biologia celular completa

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1. Biologia Celular 1.1. Procarioto = Estrutura - Bactérias são chamadas procariontes, que significa literalmente "antes do núcleo”. Contém um único cromossomo, constituído por uma molécula de DNA, que não está dentro de um núcleo delimitado por membrana, mas reside em uma região nuclear ou nucleóide. O DNA não está associada a proteínas e as células procariontes faltam organelas membranosas como mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi e retículo endoplasmático e a ausência da carioteca. Divisão Celular - Durante a divisão celular, o nucleóides se divide o DNA é duplicado e distribuído para as células filhas. Em procariontes, os Cromossomos estão organizados e não existe na divisão cromossômica (mitose) como a que ocorre em animais, fungos e plantas. São sempre organismos unicelulares, reproduzindo-se assexuadamente por fissão binária. Está presente nesse grupo os seres unicelulares ou coloniais: Bactérias Ciano fitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda Cyanobacteria) Micro plasmas 1.2. Eucarioto = Estrutura - O núcleo, que constitui um compartimento limitado por uma membrana nuclear. O citoplasma, outro compartimento envolvido por membrana plasmática, e a membrana plasmática e suas diferenciações.Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. As organelas presentes no citoplasma possuem papéis específicos definidos por reações químicas. A presença ou ausência de determinadas organelas definirá se a célula é vegetal ou animal. Citoesqueleto – Responsável por: manter a forma da célula; deslocamento das organelas e vesículas no citoplasma; contração celular; locomoção celular;

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Ronaldo Santiago Pereira - Ciências Biológicas Universidade Católica de Brasília.

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Page 1: Biologia Celular Completa

1. Biologia Celular1.1. Procarioto =

Estrutura - Bactérias são chamadas procariontes, que significa literalmente "antes do núcleo”. Contém um único cromossomo, constituído por uma molécula de DNA, que não está dentro de um núcleo delimitado por membrana, mas reside em uma região nuclear ou nucleóide. O DNA não está associada a proteínas e as células procariontes faltam organelas membranosas como mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi e retículo endoplasmático e a ausência da carioteca.

Divisão Celular - Durante a divisão celular, o nucleóides se divide o DNA é duplicado e distribuído para as células filhas. Em procariontes, os Cromossomos estão organizados e não existe na divisão cromossômica (mitose) como a que ocorre em animais, fungos e plantas. São sempre organismos unicelulares, reproduzindo-se assexuadamente por fissão binária.

Está presente nesse grupo os seres unicelulares ou coloniais:

Bactérias Ciano fitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda Cyanobacteria) Micro plasmas

1.2. Eucarioto =

Estrutura - O núcleo, que constitui um compartimento limitado por uma membrana nuclear. O citoplasma, outro compartimento envolvido por membrana plasmática, e a membrana plasmática e suas diferenciações.Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. As organelas presentes no citoplasma possuem papéis específicos definidos por reações químicas. A presença ou ausência de determinadas organelas definirá se a célula é vegetal ou animal.

Citoesqueleto – Responsável por: manter a forma da célula; deslocamento das organelas e vesículas no citoplasma; contração celular; locomoção celular;

Está presente nesse grupo os seres Unicelulares (Protozoários) e Pluricelulares (demais seres) : Fungos Protozoários Animais Plantas

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Divisão Celular - Nos seres eucariontes a divisão celular divide-se em duas etapas distintas:

- mitose que é o processo universal de divisão.- citocinese que é divisão do citoplasma em células filhas.- interfase que é um período de intensa atividade e síntese de crescimento.

Função da Divisão Celular

A divisão celular tem como função(através da sua capacidade metabólica) a manutenção da vida enquanto conseguir(uma célula dá origem a uma outra célula). Através desta divisão as células-filhas terão pelo menos metade ou mesma quantidade de material genético da mãe onde há uma hereditariedade através da reprodução ou divisão celular normal ou tem como função e com fidelidade passar o programa genético de uma geração celular para a geração seguinte(a cromatina da célula mãe, é replicada ou separada recebendo as células filhas uma quantidade do DNA da mãe). Tem como função também a reconstituirão celular, crescimento e desenvolvimento dum pluricelular por exemplo através dum zigoto unicelular. A divisão pode ter diferentes velocidade nos diferentes tecidos celulares com diferentes funções.

Comparação entre os processo de divisão celular

Mitose Meiose - Resulta em duas células geneticamente iguais - Resulta em quatro células geneticamente diferentes - Não há redução do número de cromossomos - Há redução do número de cromossomos

- Não há permuta gênica entre cromossomos homólogos - Normalmente ocorre permuta gênica entre os cromossomos homólogos

- Ocorre em células somáticas - Ocorre em células germinativas - A duplicação do DNA antecede apenas uma divisão celular

- A duplicação do DNA antecede duas divisões celulares

- Uma célula produzida por mitose, em geral, pode sofrer nova mitose

- Uma célula produzida por meiose não pode sofrer meiose

- É importante na reprodução assexuada de organismos unicelulares e na regeneração das células somáticas dos multicelulares

- É um processo demorado (podendo, em certos casos, levar anos para se completar)

- Não há redução do número de cromossomos - Há redução do número de cromossomos

Page 3: Biologia Celular Completa

1.3 Fases da Mitose –

Interfase - Não pertence ao fenômeno mitótico. Durante a intérfase, as células crescem, o material genético (DNA) se duplica, formam-se novas organelas citoplasmáticas e a célula acumula energia para continuar o processo. Subdivide-se em três fases: G1, S e G2; na fase S ocorre a autoduplicação do DNA. Após a intérfase, se inicia o processo mitótico propriamente dito.

Prófase – Ou fase anterior (fase da "mobilização" para a ação). Os cromossomos condensam-se, tornando-se visíveis; a carioteca e os nucléolos desintegram-se; os centríolos dividem-se e dirigem-se para os pólos da célula; é formado o fuso de divisão (fibras protéicas).

Metáfase - Ou fase do meio, é a fase mais propícia para estudos da morfologia dos cromossomos, onde os cromossomos apresentam o máximo grau de condensação. Os cromossomos, presos às fibras do fuso, migram para o equador do fuso, plano médio da célula. No final da metáfase, os centrômeros se duplicam e se partem longitudinalmente, de modo a deixar livres as cromátides irmãs.

Anáfase - Ou fase de cima. Dois lotes idênticos de cromátides irmãs, agora como novos cromossomos, afastam-se e migram para os pólos, puxados pelos respectivos centrômeros, devido ao enxurtamento das fibras do fuso.

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Telófase – Ou fase do fim. Os dois cromossomos aproximam-se dos pólos e se agregam. Ocorre o inverso à Prófase: os cromossomos descondensam-se (tornando-se invisíveis); os nucléolos reaparecem; duas novas cariotecas são reconstituídas a partir das vesículas do retículo endoplasmático. Terminadas a divisão do núcleo (cariocinese), desaparecem as fibras de fuso, ocorre a distribuição dos organóides e a divisão do citoplasma (citocinese), que isola as duas células filhas. Essas células entram em interfase e se preparam para uma nova divisão.

Citocinese - é a divisão do citoplasma no final da mitose; é centrípeta.

Etapas da meiose:

Prófase I* - Os cromossomos condensam-se e os homólogos se juntam formando tétrades; a carioteca e os nucléolos se desintegram; os centríolos duplicam e dirigem-se para os pólos da célula; forma-se o fuso de divisão.

Metáfase I - As tétrades se distribuem-se no equador da célula. Anáfase I - Os cromossomos homólogos separam-se e migram para os pólos da célula. Telófase I - O citoplasma se divide e formam-se duas células-filhas com n cromossomos cada uma. Intercinese - Curto intervalo entre as duas etapas da divisão. Prófase II - Os centríolos se dividem e formam-se novos fusos de divisão nas duas células-filhas. Metáfase II - Os cromossomos dispõem-se no equador das células. Anáfase II - Os centrômeros dividem-se, as cromátides-irmãs se separam migrando para os pólos das

células. Telófase II - O citoplasma se divide e os núcleos reconstituem-se nas quatro células-filhas.

*A prófase I é a fase mais longa e nela ocorrem os eventos mais importantes da meiose. Subdividem-se em cinco períodos:

Leptóteno - Os cromossomos condensam-se e tornam-se visíveis. Zigóteno - Os cromossomos homólogos juntam-se aos pares. Paquíteno - Os cromossomos tornam-se mais curtos e espessos, formando tétrades. Diplóteno - Os cromossomos homólogos iniciam a separação; podem ser observados os quiasmas, que

evidenciam trocas de pedaços entre os homólogos, processo conhecido como permuta ou crossing-over. Diacinese - Os cromossomos migram para o equador da célula.

Page 5: Biologia Celular Completa

1.4 Principais diferenças entre Procarioto e Eucarioto.

Os procariotos não existe membrana nuclear , a carioteca em volta do núcleo, já que ele não possui núcleo ,o material genético da célula fica disperso no citoplasma.Enquanto nos eucariotos , eles possuem um núcleo bem definido, envolto pela membrana nuclear, que é a carioteca, e tem a função de proteger o material genético que fica no núcleo, não só o material genético, mas também todos os ácidos nucléicos, os RNA e DNA. (Fonte 1)

Os organismos eucariotos São sempre unicelulares. Os procariotos podem ser ou não.Os procariotos não possuem um sistema interno de membranas, não são subdividido em "compartimentos, como ocorre com os eucariotos.A transcrição do RNA a partir do DNA e a tradução do RNAm em proteínas são fenômenos que ocorrem concomitantemente nos procariotos, já que estão próximos, em um só espaço. Nos eucariotos, a transcrição ocorre no núcleo e a tradução em proteínas vai acontecer mais tarde, no citosol.Os eucariotos dividem se por mitose e nos procariotos a divisão celular é a divisão binária.Nos eucariotos as moléculas de DNA estão sempre conjugadas com proteínas histônicas formando a cromatina. Nos procariotas, raramente se observa alguma proteína associada ao DNA.Ainda podem ser observadas outras diferenças quanto ao tipo de metabolismo, tamanho, organização gênica.(Fonte 2)

Os seres vivos procariontes, possuem material genético disperso, ou seja espalhado por toda a sua célula, ex.:Bactérias.. Já os eucariontes possuem o material genético organizado em uma região da célula que se chama núcleo que possui uma membrana que se chama carioteca, daí provêm os termos procariontes e eucariontes, ex. de eucariontes: protistas, vegetais, animais e outros.(Fonte 3)

Os procariotos não têm núcleo, portanto seu DNA é espalhado pela citoplasma e os eucariotos são o contrário, têm núcleo, portanto o DNA é organizado (e fica dentro desse núcleo) As células eucariontes possuem caroteca (membrana que envolve o núcleo), logo seu núcleo está contido por essa membrana nuclear. As células procariontes não possuem carioteca, não tem essa membrana e seu núcleo fica espalhado pelo citoplasma.(Fonte 4)

1.5 Célula Vegetal e Animal

0.1 Vegetal

0.0.1 Parede CelularA parede celular é um componente exclusivo das célula vegetal. Ela é uma feita apartir de longas e resistentes microfibrilas da celulose. Estas ficam juntas por meio de uma matriz feita de glicoproteínas (proteínas ligadas a açúcares), hemicelulose e pectina (polissacarídios). A membrana esquelética celulósica (parede celular) é formada por duas paredes: a primária e a secundária. A primeira é presente nas células mais jovens, sendo finas e flexíveis (possibilitando o crescimento da célula). A segunda só é formada após o término do crescimento da célula. Esta, mais espessa e rígida, é secretada através da membrana plasmática depositando-se entre esta e a superfície interna da parede primária.

0.0.2 Membrana PlasmáticaMembrana plasmática é uma película finíssima e muito frágil composta, principalmente, por fosfolipídios e proteínas. Ela tem importantes funções na célula, e uma delas é isolar a célula do meio externo. Seu tamanho é tão pequeno que se a célula fosse aumentada ao tamanho de uma laranja, a membrana seria mais fina do que uma folha de papel de seda. Água, substâncias nutritivas e gás oxigênio são capazes de entrar com facilidade através da membrana, que permite a saída de gás carbônico e de resíduos produzidos dentro da célula. A membrana é capaz de atrair substâncias úteis e de dificultar a entrada de substâncias indesejáveis. Exercendo assim um rigoroso controle no trânsito através das fronteiras da célula. É comum compará-la a um "portão" por suas funções e a um saco plástico pela sua aparência.

0.0.3 CitoplasmaApós atravessar a Membrana Plasmática, mergulhamos na parte mais volumosa da célula: o Citoplasma. Ele é o espaço entre a membrana e o núcleo. Sua forma não é definida e é nele que se encontram bolsas, canais membranosos, organelas citoplasmáticas que desempenham funções específicas nas células e um fluido gelatinoso chamado Hialoplasma.

0.0.4 Hialoplasma

Page 6: Biologia Celular Completa

É no hialoplasma que ocorrem a maioria das reações químicas da célula e também o armazenamento de energia para a célula. Sua concentração no citoplasma varia entre o Ectoplasma e o Endoplasma.

0.0.5 Retículo Endoplasmático - O labirinto intracelularNossa primeira visita no citoplasma é o Retículo Endoplasmático. Ele é um sistema de tubos e canais que pode-se distinguir em 2 tipos: rugoso e liso. Mesmo sendo de diferentes tipos eles estão interligados. Este complexo sistema, é comparável à uma rede de encanamentos, onde circulam substâncias fabricadas pela célula.

0.0.6 Aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi)O aparelho de Golgi (cujo nome é uma homenagem ao cientista que o descobriu, Camillo Golgi) é um conjunto de saquinhos membranosos achatados e empilhados como pratos. E estas pilhas, denominadas dictiossomos, se encontram no citoplasma perto do núcleo. O complexo é a estrutura responsável pelo armazenamento, transformação, empacotamento e "envio" de substâncias produzidas na célula. Portanto é o responsável pela exportação da célula. É comum compará-lo a uma agência do correio, devido ambos terem funções semelhantes. Este processo de eliminação de substâncias é chamado de secreção celular. Praticamente todas as células do corpo sintetizam e exportam uma grande quantidade de proteínas que atuam fora da célula.

0.0.7 Mitocôndrias- Casas de força da célulaTodas as atividades celulares consomem energia. Para sustentar , as células são dotadas de verdadeiras usinas energéticas: AS MITOCÔNDRIAS. As mitocôndrias são pequenos bastonetes membranosos (lipoproteica),que flutuam dentro do citoplasma. Dentro delas existem uma complexa maquinaria química, capaz de liberar a energia contida nos alimentos que a célula absorve. Isso acontece da seguinte forma: as substancias nutritivas penetram nas mitocôndrias, onde reagem com o gás oxigênio, em um processo comparável à queima de um combustível. Essa reação recebe o nome de respiração celular. A partir daí é produzido energia em forma de ATP.

0.0.8 O NúcleoNúcleo, o cérebro da célula. É ele que possui todas as informações genéticas, comanda e gerencia toda a célula. Dentro dele, esta localizado um ácido chamado DNA (ácido desoxirribonucléico). Este, formado por uma dupla hélice de nucleotídeos (formado por uma molécula de açúcar ligada a uma molécula de ácido fosfórico e uma base nitrogenada. O DNA é responsável por toda e qualquer característica do ser vivo. É ele que manda fazer as proteínas, determina a forma da célula etc. No homem, o DNA é que diz de que cor será os olhos, o tamanho dos pés etc. O núcleo é composto por uma carioteca, cromatina e nucléolos. A carioteca é um tipo de membrana plasmática composta por duas membranas lipoprotéicas. Essa membrana possui vários poros em sua superfície. Esses são compostos por uma complexa estrutura protéica que funciona como uma válvula que escolhe que substância deve entrar e qual deve sair. A cromatina é um conjunto de fios formados por uma longa molécula de DNA associada a moléculas de histonas chamados de cromossomos. É aonde parte das informações estão guardadas. Por último, o nucléolo é um corpo redondo e denso, constituído por proteínas, RNA e um pouco de DNA. É dentro dele que se forma os ribossomos, presentes em toda a célula.

Page 7: Biologia Celular Completa

0.2 Animal

0.0.1 GlicocalixA primeira estrutura que encontramos, sem precisar penetrar na célula, é conhecida como glicocalix. Ele pode ser comparado a uma "malha de lã", que protege a célula das agressões físicas e químicas do meio externo. Mas também mantém um microambiente adequado ao redor de cada célula, pois retém nutrientes e enzimas importantes para a célula. O glicocalix é formado, basicamente, por carboidratos e está presente na maioria das células animais.

0.0.2 Membrana PlasmáticaMembrana plasmática é uma película finíssima e muito frágil composta, principalmente, por fosfolipídios e proteínas. Ela tem importantes funções na célula, e uma delas é isolar a célula do meio externo. Seu tamanho é tão pequeno que se a célula fosse aumentada ao tamanho de uma laranja, a membrana seria mais fina do que uma folha de papel de seda. Água, substâncias nutritivas e gás oxigênio são capazes de entrar com facilidade através da membrana, que permite a saída de gás carbônico e de resíduos produzidos dentro da célula. A membrana

0.0.3 CitoesqueletoCitoesqueleto é complexa rede de finos tubos interligados. Estes tubos, que são formados por uma proteína chamada tubolina, estão continuamente se formando e se desfazendo. Outros componentes do citoesqueleto são fios formados por queratina, formando os chamados filamentos intermediários. Finalmente existem os chamados microfilamentos, formados por actina. Suas funções são: organizar internamente, dar forma e realizar movimentos da célula.

0.0.4 CitoplasmaApós atravessar a Membrana Plasmática, mergulhamos na parte mais volumosa da célula: o Citoplasma. Ele é o espaço entre a membrana e o núcleo. Sua forma não é definida e é nele que se encontram bolsas, canais membranosos, organelas citoplasmáticas que desempenham funções específicas nas células e um fluido gelatinoso chamado Hialoplasma.

0.0.5 Retículo Endoplasmático - O labirinto intracelularNossa primeira visita no citoplasma é o Retículo Endoplasmático. Ele é um sistema de tubos e canais que pode-se distinguir em 2 tipos: rugoso e liso. Mesmo sendo de diferentes tipos eles estão interligados. Este complexo sistema, é comparável à uma rede de encanamentos, onde circulam substâncias fabricadas pela célula.

0.0.6 Aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi)O aparelho de Golgi (cujo nome é uma homenagem ao cientista que o descobriu, Camillo Golgi) é um conjunto de saquinhos membranosos achatados e empilhados como pratos. E estas pilhas, denominadas dictiossomos, se encontram no citoplasma perto do núcleo. O complexo é a estrutura responsável pelo armazenamento, transformação, empacotamento e "envio" de substâncias produzidas na célula. Portanto é o responsável pela exportação da célula. É comum compará-lo a uma agência do correio, devido ambos terem funções semelhantes. Este processo de eliminação de substâncias é chamado de secreção celular. Praticamente todas as células do corpo sintetizam e exportam uma grande quantidade de proteínas que atuam fora da célula.

0.0.7 Lisossomos - Reciclando ResíduosAs células possuem no citoplasma, dezenas de saquinhos cheios de enzimas capazes de digerir diversas substâncias orgânicas. Com origem no complexo de Golgi, os lisossomos existem em quase todas as células animais. As enzimas são produzidas no RER, depois são transferidas para o dictiossomo do complexo de Golgi. Lá, são identificadas e enviadas para uma região especial do complexo e por fim serão empacotadas e liberadas como lisossomos. Eles são as organelas responsáveis pela digestão da célula (a chamada digestão intracelular). Num certo sentido, eles podem ser comparados a pequenos estômagos intracelulares. Além disso, os lisossomos tem a função de ajudar no processo de autofagia. Também podem ser comparados à centros de reciclagem, ou até mesmo a desmanches pois digerem partes celulares envelhecidas e desgastadas, de modo a reaproveitar as substâncias que as compõem.

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0.3 Diferenças e Semelhanças entre Célula animal e vegetal

As células animal e vegetal são células eucariontes que se assemelham em vários aspectos morfológicos como a estrutura molecular da membrana plasmática e de várias organelas, e são semelhantes em mecanismos moleculares como a replicação do DNA, a transcrição em RNA, a síntese protéica e a transformação de energia via mitocôndrias.

A presença de parede celular, vacúolo, plastídios e a realização de fotossíntese, são as principais características que fazem da célula vegetal diferente da célula animal. A parede celular, que é composta principalmente de celulose, determina a estrutura da célula, a textura dos tecidos vegetais dando resistência as plantas. O vacúolo é uma organela que possui uma membrana (tonoplasto), preenchidos com um suco celular, solução aquosa contento vários sais, açúcares, pigmentos, armazenam metabólitos e quebram e reciclam macromoléculas. É uma organela que pode ocupar a maior parte do volume da célula. Os plastídios são envolvidos por uma dupla membrana e são classificados de acordo com o pigmento: os cloroplastos (clorofila), cromoplastos (carotenóides) e os leucoplastos (sem pigmento).

Os cloroplastos são organelas responsáveis pela realização da fotossíntese. Ao contrário das células animais, que utilizam o glicogênio como reserva energéticas, as células vegetais armazenam amido. E na comunicação entre as células, nos vegetais é feita através de conexões chamadas plasmodesmas, e nas células animais, as junções comunicantes são responsáveis por esse papel.(Fonte 1)

As células vegetais se distinguem das animais devidas às seguintes características:parede celular, conexões celulares (plasmodesmos), vacúolos, plastos e reserva energética. O citoplasma das células vegetais contém, além dos plastos e vacúolos, as mesmas organelas da célula animal. Aparentemente tanto o retículo endoplasmático liso quanto o granular e os ribossomos exercem funções semelhantes nas células animais e vegetais.Logo abaixo da membrana plasmática observam-se sistemas de microtúbulos que correm paralelos à membrana. Provavelmente estão relacionados à formação da parede ou à manutenção da forma das células.O aparelho de Golgi aparece na célula vegetal sob a forma de corpos dispersos pelo citoplasma, que, de um modo geral, são de tamanho menor do que os da célula animal, embora apresentem morfologia semelhante.A célula vegetal está circundada por uma estrutura semi-rígida denominada parede celular, a qual confere proteção e apoio mecânico à célula, que deforma-se a medida que a célula cresce e se diferencia.Uma característica peculiar às células vegetais é a existência de conexões celulares (pontes citoplasmáticas) interligando células vizinhas. Tais conexões, chamadas de plasmodesmas, estão nos limites de resolução do microscópio óptico e ocorre em grande número (pelo menos de 1.000 a 10.000).Os vacúolos são importantes estruturas citoplasmáticas características da célula vegetal. Nas plantas, o crescimento celular dá-se em grande parte devido ao crescimento dos vacúolos. O sistema de vacúolos pode atingir até 90% do volume total da célula.

Os plastos são organelas ligadas aos processos de fotossíntese. Há diversos tipos de plastos e sua classificação se faz de acordo com o material encontrado no seu interior. Os cloroplastos são os mais comuns e são verdes devido aos pigmentos de clorofila.(Fonte 2)

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Existem várias diferenças entre os dois tipos de células. Para já as células animais apenas possuem uma membrana plasmática a revestir enquanto que a célula vegetal tem a mesma membrana mas tem também uma parede celular, muito mais resistente do que a membrana e portanto são células que nunca poderiam sofrer lise celular devido à sua grande resistência. Apenas as células animais sofrem a lise celular que é uma espécie de rompimento por excesso de água. Existem também diferenças nas organelas dos dois tipos de células. Apenas as células animais possuem centríolos e vacúolos muito pequenos.Apenas as células vegetais possuem plastos como os cloroplastos, e vacúolos grandes.(Fonte 3)

Célula vegetal1- Parede celular2- Grande vacuolo central3- Plastídios (cloroplastos)

Célula animal1- Não possui parede celular2- Possui pequenos vacuolos digestivos3- Plastídios (cloroplastos) ausentes (Fonte 4)

1.6 Os Vírus

Introdução - A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno. O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de automultiplicação, utilizando para isso sua estrutura celular. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais.

Estrutura de um vírus - Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico). Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas.

Vida - Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias).

Classificação - A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.

Ciclo Reprodutivo

São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus:

1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.

Curiosidades:

- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.

- Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.

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Seres Acelulares (que não possuem estrutura celular)

Os vírus são seres diminutos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico, constituídos apenas por duas classes de substâncias químicas: ácido nucléico (que pode ser DNA ou RNA) e proteína.São seres acelulares e precisam de células que os hospedem. Por isso, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.O vírus invade uma célula e assume o comando, fazendo com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus. A infecção viral geralmente causa profundas alterações no metabolismo celular, podendo levar à morte das células afetadas. Os vírus causam doenças em plantas e animais (incluindo o homem).Fora da célula hospedeira, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital e se houver alguma célula compatível à sua disposição, um único vírus é capaz de originar, em cerca de 20 minutos, centenas de novos vírus.Até o momento, poucas drogas se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar sérios efeitos colaterais. A melhor maneira de combater as doenças virais é através de vacinas.

1.7 Diferenças entre células Bacterianas e células Animais

Célula animal é uma célula que se pode encontrar nos animais e que se distingue da célula vegetal pela ausência de parede celular e de plastos.Possui flagelo, o que não é comum nas células vegetais.

A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem organelas ligadas à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos, sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.(Fonte 1)

Bactéria: unicelularCélula vegetal: presença de parede celular, presença de cloroplastos (responsável pela fotossíntese)Célula animal: não contém cloroplastos, nem parede celular. (Fonte 2)

CÉLULA BACTERIANA PROCARIÓTICA

CÉLULA ANIMALEUCARIÓTICA

• NÚCLEO DESORGANIZADO:

Material genético no citoplasma.

• CITOPLASMA:

Presença apenas dos ribossomos

• NÚCLEOORGANIZADO:

Presença de envoltório nuclear.

• CITOPLASMA:

Presença de vários organóides.

(Fonte 3)

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1.8 Estudo Bacteriano

O que são bactérias As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais a saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças. Características e informações sobre as bactérias Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas raízes dentro de pequenos caroços, em seu crescimento através da substância química que estas bactérias produzem. No solo existem bactérias que podem ser benéficas de várias maneiras, uma delas é ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento às novas plantas. Entretanto, há certas bactérias que são daninhas aos vegetais prejudicando-os a ponto de destruí-los. No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas através do uso de antibióticos, que, quando usados conforme orientação médica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a saúde. Caso contrário, elas aumentarão rapidamente ampliando o número de colônias. Em muitos casos, elas podem ser transferidas de pessoas para pessoas.Podemos citar como principais tipos de bactérias : Cocos (formato arredondado); Bacilos (alongadas em forma de bastonetes); Espirilos (formato espiralado) e Vibriões (possuem formato de virgulas).Até 300 anos atrás, ninguém sabia da existência deste tipo de vida, foi um holandês chamado Leeuwenhoek que as observou pela primeira vez. Em 1865, Louis Pasteur, através de seus estudos e observações, descobriu como elas se multiplicam e causam doenças. Contudo, os estudos desta forma de vida só foram mais precisos depois que Roberto Koch, em 1870, descobriu como colori-las e mantê-las vivas em uma espécie de geléia que ele mesmo criou. Desta forma, elas poderiam ser observadas por mais tempo e também de formas diferentes, fato que permitiria um conhecimento mais completo e aprofundado deste tipo de vida.

Principais doenças causadas por bactérias :Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis.Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra).Difteria: provocada pelo bacilo diftérico.Coqueluche: causada pela bactéria Bordetella pertussis.Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes.Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans.Tracoma: provocada pela Chlamydia trachomatis.Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae).Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum.Meningite meningocócica: causada por uma bactéria chamada de meningococo.Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae , o vibrião colérico.Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi.

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As bactérias são seres unicelulares aclorofilados, microscópicos, que se produzem por divisão binária. Elas são células esféricas ou em forma de bastonetes curtos com tamanhos variados, alcançando às vezes micrômetros linearmente. Na maioria das espécies, a proteção da célula é feita por uma camada extremamente resistente, a parede celular, havendo imediatamente abaixo uma membrana citoplasmática que delimita um único compartimento contendo DNA, RNA, proteínas e pequenas moléculas.

Através da microscopia eletrônica, o interior celular aparece com uma matriz de textura variada, sem, no entanto, conter estruturas internas organizadas.As bactérias são pequenas e podem multiplicar-se com rapidez, simplesmente se dividindo por fissão binária.Quando o alimento é farto, "a sobrevivência dos mais capazes" em geral significa a sobrevivência daqueles que se dividem mais rapidamente. Em condições adequadas, uma simples célula procariótica pode dividir-se a cada 20 minutos, dando origem a 5 bilhões de células ( número aproximadamente igual à população humana da terra) em pouco menos de 11 horas.

À habilidade em dividir-se de maneira rápida possibilita populações de bactérias a se adaptar às mudanças de ambiente. Sob condições de laboratório por exemplo, uma população de bactérias mantida em uma dorna evolui dentro de poucas semanas por mutações de seleção natural para utilização de novos tipos de açúcares como fonte de carbono e de energia.

Na natureza, as bactérias vivem em uma enorme variedade de nichos ecológicos e mostram uma riqueza correspondente na sua composição bioquímica básica. Dois grupos de bactérias distantemente relacionados são reconhecidos:

- As eubactérias, que são os tipos comuns encontrados na água, solo e organismos vivos maiores.

- As arquibactérias, que são encontradas em ambientes realmente inóspitos, como os pântanos, fontes termais, fundo do oceano, salinas, vulcões, fonte ácidas, etc.

Existem espécies bacterianas que utilizam virtualmente qualquer tipo de moléculas orgânicas como alimento, incluindo açúcares, aminoácidos, gorduras, hidrocarbonetos, polipeptídeos e polissacarídeos. Algumas podem também obter seus átomos de carbono do gás carbônico e o seu nitrogênio do N2.Apesar de sua relativa simplicidade, as bactérias são os mais antigos seres que se tem notícias e também são os mais abundantes habitantes da terra.Eletromicrofia eletrônica de uma colônia de E. coli

As bactérias podem ser classificadas, quanto a sua fórmula, em três grupos básicos:

- Cocos, que são células esféricas que quando agrupadas aos pares recebem o nome de diplococos. Quando o agrupamento constitui uma cadeia de cocos estes são denominados estreptococos. Cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva recebem a designação de estafilococos.

- Bacilos, são células cilíndricas, em forma de bastonetes, em geral se apresentam como células isoladas porém, ocasionalmente, pode-se observar bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (streptobacilos).

- Espirilos, são células espiraladas e geralmente se apresentam como células isoladas.

- Vibriões, Estes víbrios, tal como todos os outros, vivem naturalmente nas águas dos oceanos, mas aí o seu número é tão pequeno que não causam infecções.Esta é uma eletromicrografia eletrônica de um gram-negativo, o Campylobacter que é um importante patógeno intestinal

CROMOSSOMOAs bactérias apresentam um cromossomo circular, que é constituído por uma única molécula de DNA bicatenário, tendo sido também chamado de corpo cromatínico. é possível às vezes, evidenciar mais de um cromossomo numa bactéria em fase de crescimento uma vez que a sua divisão precede a divisão celular. O cromossomo bacteriano contém todas as informações necessárias à sobrevivência da célula e é capazes de auto-replicação.DNA bacteriano (cromossomo e plasmídeo)

PLASMÍDEOSExiste ainda no citoplasma de muitas bactérias, moléculas menores de DNA, também circulares, cujo os genes não codificam características essenciais, porém muitas vezes conferem vantagens seletivas à bactéria que as possui.

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Estes elementos extra cromossômicos, denominados plasmídeos são autônomos, isto é, são capazes de autoduplicação independente da replicação do cromossomo e podem existir em número variável no citoplasma bacteriano.

RIBOSSOMOSOs ribossomos acham-se espalhados no interior da célula e conferem uma aparência granular ao citoplasma. Os ribossomos são constituídos por duas subunidades, 30S e 50S, que ao iniciar a síntese protéica reunem-se formando a partícula ribossômica completa de 70S. Embora o mecanismo geral da síntese protéica das células procarióticas e eucarióticas seja o mesmo, existem diferenças consideráveis em relação a biossíntese e estrutura dos ribossomos.

GRÂNULOS DE RESERVA

As células procarióticas não apresentam vacúolos, porém podem acumular substâncias de reserva sob a forma de grânulos constituídos de polímeros insolúveis. São comuns polímeros de glicose (amido e glicogênio), ácido beta-hidroxibutírico e fosfato. Estes grânulos podem ser evidenciados pela microscopia óptica, utilizando colorações específicas.

MESOSSOMOS

Este termo se refere a invaginações da membrana celular, que tanto podem ser simples dobras como estruturas tubulares ou vesiculares. Diversas funções têm sido atribuídas aos mesossomos, tais como: papelna divisão celular e na respiração.

PAREDE

De acordo com a constituição da parede, as bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos:

gram-negativas: se apresentam de cor avermelhada quando coradas pelo método de Gramgram-positivas: se apresentam de cor roxa quando coradas pelo método de Gram.A parede das gram-positivas é praticamente formada de uma só camada, enquanto a das gram-negativas é formada de duas camadas. Entretanto, Os dois tipos de parede apresentam uma camada em comum, situada externamente à membrana citoplasmática que é denominada camada basal, mureína ou peptídeoglicano. A segunda camada, presente somente na células das gram-negativas é denominada membrana externa. Entre a membrana externa e a membrana citoplasmática encontra-se o espaço periplasmático no qual está o peptídeoglicano. Os dois tipos de parede são apresentados na figura abaixo.

CÁPSULAS

Muitas bactérias apresentam externamente à parede celular, uma camada viscosa denominada cápsula. As cápsulas são geralmente de natureza polissacarídica, apesar de existirem cápsula constituídas de proteínas.A cápsula constitui um dos antígenos de superfície das bactérias e está relacionada com a virulência da bactéria, uma vez que a cápsula confere resistência à fagocitose.

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FLAGELOS

O flagelo apresenta-se ancorado a membrana plasmática e a parede celular por uma estrutura denominado corpo basal, composta por dois anéis, nas bactéria gram-positivas e por quatro nas gram-negativas, de onde saem uma peça intermediária em forma de gancho que se continua com o filamento. As bactérias que apresentam um único flagelo são denominadas monotríquias e bactérias com inúmeros flagelos são denominadas peritríquias.Via de regra, bacilos e espirilos podem ser flagelados, enquanto cocos, em geral, não o são. O flagelo é responsável pela motilidade da bactéria.

FÍMBRIAS

As fímbrias ou pili são estruturas curtas e finas que muitas bactérias gram-negativas apresentam em sua superfície, não estão relacionadas com a motilidade e sim com a capacidade de adesão. Outro tipo de fímbria é fímbria ssexual, que é necessária para que bactéria possam transferir material genético no processo denominado conjugação.

ESPOROS

O endosporo é uma célula, formada no interior da célula vegetativa, altamente resistente ao calor, dessecação e outros agentes físicos e químicos, capaz de permanecer em estado latente por longos períodos e degerminar dando ínicioa nova célula vegetativa.A esporulação tem ínicio quando os nutrientes bacterianos se tornam escassos, geralmente pela falta de fontes de carbono e nitrogênio.

1.9 Ácidos Nucléicos (DNA e RNA)

Os ácidos nucléicos são moléculas com extensas cadeias carbônicas, formadas por nucleotídeos: um grupamento fosfórico (fosfato), um glicídio (monossacarídeo com cinco carbonos / pentoses) e uma base nitrogenada (purina ou pirimidina), constituindo o material genético de todos os seres vivos.

Nos eucariontes ficam armazenados no núcleo das células, e nos procariontes dispersos no hialoplasma.

Podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA), ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular (funcionamento da célula) e transmissão hereditária das características.

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As primordiais diferenças e características entre os ácidos nucléicos são:

Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da molécula), existem outras diferenças estruturais, como por exemplo:

- A diferença das bases nitrogenadas: púricas e pirimídicas

No filamento de DNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e citosina). No filamento de RNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e citosina).

- A essencial disposição (a seqüência) dos nucleotídeos, implicando na diferença mantida entre os genes no filamento de DNA e dos códons e anti-cóndons no filamento de RNA;

- A conformação linear ou circular dos filamentos;

Substâncias químicas das quais são feitos os genes. Verifica-se isso pelo fato de essas moléculas estarem envolvidas na transmissão dos caracteres hereditários e na produção de proteínas. Estas últimas são os principais compostos constituintes dos seres vivos e estão em produção constante pelas células sob ordem dos genes. Ou seja, do DNA e do RNA, siglas que em inglês significam, respectivamente, ácido desoxirribonucléico e ácido ribonucléico. De maneira geral, se diz que são ácidos nucléicos e também se podem chamá-los pela sigla em português ADN e ARN. De acordo com a moderna biologia, com exceção dos retrovírus, o DNA produz RNA, que, por sua vez, produz proteína.

DNA - O ácido desoxirribonucléico é uma molécula formada por duas cadeias na forma de uma dupla hélice. Essas cadeias são constituídas de um açúcar, chamado desoxirribose, um grupo fosfato e quatro bases nitrogenadas, chamadas T ou timina, A ou adenina, C ou citosina e G ou guanina. O fato de o DNA ter a forma de duas hélices, enroladas uma na outra, é um fator essencial na sua replicação, isto é, a sua reprodução, gerando uma nova molécula de DNA enquanto ocorre a divisão celular. Durante a replicação, as duas hélices se desenrolam uma da outra e cada uma delas serve de molde para fazer duas novas.

RNA - O ácido ribonucléico (RNA) é uma molécula também formada por um açúcar (ribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U ou uracila, A ou adenina, C ou citosina e G ou guanina). Um grupo reunindo um açúcar, um fosfato e uma base é um "nucleotídeo".

Código genético - A informação contida no DNA, o código genético, está registrada na seqüência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e citosina sempre com guanina). A seqüência indica outra seqüência, a de aminoácidos - substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNA mensageiro, no processo chamado transcrição. O código genético, na forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Já a "fábrica" de proteínas se localiza no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são copiados na forma de RNA mensageiro. Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucléico com cerca de mil nucleotídeos de comprimento pode, portanto, ser responsável pela síntese de uma proteína composta de centenas de aminoácidos. Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde será montada a cadeia protéica. Essa produção de proteínas com base em um código é o fundamento da engenharia genética.[Autor: Maria Duarte Mendonça - Lido: 37205 Vezes - Categoria: Biologia]

Então basicamente, o que diferencia um DNA de um RNA são seus açúcares, a base nitrogenada( a uracila só tem no RNA) e o número de cadeias( DNA: dupla hélice; RNA: só tem uma hélice ou fita)O DNA só e encontrado no núcleo celular e o RNA pode ser encontrado tanto dentro do núcleo quanto fora.

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As 5 principais diferenças:DNA1- Possui Desoxirribose2- Possui adenina, citosina, guanina e TIMINA3- Fita dupla4- Sofre duplicação e transforma-se em RNA que vai comandar a síntese protéica a partir do DNA que originou o RNA5- Só existe 1 tipo

RNA1- Possui ribose2- Possui adenina, citosina, guanina e URACILA3- Fita simples (única)4- Não sofre duplicação e comanda a síntese protéica a partir do DNA que originou esse RNA5- Existem 3 tipos: RNAm (mensageiro), RNAt (transportador) e RNAr (ribossômico)

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2.0 Caracterização de Organelas

Organelas

Uma organela pode ser definida como uma determinada parte do citoplasma responsável por uma ou

mais funções especiais. As organelas citoplasmáticas mais importantes estão citadas abaixo.

Mitocôndrias

Reticulo endoplasmático rugoso

Reticulo endoplasmático liso

Aparelho de Golgi

Ribossomos

Lisossomos

Peroxissomos

Vesículas revestidas por membrana

Microtúbulos

Centríolos

Microfilamentos

0.1 Mitocôndria

Função: fundamental importância no processo de respiração celular e no fornecimento de energia a partir

da quebra da glicose. O fornecimento de energia provém do ciclo de Krebs, que ocorre no interior das

mitocôndrias, onde a partir de uma molécula de glicose, se formam 38 ATPs, CO2 e H2O. Além disso, é na

membrana mitocondrial interna que ocorre o sistema transportador de elétrons, que também fornece ATP.

Constituição: principalmente proteínas e lipídeos. Também há DNA, RNA, magnésio e cálcio. O DNA é

composto de filamentos duplos e circulares. Quanto ao RNA, existe o rRNA, mRNA e o tRNA.

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Estrutura: geralmente são alongadas e de tamanho e distribuição variáveis. São encontradas dispersas no

citoplasma. A quantidade de mitocôndrias está diretamente relacionada com a necessidade de energia. Quanto

maior a necessidade de energia, maior será o número de mitocôndrias encontradas no local, por exemplo, a cauda

do espermatozóide, o fígado e o músculo estriado cardíaco. Microscopicamente as mitocôndrias apresentam duas

membranas lipoprotéicas, uma membrana localiza-se mais externamente e a outra mais internamente em relação à

estrutura da mitocôndria. A primeira é permeável, lisa e contém purinas, enquanto que a segunda é

semipermeável e contém cristais mitocôndrias, citocromos e enzimas usadas na produção de energia.

O espaço entre essas membranas é o espaço intermembranoso. O espaço interno, limitado pela

membrana interna é a matriz mitocondrial. É na matriz que existe a maioria das enzimas usadas na B oxidação e no

ciclo de Krebs.

0.2 Ribossomo

Função: síntese protéica.

Estrutura: existem dois tipos de ribossomos, um presente nos seres procariontes, cloroplastos e

mitocôndrias e outro nos eucariontes. Os ribossomos são compostos por duas subunidades de tamanhos diferentes,

que depois de prontas se separam e saem do núcleo pelo poro nuclear, passando para o citoplasma. Quando o

ribossomo está disperso no citoplasma, recebe o nome de ribosoma livre e quando está aderido à superfície externa

das estruturas membranosas, é chamado de ribosoma aderido.

Constituição: intensamente basófilos, compostos de quatro tipos de rRNA e 80 proteínas diferentes

associadas, as quais unem-se para formar uma estrutura globular condensada.

Mitocôndria

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0.3 Retículo endoplasmático

Funções: transporte. O retículo endoplasmático rugoso (RER) participa principalmente da síntese de

esteróides e de outros lipídios, aos quais são destinados à exportação ou ao uso intracelular por organelas, como

por exemplo, pelos lisossomos. O retículo endoplasmático liso (REL) participa da síntese de proteínas, mas suas

funções variam de acordo com a célula em que ele se encontra, veja os exemplos a seguir. No fígado, o REL é

responsável pelos processos de conjugação, oxidação e metilação. Já na glândula supra- renal, ele participa da

produção de esteróides, pois ele contém algumas enzimas fundamentais para essa produção hormonal, enquanto

que nas células musculares esqueléticas ele participa da ativação do cálcio e da contração muscular. Outra função é

a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares.

Estrutura: existem dois tipos: o RER e o REL. O RER está presente maior número nas células especializadas

na secreção de proteínas, por apresentar ribossomos. Já o REL, não apresenta ribossomos e sua membrana se

dispõe sob a forma de túbulos, que se anastomosam profusamente, formando um sistema mais tubular.

Constituição: ambos por uma rede de túbulos e por vesículas redondas e achatadas intercomunicantes.

0.4 Aparelho de Golgi

Funções: completar as modificações pós-tradução, empacotar e colocar um endereço nas moléculas

sintetizadas pela célula, fazer hidrólise de lipídios, terminar o processo de glicosilação, de fosforilação e de

sulfatação e separar proteínas.

Estrutura: conjunto de vesículas achatadas e empilhadas que geralmente se localizam em uma

determinada região do citoplasma. O tamanho e o desenvolvimento da organela são variáveis.

Retículo Endoplasmático Granular

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Constituição: as proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso são transferidas para o

Aparelho de Golgi, onde se fundem com as membranas. No Aparelho de Golgi, o produto secretado é condensado

em vesículas grandes, formando os grânulos de secreção.

0.5 Lisossomos

Funções: digestão intracitoplasmática, renovação das organelas celulares, e metabolização de diversas

moléculas. As substâncias do meio extracelular entram na célula através dos fagossomos. No interior da célula, o

fagossomo se funde com o lisossomo primário. O processo de digestão inicia dentro de outro vacúolo, o lisossomo

secundário.

Estrutura: vesículas delimitadas por membrana. Estão presentes em quase todas as células, mas em maior

quantidade nos macrófagos. Geralmente são organelas esféricas e com aspecto granuloso.

Aparelho de Golgi

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Constituição: contém enzimas lisossômais (como: fosfatase ácida, glicuronidase, sulfatase, ribonuclease e

colagenase) que variam com a célula. Estas enzimas são sintetizadas e segregadas no REG, transportas para o

Aparelho de Golgi, onde são empacotadas, formando os lisossomos primários.

0.6 Peroxissomos

Funções: oxidar substâncias orgânicas, prozudir peróxido de hidrogênio, participa da b-oxidação, exporta

acetil-CoA para o citossol, participa da síntese de ácidos biliares e de colesterol.

Estrutura: esféricas, envolvidos por membrana. Ele se divide por fissão.

Constituição: enzimas como a catalase, a urato oxidase e a D-aminoácidos e não possuem DNA e RNA. A

catalase é uma enzima muito importante, pois ela oxida substâncias tóxicas ao organismo, inclusive o álcool etílico.

Lisossomo

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0.7 Microtúbulos

Funções: oferecer rigidez na forma das células, manter os prolongamentos celulares, dar simetria à célula,

servir de suporte para as células na locomoção, servir como base morfológica para centríolos, cílios, flagelos e

corpúsculos basais.

Estrutura: formado por treze subunidades de a e b tubulina, chamadas de herodímero. Organizadas em

forma de espiral e com comprimento e estabilidade variáveis. Possuem eventuais comunicações entre um

microfilamento e outro. A parte central do microtúbulo é denominada de axonema.

Constituição: depende do local. Miosina no músculo estriado. No restante das células, em geral, são

constituídos por filamentos finos de actina e filamentos grossos de miosina associados às organelas. Também outras

proteínas são visualizadas nos filamentos intermediários, que são constituídos por queratinas, por vimentina, por

desmina, por proteína fibrilar ácida da glia e por proteínas dos neurofilamentos.

0.8 Patologias relacionadas às organelas

Miopatias mitocôndrias: patologia causada por mutações dos genes nucleares e mitocondriais. O genoma

mitocondrial codifica um quinto das proteínas na fosforilação oxidativa, além de codificar espécies de tRNA e rRNA

específicos da mitocôndria. Essas doenças podem se manifestar no início da idade adulta, com fraqueza muscular

proximal podendo envolver os músculos oculares. Podem estar presentes sintomas neurológicos, acidose láctica e

miocardiopatia. O achado patológico mais comum é o agregado de mitocôndrias anormais. As anormalidades são

percebidas no tamanho e na forma das organelas.

Hipertrofia do REL: causada pelo uso prolongado de barbitúricos. Ocorre um aumento de volume do REL dos

hepatócitos, onde a droga é metabolizada.

Leucodistrofia metacromática: deficiência dos lisossomos em realizar a sua função de metabolização de

moléculas, ocorrendo por exemplo, acúmulo intracelular de cerebrosídios sulfatados devido à deficiência na enzima

sulfatase, que geralmente está presente nos lisossomos.

Doença da célula I: ocorre deficiência da enzima que faz fosforização de proteínas no Aparelho de Golgi. Esta

patologia se caracteriza por retardo mental e defeito no crescimento. As enzimas lisossomais podem ser

encontradas no sangue, entretanto os lisossomos são vazios.

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0.9 Curiosidades0.9 Curiosidades

A vida média da mitocôndria é de 10 dias.

Nas células musculares estriadas o REL é chamado de retículo sarcoplasmático.

A mitocôndria e a membrana celular são os primeiros a determinar se a lesão celular é reversível ou

irreversível.

Poliribossomos são grupos de ribossomos unidos por mRNA.

As enzimas lisossômicas são capazes de degradar a maioria das proteínas e carboidratos, mas alguns lipídios

permanecem não digeridos.

O REL é formado a partir do RER pela simples perda dos ribossomos aderidos.

2.1 As células

Fagocitose

Introdução

Na fagocitose a célula envolve e envia partículas sólidas ao seu interior. Um exemplo bastante clássico deste processo ocorre em nosso sistema imunológico, quando os macrófagos (células de defesa) fagocitam os microorganismos patogênicos (vírus, bactérias, etc).

Como ocorre

Uma vez que o antígeno estiver em seu interior, a célula de defesa se autodestruirá (processo conhecido como autólise). Estas células de defesa têm a importante função de eliminar agentes agressores ao nosso organismo.

A fagocitose ocorre em duas fases, a primeira é o processo de ingestão, no qual a célula gastará bastante energia até carregar a partícula ao seu interior. A segunda é a digestão intracelular da partícula ingerida, aqui alguns microorganismos poderão ser destruídos. Nem sempre ocorrerá autólise.

De forma simples, podemos entender que a fagocitose é um mecanismo importantíssimo de nosso organismo que o protege contra a invasão de agentes causadores de doenças.

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Respiração celular

Introdução

Toda a atividade da célula requer energia, e esta, é obtida através da mitocôndria. Esta organela é a responsável pela produção de energia através de um processo conhecido como respiração celular.

Como ocorre

Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de glicose. Isto ocorre da seguinte forma: a mitocôndria quebra a molécula de glicose introduzindo oxigênio no carbono, capturando, assim, sua energia. Após este processo, sobrará apenas o gás carbônico, que sairá na expiração.

No caso das plantas, a glicose é produzida através da fotossíntese. Neste processo, a planta recebe gás carbônico do ar e energia do sol para fazer esta composição química. A medida que ela produz glicose, elimina oxigênio.

A mitocôndria faz exatamente o contrário do que ocorre na fotossíntese, ou seja, ela retira sua energia através da quebra da glicose e libera gás carbônico.

Em química orgânica sabemos que a ligação de carbono com carbono é energética, assim, em busca deste combustível indispensável às suas atividades, a mitocôndria o retirará dos átomos de carbono.

É importante sabermos que para se extrair energia das substâncias, é necessária a presença de oxigênio, e é desta forma (introduzindo oxigênio no carbono) que a mitocôndria retira a ligação energética dos átomos de carbono.

Curiosidade:

Você sabia que 93 a 97% de nosso corpo é composto por oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e carbono?

Transporte passivo – Difusão e Osmose

O que é

O transporte passivo é o transporte que ocorre entre duas soluções que tem por objetivo igualar as concentrações, ele ocorre sem o gasto de energia. Ele se divide em dois tipos: difusão e osmose.

A difusão é a modalidade de transporte passivo, na qual, o soluto passa da solução mais concentrada (hipertônica) para a menos concentrada (hipotônica). Isto ocorre com o objetivo delas se tornarem iguais (isotônica).

Quanto maior for a diferença entre as concentrações, mais rápido será o transporte. Por exemplo, a nicotina entra mais rapidamente na corrente sanguínea do não fumante do que na do fumante, isto ocorre devido ao fato desta substância não estar presente na corrente sanguínea do indivíduo que não fuma.

Outro exemplo sobre a difusão é o cloro jogado na piscina. Ele se misturará completamente a água, deslocando-se do meio de maior concentração para o menos concentrado até ficar distribuído homogeneamente por toda a piscina.

A osmose é a modalidade de transporte passivo, na qual, o solvente é transportando do meio de

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maior concentração para o meio menos concentrado.

Um exemplo bem simples para entendermos a osmose é observar a ação do açúcar sobre o morango. Quando colocado em contato com o morango, o açúcar recebe a água contida nesta fruta.

Também observamos a osmose quando tomamos banho de mar, uma vez que há uma concentração de soluto (sal) bem mais elevada no mar do que aquela presente em nosso corpo.

Há situações em que ambas (osmose e difusão) ocorrerão simultaneamente. Este é o caso do sal que ao ir para a corrente sanguínea, passará para o liquido intersticial (liquido de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos) por difusão. E por osmose, a água contida no líquido intersticial passará para a corrente sanguínea. O resultado disso será a elevação do volume de sangue e da pressão sanguínea.