métodos matemáticos - o plano complexo: aplicações à...

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etodos Matem´ aticos O plano complexo: aplica¸ oes ` a cinem´ atica e dinˆ amica A C Tort 1 1 Departmento de F´ ısica Te´ orica Instituto F´ ısica – Universidade Federal do Rio de Janeiro 20 de agosto de 2012

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Metodos Matematicos

O plano complexo: aplicacoes a cinematica e dinamica

A C Tort1

1Departmento de Fısica TeoricaInstituto Fısica – Universidade Federal do Rio de Janeiro

20 de agosto de 2012

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Suponha que φ(t) e ψ(t) sejam duas funcoes reais da variavel realt que supomos contınuas para t ∈ [t1, t2]. As equacoes x = φ(t) ey = ψ(t) ou:

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Suponha que φ(t) e ψ(t) sejam duas funcoes reais da variavel realt que supomos contınuas para t ∈ [t1, t2]. As equacoes x = φ(t) ey = ψ(t) ou:

z = x + iy = φ(t) + iψ(t),

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Suponha que φ(t) e ψ(t) sejam duas funcoes reais da variavel realt que supomos contınuas para t ∈ [t1, t2]. As equacoes x = φ(t) ey = ψ(t) ou:

z = x + iy = φ(t) + iψ(t),

ou ainda, em notacao informal:

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Suponha que φ(t) e ψ(t) sejam duas funcoes reais da variavel realt que supomos contınuas para t ∈ [t1, t2]. As equacoes x = φ(t) ey = ψ(t) ou:

z = x + iy = φ(t) + iψ(t),

ou ainda, em notacao informal:

z(t) = x(t) + iy(t),

Curvas, posicao, velocidade e aceleracao no plano

complexo

Suponha que φ(t) e ψ(t) sejam duas funcoes reais da variavel realt que supomos contınuas para t ∈ [t1, t2]. As equacoes x = φ(t) ey = ψ(t) ou:

z = x + iy = φ(t) + iψ(t),

ou ainda, em notacao informal:

z(t) = x(t) + iy(t),

definem uma curva contınua ou arco no plano complexo que uneos pontos P1 = z(t1) e P2 = z(t2).

Se z(t1) = z(t2), para t1 6= t2, isto e: P1 = P2, a curva e fechada.

Se z(t1) = z(t2), para t1 6= t2, isto e: P1 = P2, a curva e fechada.Uma curva que nao intercepta a si mesma em nenhum ponto edita ser uma curva simples.

Se z(t1) = z(t2), para t1 6= t2, isto e: P1 = P2, a curva e fechada.Uma curva que nao intercepta a si mesma em nenhum ponto edita ser uma curva simples.Se x = φ(t) e y = ψ(t) tiverem derivadas contınuas no intervalofechado [t1, t2], a curva sera curva ou arco suave.

Se z(t1) = z(t2), para t1 6= t2, isto e: P1 = P2, a curva e fechada.Uma curva que nao intercepta a si mesma em nenhum ponto edita ser uma curva simples.Se x = φ(t) e y = ψ(t) tiverem derivadas contınuas no intervalofechado [t1, t2], a curva sera curva ou arco suave.Uma curva composta por um numero finito de arcos suaves echamada contınua por partes ou secionalmente contınua.

b

b

P1

P2

Posicao, velocidade no plano complexo

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

A velocidade instantanea e definida por:

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

A velocidade instantanea e definida por:

v(t) = lim∆z

∆t∆t→0

=dz(t)

dt.

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

A velocidade instantanea e definida por:

v(t) = lim∆z

∆t∆t→0

=dz(t)

dt.

Na representacao cartesiana:

v(t) =dz(t)

dt=

dx(t)

dt+ i

dy(t)

dt,

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

A velocidade instantanea e definida por:

v(t) = lim∆z

∆t∆t→0

=dz(t)

dt.

Na representacao cartesiana:

v(t) =dz(t)

dt=

dx(t)

dt+ i

dy(t)

dt,

e na representacao polar:

Posicao, velocidade no plano complexoA posicao instantanea de um ponto no instante t no planocomplexo e dada por:

z(t) = x(t) + iy(t) = r(t)eiθ(t),

A velocidade instantanea e definida por:

v(t) = lim∆z

∆t∆t→0

=dz(t)

dt.

Na representacao cartesiana:

v(t) =dz(t)

dt=

dx(t)

dt+ i

dy(t)

dt,

e na representacao polar:

v(t) =dr(t)

dte iθ(t) + ir

dθ(t)

dte iθ(t).

Aceleracao

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

a(t) = lim∆v(t)

∆t∆t→0

=dv(t)

dt=

d2z(t)

dt2.

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

a(t) = lim∆v(t)

∆t∆t→0

=dv(t)

dt=

d2z(t)

dt2.

Na representacao cartesiana a aceleracao instantanea se escreve:

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

a(t) = lim∆v(t)

∆t∆t→0

=dv(t)

dt=

d2z(t)

dt2.

Na representacao cartesiana a aceleracao instantanea se escreve:

a(t) =d2x(t)

dt2+ i

d2y(t)

dt2

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

a(t) = lim∆v(t)

∆t∆t→0

=dv(t)

dt=

d2z(t)

dt2.

Na representacao cartesiana a aceleracao instantanea se escreve:

a(t) =d2x(t)

dt2+ i

d2y(t)

dt2

e na representacao polar:

Aceleracao

A aceleracao instantanea e definida por:

a(t) = lim∆v(t)

∆t∆t→0

=dv(t)

dt=

d2z(t)

dt2.

Na representacao cartesiana a aceleracao instantanea se escreve:

a(t) =d2x(t)

dt2+ i

d2y(t)

dt2

e na representacao polar:

a(t) =

[

d2r(t)

dt2− r

(

dθ(t)

dt

)2]

e iθ+i

(

2dr(t)

dt

dθ(t)

dt+ r

d2θ(t)

dt2

)

e iθ.

Exemplo: movimento circular uniforme

Exemplo: movimento circular uniforme

Considere um ponto material que descreve um movimento circularde raio R percorrendo arcos de cırculo iguais em intervalos detempo iguais (MCU). As coordenadas cartesianas do ponto sao:

Exemplo: movimento circular uniforme

Considere um ponto material que descreve um movimento circularde raio R percorrendo arcos de cırculo iguais em intervalos detempo iguais (MCU). As coordenadas cartesianas do ponto sao:

x(t) = R cos ωt, e y(t) = R senωt,

onde ω e a magnitude da velocidade angular. Multiplicando acoordenada y por i e somando com a coordenada x :

Exemplo: movimento circular uniforme

Considere um ponto material que descreve um movimento circularde raio R percorrendo arcos de cırculo iguais em intervalos detempo iguais (MCU). As coordenadas cartesianas do ponto sao:

x(t) = R cos ωt, e y(t) = R senωt,

onde ω e a magnitude da velocidade angular. Multiplicando acoordenada y por i e somando com a coordenada x :

x(t) + iy(t) = R (cos ωt + i senωt) ,

Exemplo: movimento circular uniforme

Considere um ponto material que descreve um movimento circularde raio R percorrendo arcos de cırculo iguais em intervalos detempo iguais (MCU). As coordenadas cartesianas do ponto sao:

x(t) = R cos ωt, e y(t) = R senωt,

onde ω e a magnitude da velocidade angular. Multiplicando acoordenada y por i e somando com a coordenada x :

x(t) + iy(t) = R (cos ωt + i senωt) ,

ou, fazendo uso da formula de Euler:

Exemplo: movimento circular uniforme

Considere um ponto material que descreve um movimento circularde raio R percorrendo arcos de cırculo iguais em intervalos detempo iguais (MCU). As coordenadas cartesianas do ponto sao:

x(t) = R cos ωt, e y(t) = R senωt,

onde ω e a magnitude da velocidade angular. Multiplicando acoordenada y por i e somando com a coordenada x :

x(t) + iy(t) = R (cos ωt + i senωt) ,

ou, fazendo uso da formula de Euler:

z(t) = R eiωt .

A velocidade instantanea e dada por:

A velocidade instantanea e dada por:

v =dz

dt= iωz = eiπ/2 ωz ,

A velocidade instantanea e dada por:

v =dz

dt= iωz = eiπ/2 ωz ,

que geometricamente significa girar z de π/2 no sentidoanti-horario e multiplicar o resultado por ω Figura 7(a). Aaceleracao instantanea e dada por:

A velocidade instantanea e dada por:

v =dz

dt= iωz = eiπ/2 ωz ,

que geometricamente significa girar z de π/2 no sentidoanti-horario e multiplicar o resultado por ω Figura 7(a). Aaceleracao instantanea e dada por:

a =d2z

dt2= −ω2z = eiπ ω2z ,

isto e: giramos z no sentido anti-horario de π e multiplicamos oresultado pelo real −ω2, veja a Figura 7(a).

Dinamica bidimensional no plano complexo

Dinamica bidimensional no plano complexo

Dinamica newtoniana no plano complexo significa resolver aequacao newtoniana de movimento:

Dinamica bidimensional no plano complexo

Dinamica newtoniana no plano complexo significa resolver aequacao newtoniana de movimento:

F = ma

Dinamica bidimensional no plano complexo

Dinamica newtoniana no plano complexo significa resolver aequacao newtoniana de movimento:

F = ma

com as condicoes iniciais:

Dinamica bidimensional no plano complexo

Dinamica newtoniana no plano complexo significa resolver aequacao newtoniana de movimento:

F = ma

com as condicoes iniciais:

z(0) = z0 = x0 + iy0, edz(0)

dt= v0 = vx0 + ivy0,

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(iii) o oscilador forcado;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(iii) o oscilador forcado;

(iv) o referencial girante; o pendulo de Foucault;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(iii) o oscilador forcado;

(iv) o referencial girante; o pendulo de Foucault;

(v) partıcula carregada em um campo magnetico uniforme;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(iii) o oscilador forcado;

(iv) o referencial girante; o pendulo de Foucault;

(v) partıcula carregada em um campo magnetico uniforme;

(vi) o problema da forca central;

(i) 0 oscilador harmonico simples (OHS) e suas variantes, opendulo simples e o pendulo conico;

(ii) o oscilador amortecido com atrito linear na velocidade;

(iii) o oscilador forcado;

(iv) o referencial girante; o pendulo de Foucault;

(v) partıcula carregada em um campo magnetico uniforme;

(vi) o problema da forca central;

Discutiremos alguns desses exemplos nas proximas aulas.