mila regina zanon -...

67
MILA REGINA ZANON mC,N"SIOTIORAPIA APLICADA A CRIANCA PORTADORA DE 31A I:SpASTIGA, TENDO UMA ABORDAGEM NA FUNDAMENTACAO NEUROEVOLUTIVA Monografia apresentada ao Curso de Hidrocinesioterapia da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para obten~o do titulo de Especia1ista.em Hidrocinesioterapia. Orienlador: Dr. Joao Henrique Fariniuk CURITIBA 2002

Upload: lamdan

Post on 10-Feb-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

MILA REGINA ZANON

mC,N"SIOTIORAPIA APLICADA A CRIANCA PORTADORA DE

31A I:SpASTIGA, TENDO UMA ABORDAGEM NA FUNDAMENTACAO

NEUROEVOLUTIVA

Monografia apresentada ao Curso deHidrocinesioterapia da Universidade Tuiuti doParana, como requisito parcial para obten~o dotitulo de Especia1ista.em Hidrocinesioterapia.

Orienlador: Dr. Joao Henrique Fariniuk

CURITIBA

2002

AGftADECIMENTOS

II Dc-us, a minha familia, aas calabaradares: Luiz Mascal,

Sandia NiShi, Sheila e Juliana e aa arientadar Dr Jaaa

Henr 'Iue Fariniuk

SUMARIO

vi

o n:6RICl} .

;,01:5 ES'IATICAS DAAGUA. ..

;) I'AGAL ADAPTADO ...

3

3

6

7

8

ENSORI. IS ..

10

;A, DI ACOfIDO COM 0 TIPO DE DESENVOLVIMENTO

~ ~rn )6 Marnbl uS Atlngidos . 24

24

40

41

m , G~BL de Illcapacidade .....

[TeDllS ...

,,'ClFleO. PARA RELAXAMENTO MUSCULAR. ..

, DE. DADOS E SUA ANALISE ....

"JA

iii

lAS BIi3L10GRAFICAS ...

iv

RESUMO

.b"lh(l tt: lie como objetivo analisar as efeitos de urn programa de"qJ~llca no tratamento de crian,as com quadriplegia espastica. Esse

o trittumento que compreendeu 12 sessoes tendo par objetivo 0 relaxamentoos "adentes com a finalidade de melhorar a mobilidade, 0 equilibrio e ac:) 1\\lsculos do pescoco buscando gradativamente a aquisicao de posturaslGo,;nvolvimento motor, e assim sua evolucao. Buscou-se dentro desse(,st a, as efeitas terapeuticos fornecidas pela agua aquecida, e as efeitasqUe ela proporciona ao organismo, utilizando para estimulayao doen 0 lootor dessas criancas, tecnicas neuroevolutivas. Ao final do programa,

( mallir rnabilidade e cantrole das musculas do pesco,o, compravanda astl>lO:; (Ia hidroLlnesioterapia.

v

ABSTRACT

.011AlIl1 of tt':IS research was to analyze the effects of hydrotherapy in ther 4 ·y"ar·old children with moderated spastic quadriplegia. This programJed 1! sections and its objective was relaxing the patient and increasing theIlIty, brllance, tonicity of the neck muscles and thus its evolution. Inside this~ ail."' was to "earch the therapeutic effects through the warm water and thedl e.iu~ls that it causes to the human organism, using as stimulation factor,uro{)vl1lutlves techniques. At the end of it there was greater mobility andwlflg Ine positive effects of hydrotherapy.

vi

I IUElnda privada de mobilidade tera dificuldade em desenvolver sua

., ,I, podendo consegui-Ia somenle com muila dificuldade apas muilo

.ntexto que a presente monografia descreve uma faceta da vida de

LlI •.•4 anus vitima de paralisia cerebral, causada pela lesao do cerebra

.I: ,Imentu, Neste caso, a incapacidade motora, apesar da lesao nao ser

t\l:laca C(liTI 0 desenvolvimento do sistema nervoso e com 0 crescimento

I. de alclndimento, aqui delineada, se destinara somente a forma

.jhlStica dt: grau moderado, visando 0 relaxamento do paciente para que

',1 uma :nelhora no controle do pesco~o. Para iSso, a metodologia

11,_,0 da llidrocinesioterapia em duas crianl;as de 4 anos em piscina

\t;lldo-se a avalia980 dentro e fora da agua. Tendo-se estabelecido que

Id. sessao terapeutica, seja de 50 minutos, as crianl;as aqui descritas

1.1 <il!ra1te '( mes, tendo freqC!entado 12 sess6es por 3 vezes na semana.

'I lca~ao livre das tecnicas cinesio e hidroterapicas, objetivou-se 0

,\ \llar do~ pacientes, visando favorecer uma maior funcionalidade aos

IIIHllandc. se 0 contrale de cabel;a para seu desenvolvimento dentro das

II Imenh neuro-muscular.

II! 'a para este trabalho em piscina, esta no fato de que e notavel a

xerch lOS na agua tern na l1teratura especializada, e as efeitos

,\:j ser necessaria a cuidado na seleyao dos pacientes, havenda um

,,) a fim de determinar a fase da condi~ao e os objetivos globais da

·1 agua Cijuda a aliviar a dar e a reduzir 0 espasmo muscular; assim 0

It;cida durante tado 0 tratamenta. Isto e util parque numerosas

,Iquecldas.

I Iluluac;.3o e capaz de fornecer suporte completo ao carpo, resultando

,flO sao possiveis em terra seca.

Ildaooltsmo na pele e musculos e aumentado, aumentando tambem, a

'~lenio como tambem a produy80 de di6xido de carbo no, fazendo com

I Iesplratona aumente proporcionalmente.

,">\:j espe,-a-se que 0 presente estudo possa colaborar no sentido de

'lll!SaS subre a hidrocinesioterapia, considerando-se a complexidade e

,~~unto

IVlE.IHO TEORICO

CI

ar a tratamenta de reabilita,aa aquatica Eo necessaria pesquisas sabre

ol6gicos do tratamento em piscina.

BECKER (s.d.), a primeira estimulo para as pesquisas recentes fai a

da terapl8 aQuatica como urn metoda ideal para estudar as respostas

,onares rena is, as subitas altera<;6es no volume sanguineD. A segunda

o reconhecimento de que a imersao aquatica e 0 ambiente ideal para

encia de gravidade.

EDADES ESTATICAS DA AGUA

lade e definida como massa par unidade de volume e atinge sua

'na a 4:1_C

j.)OSSUI uma gravidade especifica igual a 1 a 4°.C. Apesar do corpo

Jmposto pnncipalmente de agua, a densidade do corpo e levemente

da agua. Consequentemente, 0 corpo humano desloca urn volume de

1m pOllea mais do que seu peso, for~ndo 0 corpo para cima atraves de

. Igual ao volume de agua deslocado .

•0 hidrastat,ca Eo definida como forca par unidade de area, a padraa de

ado de pascal.

10 e dlretamente proporcional tanto a densidade do Ifquido quanto a

- !mersao

10 e dlrelamente proporcional tanto a densidade do Hquido quanto a

!mersao

onto teaneo e imerso em urn reeipiente com agua, a pressao exercida

gual em todas as dire90es. Case urna pressao desigual esteja sendo

o Ira se movimentar ate que a pressao seja igualada.

'0 surge do fato de que a pressao em um fiuido aumenta com a

fon;a do empuxo iguala-se a diferen9a entre as for9as para cima e para

Jbre as superficies. Esse principio, descoberto par Arquimedes explica.

numano com gravidade especifica de 0,97 alcanl'a 0 equilibrio de

7% do seu volume esta imerso.

BATES & HANSON (199B) a agua tem sido usada desde tempos

110 meio terapeutico. Desde balsas de gelo ate balsas de agua quente, a

lrarnassagem au tanques de Hublard, a terapia aquaticas vem se

r1

ao na agua suspende parcial mente a corpo, conseqOentemente, 0

; facilmente mantido. Tambern permite urna sustentac;:ao mais efetiva do

ompensa tanto passivamente como ativamente, permite ao corpo au ao

lIantidos numa posi9aO along ada se necessario.

lor ser mais densa que 0 ar, possibilita maior resistencia ao movimento.

·r atura mals alta da agua relaxa 0 corpo e facilita 0 contrale da dor e da

~quecida fornece efeitos fisiolagieos do organismo, e qualquer desvio

peratura da agua pode produzir mudan9as significativas no sistema

vez de flear nos membros, 0 sangue e redistribuido, e iS50 causa 0

torno venose e e considerado a base para todas as modifica90es

oCladas a imers80. As modifica90es fisiolagicas sao melhor observadas

ereta vertical do que urna POSiy80 sentada au supina.

c:.>m dos espasmos musculares ou e propiciada com 0 corpo imerso em

;,": a mais de 35°.C, (95°.F) inicia-se assim um aumento da temperatura do

eia~jo a temperatura central. 0 aquecimento provoca uma reduyao do tonus

(l;al e da espasticidade.

,H BATES & HANSON (1998) as modifica~6es fisiol6gicas durante 0

n '~ :ua aqueclda:

.) ,r eo aumento da frequ€mcia respirat6ria.

luic;ao da pressao sanguinea.

-\,>T":-nto do suprimento de sangue para os musculos.

:-nto do circulac;ao periferica.

'-'Ii '~=nto da freqO€mcia cardiaca.

~nto da quantidade de sangue de retorno ao corac;ao.

-:-ntoda taxa metab6lica.

luic;ao de edema das partes do corpo submersos (devido a pressao

o' statica da superficie da agua de 14,7 psi mals de um aumento de 0,43

or cada pe aumentando a profundidade).

~ea:19ao da sensibilidade nos terminais nervosos.

;'::"'Cl.(amentomuscular geral.

'.:''.';rdicios terapeuticos dos exercicios em agua aquecida:

ave relaxamento muscular.

::"<:S':JdZ a sensibilidade a dor.

~~'HZ espasmos musculares.

,;;.. ta a movlmentac;ao articular.

enta a forya e resistencia muscular em casos de excessiva fraqueza.

;;:PO'IZ a atuaQao da fon;a gravitacional (na marcha).

·~urn,;nta a circula<;ao periferica.

·,lea' Jra a musculatura respirat6ria.

···/ie;r::)ra a consciencia corporal, 0 equilibrio e a estabilidade proximal do

J.

'~")ra a moral e autoconfian<;a do paciente (efeito psicoI6gico) .

. ) RUOTI et al (s.d.) a agua de tepidez neutra, 33,5°.C a 35,5°.C iguala na

'·Ig' jez. Balan<;o r{tmico ou rota<;ao de tronco, mais facilmente realizados em

'8 )sigao supin~, diminuem rigidez e sao uma boa atividade para ativayao

; :y'¥sculatura do tronco.

)[89 H uma cooduta de Bad Ragaz adaptada permite ao terapeuta mudar a

t~aJalho muscular passivo para ativo sem uma altera<;ao de posi<;ao. A

)e (]anhar mobilidade global na agua porque 0 efeito da flutua<;ao diminui 0

·.,!menta

'rL3,ecimento pade ser realizado facilmente na piscina em virtude da grande

lJe posig6es poss[veis que permitem exerclcio assistido pela flutua<;ao

:; c'r:tuado em dire<;ao a superffcie da agua), suportado pela flutuayao .

.:,eric -se frequentemente fraqueza em criangas com PC, ° foco da crian<;a e 0

E:: ·130 a exercicio. Portanto, cabe ao terapeuta a posigao necessaria para

'.'Inil.mto desejado e criar uma atividade nessa POSiC80. Por exemplo, a

GOf; ajudar uma crianca a atingir uma POSiC80 prona sustentando seu peso e

terl!ilndo alcanl;ar algo. Trabalho de gluteo maximo resistido pel a f1utuacao

.r.erl';ado chuiando (batendo pes) em direcao ao chao da piscina ou batendo

'0:3< ao supina

.e-."(' utilizar 0 rolamento ou rotacao lateral do corpo (Campion), e usado para

da 3.9Ua quando a crianc;a esta em prono e e inca paz de estender a coluna

,fa oegar ar. Quando a cabec;a e virada para 0 lado, 0 corpo acompanha e

c:! (-.3. pode Inlciar a rolamento a partir da cabeya, dos bracos e das pernas.

a'wlclades usadas poderiam incluir rolamento, recuperacao em supino, nado

'7ler"f"1entare tecnicas de Bad Ragaz e similares.

'f

00 dE BAD RAGAZ ADAPTADO

jo original exige que 0 paciente responda a urn comando verbal dado

euta Nas aplicacoes pediatricas, pode ser dificH conseguir que 0 paciente

)or Essa razao a tecnica e rnodificada no trabalho com criancas. Urn exemplo

>2'5'33tecnica com criancas e a ativa<;ao do tronco lateral e das pernas

) ":-n' posi<;ao supina com suporte segurando nos om bros, cotovelos ou caixa

1 for necer estabilidade. Movendo rapidamente 0 tranco inferior e as ombros de

.?,r?,) outro, a crianca pode ser ajudada a mover seu tranco inferior e suas

a O~ lados. A agua fornece resistencia para esse movimento. Oessa maneira,

S :al:;rais do seu tranco sao alongados. Mis sucesso e observado quando a

e "pedlda de dilatar-se mantida alinhada com 0 tronco para ativa~o dos

·"51 OS SENSORIAIS

an,s nos sensoria is sao fundamentais para sustentar a ligayao e a relaca,o do

ndo. A visao do bebe tern sido investigada nos ultimos trinta anos e os

:'I..; nportantes, tanto a nivel fisiol6gico como psicol6gico. Atraves destes

,be" os hoje que 0 R.N. esta equipado para receber informa9ao visual e

l·fE-'·,~nc!almente aos estimulos visuais a partir do nascimento.

alc fun<;ao de alguns sistemas sensoria is e pravidenciar informac;6es que

~o ganismo em questao orientar-se aprapriadamente e rapidamente para a

'In'" 0 (SCHNEIDER e THEHUB,19S5).

,)lexas respostas comportamentais aos sinais auditivos que um bebe

:IOC, demonstra sao tao excitantes quanto suas respostas visuals. Sua

:aae a sons e nca e sofisticada, principalmente para a voz humana.

:ASPER e FIFER (19S0), defendendo a ideia de que a sensibilidade do bebe

~l :;:".bsidia 0 vinculo, demonstraram preferencia e discrimina~ao da voz

ascimento.

BRAZELTON (1979), se um estimulo auditivo e atraente para 0 R.N.,

ode luminar-se, a freqOencia cardiaca diminui, a respiraC;ao torna-se lenta e

ta procura cern as olhos ate que a fonte sonora seja localizada. Esse treino

Q •. ' ocorre como resposta a urn estimulo auditive atraente tal como a voz

onSHui uma medida da capacidade do recem-nato para organizar seu

central.

"' ',cem-nascidos sao capazes, assim como filhotes de outras especies, de

sue mae pelo odor e orientar-se em dire<;aa a ela. Esta capacidade do R.N.

a ~'la mae pelo odor tern um papel importante para forma<;ao do vinculo.

~LA(; (1990) estudou bebes recem-nascidos com 0 objetivo de verificar a

Jane a pistas olfativas da mae e elucidar possfveis diferen~s nessa

emr;: bebes ahmentados ao seio materno ou atraves de mamadeira.

\ sapiens tem uma capacidade inata para imitar os membros de sua

810 r'lenos, OS bebes humanos sao capazes de imitar as express6es faciais

. pilr If do nascimento (RICHERSON e BOYD 1991).

'jfl1:(O do tato e acionado muito ceda, uma vez que os bebes estao cercados

'!c,ac as por tecidos e Hquidos mornos desde 0 inicio da vida fetal (KLAUS E

'c" e MONTAGU (1988) depois do nascimento 0 bebe humano tem que

enr ~ato continuo com sua mae ou com a pessoa que 0 cuida. Sua

'>:'1 Jependera disso. A estimulacao taW tern urn significado fundamental para

'.'Irnpnto emocional e afetivo entre a mae e 0 bebe. Ha uma traca reciproca de

IdC2.:0 que leva ao desenvolvimento, em cada urn, das rnudan<;as somaticas e

jent;:dS que ocorrerao na presen9a dessa interestirnulacao. A traca social

10

c. N: DeS e continua, as respostas do bebe refon;:am a mae ou 0 pai e cria

1!~1;:;Jmento do desempenho com 0 bebe.

00' c!inicos desde 1960 tem confirmado os efeitos beneficos da estimula~o

,agenese do R.N. (SHAEFER, HATCHER & BARGLOW, 1980).

jf)(]C BOBATH (1989), os marcos do desenvolvimento de uma crianca normal

"tela qual criam;as normais movem-se nos varios estaQios sao bern

e 0·3;5tante previsfveis. Os marcos sao as atividades que uma crian9a normal

,:!rtos estagios cronol6gicos, artificialmente isoladas e separadas do

se~ desenvolvimento total. Eles sao usados para testar 0 progresso motor e

1'- M crian9a e tern um valor na detec980 e diagn6stico de retardo motor e

lieul 3rmente naqueles casas cnde naD existem sinais de desvios patol6gicos.

desenvolvimento nao se processa numa sequencia linear de marcos

E' qualquer estagio do desenvolvimento de uma crian9a, quando esta

'n;-l!:O especifico, muitas outras habilidades, igualmente importantes, sao

)e~;Fncentes a este mesmo estagio. 0 lactente adquire certas habilidades

"~ controle da cabel'<' e tronco, apoio do bra90 e equilibrio, isto e, um

'051U(a\ contra a gravidade aumentada. Estas habilidades encontram

algumas das atividades relacionadas e nao somente nurn marco

is . stagios deste desenvolvimento, como os niveis atingidos na idade de 3,

,.,e~mostrarn a aquisi<;ao de certas habilidades importantes, que prepararn a

.;1 '.; \·a atividade nova e mais complexa e, por iSso, sao vistas como tendo urn

it.i::! <.1 de 3 rneses. Este e urn estagio de preparayao para a orientayao da

;: E'nbora ainda exista muita flexeo na posicao supina, a levantamento da

II

lar,dO de bru90S, com apaio no antebra90, pre para para 0 aumento da

') f'nnco e dos membros inferiores.

'Stag 0 de 5 meses. Durante este estagio, ocorre urna extensao posterior e

')uaf·do deitada de bru90s, a crian<;a levanta sua cabeva, bern, com extensao

ae seus bravos estendidos e COme(}8 a dar a mao. Ela se empurra para cima

suplna, contra a gravidade, apesar da forte atividade extensora, tanto na

pllia quanta na prona. Tambem na supina; ela empurra seus quadris para

, d)1 preparo para a atividade extensora no ata posterior de levantar-se e,

" 'lti:lU3 com apaio, tende a cair para tras. As rear;6es de Landau e de para-

85120 presentes, ambas sendo parte da habilidade aumentada da crianca

'sten::ler contra a gravidade. 0 equilibria do troneo ao sentar ainda esta

s pr I neiras rea90es de equilibrio nas posi90es prona e supina apareeem.

've' je 7-8 meses. A erian<;:a agora eonsegue rodar sobre 0 eixo corporal (a

erCI eitamento do eorpo agindo sobre 0 corpo, modificando a rota<;:c3.ototal da

3yc30 de endireitamento do pescoyo). 0 lactente rola da posiyao prona para a

'''I $i.i:J:na para a prona. Ele necessitara dessa rota~o para rastejar e levantar-

;80 prona para a posi9ao sentada. Com 8 meses pode se equilibrar ao sentar,

o do bra<;:o,e usar seus bra<;:os para os lados, quando perde 0 equilibrio. As

'-':eo .liHbria na posi<;:8.osentada sao ativas. Ele come<;:a a se empurrar para

·eva! Itar, mas ainda nao pode ficar sabre suas maos e joelhos.

stag 0 de 9-10 meses. Neste estagio, a crian<;:a come<;:a a engatinhar sobre os

·~O:·CS. sobre maos e pes, ou alternadamente com urn joelho e em pe sobre 0

'leor tra urn eixQ central e permanece nele ao se sentar e pode tambem andar

a rn,)bllia da casa ou quando segurado par ambas as maos. Ainda necessita

ao evantar-se e, portanto, naa pade andar sem ajuda au, inicialmente, 0 faz

.lase grande. com as pernas largamente abduzidas.

12

.:nc' BOBATH (1989), pode-se ver que as maiores altera,oes que ocorrem

;'o'l11al, e 0 aumento no desenvolvimento de urna variedade de atividades

:'lS ~>ao baseadas, e tornam-se passlveis, gracas ao aumento gradual do

'Sf: 31 contra a gravidade. A medida que as reac;6es de endireitamento se

>:" se tornam aperfeic;oadas, cerea do sexto au setima mes, elas sao

~ ;:. ''lcorporadas nas reac;6es de equilibrio. 0 desenvolvimento das reac;6es

ued,lS dos brac;os e igualmente importante. Juntamente com esse

'Ilpn" 0, n6s vemos urna alterac;ao nos padr6es motores dos membros, desde

'Jl.jC20 do recem-nascido, passando para flex8o-abdU(;ao, ate extensao-

)1") "'.etimo mes em diante, as padr6es de extensao-abduyao dos membros

com Jlnados com a rotava,o do tronCD. Isto e urn pre-requisito necessario para

ae f~quilibrio normais.

(', 4

a.G'.?) de f1exao-aduc;ao dos membros na primeira infancia, agora modificou-

eX?1 -abdw;ao.O desenvolvimento do contrale da caberya e do apoio no

:= c ··~ntayao da linha media sao apresentados nas seguintes maneiras:

1</lC prona - Caberya levantada para a linha media; extensao suficiente para 0

-'~eoaryo; onentayao da linha media.

ya supina - Cab~ na linha media; as maos encontram-se; braryos

~ Co2 ·nas flexionadas-abduzidas.

'300 oara sentar-se - A caberya e mantida em alinhamento com 0 tronco, ainda

r 'E:tarde inicial da cabe<;a.

tao' - 0 trance tern que ser apoiado, a cabeca esta praticamente equilibrada

D~··';} e movldo.

c,:dU prona - Extensao posterior; nadar sabre a solo, pernas abduzidas-

;ev3ntadas do apoio. Os bra90s estao ou para a frente, quase estendidos e

'a 31,oio, ou retraidos nos ombros e flexionados, com as maos fora do apoio.

~se oeriodo em diante, a crian9a apoia-se sabre urn dos antebra90s e estende

brlnquedo com 0 outro. Rola da posic;ao prona para a supina. Inicia-se 0

au

Cd' supina - Forte extensao dos om bros e das costas; cotovelos flexionados;

lonadas-abduzidas. No entanto, os bra90s podem ser trazidos para a frente e

QC~!l1 ser colacadas na linha media. A crianc;a pode rolar para qualquer um

Aoe;: 5 meses, a crian9a pode arquear suas costas e levantar seus quadris

',!n~n"ponte", praticando assirn a extensa.o. Inlcia-se 0 levantar da cabe9a.

,aoa para sentar-se - A cabe9a vern para a frente: Ela ajuda ao sentar-S9. As

.;~.o·f-vantadas do apoio e em flexao-abduyao.

tade - Muito inseguro, nao existe equilibria au apoio do bra90. Os bra90s

,idos nos ombros com os catovelos flexionados. A crian<;a tende a inclinar-se

"r,,~ldo-se - Quando ajudada, a crian9a inicia a suportar seu peso, ainda com

c e <tensao-abdu,ao dos membros. Fortes rea<;6es de endireitamento. 0

La' Jau est" mais forte. 0 controle da cabe<;a na posi<;ao supina e prona es fa!Js se expressam assim:

\4

c,"l' prona· Extensao completa e apoio nos bracos totalmente estendidos. A

:er1(":!~uma das maos para apanhar urn brinquedo enquanto se ap6ia com a

't:1 r1cS estaa estendidas e abduzidas.

'r..;;', supina· A crian9a estende as bracos para frente quando a mae a

:;. p,:;:"nas levantam-se e brincam com os pes. Levarn os pes a boca. Rolam

,'<;?, prona (A extensao-abduc;ao permite a rotayao - inicia-se a reac;ao de

enlo do corpo agindo sobre 0 corpo).

ac- para sentar-S8 - Pernas levantadas com extensao, cabeya levantada do

:)urr2 ndo-se para se sentar. Sentando-se 0 bravo ap6ia para a frente, mas a

oa :ende a ca;r para tn3s. Senta-s8 sem apoio, brevemente, paiS ainda naD

.\, ,IYIQ do honea.

"3.n~?1do-se- A crianIYapede pular, 0 peso e carregado sabre as pernas mais

-8

a-<;~ a rctayao do tronco. Desenvolvem-se 0 controle do tronco e 0 equilibrio

se (-=f!exo de Landau muito forte. Estao presentes a reac;ao de para-quedas

e n,~ra os lados. Esses fatos se expressam da seguinte maneira:

"cae prona - Indo da posic;ao prona para sentar-se. Equilibrando-se na

Empurranda-se para tn3.s ou puxando-se para a frente com os brac;os .

.J 0;; OiNantando para se sentar sobre um dos lados.

',eo supina - A crianya nao gosta desta posiyao (reayoes de endireitamento

;:Ia:\.:a rola sabre si mesma ou senta-s8.

tar:r - A cnan<;:a senta-se sem apaio par um minuto. A crianca inclina-se para

)n~ (lpolo dos brac;os (7 meses) A crianc;.a senta-se com born equilfbrio e,

Jernl~ recupera seu equilibria com a apoio do braco para as lados (8 meses).

IS

orlta 1do-se - A crianc;:a se puxa para levantar-se, segurando nas mobilias,

~o ;J')de ainda engatinhar sabre suas maos e joelhos.

'\::'~f iO

lc locomoyao. Refiexo de Landau muito forte. 0 equilibrio ao sentar-se e'C'3 se 0 apolD do brac;o para tras. Estes fatas expressam-se da seguinte

CdrJ prona - Engatinhar sobre maos e joelhos, sobre maDS e pes, ou sobre

.f!ho

;8: :oo-se - Ao girar sabre 5i mesma, existe urn born equilibria, sem apoio do

an<;3 engatinha, depois senta e volta a engatinhar.

;o,n!a1do-se - As pernes estao bastante abduzidas. A crianya pade andar,

nas mobilias OU segurada par ambas as maDS.

,,!1O') BOBATH (1989), diferentes atividades, em estagios especificos do

!llen'O normaL interagem umas com as outras. Elas podem se refon;ar OU

~oe r urnas com as Qutras, par urn curto periodo de tempo.

"lnco a crianca tenta fazer alguma coisa nova que e ainda dificil para ela, ela

,4 )1aticar a novo padrao com grande perseveranya. Ela ira se concentrar

S C~&sau mesmo seman as. As atividades anteriores podem ser interrompidas

'laO ou podem deteriorar em seu desempenho, em razao do esforc;o de fazer

ta'e'a dificiL Uma vez que a novo padrao tornou-se estabelecido e facil, as

';;30 ;lOvamente tornados e tornam-se parte daquele recentemente adquirido.

:ISSC sao as "respostas primarias", como as respostas de dar passos, a

'rUZEda, 0 levantar-se primario e andar automatico, como descrito per Andre

D(j~;}assies (1960), que deterioram au desaparecem entre 2 e 6 meses de

~.Ke!!h (1964), no entanto, mostrou que 0 andar automatico pode ainda ser

pa' um longo periodo, quando se levanta a cabe"" do lactente. Nesta

16

e \20 carrega seu peso sabre suas pernas, como no levantar-se primario, e

nlos bem coordenados do an dar automatico se deterioram. Se uma crianC;8,

es e colocada de pe, ela naD carregara seu peso sabre suas pernas e 81m ira

err flexao. Quando 0 andar auto matico e conseguido, suas pernas arrastam-

perrnanece sobre seus artelhos, nao dorsiflexiona seus pes como fazia

'JdU'~ de 3 a 8 meses, uma forte extensao do tronce e dos brac;os contra a

deSEnvolve-se da cabe~ para baixo e, com iS50, as membros superiores da

\3rnSe mais ativos do que as pernas. A extensao nesta epoca e excessiva e

~ao dominante, que parece interferir como as ant1g05 movimentos bern

":'$ c.e suas pernas. Quando, mais tarde, a crian~a novamente com~a a

peso sabre suas pernas, elas estao primeiramente estendidas e aduzidas,

'sta.o plantiflexionados e seus artelhos flexionados, numa resposta de agarrar.

oooern ser "tao desorientados que a crianc;a pode se levantar sobre 0 dorso

'5' BOBATH,1989).

,s,;' CEREBRAL

J1') BOBATH (1989) a terma Paralisia Cerebral Eo bastante inadequada pais

~ Unl<l ausencia total de atividades fisicas e mentais, 0 que nao ocorre nestes

31VE:-l fosse mais correto a emprego do termo generico, crianya com lesao

'u~' ·~nte e usado para se referir a um conjunto de alterac;6es cujos

.lore~, comuns sao a anormahdade no contrale dos movimentos e a ause-ncia

'ogressiva. As alterac;oes nos pad roes de postura e movimento podem afetar

17

Jar-:E s do corpa, com varia<;ao do tonus muscular, de acordo com a natureza

~feo;ao da via piramidal au extra piramidal, determinando a classificay80 das

cerebrais: quadriplegia espastica, quadriplegia espastica, hemiplegia

"Itetc·se, coreoatetose, distonia, atonia (hipotonia), ataxia .

.Iter 3tura especializada existe uma 9ama enorme de definic;oes que

" )aralisla cerebral. Segundo BOBATH (1989) "paralisia cerebral e uma

dO movirnento e da postura, persistente, porem variavel, surgida nos

~n(),?de vida pela interferemcia no desenvolvimento do SNC, causada par uma

::.:e~e)fal naD progressiva."

0. ""iini",o e aquela formulada por Barraquer Bordas e col (1966), citados

TH ( 989) segundo a qual a "paralisia cerebral e a sequela de uma agressao

que S8 caracteriza primordialmente par um transtorno persistente, perem naD

do I':!nus, da postura e do movimento, que surge na primeira infancia e que

-::f1IE secundana a esta lesao naD evolutiva do encefalo, mas se deve tambem

~ ql.e a referida lesao exerce sobre a matura9ao neurologica."

3A ~H (1989) cita que uma terceira defini9ao, que tambem aceita condi90es

'5 no conceito de paralisia cerebral, e a de Hagberg e col (1975): "a paralisia

Je"·lda por um prejuizo permanente do movimento ou da postura que resulta

~scr{jem enceralica nao progressiva. Esta desordem pede ser causada por

~o·~,:nos ou eventos ocorridos durante a gravidez, parto, periodo neonatal ou

'3 dOi!5 primelros anos de vida," Estas e todas as defini90es propostas procuram

·r a'3 caracteristicas basicas do que entendemos per paralisia cerebral. Pelas

acorra, pode-se perceber que 0 termo Paralisia Cerebral tem sido empregado

-::fer a um grupe muito heterogeneo de condi~6es, tendo como etiologia

'ult,p as. A causa manifesta-se, principalmente, par urna desordem do

"

e J3 postura Este prejuizQ motor e 0 que predomina dentre as sintomas e

sent3dos pelos pacientes; porem, quase nunca e 0 unico.

elOle Parallsia Cerebral e considerado por muitos autores inadequado, pois

'IrTlE! ausencla total de atividades fisicas e menta IS, 0 que naD ocorre nestes

alveI fosse mais correlo 0 emprego do termo generico, crianya com lesao

l,,:,r'nQ Encefalopatia Cr6nica Infanti1 Nao-Evolutiva tambem e usado, no qual

.d:da~) numerosas afee<;6es com varias etiologias e quadros cHnicos muito

-enao em comum 0 fato de afetarem 0 SNC da crianr;a com urn carater

SSaS afeo;6es tern inlcio no periodo pre-natal au nos primeiros tempos de vida

l3 r')m a caracteristica de interferir no desenvolvimento do sistema nervoso

-llquer que seja a definiry80 de paralisia cerebral utilizada, ela da conta

)8 p2-tologia, sem revelar nada do seu portador, ou seja, do indivfduo que tem

nal) progressiva, que atinge 0 seu sistema nervoso central de forma variavel

:le s!:veridade. Essa seqOela se apresenta como um quadro de dificuldades

':llltenente motaras e e caracterizada par altera<y6es do tonus muscular e por

.; d% padr6es de postura e de movimento. Alem dessas dificuldades, esse

:JO~.\f·apresemar outros comprometimentos como alteraJ;oes sensitivas e/ou

S fPbaixamenlo mental e ainda um quadro convulsivo. A possibilidade para

,j~!vtctade funclonal e muitas vezes quase inexistente e a interayao mae/filho

em cJmprometida, nao 56 pela dificuldade da crian9a nos niveis acima citados,

DerT'pela dificuldade da mae em com preen de-las.

anto a etiologia, para muitos autores a paralisia cerebral se acha relacionada a,aae ore, pen e pas-natal.

20

WI(; 3 ataxica caracteriza-se por transtornos do equilibria, hipotonia muscular

")0mena~ao em atividades museu lares voluntarias.

'pas mistos de paralisia cerebral ocorrem com freqOencia: quando a criant;8

-ira ~!eristicas dos varios quadros, embora tenha predominancia maior de urn

=Ie -:10com os membros atingidos pelo comprometimento neura-muscular

',~r 0 ~rupodas displegias cnde as crian<;as apresentam urn comprometimento

eX!1~midades inferiores do que das superiores; 0 grupo das crianyas com

a q ,Ie apresenta urn comprometimento do corpo todo e 0 grupo das

'S )nje a crianC;8 apresenta urn dimidio (lado) do corpo comprometido .

..,eeldo com 0 grau de incapacidade podemos ter: leve, moderado e severo.

~g' :)stico de Paralisia Cerebral pressupoe um amplo e cuidadasa diagnostico

Esse dlagnostico deve ser realizada, sempre, par uma equipe multidiseiplinar

ec:o~e possive!. A eomunlear;ao entre os membras da equlpe multidiseiplinar

qr Fl t ma boa evoluCao do easo.

:l ~;eestabelecer um diagnostieo deve-se ter certeza de que nao ha qualquer

je ieSaO progressiva ou perda de padr6es de movimento ja adquiridos. Deve-

~r "3':3 ha retardo na aquisicao de movimentos, persistencia de reflexos

pre~,enCa de reflexos patologicos, e 0 nao desenvolvimento de reflexos de

",!()res de risco sao: Prematuridade e baixo peso, asfixia perinatal, apegar

ocrajos a imaturidade neurologiea, hemorragia intraventricular, necrose da

n' ,nca, malformal'oes congenitas (no SNC e fora dele), infecyoes

hl~erbilirubinemia, toxoplasmose, rubEmla, citomegalovirus. A ingestao pela

·,,\rogeno e hormonio para tiroide tambem sao associ ados a paralisia cerebral,

o rnesmo nao e aeelto com rela9ao a diabetes materna.

19

a sele de fatores podem causar lesao no encefalo durante 0 periodo pre-

':'; e!f:s podemos citar urn agente metab61ico (diabete materna), urn agente

ruoeola materna) e urn agente mecaniGo (irradiacao).

q~e diz respeite as causas peri-natais podemos ter varios problemas

Jurallte 0 nascimento que podem ser agentes de les6es encefalicas. Para

;ores sao os problemas do parto as agentes mais comuns na etiol09ia da

erebr al e dentre eles podemos citar: as hemorragias intracranianas, anoxias,

!8sc:mento e desconforto respirat6rio.

",tre cs fatores p6s-natais, au seja, desde 0 nascimento ate a primeira inftmcia

Joe~-'9as infecciosas (meningites e encefalites), as disturbios vasculares,

'urnc-res cerebrais.

"1a Qodemos incluir as convuls6es de varias etiologias que incidem no periodo

~ qUE sao capazes de agravar algumas das les6es.

--lntO as classifica<;oes que definem os tipos de paralisia cerebral, podemos

ont8 0 tipo de envolvimento neuro-muscular, os membros atingidos per este

time 'ltO e 0 grau de comprometimento motor.

acorjO com a tipo de envolvimento neuro-muscular, algumas categorias sao

'os 2L1tores: espasticidade, atetose, ataxia, tremor, rigidez, hipotonia e misto.

tres primelros sao os mais freqOentemente encontrados na pratica diaria.

r!an';a espastica apresenta urn tonus que e predominantemente alto. A

4(.80 e restrita em amplitude e e feita com grande esfof90.

r!atlca atetoide apresenta sempre um tonus muscular instavel e f1utuante.

rncvimentos involuntarios e incoordenados que dificultam a atividade

Sac, caracterfsticas as tracas bruscas de tonus muscular, passando de um

',uia!) ou normal a hipertonia au vice-versa.

C'4aIl/Jl3!.)\\1>'

. -au ce atraso nos padr6es de movimento, a presenc;a de reflexos patol6gicos,

J8 Cieficits associ ados, tais como, a de nivel intelectual, de sensibilidade e de

'~Oemocional. A crianc;a com quadriplegia espastica teria grandes dificuldades

!I;I~uagem, apresentaria rebaixamento intelectual, sendo sua reabilitar;ao

1l!t3C a.

atarnento pode ser realizado par uma equipe multidisciplinar, pela utilizac;aa

., E'OU cirurgias nos musculos ou tend6es afetados, associ ada ou nao ao

!O f!~loterapeutico, ou ainda par um procedimento neurocirurgico - rizotomia

sten')r - destin ado a reduzir a espasticidade, sempre sucedido de tratamento

."lpla e terapia ocupacionaL

BIOlla dos tratamentos coloca enfase no aspecto motor da deficiencia,

ponanto, necessidade de trazer a tona uma abordagem mais voltada para 0

guaqem na terapia da crianc;a.

-,8~,TH (1989) desenvolveu urn tratamento que chama a atengao para a

l.re tonus muscular anormal e pad roes anarmais de postura e movimentacao,

para ele, postura e movimento interagem de maneira tal que nao podem ser

,~SSlrn, devido a lesao neurol6gica, 0 desenvolvimento insuficiente de urn

o rei exo-postural, somado a falta de inibigao dos refiexos do recem-nascido,

um Jadra.o de movirnentac;ao e ern urn tonus postural anormais.

'r1lca 3 de manuseio sao usadas para que a crianc;a obtenha urn contrale motar

'nf!r? maior autonomia nos movimentos. 0 manuseio deve abranger a inibic;ao

s de movimentac;ao anormais, a facilitayao de movimentos ativos par parte do

lue antecipadamente (feedfOlward), deve ter conhecimento da tarefa que

!-\ fur y8.0 do "feedback" sensorial seria a de regular, adaptar 0 movimento, ou

~ esta sen do executada.

22

aCQejo com os preceitos do Tratamento Neuroevolutivo, a equipe que atende

0wti'ldora de paralisia cerebral deve trabalhar de forma coordenada e se

~ car~'amembra conhec;:a, naG 56 0 seu campo de atu8<;:80, como tambem que

'lrmajo a respeito das especificidades das outras areas de terapia ali

~IF!CA~Ao DE ACORDO COM 0 TIPO DE DESENVOLVIMENTO

·'OMLSCULAR

csp2stlco

':',leT(,lde

·:"CO(OO Com os Membros Atingidos

'''lPoo-se em conta os membros atingidos pelo comprometimento

~cular podemos ter:

apie;Jlcos - membros inferiores

'11891(;05 •3 membros

"ldr'f:!egicos - 4 membros

"T1lpiegicos - dais membros do mesmo dimidio corporal.

'lopiegicos - urn membra.

23

r;oro) dam 0 Grau de lncapacidade

e-sfc ter: leve, moderado e severo.

NTC·MATOLOGIA E CLASSIFICACAo

'ntomas matS Importantes estao representados pelos seguintes elementos:

'wr( 8c;oes motoras

t\ t3c;6es sensoriais

'eracoes menteis

lUI L ac;6es emocionais

'PlJ(( a<;6es da sensibilidades

"Urb2c;6es Motoras

10t? leI vanedade de perturbac;oes motoras.

spas[lcidade representada par evidente alterac;ao do tonus muscular e urn dos

''3:'. co electromiografico da espasticidade pode se apresentar normal, mas

181xr limier do reflexo de estiramento e urn aumento do areo reflexologico, as

Yfesrno acompanhado de clonus.

'bse V8c;a,O clfnica fevela com grande freqGencia os sinais evidentes e

cos da hlpertonia muscular quando S8 faz a tentativa de mobilizar

'I1te um membro afetado, Um dos sinais precoces que pode permitir 0

ae lesao cerebral e representado pela atitude fetal de uma crian98- ap6s 40

asc,'nento. Ha outros mais evidentes, tais como: a impossibilidade para

24

a d ficuldade para movimentar a cabeya, a incapacidade para sentar. alem

:J ("- z diferencia-se da espasticidade porque nesta ultima pode ocorrer

'0 mJscuiar, a medida que S8 aumenta a forya para realizar urn movimento de

'xte!::iao do segmento corporal afetado.

arails\a cerebral do tipo atonico S8 caracteriza par uma perda mais ou menos

do onus muscular resultando dai uma incapacidade para as respostas aos

'01" IDS

!dn·:a e Incapaz de segurar a cabec;a au sentar, 0 corpo mole e as

1'$ mostrando amplitude exagerada de sua mobilidade.

Ll!hd<;oes Sensoriais

:3 e 50 por cento das crianc;as acometidas de lesao cerebral sofrem de

..,de- rlatureza visual e ha Qutros que consideram esta porcentagem bern maior.

e 1'; perturba<;oes visuals, as mais comuns sao as seguintes: 0 estrabismo

te Oll dlvergente, a ambliopia, a paralisia dos musculos orbiculares etc.

n'tE:r3c6es auditivas sao significanternente comuns na P.C. e sao devidas a

do VIII par craniano, a surdez ou a urn defeito labirintico.

3S ma!s comuns de perturba98.o auditiva sao: a hipoacusia e a surdez

'UrO"lyOeS da fala

2S

oen.urbac6es da fala sao de variada forma, e se alinham desde 0 retardo ate a

'lflp.:a, nos casas graves.

ece~,sario acrescentar que as transtornos auditivos e visuais, as causas

s a~, disfunc;6es musculares da lingua e as anomalias dentarias, todos

"am um papel de tremenda importancia na genese dos problemas da fala na

~jr':"~<;6esmenta is e emocionais

:O!TI( ortamento de muitas destas crianc;as portadoras de uma lesao au

;eret)ral frequentemente se caracteriza par evidente descontr61e emocional,

Je I"per-ativ,dade, impulsividade, perturba,ao da capacidade de aten9:lo,

1eetc

e~el1pl0 muito caracteristico de disfunty8.o cerebral e representado pelo

'::'ln81hipercinetico, faci! de ser reconhecido pel a hiperatividade involuntaria e

da :nanc;a que tern sua atenc;ao muito falha e acentuada pobreza de

;J"3ra Itico Cerebral, 0 reflexo de Mora, pode permanecer com intensidade ate

,.....f:eXD tonica cervical assimetrico nunca e suficientemente forte para interferir

,oae es do bebe. No Paralitico Cerebral e muito intenso, persistindo ate alem

11an,t de vida e se fortalece com 0 aumento da espasticidade.

?ara ItlCO Cerebral a rea9ao de Galant estara presente par mais tempo e pode

Jia, de para desenvolver a estabilizayao simetrica do trance e movimentos

nec'?ssarios para sen tar, ficar de pe e andar.

:a~.r 5 de Paralisia Cerebral grave, os reflexos de retificayao sao inibidos por

'diS ft)rtes. No lactente Paralftico Cerebral 0 reflexo de retifica9ao cervical e

26

:) 'e'lexo cervtcal tonica assimetrico e 0 reflexo de retificacao labirintica e

'5 r~'lexos t6nicos labirfnticos.

crlan,as com Paralisia Cerebral, a lesao no cerebra influencia a maturayao

-l nervoso cerebral, impedindo 0 aparedmento de comportamentos motores

·nvOI Jldos, ficando a crianc;a com comportamento motor em nivel reflexo

_lmpd(a~aOdo desenvolvimento normal com 0 anormal, em termos de marcos,

etlvo de urn diagnostico, e especialmente como urn guia para 0 tratamento de

02feb aI, e madequado e insatisfatorio. Como foi dito, a principal causa do

to ca crian<;a em atingir certos marcos nao e somente 0 retardo, mas sim a

,sto e, seu teste neurol6gico. Esse mostra~se em varies tipos de tonos

anornais • flacidez, espasticidade, rigidez au a tono flutuante do grupo

'2 nos pad roes anormais de postura em movimento intima mente associ ados

.:) oEsenvolvimento na paralisia cerebral deveria ser avaliado em termos da

~o ae padr6es de coordenayao, em termos do intercambio e desenvolvimento

5 pO'3turais normais e anormais, ao inves de ser avaliado por marcos. Essa

.':: av;;,lIat;ao ira permitir nao s6 uma melhor compreensao posterior das raz6es,

arao 00 desenvolvimento au falha para atingir certos marcos, mas tambem ira

~a o·!aliatyao adequada da natureza da dificuldade da crianca, sendo um guia

oa:<I a tratamento. A avaHar;;;ao em termos de marcos tern levado multo

"ent" a um diagnostico de retardo mental.

~onCEIto de desenvolvimento motor como uma sucessao de marcos. Segundo

198~'). este conceito tambem tern urn perigo, ja que leva a uma maneira rfgida

.::a 0-3 concentrar 0 tratamento na obtenyao de algumas poucas atividades,

a Ol:tra. IS50 pode ser muito perigoso, indo reforcar um ou dais padr6es de

par um longo periodo de tempo, excluindo um outro de igual importancia,

{'6amp'3~~'f>'"

'"'::5 a'Tlbos ao mesmo estagio do desenvolvimento da crianya. Ele negligencia

de ',;ompetl<;ao de padr6es" e pode levar a um deterioramento permanente e

;)erOEI de atlvldades anteriores. 0 refon;arnento, a longo prazo, de urn ou dais

,01110 rastejar ou engatinhar, e a negligemcia de pad roes relacionados, do

'TIen'O e funcionalmente, iraQ tambem interferir com a aquisic;ao de novas

:ra;amento de urna crianga, com paralisia cerebral, nao se deveria tentar

urna atividade antes de passar para a pr6xima. 1550 pode levar urn longo

ten po, e OS pad roes de movimento assim desenvolvidos iraQ se tomar

s sonre as outros. Como n6s notamos anteriormente, a crian9a normal nao se

em l1enhuma atividade antes de passar para a proxima; por exemplo, ela

sertar-se com equilibria somente quando ja pode se levantar: ela pade

500 e suas maos e jaelhas quando tambem ja pade comegar a se empurrar

a 'r'l de se levantar e pode ate mesmo andar, segurando em urn apoio; ela

-'1ndar quando se desenvolvem suas rea90es de equilibria ao levantar-se.

par2lisla cerebral com coordenaQ8o e tono postural anormais, a pratica

~ 0 eforgo no tratamento de uma ou duas atividades, desempenhadas de

'lQffTlais par urn longo periodo de tempo, irao evitar 0 progresso ou tomarao

~!'VIO 3de nova mais dificil, apenas urna modificagao dos pad roes anormais

SIC )uma crian9a espastica: canduzira ao desenvolvimento de contraturas e

jes .:lor exemplo, urna crianga espastica, que tenha atingido 0 estagio de se

-'lgatI1har, mas que nao pode se levantar ou andar, atividades que pertencem

881('lg10de desenvolvimento, estara em perigo de desenvolver deformidades

,$ cLadris e joelhos e esse padrao de flexao tornar-se-a dominante para toda

fl8n(:a atet6ide e a crianga ataxica, que tern numerosos padroes posturais e

)5 anorrnais, nao estao em tal perigo, de desenvolver deformidades, ja que

28

aorEn pade se tarnar dominante. No entanto, isso nao se aplica ao tipo

P.atE:toide au a casas de espasticidade mista e atetose.

paaroes de movimento normais primitiv~s podem indicar a patologia, das

nanelras:

~ e i:S sao testados urn par urn, sem serem relacionados a Qutras atividades

-'cern ao mesma estagio de desenvolvimento, alguns podem estar ausentes.

LJr(lagrande dispersao de pad roes de movimento pertencendo a diferentes

'e oe~;envolvlmento. IS50 aconteee em crian9as diplegicas e hemiplegicas, que

'1tlvl(lades de estagios posteriores com as partes menos afetadas au naD

'8 seu corpa, enquanto que em estagios precoces estao ainda ausentes nas

ada~

:,8 e es sao combinadas com to no postural anormal, tais como hipertono,

J toro flutuante.

pad roes aparentemente norma;s e primitiv~s sao estereotipados e

err· contraste com a grande variabilidade de movimento encontrada em

Jrmals.

',ent!~ poucas criancas sao espasticas OU rigidas ao nascimento. Estas

~ sao as quadriplegicas espasticas gravemente afetadas. Algumas das

>,.e sao rigid as, podem mais tarde se tarnar "desengoncadas". Na maioria dos

'spa~ tlcidade desenvolve-se gradualmente, a medida que a crianca cresce e

eag r ao seu desenvolvimento.

snaflc;as que sao rigid as muito precocemente apresentam opist6tono, col una

:....rnas estendidas na posicao supina. Seus bra90s estao retraidos nos om bros

'JS "OS cotovelos.

"'neS'11as crlan9as apresentam espasticidade flexora do pescoc;o, tronco e

d po~.I(;:ao prona e sao incapazes de levantar a cabeC;8. Se a espasticidade

29

e mlmo forte na posi<;ao supina, algumas crianc;as podem tambem estender

'IS E- joelhos na posi98.o prona. Elas podem ser capazes de levantar sua

pas I;210 prona devido a extensao tonica ser forte, mesma nesta pOSiy80. Este

eserlta uma combinacao de extensao rigid a das pernas aduzidas, com flexao

:}os brayOs. Se se tenta flexionar urn joelho ou ambos, a ~xtensao tonica

(t!sc;~mente para urn padrao flexor total e a cabeca nao mais fica levantada.

,mCd~)que naD apresentam espasticidade ou rigidez, muito precocemente, tern

Jostural praticamente normal durante as primeiros 4 meses de vida. 0

jesel1volve~se vagarosamente e a atividade reflexa .tonica aumenta, 0 que

·:onl8ste a .crianya normal, cnde a influemcia ocasional dos reflexos

0$ tc nieos desaparece perto do quarto mes de vida. Na crianc;a normal a

~xter sora na posic;ao prona desenvolve~se da cabec;a para baixo ate que,

5 n'eses, seus quadris e joelhos estao totalmente estendidos, na posi,ao

'na ~;rianc;a com paralisia cerebral, no entanto, a espasticidade f1exora do

os 0'a90s na posic;ao prona impede a crianc;a de levantar sua cabe9a e de

13 co\una e quadris.

lenos que urna crianc;a com paralisia cerebral seja segurada na posiyao

<:;;3 f:ermanecera deitada de costas. Esta posi980 aumenta a retra980 do

....,au ombro e a espasticidade extensora do tronco torna-se mais forte.

eme 3uas pernas estendem-se com aduc;ao, rotaC8o interna e plantiflexao dos

e n1elhos. Quando a crianca e levantada com apoio, em geral para ser

espasticidade extensora dos tornozelos e artelhos aumenta ainda mais.

:mao sentada com apoio, sua cabeca pende para a frente e para baixo e suas

:;,:aoexlonadas. Assim, 0 padrao total de espasticidade f1exora torna-se

corn 0 padrao extensor original, uma mistura de dois padr6es total mente

Nos entao temos a flexao da coluna combinada com a retraC;80 dos bracos

30

s e ~emiflexao dos quadris e pernas com adut;ao e rotac;ao interna. Quando a

;Jant2, a sua cabeC;8, ela estende seu troneo e quadris, seus joelhos se

a atlduc;8.o aumenta e suas pernas podem S8 cruzar. Se ela nae e apoiada,

<S

s cr' ,n<;as gravemente afetadas com quadriplegia espastica

~.sas crianC;8s 0 progn6stico e mau, mesma quando elas sao tratadas

~nte 18 infancia, ja que a espasticidade e rigidez ja sao bastante fortes com

manas au meses de idade. A epilepsia pode estar presente no inicio au S8

~r l"-lai5 tarde. Os ataques podem ser de todos os tipos: espasmos

5 pequeno mal au grandes convuls6es. A microcefalia e varios graus de

'dade mental podem estar associados com as defeitos fisicos da crianC;8. Em

C!an~as existem defeitos visuais, cegueira parcial au total, ou agnosia visual.

'"' au(ju;:ao ou impercep.yao auditiva tambem podem estar presentes.

pos!!;ao supina, 0 opist6tono, junto com uma ausencia completa do controle

i'l. 520 sintomas precoces, assim como 0 sao uma coluna rig ida mente

corn retraQ80 do ombro, espasticidade adutora e extensao excessiva das

onifilturas dos adutores podem se desenvolver bastante cedo e serem

'e fones, com as pernas flexionadas ou estendidas. Nos estagios iniciais, pode

e>(istlr rotaQ80 interna das pernas nos quadris, mas isto ira se desenvolver

'e No inicio, os tornozelos podem ainda estar dorsiflexion ados, porem iraQ

)Ie se plantifletir, quando a crianrya e deixada deitada de costas, na maior parte

qua ldo ela e colocada sobre seus pes para se tentar faze·la ficar de pe. Os

micas assimetricos do pescoyo geralmente sao acentuados, a cabeca esta

dem·elmente para um des lades, com flexao lateral do pesco<;o para 0 lado

":Joe existir resistencia ao girar a face da crianrya para 0 lado oposto. A flexao

pescoryo ira afetar toda a coluna, resultando em assimetria do tronco e

31

Oi.l pelve. 1550 esta associ ado com urna displasia do quadril e

lenl€- com uma subluX8C;80ou deslocamento, em gera! do quadril esquerdo.

caSI)S, espasticidade adutara e rotacao interna das pernas podem produzir 0

'lt~ (Ie ambos as quadris.

noo 0 paciente e colocado na POSiC;80prona, nao pade levantar a cabet;a e

.la col una e qlladris. Nao pode nem mesma girar sua face para um lado, a tim

;uas vias aereas e, portanto, ira detestar esta posi!;ao devido a dificuldade de

.Ia mae, entao, nao ira coloca~lo na posic;ao prona e 0 deixara deitado de

mu,DS meses.

-any.:! naD pade sentar sem 0 apoio e cai para um dos lados. Suas costas sao

Joncadas, seus quadris estao insuficientemente f1exionados e suas pernas

J acuzidas para Ihe dar urna base para se sentar. Isto, combinado com a

de SJa celuna. pede produzir uma cifosceliese.

r?,ntE· cede, e por um longo perfodo de tempo, existem grandes problemas de

o ~lovimentos de protrusao da lingua sao frequentes, bem como as

"s ae sugar e engolir e a crian9a pede tender a engasgar quando alimentada.

lanc:as sofrem de respira9ao invertida, ou estridor e problemas de respirayao,

;me )e noite.

'nC' 0 tratamento precoce pode ter somente resultados limitados no

lto co desenvolvimento da crian9a. No entanto, 0 tratamento ajuda a evitar

senao a maioria, das contraturas e deformidades, que se desenvolvem

:e. IY uitas vezes em questao de meses. 0 tratamento e 0 aconselhamento no

,::.elro, especialrnente nos estagios iniciais, quando ainda nao sabemos que

criim9a pade ter, sao necessariamente de grande ajuda e apoio para a

lra1E.mento ajuda a mae a cuidar da crian~ com maior facilidade e rnais

32

Cfla19a quadriplegica que e menes gravemente afetada

lrnente, a maioria das quadriplegias espasticas nao sao gravemente

)5 C3S0S amenos desenvolvem espasticidade mais gradualmente durante a

'0 Of: vida. A distribuic;ao da espasticidade sempre afeta urn lado rna is que 0

uanl0 que a crianc;a gravemente afetada torna-se deformada, a menes

~ af-=tada pade mover-se em padr6es anormais estereotipados ou com

:ess'vo, 0 que aumenta sua espasticidade.

~)osl~,ao suplna, existe uma forte retra<;:a.o dos bra<;:os da crianya nos ornbros,

dcs eotolJelas e maDS fechadas. A crian~ nao pade dar a mao e somente

oer 1mdos brar;os quando as reflexos tonicos assimetricos do pescoC;oagem

'co da face" A rea9iio de Mora e mantida par um longo periodo de tempo,

::.zes por anos. Os reflexQs t6nicos assimetricos do pescoyo estao presentes

as ·ados, mas com freqOencia sao mais fortes no lado direito, com 0 pescoc;o

'ater31mente para a esquerda.

)ora 0 sentar apoiado possa ser melhorado e a crian<;a seja capaz de usar

<.:. uma das mElOsem algum grau, para a maioria das crianryas ralar da posiyao

,~ore na e alnda dificil ou impossive!.

'e~tE' as cnan<;as com espasticidade moderada irao pragredir no solo, sentar

levantar e andar. Algumas crian<;as sao capazes de levantar a caberya,

'5- Drm;os de a!guma maneira e !evantar 0 tranco. Somente as quadrip1E~gicas

levemente afetadas podem atingir a posic;ao sentada, sem apoio, com

o I'onco, e entiio evoluir para a posi9iio de pe. (BOBATH, 1989)

.vailEicao de modo geral em uma crianc;a com Para!isia Cerebral, a retrayao da

O~\...H~ que a crianrya possa rolar e, conseqOentemente, dissociar seus

JJ

resen<;a do reflexo tonica cervical assimetrico leva a uma alteravao do

.orpcraL

,I ex:o tonica labirintlco naD permite 0 controle da cabeca.

,urr,,,,do, a altera,ao do tono e sensibilidade leva a uma altera,ao da imagem

aV?lIa<;ao especifica da crianca, verificou-se que S8 as estruturas

em·~e pouco consistentes e f1acidas, constata-se urna diminuiC;8o do tono,

." h'potonia. Casa apresentam-se como massas musculares, rigidas, indicam

10 dt- tono. Isto e, urna hipertonia.

urnEnto de sensibilidade e indicado par urna diminuicao de tolen3ncia ou

"10 aceitaC;80 da estirnulaC;8o feita. A inabilidade em discriminar 0 material

.., !oc.alizar a estimulac;ao, como tambem a nao observacao de qualquer tipo

:rent~ a esta estirnulac;ao podem indicar urna diminui980 da sensibilidade.

:'1I1te a avalia98.0 da senslbilldade sera canstatada, au nao, a presence de

~'.,;.rlr 0 toque a crian~a volta sua cabe'Ya na direyao em que fol dado 0

oD·!'dade sera avallada atraves da solicltac;ao verbal de movimentos com

.tura partindo-se dos movimentos basicos, pedindo que a crianca imite 0

do (:xaminador

iroCLnesioterapia e 0 tratamento realizado atraves do estudo e da aplicacao

'ler,DS artlculares e posturais do ser human~. Consiste em promover

·nto alongamento e resistencia muscular estabilizando as articula'Yoes,

:0 t' prevenindo \esoes articulares; estimu\a a conscientizayao postural,

oesvtos posturais da col una vertebral atraves de exercicios especificos,

quai dade de vida com a modalidade aer6bica de exercfcios. Utiliza a tecnica

34

:.ac je bandagens funcionais para estabilizayao articular e prevenc;ao de

atle as, utillzando tambem numerosas Qutras tecnicas, inclusive em piscina

para a reallzac;ao de exercicios posturais, de percepc;ao corporal e

'to 'las cadeias musculares, tratando e prevenindo os desequilibrios

,w ,jo com SKINNER (1985), 0 tratamento em piscina e utilizado na terapia

Olstl rblos neuro16gicos. A tepidez e a sustentac;ao da agua ajudam a aliviar

S Sif tomas dos pacientes, e urna progressao graduada dos exercfcios e,

a O~ pacientes cujos musculos estao fracas au paralisados. Tanto como ao

-lele' e sustentac;ao e liberdade de movimento, a agua quente habilita 0

Ita Eo move-Io mais facilmente do que em terra. Como em Qutras condic;6es,

es rnelhoram 80 mesma tempo a confian<;:a e 0 moral do paciente.

,AIS = SINTOMAS CLiNICOS

Juen ou paralisia. Oiz-se que um paciente esta paralisado se ele for incapaz

mo "men to vo\untario. Quando 0 neuronio motor superior esta afetado, 0

'flea paz de inlciar 0 movimento voluntario, em bora os musculos permanevam

:e 5e contralf. A condiyao e conhecida como paralisia do movimento. Se 0

"oto Inferior estiver afetado, a paciente e inca paz de realizar movimento

:)OfO.le a via final comum esta danificada e a capacidade dos musculos de se

e oerdida; Isto e conhecido como paralisia do musculo. A falta de uso conduz

a allofia muscular, 0 que dificultara a recuperav03o.

3noo 0 musculo esta muito fraco, administram-se exercicios ativos, utilizando

co'na auxilio. A medida que a forva aumenta, a flutuayao e usada como

com ainda maior recuperavao, como forma de resistencia. Esta delicada

e valiosa na paralisia do museu 1o, na qual os museu los retem pouca fon;;a,

35

;8 arnplitude de movimentacao das articulac6es, e durante a recuperayao a

do E~xerclclopade ser aumentada muito gradual mente.

erac3:) no tonus. 0 tonus pade estar aumentado, diminufdo au perdido par

~spa3tlcidade e caracterizacta pelo aumento no tonus em padr6es de

rCIC!'JS na agua. A flutuac;ao da agua suporta 0 corpo e contrabalanc;a em

'ne 0 efeito da gravidade. Este suporte ajuda a induzir relaxamento e a aliviar a

sa~ao de imponderabilidade possibilita ao paciente mover suas articulac;oes

'ler*~ e com menor esfon;o ao que se ele efetuasse 0 mesma movimento em

Dln2da com as efeitos do calor, a flutuac;ao habilita a se alcanyar maior

de rTovimentac;ao. Urn paciente pesado, diffcil de mover-se em terra, pade ser

~IS f8cilmente e com menes desconfarta na piscina. A pressaa igual da agua

-'is as faces do corpa submerso suporta·lo·a na posic;ao vertical. Este suporte,

<;30 --'orn0 "alivio de peso" da flutuacao, dara confianca ao paciente que tern

F:; de <1ndar,e pade na verdade capacita·la a caminhar na piscina antes que ele

:1mlnhar ern terra firme.

"3 pr(lgressao finamente graduada de exercfcio pode ser obtida utilizando·se a

'11CIB mente para auxiliar a movimenta9ao, a seguir como suporte e fina!mente

slen:;Ia. Cada variacao do exercicio pode ser modificada pelo uso de

, pe a altera,ao do comprimento do bra,o de alavanca do peso da parte que

') movlmentada, pela modificacao da velocidade do movimento e pel a criayao

,Cia Como resultada desta delicada graduayao, urn exercicio adequado pede

)nClOO para qualquer forya de rnusculo, especialmente aqueles que estao

os A. medlda que a for<;a muscular aumenta, os exercicias podem ser

s de modo a que uma resposta maxima seja obtida das musculos.

36

aades recreacionais podem ser proporcionadas pela natayao. Os diferentes

-'lm l:ma ampla variedade de musculos, e muitos pacientes severamente

Jos 'ora da agua sao notavelmente moveis na piscina. A parte as efeitos

'es E, fortalecedores, isto e de grande valor psicol6gico.

seQuentemente ao tratamento na piscina, mais tarde nesse dia au na manha

J p02!ciente pode sentir mais rigidez nas articula95es tratadas, mas ista

'f: de~,aparece durante as atividades normais. Se as articulares continuarem a

DOdE'ndo acerrer com articulac6es reumat6ides au articulayoes mobilizadas

~ia c tratamento foi demasiado vi90r050 e requer modificac;ao.

~felt')s fisiol6gicos da terapia em piscina combinam aqueles produzidos pela

ie da pisclna com aqueles do exercicio, porem a extensao desses efeitos

a te nperatura da agua, a dura9ao do tratamento e 0 tipo e intensidade do

A 1empera1ura media da agua na piscina e de 35,5-36,6oC, e 0 periodo de

~!'a ~ maiaria dos pacientes e de 20 minutos, embora alguns pacientes

Jme~ar com tao pouco quanto 5 minutos ou possam ficar tanto tempo quanta

ante 0 periodo de imersao os efeitos fisiologicos sao semelhantes aos

por qualquer outra forma de calor, porem sao menos localizados. Uma

,era' '1a temperatura corporal freqOentemente ocorre devido a varies fatores. A

a Gel aQua esta acima da temperatura da pele, a qual normalmente e de

corpo, portanto, ganha calor atraves das areas de baixo d'agua, parem s6 0

peraer a partir do sangue nos vasos cutaneos e glandulas sudorlparas das

:)ost~s, como a face e 0 pescoco. 0 carpo ganha calor da agua e a partir da

de ~nergia durante 0 exerdcio. Uma elevayao da temperatura corporal e

evnElvel, a eleva9ao varian do de paciente para paciente.

37

YleOICla que a pele se torna aquecida, as vases sangOfneos superficiais

e 0 ~uprimento sangOfneo periferico e aumentado. 0 sangue que esta fluindo

'estes vasos e aquecido, e, por condu,ao, a temperatura das estruturas

__os

\1, !oRIAIS E METODOS

'10 (Taterial de base utilizou-se urna piscina aquecida a temperatura de 33° ..C,

ae > rafundidade e 5 par 8 metros de amplitude.

n OISSO, utillzaram-se acess6rios como flutuadores "agua twb"; 3 pranchas, 2

ES br:nquedos ludicos apropriados a piscina.

~ erTlbasamento te6rica fol realizada pesquisa em livros de neurologia,

;:.·oterapia, tambem foi utilizado 0 auxilio de artigos e Internet.

oJew de estudo foram duas crianc;as de 0 a 4 anos, urna do sexo feminino e

,exa nasculina portadora de quadriplegia espastica.

letoc!o utilizado na piscina foi a estimulayao neuroevolutiva buscando modele

adaade.

empi;ratura da agua e um dos principals fatores para a relaxamento da

'a e~pastica, bem como as propriedades da agua.

vall?~ao da crianr;a foi realizada dentro e fora da plscina.

41

IlIClS ESPECiFICOS PARA RELAXAMENTO MUSCULAR

p-r.l~euta apoia a cabeya da crianga em seu ombro e com as maDS na

a reallza dissocia«ao da cintura e realiza movimentos sinuDsos na

42

flit na mesma posiC;Elo anterior, terapeuta realiza empunhadura das

-i(J )1:lS e realiza movimentos sinuQsos, deslizando na agua.

ffl1anecendo na mesma POSiC;c30, terapeuta realiza movimentaC;Elo

P JfOSsuperlores, com empunhadura de uma das maos na escapula e

\lHI reallza abdw;ao atraves de movimentos na agua, favorecendo a

43

-I 198 em posicao supina, terapeuta ap6ia uma das maos em regiao

lle'~COC;:O,e a Dutra mao ira sustentar algumas vezes a regiao sacral.

1 JL e a cnan9a realize ativamente movimentos na agua (simulando 0

-.;trlS com 0 movimento a crianc;:a apoia 0 corpo e sustenta em regiao

talecer a musculatura posterior de pescoc;:o.

!; I~'! te em pron~, terapeuta realiza empunhadura das maos nas axilas do

n,.' :I,:a de frente para 0 terapeuta. Solicita-se e estimula-se para que a

Hl!..- a cabec;:a de forma ludica, e at raves de tapping.

44

te ern prone, envolve·se regiao toraxica abaixo das axilas com

"" a tuba) adaplados, dessa forma a lerapeula segura as punhas da

ldo desllzamentos e movimentos sinuosos na agua, solicitando

lando para que levante a cabeya.

4S

7. Terapeuta posiciona a crianc;a como S8 estivesse sentada ern urn cavalo,

podendo utilizar-se de f1utuadores au do antebrac;o do proprio terapeuta, a Dutra mao

apoia 0 movimento do corpo da crianc;apara que nao caia; realiza-se movimentos de

pemdulo para as ladas, para frente, para tras, emerge e imerge a flutuador.

Diferentes movimentos proporciona estimular a reac;ao labirintica e posterior contrale

de cabec;a atraves do fortalecimento de museu los do pescoc;o.

46

8. Terapeuta posicion a a criam;a de joelhos apoiando no colchonete na agua,

apoia as maos (abertas) em outro colchonete na borda da piscina. Solicita-se e

estimula-se para que a criant;a levante a cabe((a e estenda os cotovelos. Pode-5e

realizar 0 exercicio com a crianc;:a apoiando os antebrac;:os na borda e estimula-se

para levantar a cabec;:a.

4 APRESENTAi;AO DE OAOOS E SUA ANALISE

Dados pessoais

Nome: O.L.S.

Idade: 4 anos

Sexo: feminino

Oiagn6stico: PC, quadriplegia espastica.

Anamnese

H,M.P. :;;> D.L.S, nasceu de 9 meses de parta normal, porem nao chorou e

apresentava uma cor escura. A mae observou que a crian98 era molinha e nao firmava

o pescogo.

H.MA ;> O.L.S. nao mantem a sustenta,ao de pesco,o durante Oecubio

ventral, aumenta a espasticidade nessa POSiC80. Durante a posicao sentada com apoio

a cabec;:a tende a calr para as lados.

a) Padrao Postural:

D.V. => Flex80 de membros superiores, f1exao de quadril, cabeca rodada para as

lados.

- D. dorsal, flexao de membros superiores, membros inferiores estendidos. Rola

de D.O. p OV porem de DV nao consegue voltar para D. Dorsal

b) Padrao Motor:

Apresenta R+CS, R+CA a direita.

Hipertonia muscular.

Amplitude de movimento diminuido

Retra,oes ausentes.

Deformidades nao apresenta.

Superficie cutanea (ausente lesoes).

Edema ausente.

4.1 AVALIACAO NAAGUA

A crian9a nao e adaptada ao meio Jiquido, mas achou agradavel 0 meio.

Precisa de apoio na agua, totalmente dependente vista que nao realiza flutua9ao

e deslocamento na agua, bem como passagem de prono para supino.

Problema Principal. Aumento de hipertonia muscular, nao apresentando controle

de cabec;a, hipotonia das musculaturas envolvidas de pesco90 e atraso no

desenvolvimento motor.

4.2 RESULTADO

Os atendimentos foram realizados durante 1 mes 3 vezes per semana,

totalizando 12 atendimentos. Observou-se que as pacientes obtiveram um relaxamento

com diminui~o da hipertonia, facilitando as exercfcios que foram realizados na agua.

Houve melhoria da hipotonia de musculatura de pescoc;o, sendo que quando 0 paciente

posicion ado conseguia manter ° controle de cabec;a se realizar a hiperestenyao de

pescoc;o, porem para haver uma funcionalidade do controle de cabe9a precisa-se de

mais atendimentos sendo um tratamento continuo para que a paciente possa realizar

melhor as fun,oes dentro DMN, dentro de suas limitac;oes

CONCLUSAO

Apcs a realiza,ao do presente trabalho, foi possivel a elabora,ao de uma serie

de conclusoes.

Os exercicios de hidrocinesioterapia sao beneficos para a induc;ao ao

relaxamento de crian,"s quadriplegicas espasticas de ate 4 anos, em virtude dos

multiplos efeitos terapeuticos da agua tais como: (a) alivio da dar e do espasmo

muscular; (b) relaxamento;(c) manuten,ao ou aumento da amplitude de movimenta,ao

das articula,oes; (d) reeducayao de musculos paralisados; (e) fortalecimento dos

musculos e desenvolvimento de sua fon;a e resistemcia; (j) melhora das atividades

funcionais da marcha; (g) aumento da circulayao, e, assim, da condiyao da pele; e (h)

refon:;amentodo moral do paciente pelas atividades recreacionais, proporcionando ao

paciente confian98 para alcanyar maxima independencia funcionaJ.

o calor da agua na qual 0 paciente esta imerso ajuda a aliviar a dar, reduzir 0'

espasmo muscular e induzir relaxamento. A medida que a dar e aliviada, 0 paciente ecapaz de mover-S8 com maior confortae a amplitude de movimentayao das articula<;oes

aumenta. Como 0 calor da agua tambem dilata os vasos superiiciais e aumenta a

suprimento sangOineo a pele, a condicao da pele melhora, particularmente nos

pacientes com ma circulacao periferica. A medida que a sangue quente atinge as

musculossubjacentese sua temperatura se eleva, eles se contraem mais facilmente

com fun,ao melhorada.

o aparecimento dos Centr~s de Paralisia Cerebral sao acontecimentos de

incontestavel significa980 medica e cientifica, comprovantes da enorrne organiza980

que se expandiu em todo 0 mundo, com a intuitode enfrentar os problemas da crian9a

lesada cerebral.

Temos a certeza de que milhares de crian9as estao sendo tratadas e

recuperadas em todas as partes do mundo. E a hidrocinesioterapia dentro dos

conhecimentos fisio16gicos que a agua aquecida proporciona traz beneficios

significativos e com excelentes resultados porem, 0 caminho mais seguro contra a

Paralisia Cerebral ainda e 0 da preven,ao.

Assim, realisticamente, e sem pessimismo, podemos afirmar com satisfacao que

bastanle est'" sendo feito mas muito mais hi! por fazer e pesquisar.

GLossARIO

Reflexos - Respostas automaticas que observamos diariamente em um bebe

recem-nascido sao automaticas e denominadas de reflexos. Os reflexos sao reac6es

desencadeadas par estfmulos que impressionam diversos receptores. Tendem a

favorecer a adequacao do individuo ao ambiente.

Contrale Subcortical e Neocortical do Comportamento - No nascimento, 0 cerebra

do bebe recem-nascido pesa entre 300 a 400 gramas, aproximadamente 1/4 do

tamanho que ele ten~quando adulto; muitos dos comportamentos fetais e neonatais

parecem ser regulados pelas areas subcorticais do cerebra. Por volta do nascimento as

partes sUbcorticais do cerebra estao relativamente maturas, enquanto, 0 neocortex esta

imaturo. Embora a maiaria dos comportamentos neonatais estejam sob controle

subcortical, urn bebe normal e capaz de modiflcar estas respostas e regular estes

comportamentos em tais direc6es que estes fatos 56 podem ser explicados pelo

funcionamento do neoc6rtex.

Estado Comportamental - A intera,iio do bebe recem-nascido com as pessoas e

objetos nao val depender somente do desenvolvlmento cerebral, mas val depender

tambem, da permanencia ou variacao dos seus estados de son a e alerta nas primeiras

horas de vida ou dias ap6s 0 parto.

EstimulaCao ~ 0 sentido do tate e acionado muito cedo, uma vez que os bebes

estao cereados e sao aearieiados por teeidos e Ifquldosmomos desde 0 lnleto da

vida fetal. Estudos clinicos desde 1960 tern confirm ado os efeitos beneficos da

estimula9ao neonatal na ontogemesedo reeem naseido.

Estagios de Desenvolvimento ~ Estagios ou nivets atingidos pela erianya nas

diferentes idades que mostram a aquisi9ao de certas habilidades motoras.

Paralisia Cerebral - Segundo BOBATH (1989) "paralisia cerebral e uma

desordem do movimento e da postura, persistente, porem variavel, surgida nos

primeirosanos de vida pela interferemetano desenvolvimento do SNC, eausada par uma

desordem cerebral nao progressiva." Segundo Barraquer Bordas e col (1966), citados

por BOBATH (1989) segundo a qual a "paralisia cerebral e a sequela de uma agressao

eneefaliea, que se earaeteriza primordial mente par um transtorno persistente, porem nao

invariavel, do tonus, da postura e do movimento, que surge na primeira inffmeia e que

nac e somente seeundaria a esta lesao nao evolutiva do encefalo, mas se deve tambem

a infJufmciaque a referida lesao exerce sobre a maturayao neuroI6giea." Segundo

Hagberg e col (1975)"a paralisia cerebral e definida p~r urn prejuizo permanente do

movimento ou da postura que resulta de uma desordem encefalica nao progressiva.

Esta desordem pode ser causada par fatores hereditarios ou eventos acorrldos durante

a gravidez, parto, periodo neonatal ou durante os dois primeiros anos de vida."

(BOBATH, 1989)

o tratamento neuro-evolutivo de Bobath - Bobath desenvolveu urn tratamento

que chama a ateny8lo para a reiay8loentre tonus muscular anormal e pad roes anormais

de postura e movimentac,:ao, visto que para ele, postura e movimento interagem de

maneira tal que nao podem ser isolados. Assim, devido a lesao neurol6gica, 0

desenvolvimento insuficiente de urn mecanisme ref1exo~postural, somado a falta de

inibiyao dos reflexos do recem-nascido, resulta em um padrao de movimentac;ao e em

um tonus postural anormais.

Tono Muscular - Consistencia das estruturas motoras.

Sensibilidade - Tolerancia a estimula9ao leita.

Hidrocinesioterapia - A hidrocinesioterapia e 0 tratamento realizado atraves do

estudo e da aplica9ao dos movimentos articulares e posturais do ser humano. Consiste

em promover fortalecimento, alongamento e resistencia muscular estabilizando as

articulay6es, recuperando e prevenindo les6es articulares; estimula a conscientiza9ao

postural, corrige os desvios posturais da coluna vertebral atraves de exercicios

especificos, melhora a qualidade de vida com a modalidade aer6bica de exercicios.

Utiliza a tecnica de confecc;ao de bandagens funcionais para estabilizac;ao articular e

prevenc;ao de les6es em atletas, utilizando tambem numerosas outras tecnicas, inclusive

em piscina aquecida, para a realiza9ao de exercicios posturais, de percep980 corporal e

alongamento das cadeias musculares, tratando e prevenindo os desequiHbrios

posturais.

Tratamento em Piscina - 0 tratamento em piscina e utilizado na terapia de muitos

disturbios neurol6gicos. A tepidez e a sustentar;ao da agua ajudam a aliviar alguns dos

sintomas dos pacientes, e uma progressao graduada dos exercicios e, valiosa para os

pacientes cujos. musculos estao fracos au paralisados.

Fraqueza ou paralisia - Diz-se que urn paciente esta paralisado se ele for

incapaz de efetuar movimento voluntario.

Alterayao no tonus 0 tonus pode estar aumentado, diinufdo ou perdido por

completo.

Espasticidade E caracterizada pelo aumento no tonus em padroes de

movimento.

Exercfcios na agua •Este suporte ajuda a induzir relaxamento e a aliviar a dar: a

sensa<;8o de imponderabilidade possibilita ao paciente mover suas articula<;oes rna is

livremente e com menor esfon;o ao que se ele efetuasse 0 mesmo movimento em terra.

56

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BOBATH, Karel. A deficiencia motora em pacientes com paralisia cerebral. SaoPaulo: Manole, 1989.

BECKER, Bruce E.; COLE, Andrew J. Terapia aquatica moderna. Sao Paulo: Manole,s.d.

BRAZELTON, T.B .. Conduta neonatal e sua significa~ao. Em: A.J. SCHAFFER &M.E,1979.

CSILLAG, S. Estados comportamentais do bebe recem-nascido observado emsitua~ao natural de maternidade nas seis primeiras horas de vida. Sao Paulo,Disserta\,ao de mestrado - Instituto de Psicologia da Universidade de Sao Paulo, 1990.

DECASPER, A.J. & FIFER, WP. Of human bouding: newborns prefer their mother'svoices. New York: Science, 1980.

HANSON, Norm; BATES, Andrea. Exercicios aquaticos terapeuticos. Sao Paulo:Manole, 1998.

KLAUS, M. & KLAUS, P. 0 surpreendente recem-nascido. Trad. de M. C. G. Monteiro.Porto Alegre: Artes Medicas, 1989.

MONTAGU, A. Tocar 0 significado humano da pele. Trad. Maria Silvia Mourao Netto.Sao Paulo: Summus, 1988.

RICHERSON, P.J. & BOYD, R Culture and cooperation. Em: R.A. HINDE &GROEBEL (org). Cooperation and Pro-Social Behavior. Cambridge Univ. Press, 1991.

RUOTI, Richard G.; MORRIS, David M.; COLE, Andrew J. Reabilita~ao aquatica. SaoPaulo: Manole, s.d.

SCHNEIDER, B.A. & THEHUB, S.E. Infant auditory psychophysics: an overview. Em:G. Gottlieb & NA Krasnegor (org). Measurement of audition and vision, 1985.

SHAEFER, M.; HATCHER, RP. & BARGLOW, P.D. Prematury and infant stimulation: Areview of research. Child Psychiatyan Human Development, 10: 199 - 212, 1980.

SKINNER, AT; JOMSON, AM. Duffild: exercicios na agua. 3. ed. Sao Paulo: Manole,1985.

ANEXOS

I) TONUS

1.1) MOBILIZACAO PAS$IVA

M ADUTORES: :4 .M FIX~DORES DE ESCAPULA:._'7L=<--'=-6;~ _

~ ~~~~~~~~~i~(~o~:--~'~e~_-----------NtMII

ADUTORES ~~£L---------------FLEXORESDEQUADruL:~A;~·~~ _

iSQUIOTII"B~IA~'~S:-=====~=~~,,~S'_===========TRICEPS: _ ~~

[.2) MANUTENCAO DE POSTURAS

EM PRONO

CONTROlE DE CABE(A pv-~-..LL.. ( p) ( A ) (" )

APOIO DE ANTEBRA(O () I) (" )APOIO PALMAR () () Ii' )RTCS (" ) ( I IRTCA (1') I )DISSOCIACAO DE MMSS ( ) ) (".(..)08S.: ~ pk.A.t.Q.,Q f ..c •.... le.L)<a.~ ,..w. ".o....V"'\.(Lu.....'t. c,.......:~·:- '-rt.(·-L~'£'w

1Z'M J.., Ilc'dFDI ,"- ny.,;;;,:.)~~&/,; ~ 'h,<r;~c

EM SUPINQP A I

CONTROLE DE CABE(A ( ) ( ~) I )APO[O DE ANTEBRA.(,O I ) I ,) I IAPOIO PALMAR ( ) If} ( )

RTCS I;.) ( ) I )

RTCA (-;') ( ) I )DISSOCIA(AO DE MMSS ( ) ( ) (A)

085.:

SENTADOCOM COl'-.rrROLE DE TRONCO p ( )

LONGSmlNGANTIRO DE QUADRlLRCfRO DE QUADRILClFOSE DORSAL

EM IVA"ITERO DE QUADRILRETRO DE QUADRILCIFOSE DORSAL

)EMiNDIO) ANTERO DE QUADRILIRETRO DE QUADRlLICIFOSE DORSAL

INFLUENCIA REFLEXA:085.:

RTCA ( ) RTCS t) RTL

EM PE

NAO l'f)

CABEC.~'~:==============================================~

1\011\-155:TRQNCO'QUADRlL·JOELHOS:========================PES: _

COMAPOIO l ) SEM APOIO ( I

085.:

21 DESENVOLVUvfENTO MOTOR

2.1) AT1VlDADE REFLEXA

P A IR SUC(AO ( ) (, ) ( )E • PONTOS CARDEAIS ( ) l') ( )F MORO (,) ( ) (,)L PREENSAO PALMAR (.,.) (,) ( )

E PREENSAo PLAN I AR (.;d (» ( )X EXTENSAO CRUZADA ( ) (<.) ( )0 CERVICAL DE RETIFICA(AO (>..) (. ) (.)S RTCA (oZ) ( ) ( )

R CERVICAL DE RETIFICA<;AOE CORPORAL DE RETIFICA<;AOA OPTICA DE RETlFICA<;AOg LABIIUNTICA DE RETIFICA<;AO

P('-I(.I( I(~I( I( I( I

A(II(> I(d( ,I( I( I( I

I

«I( I( I(",I( I( I( I

REA<;OES DE PROTE<;AO E EQUILiBRIO'

SENTADO EM PEmENTE (lAI mENTE HI

PROTE<;AO LADOS ( fl PROTE<;AO LADOS 1;" ~mAs ( AI TRAS

mENTE ( I'l mENTE (1'1EQUILiBRJO LADOS (AI EQUlLiBRJO LADOS ( AI

mAs (fo'l mAs (AI

OBS.:

2.2) MUDAi">lCAS DE POSTURA

C=COMPLETA I=INCOMPLETA A=AUSENTE

(r.) PRONOPARASUPINQ(CI SUPINO PARA PRONO( A I DEIT ADO PARA SENT ADO(AI DEITADOPARAGATAS(,,) SENTAIX)PARAGATAS("'I SENTADO PARA AJOELHADO(~.IAJOELHADO PARA P. PASSO(?-) P. PASSO PARAORTOSTATICA

2.3) MARCHA

PRESENTE (COMAPOIO: (

WlDA(RTCA (

TESOURA (

OBS.:

AUSENTE (. ITERAPEUT A ( I

LENTA ( )RTL ( I

INDEPENDENTE (ANDADOR (pARA (P. SUPORTE (

MULETASCORRE (TRiPLICE FLEXAO (

SUPINO('!-.)

2 .•) COORDENAC;AO MOTORA

SENTADO( )

TOCAAGARRASOlTAPINC;A GROSSAPINC;AFINAENCAIXES

OBS.,

EMPE( )

P(-<) 1( .)( )( )( )( 1

A

2.5) REAC;OES ASSOC(ADAS

liNGUA ( )BOCA ( 1SIAlORREIA (, )ADuC;Ao POLE GAR (. )

OBS.,

PRONAC;Ao DE ANTEBRACOS (.lAUl'vIENTO DE EQUINISMO ( .•)PODODACTILOS EM GARRA ( , )MMII EM TESOURA ( • 1

2.6) AVO'S

C=COMPlETA 1=INCOIvIPLET A A=AUSENTE

VESTIR-SE'--:;:;:::::======~~~===========DESPlR-SE: ~ALHvlEl\'T AR-SE: ;:'I-UGIENE, ,/CONTROlE DE ESFINCTERS,BRJNCAR,

OBS.,

2.7) ORGAos E SISTEMAS

VlsAoAUDICAoFALA

('l (l(1') ()(l (I'-)

A

(;)( )( )

IDADE:':';;. 12. C, 6

I) TONUS

1.1) MOBILlZACAo PASS1VA

M ADlITORES:.~~~~LE:="i~=;:;:::===========-M F1XADORES DE ESCAPULA, ~.S FLEXORES DE ANTEBRA,O, 4> :fiia;;S PRONADORES DE ANTEBRAC"'O'-,~="""':..:"::::"'",-=,--_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_~~-_-M ADUTORES'.===~-=;L _

~I 1i~~g~~~~SQUADRIL 4--:pz;,-.---&=--------------I TruCE~' ~~~~~~-----------

1.2) MANUTEN(AO DE POSTURAS

EM PRONO

P A ICONTROLE DE CABE,A () (" ) ( ~ )APOIO DE ANTEBRA(O ( , ) () ()APOIOPALMAR (,) () ()RTCS ( , ) () ()RTCA () (, ) ()DiSSOCIACAO DE ~L"IS~ \. () g' . ( ). __085.: G-""i;? '. f~a:> ~'~. ~{ ..._.~C;.~\ I nyy-..--.LL

,e;~1.•.~;;>r; . jx,;c ,:;;::;Jk( r;;;E; iL 3d J cd-, 'T"'-

EM SUPINOP A I

CONTROLE DE CABECA ( ) (1<) )APOIO DE ANTEBRA(O ( ) (7<1 ( )APOIO PALMAR ( ) ( X) ( )RTCS ex. ) ( ) ( )RTCA ("') ( \ ( )DISSOCIA(AO DE MMSS ( ) ( ) (x)

OBS.:

SENTADOCOM CONTROLE DE TRONCO P( ) A(X)

RTCA

)EMiNDIO) ANTERO DE QUADRIL) RETRO DE QUADRIL) ClFOSE DORSAL

) RTL

LONG SITTINGANTERO DE QUADRILRETRO DE QUADRILCIFOSE DORSAL

INFLUENCIA REFLElCA:OBS.:

EMWA..'iTERO DE QUADRILRETRO DE QUADRILCIFOSE DORSAL

( ) RTCS

EMPE

NAO IX) COM APOIO ( ) SEM APOIO ( )

~~~CA: _

~%~-=-==============================================~lOELHOS: _PES: _

08S.:

2) DESENVOL V\MENTO MOTOR

2.1)ATIVlDADE REFLEXA

P A IR SUCcAO ( ) (',() ( )E • PONTOS CARDEAIS ( ) (-,() ( )F MORO ()<j ( ) )L PREENSAO PALMAR (-<) ( ) )E PREENSAO PLANTAR (N ( ) )X EXTENSAO CRUZADA ( ) (N )0 CERVlCAL DE RETIF!CACAO (;'-) ( ) )S RTCA ()) (

, )

P A IR CERVICAL DE RETIFICACAO ()() () (' )E CORPORAL DE RETIFICA('AO ( 1)) () (X )A OPTICA DE RETiFICACAO (() () « )C LABIRiNTICA DE RETIFICACAO () (><) ()o () () ()E () () ()5 () () ()

REACOES DE PROTECAO E EQUILiBRlO:

SENTADO EM PEFRENTE (0 ) FRENTE (;.-)

PROTE(,AO LADOS ( A) PROTECAO LADOS (r.)TR.AS (A) TRAS I,,)

FR£NTE ( A) FRENTE (A)EQUILiBRIO LADOS (~) EQUILiBRIO LADOS (A)

mAs (1'<) TRAs (f\l

OBS.:

2.2) MVDAN(AS DE POSTURA

C=COMPLETA I=INCOMPLETA A=AU$ENTE

( l) PRONO PAR.A.. SUPINQ(e) SUPINO PARA PRONO({') DEITADOPARA SENTADO( .•••) DElTAOOPAR.A.GATAS(A) SENTADQPARAGATAS(A) SENTADOPARAAJOELHADO( AI AJOELHADQ PAR...\, P. PASSO(~) P. PASSO PAR.A.. ORTOSTATICA

2.3) iVlARCHA

PRESENTE (COM APQIO: (

RAplDA (RTCA (

TESOURA (

AUSENTE U:)TERAPEUT A ( )

LENT.~ ( )RTL ( )

INDEPENDENTE (ANDAOOR (P.A.RA.. (

P.SUPORTE (

MULETASCORRE (TRiPLiCE FLEXAO (

085.:

2.4) COORDENACAO MOTORA

TOCAAGARRASOLTAPINCA GROSSAPINCAFINAENCA1XES

SENTADO( )

P«) !( )( )( )( )( )

OBS.:

EMPE( )

A((((((

2.5) REA(OES ASSOCIADAS

LiNGUA ( )BOCA ('r)SIALORREIA ( )ADU(.AO POLEGAR (\ )

OBS.·

PRONA<;AO DE ANTEBRA<;OS ( )AUl\.IENIO DE EQUINISMO ()POOOO..i.CTILOS EM GARRA (~)MMII EM TESOURA ( '< )

2.6) AVO"S

C=COlvrPLET A l""fNCOMPLETA A=AUSENTE

:i'~ ~~~~:~~ _~ ~ ~~~~~AR-SE _

() CONTROLE"D~E~E~S:F:IN~CTE~~~:=================================() BRlNCAR: _

OBS.:

2.7) ORGAOS E SISTEMAS

VISAOAUDICAOFALA

(' ) ()(X) ()() (r:)

A

,}})