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28/07/05 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO PROJETO PROESF/ COMPONENTE 3 TERMO DE REFERÊNCIA PARA O SUBCOMPONENTE D LINHA DE AÇÃO 3 – ESTUDOS DE LINHA DE BASE “DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE LINHA DE BASE NOS MUNICÍPIOS SELECIONADOS PARA O COMPONENTE 1” FEVEREIRO2004

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28/07/05

MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA

COORDENAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

PROJETO PROESF/ COMPONENTE 3

TERMO DE REFERÊNCIA PARA O SUBCOMPONENTE D

LINHA DE AÇÃO 3 – ESTUDOS DE LINHA DE BASE

“DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE LINHA DE BASE NOS MUNICÍPIOS

SELECIONADOS PARA O COMPONENTE 1”

FEVEREIRO2004

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I – Apresentação:

O presente Termo de Referência visa apresentar as diretrizes conceituais e operacionais do

subcomponente 3-D - Fundo de Investigação e Avaliação, constante do Componente III -

Monitoramento e Avaliação, do Programa de Expansão e Consolidação do Saúde da

Família (PROESF), no que concerne ao desenvolvimento de estudos avaliativos – linhas de

base- buscando unificar um conjunto de estratégias que venham contribuir com a

institucionalização da avaliação nos municípios selecionados para o componente 1 do

PROESF. Parte-se do pressuposto que esses estudos deverão subsidiar o aperfeiçoamento

e a consolidação das atuais práticas de avaliação no âmbito da Atenção Básica em Saúde

no SUS (ABS/SUS), sobretudo fomentando a implementação de novas abordagens de

avaliação da estrutura, processo e resultados, além de pesquisas avaliativas, nos sistemas

e serviços de saúde. Para tanto, integram-se ao escopo desse termo os seguintes itens: as

diretrizes metodológicas para o desenvolvimento dos estudos pelas instituições de

pesquisa, as condições para participação, o método de seleção das instituições, um

cronograma das atividades e a estrutura central de gerenciamento, acompanhamento,

avaliação e disseminação dos resultados esperados.

II – Justificativa:

A avaliação e monitoramento das ações de saúde constituem-se os principais pilares

para assegurar a integralidade e a qualidade da atenção à saúde aos usuários do SUS. A

garantia da integralidade requer que a atenção prestada a população em diferentes níveis

tenha capacidade de reconhecer adequadamente a variedade de necessidades e

demandas relacionadas à saúde das comunidades e oferecer os recursos adequados para

empreendê-las. Nesse sentido a Atenção Básica surge como um espaço importante para a

construção de respostas para os problemas de saúde apresentados pela população, as

quais devem considerar os contextos históricos, sociais e culturais em que se inserem.

Com o Programa Saúde da Família (PSF), mais particularmente o PROESF, busca-se

reorganizar os serviços com o objetivo de se materializar a proposta de conversão do

modelo assistencial em grandes centros a partir da aplicação de investimentos para

efetivar as Unidades/Equipes de Saúde da Família como porta-de-entrada do Sistema e

assegurar a assistência integral à saúde da população. Para isso, prevê-se a adoção de

medidas e alocação de recursos tanto para (re) estruturação de serviços nos diversos níveis

de complexidade, quanto para orientar a sua organização em redes integradas, com

sistemas de referência e contra-referência. Entende-se por conversão do modelo

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assistencial nas grandes cidades “a adoção de processos sustentáveis de mudança e a

implantação de instrumentos de transformação que viabilizem a operacionalização de um

sistema de atenção hegemônico”, apoiado e baseado, entre outros nos seguintes princípios,

em:

§ características do Programa Saúde da Família,

§ risco social e epidemiológico considerando a noção de território

§ fortalecimento dos vínculos entre a população usuária e os serviços,

§ desburocratização dos processos de trabalho e acesso,

§ eqüidade e racionalização dos cuidados,

§ transformação dos processos de trabalho e das práticas de saúde,

§ desenvolvimento efetivo de ações intersetoriais e de promoção de saúde,

§ implementação dos sistemas de monitoramento e avaliação das ações

compatíveis com as mudanças indicadas e acessíveis à população.

O conjunto de ações necessárias para tal transformação implica na realização de gastos

de custeio e de capital para viabilizar atividades, produtos e mudanças relacionadas:

§ aos sistemas e modalidades de gestão,

§ à formulação das transformações e adaptações,

§ à incorporação e adequação de equipamentos,

§ ao mapeamento e seleção das áreas de maior risco,

§ à capacitação e desenvolvimento de Recursos Humanos,

§ à construção de sistemas de informação, comunicação e gestão:

Na prática um dos principais efeitos desse processo de conversão incide sobre a

equipe do PSF, pois a transformação das Unidades Básicas de Saúde em Unidades de

Saúde da Família requer mudanças significativas nos padrões de relacionamento entre

gestor, profissionais e usuários.

No que se refere à avaliação da reorganização da Atenção Básica implementada pelo

PSF, destacam-se três iniciativas de caráter nacional, para o avanço das atividades de

avaliação no âmbito do sistema: o Pacto de Indicadores da Atenção Básica; o Sistema de

Informação da Atenção Básica (SIAB) e o Estudo “Monitoramento da Implantação e

Funcionamento das Equipes de Saúde da Família no País”.

Embora essas iniciativas auxiliem na elaboração de ferramentas de gestão na

organização das três instâncias do SUS - municipal, estadual e nacional, seus resultados

não são suficientes para verificar o impacto das políticas publicas de saúde no que

concerne à melhoria da qualidade da atenção e no cuidado prestado à população. Nesse

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sentido é necessária a convivência de diferentes abordagens e instrumentos de coleta de

dados com o objetivo de apreender percepções, práticas e experiências acumuladas no

cotidiano dos sujeitos durante o processo de implantação do programa, a fim de identificar e

avaliar as respostas dadas pelo gestor e profissionais aos usuários nas diferentes

localidades selecionadas.

Partindo da compreensão de que a atenção básica na oferta de serviços públicos

constitui-se um dos locus mais importantes para consolidação das conquistas da Reforma

Sanitária, a integralidade da atenção é o amálgama dos demais princípios do SUS e

fundamenta o cuidado como uma tecnologia de saúde complexa, presente em todos os

níveis do sistema, pois, ao praticá-lo, buscar-se-ia estabelecer relações de saúde e relações

sociais. Desse modo o cuidado prestado à população envolve um conjunto de praticas a

serem avaliadas como elemento de transformação e conversão do modelo de atenção.

Tendo em vista a necessidade de avaliação, entende-se “cuidado” como uma dimensão

resultante da relação de interação entre sujeitos (equipe de saúde da

família/usuários/gestor) em suas práticas no cotidiano da atenção básica em saúde, seja no

processo terapêutico individualizado, seja no convívio com a comunidade.

O PROESF representa um importante potencial de mudanças transformadoras de

processos de trabalhos e práticas que certamente não se reduzem aos resultados

inicialmente previstos com a sua implantação, devendo seus efeitos, no conjunto dos

municípios que atuam, constituir-se em objeto permanente da avaliação. Neste momento os

estudos de linha de base configuram-se como uma ferramenta rica de potencialidades para

o planejamento local e apreensão dos diferentes “movimentos de expansão”, possibilitando

sua comparabilidade em pesquisas avaliativas realizadas a posteriori. Eles requerem

pensar a avaliação como um movimento dinâmico de construção coletiva entre os diferentes

sujeitos envolvidos na atenção prestada, ou seja, gestor-equipe de saúde-usuário, nos

respectivos contextos, com vistas a julgar a adequação e a integralidade do PSF,

conjuntamente com os demais princípios do SUS, na apresentação de resultados que sejam

concretamente significativos para a população beneficiada. Nessa perspectiva o exame dos

nexos causais do PROESF com as esperadas mudanças no estado de saúde das

populações envolve aspectos relacionados à melhoria da cobertura real do programa, à

qualidade das estruturas e aos processos envolvidos.

Desse modo a realização de estudos multicêntricos e diferentes abordagens

metodológicas nas pesquisas avaliativas surgem como alternativas promissoras de

avaliação, contribuindo para aumentar a capacidade de utilização e institucionalização de

seus resultados nos diferentes níveis de atenção, pela compreensão dos mecanismos das

intervenções em seu contexto. Os estudos de linha de base no momento da expansão das

equipes da saúde da família vêm pavimentar as etapas de implementação de processos e

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estratégias de acompanhamento dos componentes 1 e 3 do PROESF, que incluem

necessariamente o fortalecimento dos sistemas de avaliação e informação previstos em

cada um deles. Os resultados e produtos desses estudos teriam uma função sinérgica com

o compromisso assumido por cada um dos municípios para proceder analises regulares e

sistemáticas que dimensionem o funcionamento e impacto dos serviços realizados a partir

do PROESF. Eles estimulam a co-responsabilidade e a unificação de esforços entre os

diferentes agentes (pólos de capacitação, secretarias estaduais/ municipais de saúde e

instituições de pesquisa) nas avaliações atuais e futuras, evitando a duplicidade de coleta e

análise dos mesmos dados e informações.

Na pratica, somente com a conjugação das atividades de monitoramento e de avaliação

das ações, é que se identificará nas localidades selecionadas o impacto das mudanças

produzidas pelos investimentos implementados para expansão do programa, servindo

também como eixo articulador dos 4 componentes do PROESF, no que tange aos recursos

destinados para fortalecimento dos sistemas de avaliação e de informação. Neste cenário

a institucionalização da avaliação ganha importância estratégica aliando a incorporação das

instituições de ensino-pesquisa, pólos de capacitação e educação permanente em saúde da

família na construção de parcerias em propostas avaliativas que considerem múltiplas

abordagens nas perspectivas da população usuária e da comunidade.

Essas perspectivas são aqui estruturadas em quatro dimensões: político-institucional,

organizacional da atenção, do cuidado integral e do desempenho dos sistemas de

saúde (Anexo I do TDR). Elas abrangem diferentes sub-dimensões, critérios e as

pactuações estabelecidas entre os gestores do SUS (MS,SES e SMS) durante o exercício

de 2002, quais sejam: o pacto de indicadores da atenção básica e a programação pactuada

integrada de epidemiologia e controle de doenças. Vale ressaltar que tais dimensões não

são excludentes entre si, na medida que possibilitam conjugar um conjunto de variáveis

dependentes e interdependentes, fundamentais à configuração de características do PSF

nos sistemas de saúde locais de que fazem parte, além de contribuir para a construção de

indicadores para avaliação em saúde no nível populacional e da comunidade. Por fim,

estima-se que a realização de estudos de linha de base deverá estar apoiada em uma

perspectiva participativa de diferentes órgãos relacionados com a avaliação e

monitoramento do PSF, observando os princípios doutrinários do SUS, quais sejam: o

acesso universal, a descentralização, a integralidade, a equidade com participação da

comunidade na identificação e resolução dos problemas de saúde prioritários da população.

III – Objetivo Geral:

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Realização de estudos de linha de base nos municípios selecionados para o PROESF,

com vistas à institucionalização do monitoramento e avaliação das transformações

(efeitos e processos) decorrentes da conversão do modelo de atenção.

IV – Objetivos Específicos:

1. Desenvolver metodologias de análise sobre as praticas de Saúde da Família,

integrando indicadores epidemiológicos, assistenciais e de saúde, que considerem

as especificidades regionais, sociais, institucionais e políticas do país, com vistas ao

aperfeiçoamento e consolidação das práticas atuais de avaliação da Atenção

Básica/SUS;

2. Coletar e sistematizar dados primários e secundários para qualificar, na implantação

do PROESF (linha de base), os processos implicados na produção dos efeitos da

intervenção nas diferentes dimensões (político-institucional, organizacional da

assistência, cuidado integral e desempenho dos sistemas de saúde) e do estado de

saúde das populações-alvo;

3. Compartilhar lições aprendidas com as metodologias utilizadas e os resultados

obtidos durante a pesquisa, através de publicações, seminários e outros meio de

divulgação dirigidos a distintos públicos-alvo;

4. Apoiar a utilização e institucionalização dos resultados da avaliação nos municípios

selecionados, integrando ações envolvendo MS, SES, SMS, pólos de educação

permanente em saúde com Instituições de Ensino Superior (IESs) no monitoramento

do PROESF.

5. Viabilizar a realização de um estudo de seguimento em amostra estratificada

representativa dos municípios incluídos na linha de base com uma comparação

“ex-post” de grupos experimentais e de controle, nas áreas com e sem PSF,

considerando-se, pelo menos, os indicadores para análise do “caso-controle”

(anexo1-Dimensão do desempenho dos sistemas de saúde).

6. Subsidiar o processo decisório de progressão dos municípios (“gatilhos”) da fase 1 à

fase 2 do PROESF (anexo 1- Dimensão do desempenho dos sistemas de saúde).

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V – Diretrizes Metodológicas para o desenvolvimento dos estudos:

O desenvolvimento dos estudos de Linha de Base, ao qual se refere este texto, em

todas as suas fases, é orientado pelas sub-dimensões, critérios e estratégias de coleta de

dados constantes do Anexo I do TDR - “MATRIZ PARA ORIENTAR A ELABORAÇÃO E

AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DOS ESTUDOS DE LINHA DE BASE DA

IMPLEMENTAÇÃO DO PROESF”, pelas orientações constantes do anexo IV –

“DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DAS PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO DO PROESF:

COMPONENTE AVALIAÇÃO DE IMPACTO” e no conteúdo dos projetos municipais

elaborados para o Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família, com base no

seguinte pressuposto teórico:

A Implantação e o Impacto esperado do PROESF, em um determinado contexto político

e institucional, são condicionados pelas características organizacionais, a integralidade dos

cuidados e o desempenho inicial dos municípios selecionados, em relação às metas já

pactuadas e contratuais (Figura 1)

Figura 1- Marco Analítico Causal

Organização da Atenção: Práticas de Gestão Práticas na Oferta de Serviços Sustentabilidade Inovações

Cuidado Integral: Acolhimento Vínculo Qualidade Trabalho em Equipe Percepção ...(usuário e profissional)

Desempenho dos sistemas de saúde: Indicadores do Pacto da Atenção Básica, PPI e outros relacionados ao Componente 1 do PROESF

Implantação e Impacto do PROESF

⇑ ⇑ ⇑ ⇑ Contexto Político Institucional: Projeto de Governo, Capacidade de Governo e Governabilidade

1. Diretrizes metodológicas para desenvolvimento da proposta:

Os estudos deverão ser realizados em todos os municípios constantes do Anexo II do

TDR, agrupados nos quatro estratos a seguir:

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a) municípios de 100 a 500 mil habitantes;

b) municípios de 500 mil a 2 milhões;

c) municípios com mais de 2 milhões;

d) capitais considerando o mesmo estrato populacional definido

acima, para a sua setorização.

A representatividade dos processos de amostragem e a seleção dos estudos de casos

devem considerar uma base populacional com e sem PSF (unidades representativas

significando uma área com PSF outra sem PSF dentro de uma população entre 100 a 500

mil habitantes), de forma a permitir a triangulação de diferentes métodos no processo de

avaliação nas unidades de análise a serem examinadas, antes e depois da implementação

do PROESF.. As propostas apresentadas deverão utilizar metodologia qualitativa e

quantitativa, de acordo com os objetivos explicitados, critérios ou indicadores sugeridos nas

diferentes sub-dimensões da matriz de orientação para realização de estudos de linha de

base (Anexo I do TDR). Recomenda-se o detalhamento das estratégias de investigação a

serem aplicadas (incluindo plano para coleta e de análise de dados), procedimentos éticos,

mecanismos de divulgação e disseminação dos resultados, nas propostas encaminhadas.

Elementos metodológicos inovadores são relevantes na seleção das propostas. Um

conjunto mínimo de referências documentais e bibliográficas juntamente com um guia de

orientações, será disponibilizado no portal do Ministério da Saúde, a fim de servir de apoio à

construção das propostas.

Serão realizadas três oficinas macrorregionais para discussão/padronização mínima

dos instrumentos a serem utilizados na coleta de dados e relatórios técnicos, com o objetivo

de assegurar, entre as propostas selecionadas, um elenco comparável de variáveis para

mapeamento de um perfil nacional e visibilidade das configurações regionais-locais.

O plano analítico dos dados se fará em duas etapas:

• O Município como unidade de análise-

a) estudos transversais utilizando medidas com múltiplos níveis de (des)agregação

dos resultados obtidos, em relação às diferentes dimensões observadas,

considerando-se a totalidade dos municípios e os estudos de caso intra-municipais (

áreas com e sem PSF), quando pertinente;

b) linha de base em 100% dos municípios com os indicadores de progressão

(gatilhos) do PROESF (estudo do tipo “antes-depois”, sem grupo-controle),

constantes do anexo 1 (Dimensão do desempenho dos sistemas de saúde).

• Amostra Nacional (a ser definida posteriormente) - estudo multicêntrico, do tipo

quase-experimental (antes-depois, com controle não equivalente) , utilizando-se uma

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análise estratificada, por base populacional, dos diferenciais observados, relativos

aos indicadores do anexo1-Dimensão do desempenho dos sistemas de saúde, entre

as áreas com e sem PSF.

2. Atividades Mínimas a serem desenvolvidas

a) Elaboração de proposta metodológica para o estudo;

b) Elaboração dos instrumentos de pesquisas;

c) Levantamento e criação de Banco de Dados com a produção

científica sobre monitoramento e avaliação da atenção básica;

d) Realização de trabalho de campo;

e) Construção e validação do banco de dados coletados;

f) Análise dos dados coletados;

g) Treinamento de técnicos dos municípios e dos estados envolvidos

na pesquisa.

h) Participação e apresentação dos instrumentos e resultados das

pesquisas nas oficinas promovidas pelo Ministério da Saúde.

3. Produtos a serem apresentados

a) Metodologia dos estudos elaborada contemplando as dimensões,

critérios e estratégias apresentadas no Anexo I do TDR - MATRIZ

PARA ORIENTAR A ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS

PROPOSTAS DOS ESTUDOS DE LINHA DE BASE DA

IMPLEMENTAÇÃO DO PROESF - e o conteúdo dos projetos

municipais elaborados para o Projeto de Expansão e Consolidação

da Saúde da Família;

b) Instrumentos de Pesquisa elaborados contemplando as dimensões,

critérios e estratégias apresentadas no Anexo I do TDR - “MATRIZ

PARA ORIENTAR A ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS

PROPOSTAS DOS ESTUDOS DE LINHA DE BASE DA

IMPLEMENTAÇÃO DO PROESF” - e o conteúdo dos projetos

municipais elaborados para o Projeto de Expansão e Consolidação

da Saúde da Família;

c) Banco de Dados com a produção científica regional- local sobre

avaliação da ABS/PSF/SUS, resultantes de monografias,

dissertações, teses e outros estudos, disponibilizados para o

município

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d) Banco com os dados da pesquisa de campo disponibilizados para o

Ministério da Saúde;

e) Relatório parcial contendo a descrição do trabalho de campo;

f) Relatório final distinguindo, na linha de base municipal, os planos

analíticos que subsidiarão o sistema de monitoramento e avaliação

local, o estudo de progressão, da fase 1 à fase 2 (“gatilhos”), e o

estudo de “caso-controle”;

g) Mínimo de 2 técnicos por município, e 2 para cada estado, treinados

com a metodologia utilizada para institucionalizar a avaliação.

VI - Critérios a serem utilizados na avaliação das propostas

Os critérios para o julgamento das propostas técnica fazem parte do anexo I da

Solicitação de Proposta - SDP e contemplam:

• a experiência da instituição em pesquisa, sendo suas produções intelectual e

institucional, assentadas em projetos, linhas de investigação e programas de

ensino relacionados com o campo da avaliação em saúde ou áreas afins;

• a interdisciplinaridade da equipe de pesquisa com experiência na realização de

estudos de avaliação em saúde ou áreas afins;

• a presença de profissionais das instituições componentes dos pólos de

educação permanente em saúde, da região onde será realizado o estudo, na

equipe de pesquisa, sendo recomendado, no mínimo, 40% dos integrantes da

equipe;

• o detalhamento da proposta indicando os mecanismos de articulação

interinstitucional, integração e apoio que favoreçam a utilização e

institucionalização dos resultados da avaliação envolvendo SMS, SES, IES,

pólos de capacitação e educação permanente em saúde;

• o compromisso de contribuir com os centros colaboradores descentralizados de

monitoramento e avaliação em saúde existentes ou que venham a existir.

VII - Método de Seleção

A Instituição será selecionada segundo as normas do Banco Mundial, através do

método “Seleção Baseada na Qualidade e Custo – SBQC”, sendo que, a análise e o

julgamento das propostas serão realizados por uma Comissão de Seleção, constituída pelo

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Secretário de Atenção à Saúde, em ato específico. Esta comissão atuará baseada nos

requisitos e critérios fixados na Solicitação de Propostas - SDP. (Anexo I da SDP)

Serão selecionadas até 2 propostas, entre as apresentadas, de acordo com a definição

de lotes que consideraram, por ordem decrescente de graus de importância os seguintes

critérios: (1º) regionalização, (2º) população, (3º ) tipo de deslocamento e 4a) distância.

(Anexo II do TDR)

VIII - Da Propriedade Intelectual • O representante oficial da Instituição selecionada e o coordenador do estudo deverão

assinar, antes do início da pesquisa, Termo de Cessão do uso, gozo, fruição e

disposição dos resultados parciais e finais da mesma, seja qual for a sua forma, isto é,

textual, gráfica, fotográfica, audiovisual, bem como do banco de dados em formato

excel (*.xl) ou dbase (dbf).

• A remuneração pela cessão desses direitos está incluída na proposta, não cabendo ao

coordenador responsável pelo projeto, ou a qualquer outro pesquisador que integre sua

equipe, pagamento adicional pela mencionada transferência.

• A transferência tratada nesta cláusula não implicará na omissão da autoria da obra.

• As relações jurídicas entre proponente e MS serão reguladas pelo termo de cessão a

ser subscrito entre essas partes e, subsidiariamente, pela Lei 9610/98.

• Em razão da cessão dos direitos de uso e fruição das obras para o Ministério da Saúde,

os autores não poderão usá-las sem que a cessionária lhe dê autorização. Poderão,

entretanto, citá-las em trabalhos escritos, ou oralmente, em palestras, devendo sempre

referenciar o Ministério como a proprietária e financiadora da obra.

IX - Dos Aspectos éticos

Após ser selecionada, a proposta deverá ser apresentada para aprovação ética.

Sendo o projeto promovido pelo MS, com coleta de dados descentralizada em grande

número de instituições, deverá ser submetido à Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa - CONEP (Res. CNS 196/96 item VIII.4.h). Esta informará aos Comitês de Ética

em Pesquisa - CEP já existentes nas instituições envolvidas. Deverá ser apresentado no

“Protocolo para Avaliação Ética”, o modelo do Termo de Ciência e Anuência das

instituições onde será feita a coleta de dados. Esses termos serão assinados pelas

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instituições, independentemente de terem CEP constituídos e, apresentados antes da

execução da pesquisa.

X - Dos Resultados

As publicações e qualquer outro meio de divulgação dos resultados de pesquisa

deverão citar obrigatoriamente o apoio do Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à

Saúde/Departamento de Atenção Básica/ Coordenação de Acompanhamento e Avaliação e

Projeto PROESF e a fonte dos recursos (Banco Mundial)

XI - Informações adicionais

Esclarecimentos e informações adicionais acerca do conteúdo dos editais podem ser

obtidos na SAS/MS, com a Coordenação de Acompanhamento e Avaliação/DAB, através

do FAX (0XX61) 226-4340 ou do endereço eletrônico avaliaçã[email protected]

XII - Cronograma físico trimestral:

As distintas tarefas do desenvolvimento do Subprojeto estão descritas no

cronograma físico trimestral seguinte, com identificação dos respectivos responsáveis.

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Cronograma físico mensal com descrição das tarefas e identificação dos responsáveis

ATIVIDADES / TRIMESTRES RESP. º1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º

Assinatura do contrato e liberação do repasse da 1ª parcela

(25%) para IEP

MS/IEP X

Oficinas macrorregionais MS(CAA/DAB) X X

Instrumentos ajustados e liberação do repasse da 2a parcela

(25%) para IEP

MS(CAA/DAB)/

IEP/POLOS

X

Execução das propostas IEP/POLOS X X X X X X

Apresentação dos relatórios de resultados/produtos parciais

(trabalho de campo) e liberação do repasse da 3o parcela

(30%) para IEP

IEP/POLOS X X

Sistematização dos relatórios e seminários de apresentação

dos resultados e meta-avaliação

MS(CAA/DAB) e

CTC*

X X

Edição e editoração de resultados MS(CAA/DAB) X X X

Seminários Regionais de Implementação do PROESF MS(CAA/DAB)/

PÓLOS/

X X

Sistematização dos seminários e liberação do repasse da 4a

parcela (20%)

MS (CAA/DAB)

IEP/POLOS

X

Publicação de resultados (livros/revistas) MS(CAA/DAB) X X

LEGENDA :IEP – Instituição de Ensino e Pesquisa, vencedora da licitação ; CAA/DAB – Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Departamento

de Atenção Básica

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XIII – Estrutura Central de Gerenciamento da Linha de base do Subcomponente

Será constituída uma instância central de gerenciamento, responsável pela

coordenação, acompanhamento e divulgação das propostas de atuação desenvolvidas

pelas IES. Tal instância será composta pelo Grupo de Coordenação e Acompanhamento

(GCA) e por um grupo de consultores. O GCA será integrado por 1 representante da

SAS/DAB/Coordenação de Acompanhamento e Avaliação– Secretaria de Atenção à

Saúde, 1 consultor sênior e 1 consultor coordenador de operacionalização do

projeto, sob coordenação do primeiro. O GCA contratará a equipe de consultores para as

tarefas de elaboração dos instrumentos de convocação e informação (Editais, Termos de

Referência e Orientações Operacionais), parecer preliminar sobre as propostas

apresentadas pelas IEP, acompanhamento de todas as fases do Subcomponente,

inclusive com supervisão “in loco”, preparação e edição das publicações.

XIV – Estimativa de Custos

As estimativas de custos foram baseada nas seguintes atividades:

• Aquisição ou desenvolvimento de softwares/aplicativos informacionais

específicos;

• Aquisição/produção de materiais instrucionais (livros, manuais, publicações

técnicas, vídeos);

• Formação/capacitação de recursos humanos técnicos, administrativos ou

especializados, de nível superior, médio ou elementar, diretamente ou mediante a

contratação de terceiros (pessoas físicas e/ou jurídicas);

• Contratação de consultorias de terceiros (pessoas físicas e/ou jurídicas) para

suporte técnico-administrativo às atividades permanentes e eventuais da SMS,

na elaboração de normas técnicas, estruturação de órgãos, implantação de

unidades/programas assistenciais, monitoramento e avaliação da rede de

serviços e acompanhamento do funcionamento das instâncias colegiadas de

gestão;

• Contratação de universidade, instituição de ensino superior, pós-graduação ou de

pesquisa, organização não governamental, empresa ou especialista (pessoa

física) para realização de estudos operacionais, pesquisas aplicadas, consultorias

especializadas de curta e média duração, avaliação de projetos e programas;

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• Promoção de seminários e oficinas de trabalho, diretamente ou mediante a

contratação de terceiros (pessoas físicas e/ou jurídicas);

• Transporte e ajuda de custo de estadia para pesquisadores, consultores e

técnicos em deslocamentos para atividades de campo, formação/capacitação e

cooperação técnica com outros estados e municípios;

• Aquisição dos insumos (equipamentos, material permanente e de consumo)

comprovadamente necessários à execução da proposta;

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1

ANEXO 1

MATRIZ PARA ORIENTAR A ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DOS ESTUDOS DE LINHA BASE DA IMPLANTAÇÃO DO PROESF

DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

SUBDIMENSÕES CRITÉRIOS OU INDICADORES1 ESTRATÉGIAS DE COLETA

DE DADOS 1. Projeto de Governo • Prioridade setorial

Articulação intersetorial e sociedade civil

• Integralidade da atenção como prioridade do governo municipal do modelo de atenção à saúde no SUS.

• Percentual de gasto municipal em saúde

• Desempenho em relação a EC29 • Experiências de ações intersetoriais

com participação da sociedade civil

Relatórios de gestão – 2001—2002

SIOPS

Plano Municipal de Saúde

Repasses Federais do SUS para o

município 1998-2002

2. Capacidade de governo

• Competência na condução e reorganização do Sistema municipal de Saúde

• Perfil do gestor • Tipos de vínculos de trabalho • Recursos humanos: suficiência e política contratual, plano de carreira, incentivos • Tempo de trabalho da equipe • Estrutura hierárquica e planos de carreira • Capacidade de captação de recursos qualificados • Qualificação da equipe de condução (staff da SMS)

Dados primários (entrevistas com gestor e técnicos do nível central, atas dos Conselhos Locais e projeto do programa e documentos institucionais) Dados secundários(SIS-RH e similares)

3. Governabilidade

• Base política de apoio ao SUS

§ Base parlamentar de apoio • Adesão dos profissionais de saúde • Adesão da sociedade civil organizada

(associação de moradores e demais entidades)

Dados primários (questionários ou entrevistas com o gestor, trabalhadores de saúde e representantes do CMS)

4. Prioridade da Atenção Básica em Saúde na Gestão Municipal

• Trajetória de gestão no SUS conforme NOB e NOAS

• Institucionalização do PSF

– Conversão e expansão municipal

• Mecanismos e processos

de decisão no sistema de saúde municipal

• Percentual de gasto municipal na

atenção básica • Cobertura populacional do PSF • Configuração do PSF no município

(programa isolado ou estratégia estruturante)

• Composição e Funcionamento do Conselho Municipal e Conselhos Locais de Saúde,

• Realização de Conferências Municipais de Saúde

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários;diário de campo) Projeto do Programa Relatório de gestão Relatórios Dados primários (entrevistas com gestor, usuários e profissionais)

1 Os critérios ou estratégias para coleta de dados relacionados não devem ser considerados limitantes ou suficientes para as propostas a serem apresentadas.

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2

DIMENSÃO ORGANIZACIONAL DA ATENÇÃO

SUB-DIMENSÕES CRITÉRIOS OU INDICADORES ESTRATÉGIAS DE COLETA DE DADOS

1. Práticas de Gestão

• Planejamento e programação municipal de saúde

• Qualidade do sistema de

informação • Mecanismos de

monitoramento e avaliação

• Estratégias de Controle e

Regulação

o Existência de instrumentos de

planejamento e programação o Participação de profissionais e

usuários na programação das ações o Regularidade e oportunidade na

alimentação dos sistemas de informação,

o Uso da informação como ferramenta de tomada de decisões

o Mecanismos de difusão da informação (instrumentos, público-alvo)

o Estratégias para institucionalização da avaliação (núcleos, parcerias serviço-universidades)

o Realização de análises regulares e sistemáticas

o Implementação de Ouvidoria do Usuário – fluxos e mecanismos de resposta

o Controle e regulação – funcionamento, relação público e privado

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários; diário de campo; projeto do programa e documentos institucionais) Relatório de gestão Dados secundários

2. Práticas na oferta de serviços § Regionalização

§ Territórios de saúde (distribuição de

unidades com serviços básicos, especializados e hospitalares).

§ Central de Marcação de Consultas e de Internações – funcionamento e relação com as equipes do PSF

§ Protocolos de encaminhamento de pacientes

§ Fluxos entre unidades básicas, especializadas e hospitalares (intra/inter municipais)

Mapas de distribuição dos serviços da região Dados primários(entrevista com gestor, trabalhadores de saúde , técnicos do nível central e usuários) Dados secundários

• Integralidade na Atenção

• Integração dos níveis de prevenção,

recuperação e reabilitação para agravos e problemas priorizados.

• Ações de promoção da saúde com respostas intersetoriais aos problemas prioritários .

• Estruturação de um sistema de vigilância à saúde com integração e articulação de VE e VA

Entrevistas com trabalhadores de saúde. Entrevistas com os usuários Dados secundários

• Acesso

• Critério de mapeamento e seleção das áreas e populações prioritárias para implantação/expansão das ESF

• Mecanismos de adscrição de clientela • Uso da Unidade como local do primeiro

contato - Porta de Entrada • Horário e disponibilidade

Dados secundários de cobertura do PACS E PSF 1999-2002 Entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários Diário de campo

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• Assistência Farmacêutica • Informatização • Seguimento de medicação continua • Distribuição e estocagem • Cadastro de fornecedores – controle de

preços • Proporção de casos que receberam todas

as medicações prescritas; • Fabricação e distribuição de

medicamentos não convencionais/ alternativos (fitoterapia, homeopatia, acupuntura)

Questionários ou Entrevistas comstor e trabalhadores de saúde e usuários Diário de campo Projeto do Programa Relatório de gestão

3. Sustentabilidade Provimento de infra-estrutura com recursos humanos e equipamentos necessários ao nível básico de atenção

• Infra-estrutura da unidade • Recursos humanos: suficiência e política

contratual, plano de carreira, incentivos, • Programação e administração de ações, • Existência de normas e procedimentos, • Regularidade e suficiência da provisão

dos suprimentos nos três meses anteriores;

• Utilização de equipamentos comunitários

Questionários ou Entrevistas com gestor,trabalhadores de saúde, usuários Diário de campo Projeto do Programa Relatório de gestão

5. Experiências inovadoras • Acesso • Modelos de Atenção • Funcionamento • Gestão

• Reorganização da atenção e tecnologias de gestão para tomada de decisões e avaliações de impacto

• Iniciativas locais para garantia de acesso aos diferentes níveis do sistema, em especial nas áreas do PSF

• Novas tecnologias assistenciais para resposta aos problemas dos usuários e interfaces com outros setores

• Atores e arranjos envolvendo a associação entre processo de trabalho, o impacto das ações e recursos utilizados.

Entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários Diário de campo Relatórios de gestão Documentações ou fontes específicas (registro fotográfico, publicações técnicas, jornais locais etc)

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DIMENSÃO DO CUIDADO INTEGRAL

SUBDIMENSÕES

CRITÉRIOS OU INDICADORES

ESTRATÉGIAS PARA COLETA

DE DADOS 1. Acolhimento Praticas na recepção dos usuários nos serviços de saúde- (Atenção ao primeiro contato)

• Acesso ao cuidado • Mecanismos de agendamento • Práticas relacionadas à humanização do

atendimento

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários, diário de campo) Dados secundários Projeto do Programa

2. Vinculo Praticas dos profissionais de saúde nas respostas às necessidades e definição de problemas prioritários da família

• Definição de população eletiva (idade,

sexo e condições sócio-econômicas) • Conhecimento dos membros da família e

o meio social que vive • Extensão da relação com as famílias, não

importando o tipo de demanda (necessidade ampliada) para cuidado

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários, Diário de campo) Projeto do Programa

3. Qualidade técnica e cientifica

• Existência de protocolos de atenção

(Reconhecimento e manejo dos problemas de saúde mental, da criança, mulher, idosos, etc..)

• Qualificação profissional e adequação dos serviços às normas padronizadas

• Registro adequado nos prontuários das queixas, problemas e condutas (prevenção e promoção da saúde).

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários e diário de campo) Projeto do Programa Relatório de gestão Auditoria de prontuários

4. Condições e práticas de trabalho

• Processo seletivo das equipes de PSF • Remuneração, treinamento, qualificações

de pessoal.I • Incentivos, direitos trabalhistas e formas

de inserção profissional PCCS • Modalidades e regularidade de

acompanhamento e supervisão

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários e diário de campo) Projeto do Programa

5.Trabalho em Equipe

• Composição da equipe por categoria

profissional e responsabilidades • Mecanismo de articulação e integração

da equipe multiprofissional • Protocolos como organizadores das

praticas conjuntas da equipe • Projetos terapêuticos integrados • Atividades de grupos (terapêuticos,

preventivos e educativos) .

Dados primários (entrevistas com gestor e trabalhadores de saúde, usuários e diário de campo) Projeto do Programa

6. Percepções sobre a saúde- doença e cuidado

• Percepção do usuário, profissional e gerente sobre saúde- doença e o cuidado prestado pela ESF ou unidade de ABS

• Participação na formação de grupos e atividades extra-muros

Dados primários (entrevistas com os usuários, trabalhador e gestor)

7. Direito a escolha de terapêutica

• Uso de praticas terapêuticas

alternativas ou populares de cura

Dados primários (entrevistas com usuários, trabalhadores da saúde e gestor)

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DIMENSÃO DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS DE SAÚDE

SUBDIMENSÕES

CRITÉRIOS OU INDICADORES

ESTRATÉGIAS PARA COLETA

DE DADOS Cobertura e desempenho de metas pactuadas

• Verificação e atualização dos

indicadores de saúde e utilização de serviços

• Indicadores do pacto da Atenção Básica ano 2002

• Indicadores da PPI-ECD ano 2002 • Indicadores Municipais de progressão da

fase 1 a 2 (gatilhos) e do “caso-controle”2 1)Cobertura Populacional do PSF; 2)Gestão baseada em resultados no nível municipal e local (ESF e UBS); 3)Cobertura de vacinação DPT em < 1 ano; 4)% das gestantes inscritas que tiveram 6 atendimentos de pré-natal; 5)% de gestantes atendidas que tiveram todos os exames laboratoriais básicos recomendados pelo protocolo; 6)% das gestantes atendidas que receberam a vacina antitetânica; 7)% de casos novos de tuberculose com esquema completo de tratamento; 8)% de admissões hospitalares para IRA para crianças menores de 5 anos; 9)% de admissões hospitalares para desidratação em menores de 5 anos; 10) n° de visitas domiciliares dos ACS/família, anualmente; 11) % de encaminhamentos para atendimento especializado, efetivado pelas UBS/ESF e/ou centrais de regulação; 12) % de encaminhamentos para maternidades efetivados pelas UBS/ESF e/ou centrais de regulação; 13) % de UBS com todos os medicamentos padronizados pela Atenção Básica; 14)% de casos de hipertensão acompanhados de acordo com o protocolo; 15) Implantação dos protocolos de práticas da ABS, referência e contra-referência ;

Dados secundários nos sistemas de informação ambulatorial, hospitalar, SIM SINASC e SINAN; Dados secundários de cobertura PACS E PSF – SIAB – ano base 2002/2001 Relatórios das Pactuações (municipal e locais) Dados primários de provedores (incluindo revisão de prontuários) e de uma amostra de domicílios

2 Indicadores validados, relacionados com a qualificação dos processos de trabalho e resolubilidade dos serviços, possibilitando comparabilidade em análises transversais e longitudinais nas áreas com e sem PSF.

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ANEXO IV

Diretrizes para elaboração das propostas de avaliação do PROESF:Componente Avaliação e Impacto

As diretrizes que seguem tem como objetivo orientar as instituições convidadas na preparação de propostas de metodológicas para sub-componente de avaliação de impacto, no âmbito da Dimensão do Desempenho dos Sistemas de Saúde descrito anteriormente neste TDR. Em relação a este objetivo específico de avaliação de impacto, e não da avaliação de resultados e processos, as instituições deverão elaborar uma sub-seção da proposta global que descreve em detalhe como será conduzido o estudo de avaliação de impacto. Nesta sub-seção, as instituições deverão: • Descrever detalhadamente as intervenções e desenvolver um arcabouço teórico que explique

como tais intervenções causariam impacto nas variáveis de desfecho selecionadas como indicadores de impacto;

• Detalhar os indicadores de impacto, sem ambigüidade em termos de quantidade, qualidade,

tempo, grupo alvo, e local.

• Indicadores listados devem ser específicos em termos de QUANTIDADE, QUALIDADE, TEMPO, GRUPO ALVO E LOCAL. Para cada indicador e em cada grupo alvo a ser avaliado, a situação atual deve ser estimada. Para cada indicador também se deverá definir metas refletindo a situação em diferentes fases e ao final ao projeto.

• Definir a estratégia de identificação (ou isolamento) do impacto do programa para cada

indicador detalhado acima. Ou seja, definir a metodologia a ser usada para que se possa atribuir ou não, de forma robusta, as mudanças observadas nos indicadores de impacto às intervenções do programa.

• Quais serão os grupos de comparação ? • Quais serão os métodos estatísticos utilizados para reduzir possível viés de seleção ?

• Listar meios de verificação a serem utilizados para medir os indicadores de impacto. Quando se

optar pela obtenção de dados primários (pesquisas de campo), citar as fontes de dados existentes que foram consideradas e justificar a proposta de pesquisas de campo (ou seja, o porque de se obter novos dados primários e não utilizar dados existentes?)

• No caso da opção de pesquisa de campo:

• Para cada indicador de impacto listado, definir tamanho mínimo da amostra aleatória, nos grupos alvo e de comparação, necessários para se medir o impacto do programa com poder estatístico adequado.

• Definir o desenho amostral • Apresentar um esboço do questionário a ser aplicado • Detalhar o plano de trabalho de campo, incluindo:

i. Dimensionamento das equipes de campo ii. Cronograma das atividades de campo iii. Cronograma das atividades de entrada e crítica dos dados iv. Cronograma da análise dos dados coletados

• Preencher a Tabela 1 abaixo e anexá-la à proposta técnica. Além dos indicadores já na tabela,

as instituições poderão sugerir indicadores adicionais.

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Tabela 1. Indicadores e parâmetros orientadores para a elaboração da proposta de avaliação de impacto do PROESF no âmbito da Dimensão do Desempenho dos Sistemas de Saúde. (Deve ser preenchido pela instituição que preparou a proposta)

Indicador de Impacto Situação

Inicial Meta

Fase I Meta fim

Do PROESF Meios de

verificação considerados

Meio de verificação escolhido, e porque

Tamanho de Amostra que requer

para detectar impacto esperado

1. % das crianças menores de 1 ano de idade, vivendo nas áreas de cobertura do SF, com esquema vacinal para DPT adequado

2. % das mulheres, acompanhadas pelas ESF, que nos últimos 24 meses estiveram grávidas por pelo menos 8 meses e que receberam pelo menos 6 atendimentos de pré-natal.

3. % das mulheres, acompanhadas pelas ESF, que nos últimos 24 meses estiveram grávidas por pelo menos 8 meses e que fizeram todos os exames básicos

4. % das mulheres , acompanhadas pelas ESF, que nos últimos 24 meses estiveram grávidas por pelo menos 8 meses e que receberam vacina anti-tetânica.

5. % dos casos de TB diagnosticados nos últimos 18 meses pelas ESF que receberam esquema completo de tratamento

6. % de crianças com < 5 anos de idade, vivendo nas áreas de abrangência das ESF, que nos últimos 12 meses foram admitidas em hospitais por causa de IRA

7. % de crianças com < 5 anos de idade, vivendo nas áreas de abrangência das ESF, que nos últimos 12 meses foram admitidas em hospitais por causa de desidratação.

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8. % das Unidades de Saúde da Família com todos os medicamentos padronizados pela Atenção Básica

9. % de casos de hipertensão detectados nos últimos 12 meses, acompanhados pelas ESF de acordo com o protocolo

10. % dos nascimentos com menos de 2500 gramas ocorridos nos últimos 24 meses, nas áreas de abrangência das ESF

11. % Outros indicadores sugeridos pela instituição.