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METODOLOGIA OBJETIVA PARA AVALIAR EM CAMPO, A EFICÁCIA ACÚSTICA DE PROTETOR AUDITIVO TIPO CONCHA Marcos Gama Nunes (UFF Latec) Resumo: O ruído é um agente físico muito presente nas atividades produtivas e requer medidas de controle adequadas, a fim de evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Essas medidas de controle devem seguir uma hierarquia nessa ordem: eliminar e/ou substituir junto a fonte geradora; atuar na trajetória por meio de controle coletivo e/ou controle administrativo e por fim, com o uso de equipamento de proteção individual (EPI). Este, sendo adotado somente em caráter complementar, emergencial ou na fase de estudos. Entretanto, o protetor auditivo é amplamente utilizado pela indústria como barreira para evitar perda auditiva induzida por ruído. O presente estudo teve como objetivo desenvolver uma metodologia, para avaliar em campo a eficácia acústica do protetor auditivo tipo concha. As avaliações contemplaram um grupo de 270 trabalhadores expostos à doses acima de 50% do limite de tolerância. Os resultados obtidos demonstraram que os trabalhadores da Siderurgia que usam touca de brim para proteção contra agentes abrasivos e/ou óculos de segurança com lentes de grau, tiveram seus resultados de atenuação menores do que os trabalhadores, que não necessitam usar touca e/ou óculos de segurança de grau. Caso estudado em uma usina Siderúrgica. Palavras-chaves: Ruído; Abafador de ruído; Metodologia. Mire. ISSN 1984-9354

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METODOLOGIA OBJETIVA PARA AVALIAR EM CAMPO, A EFICÁCIA ACÚSTICA DE PROTETOR AUDITIVO TIPO CONCHA

Marcos Gama Nunes

(UFF Latec)

Resumo: O ruído é um agente físico muito presente nas atividades produtivas e requer medidas de controle adequadas, a fim de evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Essas medidas de controle devem seguir uma hierarquia nessa ordem: eliminar e/ou substituir junto a fonte geradora; atuar na trajetória por meio de controle coletivo e/ou controle administrativo e por fim, com o uso de equipamento de proteção individual (EPI). Este, sendo adotado somente em caráter complementar, emergencial ou na fase de estudos. Entretanto, o protetor auditivo é amplamente utilizado pela indústria como barreira para evitar perda auditiva induzida por ruído. O presente estudo teve como objetivo desenvolver uma metodologia, para avaliar em campo a eficácia acústica do protetor auditivo tipo concha. As avaliações contemplaram um grupo de 270 trabalhadores expostos à doses acima de 50% do limite de tolerância. Os resultados obtidos demonstraram que os trabalhadores da Siderurgia que usam touca de brim para proteção contra agentes abrasivos e/ou óculos de segurança com lentes de grau, tiveram seus resultados de atenuação menores do que os trabalhadores, que não necessitam usar touca e/ou óculos de segurança de grau. Caso estudado em uma usina Siderúrgica.

Palavras-chaves: Ruído; Abafador de ruído; Metodologia. Mire.

ISSN 1984-9354

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1. Introdução Os novos tempos que se apresentam, impõem novos desafios e, conseqüentemente novas

ferramentas para aprofundar os estudos das exposições ocupacionais. Um dos problemas que

afetam os trabalhadores no ambiente de trabalho é o ruído, sendo responsável por parte dos

acidentes e doenças ocupacionais ocorridas no mundo. No entanto, no Brasil, não foram

encontrados estudos que possam afirmar o número de trabalhadores com doenças relacionadas ao

ruído, muito menos o custo desse problema (ROBLES, 2008). O Instituto responsável pela

estatística oficial dos acidentes de trabalho ocasionado por ruído, não consegue retratar o real

problema dos trabalhadores brasileiros, pois a responsabilidade de relatar estas ocorrências é das

empresas, através da Comunicação do Acidente do Trabalho (BRASIL, 2008).

Na Indústria, a alternativa mais usada para proteger os trabalhadores expostos ao ruído nos

ambientes de trabalho é o uso de um protetor auditivo individual, tal como um tampão ou,

principalmente um protetor auditivo do tipo circum-auricular (NIELSEN, 2001; RIFFEL, 2001).

O requisito para seleção e aquisição de protetores auditivos, passa por fatores objetivos como a

dosimetria e atenuação por freqüência e fatores subjetivos como treinamento no uso, qualidade no

ajuste e manutenção das partes que compõem o protetor entre outros (BERGER et al., 2007). No

entanto, os atuais métodos usados para determinar o rendimento acústico destes protetores são

realizados em laboratório com método que inclui um fator do tipo subjetivo, resposta do ouvinte, a

qual influi significativamente na variabilidade do método (GERGES, 2000). Como o método

validado no Brasil, é executado em laboratório, a avaliação da eficácia em campo é de difícil

enquadramento e incerteza, neste caso, os trabalhadores são os mais prejudicados por não terem

no uso do EPI a eficácia de sua proteção dimensionada, Robles (2008).

De acordo com os antecedentes apresentados, o presente trabalho tem como finalidade

desenvolver uma metodologia de campo do tipo objetiva, baseada na investigação e

implementação de novos recursos tecnológicos.

2. Situação Problema

No Brasil, a norma que regulamenta a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),

está contida na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Esta Norma Regulamentadora estabelece

no item 6.2:

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“A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em

perfeito estado de conservação e funcionamento ...”

O temo adequado ao risco, mesmo sendo generalista remete ao engenheiro responsável pela

especificação, usar técnicas corretas para a escolha do tipo de proteção individual, uma vez que

outras legislações concorrem com o tema.

No Brasil existem legislações tributárias ou indenizatórias que exigem uma correta metodologia

de escolha e gestão. O simples fornecimento do EPI não o exime do pagamento do adicional de

insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à neutralidade ou eliminação da

nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

Talvez por existir revisões constantes nas regras do Ministério da Previdência Social, a instrução

vigente, estabelece que para a utilização de equipamentos de proteção individual neutralizar ou

reduzir a exposição do agente nocivo aos limites de tolerância, a empresa tem por controle e

gestão garantir que o trabalhador não vai adoecer laborando, e estabelece uma rotina de gestão no

item 15.9 do documento que aposenta o trabalhador. Assim questiona se:

Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter administrativo ou

de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por inviabilidade técnica, insuficiência ou

interinidade, ou ainda em caráter complementar ou emergencial.

Foram observadas as condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do

tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo.

Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada

mediante recibo assinado pelo usuário em época própria.

2. Objetivo Desenvolver uma metodologia objetiva para a obtenção da eficácia acústica dos protetores

auditivos passivos do tipo concha em campo, utilizando-se um audiodosímetro dotado de duplo

canal, equipado com dois microfones para medição em Ouvido real, usando-se como referência o

método MIRE “B”.

3. Metodologia

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A abordagem inicial consistiu de dosimetrias tradicionais, num conjunto de 1.770 amostras de

jornada completa, para 354 Grupos Homogêneos de Exposição (GHE), referencial comparativo

utilizado para nortear o estudo.

Cada conjunto de dosimetrias dos GHE recebeu um tratamento estatístico que possibilitou

estabelecer os Limites de Confiança Superior e Inferior. Limites utilizados para a validação do

resultado da amostra com o equipamento de duplo canal.

A seguir, o critério utilizado para medição foi amostragem pessoal daqueles GHE com resultado

superior a 50% da dose (Norma Regulamentadora 09 item 9.3.6) num total de 270 amostras com

risco de sobre exposição o que equivale a 76% dos GHE.

Os supervisores (Líderes de Equipe) foram envolvidos no projeto, recebendo informações sobre

objetivos do trabalho e a metodologia aplicada. Preliminarmente esta liderança foi a campo para

inspeção, realizando a troca dos protetores auriculares com anormalidades. Entre elas: almofadas

rasgadas ou trincadas, capacete rachados e/ou quebrados nos encaixes, concha sem espuma e

substituição dos modelos diferentes do abafador pesquisado (Modelo HPE).

Além disso, para estes grupos de expostos, que já estavam incluídos no Programa de Conservação

Auditiva (PCA), algumas ações foram tomadas. Dentre elas:

O aumento do investimento no tratamento das fontes;

A ampliação da criação de “cabines para descanso acústico”;

A intensificação dos treinamentos do PCA (com ênfase na instrução do uso dos

protetores);

A amostragem foi realizada com o audiodosímetro, dotado de duplo canal e equipado com dois

microfones para medição em “Ouvido Real” o qual, além da dose, apresenta o resultado do

espectro de freqüência; sendo o equipamento ajustado aos seguintes parâmetros previstos na

Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro NHO 01 e na Norma Regulamentadora NR 15 –

Atividades e Operações Insalubres: circuito de ponderação “A”, resposta “lenta”, nível critério 85

dB(A) que corresponde a dose de 100% para uma exposição de 8 horas, limiar de integração 80

dB(A) e incremento de duplicação de dose “q” igual à 5.

A técnica utilizada para coleta de amostra no ambiente ocupacional foi a de amostragem pessoal,

na qual o equipamento de coleta foi diretamente ligado ao trabalhador, sendo um microfone

mantido próximo ao ouvido do mesmo e outro no interior do canal auditivo, com colocação do

protetor circum-auricular no ambiente de trabalho, continuamente durante 1 hora de uma jornada

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típica. O equipamento foi calibrado antes e depois de cada amostragem conforme requisitos do

Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social.

Figura 1 – Coleta de Amostragem.

Fonte: Pelo autor

Cada amostragem foi acompanhada por um técnico de segurança com o objetivo de garantir o

pleno funcionamento dos equipamentos, e verificar as atividades desempenhadas que envolvessem

o agente de risco em estudo, bem como esclarecer aos trabalhadores quanto à metodologia

empregada. As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores foram registradas em planilhas de

campo, assinadas pelos mesmos.

A empresa pesquisada possui padrões que especificam e disciplinam o uso de EPI por atividade,

identificados por numeração e controlados por banco de dados. O Protetor auricular utilizado

pelos trabalhadores avaliados é da marca MSA Modelo HPE, tipo Concha, Certificado de

Aprovação n° 13763. Durante o monitoramento os trabalhadores usavam todos os EPI anotados

para a função, não havendo interferência do pesquisador.

Aparelhagem utilizada

Audiodosímetro – Svantek – Modelo SV 102 – Duplo-Canal – Analisador 1/1 oitava - Autonomia

de 24 h - Faixa dinâmica de 75 dB - Nível mínimo de 35 dB - Faixa de medição de 45 - 141 dB(A)

- Ponderação A ou C (RMS) - Detetor de pico (C/Lin) - Detetor Slow ou Fast - Memória Flash de

64 MB - Tipo 2 - ANSI S12.42,S1.25, - IEC 61672, 61252. - Microfone em Ouvido Real

(M.I.R.E.) Calibrador acústico tipo 2, com sinal de saída 94 a 1kHz e orifício de 3/8pol,

adaptadores para M.I.R.E.

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Figura 2 – Audiodosímetro – SVANTEK mod SV 102.

Fonte: Gerges, 2007.

4. Aspectos teóricos envolvidos

Segundo Gerges (2000), como os danos à audição ocorrem normalmente no ouvido interno, o

protetor auditivo apresenta-se como uma barreira acústica que deve proteger tal parte do ouvido.

Assim, é possível defini-lo como um dispositivo capaz de impedir a passagem do ruído que chega

até aos sensíveis mecanismos da audição.

Por mais que a legislação obrigue as empresas a adotarem a uma hierarquia nas medidas de

controle. Para trabalhadores expostos ao risco ambiental ruído, as empresas tornam mais usual a

adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) abafador de ruído, devido ao aparente baixo

custo deste e a praticidade em implementar, segundo (GERGES, 2000; REIKAL, 2003) a proteção

auditiva apresenta-se como o método mais comum na redução do ruído nas indústrias, comércio e

órgãos do governo, portanto, em todos os lugares onde os níveis de ruído são elevados e podem

prejudicar o sistema auditivo das pessoas.

No Brasil, os protetores tem sido selecionados através do requisito legal previsto na Norma

Regulamentadora 6 (seis), considerando-se que para a seleção do protetor auditivo algumas

empresas levam em conta, além do tipo de ambiente ruidoso, o preço e a facilidade no uso, outras

avançam em outros requisitos como conforto, a aceitação do usuário, a durabilidade (RIFFEL,

2001; VOIX; HAGER, 2009).

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Fato é que nem sempre medidas de engenharia e administrativas resolvem o problema do ruído no

ambiente, exigindo como controle o uso do protetor auricular. No entanto, alguns técnicos não

levam em conta os problemas de comunicação (por causa das freqüências) e a segurança. Nesse

sentido existem vários tipos de protetores no mercado, os quais são apresentados na presente seção

(ROBLES, 2008 ; JOKITULPPO et al., 2008).

4.1 Tipos de Protetores Auditivos Segundo (ROBLES, 2008; VOIX; HAGER, 2009; BERGER et. al., 2007) os tipos de protetores

auditivos se diferenciam uns dos outros principalmente pela localização destes no sistema auditivo

e, portanto, à forma deles devido a este fator. Assim, os protetores auditivos do tipo capacete são

conhecidos como aqueles que isolam completamente a cabeça da pessoa, os do tipo concha como

aqueles que isolam a orelha toda (princípio circum-aural), os do tipo semi-inserção como aqueles

que se acomodam sobre o conduto do ouvido, mas sem envolver a orelha (princípio supra-aural), e

os do tipo de inserção, que são acomodados no interior do conduto auditivo.

Corroborando (BERGER, 2005; BATISTA, 2008) o EPI auricular é um dispositivo que pode ser

usado sobre as orelhas ou inserido no canal auditivo com a principal finalidade de impedir a

passagem do ruído que chega até aos sensíveis mecanismos da audição. O termo atenuação serve

para quantificar a proteção requerida para preservar a audição, porém a atenuação pode ser

referente à perda por inserção, redução de ruído ou perda por transmissão, tais termos são usados

quando se deseja resultados mais apurados.

No enquadramento da Norma Regulamentadora 6 (seis), item 6.1, considera-se EPI, todo

dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. No item 6.3 alínea “a”, está estabelecido

que: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco

(grifo nosso), em perfeito estado de conservação e funcionamento, na seguinte circunstância:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de

acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho (BRASIL, 2007).

Existe no mercado uma série de modelos e classificações desses protetores auriculares, entre eles:

Protetor Auditivo Tipo Concha arco;

Protetor Auditivo Tipo Concha acoplado ao capacete;

Protetor Auditivo Tipo Concha com comunicador;

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Protetor de Inserção Auto-Moldável;

Protetor de Inserção do Tipo Moldado;

Protetor de Inserção do Tipo Personalizado;

Protetor do Tipo Capa de Canal,

Tipos Especiais de Protetores Auditivos.

4.2 Protetores do Tipo Concha São chamados protetores do tipo concha aqueles dispositivos colocados externamente sobre os

pavilhões auriculares (orelhas) normalmente fixos por uma haste por trás da nuca, arco sobre a

cabeça ou acoplado ao capacete. Com a finalidade de atenuar a passagem do ruído que chega até

aos sensíveis mecanismos da audição, este dispositivo protege pelo encerramento de toda a orelha,

composto por duas conchas feitas de materiais rígidos e densos, unidas a uma haste feita de

material macio e flexível (ROBLES, 2008).

A atenuação dos protetores auriculares tipo concha, depende de diversos fatores: do material que é

construído, da força do arco, da almofadas de espuma especialmente projetadas para cobrir toda a

orelha. Assim a atenuação e o conforto ficam relacionados à distribuição dessa pressão. A grande

vantagem deste tipo de protetor, quando comparado aos protetores de inserção, é a sua maior

proteção, além de uma adaptação fácil aos diversos tipos de orelhas (GERGES, 2000).

Algumas vantagens dos protetores auriculares tipo concha:

1- Fácil aplicação nos trabalhadores;

2- Treinamento com didática facilitada por testes on the job;

3- Sistema de ajustes de altura nas molas;

4- Facilidade na inspeção visual;

5- Manutenção facilitada na troca da espumas e almofadas;

6- Podem ser ajustados mesmo com uso de luvas de proteção;

7- Pode usar acoplado no capacete ou combinado com ampla visão;

8- Durabilidade,

9- Uso em áreas com ambiente agressivo não deixa o agente penetrar no canal

auditivo do trabalhador.

Algumas desvantagens dos protetores auriculares tipo concha:

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1- Dificulta as tarefas em espaços confinados;

2- Pode incomodar quando combinado com óculos de segurança;

3- Desconfortáveis em ambientes quentes;

4- Peso maior que os de inserção,

5- Acumula sujeira em ambientes com poeira.

4.3 Métodos de Avaliação de um Protetor Auditivo no Laboratório Segundo (ROBLES, 2008; BERGER et. al., 2007) dois são os critérios utilizados para a avaliação

dos protetores auditivos em laboratório. O critério dos EUA, apresentado pelas normas ANSI

S3.19-1974, ANSI S12.6- 1984 e ANSI S12.6-1997, o qual obtém a atenuação de ruído de um

modelo de protetor sem o envelhecimento prévio deste, e o critério europeu, apresentado pelas

normas EN 352-1 (protetores do tipo concha) e EN 352-2 (protetores do tipo tampão), o qual

inclui testes físicos prévios à obtenção da atenuação do ruído do protetor, como a força de contato

da haste, queda livre, exposição a baixas temperaturas, flexão da haste e o teste de banho de água

quente, entre outros.

4.4 Método do Ouvido Real no Limiar de Audição, REAT e com Microfone ao

Interior do Ouvido Real, MIRE.

O método REAT (Real Ear Attenuation at Threshold) obtém a atenuação de ruído fornecida pelo

protetor numa câmara acústica qualificada, a medição da atenuação está baseada na determinação

do limiar de audição dos ouvintes, devidamente selecionados, ao ruído gerado pelas caixas

acústicas de uma sala acústica qualificada, em bandas de frequência (não o tom puro de um teste

audiométrico) com e sem o protetor (GERGES, 2007). A diferença entre as duas medidas fornece

a atenuação de ruído do protetor obtida para cada ouvinte específico, sob certas condições de

colocação do protetor em laboratório.

Desta forma, a atenuação máxima (maior atenuação que o protetor pode fornecer) pode ser obtida

usando-se ouvintes bem treinados e com colocação do protetor com ajuda do especialista executor

do ensaio Riffel ( 2001).

No método MIRE (Microphone in Real Ear), a resposta subjetiva do ouvinte é trocada pela

resposta de um ou dois microfones em miniatura devidamente localizados na orelha externa deste,

objetivando-se a avaliação acústica e eliminando-se fatores de erro como o ruído fisiológico

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presente no método REAT, além de apresentar outras vantagens como a velocidade no

processamento dos dados, e requisitos menores para o campo acústico de ensaio (BERGER et al.,

2007). De acordo com Robles (2008), a técnica MIRE para a avaliação dos protetores auditivos do

tipo concha, encontra-se descrita na norma ANSI S12.42-1995 (só para a do tipo “A”), onde

também são apresentadas as especificações para o microfone em miniatura (tipo, dimensões,

localização), a instrumentação necessária, e os requisitos para o campo acústico de ensaio.

Existem dois procedimentos de aplicação para a metodologia do tipo MIRE (A e B), os quais vão

se diferenciar principalmente pelo uso de um ou dois microfones em miniatura na obtenção da

eficiência acústica do protetor auditivo do tipo concha.

O método MIRE “B”, não especificado na norma ANSI S12.42-1995, além do microfone já

descrito no método “A”, considera o uso de outro microfone em miniatura localizado fora do

protetor auditivo (procedimento conhecido pelo nome de redução de ruído). Este procedimento

apresenta a vantagem de obter a eficiência acústica instantânea do protetor, já que vai se obter a

diferença entre os sinais dos dois microfones no mesmo instante. Além disso, o uso do método

“B” é mais recomendável no teste de altos níveis de emissão sonora, pelo fato de não precisar

fazer um ensaio do ouvinte sem o protetor colocado em sua cabeça.

5. Resultados Como resultado, se obteve um diagnóstico que possibilita nortear diversos requisitos do Programa

de Conservação Auditiva e atendimento à legislação vigente.

As atenuações de ruído com a colocação do protetor auricular feita pelo trabalhador, apresentam

resultados com diferenças de até 20 dB (A); resultado também encontrado por Nielsen (2001). E

quando comparado ao valor do NRRsf indicado pelo fabricante, observam-se desvios

consideráveis (figuras 3 e 4).

Fica evidenciado que o protetor auricular utilizado foi capaz de atenuar (conforme o resultado de

atenuação constante do Certificado de Aprovação - CA do equipamento) para maioria dos

trabalhadores num total de 161 GHE com 60% da amostra. Houve para 44 GHE, num total de

16% da amostra, resultados de atenuações maiores que o ilustrado no CA do equipamento. E, 65

GHE apresentaram resultados inferiores à atenuação esperada (valor do CA) num total de 24% da

amostra.

Embora tenham-se gerado diferenças importantes entre os valores das atenuações do tipo REAT

segundo a ANSI S3.19-1974 proporcionadas pelo fabricante e as atenuações do tipo MIRE com a

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colocação feita pelo trabalhador capacitado e conhecedor das técnicas, o protetor auricular

analisado se mostra eficiente para o trabalho na Siderurgia. Outrossim, os fatores de interferência

provam a importância dos estudos relacionados às formas de uso, implementação do PCA e

espectro do ruído presente nos ambientes de trabalho (NIELSEN, 2001; ROBLES, 2008).

Figura 3 – Resultado geral de atenuação.

Fonte: pelo autor

Para os resultados com atenuação entre 10 e 12 dB (A) num total de 24% dos pesquisados,

identificou-se interferências na eficácia da atenuação e conseqüentemente uma deficiência no

Programa de Conservação Auditiva (PCA).

Em conseqüência dos riscos dispostos na Siderurgia, é primordial em quase sua totalidade o uso

de óculos de segurança. Consecutivamente com menos impacto, mas significante no resultado, foi

o uso de touca para proteção contra respingos de aço, solda, esmerilhamento entre outros.

O que não se tinha idéia era a ineficácia da proteção, quando esses fatores estavam combinados

com o conjunto de proteção auricular utilizado na empresa (capacete conjugado com abafador de

ruído).

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Figura 4 – Resultado de atenuação com uso de touca de brim e óculos.

Fonte: pelo autor

Quanto aos 65 GHE analisados com interferência, num total de 24% dos pesquisados, é possível

verificar que o uso da touca de brim e óculos de segurança de grau combinado com o protetor

auricular, diminuiu a eficácia de atenuação em 25 GHE. E a combinação do protetor auricular

somente com óculos de segurança de grau, diminuiu a eficácia de atenuação em 40 GHE.

Como os valores dos resultados das avaliações dosimetricas da empresa não é a questão principal

da pesquisa, é possível que haja no conduto interno do trabalhador, resultado de ruído acima do

nível de ação ou do limite de tolerância que é de 85 dB (A).

Para os 24% dos pesquisados, foram identificadas as interferências que reduziram a atenuação do

protetor (figura 5).

Uso de óculos de segurança com lente de grau com haste na espessura +/- 5mm;

Touca de Brim +/- 3mm;

Forma de ajustar o capacete e ajuste do abafador;

Uso combinado, óculos de segurança com lente de grau e touca de brim.

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Figura 5 – Epi’s utilizados na empresa

Fonte: pelo autor

5.1 Comparações do método REAT versus MIRE Neste caso, como as diferenças existentes entre os valores das atenuações do tipo REAT segundo

a ANSI S3.19-1974 e do tipo MIRE com a colocação feita pelo trabalhador capacitados e cientes

do estudo são 24% da amostra, é possível estabelecer alguma relação devido aos valores

informados pelo fabricante (ROBLES, 2008; DE OLIVEIRA G. C. et al., 2009). Salvo

interferência já citadas acima, como pode ser visto na figura 7 e 8.

As diferenças entre resultados não podem ser comparados como parâmetros conclusivos e sim

como uma referência esperada pelas empresas.

O critério mais utilizado para compra do abafador tipo concha, é reduzir o nível de ruído

encontrado na dosimetria do trabalhador com o resultado do NRRsf disponibilizado pelo

fabricante em atendimento ao requisito legal brasileiro. Em contrapartida, se o trabalhador atua

num ambiente cujo espectro apresenta baixa freqüência, e esse se mantém estável, nem todos os

trabalhadores vão estar protegidos mesmo usando o protetor auricular (NIELSEN, 2001). Por esse

motivo a comparação é somente para referência.

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Figura 6 – Tabela de atenuação do Laboratório Norma ANSI S12.6-1997 (Método B).

Fonte: Catálogo MSA.

Freqüência (Hz)

125 250 500 1000 2000 3150

4000 6300

8000 NRRsf

Resultado (dB)

7 14 25 26 22 - 21 - 13 20

Figura 7 – Tabela exemplo de atenuação com Audiodosímetro com dois canais.

Fonte: Pelo autor

6. Conclusão

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No atual momento tecnológico, algumas certezas são imprescindíveis para a saúde e segurança do

trabalho. A transparência nas ações e a busca em conciliar a produção com a preservação da saúde

são parte das atitudes do higienista ocupacional para chegar o mais perto possível da verdade.

O sistema com dois microfones, foi aplicado em campo por meio de dosimetrias em que usou-se

tipos diferentes de trabalhadores com seus EPI conforme o padrão da empresa. A metodologia de

avaliação da eficácia do abafador de ruído tipo concha em campo, permite comparar com os

resultados de laboratórios, baseados no método REAT. O presente trabalho utilizou como

referencia o método MIRE, e foi eficaz com os objetivos do Programa de Conservação Auditiva,

que tem entre outras medidas, o uso do abafador de ruído do tipo concha.

O modelo pesquisado foi o HPE CA N° 13.763, selecionado e testado previamente pelos

pesquisadores e por sua colocação ser mais fácil, pode ter resultados parecidos com os dados do

Certificado de Provação (DE OLIVEIRA G. C. et al., 2009). O método demonstra que o sistema

com dois microfones apesar de não normalizado funciona corretamente.

A amostra foi de 270 avaliações de campo com trabalhadores representando os grupos

homogêneos de exposição de aproximadamente 1600 trabalhadores de uma Siderúrgica.

Por fim, a análise dos resultados obtidos nas condições de campo, permite apresentar as seguintes

conclusões:

O Protetor Auricular acoplado no capacete, quando combinado com óculos de segurança com

lente de grau e/ou uso de touca de brim, apresenta diferença importante nos valores de atenuação,

em comparação com os valores apresentados dos trabalhadores que não usam.

A forma de ajustar o abafador, o ajuste e a posição dos óculos de segurança e o ajuste do capacete

são indicadores para uma boa atenuação (BATISTA, 2008).

É possível com o método, analisar por freqüência o nível de atenuação do microfone externo e o

microfone inserido no canal auditivo, bem como através do banco de dados do software, comparar

as atenuações encontradas com os níveis disponíveis no Certificado de Aprovação. Permite ainda,

acompanhar as curvas de atenuação dos dois canais simultaneamente através de gráficos temporais

(figura 7).

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Figura 8- Histograma canal direito e esquerdo. Fonte: pelo autor É correto afirmar que o protetor auricular acoplado no capacete modelo HPE apresentou

resultados satisfatórios para os níveis de ruído da empresa pesquisada, bem como quando utilizado

com óculos de segurança sustentado com elástico, com a haste ajustada ao tamanho do rosto,

fazendo a cobertura das orelhas de forma vertical, nas freqüências 1000Hz, 2000Hz e 4000Hz,

com níveis de ruídos entre 89 dB(A) e 93 dB(A) apresentou resultados acima do NRRsf.

O simples cálculo dos níveis de intensidade encontrados nas exposições de ruído, reduzindo o

NRRsf fornecido pelo fabricante para a escolha do EPI adequado ao risco (atendimento a NR 6 –

item 6.3), é insuficiente para garantir a proteção dos trabalhadores. Nos dias atuais, com

tecnologia avançada e conhecimento de melhores práticas é preciso, para aprimoramento da

informação, a conjugação das dosimetrias, dos desvios identificados nas audiometrias (exame

periódico) e do aprofundamento da investigação (com a utilização dessas novas ferramentas)

considerando a plena implantação do programa (VOIX ; HAGER, 2009).

Como resultado obteve-se um diagnóstico que possibilitou nortear diversos requisitos do PCA e

atendimento à legislação vigente. Dentre eles:

A seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco (9.3.5.5 – a);

Programa de Treinamento (9.3.5.5 – b);

O atendimento ao 15.9 do PPP;

A avaliação de eficácia da proteção auditiva utilizada (9.3.5.6);

Melhorias no PCA (treinamento, inspeção, troca, tratamento de fontes etc.);

Preenchimento do SEFIP, Resposta ao NTEP, Embasar laudo de Insalubridade;

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Estudo epidemiológico (NR 7),

Estudos para adoção de medidas de controle.

Referências Biliográficas ANSI. "Microphone-in-Real-Ear and Acoustic Test Fixture Methods for the Measurement of Insertion Loss of Circumaural Hearing Protection Devices," American National Standards Institute, S12.42-1995, New York, EUA. ANSI. "Method for the Measurement of Real-Ear Protection of Hearing Protectors and Physical Attenuation of Earmuffs" American National Standards Institute, S3.19- 1974 (ASA STD 1-1975), New York, EUA,1974.

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