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RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO BELÉM, PA 2020 MIGRA CIDADES

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Page 1: MIGRACIDADES...diferentes setores da sociedade local e sejam alinhadas com o planejamento plurianual do governo local e com as agendas mundiais de desenvolvimento (Ex.: Objetivos do

RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO

BELÉM, PA

2020

MIGRACIDADES

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Informações gerais

BELÉM, PA

Região: Norte

População estimada em 2020 (IBGE)1: 1.499.641

População de migrantes internacionais registrados de 2000 a março/2020 (NEPO/UNICAMP)2: 5.486

Data de fornecimento das informações pelo governo local: 15/09/2020

1 Dados estimados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2020.

2 Número de migrantes internacionais cadastrados no Registro Nacional Migratório (RNM) (antigo Registro Nacional de Estrangeiro – RNE) como habitantes de Belém entre os anos de 2000 e 2020, obtido através do banco interativo do Núcleo de Estudos de População da Universidade de Campinas (NEPO/UNICAMP). O banco interativo da NEPO/UNICAMP é formado a partir de dados públicos do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) disponíveis no Portal de Imigração do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Acesso o banco em: <www.nepo.unicamp.br/observatorio/bancointerativo/numeros-imigracao-internacional/sincre-sismigra/>.

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O MigraCidades ................................................................ 4

O Relatório de diagnóstico ............................................. 7

Diagnóstico geral do governo local ............................... 9

Boas práticas do governo local .................................... 10

As 10 dimensões .............................................................. 11

Estrutura institucional de governança e estratégia local ................................................................................ 11

Capacitação de servidores públicos e sensibilização sobre direitos dos migrantes .......... 13

Participação social e cultural de migrantes ........... 14

Transparência e acesso à informação para migrantes ..................................................................... 15

Parcerias institucionais .............................................. 16

Acesso à saúde ............................................................ 17

Acesso e integração à educação ............................. 19

Acesso à assistência social ........................................ 21

Acesso ao mercado de trabalho ..............................23

Acesso e acolhimento a vítimas de violência de gênero migrantes aos serviços de proteção ..........25

Prioridades do governo local ........................................ 27

Sumário

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O MigraCidades

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) está implementando o projeto “MigraCidades – Aprimorando a Governança Migratória Local no Brasil” em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e com apoio da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), e financiamento do Fundo da OIM para o Desenvolvimento.

O projeto visa a informar e fortalecer a capacidade de governança local das migrações, a partir da verificação da presença de 10 dimensões de governança migratória. As dimensões estão divididas em dois grupos. O primeiro, dimensões de governança, se dedica a analisar o desenho institucional das políticas locais. O segundo, dimensões de acesso a direitos, avalia o acesso à saúde, à educação, ao mercado de trabalho, dentre outros aspectos relacionados à integração e ao bem-estar dos migrantes internacionais.

A OIM define migrante como uma pessoa que se move do seu local habitual de residência, seja dentro de um país ou através de fronteiras internacionais, de forma temporária ou permanente, por uma variedade de razões. Para os fins deste relatório, cujo enfoque são as migrações internacionais, o termo migrante será doravante utilizado para se referir a uma pessoa nacional de outro país ou apátrida que se estabelece temporária ou definitivamente no Brasil (nos termos da definição de imigrante da Lei de Migração nº 13.445/2017).

Esse relatório apresenta um consolidado do diagnóstico situacional das 10 dimensões de governança migratória, de modo a auxiliar o poder público local no aferimento, planejamento e monitoramento de suas políticas públicas para migração, destravando o potencial benéfico que as migrações podem trazer para os migrantes e para as comunidades de acolhida.

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O MigraCidades

O MigraCidades faz parte dos esforços globais da OIM para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em conjunto com o sistema ONU e seus parceiros. São 17 Objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. O MigraCidades contribui principalmente para a concretização meta 10.7 dos ODS.

Meta 10.7 – Facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e responsável das pessoas, inclusive por meio da implementação de políticas de migração planejadas e bem geridas.

Em uma tentativa de definir o conceito de “políticas de migração planejadas e bem geridas” conforme a Meta 10.7, a OIM desenvolveu o Marco de Governança da Migração (Migration Governance Framework – MiGOF), que estabelece os elementos essenciais da boa governança migratória.

Com base no MiGOF, a OIM também desenvolveu os Indicadores da Governança Migratória (Migration Governance Indicators – MGI), um conjunto de 90 indicadores que ajudam os governos a apreciarem a abrangência de suas estruturas de governança de migração.

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O MigraCidades parte da experiência da OIM com estas iniciativas, adaptando-as para criar um processo de certificação adequado para o contexto brasileiro que contribua para o mesmo objetivo em comum: facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e responsável das pessoas.

O MigraCidades

ODS – Meta 10.7

MGI

MiGOF

MigraCidades

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O Relatório de diagnóstico

A certificação MigraCidades envolve cinco etapas: a inscrição, o diagnóstico, a priorização, a certificação e o monitoramento. Na etapa de inscrição, foi aberta uma chamada pública para municípios e estados brasileiros se candidatarem, apontando uma pessoa de referência local para acompanhamento do processo.

Após ser selecionado, o governo local foi convidado a preencher o Formulário de Diagnóstico, composto por uma série de perguntas sobre cada uma das 10 dimensões de governança migratória. Após o preenchimento do Formulário, deu-se início à etapa de priorização, na qual o governo local identifica quais as prioridades para o desenvolvimento de políticas migratórias no próximo período. Nesses dois momentos, a pessoa de referência local foi responsável por articular o diálogo com as diferentes áreas do governo local que executam atividades relacionadas à migração, com o objetivo de coletar respostas para o formulário e insumos para a priorização.

Este relatório consolida as respostas do governo local nas etapas de Diagnóstico e Priorização, incluindo revisões e recomendações realizadas pela equipe do MigraCidades. Exceto quando citada a fonte, todas as informações contidas neste relatório foram fornecidas pelos próprios governos locais, através de suas pessoas de referência apontadas no início do processo. A realização do relatório é uma exigência para obtenção da certificação, e servirá de base para a etapa de monitoramento.

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Acesso ao mercado

de trabalho

Conheça as 10 dimensões de governança migratória:

O Relatório de diagnóstico

Estrutura institucional de

governança

Capacitação de servidores

públicos

Participação social e

cultural de migrantes

Transparência e acesso à informação

Parcerias institucionais

Acesso à saúde

Acesso e integração

à educação

Acesso à assistência social

Serviços de proteção para

mulheres e LGBTI+

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Belém é a capital do estado do Pará, segundo maior estado brasileiro e está situado na região norte do país. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2020, a população de Belém seria de 1.499.641 habitantes.

De 2000 a 2020, 5.486 migrantes internacionais obtiveram o Registro Nacional Migratório como habitantes do município, de acordo com dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) (NEPO/UNICAMP, 2020). Além disso, entre abril de 2018 e agosto de 2020, Belém recebeu cerca de 11 venezuelanos por meio da estratégia de interiorização do Governo Federal (Operação Acolhida, 2020).

O governo local indicou realizar pelo menos uma ação nas seguintes dimensões de Governança: Estrutura institucional de governança; Capacitação de servidores públicos e sensibilização sobre direitos dos migrantes; Participação social e cultural de migrantes; Transparência e acesso à informação para migrantes; e Parcerias institucionais. E nas seguintes dimensões de Acesso: Acesso à saúde; Acesso e integração à educação; Acesso à assistência e proteção social; Acesso ao mercado de trabalho.

Diagnóstico geraldo governo local

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Destacam-se como práticas positivas relatadas pelo município a existência do Núcleo de Atendimento ao Migrante e Refugiado – NAMR da Fundação Papa João XXIII, órgão gestor da Assistência Social no município, que atua no acolhimento, atendimento e encaminhamento de migrantes para a rede de serviços públicos. Outra prática positiva identificada é a criação de um espaço para abrigamento temporário de migrantes e refugiados da etnia Warao. Segundo o governo local, o espaço teria capacidade para receber 500 pessoas. Também foi considerada uma boa prática a existência de parcerias interinstitucionais com organismos internacionais como a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e organizações da sociedade civil com atuação internacional, como a Agência Adventista de Desenvolvimento (ADRA) e as Aldeias Infantis SOS.

Boas práticasdo governo local

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Estrutura institucional de governança e estratégia local

Esta dimensão busca compreender se o governo possui estratégia local ou setores ou referências locais dedicadas à formulação, ao acompanhamento e à implementação de políticas públicas e serviços voltados à migração.

Nesta dimensão, o município indicou possuir, em sua estrutura institucional, pelo menos um setor ou pessoa dedicada à formulação e ao acompanhamento de políticas públicas sobre migração. Além disso, relatou haver fluxo ou rede estabelecida entre diferentes setores para encaminhamento e acesso de pessoas migrantes a serviços de referência e um mecanismo de coordenação das ações e políticas de diferentes setores para o tema da migração.

Também indicou haver estratégia local de acolhimento e integração de pessoas migrantes descrita em política, plano ou documento público e que essa estratégia foi construída em articulação com diferentes setores da gestão pública e com participação social e está alinhada com a lei nacional de migração (Lei 13.445/2017). Indicou, ainda, que essa estratégia inclui o acolhimento de pessoas migrantes em situações de crise e que há, na estrutura institucional, monitoramento, planejamento e aporte orçamentário voltado aos custos relacionados à integração de pessoas migrantes na sociedade de acolhida.

Para aprimorar a estratégia local de migração já existente, é sugerido que as estratégias incluam diferentes setores da sociedade local e sejam alinhadas com o planejamento plurianual do governo local e com as agendas mundiais de desenvolvimento (Ex.: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas).

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Estrutura institucional de governança e estratégia local

Outra recomendação para o desenvolvimento futuro desta dimensão é estabelecer mecanismos de coordenação com outros entes federativos em temas relacionados à migração, que pode se dar, por exemplo, a partir do estabelecimento de grupos de trabalho com diferentes níveis de governança, de consórcios intermunicipais, de convênios ou, ainda, de mecanismos fundo a fundo ou acordos.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Capacitação de servidores públicos e sensibilização sobre direitos dos migrantes

Esta dimensão busca compreender se o governo local oferta capacitações regulares para servidores públicos da gestão e dos serviços sobre a temática migratória, incluindo questões de sensibilidade cultural, gênero e direitos humanos.

O governo local indicou que foram realizadas capacitações relacionadas à temática migratória com os servidores da gestão no último ano, com ênfase para os servidores da atenção e assistência direta. Indicou também que essas capacitações abordaram discussões sobre diversidade cultural, gênero e direitos humanos e foram realizadas a partir de parcerias com agências internacionais e instituições de ensino superior.

O município de Belém indicou que há uma preocupação com a formação continuada de todos os servidores, tanto na compreensão da Política Nacional de Assistência Social, quanto ao atendimento de migrantes e refugiados. Para isso, tem estabelecido no município um cronograma constante de formação apoiada pelos parceiros como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Além disso, são ofertados também cursos de idiomas para os usuários e servidores, disponibilizado pela Aldeias Infantis.

Entender as demandas de conhecimento apresentadas pelos servidores no atendimento e acolhimento às pessoas migrantes e direcionar as atividades de capacitação para atender a essas necessidades é um aprimoramento futuro que pode ser adotado pelo governo local, a fim de melhor alinhar as capacitações aos desafios enfrentados pelos servidores no atendimento e acolhimento a pessoas migrantes.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Participação social e cultural de migrantes

Esta dimensão busca compreender se há incentivos para participação social e cultural de migrantes junto à comunidade de acolhida.

O governo local indicou ter incentivado, no último ano, a constituição de associações ou coletivos de migrantes. Além disso, afirmou ter oferecido algum tipo de apoio financeiro e de apoio em divulgação para realização de festas e feiras organizadas por migrantes. O município relatou, ainda, que são realizadas atividades culturais junto das pessoas migrantes, como música, canto, contação e história, pintura e teatro, no espaço de acolhimento do Núcleo de Atendimento ao Migrante e Refugiado (NAMR).

Nesta dimensão, as ações e iniciativas com potencial de desenvolvimento futuro pelo município em relação à participação social incluem, por exemplo, adotar medidas para informar e empoderar pessoas migrantes sobre seus direitos de participação social. Também podem ser realizadas consultas públicas junto às pessoas migrantes e incentivada a representação de migrantes nos conselhos municipais, levando também em conta a promoção da igualdade de gênero nesses espaços participativos.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Transparência e acesso à informação para migrantes

Esta dimensão busca compreender se o governo local disponibiliza, de forma presencial ou virtual, informações compreensíveis e transparentes sobre direitos e obrigações dos migrantes e sobre acesso a serviços públicos. Também considera se isso é feito em outros idiomas além do português.

O governo local indicou disponibilizar informações compreensíveis sobre direitos e deveres dos migrantes e sobre acesso a serviços públicos a que têm direito, e que essas informações são disponibilizadas em locais de atendimento presencial, de forma gratuita e nos idiomas que são falados pelas pessoas migrantes. O município conta também com 5 tradutores venezuelanos que apoiam nas ações e nos atendimentos psicossociais, com o objetivo de melhorar a comunicação e compreensão entre as partes envolvidas nos atendimentos.

Um possível aprimoramento nesta dimensão é o governo local passar a disponibilizar no site do município, ou em outros canais, as informações que já fornece nos locais de atendimentos a pessoas migrantes. Essas informações podem ser ofertadas em formatos acessíveis, como vídeo e áudio, por exemplo.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Parcerias institucionais

Esta dimensão busca compreender se o governo local possui parcerias com instituições-chave para tratar da agenda de migrações e questões relacionadas (ex.: grupos de trabalho ou convênio para execução de serviços).

O município indicou haver parcerias do governo local com organismos internacionais, com o setor privado e com universidades. Dentre as parcerias indicou parcerias com: o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); a Organização Internacional para as Migrações (OIM); o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR); a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA); a Aldeias Infantis; e com a Universidade Federal do Pará (UFPA).

Uma possibilidade para aprimoramento futuro nesta dimensão é o estabelecimento de parcerias com associações de migrantes, organizações da sociedade civil que se dedicam à temática migratória e com outros entes federativos – com esses últimos, o município pode buscar estabelecer convênios, acordos, consórcios intermunicipais e outras formas de parceria que podem contribuir para desenvolver projetos focados no aprimoramento da governança migratória local.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Acesso à saúde

Esta dimensão busca compreender se o governo local adota medidas para facilitar o acesso de migrantes a serviços públicos de saúde, em especial os de atenção primária em saúde.

No âmbito do acesso, o governo local indicou que as pessoas migrantes têm acesso aos serviços de atenção primária em saúde e a encaminhamento para serviços de atenção ambulatorial e hospitalar e que esse acesso é feito de forma desburocratizada. O município indicou também que conta com um consultório móvel para atendimento nos locais em que residem os indígenas waraos. Para qualificar esse acesso, recomendamos que sejam estabelecidos orientações, fluxos ou protocolos na rede de saúde para o acolhimento e atendimento em saúde para migrantes. A distribuição regionalizada dos serviços de atenção primária em saúde, de modo a ter equipes atuantes em todos os locais em que residem migrantes, é outra ação que pode ampliar o acesso.

No âmbito de capacitação, o município indicou que os profissionais de saúde são capacitados para identificar casos de violência doméstica ou de gênero. Como potencial de desenvolvimento futuro, o governo local pode ampliar as capacitações de servidores, incluindo temáticas como: acolhimento, atenção à saúde e direito à saúde de migrantes, diversidade cultural e comunicação em diferentes idiomas. Também é importante que esses profissionais sejam capazes de identificar casos suspeitos de tráfico de pessoas.

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Acesso à saúde

Além disso, o governo local pode coletar e analisar dados desagregados sobre o perfil de acesso a serviços e demandas de saúde dos migrantes que chegam a esse serviço, com o intuito de aprimorá-lo. Esses dados podem ser utilizados para enxergar se há uma demanda reprimida de acesso à saúde pelas pessoas migrantes e para propor mudanças nos fluxos, programas e políticas locais de acesso à saúde de migrantes.

Outra ação, no âmbito da governança, é que o setor ou referência local dedicado à promoção do acesso à saúde por migrantes trabalhe de forma conjunta com outros setores, alinhando demandas e ações entre secretarias e órgãos para ser capaz de prover um acolhimento integral às pessoas migrantes que chegam aos serviços.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

Page 19: MIGRACIDADES...diferentes setores da sociedade local e sejam alinhadas com o planejamento plurianual do governo local e com as agendas mundiais de desenvolvimento (Ex.: Objetivos do

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Acesso e integração à educação

Esta dimensão busca compreender se o governo local adota medidas para facilitar o acesso e a integração de migrantes à educação.

No âmbito do acesso à educação, o governo local indicou que os migrantes têm acesso a vagas desde a educação infantil até o ensino fundamental e médio e que, além disso, são ofertadas atividades extracurriculares e cursos de idiomas para migrantes. Também indicou que o acesso à educação é feito de forma desburocratizada. O município indicou que a Secretaria municipal de educação (SEMEC) tem utilizado o sistema de ensino de emergência com os estudantes venezuelanos e indígenas waraos. Trata-se de um nivelamento e introdução ao sistema escolar, para que possam ser conduzidos ao ensino formal.

Aprimoramentos possíveis no acesso e integração ao sistema educacional são a criação de orientações, fluxos ou protocolos que possam orientar e qualificar o serviço. O estabelecimento desses mecanismos pode ajudar a reduzir e, até mesmo zerar, os casos de negativa de matrícula a migrantes no ensino municipal. Outras possibilidades de ação são a oferta de vagas de ensino técnico e a assessoria e acompanhamento dos processos de revalidação de diploma. Ambas são demandas recorrentes entre migrantes, pois impactam também no acesso ao mercado de trabalho.

No que se refere à capacitação, divulgação e recorte de gênero, o município indicou que os profissionais da área da educação são capacitados para identificar casos de violência doméstica e/ou de gênero. Nos estabelecimentos de ensino, uma área com potencial de desenvolvimento futuro é a capacitação de profissionais para acolher e integrar migrantes, considerando a dimensão da diversidade cultural e da diferença linguística.

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Acesso e integração à educação

Outras ações que podem ser desenvolvidas são campanhas e ações informativas voltadas para migrantes, acerca de temas como direito à educação, oferta de cursos e funcionamento da educação e dos sistemas de matrícula. As capacitações, campanhas ou distribuição de materiais informativos devem celebrar a diversidade, fortalecer a sensibilidade cultural e coibir qualquer forma de discriminação.

Além disso, o governo local pode coletar e analisar dados desagregados sobre o perfil de acesso a serviços e demandas de educação dos migrantes, com o intuito de oferecer serviços que atentem às especificidades do contexto da migração. Esses dados podem ser utilizados para enxergar se há uma demanda reprimida de acesso e integração à educação pelas pessoas migrantes e para propor mudanças nos fluxos, programas e políticas de educação locais.

Em relação à governança, o município indicou haver setor ou referência local dedicado à promoção do acesso e integração à educação por migrantes, que trabalha de forma conjunta com outros setores, alinhando demandas e ações entre secretarias e órgãos para ser capaz de prover um acolhimento mais completo às pessoas migrantes que chegam aos serviços.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Acesso à assistência social

Esta dimensão busca compreender se o governo local adota medidas para facilitar o acesso de migrantes a serviços públicos de assistência e proteção social, tais como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), seus programas e benefícios.

Nesta dimensão, o governo local indicou que as pessoas migrantes têm acesso ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), através de serviços como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), e a cadastro para benefícios sociais, como o Bolsa Família, de forma desburocratizada. Também indicou que são acompanhadas e assessoradas pelo Núcleo de Atendimento ao Migrante as demandas de atendimento especializado apresentadas por migrantes e, ainda, que há medidas específicas adotadas para proteção social e garantia dos direitos de crianças migrantes.

Em relação à capacitação de servidores, o governo local indicou que há profissionais capacitados para acolher migrantes nos serviços de assistência e proteção social, considerando a dimensão de diversidade cultural, e para realizar comunicação com migrantes em diferentes idiomas. No último ano, foram ofertadas capacitações sobre acolhimento de migrantes nos serviços de assistência.

A partir dessas capacitações, o governo local avaliou que os profissionais da assistência e proteção social estão capacitados para compreender diferenças culturais que podem estar relacionadas a questões de gênero e a identificar suspeitas de casos de violência doméstica e/ou de gênero e de tráfico de pessoas.

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Acesso à assistência social

Em relação à divulgação, indicou que foram realizadas campanhas que abordaram o direito à assistência e à proteção social dos migrantes no último ano e que também foram realizadas ações informativas voltadas para migrantes acerca de temas como direito à assistência e proteção social, benefícios e serviços ofertados no âmbito local e funcionamento do SUAS. Além disso, indicou que tais ações buscaram celebrar a diversidade, fortalecer a sensibilidade cultural e coibir qualquer forma de discriminação.

Em relação aos dados, o governo local afirmou coletar e publicar dados desagregados sobre o perfil de acesso à assistência e à proteção social de migrantes, sempre respeitando o sigilo e anonimato do usuário. Esses dados são utilizados, conforme o governo local, para enxergar se há uma demanda reprimida no acesso a assistência e proteção social e para propor mudanças nos fluxos, programas e políticas do governo de acesso à assistência e à proteção social de migrantes.

Em relação à governança, o governo local indicou contar com setor ou referência local na gestão do acesso à assistência e à proteção social pelas pessoas migrantes, que trabalha em conjunto com outros setores e coordena demandas e ações com outras secretarias.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Acesso ao mercado de trabalho

Esta dimensão busca compreender se o governo local adota medidas para facilitar o acesso de migrantes ao mercado de trabalho (setor público, setor privado ou empreendedorismo).

Nesta dimensão, o governo local indicou que as pessoas migrantes têm acesso a uma central de vagas de emprego e a vagas nos setores público e privado. Também afirmou que o acesso ao mercado de trabalho é feito de forma desburocratizada e que adota medidas específicas de assistência ao empreendedorismo por migrantes. Também indica realizar ações para fomentar o acesso de mulheres migrantes ao mercado de trabalho.

Como sugestão de áreas com potencial de desenvolvimento futuro, destacamos a possibilidade de estabelecer orientações, fluxos ou protocolos para apoio à integração de migrantes ao mercado de trabalho, bem como capacitar os profissionais para identificar casos de trabalho em condições degradantes ou análogas à escravidão, exploração laboral e tráfico de pessoas, com o intuito de garantir uma integração segura e digna dos migrantes ao mercado de trabalho.

A oferta de capacitações, campanhas e a distribuição de materiais informativos que busquem celebrar a diversidade, fortalecer a sensibilidade cultural e coibir qualquer forma de discriminação também podem ser estratégias a serem adotadas pelo governo local.

Em relação à produção de dados, recomendamos que o governo local busque desenhar uma estratégia que permita enxergar se há uma demanda reprimida de acesso ao mercado de trabalho, a partir da coleta de dados desagregados sobre perfil de acesso e demandas das pessoas migrantes. Essa estratégia é importante para que o governo local possa estabelecer políticas para apoio à integração de migrantes ao mercado de trabalho.

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Acesso ao mercado de trabalho

Em relação à governança, o governo local indicou, ainda, haver setor ou referência local na gestão dedicado ao acesso ao mercado de trabalho pelas pessoas migrantes, que trabalha em conjunto com outros setores e coordena demandas e ações com outras secretarias.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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Acesso e acolhimento a vítimas de violência de gênero migrantes aos serviços de proteção

Esta dimensão busca compreender se o governo local adota medidas para facilitar o acesso e acolhimento de migrantes mulheres e LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais e assexuais) a serviços de proteção, tais como casas de acolhimento, canais telefônicos de apoio e delegacias especializadas.

Nesta dimensão, o governo local indicou ainda não ter ações em nenhuma área. Dessa forma, foram identificadas áreas com potencial de desenvolvimento futuro pelo município na dimensão de acesso e acolhimento a vítimas de violência de gênero migrantes aos serviços de proteção.

Em relação ao acesso, é importante que as mulheres e LGBTQIA+ migrantes tenham acesso a delegacias especializadas, casas de acolhimento e outros canais de proteção, como números telefônicos de apoio ou iniciativas locais que realizem essa acolhida. Uma ação possível para desenvolver essa dimensão é o estabelecimento de orientações, fluxos ou protocolos nos serviços de proteção para o acolhimento dessa população.

No âmbito de capacitação, é recomendado que sejam realizadas capacitações junto aos servidores dos serviços locais para que possam realizar comunicação em diferentes idiomas e também prestar acolhimento, respeitando a dimensão da diversidade cultural. Também podem ser realizadas ações informativas junto a mulheres e LGBTQIA+ migrantes que abordem temas como violência, mecanismos de denúncia de situações de violência, direitos das pessoas migrantes, não-discriminação e serviços de proteção disponíveis.

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Acesso e acolhimento a vítimas de violência de gênero migrantes aos serviços de proteção

No campo da produção de dados, uma ação possível é a coleta regular e a publicação de dados desagregados sobre acesso a serviços e demandas de proteção de mulheres e LGBTQIA+ migrantes, sempre respeitando o sigilo e anonimato do usuário. É importante que tais dados sejam utilizados para propor mudanças nos fluxos, programas e políticas do governo local na proteção de mulheres e LGBTQIA+ migrantes. Também é possível estabelecer um setor capacitado para acolher demandas de pessoas migrantes, bem como para receber e encaminhar denúncias de discriminação e xenofobia.

No âmbito da governança, é recomendada a designação de um setor ou referência local na gestão que se responsabilize por implementar ações para facilitar a proteção de mulheres e LGBTQIA+ migrantes, que atue também de forma conjunta com outros setores.

Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar experiências inspiradoras nesse documento.

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A partir dos resultados identificados através do Formulário de Diagnóstico, os governos locais foram convidados a indicar as prioridades para elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas relacionadas à migração durante o próximo período. Esse exercício foi feito através do preenchimento de uma Matriz de Priorização, que solicitava as seguintes informações para cada proposta prioritária: 1) Dimensão do MigraCidades priorizada; 2) Detalhamento das ações planejadas dentro da dimensão; 3) Justificativa; 4) Atores locais potencialmente envolvidos na execução e acompanhamento das ações priorizadas.

Como requisito, o governo local deveria incluir no mínimo três dimensões priorizadas, sendo necessariamente ao menos uma dimensão de governança institucional e uma de acesso a direitos. Não havia limite máximo para a priorização.

Prioridadesdo governo local

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Prioridadesdo governo local

DIMENSÃO PRIORIZADA

Estrutura institucional de governança e estratégia local

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

Instituir um Grupo de Trabalho Intersetorial/Câmara técnica para debater sobre o atendimento e acolhimento a migrantes e refugiados no âmbito da política de assistência social, articulando setores e complexidades (Proteção social básica e especial, de média e alta complexidade), a partir dos parâmetros já instituídos na Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Implementar equipamento de referência para o atendimento inicial a migrantes, que servirá como “porta de entrada” ao serviço de acolhimento institucional e servirá também como referência para oferta dos demais serviços e encaminhamentos para a rede de proteção.

JUSTIFICATIVA

Refletir a estrutura institucional de atendimento e acolhimento de migrantes e refugiados, não mais como algo “emergencial”, mas como uma política permanente, com a inclusão no Plano Plurianual do município, do planejamento anual da Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA) e como será o atendimento dos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) (de acordo com a territorialidade) para os migrantes e refugiados que residem em espaços de aluguel ou particulares.

ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO

Fundação Papa João XXIII (órgão Gestor da Assistência Social do município), Conselho municipal de Assistência Social, Conselho Tutelar, Secretaria municipal de Educação e Saúde, Organização Internacional para as Migrações (OIM), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

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DIMENSÃO PRIORIZADA

Capacitação de servidores públicos e sensibilização sobre direitos dos migrantes

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

Desenvolver uma agenda anual e temática de formação continuada para os servidores do atendimento direto os migrantes e refugiados, assim como para os coordenadores das complexidades, com oficinas, reuniões, mesas redondas etc.

JUSTIFICATIVA

Organização de uma equipe responsável pelo atendimento e acolhimento aos migrantes e refugiados com a presença de servidores efetivos de forma continuada.

ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO

Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Aldeias Infantis, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos de Assistência (Adra), Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde e órgãos sistema de garantia de direitos como o Conselho Tutelar.

Prioridadesdo governo local

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DIMENSÃO PRIORIZADA

Estrutura institucional de governança e estratégia local

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

Realizar reuniões entre as secretarias e coordenações municipais responsáveis pelo atendimento direto e indireto aos migrantes e refugiados.

JUSTIFICATIVA

Mobilizar e fomentar o debate e inclusão de forma transversal das políticas públicas de educação, saúde, geração de renda, culturais e de esporte e lazer, aos migrantes e refugiados.

ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO

Secretarias de Assistência Social, Educação, Saúde, Economia, Saneamento, além da Sociedade Civil (ONG, Universidade, etc.).

Prioridadesdo governo local

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Como citar esse documento:

MIGRACIDADES. Perfil de Governança Migratória Local do Município de Belém. Porto Alegre: Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2020.

As opiniões expressas nas publicações da Organização Internacional para as Migrações (OIM) são dos autores e não refletem necessariamente a opinião da OIM ou de qualquer outra organização à qual os participantes possam estar profissionalmente vinculados. As denominações utilizadas no presente relatório e a maneira como são apresentados os dados não implicam, por parte da OIM, qualquer opinião sobre a condição jurídica dos países, territórios, cidades ou áreas, ou mesmo de suas autoridades, nem tampouco a respeito da delimitação de suas fronteiras ou limites.

A OIM está comprometida com o princípio de que a migração segura, ordenada e digna beneficia os migrantes e a sociedade. Por seu caráter de organização intergovernamental, a OIM atua com seus parceiros da comunidade internacional para: ajudar a enfrentar os crescentes desafios da gestão da migração; fomentar a compreensão das questões migratórias; alentar o desenvolvimento social e econômico através da migração; e garantir o respeito à dignidade humana e ao bem‐estar dos migrantes.

Editorial

Organização Internacional para as Migrações (OIM) – BrasilSAS Quadra 05, Bloco N, Ed. OAB, 3º AndarBrasília-DF - [email protected]

CHEFE DE MISSÃO DA OIM NO BRASILStéphane Rostiaux

Expediente técnico

COORDENAÇÃO Isadora SteffensMarcelo TorellyRoberta Baggio

ANÁLISEAna Laura AnschauAnelise Dias

REVISÃOFabian Scholze DominguesPâmela Marconatto MarquesVerônica Korber Gonçalves

APOIO METODOLÓGICOLaura Boeira

BOLSISTAS DE EXTENSÃOAna Paula SantosJulia Silveira

© Organização Internacional para as Migrações (OIM)Esse relatório foi publicado sem edição formal pela OIM.

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Migra Cidades @migracidades

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