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Michel Oliveira Gouveia Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia [email protected]

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Michel Oliveira Gouveia

Michel Gouveia

Prof. Michel Gouveia

Professor Michel Gouveia / Previtube

michelogouveia

[email protected]

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição

PREVISÃO CONSTITUICIONAL:

Artigo 201,§7º, CF/88.

PREVISÃO LEGAL:

Artigos 52 a 56 da Lei 8.213/91.

RPS:

Artigos 56 a 63 do Decreto 3048/99

O QUE É?

Se trata de benefício previdenciário, que será devido para o segurado quecompletar tempo de contribuição/serviço.Homem: 35 anosMulher: 30 anos

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

De acordo com o art. 56 do RPS (Decreto3048/99), será devida ao homem aos 35anos de contribuição e para mulher aos 30anos de contribuição.

Redução de 05 anos para os professores,exceto o professor Universitário.

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Aposentadoria por Tempo de ContribuiçãoProva da atividade perante o INSS (IN 77/2015)

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das

remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos

seguintes documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social

- CTPS;

b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou

do Livro de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do

trabalhador acompanhada de declaração fornecida pela empresa,

devidamente assinada e identificada por seu responsável;

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Aposentadoria por Tempo de ContribuiçãoProva da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das

remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos

seguintes documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

c) contrato individual de trabalho;

d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o

trabalhador como signatário e comprove seu registro narespectiva Delegacia Regional do Trabalho - DRT;

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Aposentadoria por Tempo de ContribuiçãoProva da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e

das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos

seguintes documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

e) termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do

Fundo de Garantia de Tempo de Serviço - FGTS;

f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado

por empregado da Caixa, desde que constem dados do empregador,

data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e

atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao

período em que se quer comprovar;

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Aposentadoria por Tempo de ContribuiçãoProva da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e

das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos

seguintes documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a

necessária identificação do empregador e do empregado;

h) declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e

identificada por seu responsável acompanhada de cópia autenticada

do cartão, livro ou folha de ponto; ou

i) outros documentos contemporâneos que possam vir a comprovar o

exercício de atividade junto à empresa;

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição CNIS - Particularidades da IN 77/2015

Art. 58 - A partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicação

do Decreto nº 6.722 30/12/2008, os dados constantes do CNIS

relativos a atividade, vínculos, remunerações e contribuições

valem, a qualquer tempo, como prova de filiação à Previdência

Social, tempo de contribuição e salários de contribuição.

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Tempo de Contribuição – IN 77

◦ Art. 681. Os dados constantes do CNISrelativos a vínculos, remunerações econtribuições valem como prova de filiaçãoà Previdência Social, tempo decontribuição e salários de contribuição,salvo comprovação de erro ou fraude.

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Tempo de Contribuição

Orientação Interna 174 INSS/DIRBEN, DE 29 DE AGOSTO DE 2007

Art. 5.º As informações constantes no CNISvalem, a partir de 1º de julho de 1994, para todosos efeitos como prova de:

I - filiação à Previdência Social;

II - relação de emprego;

III - tempo de serviço ou de contribuição;

IV - salário-de-contribuição.

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Súmula 75 da TNU:

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação àqual não se aponta defeito formal que lhe comprometa afidedignidade goza de presunção relativa de veracidade,formando prova suficiente de tempo de serviço para finsprevidenciários, ainda que a anotação de vínculo de empregonão conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais(CNIS).

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Tempo de Contribuição

Decreto 3.048/99

Art. 62. A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuiçãona forma do art. 60, observado o disposto no art. 19 e, no que couber, aspeculiaridades do segurado de que tratam as alíneas "j" e "l" do inciso V docaput do art. 9º e do art. 11, é feita mediante documentos que comprovemo exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo essesdocumentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar asdatas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, aduração do trabalho e a condição em que foi prestado.

§ 1º As anotações em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho ePrevidência Social relativas a férias, alterações de salários e outras quedemonstrem a seqüência do exercício da atividade podem suprir possívelfalha de registro de admissão ou dispensa.

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Tempo de ContribuiçãoDecreto 3.048/99

Art. 62. (...) § 2o Subsidiariamente ao disposto no art. 19, servem para aprova do tempo de contribuição que trata o caput: (Redação dada peloDecreto nº 6.722, de 2008).

I - para os trabalhadores em geral, os documentos seguintes:

a) o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a Carteirade Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a carteirasanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de contribuições dosextintos institutos de aposentadoria e pensões, a caderneta deinscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pelaSuperintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo DepartamentoNacional de Obras Contra as Secas e declarações da Secretaria daReceita Federal do Brasil;

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Pergunta-se: o que é tempo decontribuição?

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Para João Batista Lazzari:

“Para fins previdenciários, considera-setempo de contribuição, o tempocontado de data a data da atividade, ouseja, entrada e saída nas empresas ouinício e término do trabalho.”

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição Pelo conceito de João Batista Lazzari, tempo de

contribuição é tempo de serviço, tempo trabalhado.

Nesse sentindo, dispõe o artigo 4º da EC 20/98:

“Observado o disposto no art. 40, § 10, da CF, o tempode serviço considerado pela legislação vigente paraefeito de aposentadoria, cumprido até que a leidiscipline a matéria, será contado como tempo decontribuição.”

Logo, tempo de contribuição não é pagamento decontribuição e sim tempo trabalhado.

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Sendo assim podemos concluir quetempo de contribuição é ≠ de carência.

Tempo de contribuição, nos termos doart. 4º da EC 20/98 é considerado comotempo de serviço.

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Art. 4º da EC 20/98:

Observado o disposto no art. 40, § 10,da Constituição Federal, o tempo deserviço considerado pela legislaçãovigente para efeito de aposentadoria,cumprido até que a lei discipline amatéria, será contado como tempo decontribuição.

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O tempo em gozo de benefíciospor incapacidade é consideradocomo tempo de contribuição?

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Esse é um dos pontos mais importantes.

Temos aqueles que ficam anos e anos no auxílio-doença;aposentados por invalidez e os que recebem auxílio-acidente.

Em alguns casos e algumas agências do INSS, esses períodos sãoacrescidos ao tempo de contribuição.

Como é cediço, o INSS está na campanha da cessação dessesbenefícios.

Por isso é importante frisar que tais períodos devem seracrescidos ao tempo de contribuição do segurado.

Por quê?

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Vejamos o que determina o artigo 29, § 5º da Lei 8.213/91:

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dadapela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiverrecebido benefícios por incapacidade, sua duraçãoserá contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício queserviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustadonas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, nãopodendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Vejamos o que determina o artigo 32, § 6º do Decreto 3048/99:

Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada peloDecreto nº 3.265, de 1999)

§ 6º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiverrecebido benefício por incapacidade, considerar-se-á comosalário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício queserviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nasmesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, nãopodendo ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limitemáximo do salário-de-contribuição.

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Vejam que a Lei não fez restrição ao tipo do benefício porincapacidade, logo não havendo lapso para restrição, nãopode o interprete do direito fazer.

Trocando em miúdos: Se a lei nada dispõe sobre qual tipode benefício por incapacidade (auxílio-doença,aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente) este serácontado, não cabe ao judiciário interpretar a norma deforma restritiva.

Isso é hermenêutica jurídica.

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. CÔMPUTO DO

PERÍODO DE RECEBIMENTO APENAS DE AUXÍLIO-ACIDENTE PARA

A CARÊNCIA NECESSÁRIA À CONCESSÃO DA APOSENTADORIA

POR IDADE. POSSIBILIDADE. ECURSO ESPECIAL CONHECIDO E

PROVIDO.

1. O auxílio-acidente – e não apenas o auxílio-doença e a aposentadoria

por invalidez – pode ser considerado como espécie de "benefício por

incapacidade", apto a compor a carência necessária à concessão da

aposentadoria por idade.

2. In casu, é de ser observada a vetusta regra de hermenêutica, segundo

a qual "onde a lei não restringe, não cabe ao intérprete restringir" e,

portanto, não havendo, nas normas que regem a matéria, a restrição

imposta pelo Tribunal a quo, não subsiste o óbice imposto ao direito à

pensão por morte.

3. Recurso especial conhecido e provido.

RECURSO ESPECIAL Nº 1.243.760 - PR (2011/0059698-8)

RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Tempo de Contribuição

ACP Nº 0216249-77.2017.4.02.5101

A Justiça Federal no Rio de Janeiro concedeuliminar para que o Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS) passe a garantir a todos os seguradosdo país, para fins de carência, o tempo em quereceberam benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez), desde queintercalado com período de contribuição.

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Portanto, o tempo em que o segurado está emgozo do auxílio-acidente, também, deve serconsiderado para fins de carência e tempo decontribuição.

Dá pra usar para qualquer aposentadoria!!!

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Súmula 73 da TNU:

O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por

invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser

computado como tempo de contribuição ou para fins de

carência quando intercalado entre períodos nos quais houve

recolhimento de contribuições para a previdência social.

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Aposentadoria por tempo de contribuição

A instrução normativa 77/2015 do INSS, por vezes é mais benéfica para o segurado,veja-se o disposto no artigo 164:

"Art. 164. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo decontribuição, entre outros, conforme previsto no art. 60 do RPS:

(...)

XVI - o período de recebimento de benefício por incapacidade:a) o não decorrente de acidente do trabalho, entre períodos de atividade, ainda queem outra categoria de segurado, sendo que as contribuições como contribuinte emdobro, até outubro de 1991 ou como facultativo, a partir de novembro de 1991 suprema volta ao trabalho para fins de caracterização;“

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Tempo de Contribuição

AGR. EM RECURSO ESPECIAL Nº 522.011 - RS (2014/0125568-5)RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHOAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALPROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF -AGRAVADO: MARLENE TERESINHA MUNCIO COMPAGNONIADVOGADOS : MÁRCIA MARIA PIEROZAN - RS044061LUANA MAGALI SCHNEIDER E OUTRO(S) - RS076715DECISÃO. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO EM RECURSOESPECIAL. APOSENTADORIA POR IDADE URBANA.CÔMPUTO DO TEMPO DE RECEBIMENTO DE BENEFÍCIOPOR INCAPACIDADE PARA EFEITO DE CARÊNCIA.CONTRIBUIÇÃO EM PERÍODO INTERCALADO.ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NESTA CORTE. AGRAVODO INSS A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

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Tempo de Contribuição

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DO TEMPO DE BENEFÍCIOPOR INCAPACIDADE COMO PERÍODO DE CARÊNCIA E TEMPO DECONTRIBUIÇÃO. POSSIBILIDADE. PERÍODOS INTERCALADOS COMATIVIDADE OU CONTRIBUIÇÃO. SEGURADO FACULTATIVO.1. Otempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez podeser computado como tempo de contribuição ou para fins de carênciaquando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento decontribuições para a previdência social, inclusive como seguradofacultativo.2. Para que se considere período intercalado não é necessárioque o retorno à atividade (ou ao recolhimento de contribuiçõesprevidenciárias) seja imediato, bastando que ocorra antes dorequerimento de benefício posterior.(5018207-33.2017.4.04.7108,QUARTA TURMA RECURSAL DO RS, Relator CAIO ROBERTO SOUTODE MOURA, julgado em 06/06/2018)

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Como fica a questão da carência para este benefício?

Carência, nos termos do art. 24 da LB é o númeromínimo de contribuições mensais para que o seguradopossa fazer jus ao benefício requerido.

O inciso II do Art. 25 da LB dispõe que: este benefíciodepende de uma carência de 180contribuições/pagamentos mensais.

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

A carência é de 180 contribuições e nãoo pagamento de todo o períodotrabalhado.

O segurado tem que comprovar acarência e o tempo de serviço, apenasisso.

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Considera-se para efeito de carência:

Tempo de Contribuição para RPPS, desde que nãoutilizado naquele regime;

Salário-Maternidade;

15 dias pago pela Empresa;

Período anistiado político – 18/04/1946 até05/10/1988

Tempo de Contribuição

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Considera-se para efeito de carência:

-Contribuições Previdenciárias

contribuinte individual, contribuinte em dobro,segurado facultativo, equiparados a autônomos,empresários;

Tempo de Atividade do Empregado Domésticodesde sua filiação como segurado obrigatório – (LeiComplementar nº 150 de 01/06/2015).

Tempo de Contribuição

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Não será computado como período de carência:

Tempo de Serviço Militar (obrigatório);

Tempo de serviço do segurado trabalhador ruralanterior a novembro de 1991;

Período de retroação de DIC – Data do Início dasContribuições;

Tempo de Contribuição

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Tipos ou espécies de aposentadoria por tempo de contribuição.

Ainda existe a proporcional

Integral

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Terá direito a aposentadoria por tempode contribuição proporcional aquele quese filiou antes da EC 20/98.

Ou seja, todos que iniciaram suasatividades profissionais antes de16.12.1998, têm direito de usar a regraanterior.

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Aposentadoria por tempo de contribuição integral

Formas Requisitos Salário de Benefício

Direito adquirido

antes da EC 20/98

Homem 35 anos de trabalho e

mulher 30 anos

Média dos últimos 36

salários de contribuições

Regra de transição

– data de

publicação da EC

20/98

Homem 35 anos de tc + 53 anos

de idade + pedágio de 20%.

Mulher 30 anos de TC + 48

anos de idade + pedágio de

20%

Média dos últimos 36

salários de contribuições

ou regra atual, o que for

mais vantajoso

Após EC 20/98

Homem 35 anos de TC e

mulher 30 anos de TC

Média dos 80% maiores

salários de contribuições

de 07/94 até a DER.

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Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

Aposentadoria por tempo de contribuição proporcional

Formas Requisitos Salário de Benefício

Direito adquirido

antes da EC 20/98

Homem 30 anos de trabalho e

mulher 25 anos

Média dos últimos 36 SC.

70% + 6% para cada anos

de trabalho.

Regra de transição

– data de

publicação da EC

20/98

Homem 30 anos de tc + 53 anos

de idade + pedágio de 40%.

Mulher 25 anos de TC + 48

anos de idade + pedágio de

40%

Média dos últimos 36

salários de contribuições

ou regra atual, o que for

mais vantajoso.

70% + 5% para cada ano

de trabalho.

Após EC 20/98 Extinta

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No cálculo da apuração do valor da renda mensal inicial da aposentadoriapor tempo de contribuição, haverá a incidência do fator previdenciário,representado pela fórmula abaixo:

f =Tc x a x[ 1+( Id+Tc x a ) ]

ES 100

f = fator previdenciário;

Es= expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;

Tc= tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;

Id= idade no momento da aposentadoria;

a= alíquota de contribuição correspondente a 0,31. ( 20% da empresa e 11%do segurado)

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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A lei 9.876/99 trouxe para o mundo previdenciário o fator previdenciárioe para equiparação na fórmula do cálculo deve-se observar alguns regras.

A regra é acrescentar ao tempo de contribuição os seguintes fatores:

a) cinco anos, quando se tratar de mulher;

b) cinco anos, quando se tratar de professor que comproveexclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério naeducação infantil e no ensino fundamental médio;

c) dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamentetempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantile no ensino fundamental médio.

Aposentadoriapor Tempo de Contribuição

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REGRA 85/95

Lei 13.183/15

Art. 1o A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar comas seguintes alterações:

“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a

aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não

incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua

aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e

de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de

requerimento da aposentadoria, for:

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REGRA 85/95

I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, sehomem, observando o tempo mínimo decontribuição de trinta e cinco anos; ou

II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, semulher, observando o tempo mínimo decontribuição de trinta anos.

§ 1º As somas de idade e de tempo de contribuiçãoprevistas no caput serão majoradas em um pontoem:

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REGRA 85/95

§ 2º As somas de idade e de tempo de contribuição previstasno caput serão majoradas em um ponto em:

I - 31 de dezembro de 2018;

II - 31 de dezembro de 2020;

III - 31 de dezembro de 2022;

IV - 31 de dezembro de 2024; e

V - 31 de dezembro de 2026.

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Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Para o empregado e contribuinteindividual, presume-se o recolhimentoda Contribuição Previdenciária, peloempregador.

Enunciado 18 do CRPS

Art. 30 e seguintes da Lei 8.212/91.

Lei 10.666/03

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Empregado Doméstico

A empregada doméstica, também tem a presunção dos recolhimentos dascontribuições previdenciárias por parte do empregador doméstico.

Atenção para redação do artigo:

Artigo 30 da Lei 8.212/91

V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuiçãodo segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como aparcela a seu cargo, no prazo referido no inciso II deste artigo;(Redação dada pela Lei n° 8.444, de 20.7.92) (redação antiga)

V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher acontribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como aparcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao dacompetência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

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JurisprudênciaPREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.RECONHECIMENTO DEATIVIDADE RURAL COM REGISTRO EM CTPS. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR.1. Os contratos de trabalhos registrados na CTPS, independente de constarem ou não dos dadosassentados no CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, devem ser contados, pelaAutarquia Previdenciária, como tempo de contribuição, em consonância com o comando expressono Art. 19, do Decreto 3.048/99 e no Art. 29, § 2º, letra "d", da Consolidação das Leis do Trabalho.2. O recolhimento das contribuições devidas ao INSS decorre de uma obrigação legal que incumbeà autarquia fiscalizar. Não efetuados os recolhimentos pelo empregador, ou não constantes nosregistros do CNIS, não se permite que tal fato resulte em prejuízo ao segurado, imputando-se aeste o ônus de comprová-los.3. A correção monetária, que incide sobre as prestações em atraso desde as respectivas competências, e osjuros de mora devem ser aplicados de acordo com o Manual de Orientação de Procedimentos para osCálculos na Justiça Federal e, no que couber, observando-se o decidido pelo e. Supremo Tribunal Federal,quando do julgamento da questão de ordem nas ADIs 4357 e 4425.4. Os juros de mora incidirão até a data da expedição do precatório/RPV, conforme entendimentoconsolidado na c. 3ª Seção desta Corte (AL em EI nº 0001940-31.2002.4.03.610). A partir de então deve serobservada a Súmula Vinculante nº 17.8. Remessa oficial provida em parte e apelações desprovidas.5. Os honorários advocatícios devem observar as disposições contidas no inciso II, do § 4º, do Art. 85, doCPC, e a Súmula 111, do e. STJ.6. A autarquia previdenciária está isenta das custas e emolumentos, nos termos do Art. 4º, I, da Lei9.289/96, do Art. 24-A da Lei 9.028/95, com a redação dada pelo Art. 3º da MP 2.180-35/01, e do Art. 8º, § 1º,da Lei 8.620/93.7. Remessa oficial provida em parte e apelação desprovida.(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2018744 - 0035421-17.2014.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em 18/10/2016, e-DJF3Judicial 1 DATA:26/10/2016

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Ausência de recolhimento das contribuiçõesprevidenciárias.

ENUNCIADO CRPS Nº 18

Não se indefere benefício sob fundamento de falta de

recolhimento de contribuição previdenciária quando esta

obrigação for devida pelo empregador.

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Bibliografia