metro do porto

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do METRO PORTO 7 anos revolução de Esta Revista é parte integrante do “Semanário Grande Porto” de 4 de Dezembro de 2009, não podendo ser vendida separadamente

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Metro do Porto GP

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Page 1: Metro do Porto

doMetroPorto

7anosrevoluçãode

esta revista é parte integrante do “Semanário Grande Porto” de 4 de Dezembro

de 2009, não podendo ser vendida separadamente

Page 2: Metro do Porto

GAIA NÃO PÁRA

Prolongamento da linha de metro até Santo Ovídio (obras arrancam na próxima semana)

2 4

Nova Avenida entre a Av. da República e Rua General Torres

4 - Obra em curso (a inaugurar em breve)

3

Novo Centro Cívico (Rua Álvares Cabral)

2 - Obra em curso (a inaugurar em breve)

1

Page 3: Metro do Porto

metro portodezembro‘09|3

do

introdução

MetroSete de Dezembro de 2002. É inaugurada a Linha A (Azul) e o

Sistema de Metropolitano da Área Metropolitana do Porto. A cerimónia oficial tem lugar na Estação da Casa da Música,

onde cerca de mil pessoas acompanham o Dia 1 do Metro do Por-to. Ao longo de 2002 a circulação no Metro é gratuita e terminada a sua operação experimental, já cerca de 700 mil passageiros ti-nham testado o seu futuro transporte ao longo de 19 semanas e percorrido 100 mil quilómetros.

Volvidos sete anos, a Área Metropolitana já não é a mesma. o Metro do Porto, mais do que um novo e moderno meio de trans-porte público, é assumido já como um tónico e impulsionador no

sentido da recuperação e construção do território, da paisagem e das cidades que atravessa.

o Grande Porto junta-se às comemorações do 7º Aniver-sário do Metro do Porto e neste Suplemento especial realça algumas das principais mudanças que a rede do Metro intro-duziu, e virá a introduzir, na Área Metropolitana do Porto e

as vantagens que trouxe para esta região e, porque não?, para o país.

Um projecto apaixonante que a todos orgulha e que ainda

não parou. o futuro por ele aguarda impa-

ciente…

A vida em movimento

GAIA NÃO PÁRA

Prolongamento da linha de metro até Santo Ovídio (obras arrancam na próxima semana)

2 4

Nova Avenida entre a Av. da República e Rua General Torres

4 - Obra em curso (a inaugurar em breve)

3

Novo Centro Cívico (Rua Álvares Cabral)

2 - Obra em curso (a inaugurar em breve)

1

\

Unimos para chegar mais longe. Apostamos no desenvolvimento da mobilidade sustentável e na inovação do sector dos transportes terrestres. Encurtamos distâncias entre pessoas e bens. Mobilizamos a nossa energia. Para aliar a qualidade e a segurança, ao conforto e ao direito dos utilizadores.

Um organismo moderno exclusivamente para todos.

3924_prova.pdf 1 12-03-2009 10:34:36

7anos

Page 4: Metro do Porto

do

4|dezembro‘09

entrevista

Grande Porto – Sete anos após a inauguração da primeira Linha do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, qual o balanço que é possível fazer-se neste momento?

Ricardo Fonseca – o ba-lanço tem que ser necessaria-mente muito positivo. Desde Janeiro de 2003 até Novembro de 2009, transportámos já cer-ca de 230 milhões de clientes – mais de 150 vezes toda a po-pulação da Área Metropolitana do Porto.

temos uma média de clientes em dia útil na ordem dos 200 mil, estabiliza-mos a procura acima dos 50 milhões de passagei-ros/ano e a tendência de crescimento mantém-se.

em termos operacionais, não temos que ter falsas modéstias e devemos assumir que o Metro do Porto é um caso de sucesso.

Ricardo FonsecaPresidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Metro do Porto, S.A.

“Metro Do Portoé um caso de sucesso!”A entrada em operação do Metro foi decisiva para que a popu-lação da Área Metropolitana do Porto passasse efectivamente a beneficiar de um Sistema Intermodal de transportes. Em entrevista ao Grande Porto, Ricardo Fonseca, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Metro do Porto, S.A., explica-nos como o Metro tem vindo a afirmar-se como “factor preponderante de desenvolvimento e de sustentabilidade” não só desta re-gião, mas também do próprio país.

metro porto7anos

Page 5: Metro do Porto
Page 6: Metro do Porto

Quais as mais-valias que o Metro do Porto trouxe para a região e de que forma influenciou a vida das populações das áreas abrangidas? No fundo, qual foi o impacto do Metro do Porto e quais as vantagens face a outros meios de transporte?

O sistema de transportes públicos de passageiros da Área Metropolitana do Porto e muito particularmente da cidade do Porto tem uma componente rodoviária muito significativa que, em termos percentuais, ficou substancialmente diminuí-da com a entrada em operação do Metro do Porto.

esta nova valência para o sistema de transportes, ao ope-rar em espaço próprio, pode proporcionar uma significativa redução na duração média das viagens e nos tempos de es-pera, uma eficiência que o transporte rodoviário não conse-guia assegurar face ao congestionamento das vias provocado por um crescimento desmesurado do transporte em viatura própria sem que o transporte colectivo fosse suficientemente protegido por medidas que lhe pudessem acrescer eficiência, nomeadamente pela introdução de corredores BUS.

o Metro deu um contributo decisivo para suster a tendência que então se verificava de aumento do transporte individual e de retracção do trans-porte colectivo. Se bem que uma grande par-te dos passageiros do Metro se transferi-ram de outros modos de transporte colec-tivo há uma parte muito significativa que se transferiu do transporte individual .

Pode, assim, quebrar-se um ciclo vicioso em que o transporte colectivo rodoviário via a sua eficiência progressi-vamente reduzida pelo congestionamento galopante das vias que, por sua vez provocava

um maior recurso ao transporte individual reduzindo a efici-ência do transporte colectivo.

o Metro ao conquistar passageiros ao transporte indivi-dual reduziu o número de automóveis em circulação o que permitiu ao transporte rodoviário aumentar a sua eficiência.

A Metro do Porto assume uma visão para a promo-ção da mobilidade sustentável na Área Metropolitana do Porto. De que forma é que têm conseguido manter este objectivo?

Antes de mais pela via da intermodalidade. A entrada em operação do Metro foi decisiva para que a população da Área Metropolitana do Porto pudesse efectivamente passar a bene-ficiar de um Sistema Intermodal de transportes. Tão impor-tante foi este contributo que o Metro do Porto não tem bilhé-tica própria. o “Andante” permite ao cliente viajar no Metro, na STCP, na CP e num conjunto de linhas de alguns operadores privados.

tratou-se de um grande salto em frente na mobilidade colectiva dos cidadãos, que se encontra cada vez mais

consolidado sendo um primeiro mas muito grande passo do caminho para a integração plena de

todo o sistema de transportes colectivos da Área Metropolitana do Porto.

Por outro lado, pelo alargamento da sua área de abrangência geográfica – com a expansão da rede –, e por via do cres-cimento da procura, o Metro mobiliza um

número cada vez maior de cidadãos para o universo dos transportes públicos e vai

progressivamente conquistando mercado ao transporte individual.

O Metro deu um contributo decisivo para

suster a tendência que en-tão se verificava de aumento

do transporte individual e de retracção do trans-

porte colectivo.

metro porto6|dezembro‘09

do

entrevista7anos

Page 7: Metro do Porto

metro portodezembro‘09|7

do

entrevista

De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da Metro do Por-to, o Metro apresentou progressos exemplares no que respeita ao desenvolvimento sustentável e ao comportamento ecológico. Pode apontar-nos que progressos fo-ram esses?

Desde logo, pelo número de au-tomóveis – mais de 12 mil por dia –, que deixaram de circular nos conce-lhos servido pela nossa rede. Do que resulta, em parte, deixarem de ser emitidas, anualmente, mais de 55 toneladas de CO2 e outros gases que contribuem para o efeito estufa.

Poderia falar-lhe igualmente nos 200 mil metros quadrados de zonas verdes que criámos – o que corres-ponde à área de mais de 50 campos de futebol -, ou nas mais de 5 mil ár-vores que plantámos. Mas, mais do

que os números, a realidade espelha rigorosamente o contributo do Me-tro para o desenvolvimento susten-tável.

O Metro do Porto encontra-se numa nova fase de expansão. De forma resumida, em que consis-te, que áreas irá abranger e para quando ficará concluída?

A expressão “rede em crescimen-to” tem sido usada como assinatura nas várias frentes de obra que temos vindo a abrir e a desenvolver. É um facto.

estamos a trabalhar em pleno na construção dos quase 7 quilómetros da Linha de Gondomar – que ficará concluída no final de 2010 –, arran-cámos muito recentemente com a empreitada de prolongamento da Linha Amarela a Santo ovídio, que

CÂMARA MUNICIPAL

7anos

Page 8: Metro do Porto

metro porto8|dezembro‘09

do

entrevista

prosseguirá até ao início de 2011, e pre-paramo-nos para lançar, em breve, o con-curso para a construção da ligação ISMAI/trofa da Linha Verde.

em simultâneo, estão a ser ultimados os projectos para o lançamento do concurso para a subconcessão da construção e manutenção pesada da segunda fase da rede que integrará: o prolongamento da Linha Amarela a Sul, a Laborim, ao Hospital Santos Silva e a Vila d’Este, a ligação Matosinhos – S. Bento, através do Campo Alegre, a ligação Pólo Universitário – Fonte do Cuco, através de S. Mamede de Infesta e a a ligação Campanhã – Gondomar, via Valbom. São mais de 40 quilómetros de novas linhas e dois novos concelhos servidos pela rede.

Este processo de expansão ficará por aqui ou ainda podemos contar com a construção de mais linhas? Se sim, quais e para quando?

A concretização da segunda fase levará sempre mais de uma década a concretizar pelo que é prematuro falarmos em termos muito concretos do que será a terceira fase. Porém, a

construção de uma segunda linha para Vila Nova de Gaia e para a Maia, bem como uma circular interna no Porto, parecem hoje objectivos consensuais.

As obras que acarreta a expansão do Metro geram muitas vezes transtornos e problemas di-ários às populações, principalmente ao nível do trânsito. O que tem feito a Metro do Porto para contornar este tipo de problemas?

Procuramos, em primeiro lugar, atingir uma to-tal e perfeita consensualização de projectos, méto-dos e prazos com as câmaras municipais e com as demais entidades envolvidas na execução de cada um dos nossos projectos.

As câmaras municipais são um nosso parceiro único e indispensável na realização das obras no terreno. Daí ser fundamental partilharmos objecti-vos e falarmos a uma só voz. É isso que, sem excep-ção, sucede.

A informação ao público e às partes interessa-das é uma prioridade da nossa acção. trata-se da única forma possível de antecipar e minimizar os incómodos que obras desta dimensão e complexi-dade sempre envolvem.

Não há grandes realizações sem alguns sacrifí-cios, sem algumas mudanças de hábitos quotidia-nos. A nossa obrigação é prestar informação rigo-

rosa e atempada a todas as partes interessadas. É isso que fazemos e procuramos quase re-

ligiosamente não deixar uma única pessoa sem informação.

O Metro do Porto aderiu já ao Twit-ter e ao Facebook. Quais as razões que

levam a aderir às redes sociais?os nossos clientes são maioritaria-

mente jovens: 62 por cento têm menos de 35 anos de idade. É nossa preocupação e, mais,

nosso dever falar a mesma linguagem dos nossos clientes, utilizar as mesmas ferramentas de interacção

e poder estar presente no quotidiano de todas estas pessoas, que são verdadeiramente o nosso activo mais valioso. Se os nossos clientes utilizam as redes sociais, nós devemos estar presentes nas redes sociais. Não é um slogan. o Metro faz mesmo parte da vida das pessoas.

A aquisição dos novos veículos “tram-train” veio de encontro à satisfação de uma necessidade de maior con-forto por parte dos utentes do Metro. Que outras lacunas são necessárias ainda preencher ou problemas que serão resolvidos para o bem das populações?

A entrada em operação dos veículos do tipo “tram-train”, vai suceder em breve e corresponde sobretudo a uma neces-sidade de dimensionar a frota de material circulante à reali-

A construção de uma segunda linha para Vila Nova de Gaia e para a Maia, bem como uma

circular interna no Porto, parecem hoje objectivos

consensuais.

7anos

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metro portodezembro‘09|9

do

entrevista

dade actual e futura da nossa rede.Actualmente temos 72 veículos em operação,

um número que é escasso para os quilómetros que percorremos e para a elevada taxa de ocu-pação que geralmente registamos. ou seja, já estamos no limite das nossas capacidades em matéria de frota.

Com os 30 “tram-train” que adquirimos, passamos a dispor de 102 veículos o que nos permite melhorar, no imediato, a qualidade da oferta.

A qualidade do serviço que prestamos é reconhecida pelos nossos clientes como elevada o que não significa que seja isenta de reparos, que procuramos solu-cionar ou minimizar, não identifi-cando algum que mereça uma refe-rência especial.

Qual será o futuro do Metro do Porto?No plano operacional, que é o que mais interessa às pesso-

as, no futuro teremos o Metro com a rede gradual e substancialmente aumentada, procurando, no mínimo, manter o elevado grau de satisfação que hoje os nossos clientes reconhecem ao serviço

que prestamos.enquanto instituição ao serviço de uma co-

munidade entendo haver todas as condições para consolidar a posição do Metro como factor preponde-

rante de desenvolvimento e de sustentabilidade nesta região e no país.

A informação ao público e às partes inte-

ressadas é uma prioridade da nossa acção. Trata-se da única forma possível de an-

tecipar e minimizar os in-cómodos de obras desta

dimensão.

7anos

Page 10: Metro do Porto

dometro porto10|dezembro‘09

traçados

1989SetembroApresentação do estudo “Transporte Co-lectivo em Sítio Próprio” (TCSP) – o primei-ro documento que propõe o metro ligeiro como solução para os problemas de mo-bilidade na Área Metropolitana do Porto.

1992AbrilA C. M. Maia divulga o Estudo de Viabili-dade do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, propondo o pri-meiro desenho da rede de metro.

OutubroAs Câmaras Municipais do Porto, de Mato-sinhos e de Vila Nova de Gaia apresentam um anteprojecto da rede do Metro do Por-to.

cronologia

7anos

Page 11: Metro do Porto

dometro portodezembro‘09|11

19936 AgostoA Metro do Porto, S.A. é formalmente cons-tituída.

199421 DezembroÉ lançado o Concurso Público Internacio-nal de Pré-Qualificação para a concepção, construção, equipamento e operação do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metro-politana do Porto.

1996JaneiroÉ apresentada a Solução de Referência do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metro-politana do Porto, efectuada pela Metro do Porto, S.A., documento que define a rede de metro, com as suas quatro linhas e cerca de 70 km de extensão, na sua forma final.

7anostraçados

Page 12: Metro do Porto

cronologia

testeMunHosmetro porto

12|dezembro‘09

do

o metro de superfície é, inquestionavelmente, um bom exemplo (ou,

como agora se diz - e, na cir-cunstância, com razão – um caso de sucesso) de uma polí-tica integrada de transportes para a região do Grande Porto. Foi possível, sob lideranças me-tropolitanas esclarecidas e for-tes, construir-se um consenso político mobilizador, em torno do qual a Junta Metropolita-na e o Governo Central se têm entendido, com os solavancos de percurso que são normais face ao montante global do in-vestimento e às circunstâncias difíceis do seu financiamento. (Um outro bom exemplo dessa capacidade de consenso e de

mobilização, cujos primeiros e principais agentes no terreno são também os autarcas, é a LI-Por – que, como a Metro, é um dos maiores projectos de géne-se municipal, nos últimos anos, em toda a europa).

o Metro, além de enraizar o conceito de comunidade na área que serve, facilitando a mobilidade e a comunicação, é o primeiro passo sério, na área do Grande Porto, para uma efi-caz gestão da mobilidade ur-bana, a reclamar continuidade e aprofundamento ao nível de outras políticas (porque a mobi-lidade é uma tarefa transversal) e uma grande articulação entre as administrações e entidades que actuam nos domínios dos transportes e do urbanismo.

Diminuiu, mas ainda não significativamente, o número dos que, nas viagens entre ci-dades da Área Metropolitana e mormente entre estas e o Porto, utilizam transporte individual. Diminuiu, em alguns locais de maior procura, o problema do congestionamento do tráfego e da escassez de lugares de esta-cionamento. Nota-se, já, menor degradação dos espaços públi-cos devido à presença conges-tionante dos automóveis.

Ganha-se, em paralelo, uma activa e crescente consciência de que o espaço público urbano é, em primeira linha, espaço do cidadão-peão e do transpor-te público. A incoerência que subsiste, traduzida em índices ainda baixos das conquistas do transporte público, reclama, por um lado, a melhoria da qualidade deste e, por outro e sobretudo, uma grande capaci-dade de persuasão e de diálogo junto da população – que, em tempos de democracia media-tizada, tem de compreender e aprovar as soluções técnico-políticas, sob pena de não as adoptar.

A actual (e sempre neces-sária) discussão em torno das alterações climáticas é opor-tunidade a não perder. A crise climática, no contexto de uma crise económica global, pode ser a lição que nos falta para, paulatinamente, subirmos os nossos índices de utilização do transporte público. Não (quem dera!) ao ponto de nos aproximarmos dos 70% de utilizadores do transporte pú-blico de Helsínquia e de outros exemplos de grande sucesso (e proveito) do norte da europa, mas, ao menos, para níveis que

nos não envergonhem, com a persistência de comportamen-tos antieconómicos e antiam-bientais.

O nosso metro de superfí-cie, porque é um transporte de qualidade e amigo do ambien-te, é uma oportunidade e um desafio à mudança de hábitos de mobilidade, que há muito se impõe. receio bem, no entanto, que, num país que privilegia a rodovia (parecemos obceca-dos com a construção de auto-estradas, numa fase da nossa vida colectiva em que algumas das que se anunciam são puro desperdício e um masoquista exercício de irracionalidade) – receio, dizia, que num país que dá aos seus cidadãos este sinal errado e que, ainda por cima, oferece a alguns o usufruto gratuito desses equipamentos à custa do esforço dos demais, tenha, alguma vez, uma política de mobilidade sustentável. e, nesse contexto, não descortino como poderá o metro de super-fície atingir, tão cedo como de-via, os indicadores de competi-tividade (e de sustentabilidade) que seriam uma boa expressão de mais consciência cívica e ambiental – e de mais desenvol-vimento.

“o PRiMEiRO PASSO sério para uma eficaz gestão da mobilidade urbana”

199725 NovembroÉ tomada a decisão de adjudicação do pro-jecto ao Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) Normetro.

1998Dezembro, 16 Assinatura entre Governo, Metro do Porto, Área Metropolitana do Porto, Normetro e Banco Europeu de Investimento dos con-tratos para a concepção, construção, equi-pamento e operação do Metro do Porto.

1999Março, 15É formalmente aberta a primeira frente de obra do Metro do Porto, com a instalação do primeiro estaleiro, em Campanhã.

José Macedo VieiraPresidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

7anos

Page 13: Metro do Porto

testeMunHosmetro porto

dezembro‘09|13

do

o Metro veio revolu-cionar toda a políti-ca de transportes da

Área Metropolitana do Porto e recuperou a imagem dos transportes públicos junto das populações. Não nos po-demos esquecer que o Metro não vale apenas como meio de transporte, ele permitiu igual-mente a requalificação urbana e criou vias alternativas para o trânsito rodoviário.

Para a Maia, o Metro foi uma fantástica revolução si-lenciosa. Mesmo com alguns pequenos problemas de percurso e com alguns atra-sos, o Metro chegou à Maia e ajudou no constante traba-lho em prol da qualidade de vida do concelho. Para a po-pulação e para a economia é uma mais-valia de elevada importância. É uma excelen-te alternativa ao transporte

individual e permitiu apro-ximar o centro da cidade da Maia a territórios essenciais dentro e fora dos limites do concelho.

Não posso, nesta hora, esquecer o papel funda-mental do saudoso Prof. Dr. José Vieira de Carvalho em toda esta obra metropolita-na. ele foi, inquestionavel-mente, o pai do Metro do Porto.

200014 JulhoEntra em funcionamento a tuneladora, co-meçando a perfurar o túnel de 2,3 km que irá ligar Campanhã à Trindade.

OutubroInicia-se a produção do primeiro de se-tenta e dois veículos da frota do Metro do Porto.

200126 MaioO Metro do Porto recebe o primeiro veícu-lo da sua frota: o Eurotram 001.

“Uma fantástica REVOLuçãO SiLENCiOSA”

António Bragança FernandesPresidente da

Câmara Municipal da Maia

7anos

Page 14: Metro do Porto

cronologia

testeMunHosmetro porto

14|dezembro‘09

do

200229 JunhoPela primeira vez, o Metro do Porto realiza viagens regulares com passageiros.

17 NovembroTermina a operação experimental do Me-tro do Porto. Durante 19 semanas e mais de 100 mil quilómetros, cerca de 700 mil passageiros testaram o seu futuro trans-porte.

7 DezembroÉ inaugurada a Linha A (Azul) e o Sistema de Metropolitano da Área Metropolitana do Porto. Cerca de mil pessoas acompa-nham o dia 1 do Metro do Porto.

Sete anos depois da inauguração do Me-tro do Porto, os tro-

fenses têm, finalmente, ra-zões para acreditar que a chegada do Metro ao Con-celho, vai alterar profunda e radicalmente a realidade diária de todos quantos circulam neste concelho e nesta região.

Actualmente, posso di-zer que são indiscutíveis as mais-valias e os benefícios que o Metro trará para a trofa, fomentando um di-namismo económico, So-cial e Cultural que de outro modo seria difícil alcançar.

A decisão que vai per-mitir a extensão do Metro até à trofa veio repor a justiça, para que no futuro, este Município possa ter mais um meio de trans-porte à disposição de toda a população, assumindo uma dimensão importante no aumento da qualidade de vida dos cidadãos, na defesa da sustentabilida-de ambiental e no incre-mento da qualidade do ambiente urbano.

Além de permitir uma melhoria substancial na gestão do sistema de mo-bilidade e transportes e

das condições de acessibilidade da população, não só da trofa, como também dos con-celhos vizinhos, - já que a trofa se encontra numa zona geográfica privilegiada, entre o Douro Litoral e o Minho - o Metro funcionará tam-bém como Meio de Transporte Intra-municipal, nas vá-rias freguesias tro-

fenses que vai atravessar.No Concelho da Trofa,

a obra do Metro, em con-jugação com a obra que já está a decorrer da Cons-trução da Variante Ferro-viária à Linha do Minho, vai ainda transformar o coração urbano do conce-lho, requalificando e rees-truturando a zona central da cidade, onde vão nas-cer renovadas zonas ver-des, modernos percursos pedonais que muito vão contribuir para a melho-ria geral das condições de vida e para a criação de uma trofa do futuro, cada vez mais “verde” e cada vez mais agradável.

Como cidadãos cons-cientes temos que adoptar políticas de promoção e gestão efectiva da mobili-dade e das redes de trans-portes colectivos, que permitam um desenvolvi-mento sustentável e que detenham o crescimen-to do uso do transporte individual como para-digma da mobilidade do cidadão. esta é uma mu-dança que depende de to-dos nós.

Joana LimaPresidente da Câmara Municipal da Trofa

“Um contributo para a criação de uma TROFA DO FuTuRO”

7anos

Page 15: Metro do Porto

testeMunHosmetro porto

dezembro‘09|15

do

20031 JaneiroInício da operação comercial do Metro do Porto.

6 MarçoÉ registada, às 18:55 horas, a validação do cliente 1 milhão.

11 MarçoO Metro do Porto recebe o prémio “Deal of the Year”, da Asset Finance, que premeia a operação de leasing sobre o material circu-lante.

7anos

Numa atitude responsável em relação à sociedade e ao ambiente, desenvolvemos activamente o caminho-de-ferro.

www.refer.pt

C

M

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SemanarioGPorto_255x152mm.pdf 1 30-11-2009 17:15:14

Para os que visitam a cidade do Porto, ou mesmo a Área Metropolitana, o Metro é, sem dúvida, uma das boas opções de transporte para os turistas. Isto porque os principais locais de interesse (monumentos, museus, salas de espectáculo, edifícios carismáticos, comércio tradicional, restaurantes e locais de ani-mação nocturna) são facilmente acessíveis através da rede me-tropolitana. A Metro do Porto, S.A. sugere mesmo algumas rotas:

ROTA CuLTuRALVisitar teatros e museus, conhecer a arquitectura do Porto,

monumentos e pontos de interesse histórico. o património na-cional, as grandes salas de espectáculo e todo o lado artístico da cidade.

ROTA GASTRONóMiCAexplorar a gastronomia de cada região, em alguns dos me-

lhores e mais conhecidos restaurantes. Dos tradicionais e re-quintados aos cosmopolitas e modernos, passando pelos mais rápidos e económicos.

ROTA LAzERPropostas para os mais variados gostos e preferências.

Bares e animação nocturna, centros comerciais, comércio tra-dicional e os passeios mais fascinantes. Ócio, descanso, pas-seio, animação, compras, praia.

METrO DO POrTO é OPçãO DE TrANSPOrTE PArA OS TUrISTAS

Na rota da cidade…

Page 16: Metro do Porto

cronologia

metro porto16|dezembro‘09

do

200412 JunhoTem início o Campeonato da Europa de Futebol, que se realiza em Portugal. O Metro do Porto é responsável pelo transporte de cerca de 30 por cento dos espectadores que assistem aos jogos disputados nos Estádios do Bessa e do Dragão.

31 DezembroConclui-se o segundo ano de exploração da Li-nha A (Azul), destacando-se um forte crescimen-to da procura. Em 2004 foram transportados mais de 9,8 milhões de clientes - um aumento de 65,2% relativamente ao ano anterior.

200513 MarçoAbertura da Linha B (Vermelha), entre o Estádio do Dragão e Pedras Rubras. A partir de então, o Metro funciona em rede, disponibilizando 23 quilómetros de linhas em operação. A Maia pas-sa, pela primeira vez, a ser servida pelo Metro.

Linhas compõem a rede do Metro do Porto

Concelhos são servi-dos pela rede Metro: Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia, Ma-tosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia

Quilómetros é a extensão total dos 4 túneis que fazem

parte da rede

Quilómetros e 10 es-tações vão ser acres-

centados à rede com a chegada do Metro do Porto ao concelho de

Gondomar

Estações são subterrâneas

Parques de estacionamento

existentes na rede

Dos clientes são estudantes

Anos é a média de ida-des dos utilizadores do Metro do Porto

Elevadores estão espalhados pelas estações

Quilómetros é a extensão total da rede

Estações integram o sistema

Veículos constituem a frota do Metro

Da superfície dos veículos é envidraçada

É o índice global de satisfação dos clientes

o Metro eM núMeros

5

6

6,3

6,8

14

24

30%

33,2

7260

75,9

7044

75%Dias de animação cultu-

ral foram organizados no Metro do Porto em

2008 (música, dança, teatro, entre muitas outras actividades)

Pessoas podem ser transportadas por

hora em cada linha do Metro

9000

198

7anosnÚMeros

Page 17: Metro do Porto

nÚMerosmetro porto

dezembro‘09|17

do

200618 MarçoAbertura do segmento Pedras Rubras/Pó-voa de Varzim da Linha Vermelha (B), que fica, assim, totalmente concluída.

31 MarçoAbertura dos segmentos Pólo Universi-tário/IPO/Hospital de S. João, da Linha Amarela (D), e Fórum Maia/ISMAI, da Linha Verde (C).

27 MaioInauguração da Linha E (Violeta), ligando a Estação Aeroporto à Estação Estádio do Dragão. Pela primeira vez em Portugal, um aeroporto é servido por uma rede de Metro.

Validações foram registadas no Funicular dosGuindais em 2008

Milhões de validações foram registadas

em 2008

422000

51,5Automóveis deixaram

de circular por causa do Metro do Porto

Toneladas de CO2 deixaram de ser emi-tidas por ano, graças à utilização do Metro do Porto 12000

40000

7anos

Page 18: Metro do Porto

cronologia

GeneraLidadesmetro porto

18|dezembro‘09

do

200721 MaioAssinatura do Memorando de Entendi-mento entre os accionistas da sociedade, Junta Metropolitana do Porto e Estado, re-lativo ao desenvolvimento e expansão da rede do Metro do Porto.

200827 MaioAbertura de um novo troço da Linha Ama-rela (D) e da nova Estação de D. João II, em Vila Nova de Gaia. A rede do Metro passa a contar com um total de 70 estações.

200924 JunhoS. João com enchente no Metro: mais 278 mil clientes e novo máximo histórico de procura.

Na rede do Metro do Porto não existe qualquer barreira à mobilidade. este é aliás um conceito explorado ao por-menor. A prová-lo está a permanente preocupação em

criar as melhores condições aos portadores de deficiência, seja através dos lugares sentados a eles especificamente destinados, seja disponibilizando dois lugares para utilizadores de cadeiras de rodas e o acesso às plataformas e veículos.

Mas também não foram descuradas as con-dições de mobilidade a todos os seus passa-geiros: idosos, crianças, grávidas, adultos com crianças pequenas, pessoas temporariamente incapacitadas fisicamente e pessoas com baga-gens e compras. Garantir o conforto e bem-estar dos passageiros é factor primordial.

Interfaces inteligentes entre os vários meios de transporte (rede ferroviária, autocarros e ae-roporto) é também uma das potencialidades do Metro do Porto. Um intermodalidade construída de forma a garantir a comodidade e a seguran-ça dos seus utilizadores, bem como a mudança de um meio para outro, sempre com a máxima eficiência.

Há também cada vez mais uma preocupação pela utilização de veículos mais eficientes, menos ruidosos e poluentes. Movi-do a electricidade, o Metro atinge uma velocidade máxima de 80km/hora, sendo, simultaneamente, extremamente silencioso quando comparado com outros transportes convencionais.

todos os projectos de concepção/construção das linhas do Metro do Porto são sujeitos a um Estudo de Impacto Ambiental.

Sabia que a cobertura GSM em sistemas de metropolitano, nos túneis e estações subterrâneas da rede do Metro do Porto, é única a nível nacional, sendo praticamente iné-

dita em termos europeus? e que, quanto à cobertura UMtS, o Metro do Porto é um dos primeiros sistemas em todo o mundo a oferecer esta possibilidade aos seus utilizadores?

Pois bem, o Metro do Porto representa um enorme passo no sentido da qualificação tecnológica e da qualidade do ser-

viço prestado aos cidadãos. Praticamente desde o início da exploração comercial do sistema os túneis e as estações sub-terrâneas da rede dispõem de cobertura de redes GSM e UMtS. Isto é, todos os clientes do Metro do Porto podem utilizar os seus telemóveis – de qualquer operador –, no interior de todas as quinze estações subterrâneas, bem como a bordo das com-posições que circulem ao longo dos quase sete quilómetros de túneis.

UM PrOJECTO EM CONTíNUA SATISFAçãO DAS NECESSIDADES

Mobilidade, segurança e ambiente

COBErTUrA GSM E UMTS

Um passo à frente na europa e no Mundo

7anos

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A nova fórmula da Bombardier Transportation para o desempenho total dos comboios

www.transportation.bombardier.comECO4, FLEXITY e PRIMOVE são marcas registadas da Bombardier Inc. e suas fi liais.

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