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MICROECONOMIA II 1EC110 (2017-18) João Correia da Silva ([email protected]) 11-02-2018

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Page 1: MICROECONOMIA II 1EC110 Bibliografia Principal: Besanko, David and Ronald R. Braeutigam (2015): “Microeconomics”, 5 th ed., Wiley. Bibliografia Complementar: ... AVALIAÇÃO Avaliação

MICROECONOMIA II 1EC110

(2017-18)

João Correia da Silva ([email protected]) 11-02-2018

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1.   A EMPRESA

1.1. Tecnologia de produção 1.2.1. Minimização do Custo 1.2.2. Análise dos Custos

2.   ESTRUTURAS DE MERCADO

2.1. Concorrência Perfeita 2.2. Monopólio

PROGRAMA

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BIBLIOGRAFIA

Bibliografia Principal:

Besanko, David and Ronald R. Braeutigam (2015): “Microeconomics”, 5th ed., Wiley. Bibliografia Complementar:

Barbot, Cristina e Alberto Castro (1997): “Microeconomia”, 2a ed., McGrawHill. Varian, Hal (2010): “Microeconomia Intermédia”, 8a ed., Verlag Dashofer.

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AVALIAÇÃO

Avaliação Distribuída:

1º teste: Capítulo 1 (16 Mar 2018, 15h) 2º teste: Capítulo 2.1 (20 Abr 2018, 15h) 3º teste: Capítulo 2.2 (11 Jun 2018, 8h30) Nota mínima em cada teste: 7,0 valores. O 1º e o 2º teste não são vinculativos.

Exame final:

Época Normal (11 Jun 2018, 8h30) Época de Recurso (27 Jun 2018, 11h30)

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1. A EMPRESA

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O CIRCUITO ECONÓMICO

6

famílias empresas

bens e serviços

fatores de produção

$

$

mercados de bens e serviços

mercados de fatores produtivos

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A EMPRESA

A empresa é o agente económico que transforma fatores produtivos e bens intermédios em bens, ou seja, é o agente económico que realiza a produção.

Assumimos que o objectivo último de uma empresa é a maximização do lucro, a diferença entre as receitas provenientes da venda dos seus produtos e os custos associados à remuneração dos fatores produtivos e à aquisição dos bens intermédios utilizados na produção.

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1. A EMPRESA

1.1. Tecnologia de Produção.

1.2. Minimização do Custo.

1.3. Análise dos Custos

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FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

A função produção relaciona as quantidades de fatores utilizadas na produção com a quantidade (máxima) de produto que pode ser obtida.

),( LKQQ =

Q – quantidade produzida;

K – stock de capital utilizado na produção;

L – quantidade de trabalho utilizada na produção.

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PRODUTIVIDADE

A produtividade marginal de um fator produtivo traduz o acréscimo de produção associado a um aumento marginal da quantidade desse fator utilizada na produção.

LQPMgL ∂

∂=

A produtividade média de um fator produtivo traduz a quantidade média de produção por cada unidade de fator produtivo utilizada.

KQPMgK ∂

∂=

LQPMdL = K

QPMdK =

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PERÍODO CURTO E PERÍODO LONGO

Distinguem-se, normalmente, dois horizontes de análise: período curto e período longo.

Em período curto, a empresa não consegue alterar a quantidade de pelo menos um dos fatores produtivos. Os fatores cuja quantidade pode ser alterada designam-se por variáveis. Os restantes são os fatores fixos.

Em período longo, a empresa pode escolher as quantidades de todos os fatores de produção.

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PERÍODO CURTO

Tipicamente, vamos assumir que, em período curto, apenas é variável o fator trabalho, sendo fixo o stock de capital. A função produção em período curto fica dada por:

L

)(LQPCQPC

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PRODUTIVIDADE MARGINAL

A produtividade marginal é igual ao declive da função produção, sendo normalmente positiva e decrescente.

0>=dLdQPMg PC

L

02

2

<=dLQd

dLdPMg PCL

L

QPC

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PROPRIEDADES HABITUAIS

Monotonia: o aumento da quantidade de um fator produtivos (mantendo constantes as quantidades dos restantes fatores) permite aumentar o volume de produção.

Produtividades marginais decrescentes: aumentos sucessivos da quantidade de um fator produtivo (mantendo constantes as quantidades dos restantes fatores) proporcionam aumentos cada vez menores do volume de produção.

02

2

<∂

∂=

LQ

LPMgL 02

2

<∂

∂=

KQ

KPMgK

0>∂

∂=LQPMgL 0>

∂=KQPMgK

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PRODUTIVIDADE MARGINAL

A produtividade marginal é decrescente a partir do ponto A, pelo que se verifica a le i dos rendimentos marginais decrescentes.

L

QPC

A

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A lei dos rendimentos marginais decrescentes afirma que: a produtividade marginal de um fator é decrescente, pelo menos a partir de uma certa quantidade desse fator.

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PRODUTIVIDADES

Quando aumentamos a quantidade de um fator produtivo, a produtividade média varia no sentido da produtividade marginal.

A nova produtividade média é uma média ponderada entre a produtividade média anterior e a produtividade (marginal) da unidade adicional do fator produtivo.

Quando a produtividade média é máxima, não está a crescer nem a decrescer. Nesse ponto, a produtividade média e a produtividade marginal são iguais.

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PRODUTIVIDADES E EFICIÊNCIA

A PMg é dada pelo declive da tangente em cada ponto da função produção. Cresce até L1, e diminui até se anular em L3.

A PMd é dada pelo declive do raio que une a origem a cada ponto da função produção. Atinge o seu máximo em L2, ponto no qual coincide com a PMg.

Em L2, a PMd (ou eficiência) do factor variável é máxima.

Em L3, a PMd (ou eficiência) do factor fixo é máxima.

L

L

Q

PMg

PMd

L1 L2 L3

L3 L2 L1

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PROGRESSO TÉCNICO

Quadro: Custos de bens seleccionados em horas de trabalho, 1895-1997

Custos dos bens em horas de trabalho Múltiplo de Bens 1895 1997 Produtividade

Bicicleta de 1 velocidade 260,0 7,2 36,1 Cadeira de escritório 24,0 2,0 12,0 Enciclopédia Britânica 140,0 4,0 35,0 Piano Steinway 2.400,0 1.107,6 2,2 Dúzia de laranjas 2,0 0,1 20,0 Galão de leite 2,0 0,25 8,0 Televisão - 15,0 - Computador - 70,0 -

Fonte: DeLong (2002)

A função produção não é estática. Modifica-se ao longo do tempo, em virtude do progresso técnico.

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FUNÇÃO PRODUÇÃO COM 2 FATORES

Sendo dois os fatores de produção variáveis, a representação gráfica da função produção tem três dimensões, o que não é nada prático.

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MAPA DE ISOQUANTAS

Para representar graficamente uma função produção com dois fatores produtivos, recorremos ao mapa de isoquantas.

Cada isoquanta é composta pelas combinações das quantidades de fatores produtivos que permitem obter um determinado nível de produção.

L

K

Q=Q0

Q=Q1

Q=Q2

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PROPRIEDADES DAS ISOQUANTAS

Sendo as produtividades marginais positivas, a utilização de maiores quantidades de fatores permite alcançar um maior nível de produção.

Assim, quanto mais afastada estiver da origem, maior é o volume de produção associado à isoquanta.

L

K

Q=30

Q=20

Q=40

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PROPRIEDADES DAS ISOQUANTAS

As isoquantas não se cruzam. Seria absurdo que uma determinada combinação de fatores produtivos pudesse proporcionar dois volumes de produção distintos.

L

K

Q=30

Q=20

Q=20=30?!

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PROPRIEDADES DAS ISOQUANTAS

Sendo as produtividades marginais positivas, as isoquantas são negativamente inclinadas.

L

KK , L , Q=Cte?!

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PROPRIEDADES DAS ISOQUANTAS

Se as produtividades marginais forem decrescentes, as isoquantas serão necessariamente convexas.

L

K

Q=20

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EXERCÍCIO

Como se pode obter a função produção em período curto a partir do mapa de isoquantas?

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

Se a quantidade de trabalho variar ligeiramente, qual a variação da quantidade de capital que mantém constante o volume de produção?

A taxa marginal de substituição técnica entre capital e trabalho (TMSTL

K) indica qual o aumento de capital necessário para compensar uma diminuição marginal da quantidade de trabalho, de forma a manter o volume de produção constante.

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

Graficamente, a TMSTLK é dada pelo declive da isoquanta.

ISOQ

KL dL

dKTMST −=

Q=Cte

L

K

ΔK

ΔL

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

Ao longo de uma isoquanta, a perda de produção associada à diminuição da utilização de trabalho (PMgL dL) é exatamente compensada pelo ganho de produção proporcionado pelo aumento da utilização de capital (PMgK dK).

K

LKL

K

L

ISOQLK

PMgPMgTMST

PMgPMg

dLdKdLPMgdKPMg

dLLQdK

KQLKdQ

=⇔

⇔=−⇔=+⇔

⇔=∂

∂+

∂⇔=

0

00),(

A TMSTLK é igual, portanto, ao rácio entre as produtividades

marginais do trabalho e do capital. 28

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

A TMSTLK vai diminuindo ao longo da isoquanta, sendo maior

em B do que em A.

Sendo as produtividades marginais decrescentes, à medida que diminui a quantidade de um fator, torna-se mais difícil a sua substituição por outro.

L

K

Q=Cte

B

A

Cada vez é necessário adicionar mais capital para compensar diminuições sucessivas da quantidade de trabalho.

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TECNOLOGIA COBB-DOUGLAS

Os fatores de produção são substitutos imperfeitos.

Podemos substituir trabalho por capital, e vice-versa, mantendo constante o volume de produção.

Função de produção Cobb-Douglas:

( ) βαLKALKQ ⋅=,

L

K

LK

LKALKA

PMgPMgTMST

K

LKL ⋅=

⋅⋅⋅

⋅⋅⋅==

αβ

αβ

βα

βα

1

1

30

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TECNOLOGIA LINEAR

A TMSTLK é constante.

As funções produção lineares representam tecnologias nas quais os fatores produtivos são substitutos perfeitos.

Uma unidade de um fator pode ser substituída por uma quantidade fixa de outro fator, mantendo-se constante o volume de produção.

( ) bLaKLKQ +=,

L

K

ab

PMgPMgTMST

K

LKL ==

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EXEMPLO DE TECNOLOGIA LINEAR

Suponhamos que podemos usar gás natural ou fuelóleo para aquecer um edifício. São necessários 15 m3 de gás natural ou 10 barris de fuelóleo para manter o edifício à temperatura pretendida durante 30 dias.

Estes fatores são substitutos perfeitos. Cada m3 de gás natural proporciona 2 dias de aquecimento, enquanto que cada barril de fuelóleo proporciona 3 dias de aquecimento.

Se dispusermos de G m3 de gás natural e de F barris de fuelóleo, poderemos manter o edifício aquecido durante um número de dias dado por:

Q G,F( ) = 2G +3F.

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TECNOLOGIA LEONTIEF

A TMSTLK é infinita na parte vertical da isoquanta, nula na

parte horizontal, sendo indeterminada no vértice.

Se a função produção for do tipo Leontief, os fatores produtivos devem ser utilizados em proporções fixas.

Os fatores de produção não são substituíveis, são complementos perfeitos. Só são produtivos quando combinados numa determinada proporção.

( ) { }bLaKLKQ ,min, =

L

K

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EXEMPLO DE TECNOLOGIA LEONTIEF

Considere uma fábrica, cujas máquinas trabalham 24h por dia, com 3 turnos de 8h. Assim, cada máquina é utilizada por três trabalhadores. A tecnologia é de proporções fixas.

Suponha que, durante o seu turno de 8h, uma costureira consegue produzir 50 camisas.

Se existirem K máquinas, e L costureiras, em cada dia será produzido um número de camisas dado por:

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( ) { }LKLKQ ,3min50, =

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Se a produção varia menos do que proporcionalmente, temos rendimentos decrescentes à escala:

RENDIMENTOS À ESCALA

Os rendimentos à escala medem o efeito sobre o volume de produção provocado por uma variação de todos os fatores produtivos na mesma proporção.

.1),,(),( >∀⋅< λλλλ LKQLKQ

.),,(),( λλλλ ∀⋅= LKQLKQ

.1),,(),( >∀⋅> λλλλ LKQLKQ

Se a produção varia na mesma proporção, temos rendimentos constantes à escala:

Se a produção varia mais do que proporcionalmente, temos rendimentos crescentes à escala:

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RENDIMENTOS À ESCALA

rendimentos decrescentes

rendimentos crescentes

rendimentos constantes

Funções produção com um só fator produtivo:

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L

Q

L

Q

L

Q

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RENDIMENTOS À ESCALA

rendimentos constantes

rendimentos decrescentes

rendimentos crescentes

Mapa de isoquantas (dois fatores produtivos):

L

K

Q=10

Q=30 Q=20

L

K

Q=10

Q=20

L

KQ=30

Q=20 Q=30

Q=10

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RENDIMENTOS DECRESCENTES

Razões que contribuem para a existência de rendimentos decrescentes à escala:

-  Excesso de divisão de trabalho e consequente perda da visão global da empresa e seus objectivos (fruto da grande complexidade organizacional);

-  Dificuldades de supervisão/gestão: à medida que a escala de produção aumenta, a hierarquia de supervisores tende a aumentar e a respectiva eficiência a diminuir (também fruto da grande complexidade organizacional);

-  Limitação do produto (indústrias extrativas);

-  Impossibilidade física de aumentar determinado fator.

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RENDIMENTOS CRESCENTES

Razões que contribuem para a existência de rendimentos crescentes à escala:

-  Existência de indivisibilidades técnicas ou custos fixos, que se diluem com o aumento da escala de produção (exemplo: custos da rede de telefones móveis, desenho de produto, produção musical ou cinematográfica).

-  A divisão do trabalho e especialização pode permitir ganhos de eficiência (exemplo: linha de montagem).

-  As necessidades de stocks aumentam normalmente menos do que à escala (exemplo: hipermercados).

-  Relações geométricas: por exemplo, duplicar as paredes de um armazém, quadruplica a área disponível.

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FUNÇÃO HOMOGÉNEA

Uma função é homogénea de grau n se:

Q(λK,λL) = λ nQ(K,L).

n<1 – rendimentos decrescentes à escala; n=1 – rendimentos constantes à escala;

n>1 – rendimentos crescentes à escala.

A função Cobb-Douglas é homogénea de grau α+β:

).,()()(),(LKQLAK

LKALKALKQβαβαβα

βαβαβα

λλ

λλλλλλ++ ==

===

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