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Sábado, 3 de novembro de 2012 Distribuição gratuita nas estações do metrô l Venda proibida | 6695 | ano 38www.metronews.com.br

Copa Metrô News entra na fase eliminatória

Festival traz arte milenar do teatro de bonecos

esportesespetáculos Pág. 13 Pág. 14

TardeManhã Noite

Previsão para São Paulo

Font

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MEC mobilizado para garantir segurança no exame do Enem

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse a que 3.400 itens foram mo-nitorados para garantir total segurança na aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado hoje e amanhã para cerca de 5,7 milhões de estudantes. Págs. 4 a 8

Amanhã comemora-se o Dia Nacional do Inventor. E são de brasileiros alguns inventos que fazem parte do nosso cotidiano. A cirurgiã dentista Therezinha Alves de Andrade Zorowich inventou, em 1959, o escorredor de arroz. O identificador de chamadas, o popular Bina, foi inventado por Nélio Nicolai na década de 1980. Pág. 12

amanhã é dia do inventor

DIVULGAÇÃO

Show do SlaSh na faixaQuer assistir ao show do Slash, dia 6, no Espaço das Américas (Rua Tagipu-ru, 795, Barra Funda, tel.: 3864-5566)? Então res-ponda à pergunta ‘O que será que Slash esconde dentro da cartola’ no email maur icio.nunes@metro-news.com.br. Os autores das cinco melhores respos-tas vão ver o show na faixa por conta do Metrô News.

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Na última quarta-feira, um tradicional jornal paulistano re-gistrou vendagem expressiva. A edição do dia 31 de outubro do Jornal da Tarde esgotou-se de manhã. Foi a última vez que o JT foi para as ruas. Depois de 46 anos, o vespertino idealizado pelo jornalista Mino Carta – o primeiro editor-chefe –, que se trans-formou em matutino nos anos 80, encerrou a sua rica trajetória. Saiu das bancas de jornais para ficar na história do jornalismo brasileiro – e eternamente na memória de legiões de paulistanos.

Pela sua redação, no imponente prédio do Grupo Estado na Marginal Tietê, passaram grandes nomes do jornalismo, mestres do ofício que formaram gerações de jornalistas que estão hoje es-

palhados por redações da Capital, do Interior e de diversos Estados.

O Jornal da Tarde promoveu uma revolu-ção. Embora fosse um jornal de âmbito esta-dual, entrou para a his-

tória do jornalismo brasileiro com a sua irreverência, coragem e talento, expressas sobretudo nas suas capas audaciosas.

Explorava muito branco, fotografias, caricaturas – e apenas com essas imagens exprimia tudo. A mais famosa primeira pági-na do JT é a foto de um garoto com camisa da seleção brasileira chorando a eliminação do escrete dirigido por Telê Santana, que encantou o mundo da bola na Copa do Mundo da Espanha, em 1982, mas foi eliminado pela Itália.

As suas grandes reportagens também serão sempre lembra-das. O jornalismo se aproximava da literatura nos tempos áureos do JT, inspirado no ‘New Journalism’ (‘Novo Jornalismo’), um gê-nero jornalístico que surgiu nos EUA na década de 60, e que teve como grandes expoentes Norman Mailer, Truman Capote, Tom Wolfe, Gay Talese e Hunter Thompson.

O JT sempre se pautou pela forte ligação com a cidade, com cobertura que priorizava o noticiário local, dando voz às deman-das dos paulistanos e divulgando a fervilhante vida cultural de Sampa. O Metrô News reverencia o Jornal da Tarde, a sua histó-ria, o seu exemplo de jornalismo comprometido com a qualidade e a prestação de serviço aos leitores e, principalmente, todos os jornalistas que fizeram parte dessa trajetória inesquecível. Valeu!

Tiragem: 150 mil exemplareswww.metronews.com.br

Metrô News

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Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Editorial

cEna paulistana anotE

Metrô News reverencia o JT, a sua história e seu exemplo de jornalismo comprometido

com qualidade e prestação de serviço aos leitores

“Alunos deficientes auditivos interessam-se em aprender outra língua”

Ponto de Vista

david marcelo p. berto

é coodenador de

línguas estrangeiras

da planeta educação

Aprender uma língua é fascinante, não so-mente pelo fato de falar palavras e frases em outro idioma, mas também pelo contato com culturas que permeiam as línguas estudadas. Sempre ouvimos falar da importância de se aprender uma nova língua e dos benefícios pes-soais e profissionais que ela pode trazer.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira dizem ser “indispensável que o ensino da Língua Estrangeira seja enten-dido e concretizado como o ensino que ofere-ce instrumentos indispensáveis de trabalho” e que permite “um acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia”. Tudo isso pode pare-cer interessante para nossos alunos que jogam videogames, assistem a filmes, acessam a inter-net, planejam uma viagem, enfim, realizam ati-vidades como qualquer outro indivíduo.

Com o início da inclusão, passamos a re-ceber, em salas de aula convencionais, alunos que não têm nessas atividades hobby ou que não compreendem essas diferenças culturais e linguísticas. Entre os alunos inclusivos, vamos destacar um: o surdo, aquele que sofreu perda dos sentidos da audição, desde leve até profun-

n Estão prorrogadas até a próxima semana as inscrição de projetos no Programa Petrobras Cul-tural 2012. A nova edição do programa da estatal destinará R$ 67 milhões – a maior verba de todas as edições – para 11 áreas culturais no âmbito das linhas Preservação e Memória, Produção e Di-fusão. As inscrições dos projetos podem ser feitas pelo site www.petrobras.com.br/ppc

Frutas deliciosas no Mercado Municipal na Rua Barão de Duprat, no Centro

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Jornal da Tarde sai das bancas para história

da. Essa deficiência afeta a fala, dependendo do grau da surdez. A maioria dos que pertencem a essa comunidade comunica-se utilizando a Li-bras (Língua Brasileira de Sinais), que tem sua própria gramática, sintaxe, morfologia e fonéti-ca. Alguns se comunicam com sinais domésti-cos, que a própria família e amigos criam.

Será que é possível levar um aluno surdo a se interessar pela aprendizagem da língua in-glesa? O que fazer para atrair os alunos surdos? São questionamentos frequentes dos professo-res, que podem levar à insegurança e ao medo.

O professor precisa mudar seu método de ensino. O aluno surdo se expressa e aprende as coisas de forma diferente quando comparado aos alunos ouvintes. Nós nos acostumamos a incentivar nossos alunos a buscar a pronúncia perfeita, repetindo as palavras que ensinamos, focando em conversações. Tudo isso não faz sentido para surdos, porque eles não conhecem os sons das letras, dos fonemas e sílabas. Antes, o educador deve pensar que, em compensação à falta da audição, os alunos surdos são muito visuais. Por isso, a utilização de figuras facilita muito sua aprendizagem. O aluno vai associar a imagem da palavra escrita à imagem do obje-to/palavra em questão. Esse método ajudará até mesmo o professor que não tem conhecimento sobre a língua de sinais.

Aluno surdo não precisa aprender somen-te palavras soltas. Alunos deficientes auditivos interessam-se em aprender outra língua. O professor deve aproveitar essa característica e preparar sua aula pensando nesses alunos, para que não desanimem ou se decepcionem. Sof-twares educacionais são uma boa pedida.

O professor deve tomar cuidado ao ques-tionar a forma de escrita. Em Libras, a ordem das palavras na frase é diferente no português e também na língua inglesa, podendo haver dificuldades em compreender a ordem dos adjetivos em relação aos substantivos. Muitos educadores acabam confundindo a deficiência auditiva com a mental. As duas não têm proxi-midade alguma. Por conta desse equívoco, aca-bam deixando de lado a prática da leitura, tanto na primeira língua quanto numa segunda.

Ensino da língua inglesa para surdos

OpiniãO Metrô News2 Sábado, 3 de novembro de 20122

3Sábado, 3 de novembro de 2012METRÔ NEWS

4 Sábado, 3 de novembro de 2012 METRÔ NEWS

n Aline FerreirA

A Fuvest 2012 registrou o total de 146.892 candida-tos inscritos, com a maior concorrência nos cursos de Engenharia Civil, com 3.136, e a relação candida-to/vaga de 52,27; e o curso de Medicina, com 14.074, a relação candidato/vaga de 51,18. Em contrapartida, cursos como Saúde Pública, licenciatura em Geociências e Educação Ambiental e Ci-ências da Atividade Física na USP Leste aparecem com a menor taxa de concorrên-cia. O primeiro com apenas 52 inscritos para 40 vagas, ou seja, a relação candidato/vaga é de somente 1,30.

O motivo para a baixa procura para esses cursos é explicado pela vice-coorde-nadora do curso de Ciências da Atividade Física, da Esco-la de Artes, Ciência e Huma-nidades (Each) da USP Leste,

Marília Velardi. Segundo ela, o fato se deve à falta de prestígio que os cursos de licenciatura vêm tendo, de-vido à desvalorização da pro-fissão de professor.

Além disso, a doutora em Educação Física cita a baixa remuneração que essas áreas apresentam, o que influencia os vestibulandos a procurar cursos como Engenharia, por exemplo. Marília ainda reitera que este tipo de cur-so não é reconhecido social-mente, pois ainda não foi possível a inserção dos alu-nos no mercado de trabalho.

“Quando a sociedade reconhecer a qualidade do profissional, as pessoas co-meçarão a procurar o curso, que é bem contemporâneo. O problema é que a área ain-da não conseguiu mostrar o diferencial no mercado pro-fissional devido às vagas da saúde pública pouco divulga-das”, lamenta Marília.

USP tem 40 vagas para Saúde Pública e só 52 candidatos

O curso de Ciências da Atividade Física faz parte da Educação Física. Porém, a área de atuação é voltada à saúde pública, visando a atividade física em hospitais, UBS, Caps, entre outros.

A vice-coordenadora do curso na USP, Marília Velardi,

diz que a remuneração é me-lhor do que na Educação Físi-ca, já que o mercado está em expansão.

E pede que vestibulandos leiam no manual da Fuvest mais do curso que, além de moderno, é novo conceito na área de Educação Física. (AF)

Novo conceito de Educação FísicaSociedade ainda vai reconhecer profissionais de áreas como de Ciências de Atividade Física

São esperados 5,7 milhões de inscritos para as provas que começam hoje em 1.615 cidades

Outro curso de baixa procura na USP é Ciências da Atividade Física, voltado para saúde pública em hospitais e UBS

Gercom

CIDADE

MEC investe em pessoal de apoio para provas e equipe aumenta 25%

Para tentar evitar proble-mas com os aplicadores das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) investiu na contrata-ção de pessoal de apoio e au-mentou em 25% o tamanho da equipe. O MEC já conta com os faltosos e afirma que o planejamento de prepara-ção dessa equipe começou em outubro. Apesar do es-forço, há fiscais que não fize-ram o treinamento e foram convocados há poucos dias

O exame começa hoje em 1.615 cidades do País. São esperados 5,7 milhões de inscritos. O exame é usado como processo sele-

Ao todo, 95 instituições de ensino superior no País, in-cluindo 38 institutos federais, aceitam, atualmente, a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será feito hoje e amanhã, como critério para o ingresso de alunos no ensino superior.

O Enem foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de ava-liar o desempenho do estudan-te ao fim da escolaridade bási-ca. Em 2009, passou a ter mais importância, quando passou a substituir o vestibular em algumas universidades, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Para 2013, as universida-des e os institutos federais ain-da divulgarão o total de vagas ofertadas. Ainda existe a pos-sibilidade de que outras insti-

tuições façam adesão ao Sisu e passem a usar a nota do Enem para selecionar estudantes.

No primeiro semestre des-te ano, o Sisu ofereceu mais de 108,5 mil vagas para 3.327 cur-sos de 95 instituições públicas de ensino superior. A nota do exame do ensino médio ainda pode para garantir bolsas de estudo parciais ou integrais por meio do Programa Uni-versidade para Todos (ProUni) e é pré-requisito do Fies. (ABr)

ganhou status de vestibular em 2009 -, estudantes passa-ram a reclamar ainda mais do despreparo dos fiscais na hora da aplicação. São eles os responsáveis por orientar o preenchimento do exame, fazer valer as regras da pro-va, tirar dúvidas e agir em caso de detecção de cola.

Segundo o MEC, parti-cipam da aplicação 539.919 pessoas, entre coordena-dores, fiscais e pessoal de apoio. Em 2011, esse número girava em torno de 435 mil. O aumento reflete o salto de 7% no número de inscritos no exame, mas também a preocupação do MEC de evi-tar transtornos. (AE)

tivo para praticamente todas as universidades federais do Brasil, além de critério para concessão de bolsas do Progra-ma Universidade Para Todos (ProUni), financiamento estu-dantil e certificação do ensino médio. Com o crescimento da importância do exame - que

Enem aceito em 95 faculdades

Em 2009, exame passou a substituir o vestibular

5Sábado, 3 de novembro de 2012METRÔ NEWS

6 CIDADE METRÔ NEWSSábado, 3 de novembro de 20126

Tecnólogo permite rápido acesso ao mercadon aline ferreira

Para quem está inician-do curso superior há formas variadas de levar os estudos. Os tradicionais bacharelado e licenciatura, geralmente das áreas de Biológicas, Exatas e Humanas, agora dividem espaço com outros de curta duração, como de tecnólogo.

Doutoranda da PUC-SP do Programa de Educação, Elsa Lopes explica a diferença para aqueles que ainda possuem dúvidas sobre qual tipo de cur-so escolher. “Hoje, ao ingressar em uma universidade, é im-

portante que o aluno tenha em mente os diferentes cursos oferecidos, assim como suas vantagens e desvantagens. Além da diversidade de cursos e universidades, também há a diferenciação entre as modali-dades”, diz.

Elsa explica que o bachare-lado habilita o aluno a exercer uma profissão de nível supe-rior – com duração de quatro a seis anos. “O bacharelado tem como foco a formação de profissionais como médicos, advogados, engenheiros, e traz na sua grade estágios supervi-sionados com diferentes cargas

horárias, de acordo com cada curso”, explica.

A licenciatura é voltada à formação de professores para atuar nas áreas de Educação Infantil, Ensino Fundamen-tal e Médio. A duração deste tipo de curso é de três a quatro anos, e tem como exigência o cumprimento de estágios. “Al-gumas instituições de ensino dispõem das duas opções aos alunos em determinadas ma-térias, possibilitando se tornar bacharel ou diplomado em li-cenciatura”, diz Elsa Lopes.

O curso de tecnólogo tem como principal vantagem

o rápido acesso ao mercado de trabalho. Tem em média duração de dois anos. “Esses cursos têm como finalida-de atender às demandas do mercado e normalmente os alunos que ingressam nesta modalidade de ensino são profissionais que já estão atuando na área e necessi-tam de formação específica exigida por suas empresas”, afirma. Porém, Elsa faz um alerta a quem escolhe este tipo de curso. Segundo ela, dependendo da região ou área de trabalho, o bacharel ainda é o mais valorizado.

Dependendo da área, bacharelado é mais valorizado

“É importante oaluno ter em mente diferentes cursos que são oferecidos”

Elsa lopEsdo programa de Educação da pUC-sp

Tradicionais cursos de bacharelado, de quatro a seis anos, ou licenciatura, de três a quatros anos, passaram a dividir espaço ultimamente com outros de curta duração, como o de tecnólogo

DIVULGAÇÃO

Professor defende reorganização do ensino médio para estimular alunoO Exame Nacional do En-

sino Médio (Enem) já pode ser comparado às provas adotadas por países desen-volvidos para ingresso em universidades, como o S.A.T. (Scholastic Aptitude Test, Teste de Aptidão Escolar em tradução livre), nos EUA, ou vestibulares unificados de países europeus, como a França e a Alemanha.

Apesar de equiparar a prova nacional a modelos estrangeiros consolidados, o professor da Faculdade de Educação da Universida-de de Brasília (UnB) Remi Castioni diz que, para que o Brasil colha os mesmos resultados educacionais das grandes economias, precisa

repensar a estrutura ofereci-da no ensino médio.

“Precisamos definir de fato qual o papel do ensino médio e a ligação com o in-gresso na universidade. É impossível o formato que o ensino médio assumiu, com 23 componentes curriculares. Por isso, ele é hoje pouco atra-ente e uma espécie de passa-gem forçada para chegar à universidade. Acabou sendo um mau necessário”, avaliou.

Segundo o professor, os jovens não conseguem en-tender o motivo de muitos desses conteúdos serem co-brados sem que tenham re-lação com as habilidades que pretendem desenvolver.

“Temos de reorganizar

nosso ensino médio, sem prejudicar a formação dos jo-vens, mas também não deses-timular seu desempenho nes-sa etapa. O aluno poderia ter a carga de disciplinas tradi-cionais, mas poderia escolher outras formações que diriam respeito mais a opções indivi-duais e [ajudariam a] direcio-nar para o ensino superior”, defendeu Castioni. (ABr)

Enem este ano tem 5,7 milhões de inscriçõesO marco da transformação do

Enem ocorreu em 2009, quando o exame passou a ser usado por várias universidades como critério de ingres-so em cursos superiores.

O crescimento do Enem pode ser medido pelo número de inscrições, que passou de cerca de 100 mil, em 2008, para cerca de 5,7 milhões neste ano. O processo foi acompanhado por uma série de complicações ao longo dos últimos anos.

Até mesmo antes de 2009, notí-cias veiculadas na imprensa mostraram que dados pessoais de participantes das edições de 2007, 2008 e 2009 do Enem puderam ser acessados livre-mente na internet.

Em 2009, as provas do Enem vazaram e o exame teve de ser cance-lado e remarcado. Em 2010, os alunos receberam as provas com erros de im-

pressão e os gabaritos não conferiam. No ano passado, alunos de um colégio de Fortaleza tiveram acesso ao conte-údo de questões cobradas no exame, que estavam em apostila distribuída pela escola semanas antes da aplica-ção do Enem. O vazamento ocorreu na fase de pré-testes do exame. Os alunos tiveram de refazer a prova.

“Um exame dessa grandiosidade demonstrou, em um primeiro momen-to, que o Brasil não tinha tecnologia para lidar com as adversidades que surgiram. Mas a experiência que o MEC [Ministério da Educação] acumulou permitiu adquirir a tecnologia neces-sária”, avaliou Remi Castioni, professor da UnB. Para ele, o aprendizado acu-mulado pelos organizadores da prova é suficiente para contornar problemas comuns na aplicação de provas em lar-ga escala como o Enem. (aBr)

Formato do ensino médio assumiu 23 componentes curriculares

7Sábado, 3 de novembro de 2012METRÔ NEWS

8 Sábado, 3 de novembro de 2012 METRÔ NEWS

Fundo do MECfinancia curso emfaculdade privada

n Aline FerreirA

Os estudantes de baixa renda que não passaram no vestibular da faculdade pública ou ingressaram na universidade por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni) po-dem encontrar a solução em um financiamento de seus estudos.

O programa do Minis-tério da Educação (MEC) que auxilia os futuros uni-versitários a custear seus estudos por meio de um empréstimo é o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Com juros de 3,4% ao ano para todos os cur-sos, os estudantes conse-guem no mínimo 50% de

financiamento, e o máximo de 100%.

Depois da formação, o aluno recebe o prazo de um ano para começar a receber os boletos de cobrança. O coordenador de compras especiais Renê Nunes, de 32 anos, participou do Fies para estudar Jornalismo. Passados sete anos de for-mação (2005), Nunes ain-da se vê preso à dívida que carregará até novembro de 2013. Porém, ressalta que o financiamento vale a pena.

“A parte mais burocráti-ca é que você precisa de um fiador. E se atrasar uma par-cela corre risco de o nome ficar sujo. Mas para quem não tem condições ainda é um bom negócio”, diz.

Estudantes beneficiados pelo Fies poderão antecipar o término do financiamento com base nos critérios estabe-lecidos na Portaria Normativa 19, publicada quinta-feira pelo Ministério da Educação no Di-ário Oficial da União.

De acordo com a norma, o encerramento não dispensa o estudante de quitar a dívida já contraída.

Depois de requerer o encer-ramento, o estudante terá a op-ção de manter ou não o tempo de carência e de amortização previstos no contrato antes de iniciar o pagamento.

A escolha deve ser infor-mada no prazo de cinco dias, contados a partir do terceiro dia após data da confirmação do encerramento no sistema informatizado do Fies. (ABr)

Regulamentada quitação antecipada

Monitorados 3.400 itens para segurança do Enem O ministro da Educação,

Aloizio Mercadante, disse quinta-feira que 3.400 itens foram monitorados para garantir total segurança na aplicação das provas do Exa-me Nacional do Ensino Mé-dio (Enem) que será realiza-do hoje e amanhã.

“Está tudo pronto. Agora, é momento de todos ficarem tranquilos para fazer uma boa prova (…) Estamos traba-lhando com toda intensidade para dar total tranquilidade para fazer uma excelente prova”, disse Mercadante.

O ministro ressaltou o tamanho do exame, que vai avaliar mais de 5,7 milhões de alunos em todo o País. “O Enem é o segundo maior concurso de todo o planeta. É a segunda maior operação logística para fazermos uma prova como esta. Vamos ter 566 mil pessoas trabalhando para garantir a segurança e a tranquilidade dos estudan-tes”, afirmou.

O ministro destacou os benefícios do Enem e orien-tou os alunos a “caprichar” na prova, já que o rendimen-to no exame é uma oportu-nidade para estudantes que querem ingressar em univer-sidades federais ou faculda-des particulares do País.

“[O Enem] é uma porta espetacular. Os alunos que forem bem no Enem pode-rão optar por uma bolsa do ProUni [Programa Universi-dade para Todos] e não pa-garão nada se forem estudar nas universidades particula-res. Temos um segundo be-nefício, que é o Fies [Fundo de Financiamento Estudan-til]. Financiamos o curso com juros de 3,4% ao ano, sem correção da inflação. Além disso, se ele tirar mais de 600 pontos no Enem, pode en-trar em qualquer faculdade [federal]. Quando estiver no segundo ano da faculdade, pode pleitear uma bolsa do Ciência sem Fronteira.” (AE)

Fies foicriado em 1999, em substituição ao Programa de Crédito Educativo

Previsão é que os gabaritos do Enem sejam divulgados dia 7 e resultados gerais só em 28 de dezembro

Leonel Cunha é coordenador geral do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

Ministro Mercadante eLuiz Cláudio Costa, presidenetedo Inep

CIDADE

Hoje é o primeiro dia de provasHoje, primeiro dia de pro-

vas do Enem, os candidatos respondem a questões de ci-ências humanas e suas tecno-logias e ciências da natureza e suas tecnologias. Amanhã, serão as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias e de matemática e suas tecnologias.

No último dia do exame, o aluno também fará a reda-ção. Para realização da prova,

o candidato deve levar um documento pessoal com foto, como a carteira de identidade, e o cartão da confirmação da inscrição. Quem não recebeu o documento em casa pode acessá-lo no enem.inep.gov.br.

O preenchimento do car-tão de respostas e a redação devem ser feitos com caneta esferográfica de tinta preta, de material transparente. (ABr)

Bruno Spada / aBr

Elza Fiuza / aBr

9Sábado, 3 de novembro de 2012METRÔ NEWS

10 CIDADE METRÔ NEWSSábado, 3 de novembro de 201210

Vítimas da ditadura homenageadas em ato ecumênicon Aline FerreirA

Na data em que foi cele-brado o Dia de Finados, a Co-missão da Verdade Vladimir Herzog realizou ontem um ato ecumênico no Cemitério de Vila Formosa, em memó-ria das vítimas da violência de agentes do Estado durante a ditadura militar, e dos jovens de periferia mortos pela Polí-cia Militar nos últimos dias.

O vereador e presidente da Comissão da Verdade, Italo Cardoso (PT), disse que o ato representava uma chama ace-sa, de busca e esperança.

“Muitos familiares estão hoje chorando pelo o que acon-teceu ontem (quinta-feira) de madrugada. Os motivos não são muito diferentes. Que este ato permita que estas mães e estes pais não tenham de esperar 40 anos para fazer o que nós estamos fazendo aqui hoje. O Estado é o mesmo, são as mesmas pessoas, com as mesmas ordens, sabe-se lá de onde, em nome de quem e para quê”, lamentou.

Nicolau Bruno de Almeida, cineasta, de 33 anos, filho de Ângela Mendes de Almeida,

PETER LEONE / FUTURA PRESS / AE

ex-mulher do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto em 1971 pelo DOI-Codi (órgão de repressão durante a ditadura) estava presente no ato e fez uma comparação com a situa-ção atual. “A Polícia Militar foi formada por esses princípios e por essa lógica. E isso se repro-duz até hoje, atacando, sobre-tudo, a juventude pobre das periferias, com as mesmas práticas de tortura, assassina-to e omissão dos corpos.”

A enfermeira aposentada Crimeia Almeida, de 66 anos, ex-presa política, frisa que en-quanto torturador for anistia-do, esses crimes continuarão acontecendo. “A impunidade impera desde o tempo da di-tadura e persiste. Se a gente quer acabar com este tipo de crime, temos de acabar com a impunidade”, afirma.

‘Jonas’, da ALN, estaria no Cemitério de Vila FormosaO Cemitério de Vila Formo-

sa local foi um dos utilizados no Estado de São Paulo para enterrar os corpos de vítimas de tortura e assassinato come-tidos por agentes públicos sob ordem da ditadura militar.

Há décadas familiares lu-tam pela investigação de desa-parecimentos e pela identifica-ção de restos mortais daqueles que enfrentaram a ditadura na

busca por democracia.O cemitério passou por

processo de descaracterização, com alargamento de ruas e plantio de árvores que inva-diram áreas reservadas às se-pulturas, alterações que têm relação com ocultação de cadá-veres, segundo especialistas. Em um dos locais alterados es-taria o corpo do operário Vir-gílio Gomes da Silva, o ‘Jonas’,

da Aliança Libertadora Nacio-nal (ALN) e do Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos.

Apuração da procuradoria da República aponta que a se-pultura e a quadra em que es-taria Virgílio, que participou do sequestro do embaixador Charles Burke Elbrick, foram renumeradas e os restos mor-tais transferidos para um os-suário não identificado.

Ato representa uma chama acesa de busca e esperança, diz Ítalo Cardoso

Cemitério passou por alargamento de ruas para descaracterizar e dificultar localização de militantes

Fãs visitam túmulos de celebridades no Dia de FinadosO feriado do Dia de Fi-

nados, celebrado na data de 2 de novembro, é marcado pela movimentação nos ce-mitérios para a visita nos tú-mulos de parentes ou entes queridos pelas famílias.

No Cemitério Gethsêna-ni, no Morumbi, estão enter-rados os corpos do apresen-tador Clodovil Hernandes, da cantora Elis Regina e do piloto de F-1 Ayrton Senna.

Dentre as celebridades do cemitério, o único túmu-lo que recebe muitas visitas, velas e vasos de flores é o do Senna. Com uma bandeira do Brasil ao lado de seu jazi-go, o local logo chama aten-ção atrai diversas pessoas.

A dona de casa Ana Isabel, de 54 anos, conta que há nove visita o túmulo do pai e apro-veita para passar na sepultu-

ra do ídolo e deixar uma flor, como forma de homenagem. “Ele foi um exemplo de espor-tista e brasileiro não só por ser campeão, mas também por ter orgulho de seu País”, diz. (AF)

flores para hebePassado pouco mais de um mês de sua morte, o túmulo de Hebe Camargo continua recebendo fãs. A diarista Ira-nete Barbosa, 54 anos, mora em Guaianases, ZonaLeste, e pegou quatro conduções para chegar ao cemitério em que a apresentadora foi sepultada, o Gethsêmani, no Morumbi. Após rezar o terço à homena-geada, juntou-se a um grupo de 30 pessoas para orar pela dama da televisão brasileira.

MARCOS BEZERRA / FUTURA PRESS / AE

Túmulo de Hebe Camargo recebeu atenção especial dos fãs no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, na Zona Sul

11ECONOMIAMETRÔ NEWS Sábado, 3 de novembro de 2012 11

Por Hilário Bocchi Jr.

www.queromeaposentar.com.br

e-mail: suaaposentadoria@metronews.com.br

INSS: segurado paga mais do que irá receberVocê não pode voltar no

tempo, mas pode evitar que os erros do passado conti-nuem acontecendo.

Por falta de informação e planejamento o segurado da Previdência Social paga contribuições que não serão revertidas em benefício. Em alguns casos paga-se muito alto e se obtém aposentado-rias com valor baixo.

É possível diagnosticar quando o trabalhador se apo-sentará; quanto e como deve contribuir e qual será o valor

simulado de sua renda futura.A Aposentfácil, empresa

especializada em planejamen-to de aposentadorias, simulou duas situações: a de um segu-rado que sempre pagou dois salários mínimos e de outro que pagou o valor máximo.

Considerando a idade de 53 anos para o homem, 48 anos para a mulher e contri-buições sobre dois salários mínimos, ambos se aposen-tarão por tempo de contri-buição com valor igual ao salário mínimo.

Quem pagou com base no valor máximo permitido que hoje é de R$ 3.916,20, consi-derando as mesmas idades do exemplo acima, a aposentado-ria por tempo de contribuição do homem seria R$ 2.345,24 e a da mulher seria R$ 1.971,25.

Em resumo, quem paga dois salários mínimos se aposentará com um; o ho-mem que contribuiu com o valor máximo se aposentará com 60% do que pagou. Esse percentual cai para 50% se a contribuinte for mulher.

Dúvidas sobre trabalho e previdência.O que é preciso fazer para planejar a melhor aposentadoria no INSS?

É possível saber quanto irei receber quando me aposentar?

Como posso saber os valores que já contribuí?

Para alcançar o melhor benefício o segurado precisará superar três fa-ses: identificar quando irá se aposentar; simular o valor atual do benefí-cio; e, finalmente, com base nesses dois primeiros passos, definir como efetuará as contribuições futuras até a data da sua aposentadoria.

Os elementos das três fases acima permitem a simulação da renda futura do valor da aposentadoria. Isso poderá ajudar na identificação da necessidade da contratação de um plano de previdência privada para adequar a renda futura à sua atual realidade.

Todos os trabalhadores deveriam buscar gratuitamente no INSS um do-cumento chamado CNIS. Nele consta todos os contratos de trabalho e valor das contribuições. Esse documento é essencial para planejar o futuro valor de seu benefício.

Pulo do gatoOs valores apurados variam de acordo com o tempo de contribuição, da idade, da expectativa de vida e do valor das contribuições.O segurado tem em suas mãos a possibilidade de contro-lar o valor da contribuição, podendo aumenta-la ou reduzi--la, escolher a data correta para se aposentar e optar pela espécie de benefício que melhor se adaptar às suas ne-cessidades, todavia, a obtenção de melhores resultados dependerá de planejamento e disciplina no investimento.Dúvidas podem ser sanadas no fale conosco do site www.queromeaposentar.com.br .

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SuaAposentadoria

Divulgação

12 Sábado, 3 de novembro de 2012 METRÔ NEWS

Dia Nacional do Inventorserá comemorado amanhã

Fotos: Divulgação

n Felipe Rabello Gonçalves

Escorredor de arroz. Um utensílio de cozinha utiliza-do em larga escala em diver-sos países foi inventado por uma brasileira. Em 1959, a cirurgiã dentista Therezinha Alves de Andrade Zorowich, com a ajuda de seu marido, desenvolveu o protótipo, que foi apresentado ao mundo em uma feira de utilidades domésticas três anos depois.

Cartão telefônico. Em 1978, o engenheiro brasileiro Nélson Guilherme Bardini, quando trabalhava na Tele-bras, criou o primeiro produto do tipo, feito de PVC, com um circuito elétrico ligado a pe-quenas superfícies metálicas. Contudo, o cartão telefônico só foi implantado oficialmen-te no Brasil em 1992, e hoje quem tem menos de 20 anos dificilmente se recorda das fi-chas usadas nos orelhões.

Identificador de chama-das. Popularmente conhecido como Bina e presente em pra-ticamente todos os mais de 250 milhões de celulares no País e outros tantos no mun-do, foi inventado pelo brasi-leiro Nélio Nicolai na década de 1980. Nicolai o criou para ser utilizado em telefones fi-xos, e afirma que sua tecno-logia foi implantada em ce-lulares sem sua autorização, motivo pelo qual trava uma batalha na Justiça até hoje pe-los direitos autorais.

Há milhares de exem-plos. Não fossem os inven-tores, nossa vida certamente seria muito mais difícil. Ou alguém com acesso à inter-net se imagina hoje em dia sem ela? Talvez sem o avião, meio de transporte que teve em Alberto Santos Dumont um de seus precursores? Quase ninguém cogita levar semanas para atravessar o

oceano a bordo de um navio.Amanhã comemora-se

o Dia Nacional do Inventor e as mais importantes con-cepções costumam apare-cer, em geral, quando exis-te uma necessidade social, acompanhada de um acú-mulo de conhecimentos téc-nicos e científicos. Nas últi-mas décadas, a união entre inventor e indústria é cada vez mais forte, já que a se-gunda precisa de processos inovadores para se desen-volver, enquanto o primeiro tem a necessidade de finan-ciamento para desenvolver suas pesquisas.

Tempo de espera para registrar patente no Brasil é de oito anos

Carlos Mazzei é fundador da Associação Nacional dos Inventores

Museu possui mais de 500 invenções e recebe cerca de 2 mil visitantes/mês

Invenções mais voltadas para o lar e sustentabilidadeHoje em dia, muitos se

destacam com invenções vol-tadas para o lar e a sustenta-bilidade. “São áreas em que sempre há novidades”, afir-ma Daniela Mazzei, gerente da Associação Nacional dos Inventores, que acompanha a invenção desde a sua fase de registro até a negociação da ideia com empresas. Atu-almente, a entidade assessora mais de 300 projetos no País.

Em São Paulo, o Museu Nacional das Invenções, inau-gurado em 1996, reúne diver-sos projetos que foram coloca-dos em prática no Brasil e em

outros países. Ele possui um acervo de mais de 500 inven-ções, entre elas uma churras-queira descartável, uma caixa de pizza que se transforma em brinquedo, uma máqui-na que gela garrafas em sete minutos, um piano dobrável e até um pente para carecas. Por mês, o museu recebe cerca de dois mil visitantes.

Contudo, o inventor no País ainda encontra dificul-dades para registrar a patente de invenção de seu produto. Em média, a partir do pedido ao Instituto Nacional de Pro-priedade Industrial (Inpi), a

demora é de oito anos para o pedido ser aprovado. O inven-tor pode usufruir da patente por 20 anos. Contudo, os anos de espera para a aprovação contam neste tempo.

“Esta espera é bastante injusta e nunca é bom para a indústria de um país que os produtos demorem todo este tempo para serem patenteados. Por isso, as farmacêuticas cos-tumam demorar para colocar seus produtos no Brasil”, afir-ma a advogada Isabel Magos-so Lopes, sócia da Continental Marcas e Patentes, empresa especializada no ramo. (FRG)

Vaso sanitário sem água e furadeira que não usa energiaEntre alguns dos projetos

que a Associação Nacional dos Inventores presta auxílio, es-tão o de um vaso sanitário que não utiliza água e, portanto, nem encanamento. “O projeto prevê a utilização de cal e em duas horas os dejetos viram pó e não exalam cheiro. A partir daí, podem ser usados como

adubo”, afirma a gerente da entidade, Daniela Mazzei.

Existe, ainda, um projeto de um aparelho para manter a água da banheira de um bebê na mesma temperatura durante todo o banho. O ob-jetivo é preencher a deman-da de muitos pais que têm problemas com o esfriamen-

to da água durante o banho dos pequenos, o que pode ser prejudicial a eles.

Por sua vez, outra inven-ção promete diminuir os problemas de quem não se dá muito bem com furadei-ras. Trata-se de um aparelho que não necessita ser ligado na energia elétrica. (FRG)

nacional

13ESPORTESMETRÔ NEWS Sábado, 3 de novembro de 2012 13

Tabela – Futebol Varzeano

Fonte: Federação Paulista de Futebol Varzeano

Copa Metrô News chega à fase eliminatórian Rômulo magalhães

Depois de dois meses de muito futebol rolando pe-los terrões da cidade de São Paulo, a Copa Metrô News de Futebol Varzeano chega à reta final. O campeonato co-meçou no dia 29 de setembro com 48 equipes e 24 estão classificadas para a segunda fase da competição. Agora, quem perder está fora.

Neste fim de semana não haverá rodada, por cau-sa do feriado de finados. A bola volta a rolar nos dias 10 e 11 com a realização dos 12 jogos. As chaves já estão montadas, mas a Federação Paulista de Futebol Varzeano ainda não definiu os horários e os campos das partidas.

Sta CecíliaApocalipse

VitóriaAR Imperial

Pegada do ImirimGrande Família

FluminenseSó na paz

CPOR SPGarapas

Tô envolvidoXI Primos - Vl Prudente

RelaxoFlamingo

Portuguesa VM7 de Setembro

TrakinosFamília Vista Alegre

OlimpiqueTDT Santana

VBAMSKSó na quebrada

AS ES FumaçaGCE Grone’s

Nova geração

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CAM

PEÃO

O Vôlei Amil, de Campi-nas, inicia amanhã a série de jogos mais importante de sua jovem existência. O time do técnico José Roberto Guimarães e formado nesta temporada enfrenta o Sollys/Nestlé, de Osasco, a partir das 21h, na Arena Amil, na primeira partida do playoff final do Campeonato Paulis-ta feminino de vôlei.

Para enfrentar e derrotar o atual campeão mundial, que tem a base da Seleção Bra-sileira campeã olímpica em Londres, o Vôlei Ami precisa-rá do apoio da torcida. E se es-forçar em quadra. “Temos de fazer o que o Zé Roberto está pedindo, que é concentrar nos pontos fortes delas e jogar muito focadas taticamente. Se fizermos isso, temos chance”, explica Fernandinha. “Cada uma tem característica for-te e temos de tomar cuidado com todas. As centrais talvez sejam o melhor bloqueio do Brasil, com Thaisa e Adeni-zia. A Fabiola é uma excelente levantadora e a Garay deu um show na Olimpíada. Então, como disse, o segredo será nosso jogo tático”, afirma.

Sheilla, com uma fratura

Amanhã, começa a decisão feminina do vôlei paulista

O Pinheiros está na final do Campeonato Paulista de basquete e espera a definição do adversário que sairá do confronto entre Bauru e São José, na quinta-feira.

Atual campeão, o Pinhei-ros foi ao Ginásio Antônio Prado Júnior na noite de quinta-feira passada e ven-ceu Paulistano no terceiro confronto da série melhor de cinco partidas por 93 a 77. Com mais uma vitória - a 14ª consecutiva na competição - o time do técnico Claudio Mortari fechou o confronto em 3 a 0, eliminando o quar-to e quinto jogos.

O primeiro quarto da par-tida de quinta foi nervoso e

muito equilibrado, terminan-do em 16 a 15 para os anfi-triões. Mas logo no segundo período o Pinheiros tomou conta do jogo, foi para o in-tervalo vencendo por 41 a 35 e manteve a vantagem.

A dupla Paulinho e Mi-neiro voltou a desequilibrar. Cestinha da partida com 22 pontos, o pivô Rafael Mineiro diz que a boa fase se deve à força do conjunto. “Isso é fru-to do trabalho de todo o gru-po. Fui o cestinha nesta quin-ta, no jogo anterior fiz apenas três pontos, mas outros pon-tuaram bem. Então, todos fa-zem tudo neste time. Esse é o grande fator de desequilíbrio a nosso favor”, disse Mineiro.

Pinheiros está de novo na final estadual do basquete

Zé Roberto vai enfrentar jogadoras que atuaram com ele em Londres

Peixe tenta contra-ataque contra a Raposa em Minas

Neymar deixará a criação de jogadas para atuar mais próximo da área

cruzeiro Fábio; Ceará, Rafael Donato, Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Charles, Sandro Silva (Elber) e Montillo; Anselmo Ramon e Martinuccio. T.: Celso Roth.

sanTos Rafael; Rafael Galhardo, Bruno Rodrigo, Durval e Juan; Adriano, Henrique, Arouca e Felipe Anderson; Neymar e André. T.: Muricy Ramalho.

Árbitro: Graziani Maciel Rocha (RJ)Local: Estádio Independência, Belo Horizonte (MG), às 19h30

O técnico Muricy Rama-lho escalou o Santos com dois laterais ofensivos e três volan-tes de marcação para tentar surpreender o Cruzeiro no contra-ataque, hoje, às 19h30, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 34ª roda-da do Campeonato Brasileiro. Juan, que vai ser devolvido ao São Paulo no fim do ano, quando termina o seu em-préstimo, é a maior surpresa.

Nas últimas rodadas, o lateral-esquerdo não esteve nem entre os reservas. Henri-que é outro que volta à equi-pe, no lugar do argentino Pato Rodríguez. Miralles perdeu a posição para André, depois de ter marcado quatro gols em três jogos até sofrer contusão no calcanhar direito contra a Ponte Preta. Hoje, o argentino ficará no banco de reservas.

A decisão de Muricy Ra-malho de voltar a armar o time no 4-4-2, o esquema da sua preferência, tem explica-ção. A tentativa de improvisar Neymar no meio de campo, para fazer a função que era de Paulo Henrique Ganso, não deu certo. Tanto que o time

jogou mal contra Ponte Preta (derrota por 1 a 0, em Campi-nas) e Náutico (empate por 0 a 0, na Vila Belmiro). Longe da área, Neymar foi eficiente na criação das jogadas, porém deixou de ser decisivo e saiu de campo protestando contra a apatia dos companheiros, que ficaram na expectativa de que ele resolvesse tudo sozi-nho. Ontem, depois do rachão no CT Rei Pelé, Neymar ficou quase uma hora ensaiando, com Bernardo e Galhardo, co-

branças de faltas com barrei-ra. Teve bom aproveitamento, mas a melhor pontaria foi do ex-vascaíno. (AE)

SANtoS FutEBoL CLuBE / DIvuLGAção

FELIpE CHRISt

no dedo do pé, não joga em Campinas. Para José Roberto Guimarães, o Sollys sentirá falta da jogadora, mas não dei-xa de ser o favorito na disputa do título. “A Sheilla é uma das melhoras jogadoras do mun-do, uma oposta excepcional e um ponto de força do time de Osasco, mas nós também estamos sem duas jogadores desde o início do Paulista, que são as ponteiras Soninha e Vasileva”, afirma.

14 ESPETÁCULOS METRÔ NEWSSábado, 3 de novembro de 201214

Festival traz arte milenar do teatro de bonecosn Marcela Fonseca

Começa hoje a 3ª Semana Internacional de Teatro de Animação, no Espaço Sobre-vento (Rua Coronel Albino Bairão, 42, tel.: 3399-3589), Belenzinho, Zona Leste.

A entrada gratuita e além das apresentações haverá debates, oficinas e mesas-re-dondas com artistas nacio-nais e internacionais a partir das 16h, até o dia 11. Confira programação no www.sobre-vento.com.br.

“Esta é a terceira edição de um festival que prepa-ramos com muito carinho, uma mostra bem seletiva. Estamos sempre produ-zindo espetáculos fora do País, mas este festival é diferente porque será na nossa casa”, disse Luiz An-dré Cherubini, diretor do Sobrevento.

Segundo ele, a mostra é uma oportunidade para di-vulgar esta que é uma arte milenar e das mais remotas

fotos: Divulgação

maneiras de diversão da hu-manidade. É uma magia que encanta a crianças e adultos.

Em uma semana serão apresentados cerca de 20 espetáculos de oito compa-nhias teatrais. Há produ-ções da Coreia, do Irã, da Espanha, da Itália.

“É imperdível. O melhor do teatro de bonecos do mundo nestas especialida-des, algo muito rico e diver-sificado. O tema é a fragili-dade e temos este privilégio de apresentá-los. Não se tra-ta de espetáculos sedutores, feitos simplesmente para agradar, mas que colocam em dúvida e que enrique-cem o panorama do teatro de bonecos”, diz Cherubini.

Espetáculos raros da Coreia e do Irã

O palco do Espaço Sobre-vento durante a 3ª Semana Internacional de Teatro de Animação passará por várias transformações. “O especta-dor cada vez que vier a um espetáculo da mostra verá um lugar diferente. Desde o tradicional teatro até um circo”, diz o diretor e organi-zador Luiz André Cherubini.

A programação abrange todas as idades. Desde bebês a partir de seis meses. Para adultos, entre os destaques estão espetáculos raros: o co-reano ‘A história de Dallae’ e os iranianos ‘Presente miste-rioso’ e ‘Outro que se chama barro’. “Não costumamos ver o teatro coreano e iraniano no Brasil, de altíssima qua-lidade, de culturas com as quais infelizmente não te-mos relações. As apresenta-ções revelam raízes profun-das e particularidades desses países”, diz Cherubini. (MF)

Peça do dramaturgo Philip Ridley reinaugura sala no Centro Cultural

O ambiente é soturno, re-pleto de escombros. Ali mo-ram os gêmeos Presley e Ha-ley Stray (Darson e Juliana), sobrevivendo à base de cho-colates e comprimidos para dormir, debatendo-se em pe-sadelos nos quais transbor-dam violência e luxúria.

A frágil estabilidade da casa é rompida pela chegada do demoníaco Cosmo Disney (Dan), protegido por seu ca-panga mascarado Pitchfork Cavalier (Tigano). E, dali em diante, os gêmeos embar-cam em um ‘trem fantasma’ de medo, choques táticos e, finalmente, a libertação dos desejos soterrados.

‘Disney Killer’ (Centro Cultural São Paulo, CCSP, Sala Ademar Guerra, Rua Vergueiro, 1000, tel.: 3397-4001/4002, quinta a sábado, 21h; e domingo, às 20h, in-gresso R$ 20,00), um jogo

Divulgação

fantasmagórico, com lances de surrealismo, é a peça mais bem sucedida do cele-brado dramaturgo e cineas-ta britânico Philip Ridley. E também a estreia oficial de um texto do autor no Brasil.

Traduzida, produzida e dirigida por Darson Ribeiro, medo e luta pela sobrevivên-

cia são a regra. “Ridley usa seus ricos recursos dramáti-cos diretamente contra todos os nossos medos coletivos, atingindo até os mais in-conscientes da lista”, afirma Darson Ribeiro. No elenco estão Darson Ribeiro, Julia-na Calderón, Alexandre Ti-gano e Dan Nakagawa.

Jogo fantasmagórico e lances de surrealismo na peça do cineasta britânico

Araticum apresenta repertório autoral que une música do Brasil e de países sul-americanos

Apresentações gratuitas vão até o próximo domingo, dia 11

Serão apresentados cerca de 20 espetáculos de oito companhias teatrais

PePe guimarães

Na próxima terça-feira, às 21h, os grupos Araticum e Octôctô participam do projeto Abrindo Portas, pro-movido pela Casa do Núcleo (Rua Padre Cerdá, 25, Alto de Pinheiros, tel.: 3032-8401, ingresso R$ 20,00).

No show, o Araticum apresenta repertório predo-minantemente autoral com composições que unem a música brasileira à sono-ridade de países como Ar-gentina, Cuba, Paraguai e Venezuela. O grupo Octôctô

levará à Casa do Núcleo com-posições e arranjos próprios que buscam a combinação de música popular e erudita.

O projeto Abrindo Por-tas foi concebido pela Casa do Núcleo para apresentar, em uma única noite, dois grupos ainda pouco conhe-cidos pelo público, mas que atraíram a atenção por sua música. Além de um espaço para o novo, a série busca ser um lugar de encontro de mú-sicos e público afeito a sons inéditos e criativos.

Grupos Araticum e Octôctô se apresentam na Casa do Núcleo

15ESPETÁCULOSMETRÔ NEWS Sábado, 3 de novembro de 2012 15

palavras cruzadas diretaswww.coquetel.com.br Revistas coquetel 2012

ÁRIES: Mantenha a calma e o equilíbrio emocional, para que obtenha bons resultados se estiver iniciando um novo projeto. Haverá colaboração por parte dos e amigos fiéis.

TOURO: Bom para tratar de questões sociais pendentes e para lucrar em negócios iniciados anteriormente. Contudo, as disputas no lar deverão ser evitadas.

GÊMEOS: Conseguirá realizar parte de seus desejos, relacionados com campo profissional. Terá probabilidade e habilidade para tirar proveito dos negócios.

CÂNCER: Neste dia, o setor mais favorecido de sua vida será o profissional. Favorável para aventuras, mas não abuse. Bom para as relações com pessoas amigas.

LEÃO: Dia propício ao sucesso na investigação de todo e qualquer assunto oculto e místico. Não desanime, se tudo lhe parecer um pouco mais difícil neste período.

VIRGEM: Tome cuidado com o fogo, com a eletricidade e com o excesso de velocidade ao dirigir veículos. Mantenha-se consciente da situação que você está vivendo.

LIBRA: Notícias e novidades do seu interesse devem ser esperadas para o período da tarde. Favorável para as finanças, inventário ou herança. Confie mais na pessoa amada.

ESCORPIÃO: Procure evitar atritos com pessoas de temperamento forte. Sucesso nas questões financeiras. Não confie demais em pessoas que não conhece.

SAGITÁRIO: Aproveite a fase para revelar suas fantasias para a pessoa amada. Dê continuidade nos seus empreendimentos que conseguirá bons resultados.

CAPRICÓRNIO: Cuidado com o amor à primeira vista. Confie em si e fará associações que trarão bons resultados. Nos negócios, o tempo é de muita sorte.

AQUÁRIO: Melhora profissional, financeira e bastante êxito social. Período de grande atividade mental cuide-se para não lhe causar nervosismo. Bom ao amor.

PEIXES: Irá se entender melhor com a família, com seus superiores e colegas de trabalho e lucrará bastante se poupar o seu dinheiro. Negócios bem sucedidos.

21 MAR.20 ABR.

21 ABR.20 MAI.

21 MAI.20 jUN.

21 jUN.21 jUL.

22 jUL.22 AGO.

23 AGO.22 SET.

23 SET.22 OUT.

23 OUT.21 NOV.

22 NOV.21 dEz.

22 dEz.20 jAN.

21 jAN.19 fEV.

20 fEV.20 MAR.

HOrÓscOpO omaR caRdoso Filho | www.omarcardoso.com.br

DIvulgAção

Amanhã, a Série Piano na Praça recebe o pianista Marcos Valle para concerto ao ar livre. O espetáculo será na Praça Dom José Gaspar, no Centro, às 12h, com abertura do pia-nista Marcelo Manzano.

No show, Marcos Valle in-terpreta alguns de seus clássi-cos, como ‘Samba de verão’, ‘Os grilos’, ‘Batucada surgiu’, ‘Viola enluarada’, ‘Com mais de 30’ e ‘Preciso aprender a ser só’, além de composições mais re-centes e temas instrumentais.

Cantor, compositor, ins-trumentista e arranjador da chamada segunda geração da bossa nova, Valle foi total-mente ‘contaminado’ pela ba-tida do violão, pelo canto de João Gilberto e pelas canções de Tom Jobim. Estreou aos 20 anos e teve uma de suas pri-meiras canções (parceria com o irmão e letrista Paulo Sér-gio), ‘Samba de Maria’, grava-da pelo Tamba Trio. Foi em 1965, no segundo disco (O cantor e o compositor), que gravou os sucessos ‘Samba

Marcos Valle é atração ao piano na Praça Dom José Gaspar

de verão’ e ‘Preciso aprender a ser só’. No final dos anos 1960, incorporou aos sam-bas, frevos, baiões e bossas alguns elementos do pop.

Marcelo Manzano apresen-ta músicas de seu CD ‘Falo por meu coração’, contendo obras clássicas da brilhante carreira do cantor Dick Farney, lança-do pela Lua Music em 2011.

Como seu ídolo e inspirador, Marcelo Manzano se especia-lizou em um repertório que reúne o melhor da música bra-sileira e americana e construiu sólida carreira como pianista--cantor. Ele sempre esteve à vontade com temas sofisti-cados de compositores mais inventivos, tanto da canção inglesa quanto da MPB.

Autores que ocuparam lugar especial na carreira de Dick Farney e algumas de suas melhores criações ganha-ram versão nova na voz e no piano de Marcelo Manzano.

Entre as composições, ‘Alguém como tu’ (José Ma-ria de Abreu e Jair Amo-

rim), ‘My funny valentine’ (Richard Rodgers e Lorenz Hart), ‘Perdido de amor’ (Luiz Bonfá), ‘You stepped out of a dream’ (Nacio Herb Brown e Gus Kahn), ‘Uma loira’ (Hervê Cordovil), ‘But beautiful’ (Jimmy Van Heu-sen e Johnny Burke), ‘Notur-

no em São Paulo’ (Cido Bian-chi e Sérgio Lima), ‘Nick Bar’ (Garoto e José Vasconcelos), ‘Copacabana’ (João de Bar-ro e Alberto Ribeiro), ‘Você’ (Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal), ‘Marina’ (Dorival Caymmi) e ‘Aeromoça’ (Billy Blanco), entre outras

Manzano lembra canções preferidas de dick Farney

Cantor e compositor Marcos Valle é autor de ‘Viola enluarada’, entre outras

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