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IBRAM lança 7ª Edição de Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira José Fernando Coura recebe título de cidadão do Espírito Santo e do Pará Documentário sobre Dr. Antunes resgata história da mineração Novo Gerente Executivo do IBRAM Amazônia pretende consolidar a imagem da mineração na Região Norte Fevereiro-Abril 2013 Ano VIII – nº 60 Mineração indústria da WWW.FACEBOOK.COM/IBRAM.MINERACAO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO IBRAM NAS REDES SOCIAIS: WWW.IBRAM.ORG.BR

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Page 1: Mineração indústria dacom o minerador. Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, e o Presidente da APAAB/FUNCAEMI, Antônio Rocha, durante o lançamento do documentário

IBRAM lança 7ª Edição de Informações e Análises da

Economia Mineral Brasileira

José Fernando Coura recebe título de cidadão do Espírito Santo e do Pará

Documentário sobre Dr. Antunes resgata história da mineração

Novo Gerente Executivo do IBRAM Amazônia pretende consolidar a imagem da mineração na Região Norte

Fevereiro-Abril 2013Ano VIII – nº 60

Mineraçãoi n d ú s t r i a d a

www.facebook.com/ibram.mineracaowww.twitter.com/ibram_mineracaoIBRAM nAs Redes socIAIs: w w w. I B R A M . o R g . B R

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EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Diretor-Presidente: José Fernando Coura / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin / Diretor de Relações Institucionais: Walter B. Alvarenga / Diretor Financeiro e Administrativo: Ary Pedreira • CONSELHO DIRETOR – Presidente: Ricardo Vescovi de Aragão / Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) / Textos: Carina Ávila, Luisa Amorim • Sede: SHIS QL 12 – Conjunto 0 (zero) – Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 – Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Travessa Rui Barbosa, 1536 – B. Nazaré – CEP: 66035-220 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – Fax: (91) 3349-4106 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223-6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail: [email protected]. Siga nas redes sociais: Twitter:@ibram_mineracao • Facebook: www.facebok.com/ibram.mineracao

O Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), José Fernando Coura, foi convidado para coor-denar a Comissão Especial de Mineração da Confederação Nacional da Indústria (CNI) pelo Presidente da instituição, Robson Braga de Andrade. A indicação, que reforça o papel de destaque do Instituto na representação do setor, foi formalizada em 6 de fevereiro pelo novo Presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Desen-volvimento Tecnológico (COPIN/CNI), Glauco José Côrte.

De acordo com José Fernando Coura, a presença de um represen-tante do Instituto na liderança da Comissão consolida mais uma etapa na missão do IBRAM de ampliar as parcerias com outras entidades asso-ciativas de âmbito nacional, estando a CNI entre as de maior destaque.

Na Presidência do IBRAM desde abril de 2012, Fernando Coura é Técnico Metalúrgico e Engenheiro de Minas por formação. Ele tam-bém ocupa os cargos de Presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Vice-Presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

IBRAM e empresários discutem participação do IPHAN no licenciamento ambiental

Diretor-Presidente do IBRAM coordenará Comissão Especial

de Mineração da CNI

Com o intuito de aprimorar a interface do patrimônio material e cultural nos processos de licenciamento ambiental, o IBRAM e em-presas do setor se reuniram na sede do IBRAM em Belo Horizonte (MG). Também foi abordada a possibilidade de revisão e fortaleci-mento da Portaria 230/2002 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que define regras para empreendimentos com potencial impacto a sítios arqueológicos.

O encontro abordou questões como a revisão das legislações per-tinentes ao tema, o fortalecimento da profissão de arqueólogo e a aproximação institucional com o IPHAN. Em virtude da importância de aprimoramento técnico dos estudos arqueológicos para a obten-ção de licenças ambientais, o IBRAM vai incentivar a realização de seminários, congressos e fóruns de discussão sobre o assunto em par-ceria com o setor produtivo e os órgãos públicos competentes.

Vivemos um período de expectativa quanto à proposta governamental de novo marco regulatório para a mineração, embora já tenha sido apresentado ao Congresso Nacional pro-jeto de lei de autoria do Deputado Federal Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG) nesse mesmo sentido.

O novo marco deve propor soluções para questões que prejudicam a mineração, a exemplo do entrave na liberação de autorizações governamentais relativas ao setor.

Depois de um longo período em que foi interrompida – desde novembro de 2011 –, a concessão de outorgas de direi-tos minerários, envolvendo os mais diversos tipos de minérios, o governo iniciou recentemente a liberação de algumas dessas.

O setor mineral cobra maior agilidade, inclusive na publi-cação das autorizações de pesquisa mineral/alvarás e de outras concessões de lavra/portarias, ainda mais neste momento de-licado da mineração brasileira.

Esta situação inusitada já trouxe muitos prejuízos a esta in-dústria. A produção de bens minerais e a geração de receitas vêm decrescendo e empregos, postos de trabalho e salários estão cada vez menores. O prejuízo é também do Brasil.

O setor mineral precisa planejar seus investimentos e reno-var seu estoque de minérios para seguir abastecendo o merca-do comprador interno e externo, assegurando divisas ao Brasil e consolidando posição de destaque do País no mercado in-ternacional. No entanto, até mesmo essa posição de liderança sofreu um severo baque.

A expectativa quanto ao novo marco regulatório é positiva no sentido de que será possível pelo menos retomar o ritmo do setor mineral.

O IBRAM reafirma sua posição institucional de defender junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional – onde a matéria será discutida, esperamos, extensamente – que qual seja a proposta a ser aprovada que o novo marco regulatório assegure princípios básicos: garantia dos direitos adquiridos; se-gurança jurídica; atratividade para novos investimentos no setor.

Expectativa pelo marco regulatório

Ano VIII – nº 60, Fevereiro-Abril de 2013Indústria da Mineração 2

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Belo Horizonte foi palco de homenagem a um dos principais nomes da indústria mi-neral do País, Augusto Trajano de Azevedo Antunes. A trajetória do minerador é tema do documentário Dr. Antunes, lançado em evento que reuniu os principais nomes do segmento na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

O Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, acredita que a obra é “um resgate da história da mineração bra-sileira. O propósito inicial foi homenageá--lo e revelar seus valores, qualidades e re-alizações, para que sirvam de modelo aos brasileiros. Precisamos mostrar às novas gerações os cidadãos que há muito tempo já acreditavam no Brasil, pessoas que exer-ciam a atividade empresarial com o objeti-vo de trazer melhoria da qualidade de vida às comunidades e promover o desenvolvi-mento sustentável”, pontua.

O filme conta a trajetória do fundador da Sociedade Brasileira de Indústria e Co-mércio de Minérios de Ferro e Manganês (Icomi) e da Companhia Auxiliar de Em-presas de Mineração (CAEMI), ressaltando sua importância para a indústria brasilei-ra. “O documentário é um sonho de cin-co anos. Foi produzido a partir do apoio do IBRAM e com a dedicação voluntária de todos os integrantes da Associação dos Participantes Ativos, Assistidos e Benefi-ciários da Fundação CAEMI de Previdên-cia Social/Fundação Caemi de Assistência Social (APAAB/FUNCAEMI)”, lembrou o Vice-Presidente da APAAB/FUNCAEMI, Antônio Rocha.

O IBRAM patrocinou a restauração dos documentos audiovisuais. O filme conta também com o patrocínio da MRS Logística, Ecometals, Mitsui & Co. e Anglo American Brasil. A produção é da Cinefor Cinema e Informação Ltda.

Para o Presidente da Federação das In-dústrias do Estado de Minas Gerais, Olavo Machado Jr., o minerador estava à frente de seu tempo. “Dr. Antunes é um ícone. Ele é

Documentário Dr. Antunes

resgata história da mineração

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a

tudo aquilo que qualquer empresário gosta-ria de ser, um realizador, uma pessoa com ousadia de pensar grande e que fez parte da história do setor industrial brasileiro”, desta-cou durante o lançamento do filme.

Já o Presidente da Assembleia Legisla-tiva de Minas Gerais (ALMG), Deputado Estadual Dinis Pinheiro, enfatizou as im-portantes ações do Dr. Antunes na melho-ria da qualidade de vida das comunidades próximas aos empreendimentos em que trabalhava. “Cabe a nós a responsabilidade de dar sequência à bela história construída pelo Dr. Antunes. O legado dele deve ser uma inspiração para que cada um atue de forma a melhorar a vida das pessoas, assim como ele fez”, disse.

Dr. Antunes deu início a um projeto na Amazônia, região ainda hoje pouco explo-rada, mostrando ao País e à comunidade internacional a possibilidade de aliar mine-ração e responsabilidade socioambiental. Dirigido pelo cineasta Sérgio Santos, o do-cumentário é fruto de um trabalho de com-pilação de documentos, imagens em vídeo, fotografias e depoimentos, obtidos por co-laboradores que trabalharam e conviveram com o minerador.

Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, e o Presidente da APAAB/FUNCAEMI, Antônio Rocha, durante o lançamento do documentário

Indústria da Mineração Ano VIII – nº 60, Fevereiro-Abril de 2013 3

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A arrecadação da Compensação Finan-ceira pela Exploração de Recursos Mine-rais (CFEM) atingiu o recorde de R$ 1,832 bilhão em 2012. O valor é 19% maior que em 2011, quando alcançou R$ 1,544 bi-lhão, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

O resultado foi obtido em meio à vo-latilidade da cotação do minério de ferro, principal fonte da CFEM em Minas Gerais. De acordo com o DNPM, o crescimento foi impulsionado pelo fim das deduções sobre o transporte de minerais.

Minas Gerais é o estado responsável por cerca de 53% dos royalties pagos pela ex-ploração mineral brasileira. Apenas no esta-do mineiro a arrecadação foi de R$ 974,4 milhões. O montante registrado é 23,5% maior que em 2011, quando a CFEM tota-lizou R$ 788,882 milhões.

A maior arrecadação de Minas Gerais foi verificada em Nova Lima, Região Metro-politana de Belo Horizonte (RMBH). O mu-nicípio concentra importantes operações mineradoras e, no ano passado, totalizou R$ 188,4 milhões em royalties. O montan-te é 57,8% superior ao registrado em 2011, quando atingiu R$ 119,4 milhões.

A segunda unidade da Federação com maior representatividade na contribuição é o Pará. O estado arrecadou R$ 524,2 milhões em 2012. Os recursos que entra-ram nos cofres públicos via CFEM repre-sentam um aumento de 13% sobre os R$ 462,4 milhões de 2011.

Apenas o município de Parauapebas – cidade na qual mais se recolhe CFEM no País devido ao complexo de Carajás – respondeu pela arrecadação de R$ 427 milhões em 2012.

As consequências ambientais e socio-econômicas do fechamento de minas vêm sendo objeto de estudos e leis em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com o De-partamento de Engenharia de Minas e Pe-tróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, está elaborando um Guia de Boas Práticas de Fechamento de Mina.

De acordo com a Gerente de Assuntos Ambientais do Instituto, Cláudia Salles, o fechamento precisa ser planejado des-de a concepção do projeto. A empresa deve estimar todos os custos associados e acompanhar o desenvolvimento socioeco-nômico local, considerando-o no plano de fechamento. “É extremamente importante reforçar o papel das mineradoras na con-servação da biodiversidade e dos ecossis-temas a longo prazo e isso abrange todo o ciclo de vida da mina, inclusive, após o encerramento de suas atividades”, explica.

Segundo Salles, o guia será um docu-mento de orientação para as boas práticas de fechamentos de mina aplicáveis a to-dos os tipos de bens minerais. O objetivo é alinhar os procedimentos adaptados à realidade brasileira. “A ideia é oferecer di-retrizes aos profissionais de mineração de modo a facilitar as questões pertinentes ao fechamento”, ressalta.

Recentemente, o documento esteve sub-metido à consulta pública, disponível para análise e sugestões no site do Instituto (www.ibram.org.br).

O material foi construído de forma par-ticipativa, por meio de oficinas de trabalho e rodadas de consultas junto ao Governo, universidades, ONGs e empresas de mine-ração e de consultoria na área. Manuais internacionais e modelos de boas práticas já adotados no Brasil também serviram como base.

Royalties da mineração superam R$ 1,8 bilhão em 2012

Parceria elabora Guia de Boas Práticas para

Fechamento de Mina

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ArrecAdAção dA cfem* (em r$ milhões)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

2.000

1.600

1.200

800

400

547,2

857,8742,1

1.083,1

1.544,7

1.832,3

Fonte DnPM

Segundo DNPM, crescimento foi impulsionado pelo fim de deduções sobre o transporte de minerais

Ano VIII – nº 60, Fevereiro-Abril de 2013Indústria da Mineração 4

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Importante ferramenta para o controle de emissões atmosféricas e para a elabo-ração de ações sustentáveis, o Inventá-rio de Emissões de Gases Efeito Estufa (GEEs) do Setor Mineral chegou à sua 2ª fase. Com base na primeira edição, lança-da em 2011 pelo IBRAM, a intenção agora é “atualizar, ampliar e refinar o trabalho”, como define a Coordenadora do Estudo, Isaura Frondizi.

Nesta etapa, o Inventário Setorial de GEE irá ampliar os bens minerais a serem considerados e incorporar mais empresas mineradoras. Neste estudo serão estudados 15 bens minerais, amostra que compreen-de 90% da produção mineral brasileira. São eles bauxita, caulim, cobre, ferro, manga-nês, fosfato, carvão mineral, estanho, nió-bio, níquel, potássio, zinco, agregados (bri-ta e areia), rochas ornamentais e gesso.

“As novas tipologias foram escolhidas por dois critérios. Privilegiamos, primeira-

mente, os minerais mais representativos. Outros foram acrescentados em virtude das demandas setoriais. Isso porque há interes-se da sociedade no assunto, principalmente quando se fala em agregados da construção civil, carvão mineral, rochas ornamentais e gesso”, detalhou Isaura Frondizi.

Para a construção do 2º Inventário, as informações fornecidas pelas empresas as-sociadas serão a principal ferramenta de trabalho. Após a consulta e elaboração do diagnóstico, as mineradoras serão con-vidadas a validar os resultados e, ao final do processo, os dados serão validados pelo Governo Federal.

“A indústria mineral está buscando miti-gar a emissão de gases de efeito estufa de uma forma consistente. O setor conhece suas limitações e planeja os próximos pas-sos de uma forma gradual, sistemática e permanente”, reforçou o Diretor de Assun-tos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin.

IBRAM dá início à 2ª fase do Inventário de Emissões de GEE do Setor Mineral

1º Inventário

O 1º Inventário de Emissões de Gases Efeito Estufa do Setor Mineral é uma ação convergente do setor de mineração com o esforço global de combate às mudanças cli-máticas. O estudo mapeou as emissões de um grupo de bens minerais de grande repre-sentatividade e identificou o setor como um baixo emissor.

O levantamento teve também papel fundamental na qualificação política do se-tor, uma vez que serviu de subsídio para o Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas da Mineração (Plano MBC), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Este instrumento definiu cenários de mitigação de emissão de GEE e identifi-cou as ações possíveis. Estabeleceu ainda a necessidade de monitoramento e acompa-nhamento das ações por meio de inventários setoriais, em acordo com o setor produtivo.

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Encontro na sede do IBRAM reuniu representantes de mineradoras que participam da elaboração do Inventário

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PROGRAMA ESPECIAL DE

SEGURANÇA E SAÚDE

OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

Com o objetivo de monitorar e conser-var a saúde dos funcionários, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-nal (PCMSO) é uma realidade em muitas empresas do País. Orientado pela Norma Regulamentadora no 7 (NR-7), desenvolvi-da pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o PCMSO designa um coordena-dor, seja ele médico ou técnico legalmente responsável, para liderar a área de Saúde Ocupacional da empresa.

Este profissional fica responsável pela ela-boração das diretrizes que determinarão as atividades de monitoramento médico. O PCMSO prevê, entre outros trabalhos, emissão de atestados, exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho e de mu-dança de função.

O descumprimento das regras pode trazer sérias consequências às empresas. Segundo o Auditor do Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE) Airton Marinho, a obrigatorie-dade da elaboração e implementação do PCMSO é o item mais multado da NR-7.

Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional: realidade diferente para

pequenas e grandes empresas

Enquanto pequenas e médias

corporações esbarram em

limitações orçamentárias e

estruturais, grandes empresas

brasileiras desenvolvem

programas que são referência

em todo o mundo

“Desde 1994, as empresas são obrigadas a ter o programa. A diferença é que, em esta-belecimentos com mais de 10 empregados, é necessário confiar o gerenciamento do PCMSO a um médico do trabalho, que terá que estruturar iniciativas com base nos riscos identificados na empresa”, explica.

No entanto, pequenas e médias empresas esbarram em inúmeras dificuldades para cumprir a legislação. Os desafios estão li-gados a questões de diversas origens, como orçamento limitado, falta de adesão do qua-dro de funcionários, inexistência de campa-nhas educativas e até mesmo de profissio-nais qualificados na área.

De acordo com a Técnica de Segurança responsável da Terra Rica Indústria de Cal-cário e Fertilizantes Ltda., Bruna Stival, as pequenas empresas têm de lidar com es-trutura enxuta do departamento de saú-de e segurança e com o baixo orçamento destinado à área. Consequentemente, os investimentos realizados no setor são quase sempre emergenciais.

Apesar das dificuldades, há maneiras para que pequenas e médias empresas consi-gam contornar os entraves. A Terra Rica, que possui 110 funcionários, conta com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi) para a execução do PCMSO. Implementa-

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Anglo American atinge mais de 43

milhões de homens-hora sem acidentes com afastamento

O Projeto Minas-Rio, empreen-dimento da Anglo American em obras nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, atingiu mais de 43 milhões de homens-hora tra-balhadas sem acidentes com afas-tamento. A empresa afirma que o resultado se deve à implantação de um plano estratégico com foco em gerenciamento de riscos, liderança visível e percebida, aprendizado com acidentes e capacitação de funcionários. Por determinação, 2% das horas trabalhadas pelos 13 mil empregados próprios e terceiri-zados são destinados à capacitação e ao treinamento em segurança.

Liga dos Campeões – iniciativa destaca boas

práticas da Vale

A Liga dos Campeões, iniciativa aplicada no Projeto 5ª Linha Bru-cutu no Complexo Minas Centrais da Vale em São Gonçalo do Rio Abaixo/MG, foi criada para reco-nhecer empregados que se desta-cam pelas boas práticas em SST, por reduzir o número de acidentes e incentivar o trabalho em equipe. As equipes da obra foram dividi-das em times e cada uma delas é avaliada por seu desempenho, no cumprimento de diretrizes de SST. O resultado é acompanhado pela placa de gestão, que cada equipe leva para suas frentes de serviço. As três melhores são agraciadas com um troféu, um prêmio surpre-sa e uma medalha entregue a cada membro da equipe vencedora.

BOAS PRÁTICASdo na empresa entre 2002 e 2004, o pro-grama é atualizado anualmente a partir de vistorias periódicas. “Todos os dados são revisados e reavaliados e podemos contar com o apoio da instituição sempre que ne-cessário”, afirma a Técnica.

DE PEqUENAS A GRANDES EMPRESAS

Os grandes desafios de multinacionais como a Vale S.A. estão relacionados à dispersão geográfica dos empregados, à intensa mo-vimentação de pessoas e à diversidade de processos produtivos existentes na compa-nhia. O Gerente de Saúde Ocupacional da empresa, José Fernan-do Vitral, acredita que a solução para estas dificuldades passa pela capacitação per-manente das equipes de saúde e seguran-ça. O objetivo é que elas estejam sempre preparadas para iden-tificar e reconhecer os riscos, aperfeiçoar os meios de controle das movimentações internas e externas, gerenciar mudanças em áreas e processos e intervir para mitigar e eliminar riscos.

De acordo com o mé-dico da Votorantim Metais, Davi Santos, a necessidade de enfatizar a importância da prevenção e do cuidado individual com a saúde é constante. “Nossa cultura ainda vê o médico como o profissional que só deve ser procurado em caso de doença. Obvia-mente a prevenção é muito melhor. Busca-mos estimular a capacitação preventiva dos trabalhadores”, esclarece.

A atenção dedicada ao Departamento de Saúde e Segurança já rendeu à Mineração Rio do Norte (MRN) prêmios internacionais. O PCMSO da empresa é mundialmente re-conhecido e, em 2010, conquistou o prêmio HSEC Awards, da BHP Billiton, em Perth, na Austrália, como Higly Commended.

No caso da MRN, o grande desafio é o fato de as atividades da empresa estarem locali-zadas no interior da Floresta Amazônica, a

“Nossa cultura aiNda vê o médico

como o profissioNal que só deve ser

procurado em caso de doeNça. obviameNte

a preveNção é muito melhor.

buscamos estimular a capacitação preveNtiva dos

trabalhadores”

centenas de quilômetros dos grandes cen-tros urbanos, com acesso somente por via fluvial ou aérea. “Estas dificuldades foram contornadas com o desenvolvimento de ex-pertise própria e estruturação interna que possibilita o mínimo de dependência exter-na. Desenvolvemos programas considerados referência no setor de mineração, baseados principalmente na sinergia e no alto nível técnico da equipe multidisciplinar envol-vida”, afirma o médico Paulo Mendonça, responsável pelo Departamento de Saúde e Segurança da mineradora.

Os investimentos na área trouxeram para a MRN, além do reconhecimento interna-cional, outros resultados compensadores.

Há mais de dez anos a empresa não regis-tra ocorrências de do-enças ocupacionais. Além disso, o índice utilizado para estimar o risco cardiovascular de um indivíduo nos próximos 10 anos, chamado de Risco de Framingham, é de dois ou menos para mais de 50% dos tra-balhadores.

Além do monitora-mento biológico e ins-peções de campo por parte da equipe de medicina do trabalho, o PCMSO da empre-sa contempla diversos subprogramas que in-

cluem atividades ligadas à Conservação Au-ditiva, Ergonomia, Gestão da Fadiga, Medi-cina do Viajante, Apoio à Política Sobre Uso Indevido do Álcool e Apoio aos Programas de Qualidade de Vida.

Para a Coordenadora do MINERAÇÃO, Cláudia Pellegrinelli, a implantação do PCMSO nas empresas é um fator decisivo para a melhoria dos índices de saúde e se-gurança. Ela destaca ainda a importância de fóruns de discussão, como os realiza-dos pelo Programa, para aperfeiçoamento das iniciativas. “A troca de informações é essencial para o nosso crescimento. A preo-cupação das empresas, que vêm colocando em prática ações voltadas para a SSO, de-monstra que o setor mineral está em busca de um desenvolvimento sustentável aliado à preservação da vida”, comenta.

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O Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), José Fernando Coura, foi homenageado no Espírito Santo e no Pará com a comenda de cidadão dos dois estados. As solenidades foram realizadas nos dias 26 de fevereiro e 14 de março nas cidades de Vitória (ES) e Belém (PA), respectivamente, e ressaltam não só a importância de Coura para a Indústria da Mineração, como da mineração para o desenvolvimento de todo o País.

No Espírito Santo, o título de honraria foi entregue pelas mãos do governador Renato Casagrande, durante a solenidade de ceri-mônia de abertura da Feira do Mármore e Granito. Na ocasião, José Fernando Coura ressaltou a importância do Estado na indús-tria de extração de rochas ornamentais. “O Espírito Santo é um importante produtor e responde por 80% da exportação brasileira de rochas ornamentais. Não posso deixar de destacar a importância da ligação de Minas

O Engenheiro de Minas José Fernando Coura, Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) e Vice-Presidente da FIEMG, foi eleito por unanimidade para receber o Prêmio Bom Exemplo 2013 na Categoria Economia e Desenvolvimento de Minas. A iniciativa contempla pessoas e instituições que se destaca-ram em várias áreas. A coordenação é da Fundação Dom Cabral e da TV Globo Minas, com a participação da FIEMG e jornal O Tempo.

Os jurados se reuniram para eleger os vencedores das categorias: Ciência, Cultura, Inovação, Economia e Desenvolvimento de Minas, Esporte, Meio Ambiente, além da Personalidade do Ano. O Prêmio Bom Exemplo 2013 é o reconhecimento de pessoas de destaque que contribuem para uma sociedade cidadã e solidária.

“Sinto-me muito lisonjeado com esta premiação, porém, ela é muito mais do que um reconhecimento pessoal. É uma homena-gem a toda a indústria da mineração que, pela primeira vez, está representada entre os eleitos para receber tal honraria. É um setor produtivo decisivo para o desenvolvimento nacional e esta premiação reforça as condições para a indústria da mineração continuar a atuar com sustentabilidade, com cidadania e responsabilidade social”, diz José Fernando Coura.

Veja a cobertura da entrega na próxima edição.

Diretor-Presidente do IBRAM é eleito para receber o “Prêmio Bom Exemplo 2013”

José Fernando Coura é

homenageado no Espírito Santo

e no Pará

Gerais com esse Estado: os portos daqui são, na verdade, as portas de entrada e saída de Minas Gerais para o mundo”, elogiou.

Já no Pará, a comenda foi entregue pelo presidente da casa, deputado Márcio Mi-randa (DEM-PA), e pelo deputado Gabriel Guerreiro em sessão solene comemorando o Dia Estadual da Mineração. Para Coura, a honraria é muito mais que um reconhe-cimento pessoal. “Esta homenagem foi um reconhecimento ao cidadão da mineração e consolida a presença do IBRAM na Amazô-nia. Foi um remédio para alma, uma injeção de ânimo, para que eu possa continuar na luta divulgando a importância da indústria mineral para o Brasil e articulando com os poderes legislativos”, finaliza.

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Deputado Márcio Miranda (DEM-PA), José Fernando Coura e Deputado Raimundo Santos (PEN-PA)

Jose Fernando Coura recebe título de Cidadão Espiritossantense das mãos do

Governador Renato Casagrande

Ano VIII – nº 60, Fevereiro-Abril de 2013Indústria da Mineração 8

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Dados atualizados da Economia Mineral Brasileira foram apresentados na noite de terça-feira (2/4) pelo Instituto Brasileiro de Mineração em sua sede, em Brasília. Repre-sentantes do setor, de entidades governa-mentais e privadas, do Ministério de Minas e Energia, do Congresso Nacional e jornalistas compareceram ao lançamento da “7ª Edi-ção das Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira”.

A publicação compila dados de 2011 e 2012 para 13 grupos minerais e apresenta informações consolidadas referentes a inves-timentos, distribuição regional, preços, pro-dução e reservas de bens minerais no Brasil. A proposta é organizar um banco de dados, capaz de comprovar com números os bene-fícios da mineração à economia brasileira e sua ampla contribuição à sociedade civil.

Novos dados sobre mineração reforçam importância do setor para a economia nacional

“Mineração forte”

Na ocasião, o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, relembrou o compromisso que o setor de mineração tem com a sociedade brasileira. “A nós interessa uma mineração forte, com responsabilidade social e ambiental e, principalmente, que traga desenvolvimento para o País.” Sobre os dados, Coura ressaltou que os números evidenciam a importância da atividade mi-neradora para a balança comercial e para a criação de empregos.

Cada bem mineral corresponde a um capítulo do trabalho desenvolvido pelo IBRAM: Agregados para a Construção Ci-vil, Bauxita, Caulim, Cobre, Estanho, Ferro, Fosfato/Potássio/Fertilizantes, Manganês, Ni-óbio, Níquel, Ouro, Urânio e Zinco. Há ain-

Diretor de Assuntos Institucionais do IBRAM, Walter Alvarenga, Diretor-Geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, Deputado Federal, Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG), Superintendente do DNPM/SP, Ricardo Moraes, Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, Deputado Federal, Luiz Argolo, Deputado Federal, Antônio Imbassahy, Deputado Federal, Bruno Araújo, e Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Carlos Nogueira da Costa

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da um capítulo intitulado “Brasil”, que cor-responde às informações consolidadas para a economia mineral brasileira. Nele estão, por exemplo, os dados da produção mineral brasileira de 2012, que foi de US$ 51 bi-lhões, e a estimativa de crescimento – de 2% a 5% – para os próximos dois anos.

Também na noite de 2 de abril, o De-partamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) lançou a nova edição do “Informe Mineral”, um estudo que reúne dados seme-lhantes aos pesquisados pelo IBRAM, mas com finalidades diferentes como apontou o Diretor de Assuntos Minerários do Instituto, Marcelo Ribeiro Tunes.

“O objetivo do trabalho desenvolvido pelo IBRAM] é mais amplo, para um públi-co que se interessa por mineração como um todo”, avaliou. O Diretor-Geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, também reforçou a parce-ria e a importância das duas pesquisas. “O mundo tem interesse no nosso minério. São trabalhos que vêm a somar, pois o setor pre-cisa muito de pesquisas nessa área.”

Expectativas

A estimativa de investimentos no setor de mineração para o período 2012/2016 é de US$ 75 bilhões, o que representa novo re-corde para a indústria mineral. Com média de US$ 15 bilhões investidos anualmente, Marcelo Tunes destacou que, no Brasil, o setor é responsável pela maior parcela dos investimentos privados, superando inclusive aqueles destinados à area petrolífera.

Parlamentares

Deputados Federais, membros da Co-missão de Minas e Energia (CME) da Câma-ra dos Deputados, estiveram presentes no evento e reforçaram o valor da economia mineral para o desenvolvimento do País. O Vice-Presidente da CME, Deputado Luiz Ar-gôlo (PP/BA), disse que é preciso cobrar do governo o atraso no envio do novo marco regulatório da mineração ao Congresso Na-cional. Segundo o parlamentar, a demora atrasa projetos importantes e causa prejuí-zos ao setor.

O Deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG) fez coro a Argôlo e lembrou que há seis anos o novo marco é esperado. “O setor é da maior importância, mas recebe pouca atenção do governo federal. Por exemplo, os processos de outorga estão paralisados, causando muito prejuízo”, acrescentou. Já o Deputado Antonio Imbassahy (PSDB/BA) fa-

lou sobre a necessidade de aproximar a ati-vidade dos brasileiros: “É importante que a sociedade perceba a importância da minera-ção”. Também esteve presente à solenidade o Deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que fez manifestações semelhantes aos colegas.

Diretor Presidente do IBRAM, José Fernando Coura

Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin, Hitler Nantes, Diretor de Assuntos Minerários

do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes e Fernando Carvalho

Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, Frederico Barboza e o Diretor de Hidrologia e Gestão

Territorial da CPRM, Tales Sampaio

José Mendo Mizael de Souza, Carlos Vilhena e Diretor de Assuntos Institucionais do IBRAM, Walter Alvarenga

Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes

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A seguir, algumas informações referentes ao relatório, de acordo com o grupo mineral:

Agregados da Construção Civil

Os Agregados, basicamente Areia e Pe-dra Britada, são as substâncias mais consu-midas no Brasil. Em 14 anos, a demanda por agregados da construção civil partiu de 460 milhões de toneladas (1997) para 673 mi-lhões de toneladas (2011). O crescimento da demanda foi de 82,3%, correspondente a um CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 6,8% a.a. O setor foi um dos poucos que não sentiu o impacto das crises internacio-nais de 2008/9 e 2011/12.

Bauxita

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de Bauxita, com 31 milhões de toneladas em 2011. A produção vem cres-cendo ao longo dos anos, assim como o preço, que passou de US$ 25,40 / tonelada (2010) para US$ 43,75 / tonelada (2011). Isso representa um aumento de 72%. A exportação também cresceu de 6.789 mil toneladas em 2010 para 6.887 em 2011. Até novembro de 2012 as exportações so-maram 6.860 mil toneladas.

Caulim

Aproximadamente 6,2% de todo o Cau-lim produzido no mundo é brasileiro. No ano de 2011 foram produzidas no País apro-ximadamente 2,05 milhões de toneladas. As reservas brasileiras são de altíssima qualida-de (alvura e pureza).

Cobre

A produção de Cobre brasileira cresceu, entre os anos de 2012 e 2013, de 450 para 480 mil toneladas. A tendência de consumo global também é crescente, especialmente por conta do processo de urbanização ace-lerado dos países em desenvolvimento, prin-cipalmente da China.

Estanho

Aproximadamente 12% da produção mundial de Estanho está concentrada no Brasil. No ano de 2011 as exportações, que apresentaram queda em 2010, tiveram uma retomada. Isso aconteceu porque os Estados Unidos, que são o principal desti-no das exportações brasileiras, anteciparam suas compras.

Minério de Ferro

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de Minério de Ferro e é esperado acréscimo de 122% na produção até 2016, por conta de projetos que entraram em ope-ração no último ano. A demanda chinesa está em constante crescimento e o Brasil, segundo estimativas, está preparado para atender esse mercado. Até o ano de 2020, a China precisará importar do Brasil 400 milhões de toneladas/ano. As maiores em-presas produtoras no Brasil são a Vale S.A. (84,52%), CSN (5,45%), Samarco (6,29%), MMX (2,03%) e Usiminas (1,71%). Os prin-cipais estados produtores do Brasil são Mi-nas Gerais (67%) e Pará (29,3%).

Fertilizantes

As mineradoras fornecedoras de Ferti-lizantes estão com projetos promissores na área de Potássio e estima-se que, até 2016, haja um crescimento de 700% na capacida-de produtiva. Esse empenho busca tornar o Brasil menos dependente da importação de Fertilizantes e a garantir, com investimentos na área, segurança necessária ao suprimento de matérias primas, além de contribuir para a geração de empregos.

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Manganês

O Brasil é o sexto maior produtor de Minério de Manganês, com 2,95 milhões de toneladas em 2011. O país é superavitá-rio na Balança comercial de Manganês: em 2011, o valor do saldo (exportações menos importações) foi de US$ 304 milhões FOB. Cerca de 90% de todo o Manganês produ-zido é utilizado em siderúrgicas.

Nióbio

A produção de Nióbio brasileira bateu novo recorde: 92,06% do total mundial e está em crescimento devido ao aqueci-mento do mercado de ferroligas. O Brasil detém as maiores reservas mundiais e 90% das exportações são de Ferro-Nióbio. Em 2011, o total exportado foi de 70.009 to-neladas, o que gerou ao País uma receita de US$ 1,8 bilhão.

Níquel

A produção brasileira de Níquel cres-ceu 15,5% no ano de 2011, passando de 108.983 mil toneladas/ano (2010) para 124.983 mil toneladas/ano (2011). Os prin-cipais estados produtores são Bahia (68%), Goiás (22%) e Minas Gerais (10%).

Ouro

O incremento do poder aquisitivo das classes C e D está ampliando o consumo de ouro no Brasil. As reservas de Ouro lavráveis no Brasil alcançam 2,6 mil toneladas, o que corresponde a 5% das reservas mundiais do Minério. O Ouro foi uma das commodities em que o preço se manteve alto mesmo du-rante a crise, e continua sendo um dos prin-cipais ativos financeiros. A produção cresceu 13,7% em 2011, passando de 58 toneladas (2010) para 66 toneladas (2011).

Urânio

O principal estado brasileiro produtor de Urânio é a Bahia, que responde por 100% da produção. A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) iniciará, em breve, a extração do mi-neral em Santa Quitéria (CE), em uma mina com capacidade de produção de 1.600 to-neladas, permitindo a exportação de mais de 1000 toneladas excedentes.

Zinco

As reservas medidas e indicadas de Zinco no Brasil alcançam 6,5 milhões de toneladas sendo que a maior parte está concentrada no estado de Minas Gerais. O País produziu 12.400 mil toneladas em 2011, 400 mil a mais do que no ano anterior.

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Entre os equipamentos adquiridos pela empresa estão as sondas Atlas Copco Chris-tensen CS14, CS-4002, CT20 e Sondas Bo-art Longyerar LF230. Esses equipamentos possuem o certificado da CE – União Eu-ropeia e motor com baixo índice de emis-sões Tier 3, para perfuração mais profunda e com maior eficiência. Além de reafirmar, com as aquisições, a responsabilidade am-biental, a empresa tem investido em pro-gramas de capacitação para os operadores. Por meio dessas ações, a GEOSOL se an-tecipa às demandas mercadológicas, assu-

mindo um compromisso de melhoria contí-nua e segura de suas operações.

Tecnicamente as sondas possuem mastro dobrável, sendo um modelo mais compacto, rebocável e de fácil mobilidade. Além disso, eliminam o trabalho em altura, incluem pro-tetores de segurança e botões de parada de emergência que tornam a operação da carreta de perfuração mais fácil e segura, além de se-rem capazes de acessar os locais de perfuração mais remotos em menor tempo, com maior confiabilidade e responsabilidade ambiental.

Geosol renova frota de sondagem

Com o objetivo de atender demandas de um mercado cada vez mais competitivo, a empresa Geosol investiu, nos últimos dois anos, cerca de 40 milhões de dólares na renovação das frotas

de sondas. Esse investimento também colabora com a eficiência produtiva e segurança de seus operadores.

Sonda Christensen CT20 garante perfuração mais profunda e eficiente

Geosol cumpre seu compromisso com a segurança ocupacional e a preservação do

meio ambiente – Sonda Christensen CS-4002

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O aumento da produção interna e a elevada carga de impostos do País são al-guns dos desafios a serem superados para diminuir a dependência externa de ferti-lizantes. De acordo com o Diretor-Presi-dente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), José Fernando Coura, é funda-mental tornar o segmento mais atraente para que as empresas invistam em produ-ção no território nacional.

Para Fernando Coura, um dos caminhos para isso é diminuir impostos e encargos que incidem na indústria de fertilizantes. “Se considerarmos os aspectos econômi-cos, chega a ser mais vantajoso importar os insumos do que produzi-los aqui. O potássio importado, por exemplo, circula

dentro do território brasileiro com isenção de ICMS. Enquanto isso, o bem mineral produzido em Sergipe terá cobrança de ICMS para transitar dentro do País. Como se incentiva uma indústria dessa maneira? Temos que reverter esse quadro”, ressaltou o Diretor-Presidente do Instituto durante o Fertilizer Latino Americano 2013, congres-so realizado em São Paulo (SP).

Para o Coordenador do Centro de Agro-negócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodri-gues, uma alternativa seria a implementa-ção de um núcleo de coordenação política para resolver os problemas. Para ele, o mais importante é investir para ampliar a pro-dução. “O Brasil tem condições de mudar

Brasil busca caminhos para diminuir dependência externa de fertilizantes

esse cenário. A expectativa é de que, em 10 anos, a produção brasileira de alimentos cresça 38% e a importação de fertilizantes caia para 18% da demanda”, afirmou.

Entretanto, o cenário apresentado pelo Secretário de Geologia Mineração e Trans-formação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira da Costa Jr., mostra um menor ritmo de redução na de-pendência externa para obtenção do pro-duto. Com o início da exploração das re-servas de carnalita em Sergipe, previa-se a queda gradual da importação de fertilizan-tes, chegando a 75% em 2020. Todavia, a dependência externa deve voltar a subir, especialmente devido ao crescimento da atividade agrícola.

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Deputado Federal Bernardo Santana de Vasconcellos (PR/MG), Diretor de Operações da Vale Fertilizantes, Marcelo Fenelon, e o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira da Costa Jr., participaram de mesa-redonda mediada por José Fernando Coura

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Novas jazidas

De acordo com levantamento apresen-tado durante o evento pelo analista da CRU Paul Burnside, para que o déficit na pro-dução nacional de fertilizantes se reverta até 2020, seriam necessárias de 6 a 7 novas plantas de amônia (com 600 milhões tone-ladas de capacidade), de 9 a 10 minas de fosfato (com capacidade média de 1 milhão toneladas) e de 4 a 5 minas de potássio com 2,5 milhões toneladas de capacidade cada. Para incentivar o investimento em novas ja-zidas, é fundamental reduzir os custos de produção no Brasil e descobrir novas áreas ricas nesses recursos minerais.

Para o Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes, cresce a necessidade de aumentar o conhecimento geológico em escala adequada para mine-ração. “Há um grande potencial no País, uma vez que menos de 30% do território brasileiro é mapeado geologicamente para mineração. Com informações mais detalha-das, o Estado teria como atrair novos inves-timentos”, ponderou.

A expectativa é de que a demanda por fertilizantes no Brasil bata recorde em 2013. Segundo a RC Consultores, os pro-dutores rurais vão demandar 30,5 milhões de toneladas, um crescimento de 3,38% so-bre o volume estimado para o ano passado.

Atualmente, o segmento aposta na região Norte do País, berço de conhecidas jazidas de calcário, potássio e fósforo. Há ainda grande potencial no Centro Oeste de Minas Gerais, área com rochas ricas em potássio. As mineradoras da região já estudam novas tecnologias para a reversão do mineral em potássio solúvel, utilizado na agricultura.

Fertilizantes e agricultura

O Brasil continua dependente das im-portações de fertilizantes para desenvolver, efetivamente, o grande potencial de expan-são de seu setor agrícola. Em 2011, o País importou 28,4 milhões de toneladas de pro-duto. Já em 2012, a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) calcula um aumento de 4% no período, com volume de 29,5 milhões de toneladas no ano.

Segundo projeções do setor brasileiro de fertilizantes, a tendência é de que o aumen-to das importações – que variou entre 3,5% e 4% ao ano nos últimos três anos – mante-nha esse mesmo ritmo pelo menos até 2017, quando então novos projetos da indústria brasileira estarão em operação, podendo trazer algumas mudanças para o cenário nacional. “Atualmente, todo o esforço em-penhado nos chamados agrominerais está sendo suficiente apenas para a manutenção da produção”, disse o Diretor de Operações da Vale Fertilizantes, Marcelo Fenelon.

O investimento em pesquisas para o desen-volvimento de fontes alternativas é apon-tado como importante ferramenta para diminuir a dependência externa. “A utiliza-ção da técnica da rochagem (pó de rocha) para enriquecer ou recuperar solos, por exemplo, é uma forma viável de diminuir a dependência que o Brasil apresenta em relação à importação de fertilizantes quí-micos”, acrescentou o Diretor de Assuntos Ambientais do Instituto, Rinaldo Mancin.

De acordo com Secretário de Geologia Mineração e Transformação do MME, Carlos Nogueira da Costa Jr., dependência externa deve voltar a subir devido ao crescimento da atividade agrícola

consumo BrAsileiro 2011 em milhões de tonelAdAs de nutrientes

Nota: Produção de Fósforo inclui produção com matérias-primas internacionais Fonte: ANDA/SIACESP – 2012

CONSUMO BRASILEIRO – 2011EM MILHÕES DE TONELADAS DE NUTRIENTES

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Nota: Produção de Fósforo inclui produção com matérias-primas internacionaisFonte: ANDA/SIACESP – 2012

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ENTREvIsTAroNaldo lima – Novo GereNte executivo do iBrAM AMAzôNiA

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) nomeou um novo Gerente Executivo para sua sede na Amazônia. Para-ense, formado em Geologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Ronaldo Lima tem especialização em Gestão Ambiental pelo Núcleo de Meio Ambiente (NUMA/UFPA) e em Sensoriamento Remoto Aplicado ao Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade de Brasília (UnB).

Ex-presidente da Associação dos Profissionais Geólogos da Amazônia – APGAM, atuou como gestor em empresas de mineração e como Gerente de Projetos Minerários na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (SEMA),

Novo Gerente Executivo do IBRAM Amazônia pretende consolidar imagem da mineração

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além de ter ministrado disciplinas em cursos de especiali-zação no Núcleo de Meio Ambiente da UFPA e na Univer-sidade do Estado do Pará (UEPA).

Comprometido com o desafio de desfazer o falso estig-ma da mineração versus meio ambiente, Ronaldo Lima aposta no diálogo aberto, “sem preconceito e produtivo”, com os órgãos oficiais e as ONGs socioambientais em busca do desenvolvimento sustentável. Em conversa com o Jornal Indústria da Mineração, o Gerente Execu-tivo falou sobre as expectativas ao assumir o cargo e as metas para a nova gestão.

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Muito se fala que o Pará é a nova fron-teira mineral do País. qual o potencial dessa região?

Por conta de todo o seu arcabouço geológi-co, o Pará tem um potencial muito grande para o desenvolvimento da mineração. Nós já temos grandes projetos. Vamos, provavel-mente, ter a maior mina de minério de ferro do mundo e temos bauxita, níquel e ouro. Mas falta, ainda, muita pesquisa para apon-tar toda essa potencialidade. Já se descobriu muito, mas ainda temos mais a descobrir.

qual é a sua expectativa ao ficar à fren-te do IBRAM na região Amazônica?

Eu gostaria de ressaltar que sempre fui mui-to crítico ao desconhecimento das pessoas sobre o setor. Preocupa-me muito assistir, nas audiências públicas, as pessoas falando negativamente da mineração. Então, sem-pre encarei como um desafio. Eu sempre criticava a falta de divulgação e agora está em minhas mãos. Cabe agora, com a ajuda de todos do IBRAM, melhorar essa relação e conhecimento.

Neste cenário, qual é o desafio ao as-sumir o Instituto?

Em primeiro lugar, é preciso consolidar a imagem do IBRAM no Pará e ampliar essa presença, principalmente nos órgãos estadu-ais, nas instituições e na sociedade. O setor empresarial já tem um bom conhecimento do Instituto. Agora queremos levar nossa atuação de forma detalhada para outros se-tores. Dessa maneira, podemos demonstrar a presença do IBRAM no Pará e, a partir de uma base consolidada, fortalecer ações na Região Amazônica como um todo.

quais ferramentas que você pretende utilizar para atingir tal meta?

O diálogo é a base de todo o trabalho. Tam-bém trabalharemos com a apresentação de projetos em conjunto com o setor público, sempre com a preocupação de nos adequar-mos à realidade local. Assim, pretendemos desenvolver um trabalho que possa fazer com que as pessoas enxerguem na minera-ção uma atividade que traz desenvolvimen-to de forma sustentável, criando um senti-mento de orgulho pelo setor na sociedade.

Nessa linha de atuação, o IBRAM Ama-zônia já trabalha para levar o Progra-ma MINERAÇÃO para a Região Norte do País?

Esse é um ponto importante. Vamos inten-sificar as ações em Saúde e Segurança na atividade minerária desenvolvida na região. Também iremos trabalhar nas questões que envolvam a segurança de barragens e rejei-to. Detectamos que as instituições estadu-ais do Pará exibem certa fragilidade técnica quando tratam de temas relevantes à espe-leologia. Por isso, já estamos estudando uma

Uma preocupação de todo o setor é o relacionamento com a comunidade. Você disse que estreitar esse diálogo é uma das metas do Instituto. Como você acha possível uma maior aproxi-mação desses dois atores?

Difundir a atividade mineral é um dos prin-cipais desafios que vamos encontrar. A Casa da Mineração é um espaço criado com esse objetivo, de ser um local de conhecimento e diálogo. Paralelo às ações que envolvem a Casa, vamos nos esforçar para divulgar as boas ações na mídia e por meio de pales-tras, para levar essas informações a conhe-cimento de todos na região e divulgar as ações positivas do setor. Hoje, quando se fala em mineração, a primeira imagem que as pessoas têm é de algo ruim. Entretanto, não se lembram da participação da ativi-dade para desenvolvermos o conforto que conhecemos, como o celular, a geladeira, o notebook. Além disso, o segmento traba-lha com a recuperação da área minerada e visa a equidade social. A mineração se afina com o conceito de desenvolvimen-to sustentável. Vamos buscar mostrar esse lado da atividade.

A aproximação com a academia tam-bém ajuda na conscientização?

É um ponto importantíssimo aumentar a presença do IBRAM nas universidades e fa-culdades e levar conhecimento aos forma-dores de opinião para que eles entendam e saibam dos pontos positivos da mineração. Assim, incentivamos interlocutores a colabo-rar com a nossa causa.

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forma de dar aporte e suporte técnico para que não haja algum tipo de reflexo negativo na atividade. Tentar ajudar na desburocra-tização do processo de licenciamento am-biental, entre outras ações.

Essas iniciativas são voltadas tanto para as empresas como também para o setor público. O IBRAM Amazônia pretende agir nessas duas frentes?

Isso é importante para ter clareza no proces-so e nenhum tipo de entrave por falta de co-nhecimento. Por um lado, o trabalho com as mineradoras eleva, ainda mais, a qualidade do setor produtivo. Por outro, esses progra-mas e capacitação nos órgãos públicos aju-dam no entendimento de como a atividade se desenvolve. Precisamos de ferramentas para nivelar o conhecimento, distanciando reflexos negativos.

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Com mais de 50 mil visitantes e 500 ex-positores, a Exposição Internacional de Mine-ração (EXPOSIBRAM) e o Congresso Brasilei-ro de Mineração reúnem, a cada dois anos, centenas de empresários e organizações go-vernamentais e privadas em um só lugar. Em 2013, os eventos entram em sua 15ª edição, que será realizada entre os dias 23 e 26 de setembro, em Belo Horizonte (MG), pelo Ins-tituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

Maior centro de negócios da mineração da América Latina, a EXPOSIBRAM conta com 15 mil m² de estandes, nos quais es-tão representadas as principais mineradoras com atuação global e os grandes fornece-dores de produtos e serviços. No espaço, são apresentadas novidades em tecnologia, equipamentos, softwares e outros produtos ligados à indústria mineral, além de dados sobre investimentos e gestão.

Espaço para troca de experiências

O Congresso Brasileiro de Mineração re-úne entre 1.500 e 2.000 congressistas a cada edição. Especialistas brasileiros e estrangei-

EXPOSIBRAM 2013 reunirá grandes nomes da indústria mineral

Em 2011, o Congresso Brasileiro de Mineração foi palco de debates sobre o futuro do setor. O talk-show (foto) é uma das principais atrações do evento

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EXPOSIBRAM 2013Data: de 23 a 26 de setembro de 2013 • Local: Belo Horizonte/MG • Site e inscrições: www.exposibram.org.br • Informações: 55 + (31) 3444.4794 • E-mails: [email protected] ou [email protected]

ros em diversos temas marcam presença en-tre os expositores e debatedores.

A pauta da 15ª edição leva em conta o contexto socioeconômico e também polí-tico, tanto mundial quanto brasileiro. Para dinamizar os debates dos temas considera-dos mais fundamentais para o setor mineral e a cadeia produtiva, o IBRAM estabelece uma programação que conta com palestras magnas, workshops, talk-shows, entre ou-tras iniciativas que se unem às atividades desenvolvidas no ambiente da feira inter-nacional de negócios.

Até 26 de abril estas empresas adquiriram cotas de patrocínio da EXPOSIBRAM 2013: Anglo American (Patrocinador Diamante), AngloGold Ashanti (Patrocinador Ouro), Sa-marco (Patrocinador Ouro), Geosol (Patroci-nador Bronze) e Ernst & Young Terco (Patroci-nador Bronze).

O evento conta com o apoio da CO-DEMIG – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. Figuram como apoiadores institucionais: ANEPAC (Associa-ção Nacional das Entidades de Produtores

de Agregados para Construção Civil), China Mining, SINDIEXTRA (Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais), ABI-MAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Belotur – Se-cretaria de Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Apoiam editorialmente a EXPOSIBRAM as seguintes publicações: Revista Areia & Bri-ta, Revista Brasil Mineral, Revista EaeMáqui-nas, Site Engenharia de Minas News, E&MJ – Engineering and Mining Journal, Equipo Minero (Mining Media), Site InfoMine, Re-vista In The Mine, Revista Minérios & Mine-rales, Revista Escola de Minas – REM, Nue-va Mineria y Energia, Revista Mineração & Sustentabilidade, Horizonte Minero, Revista M&T, Panorama Minero, Revista Rocas y Mi-nerales, Boletim SINDAREIA, Revista Tracbel Magazine TB e Notícias de Mineração Brasil.

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PDAC – Maior evento de exploração mineral do mundo acontece no Canadá

Delegação brasileira marcou presença em Toronto

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), juntamente com o Governo Fe-deral e a Agência para o Desenvolvimen-to Tecnológico da Indústria da Mineração Brasileira (ADIMB), enviou comitiva para a edição de 2013 do Convention and Trade Show of the Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC). O evento ocorreu na cidade de Toronto, Canadá, en-tre os dias 3 e 6 de março.

A participação brasileira no PDAC 2013 visou promover o setor minerário nacional, divulgar o potencial e oportunidades de ex-ploração e apresentar a legislação e as ações de fomento do Governo brasileiro à ativida-de. Para isso, a comitiva organizou o estande

Brasil Pavilion, com o intuito de motivar os visitantes e congressistas do PDAC a conhe-cerem melhor o setor mineral brasileiro.

“O Brasil continua com a possibilidade de abrir oportunidades imperdíveis em mi-neração, como a exploração em terras indí-genas e a nuclear”, afirma o Diretor-Presi-dente Instituto, José Fernando Coura.

No Brasil Pavillion, os participantes ofe-receram seus prospectos com potencialida-de para descoberta de novas jazidas e aber-tura de novas minas, atraindo investidores, realizando joint-ventures e divulgando as condições favoráveis, com vistas à realização de novos negócios. A área contou também com salas privativas para os empresários que realizarem reuniões.

A comitiva brasileira esteve responsá-vel por organizar seminários que apresen-

taram as oportunidades de investimentos no País. A ação ganhou contornos de ho-menagem com o “Brazilian Mining Day”, série de palestras ministradas por execu-tivos de empresas que atuam no Brasil. A programação contou ainda com apresen-tação de casos de sucessos de exploração mineral e desenvolvimentos recentes em projetos de mineração.

Com um público de aproximadamente 27 mil pessoas, o PDAC é uma grande vi-trine tanto para as empresas já consolidadas como para aquelas que buscam referências, investimentos ou parcerias, com destaque para as empresas juniores. O evento está consolidado internacionalmente como um fórum completo, no qual podem ser ava-liadas tendências e medidas as diretrizes de investimento das maiores corporações da in-dústria mineral em escala global.

Delegação brasileira contou com a participação do IBRAM, representado pelos Diretores Marcelo Tunes e Walter Alvarenga

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