metodologia para análise dos dados
TRANSCRIPT
O Plano nacional de saneamento básico – Plansab
e o Programa Nacional de Saneamento Rural
Léo Heller, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG
Panorama do saneamento básico no Brasil
Volume 1 Elementos conceituais
Léo Heller/UFMG (coord.)
Volume 2 Análise situacional do déficit em saneamento básico
Luiz Roberto Santos Moraes/UFBA (coord.)
Volume 3 Análise situacional dos programas e ações federais
Patrícia Campos Borja/UFBA (coord.)
Volume 4 Avaliação político-institucional do setor de saneamento
básico Ana Lúcia Britto/UFRJ (coord.)
Volume 5
Análise dos investimentos Sonaly Cristina Rezende/UFMG (coord.)
Volume 6
Visão estratégica para o saneamento básico no Brasil Léo Heller/UFMG (coord.)
Volume 7
Cadernos temáticos Sonaly Cristina Rezende/UFMG (org.)
Cadernos temáticos
1) Universalidade, integralidade e equidade - Prof. Jairnilson Paim (UFBA)
2) Territorialização - Prof. Antônio Carlos Robert Moraes (USP)
3) Intersetorialidade e transversalidade - Profa. Rose Marie Inojosa (UMAPAZ)
4) Aspectos econômicos - João Batista Peixoto
5) Saneamento rural, indígena e de comunidades tradicionais - José Boaventura Teixeira (Cáritas
Brasileira)
6) Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA) - Marcos Helano Fernandes
Montenegro
7) Desenvolvimento tecnológico - Prof. Cícero Onofre de Andrade Neto (UFRN)
8) Questão metropolitana - Rosa Moura (Ipardes-Paraná)
9) Gestão democrática - Prof. José Esteban Castro (University of Newcastle, Inglaterra)
10) Desenvolvimento institucional - Berenice Cordeiro (IPPUR-UFRJ)
11) Capacitação profissional – Ena Galvão
12) Experiências internacionais e parceria público-público – Prof. Dieter Wartchow (UFRGS)
13) A política de saneamento e o papel do Estado brasileiro – Profa. Celina Sousa (UFBA)
Programas
PROGRAMA CONCEPÇÃO PÚBLICO-ALVO AÇÕES
Programa 1:
Saneamento
básico integrado
Investimento em ações estruturais
abrangendo, preferencialmente,
mais de um componente do
saneamento básico
Titulares ou prestadores dos serviços públicos
de abastecimento de água e esgotamento
sanitário
Municípios e estados no caso de manejo de
resíduos sólidos e de intervenções de
drenagem urbana e manejo de águas pluviais
Possíveis ações em:
Áreas metropolitanas; municípios de
médio ou pequeno porte
Favelas e ocupações espontâneas;
áreas de risco e sujeitas a
inundações; áreas indutoras do
desenvolvimento turístico; bacias
hidrográficas críticas
Programa 2:
Saneamento rural
Atendimento da população rural,
povos indígenas e comunidades
tradicionais, no conjunto das
necessidades dos componentes do
saneamento básico, integrados com
o Programa Territórios da Cidadania
e com o Programa de
Desenvolvimento Rural Sustentável,
entre outros
Administrações municipais
Consórcios ou prestadores de serviços públicos
Instâncias de gestão para o saneamento rural
como cooperativas e associações comunitárias
Possíveis ações para:
População rural
Povos indígenas
Quilombolas
Reservas extrativistas
Programa 3:
Saneamento
estruturante
Apoio à gestão dos serviços com
vistas à sustentabilidade para o
adequado atendimento populacional
e com o olhar para o território
municipal e para a integralidade das
ações de saneamento básico
Titulares, consórcios e outras modalidades de
gestão
Prestadores públicos
Gestores
Entidades de ensino e pesquisa
Ações estruturantes de apoio à gestão
Ações estruturantes de apoio à
prestação de serviços
Ações estruturantes de capacitação e
assistência técnica
Desenvolvimento científico e
tecnológico
Programa 2. Concepção.
• O Programa visará atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas.
• Suas justificativas são o significativo passivo que o País acumula no saneamento para as áreas objeto do Programa e as especificidades desses territórios, que requerem abordagem própria e distinta da convencionalmente adotada nas áreas urbanas, tanto na dimensão tecnológica, quanto na da gestão e da relação com as comunidades.
• No Programa, intervenções no sentido de cobrir o déficit de infraestrutura física necessariamente deverão vir acompanhadas de medidas estruturantes, no campo da participação da comunidade, da educação ambiental para o saneamento, dos mecanismos de gestão e da capacitação, entre outras.
Programa 2. Concepção.
• Uma tarefa inicial na sua formulação será justamente a definição clara do conceito a ser adotado para definir a população beneficiada. No caso da população rural, deve se avançar conceitualmente para além da classificação orientada pela definição político-administrativa adotada pelo IBGE e considerar aspectos relevantes para a concepção das intervenções em saneamento, bem como ... relação com a natureza, adensamento e dependência para com o urbano
• Será indispensável a elaboração de modelo conceitual para o Programa, a partir da tradição do Programa Nacional de Saneamento Rural – PNSR
• O Programa dará ênfase para iniciativas de integralidade, com um olhar para o território rural e o conjunto das necessidades nos componentes do saneamento básico.
Programa 2. Objetivos.
Financiar, em áreas rurais e de comunidades tradicionais,
medidas de abastecimento de água potável, esgotamento
sanitário e educação ambiental para o saneamento, além
de, em função de necessidades ditadas pelo enfoque de
saneamento integrado, ações de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas
pluviais.
Programa 2. Ações.
• Para a identificação das ações deverá se desenvolver
esforço para se encontrar as especificidades que
requeiram recortes adequados, contemplando as
demandas particulares e diferenciadas de saneamento
básico nas áreas rurais. Além disso, deverá ser
realizada análise cuidadosa da integração de iniciativas
atuais e da necessidade de particularizá-las, para evitar
riscos de descontinuidade.
Desafios
1. Reconhecer a trajetória histórica
– Iniciativas anteriores
– Iniciativas atuais Telhado captação
Calhas condução
Bomba manual
Tampa alumínio
Placa identificação
Tubo extravasor
2. O que é rural?
• Definição político-administrativa?
• Rural = Total – urbano?
• Características físicas?
• Características socioculturais?
• Porte?
• Ocupação do solo?
• Atividades econômicas?
• Gestão?
• Trajetória histórica?
Tabela 200 - População residente por sexo, situação e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População
Brasil
Sexo = Total
Grupos de idade = Total
Ano = 2010
Situação do domicílio
Variável
População residente (Pessoas)
População residente (Percentual)
Total 190.755.799 100,00
Urbana 160.934.649 84,37
Rural 29.821.150 15,63
3. O que é saneamento rural?
• A não transposição do conceito urbano...
• O emprego do conceito de “tecnologia apropriada”
– Adequada
– “Apropriável”
– Tecnologia ≠ técnica
• A abordagem interdisciplinar
• A ação intersetorial
• Participação e educação
4. Valorizar o específico
• Cautela com generalização
• Cautela com padronização
5. Lidar com incertezas • Pensamento estratégico: reflexão sobre mudanças,
seus impactos e preparação para incertezas.
• Novas abordagens
– “gestão adaptativa” (Bisaro et al., 2010) e capacidade de
aprender com mudanças;
– “gestão e transição” (Pahl-Wostl et al., 2010): interdisciplinar, conhecimento científico das propriedades dos sistemas, orientado para práticas de transição, sistemas mais adaptativos;
– arranjos de gestão, acomodando complexidade e incerteza e incorporando aprendizagem e experimentação (Farrelly e Brown, 2011) ;
– medidas estruturantes (Plansab, 2011).
6. Avaliar para aprender
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Edital MCT/CT-HIDRO/CT-SAÚDE/CNPq N º 45/2008
Seleção Pública de Propostas para Apoio a Projetos de Pesquisa Relacionados
à Água e Saúde Pública
Programa Um Milhão de Cisternas - P1MC:
uma avaliação de suas dimensões epidemiológica, tecnológica e político-institucional
• Objetivo geral
Objetivos específicos
Avaliar o impacto da implantação de sistemas de captação de água de chuva e seu armazenamento em cisternas na saúde das crianças de famílias rurais residentes nos municípios de Berilo e Chapada do Norte, ambos pertencentes ao semiárido mineiro.
caracterizar as condições demográficas e socioeconômicas das famílias que têm acesso e daquelas que não têm acesso às cisternas para armazenamento de água de chuva; avaliar o impacto da presença ou acesso às cisternas para armazenamento de água de chuva sobre a ocorrência de parasitoses intestinais em crianças com idade inferior a cinco anos;
Objetivos
Objetivos Objetivos específicos
caracterizar os grupos estudados em relação à ocorrência de diarreia nas crianças com idade inferior a cinco anos; comparar a qualidade microbiológica da água consumida por famílias rurais que possuem em suas casas os sistemas de captação de água de chuva com a qualidade da água consumida pela população que não foi beneficiada com a construção desses sistemas; comparar a qualidade microbiológica da água consumida por famílias beneficiadas ou não com as cisternas para armazenamento de água de chuva, com o padrão de potabilidade da água para consumo humano estabelecido pela Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde; caracterizar as famílias estudadas em relação às práticas sanitárias para a manutenção da qualidade da água.
Metodologia
• Área de estudo Médio Vale do Jequitinhonha
Municípios selecionados:
Berilo e Chapada do Norte
Maior nº de crianças <5 anos; Zona rural; Domicílios portadores de cisternas.
• Amostra
Grupo 1 (exposto à intervenção): crianças (< 5 anos); possuíam ou utilizavam de terceiros os sistemas de captação de água de chuva e armazenamento em cisternas. (AZUL)
571 casas visitadas
Grupo 2 (não-exposto à intervenção): crianças (< 5 anos); sem acesso às cisternas e nem aos sistemas coletivos de abastecimento. Fontes: rio, barragem, mina e cacimba. (VERMELHO)
664 crianças
Convênios entre UFMG e prefeituras locais
Oficinas de treinamento para agentes comunitárias de saúde (ACS):
* Questionários completos * kit de coleta de material fecal
* Ficha de acompanhamento * GPS
* Calendário seguimento de diarreia * Máquina digital
Metodologia Acordos com as prefeituras locais e treinamento das ACS para
auxílio no trabalho de campo
Metodologia
• Coleta dos dados
Diarreia
1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA
- Questionário completo
- Distribuição TF-Test
(parasitológico)
- Análise qualidade da água
- 1ª Ficha acompanhamento
- Distribuição TF-Test
(parasitológico)
- Análise qualidade da água
- 2ª Ficha acompanhamento
- Distribuição TF-Test
(parasitológico)
- Análise qualidade da água
Berilo: set/2009
Chapada: out a dez/09
Berilo e Chapada
25/abr a 11/mai/10 Berilo: 31/set a 02/out/10
Chapada: 30/nov a 05/dez/10
• Qualidade microbiológica da água
Domicílios monitorados por etapa: 100 50 (grupo 1) e 50 (grupo 2) Coleta das amostras: local de armazenamento final da água utilizada para beber;
Indicadores analisados: coliformes totais e Escherichia coli;
Técnica do Substrato Definido, citado no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 1998).
Metodologia
Berilo
Chapada do Norte
Berilo
Chapada do Norte
Grupo 2
Grupo 1
Legenda
Indicadores de saúde modelos para dados longitudinais
- Parasitoses intestinais
Análise dos dados Metodologia
Desfecho 1: infecção por algum parasita ou comensal
Desfecho 2: infecção por algum protozoário comensal
Desfecho 3: infecção por algum protozoário patogênico
Desfecho 4: infecção por Giardia
Desfecho 5: infecção por algum helminto
- Diarreia dias de diarreia
Crianças com exames realizados Com cisterna Sem cisterna Total
n % n % n %
Etapa 1 292 88% 284 86% 576 87%
Etapa 2 233 70% 233 70% 466 70%
Etapa 3 206 62% 258 78% 464 70%
Total de crianças acompanhadas 332 332 664
Resultados e discussão Parasitoses intestinais
Perdas: Chapada 3ª etapa setembro de 2011
Protozoários comensais
Endolimax nana Entamoeba coli Iodamoeba butschlii
Protozoários patogênicos E. histolytica/dispar Giardia lamblia
Helmintos
Hymenolepis nana Ancilostomídeo
Asacris lumbricoides
Enterobius vermicularis
Strongyloides stercoralis
Trichuris trichiura
Prevalências
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3
Com
cisterna
Sem
cisterna
Com
cisterna
Sem
cisterna
Com
cisterna
Sem
cisterna
n % n % n % n % n % n %
Infecção por
paras./comen.
Positivo 68 23,3 76 26,8 72 30,9 87 37,3 53 25,7 62 24,0
Negativo 224 76,7 208 73,2 161 69,1 146 62,7 153 74,3 196 76,0
Poliparasitismo Positivo 22 32,4 16 21,1 25 34,7 16 18,4 11 20,8 7 11,3
Negativo 46 67,6 60 78,9 47 65,3 71 81,6 42 79,2 55 88,7
Protozoários
comensais
Positivo 45 15,4 35 12,3 50 21,5 43 18,5 25 12,1 24 9,3
Negativo 247 84,6 249 87,7 183 78,5 190 81,5 181 87,9 234 90,7
Protozoários
patogênicos
Positivo 34 11,6 50 17,6 39 16,7 54 23,2 33 16,0 29 11,2
Negativo 258 88,4 234 82,4 194 83,3 179 76,8 173 84,0 229 88,8
Helmintos Positivo 11 3,8 7 2,5 4 1,7 4 1,7 4 1,9 14 5,4
Negativo 281 96,2 277 97,5 229 98,3 229 98,3 202 98,1 244 94,6
Giardia Positivo 14 4,8 31 10,9 21 9,0 39 16,7 23 11,2 19 7,4
Negativo 278 95,2 253 89,1 212 91,0 194 83,3 183 88,8 239 92,6
β S(β) p-valor Odds IC
Intercepto -1,732 0,167 0,000 0,18 0,13 - 0,25
Tipo de abastecimento
Sem cisterna 0,115 0,116 0,322 1,12 0,89 - 1,41
Etapa
Etapa 2 0,481 0,135 0,000 1,62 1,24 - 2,11
Etapa 3 0,012 0,142 0,935 1,01 0,77 - 1,34
Frequência de banho das crianças
Uma vez ao dia -0,374 0,171 0,029 0,69 0,49 - 0,96
Pessoa que cozinha lava as mãos
antes de iniciar as atividades
Com pequena frequência ou não 1,225 0,336 0,000 3,40 1,76 - 6,57
Idade das crianças (meses) 0,021 0,004 0,000 1,02 1,01 - 1,03
Resultados e discussão
Desfecho 1: infecção por algum parasita ou comensal
- Diferentes rotas de transmissão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
sem cisterna
Ris
co d
e in
fecç
ão p
or
algu
m t
ipo
de
par
asit
a o
u
com
ensa
l
β S(β) p-valor Odds IC
Intercepto -2,451 0,204 0,000 0,09 0,06 - 0,13
Tipo de abastecimento
Sem cisterna -0,245 0,144 0,088 0,78 0,59 - 1,04
Etapa
Etapa 2 0,452 0,162 0,005 1,57 1,14 - 2,16
Etapa 3 -0,274 0,194 0,158 0,76 0,52 - 1,11
Idade das crianças (meses) 0,025 0,005 0,000 1,03 1,01 - 1,04
Resultados e discussão Desfecho 2: infecção por algum protozoário comensal
Modelo final para o Desfecho 2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
sem cisterna
Infe
cção
po
r al
gum
pro
tozo
ári
o c
om
ensa
l
β S(β) p-valor Odds IC
Intercepto -1,682 0,463 0,000 0,19 0,07 - 0,46
Tipo de abastecimento - Sem cisterna 0,490 0,210 0,019 1,63 1,08 - 2,46
Etapa 2 0,555 0,225 0,014 1,74 1,12 - 2,71
Etapa 3 0,145 0,251 0,563 1,16 0,71 - 1,89
Ordem da gravidez - segunda ou superior 0,531 0,194 0,006 1,70 1,16 - 2,49
Duração da gravidez - menos de 9 meses 0,529 0,182 0,004 1,70 1,19 - 2,43
Lavar as mãos antes de cozinhar
Com pequena frequência ou não 1,590 0,456 0,000 4,91 2,01 - 11,99
Higienização dos alimentos antes de consumir
Lavados com água sem tratamento -0,569 0,241 0,018 0,57 0,35 - 0,91
Lavados/desinfetados água sanitária ou vinagre -0,164 0,265 0,537 0,85 0,50 - 1,43
Renda familiar total
De 101 a 500 reais -0,739 0,308 0,017 0,48 0,26 - 0,87
Acima de 500 reais -0,505 0,321 0,115 0,60 0,32 - 1,13
Nº de cômodos por casa -0,116 0,056 0,039 0,89 0,80 - 0,99
Desfecho 3: infecção por protozoários patogênicos
- Sem cisterna: OR= 1,42; p= 0,023; IC= 1,05-1,91
Desfecho 4: infecção por Giardia
Modelo final para o Desfecho 4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
sem cisterna
Infe
cção
po
r G
iard
ia
Com cisterna Sem cisterna
Dias de diarreia Dias de exposição Dias de diarreia Dias de exposição
nº de observações
válidas 283 283 281 281
Total de dias 648 60.780 957 62.910
Moda 0 150 0 120
Média 2,29 214,77 3,41 223,88
Desvio padrão 5,32 98,56 6,15 110,52
Mínimo 0 30 0 30
Percentil 25% (Q1) 0 135 0 120
Mediana 0 210 0 210
Percentil 75% (Q3) 3 300 4 300
Máximo 43 420 43 450
Resultados e discussão Diarreia
Incidência Grupo 2: 1,52 dias/100 crianças; IC 95% 1,43-1,62
Grupo 1: 1,06 dias/100 crianças; IC 95% 0,99-1,15
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
com cisterna sem cisterna
Inci
dên
cia
dia
rre
ia
(dia
s/10
0 c
ria
nça
s)
β S(β) p-valor Exp(β)
IC
Intercepto -3,702 0,327 < 2e-16 0,02 0,01 - 0,05
Tipo de abastecimento
Sem cisterna 0,368 0,177 0,038 1,45 1,02 - 2,05
Tempo que o pai passa fora de casa
De 1 a 12 meses 0,468 0,205 0,023 1,60 1,07 - 2,38
A família recebe algum auxílio do governo
Não 0,387 0,182 0,034 1,47 1,03 - 2,10
Renda familiar total
De 101 a 500 reais -0,752 0,250 0,003 0,47 0,29 - 0,77
Acima de 500 reais -0,610 0,286 0,033 0,54 0,31 - 0,95
Observadas moscas na casa durante o ano
Não -1,164 0,474 0,014 0,31 0,12 - 0,79
Idade das crianças (meses) -0,028 0,006 0,000 0,97 0,96 - 0,98
Modelo final para fatores associados à ocorrência de diarreia
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
sem cisterna
Inci
dê
nci
a d
iarr
eia
Coliformes totais
0
250
500
750
1000
1250
1500
1750
2000
2250
2500
Com cisterna Sem cisterna
Co
lifo
rmes t
ota
is (
NM
P/1
00m
L)
25%
50%
Mín.
Máx.
75%
Coliformes totais
* Mediana casas com cisternas:
1413,60 NMP/100mL
* Mediana casas sem cisterna:
520,25 NMP/100mL
Total de amostras analisadas: * 256 (126 com cisterna e 130 sem cisterna)
E. coli
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Com cisterna Sem cisterna
E. co
li (
NM
P/1
00m
L)
25%
50%
Mín.
Máx.
75%
2419,62419,6
E. coli
* Mediana casas com cisternas:
4,10 NMP/100mL
* Mediana casas sem cisterna:
3,10 NMP/100mL
Resultados e discussão Qualidade microbiológica da água
Com cisterna (n= 126) Sem cisterna (n= 130) Água de chuva (n=57)
n % n % n %
Presença de
coliformes totais 116 92% 124 95% 53 93%
Presença de E. coli 87 69% 83 64% 40 70%
ausência de diferença significativa para presença/ausência dos indicadores ausência de diferença significativa para concentração dos indicadores
Resultados e discussão Qualidade microbiológica da água
Práticas sanitárias – Grupo 1 (n= 50)
Origem da água armazenada nas cisternas
2%10%
16%
6%
6%
60%
Não sabe
Poço artesiano
Rio/córrego
Mina (nascente)
Caminhão-pipa
Somente água de chuva
(n= 50) - Cisterna reservatório: 53% - Baldes 68% - Tratamento da água 86% - Filtração + cloração 2%
- Água de rio 64% - Tratamento da água 78% - Apenas filtração 66% - Filtração + cloração 3%
Práticas sanitárias – Grupo 2 (n= 50)
Como a água de beber é tratada? (Grupo 2)
(n=39)
66%
3%
20%
3%5%
3%
Apenas filtração
Apenas cloração
Filtração seguida de cloração
Cloração seguida de filtração
Apenas fervura
Sem resposta
A “lógica sanitarista”
Lições provisórias do estudo
• P1MC mostrou promover melhorias em aspectos da saúde infantil
• A melhoria é “seletiva”...
• A água consumida em casas com cisterna tem característica bacteriológica equivalente à de casas com outras fontes e é de baixa qualidade
• Que fatores explicam a melhoria?
– Mais água para higiene?
– Redução da presença de alguns patogênicos?