michelle pereira de aguiar, alexandre de...

14
Legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil Readability of printed handouts used in kindergarten education Michelle Pereira de Aguiar, Alexandre de Oliveira diagramação, tipografia, legibilidade Este relatório apresenta o resultado de pesquisa que visa analisar a legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil e propor uma aplicação alternativa de diagramação. Como referencial teórico, as teorias de Lupton (2006) e Tondreau (2009) sobre os elementos presentes na página impressa e a qualidade da composição de sua diagramação são apresentados. Também foram investigados exemplares de livros didáticos utilizados nos níveis iniciais da educação infantil, com o intuito de identificar possíveis problemas presentes em sua diagramação e direcionar o andamento do presente trabalho. Com base em pesquisa de grupo focal realizada com professoras da educação infantil e considerando todos os direcionamentos identificados no referencial teórico, apresenta-se uma nova aplicação de layout. A partir deste novo material, a mesma análise realizada junto aos exemplares outrora investigados é aplicada, e uma breve validação com o usuário finaliza a proposta deste trabalho, cujos resultados são aqui apresentados e discutidos. layout application, typography, readability This report presents the final outcome of an undergraduate research-training proposal conducted to analyze the readability of printed handouts used in kindergarten education and propose an alternative layout application. The theories of Lupton (2006) and Tondreau (2009) were used as background to discuss the elements present and the quality of the layout composition on the printed handouts. Copies of textbooks used in the initial levels of early childhood education were also studied to identify potential layout problems and therefore direct the course of this undergraduate research training. Based on focus group research conducted with kindergarten teachers and considering all directions identified in the theoretical framework, an alternative layout application was developed. To validate the alternative layout by the user, the same analysis that was carried out on the studied specimens was also applied to the alternative layout in order to finalize this research training, which results are presented and discussed throughout this report. 1 Introdução Com as mudanças no processo de alfabetização infantil no final da década de 1990, consistindo da substituição do método silábico e da letra cursiva por textos do cotidiano e pela letra bastão consecutivamente, percebe-se a necessidade de discutir as consequências de tais mudanças na diagramação do material didático impresso oferecido aos alunos atualmente (Silva, 1996). Niemeyer (2006) considera que o contexto atual, caracterizado pela era da comunicação de massa, possui um volume de informação abundante e crescente que necessita de maior seletividade na percepção da informação. Constata-se que a mensagem impressa merece ser destacada a fim de causar impacto para que a comunicação funcione bem. Os designers possuem responsabilidade no resultado desse processo. Porém, Niemeyer (2006) revela que boa parte desses profissionais atua de acordo com a prática, o senso comum, o modismo ou por imposição, negligenciando aspectos teóricos e análises críticas do emprego da tipografia na página impressa. Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brasil | 2013 Proceedings of the 6 th Information Design International Conference 5 th InfoDesign Brazil 6 th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brazil | 2013 Aguiar, Michelle Pereira de; Oliveira, Alexandre de. 2014. Legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2 DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-58 CIDI 2013 6 TH CIDI 5 TH InfoDesign 6 TH CONGIC 5 th Brazilian Conference of In form ation Design 6 th In form ation Design Student Conference 6 th Inform ation Design International Conference Blucher Design Proceedings May 2014 , Vol. 1, Num. 2 www.proceedings.blucher.com.br/evento/cidi

Upload: hakiet

Post on 28-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil Readability of printed handouts used in kindergarten education

Michelle Pereira de Aguiar, Alexandre de Oliveira

diagramação, tipografia, legibilidade

Este relatório apresenta o resultado de pesquisa que visa analisar a legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil e propor uma aplicação alternativa de diagramação. Como referencial teórico, as teorias de Lupton (2006) e Tondreau (2009) sobre os elementos presentes na página impressa e a qualidade da composição de sua diagramação são apresentados. Também foram investigados exemplares de livros didáticos utilizados nos níveis iniciais da educação infantil, com o intuito de identificar possíveis problemas presentes em sua diagramação e direcionar o andamento do presente trabalho. Com base em pesquisa de grupo focal realizada com professoras da educação infantil e considerando todos os direcionamentos identificados no referencial teórico, apresenta-se uma nova aplicação de layout. A partir deste novo material, a mesma análise realizada junto aos exemplares outrora investigados é aplicada, e uma breve validação com o usuário finaliza a proposta deste trabalho, cujos resultados são aqui apresentados e discutidos.

layout application, typography, readability

This report presents the final outcome of an undergraduate research-training proposal conducted to analyze the readability of printed handouts used in kindergarten education and propose an alternative layout application. The theories of Lupton (2006) and Tondreau (2009) were used as background to discuss the elements present and the quality of the layout composition on the printed handouts. Copies of textbooks used in the initial levels of early childhood education were also studied to identify potential layout problems and therefore direct the course of this undergraduate research training. Based on focus group research conducted with kindergarten teachers and considering all directions identified in the theoretical framework, an alternative layout application was developed. To validate the alternative layout by the user, the same analysis that was carried out on the studied specimens was also applied to the alternative layout in order to finalize this research training, which results are presented and discussed throughout this report.

1 Introdução

Com as mudanças no processo de alfabetização infantil no final da década de 1990, consistindo da substituição do método silábico e da letra cursiva por textos do cotidiano e pela letra bastão consecutivamente, percebe-se a necessidade de discutir as consequências de tais mudanças na diagramação do material didático impresso oferecido aos alunos atualmente (Silva, 1996).

Niemeyer (2006) considera que o contexto atual, caracterizado pela era da comunicação de massa, possui um volume de informação abundante e crescente que necessita de maior seletividade na percepção da informação. Constata-se que a mensagem impressa merece ser destacada a fim de causar impacto para que a comunicação funcione bem.

Os designers possuem responsabilidade no resultado desse processo. Porém, Niemeyer (2006) revela que boa parte desses profissionais atua de acordo com a prática, o senso comum, o modismo ou por imposição, negligenciando aspectos teóricos e análises críticas do emprego da tipografia na página impressa.

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brasil | 2013

Proceedings of the 6th Information Design International Conference 5th InfoDesign Brazil 6th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brazil | 2013

Aguiar, Michelle Pereira de; Oliveira, Alexandre de. 2014. Legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-58

CIDI 2013 6TH CIDI 5TH InfoDesign 6TH CONGIC5 th Brazilian Conferenceof In form ation Design

6 th Inform ation DesignStudent Conference

6 th Inform ation DesignInternational Conference

Blucher Design ProceedingsMay 2014 , Vol. 1, Num. 2www.proceedings.blucher.com.br/evento/cidi

| 2

A partir das considerações levantadas por Niemeyer, tendo por base a função do designer no planejamento gráfico, este artigo discute a legibilidade da página impressa em apostilas da Educação Infantil, visando apresentar uma solução pautada em pesquisas bibliográfica e qualitativa.

Com um referencial teórico embasado principalmente nos autores Lupton (2006) e Tondreau (2009), articulam-se teorias para analisar três amostras de materiais didáticos, a fim de identificar a coesão e possíveis problemas de composição visual. Para tanto, apresenta-se uma ferramenta para análise das amostras a partir de um check-list pautado por um referencial teórico.

Para melhor direcionar esta proposta, busca-se informações do cotidiano do usuário deste tipo material por meio de uma pesquisa qualitativa. Assim, a partir de um grupo focal com pedagogas e professoras da Educação Infantil, direcionamentos importantes são identificados, norteando o andamento do projeto.

Com o direcionamento obtido a partir dos procedimentos metodológicos realizados neste projeto, tem-se como resultante da pesquisa bibliográfica um check-list de análise, e da pesquisa qualitativa, diretrizes para construção do novo layout. Com base nessas informações, um novo layout é proposto, tendo sua análise e resultados apresentados neste artigo.

2 Contexto teórico

Página impressa: aspectos relacionados à legibilidade, leiturabilidade e tipografia

A legibilidade do caractere impresso é muito importante para que o leitor compreenda o conteúdo. Depende da forma das letras, do branco anterior às mesmas, do corpo usado, do comprimento das linhas, do entrelinhamento, do espacejamento e inclusive das margens que interferem no conteúdo (Silva, 1985). De acordo com Niemeyer (2006), legibilidade corresponde ao atributo visual relativo ao desenho de um elemento, que possibilita o fácil reconhecimento de um caractere, considerando a redução do esforço mental para a correta identificação das letras ou do texto.

A leiturabilidade é outro atributo importante que sofre interferência quando o conteúdo lido não é compreendido. Assim, a leiturabilidade é compreendida como a característica que possibilita fácil compreensão do conteúdo, considerando palavras, frases ou texto corrido (Niemeyer, 2006). Corresponde, portanto, à facilidade ao acesso da informação contida nas palavras, considerando o espacejamento adequado entre os caracteres, as linhas e o entorno da página impressa.

Utilizar caracteres de uma mesma família tipográfica pode auxiliar na organização do conteúdo de forma visualmente coerente. Fontes em negrito e seminegrito costumam ser usadas para criar ênfase em uma hierarquia de informações (Lupton, 2006), classificando visualmente elementos da página impressa como títulos, subtítulos e legendas, orientando o leitor na sequência da leitura.

É possível criar um campo visual mais arejado ao espacejar levemente um corpo de texto. Porém, o espacejamento negativo raramente é desejável e deve ser usado com cuidado para ajustar uma ou mais linhas de texto justificado (Lupton, 2006). Existem intervenções que Lupton (2006) classifica como ‘crimes’, pois alteram a forma de registro da família tipográfica. Forçar o itálico inclinando os caracteres, utilizar bordas para criar o efeito de peso (bold), esticar ou encolher a altura da fonte para criar uma versalete, ou ainda, diminuir o espacejamento para fazer o texto caber no espaço desejado são apontados como erros que deixam os caracteres com ângulos forçados, inertes, sem brilhos e com aparência artificial.

O alinhamento tipográfico também deve ser considerado na composição da página impressa. Entre diferentes tipos de alinhamento, o justificado usa eficientemente o espaço, produzindo uma forma limpa na página. No entanto, espaços vazios podem aparecer quando o comprimento da linha é muito curto para o tamanho do tipo, pois apresenta uma mancha que contrasta com a área do texto, criando um ponto focal indesejado (Lupton, 2006).

No alinhamento à esquerda, Lupton (2006) pondera sobre a margem esquerda dura e a direita suave, proporcionando espaços que não variam entre as palavras. Desse modo,

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 3

buracos dificilmente aparecem nas linhas de texto, respeitando o fluxo da linguagem. Por outro lado, o alinhamento à direita dificulta leitura ao leitor da cultura ocidental, pois força o olhar acostumado à leitura da esquerda para a direita.

As colunas centralizadas possuem margens que se permitem serem dramaticamente irregulares. As quebras nas linhas centralizadas podem ocorrer para dar ênfase a frases importantes. Este tipo de situação pode ser entendido como ‘quebra pelo sentido’, uma vez que ocorre a quebra de linhas de forma planejada (Lupton, 2006).

Página impressa: aspectos relacionados à composição visual

A composição visual deve ser pensada visando a qualidade na comunicação de um produto com o usuário. Assim, o processo de comunicação e decodificação da informação na página impressa se dá em dois momentos: (a) quando o leitor observa a massa gráfica em conjunto, distinguindo as subáreas, isto é, identificando as ilustrações, os títulos, os intertítulos, os brancos, os gráficos, o texto e qualquer outro elemento da composição; e (b) quando o leitor se detém aos detalhes destas subáreas (Silva, 1985).

Silva (1985), defende a presença de espaços vazios, firmando que esses espaços combinados a arranjos valorizam a mensagem e provocam um imediato entendimento por parte do leitores, sem que este recorra a exercícios cansativos na movimentação dos olhos.

As grids criadas com diagramas de uma coluna funcionam bem em documentos simples, mas os de múltiplas colunas fornecem formatos flexíveis para publicações que possuem hierarquias complexas ou que integram textos e ilustrações (Lupton, 2006). Dessa forma, possibilitam inúmeras formas de posicionamento do conteúdo sem que se perca a legibilidade e a leiturabilidade na página impressa. Segundo Tondreau (2009), dividir o espaço disponível é a melhor e mais convincente forma de organizar itens.

O grid, defendido pelos autores supracitados, considera a importância da articulação do espaço com elementos como ilustrações, textos e até mesmo o suporte de impressão. Áreas discretas ajudam o leitor a navegar pela página pois, ao apresentar informações complexas, deve-se considerar clareza, conforto visual de leitura, espaço e demais variações (Tondreau, 2009).

Para resolver os problemas tipográficos de composição, Lupton (2006) apresenta várias sugestões para uso da disposição tipográfica e do espaço disponível para valorizar a legibilidade e a leiturabilidade do conteúdo. Entre suas sugestões, destacam-se as seguintes: (a) evitar “crimes” tipográficos, forçando a alteração da família de caracteres projetadas; e (b) trabalhar o espaçamento visual no entorno do conteúdo.

3 Modelo de análise e Procedimentos metodológicos

Para obter informações sobre o problema e os temas relacionados, selecionam-se como estratégias de ação a pesquisa bibliográfica, para compreender as melhores práticas e orientações de composição na página impressa a partir do referencial teórico, e uma pesquisa qualitativa, com um grupo focal, visando compreender o cotidiano do usuário e suas necessidades junto ao material.

Proposta para chek-list de análise das amostras

As amostras são analisadas por um check-list, elaborado a partir do referencial teórico consultado. Este apresenta os principais recursos visuais de composição, diagramação e tipografia relacionados pelos autores consultados, considerando-os como recursos positivos para uma composição da página impressa que proporcione legibilidade e leiturabilidade na interação com o usuário.

Como atributos de análise tem-se (a) qualidade da aplicação da família tipográfica utilizada no material impresso; (b) espacejamento entre letras com um valor equilibrado, proporcionando legibilidade e leiturabilidade; (c) tamanho do espaço entrelinhas; (d) presença de áreas em branco ou com poucos detalhes para dispersar ou confundir o usuário durante a leitura; (e) presença de pesos e variações das famílias tipográficas, para hierarquizar a informação em ordem de leitura lógica; e (f) quantidade de informação disposta na página, visando avaliar se

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 4

há excesso de conteúdo. Também analisam-se o espaço disponibilizado na página para interação com a atividade proposta e a articulação entre letras em caixa alta e baixa.

Aplicação do check-list de análise e discussão dos resultados entre as amostras coletadas

Para a análise comparativa selecionam-se três amostras de livros utilizados na Educação Infantil e no 1º ano do Ensino Fundamental:

Novo viver e aprender História e Geografia, Guila Azevedo (2007) (Figura 1);

Português – Linguagens, William R. Cereja e Thereza C. Magalhães (2008) (Figura 2);

Ciências: 1º ano, Rogério Nigro e Mara Cristina Campos (2008) (Figura 3).

Figura 1: Capa do livro Novo viver e aprender: História e Geografia (Azevedo, 2007)

Figura 2: Capa do livro Português: Linguagens (Cereja & Magalhães, 2008)

Figura 3: Capa do livro Ciências: 1º ano (Nigro & Campos, 2008).

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 5

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 6

A partir do check-list e das amostras selecionadas, tem-se a seguinte tabela:

Tabela 1: Check-list de análise das amostras selecionadas

Caraterísticas Analisadas Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Qualidade da aplicação da família tipográfica utilizada 2 3 4

Qualidade do espacejamento entre carateres (kerning) 4 4 4

Qualidade do espaçamento entrelinhas 2 4 4

Presença de respiro visual entre diferentes tipos de conteúdo na página impressa (ilustrações, títulos, textos, caixas etc.) 2 3 3

Uso de recursos tipográficos em diferentes pesos para a hierarquia da informação 3 3 3

Presença de áreas em branco 2 2 2

Quantidade de informação disposta na página 3 3 2

Espaço disponível para interação com o material (aluno e atividades) 3 3 2

Uso de letras em caixa alta e baixa 1 4 1

Legenda da Análise: 1 = Péssimo 2 = Ruim 3 = Regular 4 = Bom 5 = Excelente

Legenda das Amostras: 1 = Novo viver e aprender História e Geografia (Azevedo, 2007)

2 = Português: Linguagens (Cereja & Magalhães)

3 = Ciências: 1º ano (Nigro & Campos, 2008)

Com a aplicação do check-list, identifica-se que as amostras possuem problemas de composição visual que não facilitam a percepção das delimitações e dos tipos de conteúdo impressos na página, portanto, dificultam a legibilidade e a leiturabilidade da página impressa. Essas amostras apresentam problemas de alinhamento, baixo nível entrelinhas, pouco espacejamento e ausência de espaço visual para respiro que proporcionem melhor composição e harmonia visual.

O livro História e Geografia (Azevedo, 2007), apresenta a composição da página impressa com poucas áreas de respiro e caracteres que apresentam um corpo muito grande em relação ao todo da área diagramada. Considerando as proposições de Lupton (2006), para esta amostra, deve-se repensar o tamanho e o espaço entre os caracteres, aumentando-os e diminuindo-os de acordo com a proporção entre os elementos dispostos na área, visando melhor composição visual.

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 7

Figura 4: Página interna do livro História e Geografia (Azevedo, 2007)

O mesmo problema também ocorre na amostra Português – Linguagens (Cereja & Magalhães, 2008), considerando que a página impressa apresenta grande quantidade de texto e não utiliza nenhum recurso visual que proporcione um bom nível de legibilidade.

Figura 5: Página do livro Português – Linguagens (Cereja & Magalhães, 2008)

Além dos problemas tipográficos de alinhamento de parágrafos e da falta de espaço visual livre, a ausência de grid para orientar a diagramação fica evidente, limitando as formas de

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 8

posicionamento do conteúdo. Consequentemente, essa ausência resulta na perda de legibilidade e leiturabilidade na página impressa.

Na terceira amostra, o livro Ciências: 1º Ano (Nigro & Campos, 2008) também apresenta uma hierarquia da informação de baixa qualidade, dificultando a compreensão visual de quais itens e grupos visuais são prioritários na leitura da página impressa.

Figura 6: Página interna do livro Ciências: 1º ano (Nigro & Campos, 2008)

A partir do referencial teórico consultado, pode-se legitimar a análise das amostras selecionadas, considerando a especificidade de materiais utilizados com os alunos dos primeiros anos da Educação Infantil. As páginas desses exemplares apresentam detalhes específicos para a análise, dentre os quais a qualidade da família tipográfica (Lupton, 2006), pesos tipográficos utilizados de forma coerente ou não (Lupton, 2006), excesso de informação página impressa (Tondreau, 2009), respiro visual e agrupamento da informação disposta (Tondreau, 2009) são tabulados no check-list supracitado (Tabela 1), a fim de esclarecer cada detalhe avaliado.

Pesquisa qualitativa: grupo focal

Segundo Moreira (2002), entende-se por pesquisa qualitativa aquela em que o pesquisador “interpreta o mundo real a partir das perspectivas subjetivas dos próprios sujeitos sob estudo”. Assim, como procedimento metodológico auxiliar, realizaa-se uma pesquisa junto a professores da Educação Infantil, por meio de um grupo focal com o objetivo de identificar questões pertinentes ao projeto entre esses profissionais.

Considerando que esses profissionais encontram-se em constante contato com a criança durante suas atividades, e compreendem quais são os problemas de interação que o aluno sofre com a página impressa, podem contribuir com sugestões pertinentes para um material impresso adequado, direcionado à alfabetização infantil.

De acordo com Zuckerman-Parker & Shank (2008), o moderador deve preparar um roteiro de discussão, além de conhecer previamente os temas a serem discutidos. Assim, elabora-se um roteiro do procedimento para que o moderador conduza a discussão em grupo. Dessa maneira, tem-se o seguinte roteiro:

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 9

1. Apresentação dos participantes e comunicação sobre a coleta de imagens; 2. Apresentação do projeto de análise da página impressa infantil; 3. Discussão sobre as questões sugeridas para o grupo; 4. Encerramento da discussão e agradecimentos.

Baseadas também no referencial teórico consultado, são formuladas quatro perguntas para a discussão em grupo:

a. A página impressa proporciona a compreensão do conteúdo escrito e a interação do aluno com as atividades propostas na própria página?

b. Nos livros, como os alunos percebem a disposição do conteúdo da página impressa? c. Há facilidade de interação entre o aluno e os espaços destinados às atividades

propostas no livro? Sendo a resposta positiva ou negativa, existe alguma sugestão? d. A tipografia utilizada nos livros, em caixa alto ou baixa, facilita ou dificulta o processo

de aprendizagem e a compreensão do aluno sobre o conteúdo?

Assim, com o intuito de discutir a eficiência da página impressa apresentada nos livros didáticos utilizados atualmente, o grupo focal é realizado com pedagogas e professoras de uma escola parceira. Formado por cinco pedagogos, tem-se entre eles a coordenadora de Educação Infantil, a diretora escolar, a secretária da escola e as professoras (berçário e nível 5 da Educação Infantil). O registro da reunião ocorre por meio de gravação em vídeo e de anotações realizadas durante as falas das integrantes.

Sobre a compreensão do conteúdo textual impresso e a facilidade de interação do aluno com as atividades propostas nos livros didáticos disponíveis no mercado, a profusão é citada como um dos grandes problemas. Segundo uma participante ‘é difícil encontrar um material didático em que o aluno possa interagir de forma inteligente’. Esta participante ainda classifica a maioria das atividades impressas em dois grupos: (a) atividades muito óbvias, e (b) atividades com dificuldade de interesse, pois são dispostas em uma página profusa, ao lado de outras atividades que tornam confusa a identificação dos elementos da atividade específica por parte do aluno.

Ainda na discussão sobre a facilidade de uso dos materiais, as participantes ponderam que quando uma página apresenta-se repleta de informações, é difícil manter a atenção da criança na atividade proposta: ‘Os elementos que deveriam servir como um atrativo lúdico, acabam por dispersar a atenção do aluno’. Neste sentido, as atividades de colorir, cuja área de interação do aluno limita-se à composição profusa da página, tornam-se um exemplo. Nesses casos, o aluno faz um esforço mínimo, tanto em raciocínio quanto na interação e resolução da tarefa, já que a conclusão da atividade está representada de forma muito óbvia.

De acordo com as participantes, alguns detalhes podem facilitar a interação do aluno com o conteúdo:

limpeza da página, áreas em branco, linearidade do conteúdo.

Em suas experiências, essas professoras têm obtido resultados mais positivos com materiais didáticos impressos em formato A3 e em preto em branco, pois ‘proporcionam melhor compreensão do conteúdo e estimulam o raciocínio do aluno’. Dessa maneira, os alunos ‘podem perceber melhor as formas de disposição do conteúdo na página impressa e, quanto menos profusa for a página, mais fácil a identificação dos limites do conteúdo’.

Uma vez que as crianças do nível cinco ainda não têm a habilidade de leitura, segundo uma participande, ‘os alunos têm a percepção das funções dos textos dispostos nas páginas’, e ainda observa que os alunos reconhecem que no ‘topo da página vem um texto que dá nome ao conteúdo e, logo abaixo, as instruções do que a atividade propõe’.

Considerando a composição da página na maioria dos materiais utilizados em sala de aula, as participantes também pontuam que os alunos conseguem facilmente respeitar a ordem de diferentes tipos de conteúdo quando dispostos de forma linear. O grupo relata uma experiência anterior com um livro cujo layout organizava o conteúdo em colunas. Segundo os depoimentos, essa experiência aconteceu com os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental que, apesar de

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 10

terem serem leitores em processo e com a compreensão textual em nível mais elevado, a experiência não foi motivadora. Isso lhes mostrou que, naquele momento, tanto para os alunos do 2º ano como aos alunos de outros níveis, esse tipo de layout não seria positivo durante o processo de aprendizagem.

A partir das experiências relatadas pelas participantes, quando o conteúdo não se dispõe de forma linear no layout, a criança pode apresentar dificuldade em perceber os espaços e agrupamentos de palavras que formam um título ou enunciado. A criança pode não compreender quando ocorre e porque existe a quebra de linha de texto, ou ainda, a troca de coluna.

Sobre quantidade de informação na página, as participantes citam o excesso de cor como um problema: ‘Não há necessidade de preencher uma página com cor, pois um detalhe como uma borda ou uma ilustração simples são suficientes, servindo de estímulo visual, mesmo que ainda no preto e branco’. Nos casos em que esses objetos decorativos se apresentam sem cor, o aluno pode utilizar a ausência de cor como estímulo para o próprio processo criativo, colorindo a ilustração.

A ilustração colorida e outros elementos limitadores, como a borda por exemplo, podem inibir a criatividade do aluno durante as atividades. Já nos casos em que a ilustração serve de objeto lúdico para prender a atenção do aluno, pode ser positiva desde que utilizada de forma muito coerente e com muita cautela.

Cientes de que durante as atividades os alunos passam pelo processo de aprendizagem e reconhecimento dos caracteres textuais, é importante discutir e compreender a visão pedagógica sobre a articulação da tipografia utilizada nos livros, considerando, também, o uso da caixa alto ou baixa. Sobre a presença da caixa alta nos livros didáticos utilizados na educação infantil, tanto em atividades didáticas quanto em atividades de entretenimento como a leitura de textos, as participantes relatam o uso de uma metodologia de ensino em que as letras em caixa alta e baixa, suas formas digitais, cursivas e demais exemplos utilizados nos mais diferentes meios possam ser exploradas em sala de aula, pois fazem parte do cotidiano de seus alunos. Para elas, ‘existe a necessidade de ensinar os alunos a decodificar textos presentes em diferentes ambientes e contextos já que não vivem apenas na escola’.

A escola parceira possui modelos de livros didáticos onde se apresentam variadas formas de tipos nas páginas, sendo uma parte da composição impressa com tipos script e outra com tipos cursivos. Segundo as participantes, o conteúdo composto por caixa alta é muito importante, já que a escola possibilita ao aluno real contato com um conteúdo específico e direcionado ao aprendizado. No entanto, há necessidade em dar a mesma importância à relação contínua entre formas diversas de letras, com atividades em que diferentes tipos presentes em diferentes contextos além da escola sejam também contemplados.

Considerando o relatório apresentado, identificam-se diretrizes básicas para desenvolver uma nova proposta de layout:

Limpeza da página; Áreas de espaço em branco (respiro); Linearidade do conteúdo; Formato de página em A3; Impressão em PB; Caixa alta.

4 Novo layout da página impressa e resultados obtidos

Considera-se para o novo layout um conjunto de melhorias no projeto com o intuito de aumentar positivamente o nível de legibilidade e facilitar a interação do aluno com as atividades propostas. Todas as melhorias realizadas no projeto gráfico do layout ocorrem a partir do referencial teórico e do grupo focal. Para tanto, utiliza-se o conteúdo elaborado pelas professoras da escola parceira para o nível cinco da Educação Infantil como material base para o desenvolvimento da proposta.

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 11

Para a abertura de capítulo, planeja-se um cabeçalho composto por um retângulo menor em cinza escuro que remete a uma aba de fichário, contendo o número do capítulo. Esta aba encontra-se sobreposta a um retângulo em cinza claro, com o título do capítulo suportado por uma tipografia mais encorpada, criando uma hierarquia.

Esse conjunto de elementos visuais e conteúdos apresentam-se para permitir fácil memorização e reconhecimento por parte do aluno.

Figura 7: Novo layout da página impressa: sumário e abertura de capítulo (arquivo próprio).

Para o layout das páginas internas, as informações de identificação do material são agrupadas pelas margens externas de maneira limpa e sem elementos gráficos de separação, como linhas ou barras. Procura-se privilegiar áreas de respiro para dar mais clareza ao conteúdo e promover maior liberdade criativa ao usuário, assim como identificado no referencial teórico e de acordo com as diretrizes do grupo focal.

Figura 8: Novo layout da página impressa: páginas internas (arquivo próprio).

Análise do novo layout

Para o material proposto aos alunos do nível cinco da Educação Infantil, escolhe-se uma família tipográfica com base em Lupton (2006), priorizando detalhes como a forma dos caracteres. Características do suporte impresso e detalhes pertinentes ao registro e legibilidade do tipo na impressão, também são considerados. Tal preocupação visa facilitar o reconhecimento dos caracteres por parte dos usuários. Mesmo não sabendo ler, a identificação de cada letra é de fundamental importância ao processo de aprendizagem desses alunos, pois precisam reconhecer e assimilar os caracteres em diferentes contextos e em diferentes formas para a realização das atividades.

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 12

Ao usar uma forma bem definida, outras características tipográficas podem interferir diretamente na legibilidade, como o espacejamento entre caracteres e o espaçamento entrelinhas. Ambos definem-se por grupos de conteúdo, criando palavras, frases e linhas. Estes elementos visuais configuram-se importantes aos usuários, segundo informações coletadas no grupo focal, que sugerem ao aluno diferentes tipos de conteúdo.

Assim, na intenção de verificar se as diretrizes e apontamentos identificados durante este projeto são contemplados pelo novo layout, toma-se como procedimento metodológico a aplicação do mesmo instrumento de análise utilizado com as amostras outrora selecionadas (Tabela 2).

Tabela 2: Check-list de análise do novo layout

Caraterísticas Analisadas Novo Qualidade da aplicação da família tipográfica utilizada 5

Qualidade do espacejamento entre carateres (kerning) 5

Qualidade do espaçamento entrelinhas 5

Presença de respiro visual entre diferentes tipos de conteúdo na página impressa (ilustrações, títulos, textos, caixas etc.) 5

Uso de recursos tipográficos em diferentes pesos para a hierarquia da informação 5

Presença de áreas em branco 5

Quantidade de informação disposta na página 5

Espaço disponível para interação com o material (aluno e atividades) 5

Uso de letras em caixa alta e caixa baixa 5 Legenda da Análise: 1 = Péssimo 2 = Ruim 3 = Regular 4 = Bom 5 = Excelente Na leitura geral da Tabela 2, percebe-se que o novo layout obteve alto índice de avaliação. Assim, conclui-se que, de maneira simples e coerente, os direcionamentos identificados no referencial teórico, bem como as considerações e necessidades identificadas no grupo focal são atendidas. Trata-se, portanto, de uma solução simples que resolve uma situação de aprendizagem, proporcionando um layout que praticamente não interfere no conteúdo a ser utilizado pelo aluno.

Ensaio da validação do novo layout proposto

De acordo com a NBR ISO 9000:2000, o processo de validação de produtos ou processos corresponde à ‘comprovação, através do fornecimento de evidência objetiva, de que os requisitos para uma aplicação ou uso específicos pretendidos foram atendidos’. Para Ferreira (1986), corresponde também ao ‘efeito de tornar algo válido e legítimo por meio de aprovação, comprovação e/ou confirmação de resultados’.

Nesse sentido, opta-se por uma validação individual que confirme o uso do layout proposto, em que uma criança utilize o material proposto, permitindo uma breve análise dessa interação por parte dos pesquisadores.

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 13

Figura 9: Novo layout da página impressa: ensaio da validação (arquivo próprio).

Figura 10: Novo layout da página impressa: ensaio da validação (arquivo próprio).

Para o ensaio da validacão, considera-se como participante uma criança de 6 anos, do sexo masculino, ingressante no 1º ano do Ensino Fundamental na escola parceira. Para o registro da interação, utiliza-se uma câmera digital enquanto a criança realiza as atividades no material, tendo o mínimo de interferência por parte do moderador.

Durante a interação, a única intervenção do moderador ocorre apenas para auxiliar na leitura do cabeçalho das atividades. Apesar de ser um leitor iniciante, os cabeçalhos dos capítulos, os títulos das atividades e as questões a serem executadas na página impressa são facilmente identificados pelo participante, cumprindo a principal função do material proposto.

O formato A3 sugerido pelas professoras da escola parceira durante o grupo focal somado ao layout limpo e às áreas de respiro, permitem maior desenvoltura e liberdade do participante sobre a página (Figura 9).

A diagramação de atividades em que o aluno deve contornar letras e números para memorizar seu desenho e forma corresponde ao conteúdo que mais chamou a atenção do participante, relatando o apreço pela maneira como a página é apresentada: ‘é legal contornar os pontinhos com essas linhas embaixo e repetir os números depois sem os pontinhos’ (Figura 10).

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic

| 14

5 Considerações finais

Durante este projeto, o objetivo geral consistiu da análise da legibilidade da página impressa em apostilas utilizadas na Educação Infantil e de uma proposta com novas soluções. Assim, para que esse objetivo principal fosse alcançado, objetivos secundários foram delimitados no intuito de estabelecer estratégias, meios e métodos para cumprir que o outrora fora proposto.

Do referencial teórico às analises das amostras, do grupo focal ao desenvolvimento do novo layout, o encaminhamento para a execução dessas tarefas ocorreu de acordo com o que foi planejado pelo cronograma de trabalho.

Diante do resultado obtido, foi importante considerar no projeto gráfico os apontamentos identificados pelos autores consultados. No entanto, a participação do usuário secundário no processo de criação por meio do grupo focal, ou seja, o professor, foi uma experiência deveras significativa para este projeto. Sem os depoimentos, sugestões, relato das melhores experiências e impressões por parte das participantes do referido grupo de discussão, este projeto não teria obtido o resultado que alcançou.

Referências

AZEVEDO, G. 2007. Novo viver e aprender: História e Geografia. 1º ano. São Paulo: Saraiva.

CEREJA, W. R; MAGALHÃES, T. 2008. Português – Linguagens: alfabetização e letramento. 1º ano do Ensino Fundamental. São Paulo: Atual.

FERREIRA, A. B. H. 1986. Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Botafogo: Nova Fronteira. Edição ampliada.

LUPTON, E. 2006. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac Naify.

MOREIRA, D. A. 2002. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson.

NIEMEYER, L. 2006. Tipografia: uma apresentação. 4. ed. Rio de Janeiro: 2AB.

NIGRO, R. G; CAMPOS, M. C. C. 2008. Ciências: 1º ano. São Paulo: Editora Ática.

SILVA, A. V. 1996. Prós e contras das letras bastão e cursivas. In: Nova Escola, São Paulo, n. 99, ano 11, p. 8-15, dez. 1996.

SILVA, R. S. 1985. Diagramação: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa. São Paulo: Summus.

TONDREAU, B. 2009. Criar grids: 100 fundamentos de layout. São Paulo: Editora Blucher.

ZUCKERMAN-PARKER, M.; SHANK, G. 2008. The town hall Focus Group: a new format for qualitative research methods. In: The Qualitative Report. n. 13. n. 4. dec. 2008. p. 630-635. Disponível em: < http://www.nova.edu/ssss/QR/QR13-

Sobre o(a/s) autor(a/es)

Michelle Pereira de Aguiar, Mestre, Universidade Positivo, Brasil <[email protected]>

Alexandre de Oliveira, Universidade Positivo, Brasil <[email protected]>

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação | 5º InfoDesign Brasil | 6º Congic Proceedings of the 6th Information Design International Conference | 5th InfoDesign Brazil | 6th Congic