mÉtodos de estudos em biologia celular i - microscopias

80
MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR CELULAR I - MICROSCOPIAS

Upload: isabelle-galaz

Post on 07-Apr-2016

224 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULARCELULAR

I - MICROSCOPIAS

Page 2: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

MMIICCRROOSSCCOOPPIIAASS

Page 3: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Início (1600):- Incorporação do microscópio aos estudos

anatômicos;- Desenvolvimento de técnicas de preparo para a

visualização dos materiais biológicos

1663Robert Hooke

185217501689Marcello Malpighi

Page 4: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Marcello Malpighi(1628-1694)

(1689)

“ Nossa opinião é que a anatomia de uma estrutura sumamente pequena,interna de uma víscera, que foi exaltada nestes tempos, é de uso

a nenhum médico”

Médicos: Rejeitaram microscopia – inútil

Descrições sobre os capilares eram falsas

Anatomia comparada era irrelevante para medicina

Anatomia humana → só era útil para descrição

Introdução da microscopia à medicina

Estudo de capilares

Page 5: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Fundamento: Sistema de lentes combinadas, que são colocadas de forma a ampliarem a imagem do objeto

Interação da luz com o espécime

Absorção

Refração dos

raios de luz

ou

Criar contrastes entre o objeto e o meio em que envolve

Page 6: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Na formação da imagem aos Microscópios, dois fenômenos devem ser considerados: a

absorção e a refração

Interação da luz com o espécime

Page 7: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscópio

produção de imagens aumentadas de objetos não

visualizados à olho nú

Principal instrumento da Biologia Celular e Histologia

1) De luz (ML) / óptico (comum) Modificado (variações) com propósitos especiais

Contraste de fase Invertido Polarização

Fluorescência2) Eletrônico (ME) - imagens mais aumentadas / feixe de elétrons Microscópio eletrônico de transmissão (MET) Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Page 8: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Fonte luminosa → luz branca(lâmpada com filamento de

tungstênio)

Óptica → lentesampliação condensação

Mecânica

Sistema de iluminação

Microscópio de luz comum / campo claro

Componentes:

Page 9: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Os modelos microscópicos variam na forma e no desenho

Page 10: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Princípios da formação da imagem ao Microscópio

Fonte de luz condensadora

objetivaocular

objetoImagem

I

Imagem II

F F FC C C

O posicionamento estratégico das lentes no microscópio proporcionam a formação de uma imagem Invertida

Fonte de luz → Lente condensadora → Lentes objetivas → Lente ocular

Page 11: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Trajeto da luz

Centralização do feixe de luz

“Iluminação de Köhler”

Iluminação perfeita

Menos ocorrência de aberrações e

irregularidades no trajeto luminoso

Page 12: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Objetiva (s) = próxima ao objeto Corrige aberrações = qualidade da imagem Tipos: acromática, semi-apocromática, apocromática, planacromática, planapocromática

Aumentos: 4x / 10x / 20x / 40x / 100x (imersão)

Projeta imagem real e invertida

Ocular (es) = imagem projetada pela objetiva Aumentos: 10x, 12x

Page 13: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Aumento final

Page 14: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

4x = Vermelha10x = Amarela40x = Azul claro100x = Preta / branca

Objetiva

Page 15: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

A = Ângulo de abertura da objetiva = Ângulo correspondente à metade de AAN = Abertura numéricaN = Índice de refração do meio de montagemsen = Fornecido pelo fabricante da lente

AN = 0,12 (4x)AN = 0,34 (10x)AN = 0,60 (40x)AN = acima de 1 (100x)

AN = n.senα

Abertura numérico

Page 16: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Bom microscópio:

1) Poder de Resolução (PR): “Capacidade de uma lente (ou do próprio microscópio) em formar imagens com

detalhes mínimos”

2) Limite de Resolução (LR): “Menor distância entre 2 pontos distintos do objeto, que poderão ser

individualizados na imagem final”

> > PR < LRPR < LR

Poder de Resolução X Limite de Resolução

Page 17: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

ou

Quanto melhor for a capacidade de individualizar 2 pontos distintos do

objeto (< LR) maior será a definição da imagem formada no aparelho ( >

PR)

Quanto < o LR de uma lente > o PR do microscópio

Page 18: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Planos de cortes

Page 19: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Imagem microscópio = bidimensional Objeto de estudo = tridimensional

Planos de cortes

Page 20: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Leia a etiqueta da lâmina material / corte / coloração

Examine a lâmina macroscopicamente pode-se obter muita informação

Objetiva de menor aumento (panorâmica)

Ajustar área a ser observada, centralizando-a na platina

Iluminação de Köehler

Objetivas de aumentos maiores

Sequência de passos

Observação: imagem → invertida

Page 21: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de LuzMicroscopia convencionalMicroscopia de contraste de faseMicroscopia de contraste interferencialMicroscopia de campo escuroMicroscopia de polarizaçãoMicroscopia de fluorescênciaMicroscopia confocal a laser

Microscopia eletrônicaMicroscopia eletrônica de transmissãoMicroscopia eletrônica de alta voltagemMicroscopia eletrônica de varredura

Outros tipos de microscópioMicroscopia de tunelamento quânticoMicroscopia de força atômicaMicroespectrofotometria

Tipos de Microscópios

Page 22: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Princípios da Difração da LuzAnéis metálicos colocados no caminho da luz (Zerniké, 1950)Objetivas de contraste de fase: Ph (Phase)

Retardo ópticoe

Refração da luz

Microscopia de Contraste de fase

Page 23: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de Contraste de fase

Page 24: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Análise do material biológico sem coloração prévia:

1.Culturas de células2. Exames parasitológicos3. Esfregaços e Raspagens de mucosas (Consultórios)4. Sangue5. Protozoários de ambientes aquáticos6.Algas 7. Bactérias

Diferenças de índices de refração

Sem coloração

BactériasCultura de células: neurônios

Aplicações da Microscopia de Contraste de fase

Page 25: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Esfregaço de Sangue Divisão Celular em Raiz de Cebola

Aplicações da Microscopia de Contraste de fase

Análise do material com coloração prévia

Page 26: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Prismas ópticos posicionados no caminho da luz

Microscopia de Contraste Interferencial

Page 27: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Os prismas modificam a fase da onda luminosa

Contraste com o meio em que se encontra o material

Microscopia de Contraste Interferencial

Page 28: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Defasagem dos comprimentos de onda

Microscopia de Normarski

Microscopia de Contraste Interferencial

Gera uma “deformação” na imagemPermite contraste interferencial

Aumentando o relevo das superfícies do material

analisado

Page 29: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Observação de materiais biológicos sem coloração: 1. Parasitologia: Interpretação de estruturas e apêndices parasitos (taxonomia) 2. Análise de massa seca celular – organização e compactação de material biológico 3. Monitoramento de culturas celulares

Algas

Escamas

Aplicações da Microscopia de Contraste Interferencial

Page 30: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Cultura Celular: macrófago Ácaro

Aplicações da Microscopia de Contraste Interferencial

Page 31: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Princípios da formação da imagem ao Microscópio

Com coloração fluorescente

Sem coloração

Com coloração

Diferenças de índices

de refração

Cores de interferênci

a

Campo escuro

Page 32: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

2 Filtros / Prismas:1º Polarizador → Entre a fonte de luz e o condensador

2º Analisador → Entre a objetiva e a ocular

Promovem a seleção de apenas um plano de direção de vibração das ondas luminosas Plano da luz polarizada

(PLP) Observação: Microscopia de luz comum → feixe de ondas luminosas → direção de vibração em todos os planos

Microscopia de Polarização

Page 33: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de Polarização

Page 34: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

PLP

Microscopia de Polarização

Page 35: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Anisotropias Ópticas

Fenômenos de ordem espectral

Dicroísmo(1 filtro

polarizador)

Birrefringência(2 filtros polarizadores

cruzados perpendiculares)

Page 36: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Filtros polarizadores, quando colocados no caminho da luz e rotacionados a 90o permitem a distinção de macromoléculas ditas anisotrópicas (birrefingentes ou dicróicas)

Microscopia de Polarização

Page 37: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Birrefringência ocorre

Componentes macromoleculares birrefringentes

Anisotrópicos (brilho colorido ou não)

Cruzamos perpendicularmente os 2

filtros (polarizador e analisador)

Realçados

Outros componentes

Isotrópicos (não refrigentes) Indistintos em fundo escuro

Page 38: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

1. Análise de macromoléculas que apresentam graus ordenados de agregação: DNA, colágenos fibrilares, celulose, tubulina2. Análise de células que apresentem organização interna de suas macromoléculas altamente cristalinas: célula muscular esquelética, espermatozóides (ordem molecular)3. Análise de tecidos biológicos com ordem molecular nos arranjos macromoleculares: tecidos ósseos, cartilagens, dente4. Análise de componentes cristalinos dos minerais

5. Outros: parede celular; amido.

Aplicações da Microscopia de Polarização

Page 39: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Tecido ósseo

Grãos de Amido

Aplicações da Microscopia de Polarização

Page 40: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Birrefringência pode ser

intensificada por corantes

Exemplos: Colágeno

- Xylidine Ponceau- Picro-sirius

Cromatina / Matriz Extracelular- Azul de toluidina

(ordem e agregação molecular )

Page 41: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Tecido ósseo: osso esponjoso / fibras colágenas

Tecido ósseo : sistema de Havers ou ósteon / fibras

colágenas

Coloração: Picro-sirius / Luz polarizada

Aplicações da Microscopia de Polarização

Page 42: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Mesentério de rato. Coloração: Picro-sirius (fibras de colágeno: intensa birrefringência / brilhante /

amarelo)

Microscopia de Luz Polarizada

Page 43: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Birrefringência dependendo do grau de agregação de cristalinidade

Medida das propriedades anisotrópicas (dicroísmo e birrefringência)

Diagnósticos patológicos

Material biológicos

Estabelecimento ordem molecular

Fases da vida celular

Page 44: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Os microscópios de campo escuro apresentam um tipo especial de condensador - inclina a luz de tal modo que ela não atravessa o objeto

A luz se dispersa

Apenas os feixes desviados pelo objeto percorrem o resto do sistema (objetivas e oculares)

Microscopia de Campo Escuro

Page 45: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

É empregada para estudos de pequenos materiais: Plâncton Bactérias Cristais Estruturas subcelular (fimbrias e flagelos) Grãos de pólen

Microscopia de campo escuro da bactéria

Leptospira spp

Aplicações da Microscopia de Campo Escuro

Page 46: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Propriedade física de algumas substâncias absorverem a luz em

um determinado comprimento de

onda e emitirem luz com comprimentos de onda maiores e níveis energéticos

mais baixos

Microscopia de Fluorescência

Microscopia de fluorescência mostrando uma célula embrionária de Caenorhabditis elegans em divisão

Page 47: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Fluorescência natural:Existem componentes celulares ou moleculares

naturalmente fluorescentes

ClorofilaLignina de parede

vegetalElastina

Colágeno

A fluorescência visível neste nudibranqueo é dupla: os pigmentos verdes próprios da lesma e as algas

vermelhas no seu intestino Algas (clorofila)

Page 48: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Outros componentes:Se ligam a substâncias fluorescentes → fluorocromos

→ emitem brilho contra fundo escuro

Alaranjado de acridina

(fluorocromo)

Células do testículo de triatomíneos

(barbeiro)Divisão celular

RNA - vermelho

DNA - verde

Page 49: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

1. Sistema óptico interage com pouca luz:

Luz de mercúrio de alta pressão2. Sistemas de filtros para detectar o brilho do material contra o fundo negro (a. Filtro de excitação; b. Filtro de barragem)Fonte de luz → Fótons → Filtro de excitação (seleciona os fótons de determinado comprimento) → Objeto → Emite luz fluorescente → Filtro de barragem (luz de excitação é bloqueada) → Imagem observada (formada pela luz que atravessa o filtro de barragem)

b. Filtro de barragemOcular

a. Filtro de excitação

Fonte de luz

Objetiva

Microscopia de Fluorescência

Page 50: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de Fluorescência

Page 51: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS
Page 52: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Devido a especificidade de cada tipo de filtro e devido ao desenvolvimento de vários corantes (fluorocromos) → muitas são as utilizações da microscopia e fluorescência

Fluorocromos:Alaranjado de acridina

EosinaDAPI

RodaminaFluoresceina

Emitem brilho contrafundo escuro

Aplicações da Microscopia de Fluorescência

Page 53: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Outras aplicações da Microscopia de Fluorescência

Quantificação (Fluorometria): citoquímica normal e patológica

Imunofluorescência: conjugação de anticorpos a fluorocomos que permite identificação de moléculas específicas

Imunocitoquímica

Hibridação “in situ” (FISH)

Page 54: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Aplicações da Microscopia de Fluorescência

Page 55: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

1987 - Disponível mundialmente

O microscópio confocal tem seu funcionamento baseado nos princípios da microscopia de fluorescência → Utiliza laser como fonte de luz

Permite a visualização: materiais espessos; corpos inteiros sem coloração prévia (vivos ou pré-fixados)

Reconstrução do objeto tridimensionalmente → Vários planos focais ou cortes ópticos (programas computacionais)

Microscopia confocal a laser

Page 56: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Aplicações da Microscopia confocal a laser1. Todas as possibilidades já descritas para a microscopia de fluorescência convencional

2. Reconstrução 3-D de organismos microscópicos

3. Aumento de sinais de fluorescência de estruturas subcelulares. Exs: microtúbulos, miofilamentos, filamentos intermediários e elementos finos da matriz extracelular

Page 57: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Células em apoptose: condrócitos

Células em prófase

Aplicações da Microscopia confocal a laser

Page 58: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Protozoário

Macrófago

Aplicações da Microscopia confocal a laser

Page 59: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Grãos de Pólen

Divisão celular / Fuso mitótico

Aplicações da Microscopia confocal a laser

Page 60: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Início: Estudos do comportamento ondulatório dos elétrons

Semelhantes a fótons num

sistema de vácuoPrimeiros experimentos: Década de 1920 → Busch (elétrons conduzidos por lentes eletromagnéticas)

1931 → Ruska → Primeiro M.E. → Poder de resolução: 0,5 nm → 25 mil vezes a capacidade do olho humano

Microscopia eletrônica

Ernst August Friedrich Ruska

(1906-1988)

Page 61: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Principais diferenças

Fonte Luz (porção inferior)

Elétrons (porção superior)

Lentes Vidro EletromagnéticasLentes de aumento (principal)

Objetivas e oculares Eletromagnéticas

Suporte para amostra

Lâmina de vidro Grade de metal (telinha)Cobre ou

níquelLimite de resolução

0,2 µ 0,0002 µ

Formação da imagem

Transparência e coloração Variações de densidade e contrastação

Microscópio eletrônicode transmissão (MET)

Microscópio de luz (ML)

Page 62: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de Luz e Microscopia Eletrônica

Questões importantes: Ampliação e Resolução

Microscopia eletrônica

Page 63: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

O avanço da microscopia eletrônica se deu a partir da descoberta de que os elétrons tinham comportamento

ondulatório semelhante aos fótons de luz

Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)

Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)

Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e de Varredura (MEV)

Page 64: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET)

Page 65: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscópio eletrônico

de transmissão (MET)

Microscópio eletrônicode varredura(MEV)

Formação da imagem ao Microscópio eletrônico:Fonte de elétrons → Caminha por um sistema de lentes eletromagnéticas (coluna) → Feixe de elétrons → Acelerados → Lente condensadora → Amostra → Lentes objetivas (primeira imagem aumentada da amostra) → Lentes intermediarias / projetivas (formação final da imagem) → Imagem ampliada → Anteparo fluorescente / monitor

Page 66: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Fixação

Desidratação

Inclusão

Cortes

Contrastação commetais pesados

Principais etapas da preparação das amostras para MET

Page 67: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Eletrodensa (escura) → os elétrons encontram elementos como: ferro, ósmio, chumbo, ouro etc Eletrolúcida (clara) → os elétrons encontram elementos como: hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio etcObservação:

Contrastação do material biológico (maioria eletrolúcidos): metais pesados

Imagem final ao MET

Page 68: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Coloração negativa: vírus Tecido muscular

Hepátócito: Complexo de

Golgi

CílioCélulas epiteliais

Microscopia Eletrônica de Transmissão

Page 69: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Revela feições topográficas da superfície (detalhes) Imagens tridimensionais:

- Vermes- Insetos- Células livres (animais/vegetais)- Embriões- Fragmentos geológicos

Elétrons secundários / refletidos na superfície da amostra

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)Scanning Electron Microscopy (SEM)

Guelras de um peixe

Page 70: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)Preparação das amostras

Fixação (glutaraldeído / tetróxido de ósmio)

Desidratação

Secagem (“ponto crítico”)

Evaporação com ouro na superfície a ser analisada

Page 71: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Page 72: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Title: “An Army of One" Category: Photo Microscopy Photographer: Freder Medina

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Page 73: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Descrição de estruturas subcelulares (µ)Ex.: Citoesqueleto

Aparelho grande: equivalente a um edifício de três andares- Alta aceleração eletrônica (500 a 1.000 KV)- Permite estudos de corte grossos- Reconstrução tridimensional

Microscopia Eletrônica de Alata Voltagem ou Alta Aceleração

Page 74: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Década de 1980 Potência visual do olho humano: 1 milhão de vezes (100x a capacidade do MET) = Estrutura atômica Benning / Rohrer (1986): Prêmio Nobel de Física Corpos: - Características ondulatórias - Emissão de energia

Microscopia de Tunelamento Quântico

Page 75: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Agulha que dista da superfície da amostra em 1Å Percorre a superfície da amostra → corrente elétrica (tunelamento) Corrente atrai elétrons do material para a agulha → “tunel” Agulha sobre um átomo → corrente ↑ Agulha sobre os espaços entre os átomos → corrente ↓ Esses sinais (↑ e ↓) são transmitidos para o computador → imagens ≈ à superfície de vales e montanhas

Microscopia de Tunelamento Quântico

Page 76: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

1 milhão de Vezes (100x a capacidade do MET) =

ESTURUTRA ATÔMICA

Molécula de miosina Cromossomos

Microscopia de Tunelamento Quântico

Page 77: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

É semelhante ao Microscópio de Tunelamento QuânticoDiferença: - Microespelho - Feixe de “laser” sobre a agulha Menor agressividade à amostra Detecção de detalhes de superfície

Aplicações: - Imagens em solução - Sequências de reações químicas / modificações ao longo do tempo - Estrutura atômica de biomoléculas

Microscopia de Força Atômica

Page 78: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Microscopia de Força Atômica

Imagem de uma plaqueta obtida por microscopia de força

atómica

Imagem de eritrócitos obtida por microscopia de força

atómica

Page 79: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Brasileiro ganha prêmio internacional para imagens de microscopia de força atômica

Luciano Paulino da Silva, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, conquistou o segundo lugar na primeira edição do Prêmio Internacional de Imagens de Microscopia de Força Atômica.

A imagem de autoria do pesquisador da Embrapa, que mostra a superfície das células vermelhas do sangue depois do tratamento com peptídeos antibióticos, foi a única imagem não européia premiada dentre as mais de 250 inscritas. O prêmio visa o reconhecimento da importância das imagens de microscopia para os avanços da nanotecnologia em todo o mundo.

Reportagem publicada no dia 10/09/2007

Page 80: MÉTODOS DE ESTUDOS EM BIOLOGIA CELULAR I - MICROSCOPIAS

Title: “Formosa Nano-Rose" Photographer: Dr. Kuei-Hsien ChenVencedor do “Science as Art Contest” de 2008

Scanning electron Microscopy – imagem representa um único cristal de Wurtzite indium nitride (InN) sintetizado

Fim