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 1 BARROCO NO BARROCO NO BRASIL BRASIL UNISC/ Universidade de Santa Cruz do Sul Curso de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias Disciplina Arquitetura no Brasil Prof a . Dra. Doris Maria M. de Bittencourt O pr oc es so de transformaçõ es econômicas, po ti ca s e so ciais que ocorreu na Eur opa a partir do século XII culminou, no século XVI com a grande revolução es pi ri tu al européia qu e contesta va a au torida de e o po der material de Roma. Nos séculos anteriores já tinham ocorrido diversas contestações, mas nenhuma atingiu às propor çõ es da Refo rma Protestante. A organização da Europa em est ados nacionais,através da aliança dos reis com a burguesia reduziu em gr ande pa rte a au to ri da de pa pal. Três as pe ctos contribuíram pa ra essa redu ção : A formão da Igrej a Angl icana . Re duçã o da co brança do s dí zi mos ( as mona rq uias na ci onai s absorviam a cob ran ça de impo sto s). Red ão da usura ( a Ig re ja dificulta va o de se nvol vi mento do comércio e das ati vidades ). Usura: Contrat o de em pr éstimo com a cl áusula em qu eo dev edor se obriga ao pagamento de jur os. A REFORMA PROTEST ANTE

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BARROCO NO BRASILUNISC/ Universidade de Santa Cruz do Sul Curso de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Engenharia, Arquitetura e Cincias Agrrias Disciplina Arquitetura no Brasil Profa. Dra. Doris Maria M. de Bittencourt

A REFORMA PROTESTANTEO processo de transformaes econmicas, polticas e sociais que ocorreu na Europa a partir do sculo XII culminou, no sculo XVI com a grande revoluo espiritual europia que contestava a autoridade e o poder material de Roma. Nos sculos anteriores j tinham ocorrido diversas contestaes, mas nenhuma atingiu s propores da Reforma Protestante. A organizao da Europa em estados nacionais, atravs da aliana dos reis com a burguesia reduziu em grande parte a autoridade papal. Trs aspectos contriburam para essa reduo: A formao da Igreja Anglicana. Reduo da cobrana dos dzimos ( as monarquias nacionais absorviam a cobrana de impostos). Reduo da usura ( a Igreja dificultava o desenvolvimento do comrcio e das atividades). Usura: Contrato de emprstimo com a clusula em que odevedor se obriga ao pagamento de juros.

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MARTINHO LUTERO E NOVO MUNDO PLURALISTA

Martinho Lutero e Erasmo de Roterd revoltaram-se contra os abusos da Igreja. Representam a crena na liberdade do homem. Essa diviso dentro da Igreja acabou com a concepo de um mundo unificado e absoluto. Para isso contriburam as descobertas de Galileu e Coprnico (1545), que afirmam que a terra no o centro do universo. O novo mundo que se apresenta pluralista e oferece ao indivduo mltiplas possibilidades de escolha: religiosas, econmicas, filosficas ou polticas.

A CONTRA REFORMA

O surgimento das igrejas anglicanas no sculo XVI provocou a reao da igreja catlica, que tomou medidas para reafirmar seus princpios morais. O jesutas organizados na Companhia de Jesus foram reconhecidos pelo papa e representaram o mais forte baluarte da Igreja contra o protestantismo de Lutero.

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BARROCOO perodo de caracteres anti-humanistas, se comparado com antios sculos anteriores, inicia-se em 1527. Na Itlia o Barroco iniciasurge aproximadamente em 1580. o momento fnebre do Maneirismo. Ele representa um tipo de produo artstica gerada em torno dos preceitos ideolgicos da Contra Reforma da Igreja. O Barroco liberao espacial, liberao mental das normas dos tratadistas, das normas da geometria e de tudo o que esttico. O Barroco liberta-se da simetria, e da oposio libertaentre espao interno e externo. A libertao do Barroco atinge um estado de esprito, que transcende a arquitetura dos sculos XVI e XVII, e adquire um significado sociolgico. O carter tpico do Barroco foi a ambigidade; enquanto o classicismo pretendia encarar a racionalidade e a sobriedade, o Barroco representava a inclinao para o dramtico e o frvolo, o classicismo pretendia apelar para a razo, enquanto o Barroco para a fantasia.

BARROCO NO BRASILO estilo barroco chega ao Brasil pelas mos dos portugueses, leigos e religiosos. Desenvolveu-se no sculo XVIII, 100 anos aps o surgimento do Barroco na Europa, estendendo-se at as duas primeiras dcadas do sculo XIX. No Brasil, se constitui em uma mistura de tendncias barrocas portuguesas, francesas, italianas e espanholas. Essa mistura de elementos populares e eruditos produzido nas confrarias artesanais permitiu o ressurgimento de formas como o gtico tardio alemo na obra de Aleijadinho (1730-1814). O movimento atinge o auge em 1760, principalmente com a variao rococ do barroco mineiro. ( ENCICLOPDIA, 2003)

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BARROCO NO BRASILAs primeiras manifestaes do esprito barroco no resto do pas esto presentes em fachadas e frontes, na decorao de igrejas, de meados do sculo XVII. A talha barroca dourada em ouro, de estilo portugus, espalha-se pela Igreja e Mosteiro de So Bento do Rio de Janeiro, construda entre 1633 e 1691. Os motivos folheares, os anjinhos e pssaros, a figura da Virgem no retbulomor, projetam um ambiente barroco no interior de uma arquitetura clssica. A vegetao barroca foi introduzida na Bahia em fins do sc. XVII na decorao, por exemplo, da antiga Igreja dos Jesutas, atual Igreja Catedral Baslica, cuja construo da capela-mor, com seus cachos de uva, pssaros, flores tropicais e anjos-meninos, data de 1665-1670. No Recife destaca-se a chamada Capela Dourada ou Capela dos Novios da Ordem Terceira de So Francisco de Assis, idealizada no apogeu econmico de Pernambuco, em 1696, e finalizada em 1724. ( ENCICLOPDIA, 2003)

BARROCO NO BRASILEntre os 1700 e 1730 as fachadas so trabalhadas com vegetao de pedra esculpida, imitando retbulos, na lgica da ornamentao barroca. Em 1703 o dinamismo conquista o exterior na fachada em estilo da Igreja da Ordem Terceira de So Francisco da Penitncia, em Salvador. No entanto, essa exuberncia uma exceo no barroco brasileiro, mesmo em seu perodo ureo as igrejas barrocas so caracterizadas pelo contraste entre a simplicidade exterior e as ricas decoraes interiores. Esses primeiros 30 anos marcam a difuso no Brasil do estilo "nacional portugus", sem grandes variaes nas diversas regies . (ENCICLOPDIA, 2003)

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BARROCO NO BRASILEntre 1730 e 1760 surge um novo ciclo de desenvolvimento do Barroco, predominando o estilo joanino, cuja origem remonta ao barroco romano. H uma barroquizao da arquitetura com a construo de naves poligonais e plantas em elipses entrelaadas. Destaca-se a atuao dos Destacaartistas portugueses Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito. Em meados do sculo XVIII, com a estagnao do Nordeste, o foco volta-se voltapara o Rio de Janeiro; com exceo de Pernambuco, que conhece o estilo rococ na segunda metade do sculo. O Rio transforma-se na capital da colnia em 1763, e a regio de Minas transformaGerais, desenvolve-se s custas do ouro (1695) e diamante (1730). No por desenvolveacaso, dois dos maiores artistas barrocos brasileiros trabalham exatamente nesse perodo: Mestre Valentim (1745-1813), no Rio de Janeiro, (1745e o Aleijadinho, em Ouro Preto e adjacncias. A expresso mais original do barroco brasileiro manifesta-se no estilo manifestarococ mineiro (a partir de 1760). A religiosidade popular, patrocinada pelas associaes laicas, gera belssimas igrejas em planos circulares, com decorao em pedra-sabo. As construes monumentais so pedrasubstitudas por templos de dimenses singelas e decorao requintada, mais apropriados espiritualidade e s condies materiais do povo da regio.

BARROCO NO BRASIL Um dos melhores exemplos a Igreja da Ordem Terceira de So Francisco de Assis da Penitncia (1767), cujo risco, frontispcio, retbulos laterais e do altar-mor, plpitos e lavabo so de autoria de Aleijadinho. A pintura ilusionista do teto da nave (1802) de Manoel da Costa Athade (1762-1830). Destaca-se a parceria de dois artistas nas esculturas de madeira policromada (17961799) representando os Passos da Paixo de Cristo para o Santurio do Bom Jesus dos Matozinhos, em Congonhas do Campo. No adro desse santurio, Aleijadinho deixa o testemunho mais eloqente de seu talento artstico: seus 12 Profetas de pedra-sabo (18001805).

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BARROCO NO BRASIL No Rio de Janeiro a presena lusitana se faz sentir mais fortemente. Distingue-se das outras cidades pela tendncia sobriedade neoclssica, reforada pelas influncias no Brasil da reforma pombalina. Na arte civil (por exemplo: Passeio Pblico, de 1779-1785 e Chafariz da Pirmide, de 1789) e sacra de Mestre Valentim o perfeito equilbrio entre os postulados racionais do classicismo, a dinmica e grandiloqncia do barroco e um certo sentido de preciosismo e delicadeza da esttica rococ, sintetiza brilhantemente o esprito da arte carioca da segunda metade do sculo XVIII. ( ENCICLOPDIA)

BARROCO NA BAHIA

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TERREIRO DE JESUS / SALVADORA praa 15 de Novembro, mais conhecida como Terreiro de Jesus por causa da Igreja dos Jesutas (atual Catedral Baslica), mantm caractersticas urbanas dos sculos passados, com sobrados e trs igrejas testemunham a poca urea em que Salvador foi capital da colnia. No centro da praa, h um chafariz de origem francesa (1855), todo em ferro fundido, representa a deusa Ceres, da agricultura.

CATEDRAL BASLICA, ANTIGA IGREJA DOS JESUTAS / SALVADORIgreja do antigo Colgio de Coimbra, atual S Nova

A Catedral Baslica de Salvador obedece ao partido das igrejas jesuticas portuguesas, So Roque, de Lisboa, Esprito Santo de vora: possuem nave nica, coberta de bero , ladeada por capelas laterais; ausncia de transepto e cpula; na cabeceira da nave, uma capela mor pequena e duas capelas colaterais . (TELES, 1982, p. 75.) O frontispcio subdividido por pilastras segue o partido de origem portuguesa como o das igreja do antigo Colgio de Coimbra, atual S Nova. (TELES, 1982, p. 75.)

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PARTIDO DAS IGREJAS JESUTICAS PORTUGUESAS

Igreja Esprito Santo, de vora

Igreja So Roque, de Lisboa

CATEDRAL BASLICA, ANTIGA IGREJA DOS JESUTAS / SALVADORConsiderada um cone da arte barroca no Brasil, a catedral um dos quatro templos do Colgio dos Jesutas. Foi construda no incio do sculo XVIII. revestida interna e externamente com pedra de lioz e possui duas torres em madeira. Na fachada, os nichos sobre as portas da igreja apresentam imagens de trs santos jesutas - Santo Incio de Loyola, S. Francisco Xavier (padroeiro de Salvador) e S. Francisco de Borja. Sua importncia histrica est vinculada aos episdios que ali decorreram, como a morte do Padre Antnio Vieira e o tmulo de Mem de S, terceiro governador geral do Brasil.

Frontispcio dividido por cimalhas e e pilastras segue partido de igrejas portuguesas: Igreja do Antigo Colgio de Coimbra, atual S Nova.

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CATEDRAL BASLICA, ANTIGA IGREJA DOS JESUTAS, SALVADORTodo o patrimnio est bem conservado no Museu da Catedral. No interior, as talhas dos altares contam a histria da evoluo dos estilos da arquitetura na Bahia. Numa das celas da Catedral morreu, no dia 18 de julho de 1697, o padre Antnio Vieira cujos sermes o levaram condenao pela Inquisio. O prdio abriga o Museu da Catedral, com acervo de peas dos sculos XVI ao XX, ourivesaria e prataria. Destaque para a tela de Nossa Senhora de So Lucas e os altares dos Santos Mrtires e das Virgens Mrtires provenientes da primitiva Igreja do Colgio dos Jesutas, ambos datados do sculo XVI.

Localizao - Terreiro de Jesus Centro Histrico de Salvador

IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO / SALVADOR

O templo da Ordem Terceira de So Francisco, foi reconstrudo em 1702 por Domingos Pires de Carvalho, rico comerciante, oriundo de tradicional famlia de So Pedro de Serzedelo, freguesia do Arcebispo de Braga, na provncia do Minho, em Portugal, que mandou vir da Europa, s suas custas a maravilhosa fachada de cantaria lavrada. o exemplar nico no Brasil, de estilo plateresco, de que so modelos perfeitos a Universidade de Salamanca, a Igreja de So Gregrio de Valadolid, Toledo e Sevilha.

Localizao - Terreiro de Jesus - Centro Histrico de Salvador

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IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO, SALVADORFoi obra do arquiteto Gabriel Monteiro, em 1703. A fachada em estilo barroco espanhol. O frontispcio possui um trabalho cinzelado em esculturas de arenito, tratado maneira de entalhe em madeira. considerada a mais bela e caso nico no Brasil. Nesse sentido a igreja semelhante ao Solar dos Saldanha. O interior recoberto de ouro, azulejos e pinturas da poca. O ptio decorado com painis de azulejos portugueses dos sculos XVII e XVIII, representando o casamento de D. Jos, filho de D. Joo V e a paisagem de Lisboa antes do terremoto de 1755. Atualmente abriga o Museu de Arte Sacra. Fica localizada na Rua Incio Accioli, no Pelourinho.

IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO, SALVADOR

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IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO / SALVADORO retrato do Coronel Domingos Pires de Carvalho, em tamanho natural, que orna a Secretaria da igreja, farfalhantemente vestido como um general de Luiz XIV, obra do pintor Loureno Veloso, notvel, tanto por seu acabamento artstico, quanto pela valia descritiva das mincias do vesturio, armas e ornamentos, que o erguem, a um dos mais preciosos documentos iconogrficos do sculo XVIII. Foi Domingos Pires de Carvalho o fundador, na Bahia, da famlia Pires de Carvalho e Albuquerque, entrelaando-se com o tronco dos vilas, herdeira da Casa da Torre, juntando assim, vultosos bens aos dois ramos. A planta tpica das igrejas do incio do sculo XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas. O teto da nave em concepo ilusionista e os painis do Salo Nobre so atribudos a Jos Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de So Domingos.

IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO/ SALVADORA igreja vizinha a outra de So Francisco, data de 1702. Sua 1702. esplndida fachada em pedra lavrada o nico exemplar no Brasil e remete ao barroco espanhol. O desenho de Gabriel espanhol. Ribeiro, considerado um dos introdutores do barroco na Bahia. Bahia. Por algum tempo, a fachada esteve encoberta com argamassa e, somente no incio do sculo XX, durante servios de implantao da rede eltrica na rea, foi redescoberto o seu desenho original. Nos tetos, existem belas pinturas criadas em original. 1831 por Franco Velasco

Localizao - Terreiro de Jesus - Centro Histrico de Salvador

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IGREJA E CONVENTO DE SO FRANCISCO/ SALVADOR

Igreja e Convento de So Francisco em Salvador foi construda em 1723, seu interior todo revestido em ouro e jacarand. Reproduz a lenda do nascimento de So Francisco e sua renncia a bens materiais. Fica localizada na Praa Padre Anchieta. Possui pinturas barrocas.

IGREJA E CONVENTO DE SO FRANCISCO/ SALVADOR

O Convento franciscano segue os modelos franciscanos do Nordeste e da Bahia; os claustros se abrem para o ptio central. As paredes e guarda corpo so revestidos de barras de azulejos, o maior conjunto do Brasil. A portaria, consistrio , biblioteca e sacristia tm exuberante decorao de talhas douradas .

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IGREJA E CONVENTO DO CARMO/ SALVADOR IGREJA E CONVENTO DO CARMO/ SALVADORO conjunto arquitetnico foi iniciado no sculo XVII, de 1723, possui grande valor monumental, compreendendo. Convento, Igreja e Ordem Terceira. Apresenta o mesmo plano das igrejas jesutas. O convento foi palco de importantes acontecimentos da histria da cidade relacionados com a invaso holandesa e a Independncia da Bahia. Possui frontal de prata macia. A sacristia da fase rococ.

Localizao - Rua do Carmo, Carmo - Centro Histrico de Salvador

IGREJA E CONVENTO DO CARMO/ SALVADOR

A principal atrao do convento a escultura Cristo Atado coluna, de Francisco das Chagas, o Cabra, como foi danificada e recuperada recentemente, ainda no est exposta ao pblico. Abriga o Museu de Arte Sacra

Ladeira que leva Igreja e Convento do Carmo

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IGREJA DO NOSSO SENHOR DO BONFIM / SALVADOR

Nas igrejas da segunda metade do sculo XVIII, incio da ltima fase do barroco, h uma reduo do volume e as igrejas tornam-se mais graciosas. Nesse perodo o governo-geral se transfere para o Rio de Janeiro. O partido arquitetnico permanece com com as igrejas-salo, ladeadas por corredores em dois pisos e as fachadas so limitadas por cimalhas horizontais. Localizada no alto da Colina Sagrada, na Cidade Baixa. a mais popular igreja baiana foi concluda em 1772. Fica localizada na Praa Senhor do Bonfim, na Cidade Baixa

IGREJA DO NOSSO SENHOR DO BONFIM / SALVADOR. A fachada parcialmente coberta por azulejos brancos portugueses, que chegaram igreja cem anos depois da construo. A fachada rococ e o interior, neoclssico. Os anjos, homens e as nuvens csmicas do teto foram pintados entre 1818 e 1820 por Franco Velasco.

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IGREJA DO NOSSO SENHOR DO BONFIM / SALVADORNo altar-mor, est a imagem do Bonfim - o que cura doenas e salva vidas. Tornou-se clebre a sala dos Milagres que reunia impressionantes ex-votos (como cabeas, pernas e braos de cera, madeira, ouro, prata e pedras preciosas), atualmente expostos no Museu de Ex-votos, em outra dependncia da igreja, no pavimento superior. O painel do teto, de Francisco Velasco, mostra um ex-voto, nufragos agradecendo a senhor do Bonfim, por terem sobrevivido. Outra relquia da Igreja a bela coleo de quadros de Jos Tehfilo, um dos pintores baianos mais famosos do final do sculo XVIII, incio do sculo XIX. Os quadros esto expostos na sacristia e no Museu dos Ex-votos.

IGREJA E BASLICA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIO DA PRAIA, SALVADOR, BAHIAA Igreja uma das mais populares de Salvador. Data do incio do sculo XVIII. Sua planta diferente; os cantos da nave so chanfrados e nela se inserem as torres sineiras de tal forma que uma diagonal de suas bases coincide com o alinhamento da fachada, ficando ambas com um cunhal para a frente ( TELES, 1982, p. 81).

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IGREJA E BASLICA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIO DA PRAIA, SALVADOR, BAHIAA devoo N. S. da Conceio coincide com a origem de Salvador, O governador Tom de Souza mandou construir a primeira capela de N. S. da Conceio em taipa, em seu louvor. Seu projeto do engenheiro militar Manuel Cardoso de Saldanha, de 1739. Foi executada em cantaria, em Lisboa, pelo mestre de obras Eugnio da Mota. As pedras foram numeradas para evitar confuso e transportadas para a Bahia. O mestre comeou a montar o quebra-cabea, as peas custavam tanto a chegar que ele acabou morrendo. Seu filho continuou a obra e tambm acabou falecendo.

IGREJA E BASLICA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIO DA PRAIA, SALVADOR, BAHIAEm 1820, o neto do mestre finalmente concluiu o trabalho. A igreja foi elevada categoria de baslica em 1946. No teto encontra-se a mais notvel pintura da escola baiana (1773), de autoria de Jos Joaquim da Rocha, fundador da escola baiana de Pintura e principal pintor sacro brasileiro. considerado o mais belo entre as igrejas brasileiras. A tcnica de Rocha baseada no pintor italiano Andra Pozzo, era "alongar" as paredes da igreja at uma abertura pintada no forro, que mostra o cu, onde a corte celeste plena, voltada para os fiis. Localizao - Comrcio- Cidade Baixa

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IGREJA DE SO PEDRO DOS CLRIGOS/ SALVADOR

A Igreja de So Pedro dos Clrigos foi construda no incio do sculo XIX, apresenta planta tpica do comeo do sculo XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas. O frontispcio em estilo rococ tardio e a decorao interior apresenta uma transio entre o rococ e o neoclssico, com grande painel no teto, alm de altar-mor.

Localizao - Terreiro de Jesus - Centro Histrico de Salvador

IGREJA DE SO PEDRO DOS CLRIGOS, SALVADOR uma das muitas igrejas construdas no estilo rococ dos sculo XVII e XVIII. Possui somente uma torre porque, se a outra fosse construda, a igreja seria considerada como concluda. A igreja foi construda no incio do sculo XIX, apresenta planta tpica do comeo do sculo XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas. O frontispcio em estilo rococ tardio e a decorao interior apresenta uma transio entre o rococ e o neoclssico, com grande painel no teto, alm de altar-mor.

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IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SO DOMINGOS DE GUSMOIgreja da Ordem Terceira de So Domingos Iniciada em 1731 e concluda seis anos depois, possui fachada em estilo rococ e talha atual neoclssica. A planta tpica das igrejas do incio do sculo XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas. O teto da nave em concepo ilusionista e os painis do Salo Nobre so atribudos a Jos Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de So Domingos.

IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSRIO DOS PRETOSFoi iniciada nos primeiros anos do sculo XVIII pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosrio dos Homens Pretos do Pelourinho, precisou de quase um sculo para ser concluda e tingir de azul o corao do Centro Histrico. A fachada, com fronto rococ, rene trabalhos delicados e belssimas torres. Destacam-se em seu interior, os painis de azulejos, os altares neo-clssicos e trs imagens do sculo XVIII - de Nossa Senhora do Rosrio, So Antnio de Cartegerona e So Benedito. Nos fundos, localiza-se um antigo cemitrio de escravos.O painel do teto de Jos Joaquim da Rocha. Localizao - Pelourinho - Centro Histrico

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IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSRIO DOS PRETOS

IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO / SALVADORO projeto atribudo ao frei Macrio de S. Joo - o mesmo autor da igreja e convento de Santa Teresa, da Cmara dos Vereadores e do Largo da Misericrdia. O plano mais complexo que os exemplos citados. A igreja possui uma nave ladeada por capelas laterais . Apresenta transepto, cruzeiro com cpula e capela-mor maneira de Gsu em Roma. Embora iniciada no sculo XVII, sua construo s foi finalizada no sculo XX. A igreja guarda duas belas imagens em tamanho natural de N. S. das Angstias e do Senhor Morto.

Localizao - Largo de So Bento - Centro

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IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO / SALVADOR

O mosteiro possui uma das maiores bibliotecas do Brasil, com cerca de 300 mil volumes. Entre as raridades, volumes. encontramencontram-se incunbulos (livros do incio da arte da impresso) e um Evangelho de 1504. 1504.

IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO / SALVADOR

Localizao - Largo de So Bento - Centro

O museu do mosteiro - que por mais de 400 anos, acumulou um acervo de imagens, pinturas, mobilirio, ourivesaria, cristais e porcelanas do sculos XVII e XVIII pode ser visitado e tem como destaques o So Pedro Arrependido, em barro cozido, de autoria de Frei Agostinho da Piedade, e o Senhor Bonfim dos Martrios, um leo sobre tela, de autoria de Frei Ricardo do Pilar, ambos do sculo XVII.

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IGREJA DO SANTSSIMO SACRAMENTO DA RUA DO PASSO/ SALVADORFoi construda no incio do sculo XVIII, sofreu, cem anos depois, grandes mudanas internas nos retbulos e arremates do forro. A escadaria, que faz a ligao da igreja com a ladeira do Carmo, foi aberta ao sculo XIX para dar mais imponncia ao templo, antes escondido na rua estreita. Internamente, pode-se destacar um ossurio situado por baixo das escadas. O escritor baiano Dias Gomes ambientou sua famosa obra "O Pagador de Promessas", no local. O filme de mesmo nome ganhou a "Palma de Ouro", em Cannes, no incio da dcada de 60.Atualmente est igreja encontra-se fechada para reforma, sem previso de ser reaberta. Mesmo assim, vale a pena visitar o local.

Centro Histrico de Salvador

IGREJA E SANTA CASA DE MISERICRDIAA Igreja e Santa Casa de Misericrdia foi influenciada pelo arquiteto beneditino Frei Macrio de So Joo. de nave nica, predomina a altura. Os altares laterais esto embutidos nas paredes. O altar-mor tem talha setecentista e coroamento em dossel.

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IGREJA DE SANTO ANTONIO DO CARMO, SALVADOR

CONJUNTO DO PELOURINHO, SALVADOR

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BARROCO : CAPELAS ALPENDRADAS

Capelas alpendradasGilberto Freire em Casa\Grande e Senzala Casa\ afirmava: Se a casa-grande absorveu das casaigrejas e conventos valores e recursos de tcnica, tambm as igrejas assimilaram caracteres da casa-grande: o copiar, por casaexemplo. Nada mais interessante que certas igrejas do interior do Brasil com alpendre na frente ou dos lados como qualquer residncia.

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Capelas alpendradasLus Saia rejeita a tese de Gilberto Freire afirmando que era visvel a diferena na execuo e na tcnica do alpendre na residncia e na igreja. Joaquim Cardoso defendia a tese de Freyre e afirmava que : quando a capela ficava dentro de casa, localizava-se num recanto da varanda, localizavaque fazia as vezes de nartex, e quando saiu dessa posio levou consigo a varanda.

Capelas alpendradasNartex Segundo o Dicionrio Corona & Lemos, designa, antigamente, a galeria alpendrada na frente das igrejas, onde eram reunidos os catecmenos, os energmenos e penitentes impedidos, por razes de ordem religiosa, de adentrar nave do templo. Hoje em dia o termo designa qualquer prtico ou entrada da igreja.

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Capelas alpendradasLuis Saia terminou aceitando a sugesto de Freyre, de que as capelas herdaram seu alpendre das casas grandes, como o exemplo da Capela de So Roque de Serinham. Ou ainda a capela do engenho Caieiras, em Sergipe.

Capelas alpendradasSe a casa-grande absorveu das igrejas e conventos casavalores e recursos de tcnica, tambm as igrejas assimilaram caracteres da casa-grande: o copiar, por casaexemplo. Nada mais interessante que certas igrejas do interior do Brasil com alpendre na frente ou dos lados como qualquer casa de residncia. Existem vrias - em Pernambuco, na Paraba, em So Paulo. Bem caracterstica a de So Roque de Serinham. Serinham. Ainda mais: a capela do engenho Caieiras, em Sergipe, cuja fisionomia inteiramente domstica. E em So Paulo, a igrejinha de So Miguel, ainda dos tempos coloniais.

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Capelas alpendradasGnese dos alpendres das capelas portuguesas

Capelas alpendradasGnese dos alpendres das capelas portuguesas: Desde o sculo X, em Portugal foram encontradas capelas com estruturas fechadas que precedem as naves. Evoluram para alpendres de planta quadrada recobertos por telhados de trs guas, e pelo alpendre de meiagua envolvendo dois ou meia mais lados do templo, ambos suportados por colunas toscanas. Desde cedo surge a tendncia de abrir a caixa cega do saguo atravs do vazamento dos arcos. Os alpendres luso-brasileiros resultam da evoluo da pronau fechada ou lusosaguo que protegia o santurio da indiscrio de estranhos. A origem fica nas regies portuguesas conquistadas aos rabes. As capelas possuam o alpendre ou copiar, junto ao portal de entrada. Copiar um termo tupi que na linguagem corrente equivale tacania portuguesa, parte triangular dos telhados de 3 ou 4 guas. O emprego do nome vernacular denota a semelhana entre os alpendres portuguesas e os alpendres indgenas.

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Capelas alpendradas

Capela avarandada do Engenho Caieiras, 1750

Capelas alpendradasAssim, os alpendres foram transplantados para o Brasil sob duas formas: 1) O primeiro, batizado como copiar: construo de planta quadrada coberta por telhado de 3 copiar: guas , eventualmente de 2 guas, sustentado por pilares de forma quadrada ou circular que se contrape ao frontispcio da fachada. 2) galeria coberta por telhado de meia-gua sustentado por pilares, ou eventualmente por meiaarcos, desenvolvida ao longo da fachada principal e lateral de um templo e freqentemente em 3 lados. Exemplos: Bahia. Capela de Mont-Serrat (1650-1679) Mont(1650Capela avarandada do Engenho Caieiras, Sergipe, 1750 Capela Nossa Senhora da Conceio, em Nazar, 1742 Do sculo XIX: Capela N. S. das Vitrias, no Asilo dos Expostos, em Salvador, obra neogtica do ltimo tero do sculo XIX, com copiar sustentado por arcos. Capela de So Roque, em Serinham, Pernambuco, reconstruda no sculo XVIII. Capela de SantAna, da Fazenda Coluband, em So Gonalo, construda no sculo XVIII. Capela N. S. da Guia, Cabo Frio, 1740 Capela do Bonfim, Angra dos Reis, 1780

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Capelas alpendradasCapelas alpendradas em So Paulo: Segundo Carlos Lemos, as capelas alpendradas luso-brasileiras foram lusorecriadas ou redescobertas por pessoas que desconheciam as antigas razes de sua existncia.O alpendre seria para enfeitar a capela, ou para abrigar as pessoas, ou para a realizao de festas. Exemplos: Capela de Santo Antonio, em So Roque.Jos de Gois, um milionrio paulista queria licena para casar com sua prima Ana Ribeiro de Almeida; argumentando que seus avoengos e parentes colaterais tinham levantado vrias igrejas, entre as quais as de Santo Antonio e de N. S. da Conceio, no Morro Voturuna.

Capela de Santo Antonio, em So RoqueLocalizao: Estrada Mrio de Andrade Histrico e particularidade: em 1682, o capito Ferno Paes Barros erigiu uma capela particular cerca de sua residncia. A capela apresenta corpo principal de taipa de pilo, parede divisria de pau-apique e torre sineira de pedra, com argamassa de barro, alm de fachada vazada e alpendrada, de influncia mourisca. A decorao interior formada de um altar-mor de talha dourada, dois altares laterais ornados com baixosrelevos de influncia indgena, um plpito com guia bicfala, uma tribuna com balaustrada e coro. Os tetos so ornados com pinturas de brutescos ilustrando ramnculos, restaurados em 1999.

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Capelas alpendradasCapelas alpendradas em So Paulo: Exemplos: Capela de Santo ngelo, So PauloFoi construda em 1738, perto de Mogi das Cruzes possui duas varandas ou corredores laterais que ladeiam a nave. Seu traado foi calcado no primitivo risco da antiga capela de So Miguel, em Urura.

IGREJA E CONVENTO DE NOSSA SENHORA DAS NEVES E ORDEM TERCEIRA DE SO FRANCISCO/ OLINDA, PERNAMBUCO, 1585Projeto: frei Francisco dos SantosHistrico e particularidade: a construo do convento teve incio em 1585. Com a invaso holandesa, em 1631, o edifcio foi seriamente danificado e abandonado. Aps sua reconstruo, no sculo XVIII, tornou-se um dos mais belos conjuntos erguidos no Brasil. A igreja apresenta elementos arquitetnicos raramente utilizados na regio, como a galil e a arcada. O convento contguo igreja, esquerda, com trs pavimentos. A igreja de estilo barroco, com nave nica e capela lateral. O interior da nave composto por forro em gamela, com pintura sobre painis e paredes decoradas por azulejos em azul e branco, vindos de Portugal. Possui uma das mais belas sacristias franciscanas.

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IGREJA DE SO BENTO, 1599/ OLINDA, PERNAMBUCO

Projeto: Francisco Nunes Soares (frontispcio, 1761) Histrico e particularidade: as obras do mosteiro dos beneditinos foram iniciadas em 1599. O primeiro prdio foi destrudo pelos holandeses, em 1631, e reerguido na segunda metade do sculo XVII. A igreja do mosteiro tambm foi construda em distintas pocas, conforme apontam as diferentes datas encontradas em seu interior. Em 1860, o mosteiro sofreu restaurao completa, destacando-se a ampla capela-mor e todo seu douramento. O convento formado por dois pavimentos, telhado com beiral e platibanda para o claustro. As janelas e portas do claustro so de vergas em meio arco abatido e gradil de ferro nas janelas do pavimento superior, como as da fachada externa. A igreja feita de nave nica, apresenta frontispcio bem vazado por portada simples e culo centrado entre as janelas do coro. O cornijamento curvo,encimado por fronto em volutas, com braso no tmpano, cruz e pinculos. Sobre os plpitos fartamente trabalhados encontam-se preciosos baldaquinos com dossis. Motivos contuais dominam a pintura do teto. As janelas da igreja possuem guarda-corpos decorados. O retbulo e toda a talha so inspirados no Convento de So Bento de Tibes, Portugal. No altarmor, as esculturas de So Gregrio e Santa Escolstica so de mestre Gregrio.

IGREJA DOS REIS MAGOS, NOVA ALMEIDA, 1615/ ESPRITO SANTOProjeto: irmo Francisco (atribudo) Dias

Histrico e particularidades: esta igreja dos jesutas data de 1580 a formao da aldeia em Nova Almeida e a nica que mantm a urbanizao jesutica. A igreja e a residncia foram construdas num outeiro que ocupava a a embocadura do Rio dos Reis Magos, em 1615. A igreja de nave nica. O retbulo do altar-mor, ornado com colunas salomnicas, volutas e motivos marinhos, enquadrando uma pintura da Adorao dos Reis Magos, data de 1700.

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IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO; MOSTEIRO (1617), IGREJA ( 1633)/ RIO DE JANEIROProjeto: Francisco Frias de Mesquita e frei Bernardo de So Bento Histrico e particularidade: a igreja comeou a ser construda em 1633, e foi concluda em 1691. O frotispcio est dividido em trs corpos. A fachada principal mais destacada e trs arcos em cantaria, que so fechados por portes de ferro que datam de 1880, formam a galil. O corpo central da igreja dividido verticalmente em trs partes por pilastras de cantaria. O edifcio parece no ter base, causando a impresso de nascer do solo. A igreja formada por uma nave com duas ordens de capelas laterais e capela-mor.

IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO; MOSTEIRO (1617), IGREJA ( 1633)/ RIO DE JANEIROA capela-mor abriga o altar de Nossa Senhora do Monte Serrate e tambm as imagens de So Bento e Santa Escolstica. O autor do projeto de revestimento da igreja foi o frei Domingos da Conceio. Mas outros mestres tambm trabalharam nele: Incio Ferreira Pinto, Alexandre Machado Pereira, Jos da Conceio e Simo da Cunha. Mestre Valentim desenhou os lampadrios de prata e Martinho de Brito os executou. Parte do Mosteiro foi reconstrudo conforme o risco do brigadeiro Jos Fernandes de Alpoim. Ganha relevo, em meio coleo de pinturas, o Senhor dos Martrios da sacristia e os painis da capela-mor, de frei Ricardo do Pilar.

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IGREJA DE SO PEDRO DOS CLRIGOS, RECIFE, PERNAMBUCOA Igreja de 1728, no ano seguinte estavam concludos o consistrio, a capela-mor e a sacristia. O corpo da igreja e a parte central da fachada ficaram prontos em 1759, depois vieram as duas torres. As talhas originais desapareceram aps a reforma completa ocorrida em 1858, que dotou a igreja de um estilo neoclssico monumental. a nica igreja de partido poligonal do Nordeste. No frontispcio, de linhas verticais, apresenta monumental portada barroca, com excelente trabalho em cantaria. O corpo central, alm da portada, apresenta janela em meio arco abatido, com balastres e adornos em cantaria que se unem portada. Cunhais em pedras regulares. As janelas do coro esto inseridas nas torres, com balastres e ornatos de cantaria. Acima destas e abaixo do cornijamento reto h uma janela de verga reta em cada torre, com sobreverga curva.

Igreja de So Pedro dos Clrigos O fronto, em volutas, possui pinculos e cruz, alm de imagem de So Pedro no nicho do tmpano. As janelas sineiras so em arco pleno e o coroamento das torres por balaustrada, pinculos e cpula de arestas sobre base prismtica . O forro pintado e os plpitos so entalhados no estilo D. Joo V. A capela-mor, a nave e a base do altar-mor obedecem ao mesmo estilo. As esculturas foram inspiradas na Capela-mor de So Bento de Olinda. Os altares da nave, o altar-mor e as curiosas abbadas ogivais imitam o Carmo

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IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GLRIA DO OUTEIRO, RIO DE JANEIROA igreja foi construda no centro do adro, formada por dois octgonos irregulares, alongados e interligados, antecedidos pela base quadrada da torre sineira, cujo p lhe serve de prtico. A prtico. silhueta barroca definida pelas sucessivas pilastras. pilastras. Representa a introduo das plantas poligonais alongadas barrocas. barrocas. Existe discordncia em relao autoria e data da construo da igreja. A mais corrente afirma que as obras datam da segunda metade do sculo XVIII (em torno de 1714) e que foram confiadas ao engenheiro e arquiteto, Tenente-Coronel Jos Cardoso de Ramalho, nomeado por D. Joo V para o posto de Capito de Infantaria da Capitania do Rio de Janeiro. Ficou pronta em 1739.

IGREJA DE SO FRANCISCO DE PAULA, RIO DE JANEIROA Igreja de So Francisco de Paula de nave nica, ladeada por corredores. A maioria das igrejas edificadas no sculo XVIII de grande porte, de nave nica , extremamente larga, ladeada por corredores que vo do frontispcio sacristia, situada nos fundos da capela-mor. No Rio de Janeiro destacam-se a da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Primeiro de Maro, a de Nossa Senhora do Rosrio dos Homens Pretos e a de So Benedito, na Rua Uruguaiana.

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IGREJA DE SANTA CRUZ DOS MILITARES, RIO DE JANEIROA Igreja de Santa Cruz dos Militares de autoria do Brigadeiro Jos Custdio de S e Faria. No frontispcio revive as frontarias italianas derivadas da Igreja de Ges em Roma . As talhas de seu interior so de Mestre Valentim. Muitas foram destrudas pelo incndio de 1923.

IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIO DE VIAMO, RS

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IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIO DE VIAMO, RS

IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIO DE VIAMO, RS

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IGREJA MATRIZ DE SANTO AMARO, SANTO AMARO, RS

IGREJA MATRIZ DE SANTO AMARO, SANTO AMARO, RS

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