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Daniel Lansky IBRAM realiza I Congresso Internacional de Direito Minerário em Salvador Samarco passa a utilizar gás natural nas suas operações Somar faz parcerias para replantio de mata nativa no Jacuí AngloGold promove capacitação de jovens em Sabará Maio de 2010 Ano V - nº 34 Mineração indústria da

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IBRAM realiza I Congresso Internacional de Direito Minerário em Salvador

Samarco passa a utilizar gás natural nas suas operações

Somar faz parcerias para replantio de mata nativa no Jacuí

AngloGold promove capacitação de

jovens em Sabará

Maio de 2010Ano V - nº 34Mineração

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EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração - Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Presidente: Paulo Camillo Vargas Penna / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin • CONSELHO DIRETOR – Presidente: José Tadeu de Moraes / Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) / Textos: Daniel Lansky • Sede: SHIS QL 12 Conjunto 0 (zero) Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 / Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Av Gov. José Malcher, 815 s/ 313/14 – Ed. Palladium Center – CEP: 66055-260 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223.6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail [email protected].

Consolidação da Legislação Mineral

e AmbientalO advogado especializado em Direito Mi-nerário, Uile Reginaldo Pinto, publicou a 12ª edição do livro “Consolidação da Le-gislação Mineral e Ambiental”, considerado referência em relação à organização desta legislação. A nova edição foi publicada com a parceria do IBRAM e do SINFERBASE.

O livro apresenta toda a legislação referente à mineração no Brasil. Nesta edição, o autor inclui, dentre outras normas legais atualiza-das, o Código de Mineração e o Código de Águas Minerais.

IBRAM é um dos patrocinadores do Automining 2010

O IBRAM participa do Autominig 2010, que acontece de 10 a 12 de novembro, em Santiago, Chile, como um dos patrocinado-res. O acordo foi fechado pelo Instituto no mês de maio.

O Automining é um evento que acontece anualmente no Chile, onde são discutidos os processos de automação aplicados nas áreas de exploração mineral em todo o mundo. Neste ano, terá a participação de especialistas de 16 países.

O Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM e seus associados dão mais um pas-so importante para assegurar a mineração como um dos setores mais empenhados na sustentabilidade de suas atividades no Brasil. A criação do Grupo Estratégico de Sustentabilidade (GES) é a prova de que o setor busca alcançar projetos minerais sustentáveis capazes de beneficiar as comunidades e garantir a continuidade de uma atividade vital para o desenvolvimento da sociedade moderna.

O IBRAM, por meio do GES, em parceria com a Fundação Instituto de Desenvol-vimento Empresarial e Social (FIDES), prepara o primeiro mapeamento de emissão de Gases Efeito Estufa (GEE) do setor para que possam ser identificados os desafios e as oportunidades para promover uma mineração mais sustentável.

Portanto, a missão do IBRAM e de seus associados é garantir que o minério brasileiro continue incorporando ativos como: gestão eficiente de recursos hídricos, preservação da biodiversidade e gestão social.

A mineração é protagonista no desafio de incorporar os conceitos de desen-volvimento econômico-social e ambiental no Brasil. A prova disso está no rigor na apresentação dos projetos mineradores.Um projeto deve apresentar planejamento detalhado com as ações que serão implementadas desde seu início até o fechamento da mina. Algo impensável para o setor há alguns anos.

As empresas que atuam na mineração brasileira reutilizam mais de 80% da água que consomem e realizam a extração mineral em apenas 5%, em média, dos terrenos concedidos. Além de recuperar as características ambientais desses 5%, nos 95% restantes as empresas assumem a gestão territorial de espaços estratégicos para a conservação de recursos naturais e, geralmente, da biodiversidade. Exemplos disso podem ser observados em Carajás (PA), Jamari (RO) e áreas preservadas ou recuperadas por mineradoras para uso e lazer, como os parques das Mangabeiras (Belo Horizonte), do Ibirapuera (São Paulo) e das Pedreiras (Curitiba).

A sustentabilidade passa a ser o único caminho possível para dar continuidade às operações minerárias, simplesmente porque o mundo assim o exige. As empresas que não se adaptarem e não apresentarem soluções capazes de tornar suas ativida-des sustentáveis, com menor impacto socioambiental, não conseguirão espaço no mercado mundial da mineração.

Mineração dá mais um passo importante para garantir

sustentabilidade

Os interessadOs pOdem entrar em cOntatO pelO e-mail: [email protected]

Ou pelO telefOne.: (61) 3225-8700.

as inscrições pOderãO ser feitas a partir dO dia 12 de agOstO. infOrmações:

www.automining2010.com.

Ano V - nº 34, maio de 2010Indústria da Mineração 2

De olho na preservação do meio ambiente e na melhoria da qualidade do ar na região de Ubu, a Samarco Mineração (associada ao IBRAM) deixará de consumir óleo combustí-vel para utilizar gás natural durante o processo de queima nos fornos de pelotização de suas três usinas. Os três fornos estarão operando com gás natural até o final de julho.

Uma solenidade no final do mês passado marcou o início da substituição do combus-tível. O evento foi realizado na unidade de Ubu, em Anchieta, e contou com a presença do Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, do Diretor-Presidente da Sa-marco, José Tadeu de Moraes, e do Presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima Neto, além de autoridades estaduais e municipais.

Com o uso do gás natural, a empresa re-duzirá as emissões de Gases de Efeito Estufa em pelo menos 10%, contribuindo para o combate ao aquecimento global, além de

melhorar as condições ambientais nas co-munidades próximas às suas instalações. “O uso do gás natural nos fornos de pelotização, considerando a expressiva redução das Emis-sões de Gases de Efeito Estufa, é mais um passo da empresa rumo à incessante busca por melhores condições de vida das pessoas e ao interesse coletivo”, afirma o Diretor de Operações e Sustentabilidade da Samarco, Ricardo Vescovi de Aragão.

Com o uso do gás natural a empresa deixará de emitir o equivalente a 160 mil toneladas de gás carbônico por ano, reduzin-do ainda mais sua participação nas emissões da região.

Desenvolvimento sustentável

O projeto de Mecanismo de Desenvolvi-mento Limpo (MDL), que teve o início dos seus estudos há mais de dois anos, foi apro-vado por uma empresa de certificação e está

Samarco passa a utilizar gás natural nas suas operações

Empresa investe cerca de R$ 43 milhões para substituir óleo combustível por gás natural. Estimativa é que o projeto reduza

em pelo menos 10% a emissão de gases de efeito estufa

na fase final do processo de habilitação para venda de créditos de carbono. A estimativa é que, em 10 anos, o volume equivalente de gás carbônico que deixará de ser emitido pela Samarco possa gerar até R$ 45 milhões em créditos de carbono para a empresa.

Os benefícios gerados pelo projeto contribuirão de diversas formas para o de-senvolvimento sustentável da Samarco e também das comunidades que são vizinhas à empresa. Além dos benefícios ambientais proporcionados pelo gás natural, a logística de abastecimento também proporcionará me-lhores resultados, pois o combustível chegará às usinas por meio de gasoduto.

A substituição do óleo combustível por gás natural também estimulará o desenvolvimen-to dos fornecedores locais. Com a implanta-ção do projeto de MDL da Samarco, haverá uma demanda por produtos e prestação de serviços ligados a este setor, gerando oportu-nidades de negócios para a economia local.

A empresa que irá fornecer o gás natural para a Samarco é a Petrobras Distribuidora – BR, que concluiu a instalação de quatro quilômetros de dutos, interligando a Samarco à UTG Sul (Unidade de Tratamento de Gás da região Sul da Petrobras), o que permitirá levar o combustível até a empresa. A Samar-co é o primeiro grande cliente industrial da Petrobras a consumir gás natural na região Sul do Espírito Santo.

Com informações da Samarco

José Tadeu de Moraes, Diretor-Presidente da Samarco, anuncia o uso de gás natural pela companhia

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Ano V - nº 34, maio de 2010Indústria da Mineração 4

Construir e testar um Índice de Sustenta-bilidade da Mineração (ISM): este é o desafio que o geólogo Maurício Boratto tem agora pela frente, como projeto de sua tese de doutorado em desenvolvimento sustentável pelo CDS/UnB. Para tal, ele pretende propor e agregar indicadores nas dimensões econômi-ca, social e ambiental, mediante a utilização de metodologia semelhante às usadas na obtenção dos Índices de Desenvolvimento Sustentável (IDS), com as devidas adaptações para a atividade minerária.

A parte inicial do projeto compõe-se de consulta, com o emprego do método Delphi, a mais de cem partes interessadas (stakeholders) no tema da mineração sustentável acerca dos parâmetros que poderão servir como indi-cadores em cada dimensão, bem como sua relevância na aferição do grau de sustentabi-lidade da mineração. Uma vez referendados e ponderados pelos especialistas, os indicadores serão aplicados a pelo menos dez empreen-

Geólogo defende criação de Índice de Sustentabilidade da Mineração

Geólogo e Bacharel em Direito pela UFMG, ex-

Conselheiro do COPAM/MG, Consultor Legislativo

da Câmara dos Deputados, Mestre e Doutorando pelo

Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB ([email protected])

Somar faz parcerias para replantio de mata nativa no Jacuí

Mineradora de Porto Alegre investe na recuperação da mata

nativa na região do rio Jacuí

A Somar – Sociedade Mineradora (asso-ciada ao IBRAM), sediada em Porto Alegre, está desenvolvendo o projeto “Elo Verde” para oferecer aos proprietários de terras da região a oportunidade de se engajarem em um grande mutirão de replantio de mata nativa nas margens do rio.

Sem nenhum custo ou burocracia, donos de áreas de 39 municípios vizinhos têm o apoio da empresa para aquisição de mudas, orientação técnica e manutenção dos canteiros. O projeto tem a parceria do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí.

Para a Diretora-Executiva da Somar, Ve-rônica Della Mea, todo o cidadão, seja por

meio de empresas ou individualmente, deve ter compromisso de preservação do meio ambiente. “Levamos essa cultura também para o dia a dia da nossa atividade. Por isso, estamos permanentemente monitorando a vegetação localizada às margens do rio Jacuí, com a coleta e a análise da qualidade da água, a batimetria e a velocidade do rio, análises granulométricas, implantação de vegetação nativa nas margens e ilhas, nível diário do rio e aerofotogrametria”, diz.

Desde 2003 a Somar desenvolve o projeto Margens Vivas, dedicado à conscientização ambiental de crianças e jovens por meio do plantio de mudas nativas em áreas ribeirinhas e em municípios da Bacia do Baixo Jacuí. A experiência resultou no primeiro arboreto di-dático implantado em uma escola do Brasil.

Os estudos envolveram os temas For-mações Florestais do Rio Grande do Sul,

Ecossistemas Brasileiros, Reinos Florísticos do Mundo e Espécies Emblemáticas.

Rio Jacuí

A bacia do rio Jacuí tem área de 71.600 km2, o que corresponde a 83,5% da área da região hidrográfica do Guaíba. O rio nasce no Planalto, nos municípios de Passo Fundo e Marau, e toda a sua área de drenagem caracteriza-se pelo uso intensivo do solo para agricultura e pecuária. O trecho superior é aproveitado para uso energético, onde estão instaladas as UHEs Ernestina, Passo Real, Salto do Jacuí, Itaúba e Dona Francisca.

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Estudante planta árvore nativa na margem do rio Jacuí, em Porto Alegre (RS)

dimentos minerários situados no Estado de Minas Gerais, que se dispuserem a participar voluntariamente do projeto.

Os indicadores são instrumentos de investi-gação que buscam representar uma realidade complexa mediante números simples e objeti-vos, com base em levantamentos numéricos ou simbólicos. Assim, eles constituem ferramentas úteis de planejamento de políticas públicas ou empresariais e de aferição do estágio de sustentabilidade alcançado.

Segundo Boratto, dada a natureza exau-rível dos bens minerais, a mineração precisa promover a equidade tanto intra quanto in-tergeracional para que possa ser considerada sustentável. Na geração atual, ela deve mini-mizar seus impactos ambientais e compensar os não-mitigáveis, ajudando a promover, si-multaneamente, o bem-estar socioeconômico das comunidades envolvidas em termos de emprego, renda, saúde, educação etc. Já para

as gerações futuras, a mineração deve ensejar o uso sustentável das rendas que produz, estimulando novas opções econômicas para a região após a exaustão das jazidas.

Quanto a esse aspecto, no caso da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), por exemplo, que é um dos parâmetros propostos como indicador, cerca de 1.700 municípios bra-sileiros dela recebem recursos, mas apenas 27 (16 dos quais situados em Minas Gerais) respondem por 81% da arrecadação.

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Cerca de 300 profissionais do Direito e da mineração estiveram presentes ao I Con-gresso Internacional de Direito Minerário, realizado no Hotel Pestana, em Salvador (BA), entre os dias 7 e 9 de junho. O even-to teve como objetivo reunir a iniciativa privada e o setor público para debaterem as experiências do Brasil e de outros países em relação à mineração e sua inserção no desenvolvimento socioeconômico.

O Congresso é uma iniciativa do Insti-tuto Brasileiro de Mineração – IBRAM, em parceria com a Escola da Advocacia Geral da União e com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O público

IBRAM promove Congresso de Direito Minerário na Bahia

Durante três dias, profissionais do Direito e da mineração discutiram temas relevantes para o setor

e a importância do Direito Minerário para o País

enfatizou a troca de ideias e a discussão de interpretações e posicionamentos em relação ao Direito Minerário, com a participação de representantes das carreiras jurídicas de Esta-do, profissionais do Direito ligados à iniciativa privada, acadêmicos, juristas, especialistas do setor, universitários e estrangeiros.

O Governador da Bahia, Jaques Wagner, que esteve presente à abertura, destacou a importância da realização do Congresso na Bahia, uma vez que o Estado vem cres-cendo e se firmando no cenário nacional da mineração. “A política mineral da Bahia tem privilegiado investimentos em pesquisa geológica e oferta pública (licitações) de áreas

para mineração. Queremos que o empresá-rio interessado em investir no nosso Estado encontre facilidades”, disse.

O Senador Demóstenes Torres, Presiden-te da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, que também participou da cerimônia de abertura, disse que a próxima legislatura terá entre alguns desafios o de discutir o novo padrão para a exploração mineral no Brasil. “O Senado vai votar em breve projeto que cria cargos para especialistas na AGU e, entre eles, os relacio-nados à área de mineração. Isso é visão do Estado que se prepara para a discussão sobre o futuro do setor”, afirmou.

Para o Secretário de Geologia, Minera-ção e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Claudio Scliar, o MME tem feito esforços para promover o debate sobre um novo modelo para a mineração brasileira, com o reforço institucional dos instrumentos de controle e gestão. Scliar destacou também a necessidade da criação de um conselho nacional e de uma agência reguladora para o setor mineral.

Estiveram presentes, também na abertura, o Deputado Federal Mário Negromonte (PP-BA), Presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, e o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Antônio Cedraz Nery.

Após a abertura do Congresso, o Ministro Carlos Mário Velloso, ex-Presidente do Supre-mo Tribunal Federal, ministrou a Aula Magna de abertura abordando o tema “A Evolução do Direito Minerário”.

Durante o evento, os congressistas par-ticiparam de palestras e oficinas de temas estratégicos, elaborados com o intuito de debater as principais demandas da mineração brasileira. Foram abordados assuntos como a questão dos royalties, encerramento de mina e recuperação de minas órfãs, as perspectivas da legislação ambiental brasileira, licencia-mento ambiental para as áreas de mineração, a gestão de recursos hídricos, a lavra ilegal e a apreensão de bens minerais, entre outros.

Em relação ao resultado obtido com o evento, o Presidente do IBRAM, Paulo Ca-millo Vargas Penna, disse que a expectativa dos organizadores deste inédito congresso internacional foi alcançada. Para ele, esta ini-ciativa - fruto de uma parceria profícua entre

Ministro Carlos Mário Velloso; Paulo Camillo Penna (IBRAM); Governador da Bahia, Jaques Wagner e Cláudio Scliar (MME)

Ano V - nº 34, maio de 2010Indústria da Mineração 6

os setores público e privado – promove um debate salutar para o setor. “O Con-gresso Internacional de Direito Minerário reside nas conclusões que poderemos obter a partir dos debates, de modo a transformá-las em efetivas contribuições ao aperfeiçoamento da legislação mine-rária, bem como da atuação dos governos perante o setor mineral”.

Patrocinadores

Grande parte do sucesso do I Con-gresso Internacional de Direito Minerário deve-se a ótima adesão de empresas que acreditaram ser possível discutir, pela primeira vez no Brasil, sob uma ótica mundial, um tema que tem grande importância para a mineração, o Direito Minerário. Além do apoio garantido pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, grandes empresas de reno-me nacional e internacional firmaram parceria com o IBRAM nesta iniciativa. Anglo American, Votorantim Metais, Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Vale, Votorantim Cimentos, Bahia Mineração, Caixa Econômica Federal, Alcoa, e Pinheiro Neto Advogados con-tribuíram para o sucesso do I Congresso Internacional de Direito Minerário.

A adesão de parceiros nos eventos que o IBRAM realiza garante a qualidade do que é oferecido aos participantes dos congressos e exposições e mostra a união do setor para garantir o desenvolvimento responsável da mineração brasileira.

Todo o material apresentado durante os três dias do Congresso está disponível no site do IBRAM (www.ibram.org.br), no link “Acervo”.

A AngloGold Ahsanti (associada ao IBRAM), sediada em Sabará (MG), oferece capacitação para 50 jovens da comunidade local para diversas atividades vinculadas a tec-nologia cênica. O projeto é fruto de parceria entre a mineradora, a Secretaria de Estado da Cultura do Estado de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado, apoiada pelo Mi-nistério da Cultura, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

As aulas serão realizadas no Centro Técnico de Produção da Fundação Clóvis Salgado, no distrito de Marzagão, em Sabará, até novembro deste ano. Haverá oficinas de vídeo e multimí-dia; fotografia e design gráfico; cenotécnica e adereços; maquiagem e figurino; sonorização e iluminação e Filosofia e Palavra, sob a coorde-nação do cenógrafo e diretor Gringo Cardia.

O Projeto Gente de Ouro é vinculado ao AuDITIONS Brasil, maior concurso de design de joias em ouro do mundo, realizado pela AngloGold Ashanti. Com a capacitação, os jovens terão formação para atuarem na área de produção cultural. A coroação da apren-dizagem se dará com o desenvolvimento de produtos e elementos culturais para a monta-gem do evento de premiação do AuDITIONS Brasil 2010, ainda este ano, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

A realização do “Gente de Ouro” faz parte do projeto da AngloGold que objetiva desen-volver as comunidades no entorno de suas operações. Em Sabará, está localizada uma das principais minas de ouro da AngloGold Ashanti, a Mina Cuiabá. Assim, o investimento na capacitação técnica, com finalidade de geração de trabalho e renda, é uma iniciativa propícia ao desenvolvimento local.

Projeto Casa Verde

Em Raposos (MG), a AngloGold inaugu-rou em maio a Casa Verde, sede do Projeto Raposos Sustentável, que a empresa desen-volve em parceria com o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento e a comunidade de Raposos com o objetivo de mobilizar a co-munidade local e integrar as potencialidades e competências contribuindo assim, para a transformação social do município.

Como sede do projeto, a Casa Verde abri-ga a biblioteca virtual, o banco do Livro e o banco da Solidariedade. “São atividades que irão proporcionar o envolvimento da comuni-dade, ao mesmo tempo em que contribuirão para a formação cultural de jovens e crianças e novas oportunidades para os adultos”, ex-plica a Coordenadora de Projetos Sociais da AngloGold Ashanti, Dirlene Taveira.

AngloGold promove capacitação de jovens em Sabará (MG)

Mineradora oferece capacitação nas áreas de tecnologia cênica que garantirá formação profissional e novas oportunidades de trabalho a 50 jovens de Sabará

Senador Demóstenes Torres (DEM-GO)

Agentes comunitários do projeto Casa Verde da AngloGold, em Raposos (MG)

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Indústria da Mineração Ano V - nº 34, maio de 2010 7

ENTREVISTAAndré Guilherme dillon reis – Coordenador-exeCutivo do iBraM aMazônia

Quais as suas expectativas em relação à EXPOSIBRAM Amazônia 2010?

A EXPOSIBRAM Amazônia 2010 certamente refletirá um novo momento do setor mine-ral cujas expectativas são de aumento na produção, geração de empregos e investi-mentos de US$ 40 bilhões na região. Se a EXPOSIBRAM Amazônia 2008 surpreendeu a todos pelo número de expositores, visitan-tes e congressistas que conseguiu reunir, o evento deste ano promete ser ainda melhor diante do atual cenário econômico que se desdobrará em inúmeras oportunidades para aqueles que buscam novos negócios ou de-senvolvimento profissional na Amazônia. A EXPOSIBRAM Amazônia 2010 acompanhará o ritmo de crescimento da produção mineral brasileira e estabelecerá um novo recorde, naquele que já é o maior evento da indústria mineral na região.

Quais os pontos mais importantes que deverão fazer parte da pauta de discussão do EXPOSIBRAM Amazônia 2010?

Tanto a EXPOSIBRAM, quanto o 2º Congres-so de Mineração da Amazônia, que serão

A EXPOSIBRAM Amazônia 2010 será

um excelente espaço para prospectar

oportunidades de negócios

André Guilherme Dillon Reis é economista, com Mestrado em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Kanazawa (Japão). Coordenador-Executivo do IBRAM Amazônia, André Reis atua também na coordenação do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará - SIMINERAL

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Ano V - nº 34, maio de 2010Indústria da Mineração 8

realizados simultaneamente, funcionarão como vitrines de oportunidades de negó-cios e boas-práticas minerárias. Na área de exposição, será possível observar o que há de mais moderno em pesquisa e produção mineral, assim como conhecer as principais empresas de mineração e seus fornece-dores. A EXPOSIBRAM Amazônia 2010 será um excelente espaço para prospectar oportunidades de negócios, reencontrar amigos, ampliar contatos profissionais, divulgar produtos e serviços, entre outros. Ao Congresso, caberá o papel de pautar as novas tendências da indústria mineral, per-mitindo a realização de um fórum em que as principais práticas sustentáveis do setor serão debatidas. A relação da mineração com o meio ambiente, com as comunidades e com o mercado serão eixos-temáticos em destaque no 2º Congresso de Mineração da Amazônia.

A mineração na região Norte do país vai receber investimentos de aproximadamente US$ 40 bilhões até 2014. O que este valor representa para o Estado do Pará e como o IBRAM se prepara para incentivar as empresas que atuam no Estado a investirem em uma mineração responsável e sustentável capaz de beneficiar a todos os agentes envolvidos?

A mineração é o setor que mais investe no Estado do Pará. É a atividade que lidera o PIB industrial e responde atualmente por 142 mil postos de trabalho em toda a ca-deia produtiva. Os investimentos de US$ 40 bilhões, sendo US$ 25,6 destinados à indústria extrativa e outros US$ 14,4 à transformação mineral, infraestrutura e novos negócios, potencializarão o efeito indutor da mineração sobre o desenvol-vimento do Pará. Via efeito multiplicador, os investimentos permitirão um aumento no nível de emprego, na massa salarial, na arrecadação tributária, nas oportunidades para fornecedores locais, entre outros efeitos positivos sobre a economia local. Caberá ao IBRAM incentivar e facilitar este processo de crescimento setorial por meio de suas ações, produtos e serviços. O IBRAM colabora muito na multiplicação de oportunidades de negócios quando decide levar a EXPOSIBRAM Amazônia no-vamente a Belém. Na área de capacitação

que precisam ser vencidos em prol de um significativo ganho de competitividade para as empresas e a região como um todo. O IBRAM atua diariamente sobre todas estas questões, oferecendo suporte institucional às empresas, atuando como interlocutor junto a Governos e sociedade civil, articulando propostas, encaminhando soluções, de tal

o iBrAm colABorA nA multiplicAção de oportunidAdes de neGócios quAndo decide

levAr A eXposiBrAm AmAzôniA novAmente A Belém.

empresarial, o IBRAM também realizará o 2º Congresso de Mineração da Amazônia no Pará, assim como organizará workshops técnicos em paralelo. O IBRAM também levará a Belém um curso especial na área de segurança em barragens de rejeitos e, em breve, iniciará ações visando implantar seu programa de Segurança e Saúde Ocu-pacional na Amazônia.

A Amazônia tem sido apontada como uma das regiões com o maior potencial mineral do mundo por especialistas do setor. Pode-se dizer que, com esse potencial, o Estado do Pará pode ser concretizar como um Estado fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira nos próximos anos?

A Amazônia é uma fronteira de opor-tunidades para grandes negócios e, neste sentido, a indústria mineral está na vanguarda ao proporcionar os maiores investimentos e materializa-los com viabilidade econômica, responsabilidade social e equilíbrio ambien-tal. Os efeitos positivos da mineração sobre a economia paraense transbordam para todo o Brasil. Atualmente, por exemplo, os supe-rávits minerais levam o Pará a contribuir com o terceiro maior saldo positivo na balança comercial brasileira.

Quais os desafios para o setor na Amazônia e como o IBRAM pretende ser parceiro das empresas para que sejam alcançados os resultados desejados?

Na terra das grandes oportunidades, os desafios não são menores. Dentre as neces-sidades para o desenvolvimento do setor mineral na Amazônia enfatiza-se a carência de mão de obra qualificada, a escassez de energia elétrica para viabilizar projetos ele-trointensivos, infraestrutura deficitária em algumas regiões, baixo conhecimento do potencial geológico, entre outros desafios

sorte que o enfrentamento destes obstáculos permita reduzir o custo de oportunidade de se produzir e investir na Amazônia.

O ex-ministro Paulo Haddad,em artigo publicado recentemente no jornal Estado de São Paulo, defendeu a possibilidade de um município, cuja base econômica seja a atividade de mineração, vivenciar um processo de desenvolvimento sustentável. Sendo esta uma das grandes preocupações do IBRAM e a base do tema escolhido para o EXPOSIBRAM Amazônia 2010, qual a visão do senhor sobre a tese defendida pelo ex-ministro?

Temos inúmeros exemplos que com-provam a indução positiva da mineração sobre o desenvolvimento local. No Pará, os municípios mineradores apresentam um IDH superior à média estadual. O efeito multiplicador da atividade sobre o nível de emprego é muito grande, tanto que a indústria extrativa é a que mais cresce na geração de empregos e a que proporciona a segunda maior remuneração média no estado. É um fato concreto que a mineração gera uma aumento significativo na renda local. Entretanto, o salto para o desenvolvi-mento ocorrerá somente a partir da correta gestão e aplicação da renda mineral como um todo. Os municípios que mais se desen-volvem são os que melhor administram a renda mineral, direcionando as contribui-ções da mineração para investimentos que assegurem um futuro sustentável.

Indústria da Mineração Ano V - nº 34, maio de 2010 9

Associados do IBRAM se encontram em Brasília para a primeira reunião do grupo que vai tratar

de temas socioeconômicos e ambientais de grande relevância para o setor

IBRAM formaliza criação do Grupo Estratégico de Sustentabilidade

No dia 1º de junho o IBRAM rece-beu, em sua sede, cerca de 40 represen-tantes de empresas que fazem parte de seu quadro de associados para formalizar a criação do Grupo Estratégico de Sus-tentabilidade (GES), organismo de asses-soramento superior do conselho diretor e da diretoria do IBRAM que tem como finalidade discutir temas estratégicos na área socioeconômicas e ambientais para o setor de mineração.

Além da instauração do grupo, os participantes tiveram um primeiro conta-to com o estudo pioneiro que vem sendo realizado pelo IBRAM em parceria com a Fundação Instituto de Desenvolvimen-to Empresarial e Social (FIDES) que vai mapear as emissões de gases efeito estufa (GEE), para que, a partir disso, sejam adotadas ações para garantir a redução destes índices pelo setor.

Atualmente, o IBRAM e a FIDES traba-lham na construção de uma metodologia específica para a indústria da mineração, baseada nos padrões internacionais esta-belecidos pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).

Na abertura da reunião, o Presidente do IBRAM, Paulo Camillo Vargas Penna, destacou a importância do GES para o se-tor. “O grupo deve ser focado nas políticas positivas voltadas para a sustentabilidade da mineração, com uma estratégia pró-

ativa de grande relevância, capaz de promover a interlocução interna e externa de alto nível entre os associados”, destacou.

A reunião teve também a presença do representante da Casa Civil, da Presidência da República, Johannes Eck, que apresentou o projeto de regulamentação da Política Na-cional de Mudanças Climáticas, previstas na Lei 12.187/09, que deverá gerar impactos significativos na atividade mineral.

Para Rinaldo Mancin, Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, a discussão sobre mudanças climáticas, ao reunir os principais executivos de meio ambiente e sustentabili-dade da indústria mineral, proporciona uma ótima oportunidade para dar início a uma ideia que o Instituto vinha trabalhando já há algum tempo: “O GES é a oportunidade de reunir executivos da mineração em torno de temas estratégicos para o futuro da atividade, para discutir, em bases não competitivas, es-tratégias para ampliar a sustentabilidade da indústria mineral”, disse o Diretor.

Rinaldo Mancin durante a reunião de criação do GES

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FUNDACENTRO APRESENTA ESTIMATIVAS SOBRE DOENçAS

RESPIRATóRIAS OCUPACIONAIS

Estimativas da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), indicam que asma foi a doença que mais afastou traba-lhadores brasileiros de janeiro a novembro de 2009. A asma ataca 7,5 milhões de bra-sileiros adultos. Destes, 17% tem a doença agravada pelas condições de trabalho.

Os números, esclarece Eduardo Algranti, pneumologista e pesquisador da Funda-centro, são baseados em estudos de países desenvolvidos, “onde o sistema de saúde ocupacional é mais abrangente que o bra-sileiro”. “[E, por isso,] as estimativas podem ser conservadoras, e a realidade, pior”, sinaliza o especialista. Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, de janeiro a novembro de 2009, houve 1.864 afastamentos por doenças respiratórias ocupacionais com auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Des-ses, 637 são relacionados a asma, doença respiratória mais frequente.

O desconhecimento de alguns médicos sobre os passos necessários para o encami-nhamento de casos identificados e suspeitos de doenças ocupacionais pulmonares é um dos fatores que explicam o baixo número de notificações, diz Algranti.

Para Remígio Todeschini, diretor do Depar-tamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social, as notificações podem aumentar. Até 2009, apenas os empregadores anunciavam ocorrências de acidentes de trabalho.

Com mecanismos como o FAP (Fator Aciden-tário de Prevenção), que aumenta a tributação conforme o índice de acidentes de trabalho, pode haver uma mudança de panorama. É preciso desenvolver uma cultura de preven-ção continuada” afirma Todeschini.

Fonte: Folha Online

Indústria da Mineração 10

O Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração - IBRAM, Paulo Camillo Penna, esteve em Belém no final de maio, a convite da Alcoa, para apresentar a palestra “Pano-rama Mineral”. A programação faz parte do ciclo de palestras do Painel Alcoa – Mineração e Sustentabilidade, criado pela Companhia para tratar de assuntos ligados aos temas da sustentabilidade e da mineração.

O encontro, que reuniu empresários do setor, representantes de ONGs, pesquisadores e estudantes da área, também foi transmitido via internet para funcionários da Alcoa em Juruti, Poços de Caldas e São Luís.

Além das perspectivas de investimentos, o Presidente abordou as pesquisas em todo o mundo, os mercados consumidores poten-ciais e os marcos regulatórios da atividade nos países emergentes.

Durante a palestra, ele destacou a im-portância da Amazônia no novo cenário da mineração do país, abordando a influência da atividade para o desenvolvimento regional e o impacto desses investimentos nos índices de desenvolvimentos humanos (IDH). “O IDH em municípios em que há atividade mineral, geralmente, é maior que o IDH dos estados”, afirmou.

Entre os exemplos dos efeitos multiplica-dores dos projetos de mineração, o Presidente do IBRAM disse que 91% das empresas mi-neradoras promovem educação, sobretudo treinamentos. Os salários também multipli-cam por até 10 vezes após a implantação de um empreendimento.

EXPOSIBRAM Amazônia 2010

A palestra de Paulo Camillo Penna ocorre no ano em que o IBRAM realizará a segunda edição da Exposibram Amazônia, o maior evento do setor mineral no Norte do país, que congrega uma exposição internacional e um congresso, reunindo um público formado por empresários do setor, fornecedores, pro-fissionais, técnicos, estudantes, acadêmicos, além de gestores do setor público e privado. O tema deste ano é “A Natureza Sustentável da Indústria Mineral”. O evento ocorrerá entre os dias 22 a 25 de novembro.

O objetivo do IBRAM, tanto com a pales-tra como com a Exposibram Amazônia 2010, é apresentar e discutir as perspectivas de investimentos do setor na região e propagar a sustentabilidade na mineração. Atualmen-te, há otimismo moderado em relação aos negócios futuros das empresas mineradoras. Vale lembrar que em 2009 a crise mundial desacelerou consideravelmente o setor.

Para o IBRAM, esse comportamento é uma prova de que, aos poucos, os negócios serão retomados. A atividade mineral tem se tornado cada vez mais forte na região, com a abertura de novas frentes de mineração, em especial nos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Ron-dônia e Tocantins. Dados do Instituto mostram que empresas do setor pretendem investir US$ 23,7 bilhões na região Norte até 2014.

Mesmo sendo uma sinalização extrema-mente positiva para o futuro da região e do Brasil, este potencial coloca diante dos bra-sileiros um dos desafios fundamentais para a nova economia mundial: produzir riqueza com o uso racional dos recursos disponíveis.

IBRAM apresenta

“Panorama Mineral” em Belém

Atuação Responsável

O IBRAM tem estimulado a atuação res-ponsável por parte das mineradoras, tanto que há vários anos promove debates regio-nais, nacionais e internacionais sobre esta te-mática. “Não é de hoje que o setor pauta suas ações pela sustentabilidade. Nossos processos produtivos são caracterizados por interações mais intensas entre meio ambiente e socieda-de. Além disso, a mineração brasileira é res-ponsável pela conservação de áreas imensas, em todas as regiões, com enorme destaque para a Amazônia”, diz Paulo Camilo.

Ainda de acordo com o IBRAM, a im-portância socioeconômica conquistada pela atividade mineral na Amazônia é prova de que o setor se vale de avançadas tecnologias e técnicas de gestão que permitem desen-volver a atividade com os menores impactos possíveis. “O moderno perfil industrial deixa claro à sociedade que a mineração pode desempenhar um papel estratégico na matriz de desenvolvimento sustentável da Amazô-nia projetada para as próximas décadas”, enfatiza o presidente.

A potencialidade mineral da Amazônia, ao atrair relevantes investimentos e trans-formar a dinâmica da economia na região, gera uma rica pauta sobre sustentabilidade. E a mineração do Pará ocupa uma das prin-cipais posições entre os setores que mais geram divisas e empregos nos municípios onde os projetos são implantados e nas áreas circunvizinhas, além de desenvolver programas referenciais de preservação e conservação ambiental em harmonia com suas operações industriais.

Presidente do IBRAM, Paulo Camillo Penna, e André Reis (IBRAM Amazônia) participam de palestra na Alcoa, em Belém (PA)

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