a seguir, a manifestação encaminhada pela Telebrás, em seu Plano de Providências, mediante a CT nº 170/2011/0111/1000, de 31.10.2011:

“Reportamos ao Ofício n° 23018/2011/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 12 de agosto de 2011, que encaminhou a esta Empresa a Nota Técnica n° 2083/2011/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 11 de agosto de 2011, contendo a análise do Plano de Providências desta Empresa, referente às recomendações contidas no Relatório de Auditoria das Contas da Telebras, exercício de 2009.

Em atendimento ao mencionado Ofício, quanto à Constatação 006. item 3.2.1.1, reproduzimos abaixo o posicionamento da Diretoria Administrativo-Financeiro e de Relações com Investidores, responsável pelo assunto na Empresa.



Da lista de 110 (cento e dez) empregados cedidos à Anatel, 60 (sessenta) já retornaram à Telebras, sendo que 02 (dois) foram para desligamento pelo PISP. Dos 50 (cinquenta) empregados remanescentes na Agência, 16 (dezesseis) aderiram ao PISP, 02 (dois) empregados estão em auxílio-doença e 02 (dois) ocupam cargo equivalente a DAS.4. Salientamos que o número de adesões ao PISP diverge da informação anterior em virtude da alteração na mudança de opção de 04 (quatro) empregados, sendo que 01 (um) alterou para aderir ao PISP c os outros 03 (três) mudaram a opção para a manutenção do vínculo empregatício.

Considerando o teor do Ofício 617/2011-TCU-SECEX do Egrégio Tribunal de Contas da União - TCU, datado de 30 de agosto de 2011, qual fora recebido pela Telebras em 06 (seis) de setembro de 2011, dando ciência do Acórdão n.° 6767/2011 do TCU o qual determina: "com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal ccí o arl. 45 da Lei n° 8.443, de 1992, fixar o prazo de 60(sessenta) dias para (pie a Telebras adote providências com vistas a extinguir o Programa de Indenização por Serviços Prestados - PISP, determinando que, a partir da ciência da presente deliberação, abstenha-se de admitir novas adesões ou desligamentos no âmbito do referido programa ".

Considerando ainda, o Ofício n.° 91/2011, de 9 de setembro de 2011, da lavra do Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunicações, onde solicitou à Telebras que, em virtude das determinações do acórdão emanado pelo TCU, tome todas as medidas necessárias para extinguir imediatamente o PISP, a Diretoria Executiva da Telebras, em sua 1097a, de 16 de setembro de 2011, declarou extinto, ad referendum do Conselho de Administração, o PISP, sendo que ficaram vedadas novas adesões ou desligamentos no âmbito do referido programa.

Contudo, entendendo a necessidade de esclarecer alguns pontos do referido acórdão, em especial acerca da condição de extinção do PISP - se aplicar-sc-á ou não aos empregados que já aderiram ao Programa dentre outros, a Diretoria da Telebrás decidiu impetrar Embargos Declaratórios junto ao Tribunal de Contas da União solicitando o esclarecimento da referida decisão.

Desta forma, caso o TCU entenda que os 44 (quarenta e quatro) que tinham pedido protocolado antes da decisão tenham direito de serem desligados pelo PISP o cronograma de retorno ficaria completamente comprometido. Igualmente se apresentássemos uma proposta e a resposta, por parte do TCU, fosse negativa quanto ao recurso informado. Por isso, a direção orientou no sentido de que o fechamento de um cronograma deverá aguardar a decisão do TCU em virtude de só ter certeza com o quatro funcional que restará na Anatel e na Telebrás após essa decisão.

Assim, verifica-se que a questão não está resolvida, tendo em vista que há possibilidade do TCU, no âmbito da apreciação dos embargos de declaração, entender que os citados 44 (quarenta e quatro) empregados tenham direito a serem desligados pelo PISP, o que significa, em outras palavras, que a posição patrimonial apresentada pela Telebrás não é a que melhor retrata a situação atual da empresa.

Seguindo na leitura das Demonstrações de Resultados, verifica-se que as “despesas operacionais” da empresa em 2011 totalizaram R$ 54.581.000,00, que quando comparados com as receitas operacionais totais, estas últimas representam apenas 17%, em outras palavras houve um prejuízo operacional de R$ 45.083.000,00. Das despesas operacionais cabe destacar que as “despesas gerais e administrativas” aumentaram, em relação da 2010, mais de 3 vezes, passando de R$ 16.107.000,00 para R$ 48.807.000,00.



Quanto ao resultado financeiro, repetiu-se o cenário de 2010, que foi de prejuízo. As receitas financeiras não conseguiram superar as despesas financeiras no exercício de 2011, gerando prejuízo de R$ 2.826.000,00, enquanto que, no exercício de 2010, o prejuízo foi de R$ 3.659.000,00. O resultado geral da empresa em 2011 reflete-se num prejuízo de R$ 48.226.000,00.

Do todo exposto, verifica-se que urge que a empresa aperfeiçoe seu plano comercial, de forma a melhorar o resultado operacional da empresa em valores bem maiores que os R$ 99.000,00 de receita bruta operacional, auferidos. Para isto, também é necessário um aprimoramento no ritmo de implantação do PNBL de modo a que a empresa possa diversificar e aumentar a oferta de banda larga, em que pese as dificuldades iniciais, já previstas e aquelas enfrentadas pela empresa ao longo do exercício como o foi o caso do Pregão 02/2010-TB.

Desta forma, solicitou-se à Telebrás os planos de ação, já em curso ou a serem implementados, com vistas a melhorar o desempenho do resultado operacional da empresa, tanto no aspecto comercial como no aspecto técnico de implantação do PNBL.

Solicitou-se também a discriminação detalhada, por empregado, de desistência do PISP, de modo a justificar o valor de R$ 27.077.000,00 na rubrica “recuperação de contingências – PISP”, em 2010.

Por fim, solicitou-se manifestação para reversão da provisão do PISP em 2011, no valor de R$ 8.712.000,00, mesmo em face dos embargos de declaração impetrados, relativos aos quarenta e quatro empregados que já aderiram ao PISP, inclusive informando o valor a ser pago, caso o TCU entenda que estes quarenta e quatro fazem jus ao pagamento.

Diante do posicionamento acima, a Telebrás se manifestou de forma complementar, apresentando manifestação quanto aos itens acima, por meio de mensagem eletrônica encaminhada em 12.9.2012, do qual transcreve-se o seguinte trecho:

“...sobre a contatação 31, item 4.1.3.1 do anexo da Solicitação de Auditoria, a Administração da Telebras entende que o comentário tem pertinência, mas que deve se levar em conta também os seguintes aspectos:

a) A Telebras vem encetando um esforço muito grande no sentido de implantar a rede de suporte à operação do Programa Nacional de Banda Larga – PNBL;

b) Em face disto teve que trazer de volta os empregados que se encontravam cedidos à Anatel, e, além disto, teve que montar toda a sua estrutura de operações e de administração;

c) Por se tratar de projeto com prazo de maturação longo a empresa não conta ainda com faturamento que lhe permita cobrir todos os seus custos e despesas, além de contar com um passivo expressivo referente às ações judiciais nas quais a empresa figura como ré e que lhe acarretam elevado volume de despesas e de provisões; e

d) Assim sendo na análise comparativa com 2010 a Empresa realmente experimentou um expressivo acréscimo de suas despesas.

Demonstra-se a seguir a composição das despesas e receitas de forma comparativa:

DEMOSTRAÇÃO COMPARATIVA DO RESULTADO



DETALHAMENTO DA DESPESA EXERCÍCIOS VARIAÇÕES

DESCRIÇÃO 2010 2011 Em R$ %

Despesas com pessoal 9.220.004,96 34.302.046,18 25.082.041,22 272,04

Serviços de Terceiros 5.159.983,04 7.669.777,65 2.509.794,61 48,64

Alugueis 1.362.169,21 5.240.246,44 3.878.077,23 284,70

Despesas Financeiras 35.488.875,04 51.704.876,50 16.216.001,46 45,69

Despesas com Contingências 17.382.292,93 5.505.391,48 (11.876.901,45) (68,33)

Programa de Incentivo ao Desligamento 3.004.695,28 0,00 (3.004.695,28) (100,00)

Perdas com Ações Judiciais 65.108,77 34.984,23 (30.124,54) (46,27)

Despesas com Materiais 112.304,72 253.870,95 141.566,23 126,06

Depreciação e Amortização 122.528,20 778.703,95 656.175,75 535,53

Taxas Condominiais 129.141,29 542.559,03 413.417,74 320,13

Outras Despesas 81.690,09 284.252,15 202.562,06 247,96

Impostos indiretos 798.979,83 0,00 (798.979,83) (100,00)Despesa Total 72.927.773,36 106.316.708,56 33.388.935,20 45,78

DETALHAMENTO DA RECEITA EXERCÍCIOS VARIAÇÕES

DESCRIÇÃO 2010 2011 Em R$ %

Receitas de Serviços de Telecomunicações 0,00 99.317,65 99.317,65 100,00

Recuperação de Despesas- PISP 27.076.507,23 8.712.168,14 (18.364.339,09) (67,82)

Recuperação de Despesas- Contingências 0,00 0,00 0,00 0,00

Recuperação de Despesas- Outras 12.317,48 500.420,07 488.102,59 3.962,68

Outras Receitas Operacionais- Di vid. E Outras 147.862,81 217.300,74 69.437,93 46,96

Receitas Financeiras 31.830.099,11 48.878.826,81 17.048.727,70 53,56

Receita Total 59.066.786,63 58.408.033,41 (658.753,22) (1,12)

Prejuízo Apurado no Exercício (13.860.986,73) (47.908.675,15) (34.047.688,42 245,64

Descrição das variações mais significativas por grupos de despesas:

• Despesas com pessoal: (elevação de 272,04%) apresentou forte crescimento porque no final do exercício de 2010 e início de 2011 a Telebras recebeu de volta um grande número de empregados que estavam cedidos à ANATEL a fim de dotar a empresa de quadro de pessoal com experiência que lhe permitisse dar início à estruturação dos processos de gestão internos. O crescimento das despesas com pessoal em 2011, desta forma foi bastante expressivo e é plenamente justificado;

• Serviços de Terceiros: (aumento de 48,64%) também apresentou crescimento expressivo, tendo em vista o fato de que a empresa, visando os ajustes à nova situação, teve que ampliar a utilização destes serviços, contratando empresas especializadas em serviços de limpeza, de conservação e outros tais como maiores custos com energia elétrica e telecomunicações, que também se enquadram nesta rubrica;

• Alugueis: (aumento de 284,7%) a necessidade de contar com uma estrutura maior trouxe como consequência a elevação dos custos com alugueis, já que a Telebras teve que mudar para instalações mais adequadas às suas novas atividades;

• Despesas financeiras: (acréscimo de 45,69%) a elevação justifica-se pelo expressivo ingresso de recursos da União para futuro aumento de capital, que são corrigidos com base na variação mensal da taxa SELIC, gerando, portanto, um considerável volume de despesas financeiras apropriado nas contas de resultado e que não dependeram de ação administrativa da Empresa;



• Despesas com contingências: (redução de 68,33%) o comportamento explica-se primeiramente pela redução que houve na variação dos indicadores utilizados no cálculo e também pelas avaliações da área jurídica, que implicaram em modificações dos valores apropriados;

• Programa de incentivo ao Desligamento de Pessoal - PISP: (redução de 100%) os valores contabilizados em 2010 referem-se às atualizações dos saldos da provisão relativas a vários exercícios, e por esta razão foram apropriados na despesa do período, diferentemente do ocorrido em 2011, quando houve a reversão parcial da provisão.

• Demais despesas: mesmo apresentando variações expressivas as mesmas foram compensadas e não afetaram tanto o volume de despesas, cujos comentários anteriores abrangeram as que mais contribuíram para a formação do prejuízo verificado;

• Despesa total: (evolução de 45,78%) conforme mencionado nos itens acima a evolução decorre do fato de a Telebras já ter que contar com estrutura administrativa e técnico operacional de operadora, mesmo sem contar ainda com faturamento decorrente da prestação do serviço, o que é normal, tendo em vista a complexidade da rede em construção e os acordos operacionais em processo de negociação.

Descrição da variação mais expressiva por grupos de receitas:

• Receitas de Serviços: (evolução de 100%) mesmo com a evolução elevada não são expressivas dadas as características dos projetos que contam com alto prazo de maturação. O crescimento deve-se acelerar no próximo exercício quando serão disponibilizados para a operação mais pontos de presença, o que conferirá mais capilaridade à rede do PNBL.

• Recuperação de Despesas - PISP: (redução de 67,82%) houve em 2010 reversão de grande parte da contingência constituída em anos anteriores referente ao chamamento para adesão ao processo, que culminou com a reformulação da provisão referente apenas aos empregados que aderiram ao programa, resultando na redução drástica da provisão. Em 2011, com a extinção do programa por determinação do TCU foi revertido todo o saldo da provisão, que culminou com a contabilização em valores inferiores aos valores de 2010.

• Receitas Financeiras: (crescimento de 53,56%) o ingresso de recursos da União para futuro aumento do capital social, permitiu à Telebras obter um volume maior de receitas de aplicações financeiras no exercício de 2011.

• Receita total: (decréscimo de 1,12%) o crescimento verificado nas receitas de aplicações financeiras foi totalmente anulado pelo decréscimo ocorrido nas recuperações de despesas com o PISP.

• Prejuízo apurado no exercício: (acréscimo de 245,64%) como se depreende do exposto anteriormente os resultados apurados não dependem das atividades operacionais da Empresa, mas de um conjunto de fatores, que levaram a Administração a adotar mensurações conservadoras na apuração do resultado, tudo isto associado ainda à fase de estruturação porque passa a Telebras.

Quanto ao entendimento sobre as razões para que o valor de R$ 27.077.000,00 compor o resultado na rubrica “recuperação de contingências – PISP”, no exercício de 2010, informamos que esse valor não está relacionado com a decisão do TCU sobre o PISP (Acórdão 6167/2011-TCU-Plenário). A recuperação do mencionado valor, no exercício de 2010, refere-se ao valor provisionado e



que, em função do quantitativo de empregados que optaram pela continuidade da relação de empregos, deixou de ser contingenciado naquele exercício e executou-se a reversão.

O fato mencionado no parágrafo anterior, está registrado nas demonstrações financeiras do exercício de 2010, conforme transcrição da Nota Explicativa nº 11, abaixo, e que pode ser visualizada no site da Empresa.

“11 PROGRAMA DE INDENIZAÇÃO POR SERVIÇOS PRESTADOS (PISP)

…

Em 31 de dezembro de 2010, a provisão desse programa apresenta o saldo no passivo circulante de R$ 12.651 (R$ 38.401 em 2009). No exercício de 2010 foi provisionado no resultado o valor de R$ 3.005 (R$2.451 em 2009).

Tendo em vista a previsão de extinção do PISP em abril/2011 e as opções formalizadas pelos empregados em 15/12/2010, pela continuidade da relação de emprego, foi realizada a reversão de parte da provisão do PISP, no valor de R$ 27.077”.

Quanto ao melhoramento do resultado do operacional da Empresa, como mencionado da reunião de busca de busca Conjunta de Soluções, a Telebras está em fase de implementação de grandes projetos que, quando concluídos, deverão alavancar os resultados da operadora.

Pelos dados constantes do balancete de julho de 2012, constata-se que o faturamento superou em 450% o resultado apresentado em 2011, o que demonstra que estamos superando obstáculos. A Telebras, como qualquer outra empresa do mercado de Telecomunicações, com 18 meses de implantação (no nosso caso, mudança de foco), o principal objetivo é ter sua planta/rede consolidada, com níveis de serviços aceitáveis, garantindo a continuidade da prestação dos serviços. O lucro é a consequência desse esforço.

Mais especificamente sobre a reversão da provisão do PISP em 2011, como sabemos, todo provisionamento de um processo judicial ou administrativo - ou mesmo de uma contingência qualquer - que possa vir a representar um potencial passivo decorre da expectativa de perda caracterizada como provável. E essa caracterização quem confere ao potencial passivo é quem o administra.

Dessa forma, na possibilidade de uma determinação emanada do órgão de controle não terá o condão de fazer com que a Telebras pague as importâncias aos funcionários automaticamente.

Assim, se advier do TCU, pelo julgamento do recurso pendente, uma determinação no sentido de que a Telebras terá de fazer frente ao pagamento do PISP a algum de seus funcionários, tal decisão certamente mandará obedecer o regramento do PISP, normatização esta interna a que a Telebras e os funcionários estarão adstritos.

Qualquer pagamento decorrente do PISP passará necessariamente pela decisão da Telebras de despedir o funcionário (não se fala aqui em pedido de demissão), posto que este é um dos requisitos à percepção eventual da indenização em foco.

Assim, não cabe o contingenciamento de algo que a Telebras, em princípio, não tem a intenção nem está obrigada a fazer, isto é, proceder na demissão de todos quantos venham a ter direito ao PISP.



Dessa forma, a Empresa decidiu pela reversão do saldo provisionado até que haja a decisão do TCU e a decisão interna da Telebras.

Por derradeiro informamos que hoje, se a decisão for pelo pagamento do PISP, o valor é da ordem de 10 milhões de reais, conforme cálculos realizados pela Auditoria Interna, em seu Relatório nº 04/2012-AUD, de 04 de setembro de 2012.”

4.1.4. Assunto - BENS IMOBILIÁRIOS


Objetivando avaliar a regularidade dos processos de locação de imóveis de terceiros, especificamente em relação à adequação dos preços contratuais dos aluguéis aos valores de mercado, procedeu-se a seleção por amostra de três processos de contratação, sejam eles:

– Processo 009/2010



Foram realizadas análises com vistas a verificar os controles implementados pela Empresa de forma a garantir a adequação dos preços contratados com os valores de mercado, conforme segue:

Processo 009/2010

O processo trata de locação de imóvel para abrigar a sede da Telebrás, em Brasília, tendo em vista a necessidade de ampliação de espaço físico para abrigar a nova estrutura da Empresa. Diante das novas demandas apresentadas à Empresa após o lançamento do Plano Nacional de Banda Larga – PNBL, foram estabelecidas pela empresa as especificações mínimas para o local a ser alocado e passou-se a realizar levantamento de imóveis que atenderiam as especificações mínimas.

Verificou-se que o Departamento de Administração realizou o levantamento e identificação de três potenciais locais e procedeu estudo analisando os custos associados ao aluguel de cada imóvel por dois ou três anos, o que incluiu, além do valor do aluguel, os valores referentes à adequação física de cada espaço.

A avaliação financeira considerando dois anos apontou como mais econômica a locação no edifício “Parque Cidade Corporate” e praticamente o mesmo valor do aluguel por metro quadrado caso optasse por alugar outros espaços no prédio no qual a Empresa já se encontrava instalada.

Foram apresentados outros fatores não financeiros, sendo os mais relevantes: a) a possibilidade de ocupação imediata no edifício “Parque Cidade Corporate” e a necessidade 90 dias para a ocupação integral do “Centro Empresarial VARIG”, e b) a estrutura do edifício “Parque Cidade Corporate” seria concentrada em 05 salas no mesmo pavimento, sendo que a estrutura do edifício “Centro Empresarial VARIG” estava fragmentada por 04 salas em 03 pavimentos diferentes.

Considerando os fatores financeiros e não-financeiros a Empresa selecionou o edifício “Parque Cidade Corporate”, verificou-se que a Empresa promoveu estudos com vistas à contratação



utilizando valores compatíveis com o praticados no mercado.

Processo 117/2011

Trata de locação de terreno no município de Entre Rios/BA para instalação de Estação de Telecomunicações da Telebrás.

Fora utilizada empresa contratada – Contrato Administrativo 12/2011 - para realização de avaliação prévia do valor de locação praticado no mercado, sendo que a mesma utilizou-se critérios estabelecidos pela Nota Técnica NBR 14.653.

Processo 298/2011

Trata de locação de terreno no município de Bauru/SP para instalação de Estação de Telecomunicações da Telebrás.

Fora utilizada empresa contratada – Contrato Administrativo 12/2011 – para realização de avaliação prévia do valor de locação praticado no mercado, sendo que a mesma utilizou-se de critérios estabelecidos pela Nota Técnica NBR 14.653. Verificou-se que o valor contratado está condizente com o valor de mercado levantado.

Verificou-se, tanto no Processo 298/2011 quanto no Processo 117/2011, a utilização de empresa contratada para levantamento do preço de mercado dos locais a serem locados, bem como que os preços negociados ficaram condizentes com os valores levantados. Registra-se que não foi realizada por esta equipe de auditoria a verificação da consistência dos levantamentos realizados pelas empresas contratadas.

Tendo em vista o exposto acima, observa-se a aplicação de controles pela Empresa com vistas a avaliar a adequabilidade da contratação de locação de espaços com os preços de aluguéis praticados no mercado.


Assinatura indevida de contrato de locação e execução inadequada de planejamento.

Em cumprimento ao Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna da Telebrás – PAINT de 2011, nº de ordem 04, a Unidade de Auditoria da Telebrás realizou, entre os dias 26.9 e 5.12.2011, trabalho de auditoria com a finalidade de avaliar os procedimentos e atividades relacionadas aos processos licitatórios e sua respectiva execução contratual.

Por força do Art. 8º da Instrução Normativa CGU 07/2006, foram encaminhados os relatórios de auditoria elaborados pela unidade de auditoria interna relativos ao PAINT 2011, dentre os quais constou o Relatório de Auditoria 13/2011-AUD cujo assunto é “Avaliação dos procedimentos licitatórios e execução contratual no âmbito da Telebras”. Em cumprimento do Art. 8º da IN CGU 07/2006, foi efetuada a análise do conteúdo do citado trabalho onde identificou que a Telebrás firmou o Contrato 72/2011, cujo objeto era “Locação de terreno em Peixe - TO, para a instalação de um POP - Ponto de Presença da Telebras - para efetivação do Plano Nacional de Banda Larga”, com valor anual de R$ 13.200,00.



Das análises verificou-se que os locadores não eram proprietários, podendo o contrato ser considerado como nulo, além disto a equipe de auditoria constatou que foram efetuados dois pagamentos no valor de R$ 1.613,33, referentes ao mês de julho e agosto de 2011.

No que se refere ao planejamento para a instalação dos pontos de presença da Telebrás (POP), verificou-se falhas nesta atividade, haja vista que, após a assinatura do contrato, a empresa encaminhou carta aos locadores do imóvel informando que a Telebrás reviu seu planejamento e concluiu não mais necessitar de imóvel no município de Peixe-TO.

Necessário lembrar que as atividades de prospecção de terreno, elaboração de laudos, vistoria técnica e análise de mercado com vistas a identificação dos preços praticados na localidade são feitas por empresa contratada pela Telebrás, inclui-se nestas atividades deslocamentos de profissionais, veículos e equipamentos. Assim verifica-se que existe um custo razoável envolvido na atividade, além dos custos administrativos inerentes da Telebrás quanto à elaboração do contrato, que poderiam ter sido evitados caso houvesse uma melhor planejamento ou caso se identificasse previamente que os locadores não eram os proprietários do imóvel.

Quanto a este último, a empresa contratada alegou que houve equívoco do cartório local, “no momento da transcrição da escritura de doação aos locadores”.

Quanto ao fato dos valores pagos relativos aos alugueis a Unidade de Auditoria recomendou:

“Recomendamos a Gerência de Compras e Contratos, caso ainda não tenha sido feito, que adote as providências necessárias e urgentes para que seja devolvido aos cofres da Telebras os valores pagos indevidamente. Não sendo possível a devolução de forma amigável, que seja estudada, junto a Gerência Jurídica, a adoção das medidas judiciais cabíveis, visando o ressarcimento”.

Com relação à segunda impropriedade foi recomendado:

“Recomendamos que a Gerência de Compras e Contratos realize, juntamente com as demais Gerências envolvidas no processo, levantamento dos valores, empregados/utilizados para início da instalação deste POP (uso de veículos, passagens, diárias, custos homem/hora e outros), adotando as medidas necessárias e cabíveis para que os valores apurados sejam devolvidos aos cofres da Telebras, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas em contrato e dispositivos legais”.

Cabe ressaltar que os papéis de auditoria foram analisados e dão suporte a constatação lançada no relatório em tela.

Por fim solicita-se da Telebrás informações atualizadas sobre as providências levadas a efeito com vistas ao atendimento das recomendações da Constatação (002) do Relatório 13/2011-AUD, de 22.12.2011, bem como outras informações que a empresa julgue necessárias quanto ao assunto abordado.


“Informamos que o Contrato nº 072/2011 foi rescindindo em 21/12/2011 e os valores



pagos foram devolvidos aos cofres Telebras, conforme cópia do comprovante de depósito constante do anexo 10.”


A Empresa informou já ter rescindindo o Contrato nº 072/2011, assim como ter promovido a devolução dos valores pagos à Telebrás, apresentando os documentos comprobatórios.

Assim, resta à Empresa implementar os mecanismos de controles necessários para evitar que ocorram novas contratações com problemas semelhantes.

Recomendações:

Recomendação 1:

Implantar controles necessários para assegurar a fidedignidade das informações prestadas por outros, pessoas físicas ou jurídicas, que venham celebrar contratos com a Telebrás.

4.1.5. Assunto - MOVIMENTAÇÃO


Com vistas a avaliar a gestão de pessoas, em especial, da força de trabalho constituída no âmbito da Telebrás, foi requisitado, por meio da SA nº 201203588/002, de 2.8.2012, o seguinte:

“Encaminhar informações quanto à:

a) Realização de estudos pela Telebras quanto ao dimensionamento da força de trabalho, no que diz respeito ao quantitativo, composição e perfil, bem como quanto à definição de estratégias e ações que se fazem necessárias para viabilizar o alcance de suas necessidades;

b) Suficiência quantitativa e qualitativa do quadro de pessoal frente aos objetivos, metas e estratégias da Telebras;

c) Utilização de instrumentos e metas para a redução da defasagem (se existente) entre o quantitativo e o perfil atual e o desejado, com estimativa de custos e cronograma de implementação;

d) Realização de análises, pela Telebras, quanto ao impacto no quantitativo de pessoal decorrente da evolução futura dos desligamentos e aposentadorias.”

Por meio da CT. n.° 050/2012/2500/2000, de 10.8.2012, foram apresentadas as seguintes justificativas:

“a) — A empresa tem um quadro enxuto detalhado no anexo de resposta ao Item 018. Ademais fora reinaugurada a 02 (dois) anos para desenvolver outra finalidade econômica e institucional. Com isso, a reestruturação do quadro está alinhada ao planejamento interno e ao crescimento das novas áreas, serviços e procedimentos. Ou seja, orienta-se na coerência entre o crescimento da demanda laboral, pianos de dispêndio global e de faturamento.



A estrutura tem baixa complexidade quantitativa, compõe-se de 307 (trezentos e sete) profissionais incluindo os dirigentes. Tem um portfólio de serviços igualmente reduzido. Destarte, o dimensionamento e suas alterações ficam a cargo de cada gerência da Telebras, com a participação da Diretoria respectiva. Tudo supervisionado pela Diretoria Administrativa por meio das suas áreas de Logística e Gestão de Pessoas. Competindo a essa última o apoio operacional.

As alterações e redimensionamentos são operados dentro do âmbito de cada gerência e focados no Planejamento Estratégico aprovado. Evidenciada a necessidade de se acrescentar novos conhecimentos e profissionais ou a retirada de alguns pela insatisfação produtiva é acionada a Gerência de Gestão de Pessoas qual providencia, primeiro, o rodízio interno dos profissionais liberados e ainda, em havendo vagas no quadro de Cargos Comissionados e sendo o caso de conhecimentos ausentes, providencia a contratação de novos profissionais. Tudo demandado e autorizado pela Diretoria Executiva a quem compete a análise e deliberação.

Na busca de novos conhecimentos, eventualmente, a empresa socorreu-se dos seus profissionais cedidos, ressaltando que a atividade finalística atual é diferente daquela que prestava antes do Plano Nacional de Banda Larga. Assim, tais profissionais na quase totalidade não possuem os conhecimentos atualizados, especializados e necessários ao processo produtivo atual da empresa. Por isso o retorno é uma exceção enquanto medida de suprimento de conhecimentos.

São solicitados estudos junto a Gestão de Pessoas, rotineira e extraordinariamente. Dentre os últimos se encontram - modelo anexo - as informações que são encaminhadas bimestralmente ao Conselho Fiscal e mensalmente ao Conselho de Administração. Além dessas, rotineiramente o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - DEST solicita informações sobre o quantitativo de pessoal da casa, ad nutuns, cedidos entre outros. Também tem as auditorias interna e externa (públicas e privada) que solicitam a geração de dados de pessoal acerca do dimensionamento e distribuição quantitativa, composição, perfil, natureza de vinculo entre outras.

Além disso, as diretorias em apartado e a Diretoria Executiva por vezes solicitam dados de pessoal quantitativamente e qualitativamente para orientar suas decisões sobre o andamento dos trabalhos e o cumprimento dos compromissos institucionais. A aferição das necessidades, cumprimento das estratégias e o alcance, ou o cronograma e conjunto de ações, ocorre nos momentos e órgãos acima referidos.

Frisamos, nesse item, que a Telebras contratou a empresa Véli Consultoria, via licitação pública, para desenvolver um novo Plano de Carreira e Remuneração - PCR, baseado em gestão por competência, também para mapear as competências a serem desenvolvidas na gestão de pessoa, para implantar um sistema de avaliação por desempenho e para realizar a capacitação do corpo gerencial e dirigentes acerca da gestão a partir do novo paradigma. E nesse expediente também foram realizados estudos que estão sendo analisados pelos órgãos deliberativos internos.

O PCR está aguardando a aprovação no DEST, só após a Telebras poderá realizar um novo concurso público, dentro da nova estruturação e plano. Contudo, já foram levantados os dados acerca da demanda interna e tão logo seja aprovado o PCR a Telebras providenciará o inicio da contratação de empresa para a realização do mesmo. Nesse sentido já fez tratativas com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos — CESPE, no intuito de realizar concurso público ainda nesse semestre. Sobre a realização de concurso público já ocorreram duas reuniões junto ao DEST alinhado a execução as orientações determinadas por aquele órgão.



Em Maio de 2012, a partir da estruturação do PCR, iniciou-se processo de estudo interno para dimensionamento das equipes, para realização do concurso, junto a cada Gerência com posterior validação pelas Diretorias e Presidência com base nos projetos atuais e desafios futuros da TELEBRAS. Nesse trabalho foram ouvidos todos os gerentes da empresa e com eles definido os quantitativos de futuro necessários ao cumprimento do projetos que deverão serem atendidos pelo concurso.

Para isso, considerou-se, além das posições adicionais necessárias ao andamento dos projetos da TELEBRAS, a substituição dos profissionais atualmente contratados Ad Nutum, de acordo com o prazo limite (2014) estabelecido pelo DEST para o processo de sucessão e transmissão de conhecimentos, fundamental à continuidade das atividades da empresa. Os perfis definidos foram direcionados pelos conhecimentos técnicos demandados por cada projeto e para todas as áreas da empresa de maneira a otimizar os recursos disponíveis e gerar os melhores resultados. Disto fora elaborado o material anexo, no qual se consigna a síntese dos estudos e decisões quanto a isto consolidadas.

b) — O quadro atual está atendendo as demandas sob a responsabilidade da empresa para o momento e cronograma atual. Coordenado com o Planejamento Estratégico e suportado com as contratações temporárias aprovadas pelo DEST das quais ainda existem 08 (oito) vagas para a contratação de empregados — sem vinculo - para conhecimentos especializados. Reserva estratégica e que, pelo planejamento interno, suportará as atividades até a chegada dos novos empregados concursados prevista para o primeiro semestre de 2013.

O quadro atual tem 367 (trezentos e sessenta e sete) vagas aprovadas pela Portaria n.° 1.139/2001 do DEST, da qual ainda restam 163 (cento e sessenta e três) postos de trabalho vagos. Em razão disto, o Departamento informou-nos de que para preenchimento do quadro aprovado não é preciso nova autorização e/ou negociação para realização de concurso e preenchimento. Ou seja, toda a tramitação de estilo fora dispensada e o único entrave é a aprovação do novo Plano de Carreira e Remuneração, qual inova a estruturação atual incorporando institutos como o cargo amplo, carreira em "y", progressão vertical, horizontal e funcional, gratificações por produtividade, mobilidade interna, remuneração variável entre outros. Posto isto, o lançamento do próximo concurso já se dará dentro da inovação trazida com o novo PCR.

c) — A defasagem interna é muito baixa em razão do exposto acima, em especial pela autorização do DEST para que esta gestão contratasse temporariamente com cargos comissionados, até a realização de concurso público, profissionais de mercado para o implemento das ações e projetos sob a responsabilidade de empresa.

d) A Telebras tem aprovado o seu Plano de Dispêndio Global no qual se prevê os gastos com a chegada dos novos empregado via concurso publico, a aplicação do reajuste do futuro Acordo Coletivo e o cumprimento dos novos gastos gerados com a implantação do PCR. Quanto aos desligamentos e aposentadorias a empresa vem fazendo estudos e pretende oferecer um plano de desligamentos em 2013, a partir da chegada e estabilização da atividade administrativa, garantindo a continuidade dos serviços sem perda de qualidade e atendimento."

Apesar do retorno de alguns empregados que estavam exercendo atividades em outros órgãos, após as novas atribuições da Telebrás com o PNBL, existe ainda uma quantidade expressiva destes empregados cedidos, consistindo em 99 de um total de 204 empregados efetivos



A Empresa enfatizou a desatualização dos conhecimentos destes e que em nada poderiam contribuir na fase atual de suas atividades. Contudo, cabe lembrar que, no entendimento deste equipe, estes devem ser inseridos prioritariamente nos programas de gestão de pessoas que terão como objetivo desenvolver as competências mapeadas pela consultoria contratada qual seja a Véli Consultoria.

Depreende-se do Relatório de Gestão que o modelo adotado atualmente, dispondo de enorme contingente de Ad Nutums, não é estrategicamente favorável para a Telebrás, haja vista o grande número de egressos ocorridos, totalizando 26. Apesar de não ter havido nenhuma nota sobre o tema, entendemos que pode haver o comprometimento do andamento habitual de algumas áreas, quer seja de projetos, quer seja operacional, devido a evasão de conhecimentos adquiridos ao longo dos trabalhos. Ao mesmo tempo, há uma inviabilização de se implementar qualquer atividade de desenvolvimento de competências, se considerarmos que os colaboradores não permanecerão na empresa por um período suficiente para que os seus conhecimentos sejam repassados e internalizados.

Ainda, do Relatório de Gestão do exercício de 2011, observa-se que há 23 empregados com idade acima de 60 anos, os quais potencialmente irão aposentar-se em breve, sem que tenha sido evidenciada, nos números apresentados para contratação via concurso, a reposição destas baixas, haja vista que o cadastro reserva terá um período de validade.

De maneira geral, a empresa quis demonstrar que está confortável com o quantitativo de empregados atuais e com o potencial futuro de contratação que pode chegar a um total de 367. Entretanto, não ficou claro como será tocada a parte operacional da rede de equipamentos da empresa, se por meio de seus empregados, se por meio de terceirização, principalmente nesta fase inicial de suas atividades antes do concurso de seleção de novos empregados.

Por meio de correio eletrônico enviado em 12.9.2012, a Telebrás emitiu o seguinte entendimento:

“A CGU questionou sobre os perfis, quantitativos, pessoal do quadro permanente, escolaridade etc. Ou seja, quis levantar sobre a adequação do quadro em atividade alocando na sede da empresa em relação aos compromissos em desenvolvimento pela mesma. Na resposta anterior, sobre o mesmo assunto, detalhamos o quadro, indicamos o processo do PCR, suas fases e estágio atual, bem como em relação ao procedimento da realização do concurso, qual se encontra no final da fase interna, além de ressaltar o que é passado pela diretoria acerca da necessidade de faturamento. Com isso, esperamos que o quadro gerenciado pela Telebras tenha ficado claro e compreensível.

Quanto a inserção dos ad nutuns, deixamos claro sua temporariedade e sua direta relação com os prazos dos projetos e do tempo das ações. Cuja continuidade está ajustada ao cronograma da atividade operacional e realizações do planejamento estratégico e a realização do concurso. Dentre os destaques citamos a informação de que o PCR está para aprovação junto ao DEST, e que o concurso está em andamento, em vias de contratação nos termos da lei 8.666/93. Além disso, fora detalhada a estrutura interna atual indicando que ela está preparada para dar conta até a chegada dos novos concursados. Pessoal qualificado e atualizado com o conhecimento exigido para os passos e etapas seguintes.

Diante disso, entendemos que ficou claro que a responsabilidade continuará sendo tocada por 105 (cento e cinco empregados da casa) e até 117 (cento e dezessete com vínculo precário). Isto inclui a parte operacional da rede de equipamentos da empresa. Obviamente que tem empresas



terceirizadas para a execução dos trabalhos em curso, mas tudo dentro de uma relação contratual efetivada nos termos da Lei. 8.666/93, sem qualquer hipótese de subordinação e guarnecida com a devida impessoalidade que lhe é imperativa.

Assim, no que tange ao pessoal no âmbito do poder hierárquico, as informações foram repassadas. Quanto ao quantitativo (distribuição e perfis) e a forma de suplementação (novo concurso), já foram devidamente explicitadas. Cabendo frisar que, o andamento do concurso e o cronograma de chegada dos novos, além da permanência dos ad nutuns até 2014 estão inter-relacionadas e vem sendo monitoradas como um todo”.

Nesse momento, é importante para a CGU entender a atividade operacional da empresa, assim o posicionamento da Telebrás foi bem elucidativo quanto à terceirização de atividades.

Quanto ao envelhecimento da força de trabalho, mantemos a ideia apresentada de que a empresa deve considerar o perfil etário dos seus empregados nas previsões de vagas a serem abertas para concurso.

Ao mesmo tempo, vemos que o corpo gerencial da empresa está ciente da transitoriedade dos Ad Nutums, mas é importante reforçar o entendimento anterior que concluiu, pelas razões aqui apresentadas, não ser sustentável o modelo de contratação atual.


Por meio da SA nº 201203588/002, de 2.8.2012, solicitamos as seguintes informações:

“Item 020:

Informar se no ano de 2011 foi realizado concurso público, para ampliar o quadro de pessoal da Telebras, encaminhando cópia dos editais referentes ao concurso. Caso o concurso não tenha sido realizado, informar os motivos que ensejaram a ausência da realização, e encaminhar as tratativas com o Ministério do Planejamento com vistas a realização do concurso.”

Por meio da CT. n.° 050/2012/2500/2000, de 10.8.2012, foram apresentadas as seguintes justificativas:

"Frisamos, nesse item, que a Telebras contratou a empresa Véli Consultoria, via licitação pública, para desenvolver um novo Plano de Carreira e Remuneração - PCR, baseado em gestão por competência, também para mapear as competências a serem desenvolvidas na gestão de pessoa, para implantar um sistema de avaliação por desempenho e para realizar a capacitação do corpo gerencial e dirigentes acerca da gestão a partir do novo paradigma. E nesse expediente também foram realizados estudos que estão sendo analisados pelos órgãos deliberativos internos.

O PCR está aguardando a aprovação no DEST, só após a Telebras poderá realizar um novo concurso público, dentro da nova estruturação e plano. Contudo, já foram levantados os dados acerca da demanda interna e tão logo seja aprovado o PCR a Telebras providenciará o inicio da contratação de empresa para a realização do mesmo. Nesse sentido já fez tratativas com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos — CESPE, no intuito de realizar concurso público ainda nesse semestre. Sobre a realização de concurso público já ocorreram duas reuniões junto ao DEST alinhado a



execução as orientações determinadas por aquele órgão.”

A composição atual do quadro de empregados da Telebrás é crítica, onde algumas gerências relevantes têm suas atividades conduzidas por empregados Ad Nutum, a exemplo da Jurídica que funciona com apenas um (1) advogado efetivo e sete (7) Ad Nutums de nível superior com formação em direito, tendo que responder por um contencioso judicial de montante expressivo.

Das análises efetuadas percebe-se que o processo de transição para diminuição do número de empregados de contratação Ad Nutum, não será breve, pois passará por um período de transferência de conhecimentos e de treinamento dos novos empregados. Assim, a postergação do concurso só mantem a situação de vulnerabilidade em que a empresa se encontra, onde não pode prescindir dos conhecimentos detidos pelos contratados Ad Nutum ainda não difundidos entre os empregados do seu quadro efetivo.

Entende-se que, principalmente para a área técnica, a contratação dos concursados deve ser precedida de um planejamento de cursos a serem ministrados e de conhecimentos a serem transferidos, desenhando-se assim o perfil desejado para os contratados e as funções a serem desempenhadas. Todavia, a apresentação disponibilizada a esta CGU com os quantitativos a serem oferecidos no concurso não mostra este planejamento, o qual deveria ter sido objeto de estudo da consultoria contratada, haja vista que esta se preocupou em mapear as competências a serem desenvolvidas na gestão de pessoas.

Posto isto, concluímos que o concurso deve ser feito logo, independente da aprovação do novo Plano de Carreira e Remuneração – PCR, o qual pode ser articulado a posteriori. Da mesma forma, urge a definição de uma estratégia visando melhorar qualitativamente o quadro de empregados cedidos, tornando-os úteis para desempenhar as atividades da Telebrás.


“Sobre as informações demandadas pela CGU quanto ao andamento do concurso temos, preliminarmente, que destacar que: a solução aventada e em curso é a de que o mesmo só tem sentido de ocorrer nos moldes do novo Plano de Carreira e Remuneração, o qual trás profissionais e perfis adequados ao novo papel social da Telebras, ou seja, ajustados a sua nova finalidade econômica. Qual é infinitamente diversa daquele que se buscava antes do reinício para a realização do Plano Nacional de Banda Larga – PNBL.

Quanto a quantidade de pessoal ad nutuns destacamos que a mesma é temporária e foi a fórmula alcançada pela empresa após inúmeros debates junto ao DEST e órgãos internos deliberativos (Conselhos de Administração e Fiscal). Como se disse, a mesma é transitória até a chegada dos novos empregados concursados e após uma regular transição sem perder a continuidade dos serviços e projetos em curso.

Até o presente momento a estrutura vem atendendo aos prazos e cronogramas assumidos, portanto, sua criticidade e vulnerabilidade até a presente data é baixa. Haja vista que os salários são competitivos, que os profissionais contratados vem do mercado quase que totalmente coberto por profissionais privados, sem concurso público, como é o caso de outras operadoras. Vale destacar que o concurso está sendo tratado como prioridade máxima e está ajustado ao cronograma crítico do Planejamento Estratégico. Espera-se, com isso, que não ocorra nenhuma descontinuidade na execução



das obras e servidos em desenvolvimento pela empresa.

Quanto a vinculação sobre o concurso e o novo Plano de Carreira e Remuneração a direção da Empresa entendeu que não é razoável fazer um concurso para admitir pessoas num plano que está sendo extinto e que não tem mais regras de progressão nem os cargos e perfis estão adequados a nova atividade finalística da empresa.

O processo do concurso está na fase de fechamento da análise das três propostas recebidas sendo que, por se tratar de contratação direta, a próxima fase é justamente a da contratação e início do levantamento das necessidades de conhecimento e maturidade colhidas junto a cada gerente.

Espera-se que neste ínterim o novo Plano de Carreira e Remuneração – PCR esteja aprovado pelo DEST. Com isso, conforme planejado tudo leva a crer que o concurso ainda ocorrerá nesse semestre, salvo a ocorrência de motivos não previstos e incomuns, e, conforme isto, os aprovados estarão em condições de ingressarem no início do ano que vem. Momento em que começa a transição dos conhecimentos dos ad nutuns para os concursados.”

A despeito dos itens que versam sobre as Responsabilidades dos cargos constantes do Plano de Classificação de Cargos e Salários-PCCS, que data do ano de 1989, os quais apresentam, nos seus textos, atividades relacionadas às empresas do STB (Sistema Telebrás), vemos que o teor da Especificação do Cargo de boa parte dos cargos mostra que estes ainda são de utilidade para a empresa, porquanto são descritos de maneira genérica sem a especificação dos conhecimentos técnicos necessários, detalhando apenas as atividades a serem desempenhadas no dia a dia da prática do ofício.

As descrições analíticas dos cargos de nível superior, constantes do PCCS atual, não devem sofrer mudanças substanciais. Cabe observar que, mesmo se considerarmos os cargos de engenharia, os novos cargos seriam apenas um pouco mais específicos que os atuais, mas que o perfil anterior pode atender às necessidades da empresa, desde que a Telebrás determine o perfil desejado quando especificar os conhecimentos a serem exigidos na prova do concurso.

Desta forma, entendemos que, em uma eventual procrastinação quanto à aprovação do novo PCR, o concurso deveria ser feito para os cargos mais críticos, mormente para alguns cargos de engenheiros e advogados, e, posteriormente, far-se-ia um segundo concurso para os cargos novos aprovados pelo DEST, tendo em vista que seria aberta a possibilidade de migração dos empregados enquadrados no plano antigo para o novo.


O Relatório de Gestão do exercício 2011 apresenta em sua página 29 o “QUADRO A.5.5 - QUANTIDADE DE EMPREGADOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE – SITUAÇÃO APURADA EM 31/12”. Assim, visando conferir a fidedignidade dos dados apresentados, solicitamos por meio da SA nº 201203588/002, de 2.8.2012, o envio de tabela com as seguintes informações: CPF, Nome, Data de nascimento, Escolaridade, Formação acadêmica, Número do Departamento, Situação, Cargo e Atribuições do cargo.

Dando sequência, ao cotejar a tabela disponibilizada por meio da CT. n.° 050/2012/2500/2000, de 10.8.2012, com as informações apresentadas no QUADRO A.5.5, verificamos divergências entre os quantitativos de contratados Ad Nutum com nível médio e superior, conforme tabela 1.



Tabela 1:

NívelQuantitativos

Relatório de Gestão Resposta da SA-201203588/002

Médio 12 14

Superior 73 71


“No que tange a divergência no quantitativo de ad nutum com nível médio e superior temos a informar que: Na relação do quadro A.5.5 do Relatório de Gestão contam 12 empregados com FG em nível médio e 73 com nível superior. Já no quadro em Excel "Atendimento CGU 08-2012- 10 8 2012.xls", foi informado 14 e 71 respectivamente.

Sobre isto, o erro foi identificado e corrigido já na segunda informação. Ou seja, os empregados com os CPFs ***.147.337-** e ***.155.331-**, sequenciais 35 e 82 da resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203588/002, foram lançados como de nível superior, contudo, ambos são profissionais de nível médio. Por isso, a segunda informação é a correta e condiz com os documentos juntados nas respectivas pastas funcionais.”

Diante disso, a divergência foi esclarecida, devendo ser consideradas como válidas as informações apresentadas ao longo dos trabalhos de auditoria, ou seja, nível médio 14 e superior 71.

4.1.6. Assunto - PROCESSOS LICITATÓRIOS


Objetivando avaliar a aderência da Telebrás aos critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, procedeu-se, junto à Empresa solicitação de detalhamento sobre as informações apresentadas em seu Relatório de Gestão, em especial quanto às informações constantes de “Quadro A.10.1 - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis”.

As informações apresentadas pela empresa em seu Relatório de Gestão apontaram, de maneira geral, para a não aderência a critérios de sustentabilidade em suas licitações. Conforme informações complementares, apesar de aplicações pontuais de critérios de sustentabilidade em suas licitações, os critérios relevantes que orientam suas licitações são a economicidade e o atendimento às necessidades da Empresa.

Verificou-se que os critérios informados pela Empresa como atendidos são os critérios referentes à aquisição de produtos com menor consumo, aquisição de produtos mais eficientes, aquisição de produtos mais duráveis e contratação de serviços de engenharia cujos projetos possuam exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação e à redução de consumo.

Ressalte-se que Telebrás não está sob a égide da IN SLTI nº 01/2006, tendo em vista que a



mesma, quanto à Administração Indireta, somente alcança as autarquias e fundações.

Neste contexto, cabe ressaltar que a promulgação da Lei nº 12.349/10 fez alterar alterar o artigo 3º Lei nº 8.666/93 que passou a ter a seguinte redação:

“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”

Observa-se o amparo no texto da Lei quanto às diretrizes expostas pela Empresa, principalmente quanto à consideração do princípio da economicidade tendo em vista o comando da Lei em garantir-se a “seleção da proposta mais vantajosa para a administração”. Porém, a alteração do texto por meio da Lei nº 12.349/10 fez introduzir, também, o comando para garantir-se “a promoção do desenvolvimento nacional sustentável” o que imputa ao gestor a responsabilidade de harmonizar estes dois comandos quando do planejamento de suas contratações, buscando estabelecer parâmetros de contratação pautados pela sustentabilidade que não ameacem a economicidade de seus projetos.


Insuficiência quanto à comprovação das informações apresentadas pela Telebrás em seu Relatório de Gestão quanto à Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis.

Objetivando confirmar o posicionamento assumido pela unidade jurisdicionada em seu Relatório de Gestão no preenchimento de informações referentes à Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis - Quadro A.10.1, solicitou-se informações adicionais com vistas à comprovação das informações apresentadas.

Especificamente quanto os itens 5, 7, 9 e 10 do referido quadro, aos quais a Empresa manifestou aplicação parcial ou total em sua gestão, solicitou-se a apresentação de informações quanto à relação entre o número de processos licitatórios que atenderam requisitos referentes à sustentabilidade em relação ao número total de processos executados ao longo do exercício.

As informações não foram apresentadas conforme solicitado.

Quanto ao item 5 do Quadro A.10.1, que refere-se à aquisição de bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (e.g., torneiras automáticas, lâmpadas econômicas), foi informado pela Telebrás que os produtos adquiridos por ela são homologados pela Anatel, os quais deveriam passar por “rígidos processos incluindo o de atender ao consumo de energia dentro dos padrões legais”.

Não foram apresentadas informações que demonstrassem claramente como o processo de homologação realizado pela Anatel colabora pela redução consumo de energia dos produtos por ela homologado, ou se há um padrão a ser observados por esses produtos que garantam baixo consumo.

Além disso, a informação somente tangeu à aquisição de produtos de telecomunicações,



não trazendo informação sobre o restante do universo de aquisições da Empresa.

Quanto ao item 7 do Quadro A.10.1, que refere-se à aquisição de veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos, a Empresa apresentou cópia de página do Pregão Eletrônico 09/2010-TB cujo objeto foi contratação de serviços de empresa especializada em locação de veículos.

Porém, levantamentos realizados identificaram que a Telebrás não fez uso do referido pregão, tendo aderido a uma ata de registro de preço para contratação do serviço de locação de veículos. Assim, não foi possível verificar quais, de fato, foram os parâmetros utilizados na contratação do serviço.

Quanto ao item 9 do Quadro A.10.1, que refere-se à consideração de aspectos de durabilidade e qualidade na aquisição de bens/produtos, a Empresa informou que a maioria dos produtos de telecomunicações possuem garantia técnica de 5 anos e assistência técnica de no mínimo de 36 meses, apresentando cópia de uma página do processo referente ao Pregão Eletrônico 26/2012.

As informações apresentadas são referentes ao exercício de 2012 e não ao de 2011 cuja gestão é escopo do presente trabalho e da solicitação de informações encaminhada. Além disso, foi solicitado não somente exemplos do atendimentos aos critérios de sustentabilidade, mas a relação entre as licitações que consideram esses quesitos e o total de licitações do período.

Quanto ao item 10 do Quadro A.10.1, que refere-se a exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental em projetos básicos ou executivos, a Empresa apenas que as contratações de suas estações de telecomunicações “não produziram impacto ambientais uma vez que foram instaladas dentro de áreas já construídas, não alterando o meio ambiente. As áreas alugadas pela Telebrás para construções de estações que variam de 100 a 300m2 são em sua maioria terreno limpo, não sofrendo impacto ambiental”.

Observa-se que não foi apresentado a esta CGU comprovação da utilização, no âmbito da Telebrás, de projetos observando critérios de sustentabilidade.

Tendo em vista o acima exposto, considera-se que as informações apresentadas pela Telebrás não foram suficientes para comprovar as informações apresentadas pela mesma no Quadro A.10.1 - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis , especificamente quanto os itens 5, 7, 9 e 10 do referido quadro.

Diante do posicionamento acima, a Telebrás se manifestou de forma complementar por meio de mensagem eletrônica encaminhada em 12.9.2012, do qual transcreve-se o seguinte trecho:

“No que se refere ao item 5 informamos que a Telebras voltou a operar a partir de maio de 2010 e não tem sede própria, sendo assim optou por locar um imóvel pronto para uso e até a presente data não foi realizada licitação para aquisição de torneiras/lâmpadas e não foi necessário nenhum reparo para as instalações elétricas ou hidráulicas. No entanto, caso seja necessário algum reparo ou equipamento a Telebrás atenderá seguramente os preceitos a Lei nº 12.349/10.

Quanto ao item 07 informamos que a Telebras realizou o Pregão Eletrônico SRP nº 09/2010-TB, Processo 049/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de locação de veículos com motoristas habilitados e sem motorista para atender as necessidades



da Telebras. Em 28/02/2011 foi assinado o contrato nº 2600/05/2011-Telebras, conforme anexo 11.

Quanto ao item 09 anexamos cópia do item 07 do Termo de Referência, Anexo I do Edital referente ao Pregão Eletrônico nº 27/2011 (Anexo 12).

Quanto ao item 10 reitera-se que as instalações da Telebras em perímetro urbano são instaladas em áreas com infraestrutura já consolidas e na zona rural os equipamentos não afetam o ecossistema local, pelo fato de serem pequenas áreas. As estruturas ocupam uma área de 15m x 20m ou 10m x 10m e são abastecidas pela rede elétrica já existente no local. A Telebras tem como premissa para instalação de suas estações de telecomunicações em áreas “rurais” que essas áreas sejam minimamente urbanizadas, ou seja, exista disponibilidade de energia elétrica. Nossas estações não são assistidas, ou seja, apenas tem intervenção local nos caso de falhas ou vandalismo, portanto não fazemos uso de água nem esgoto. As estações são contêineres e gabinetes metálicos instalados sobre radiers de concreto de dimensões de 1,75m x 5,25m. Diante disso, não se justifica um estudo de impacto ambiental, diante da ínfima intervenção no meio ambiente, sob pena de tornar antieconômica a instalação dos POPs e ETRs (Anexo 18).”

Quanto ao item 5 do Quadro A.10.1, diante da manifestação da Empresa, permanece a inviabilidade de se confirmar o posicionamento assumido em seu Relatório de Gestão, tendo em vista não haver elementos que evidencie que a Empresa “adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas)”.

Quanto ao item 7 do Quadro A.10.1, diante dos documentos apresentados, mesmo não podendo-se validar que a contratação realizada em 2011 utilizou-se de veículos automotores mais eficientes tendo em vista a ausência de informações sobre o contrato anterior, verificou-se que a contratação atual especificou automóveis que utilizam combustíveis alternativos

Quanto ao item 9 do Quadro A.10.1, a unidade apresentou trecho de edital realizado em 2011 que especificava obrigações de garantia com prazo de 60 meses, porém não foi possível validar a afirmação de forma ampla no contexto da gestão da Empresa tendo em vista a não apresentação de relação entre o número de processos licitatórios que atenderam aos quesitos e o número total de processos do período.

Quanto ao item 10 do Quadro A.10.1, a Empresa reitera a ausência de impacto ambiental em decorrência de suas instalações. Ressalte-se, porém, que o aspecto cuja manifestação foi solicitada à Empresa se manifestar foi quanto às especificações constantes de seus projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, que implicassem em economia da manutenção e operacionalização da edificação a serem construídas, e em redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental, ou seja, refere-se a demonstração de que as técnicas e materiais utilizadas em obras e suas respectivas manutenções seja eficientes do ponto de vista da sustentabilidade.


Informações sobre Licitações

A título de informação, registramos que procedemos a análise de 5 (cinco) processos de licitação formalizados pela TELEBRAS, entre os exercícios de 2010 e 2011, compreendendo diversos objetos, bem como modalidades de licitação, os quais totalizaram o montante estimado da ordem de R$ 19.101.172,00, conforme demonstrado pelo quadro descritivo, a seguir:



Nº. Processo

Volumes Modalidade de Licitação

Objeto Fornecedor Valor (R$)


Contratação, mediante Registro de Preços, de solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS, referente a Sistemas Auxiliares da Rede IP, composta por equipamentos de comutação de dados, servidores, softwares e serviços profissionais de instalação, treinamento, configuração e operação inicial, com garantia, visando a implantação do Programa Nacional de Banda Larga - PNBL em diversos Estados do País.

PromonLogicalis Tecnologia e Participações Ltda;

10.123.700,00


Contratação mediante Registro de Preços de empresas especializadas na prestação de serviços de engenharia, projeto, construção, certificação e ativação de infraestrutura de redes de fibras ópticas para acesso a clientes Telebras, incluindo a especificação, quantificação e fornecimento dos materiais necessárias à sua completa operacionalidade e de empresa para o fornecimento de cabos ópticos, objetivando a implantação do Programa Nacional de Banda Larga - PNBL.

CCBR - CATEL Construções do Brasil Ltda;

8.900.000,00


Locação de terreno destinado à instalação de Estação Terminal de Rádio em Goiânia/GO.

Euler Coelho Marques CPF ***.684.611-**

39.600 (anual)


Locação de Imóvel localizado na Fazenda Santa Cruz BR-226 Km 104 - Zona Rural - Município de Matões-MA

Companhia Maranhense de Produtos Agropecuários

24.000,00 (anual)


Locação de imóvel localizado na fazenda recreio, TO - 080 lote 119, Loteamento Santa Luzia, Município de Paraíso do Tocantins/TO.

Eurípedes Batista da Silva CPF ***.208.131-**

13.872,00 (anual)

Releva observar que tais processos licitatórios, referem-se a locais situados em diversos pontos do território nacional, nos impossibilitando, assim, de adentrarmos nos meandros de cada execução desses objetos, motivo pelo qual abrimos esse parêntese para consignarmos que os presentes trabalhos de auditoria enfocaram, eminentemente, os aspectos formalísticos de cada processo, atentando-se, sobretudo quanto aos procedimentos que se afiguram como imprescindíveis para a sua devida formalização, tais como: requisição da autoridade competente; definição clara e precisa do objeto a ser licitado; eleição, por parte da Unidade auditada, da modalidade de licitação que se apresente em estrita conformidade com os normativos existentes; aprovação desses instrumentos, após submetidos ao crivo dos correspondentes órgãos técnicos e/ou jurídicos, bem como a verificação da realização da devida publicidade dos mesmos pela Telebras; e celebração dos contratos.




Locação de imóvel hipotecado, na ausência de ações recomendadas por parecer jurídico.

O processo nº 101/2011-TB refere-se à Locação de imóvel localizado na Fazenda Recreio, TO-080 lote 119, Loteamento Santa Luzia, Município de Paraíso do Tocantins/TO, por meio de dispensa de licitação, baseada no art. 24, inc. X, da Lei nº 8.666/93.

O parecer nº 3000/19/2011, de 17.6.2011, da Diretoria Técnica (folhas 71 a 72), apesar de apontar a legalidade da locação, é contrária à mesma, ressaltando os riscos envolvidos, transcritos a seguir:

“8. Todavia, é papel do parecerista informar dos riscos de se locar imóvel hipotecado, os quais são: (i) alienação do imóvel em hasta pública, em razão da perda da propriedade do atual locador para o credor hipotecário, o qual promoveria a excussão do imóvel para garantir o seu crédito; (ii) ausência do credor hipotecário em celebrar contrato de locação com a locatária. (iii) impedimento da entrada da locatária na área locada. (iv) ação de despejo em desfavor da locatária. (v) retirada das acessões e benfeitorias introduzidas pela locatária no imóvel; (vi) disputas judiciais pela propriedade das acessões construídas pela locatária, uma vez que segundo as regras do Código Civil Brasileiro a hipoteca abrange as acessões, e “o acessório segue o principal”, ou seja, as acessões construídas em imóvel alheio incorporam ao imóvel. (vii) entre outros.

9. Desta forma, opino pela legalidade da locação, por meio de dispensa de licitação, de área do imóvel situado em Paraíso do Tocantins/TO, entretanto não recomendo a locação do referido imóvel, diante dos riscos acima expostos de se locar imóvel hipotecado.”

Por sua vez, o Parecer nº 97/2011, de 24.6.2011, da Gerência Jurídica (folhas 75 a 77), ao tratar sobre a locação em tela, registra:

“3. Entretanto, (i) face à pretensão de longa duração da Política Pública instituída pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), (ii) face ao princípio da continuidade da prestação do serviço público, (iii) face ao interesse dos cidadãos brasileiros de não interrupção do serviço público viabilizado pelo Programa Nacional de Banda Larga de que passarão a dispor, é que se sugere solução jurídica que permita a livre disposição dos imóveis para instalação dos equipamentos de infraestrutura de telecomunicações sem os riscos apontados pelo Parecer Jurídico 3000/21/2011, e permitindo-lhe a utilização de modo permanente dos imóveis.

4. Uma vez caracterizada a finalidade (a implantação da Política Pública inscrita no Decreto nº 7.175/2010), uma vez realizado o juízo de conveniência e oportunidade da Administração, (…) é que se configura a possibilidade jurídica da TELEBRAS socorrer-se de outros instrumentos de direito público, que não a locação, notadamente, a (A) Desapropriação por utilidade ou necessidade pública, da parte do imóvel necessária à instalação dos equipamentos, ou (B) a instituição do ônus em favor da Telecomunicações Brasileiras S.:A. - TELEBRAS, de Servidão Administrativa, necessária à instalação de infra-estrutura de telecomunicações e prestação do serviço público.



5. A solução jurídica de direito público que permita a disposição do imóvel com menos riscos e de modo mais contínuo é a mais adequada para prestação de serviços públicos como aqueles previstos no PNBL. Aliás, diga-se de passagem, já está instituída Servidão Administrativa em favor de FURNAS – Centrais Elétricas S.A., o que se pode observar na Certidão de Inteiro Teor da Matrícula do Imóvel.

6. Deste modo, ressaltando as especifidades técnicas não abrangidas pelas competências desta Gerência Jurídica, corroboro o Parecer Jurídico, considerando que o gravame do imóvel não é fato impeditivo à celebração do Contrato de Locação, e que não há outros óbices à celebração do referido contrato, embora estejam configurados os riscos apontados pelo Parecer também nº 3000/21/2011, e considero o processo apto ao prosseguimento, entretanto, sem deixar de fazer os apontamentos anteriores, deixando aos gestores públicos a escolha de realizar ou não o Contrato de Locação.

7. Diante do que fora exposto, prestados os esclarecimentos técnicos e fornecidos os subsídios necessários à completa compreensão da questão, considerando a questão trazida a exame, submeto à superior apreciação da Gerência Jurídica da Telecomunicações Brasileiras S.A.”

A aprovação do Parecer nº 97/2011 é realizada em 27.6.2011, e registrada na mesma folha 77, nos seguintes termos:

“Os pareceres emitidos (…) opinam pela legalidade da locação, apontando os riscos e indicando a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação como soluções de direito público apropriadas ao caso e já empregadas por outras sociedades de economia mita, mas concluem não haver óbices à celebração dos contratos. Por esta razão, manifesto concordância com os pareceres emitidos e submeto o tema à decisão da Diretoria Técnica.” (grifamos)

O contrato de locação do imóvel foi celebrado. O extrato do contrato nº 78/2011 foi publicado no DOU de 28.7.2011, seção 3, página 105. O contrato nº 78/2011 foi assinado em 8.7.2011, com vigência de 5 (cinco) anos, sendo permitidas prorrogações. O valor mensal do aluguel acordado foi de R$ 1.156,00 (valor anual de R$ 13.872,00), reajustado anualmente de acordo com o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).

Cabe ressaltar a ausência, no processo, de documentação comprobatória da tomada de ações, por parte da Telebras, visando “a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação” do imóvel, conforme recomendado pelo Parecer Jurídico nº 97/2011. Desta forma, recomenda-se à Telebras encaminhar documentação comprobatória da tomada de ações visando “a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação” de imóvel locado, gravado por hipoteca, conforme recomendado pelo Parecer Jurídico nº 97/2011, de 17.6.2011, contido no Processo nº 101/2011-TB, folhas 75 a 77.



“Esta constatação se refere ao POP de Paraíso (TO), com processo nº 101/2011-TB que trata da Locação de imóvel localizado na Fazenda Recreio, TO-080 lote 119, Loteamento Santa Luzia,



Município de Paraíso do Tocantins/TO, por meio de dispensa de licitação, baseada no art. 24, inc. X, da Lei nº 8.666/93;

O imóvel a ser locado estava hipotecado e os pareceres jurídicos apontaram riscos para este contrato;

Os pareceres jurídicos apontam como solução: socorrer-se de outros instrumentos de direito público, que não a locação, notadamente, a (A) Desapropriação por utilidade ou necessidade pública, da parte do imóvel necessária à instalação dos equipamentos, ou (B) a instituição do ônus em favor da Telecomunicações Brasileiras S.:A. - TELEBRAS, de Servidão Administrativa, necessária à instalação de infra-estrutura de telecomunicações e prestação do serviço público.

Em 27/06/2011 foi aprovado o Parecer Jurídico 97/2011 com o seguinte texto: “Os pareceres emitidos (…) opinam pela legalidade da locação, apontando os riscos e indicando a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação como soluções de direito público apropriadas ao caso e já empregadas por outras sociedades de economia mita, mas concluem não haver óbices à celebração dos contratos. Por esta razão, manifesto concordância com os pareceres emitidos e submeto o tema à decisão da Diretoria Técnica.”

Em 04/07/2011 foi emitido parecer do Diretor Técnico autorizando a celebração do contrato de locação, com base no Parecer Jurídico 97/2011.

O último parágrafo desta Constatação diz: Cabe ressaltar a ausência, no processo, de documentação comprobatória da tomada de ações, por parte da Telebras, visando “a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação” do imóvel, conforme recomendado pelo Parecer Jurídico nº 97/2011. Desta forma, recomenda-se à Telebras encaminhar documentação comprobatória da tomada de ações visando “a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação” de imóvel locado, gravado por hipoteca, conforme recomendado pelo Parecer Jurídico nº 97/2011, de 17.6.2011, contido no Processo nº 101/2011-TB, folhas 75 a 77.

Como ação comprobatória da tomada de ações visando a desapropriação de imóveis informamos que está em fase de conclusão de elaboração a Nota Técnica da DTO que tem como Assunto: "Justificativa para ampliação das opções no seguimento acquisition de áreas para implantação de Estações Terminais Rádio (ETR) ,... e Pontos de Presença (POP), com proposição de procedimento técnico-econômico para análise e tomada de decisão sobre a melhor opção entre: locação, aquisição, desapropriação ou compartilhamento de infraestrutura de terceiros."

A próxima ação será o alinhamento desta Nota Técnica com a área jurídica da Telebras e posterior aprovação da Diretoria para dar-se andamento aos casos onde se configure a necessidade de desapropriação.

Dessa forma, as ações, mesmo não constando do processo analisado, estão sendo tomadas pela Empresa e em breve esperamos ter formalizado documento que nos permita fazer uso de mais essa possibilidade no seguimento acquisition de áreas para implantação de Estações Terminais Rádio (ETR) e Pontos de Presença (POP).



Considerando que o documento, conforme mencionado anteriormente, ainda carece de análise jurídica e aprovação da Diretoria, o encaminharemos a essa CGU tão logo esses procedimentos sejam superados.”


A manifestação da unidade afirma que está em fase de elaboração “proposição de procedimento técnico-econômico para análise e tomada de decisão sobre a melhor opção entre: locação, aquisição, desapropriação ou compartilhamento de infraestrutura de terceiros”, a qual posteriormente deverá passar por alinhamento “com a área jurídica da Telebras e posterior aprovação da Diretoria para dar-se andamento aos casos onde se configure a necessidade de desapropriação”.

Ressaltamos que uma das opções indicadas pelo Parecer Jurídico 97/2011, a saber, a “instituição da servidão administrativa”, não consta como uma das opções da referida “Nota Técnica da DTO”, a qual seria o “procedimento técnico-econômico para análise e tomada de decisão sobre a melhor opção entre: locação, aquisição, desapropriação ou compartilhamento de infraestrutura de terceiros”. Vale lembrar que o processo referente ao POP de Paraíso do Tocantins (TO) registra que a opção por “instituição da servidão administrativa” foi a solução adotada por FURNAS Centrais Elétricas S/A, conforme consta na Certidão de Inteiro Teor da Matrícula do Imóvel (folha 23 verso, processo 101/2011-TB), na data de 28 de outubro de 1998.

Recomendações:

Recomendação 1:

Uma vez “que está em fase de conclusão de elaboração a Nota Técnica da DTO que tem como Assunto: "Justificativa para ampliação das opções no seguimento acquisition de áreas para implantação de Estações Terminais Rádio (ETR) ,... e Pontos de Presença (POP), com proposição de procedimento técnico-econômico para análise e tomada de decisão sobre a melhor opção entre: locação, aquisição, desapropriação ou compartilhamento de infraestrutura de terceiros."”, incluir nesta Nota Técnica da DTO a opção de “instituição da servidão administrativa”, opção registrada no Parecer Jurídico 97/2011.

Recomendação 2:

Quando disponíveis, encaminhar procedimentos técnico-econômicos e demais normativos aprovados relativos a análise e tomada de decisão sobre a melhor opção entre: locação, aquisição, desapropriação ou compartilhamento de infraestrutura de terceiros.

Recomendação 3:

Encaminhar documentação comprobatória da tomada de ações visando a instituição da servidão administrativa e/ou da desapropriação de imóvel locado, gravado por hipoteca, conforme recomendado pelo Parecer Jurídico nº 97/2011, de 17.6.2011, contido no Processo nº 101/2011-TB, folhas 75 a 77.




Justificativas de preços insuficientes para comprovar que o preço contratado é vantajoso.

Em cumprimento ao Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna da Telebrás – PAINT de 2011, nº de ordem 04, a Unidade de Auditoria da Telebrás realizou, entre os dias 26.9 e 5.12.2011, trabalho de auditoria com a finalidade de avaliar os procedimentos e atividades relacionadas aos processos licitatórios e sua respectiva execução contratual.

Por força do Art. 8º da Instrução Normativa CGU 07/2006, foram encaminhados os relatórios de auditoria elaborados pela unidade de auditoria interna relativos ao PAINT 2011, dentre os quais constou o Relatório de Auditoria 13/2011-AUD cujo assunto é “Avaliação dos procedimentos licitatórios e execução contratual no âmbito da Telebras”. Em cumprimento do Art. 8º da IN CGU 07/2006, foi efetuada a análise do conteúdo do citado trabalho onde identificou que a Telebrás firmou o Contrato 2500/016/2011-TB, cujo objeto era “Prestação de serviços de assessoria ao processo de planejamento estratégico da Telebras - totalizando 626 horas”, no valor de R$ 163.200,00.

Das análises verificou-se que a empresa, com vista a justificar o preço da contratação obteve apenas uma proposta de preço. Ainda assim verificou-se tratar de serviços prestados pelo próprio contratado Xxxx Xxxxxx Xxx à empresa DATAPREV.

Cabe destacar que conforme a unidade de auditoria não há no processo evidência de que a Telebrás tenha solicitado a citada proposta. Consta do relatório que o Conselho Fiscal solicitou uma reavaliação do processo juntando no mínimo três contratos com preços. Ato contínuo a área de compras solicitou ao contratado o seguinte:

“... em atenção ao assunto em referência e contrato celebrado com V.Sa. e a TELEBRÁS, solicito que seja encaminhado o mais breve possível, 2 (dois) orçamentos de planejamentos estratégicos já realizados por V.Sa. nos moldes daquele que está em vigor/vigência junto a Telebras..”

Sobre o assunto assim concluiu a unidade de auditoria:

“Para uma reavaliação confiável do valor contratado, conforme solicitação do Conselho Fiscal, não é aconselhável que busque junto ao próprio fornecedor que este apresente orçamentos de serviços correlatos prestados a outros fornecedores. Agrava-se neste caso que no e-mail a Área de Compras não solicita "contratos já assinados" e sim orçamentos apresentados a outras entidades.

Veja que a apresentação de orçamentos não é uma garantia que os serviços estão sendo ou que foram prestados pelos valores neles constantes, pois poderá ter havido reduções e o contrato ter sido assinado em valores inferiores. Em resumo, a pesquisa de preços, para este caso, não é suficiente para inferir se o valor contratado era o mais vantajoso para a Empresa.”

Quanto a este ponto a unidade de auditoria exarou a seguinte recomendação:

“recomendamos que a Gerência de Compras e Contratos solicite ao contratado o fornecimento de cópias de "contratos já assinados", conforme, inclusive, recomendado pelo Conselho



Fiscal por meio do MM 0111/121, de 18/08/2011, e adote as medidas necessárias para sanear o processo no que couber”

Cabe ressaltar que os papéis de auditoria foram analisados e dão suporte a constatação lançada no relatório em tela.

Por fim, solicitou-se da Telebrás informações atualizadas sobre as providências levadas a efeito com vistas ao atendimento da recomendação da constatação (006) do Relatório 13/2011-AUD, de 22.12.2011, bem como outras informações que a empresa julgue necessárias quanto ao assunto abordado.


“Quanto as informações atualizadas da constatação (006) do Relatório 03/2011-AUD, de 22.12.2011, informamos que foi solicitado junto ao contratado cópias de "contratos já assinados" e atestado de serviços prestados pelo contratado (Anexo 16):

a) - Fundação do Desenvolvimento Administrativo/FUNDAP;

b) Caixa Estadual S.A./RS ;

c) Secretaria Executiva do Ministério da Cultura.”


Quanto as informações apresentadas, considerando somente os documentos que demonstrem a relação com o mesmo contratado pela Telebrás, verifica-se que o preço contratado pela Empresa se encontra condizente pelo praticado pelo consultor:

DocumentoÓrgão

ContratanteContratado Preço Horas

Preço Hora

Contrato Telebrás Consultor 163.200,00 626 260,70

Contrato FUNDAP Empresa 62.400,00 416 150,00

AtestadoCaixa Estadual S.A./RS Consultor 10.950,00 32 342,19

AtestadoMinistério da Cultura Consultor 7.460,00 25 298,40

Tendo em vista as informações complementares apresentadas, conclui-se pela necessidade de se estabelecer, no âmbito da empresa, controles com vistas a garantir a adequabilidade dos preços contratados pela Telebrás, ou quando do insucesso de se conseguir uma quantidade razoável de preços no mercado informar tempestivamente a autoridade que irá aprovar a deflagração do processo licitatório, de modo a alertá-los dos riscos envolvidos na contratação.

Recomendações:

Recomendação 1:



Estabelecer controles com vistas a garantir a adequabilidade dos preços contratados pela Telebrás.



Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201203588Unidade Auditada: Telecomunicações Brasileiras S.A.Exercício: 2011Processo: 00190.014521/2012-04Município/UF: Brasília/DF

Foram examinados os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas, especialmente aqueles listados no art.10 da IN TCU nº 63/2010, praticados no período de 01 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2011.

Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido no Relatório de Auditoria Anual de Contas constante deste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

Em função dos exames aplicados sobre os escopos selecionados, consubstanciados no Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201203588, proponho que o encaminhamento das contas dos agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63 seja como indicado a seguir, em função da existência de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e as constatações correlatas discriminadas no Relatório de Auditoria.

1. Regular com ressalvas a gestão dos seguintes responsáveis

1.1 CPF ***.270.630-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO no período de 1.1.2011 a 31.5.2011

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203588 item 4.1.2.3.

Fundamentação:

Os trabalhos realizados por esta CGU identificaram colaboradores sem vínculo permanente desempenhando atividades de gestão de TI, e o envelhecimento do quadro permanente de funcionários.

O Estatuto Social da Telebras estabelece, em artigo 29, inciso XVI, a competência do Conselho de Administração de deliberar sobre os atos de

Certificado de Auditoria

Anual de Contas

fixação do quadro geral de pessoal, do plano de cargos e salários, de gratificações, direitos e vantagens, bem como a contratação, a termo, de profissionais, na forma da legislação pertinente.

A existência de profissionais sem vínculo com a Telebras para a execução de atividades críticas ao negócio, e a possibilidade de aposentadoria dos colaboradores efetivos futuramente representam um risco considerável para as atividades da Empresa, impactando na continuidade de seus serviços.

1.2 CPF ***.076.480-**



Fundamentação:


O Estatuto Social da Telebras estabelece, em artigo 29, inciso XVI, a competência do Conselho de Administração de deliberar sobre os atos de fixação do quadro geral de pessoal, do plano de cargos e salários, de gratificações, direitos e vantagens, bem como a contratação, a termo, de profissionais, na forma da legislação pertinente.


1.3 CPF ***.268.260-**



Fundamentação:




1.4 CPF ***.600.076-**



Fundamentação:




1.5 CPF ***.733.387-**



Fundamentação:




1.6 CPF ***.281.708-**



Fundamentação:




1.7 CPF ***.487.988-**



Fundamentação:




1.8 CPF ***.543.988-**



Fundamentação:




1.9 CPF ***.055.601-**



Fundamentação:




1.10 CPF ***.839.178-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO no período de 2.2.2011 a 16.6.2011.


Fundamentação:




1.11 CPF ***.939.500-**

Cargo: MEMBRO DA DIRETORIA no período de 1.1.2011 a 6.7.2011


Fundamentação:

Os trabalhos realizados por esta CGU identificaram a ausência de uma rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade.

O art. 3º do Regimento Interno da Anatel estabelece a estrutura organizacional da Diretoria Executiva: Presidência; Diretoria Administrativo-Financeira e de Relações com Investidores; Diretoria Técnico-Operacional; e Diretoria Comercial.

A Diretoria Técnico-Operacional, que faz parte da estrutura organizacional da Diretoria Executiva, tem como uma de suas atribuições dirigir as atividades de planejamento e engenharia, abrangendo a implementação, operação e manutenção da rede de telecomunicações e a gestão e provisão da tecnologia de informação, alinhadas com as metas do planejamento estratégico da TELEBRAS, conforme estabelece o art. 26 do Regimento Interno da Empresa.

Cabe ainda apontar que o art. 33 do Estatuto Social da Telebras dispõe que compete à Diretoria Executiva a aprovação das políticas de prestação de serviços, econômico-financeira, administrativa, operacional, tecnológica e de recursos humanos, seus objetivos e metas.

A principal consequência da ausência de uma rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da unidade é o aumento do risco de descontinuidade na prestação dos serviços de TI, afetando diretamente a disponibilidade das informações.

1.12 CPF ***.744.130-**

Cargo: MEMBRO DA DIRETORIA no período de 1.1.2011 a 15.8.2011.


Fundamentação:



A Diretoria Técnico-Operacional, que faz parte da estrutura organizacional da Diretoria Executiva, tem como uma de suas atribuições dirigir as atividades de planejamento e engenharia, abrangendo a implementação, operação e manutenção da rede de telecomunicações e a gestão e provisão da tecnologia de informação, alinhadas com as metas do planejamento

estratégico da TELEBRAS, conforme estabelece o art. 26 do Regimento Interno da Empresa.



1.13 CPF ***.836.500-**

Cargo: MEMBRO DA DIRETORIA no período de 11.7.2011 a 31.12.2011.


Fundamentação:






1.14 CPF ***.972.419-**



Fundamentação:






1.15 CPF ***.552.369-**



Fundamentação:






1.16 CPF ***.076.480-**



Fundamentação:






Esclareço que os demais agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63, que não foram explicitamente mencionados neste certificado têm, por parte deste órgão de controle interno, encaminhamento proposto pela regularidade da gestão, tendo em vista a não identificação de nexo de causalidade entre os fatos apontados e a conduta dos referidos agentes.

Brasília-DF, 25 de setembro de 2012.

__________________________________________

Xxxx Xxxxxxx Xxxxxx XxxxxCoordenador-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Relatório: 201203588Exercício: 2011Processo: 00190.014521/2012-04Unidade Auditada: Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRASMunicípio/UF: Brasília/DF

Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da Controladoria-Geral

da União quanto à prestação de contas do exercício de 2011 da Telebrás, expresso opinião sobre o

desempenho e a conformidade dos atos de gestão dos agentes relacionados no rol de responsáveis, a

partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria.

Quanto à execução orçamentário-financeira, destacou-se a baixa realização da Ação

12OF – Implantação de Infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, tendo em vista a

realização de 10,91% do orçamento de R$526.229.453,00. Conforme informações apresentadas, a

baixa execução está relacionada à representação formulada ao TCU e posterior expedição de medida

cautelar referente ao Pregão 02/2010-TB, em dezembro de 2010.

Dentre os temas estruturais da Empresa, sobressaiu-se a criticidade da composição

atual do quadro de empregados da Telebrás, tendo em vista existir algumas gerências relevantes

com suas atividades conduzidas por empregados “ad nutum”. Neste contexto, a postergação da

realização de concurso público para admissão de novos empregados mantém a situação de

vulnerabilidade, considerando-se, ainda, a necessidade de um período de transferência de

conhecimentos e de treinamento dos novos empregados. Ressalta-se ainda, que foi constatado o

processo de envelhecimento do quadro de empregados da Empresa, o que reforça a necessidade de

novo concurso.

Registrou-se também um conjunto de recomendações ainda não atendidas, relativas

ao exercício findo em 31.12.2010, que, pela sua relevância para a gestão, requerem diligências do

comando superior da empresa, das quais se destacam as referentes: à ausência de corpo jurídico

próprio; manutenção de cessões de empregados da Telebrás à Anatel em condições não amparadas

Parecer de Dirigente do Controle Interno

pelo Decreto nº 4.050/01; aprovação da Diretriz de Aquisições e Contratações observando a

necessidade de implantação de controles internos; instituição da gestão de acordo de níveis de

serviço das soluções de TI tanto oferecidas aos demandantes do serviço quanto nos contratos

celebrados com terceiros.

Quanto à qualidade e suficiência dos controles internos administrativos, destacou-se

a ausência de mapeamento de riscos na empresa no exercício de 2011, tema tratado no decorrer da

Auditoria Anual de Contas referente ao exercício de 2010, momento em que foi recomendado a

apresentação de um cronograma indicando as áreas a serem modeladas e capacitadas. Quanto a esta

recomendação, a Telebrás se manifestou no sentido de já ter iniciado o processo de implantação do

mapeamento e monitoramento de riscos, estando ainda em implementação.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º

8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da

IN/TCU/n.º 63/2010 e fundamentado nos Relatórios de Auditoria, acolho a proposta expressa no

Certificado de Auditoria conforme quadro a seguir:

CPF CargoProposta de Certificação

Fundamentação

***.270.630-** MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO no período de 1.1.2011 a 31.5.2011

Regular com ressalvas

Relatório de Auditoria nº 201203588 item 4.1.2.3



Relatório de Auditoria nº 201203588 item 4.1.2.3.

























***.939.500-** MEMBRO DA DIRETORIA no período de 1.1.2011 a 6.7.2011



***.744.130-** MEMBRO DA DIRETORIA no período de 1.1.2011 a 15.8.2011.















Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor,

com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial, de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e

posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.

Brasília-DF, 25 de setembro de 2012

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Diretora de Auditoria da Área de Produção e Tecnologia

ministerio das comunicacoes relatório de auditoria anual de contas - exercício 2011 -...

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