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24092018 1 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA FASE EXPLORATÓRIA TCOR RUI PAIS DOS SANTOS [email protected] AGENDA 1. Generalidades 2. Fase Exploratória 3. Projeto de Investigação

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METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

FASE EXPLORATÓRIA

TCOR RUI PAIS DOS [email protected]

AGENDA

1. Generalidades1. Generalidades

2. Fase Exploratória2. Fase Exploratória

3. Projeto de Investigação3. Projeto de Investigação

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ESTA SESSÃO NÃO DISPENSA A CONSULTA DE:

NEP INV 001 NEP INV 003Cadernos do IUM 8

AGENDA

1. Generalidades1. Generalidades

2. Fase Exploratória2. Fase Exploratória

3. Projeto de Investigação3. Projeto de Investigação

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PERCURSO DA INVESTIGAÇÃO“Todas as pesquisas (…) se processam por estádios que:• passam da ignorância à descoberta,

• depois à representação mental dos processos sociais e ao seu confronto com os factos eobservações

• e, só por fim, à exposição oral ou escrita dessa representação, com a finalidade de difusãodo conhecimento.”

(Bertaux, 1997; Cit. Cadernos)

Três Fases:

Fase Exploratória;

Fase Analítica;

Fase Conclusiva

(NEP INV 001 e Cadernos)

Exploratória Analítica Conclusiva

FASES DO PERCURSO DA INVESTIGAÇÃOFase Exploratória

“momento crítico do processo de pesquisa pois, se cumprida deficientemente, condicionará o valor e a credibilidade da informação e do conhecimento produzido nesse processo” (Cadernos)

Conjunto de etapas:

Do problema à forma de o encarar;

Inclui a “construção de um Projeto de Investigação ou Plano de Investigação”.

Fase Analítica

Recolha e análise dos dados

Fase Conclusiva

“inclui a avaliação e discussão dos resultados, a apresentação das conclusões e os contributos para o conhecimento, com referência às limitações e recomendações” (Cadernos)

Exploratória Analítica Conclusiva

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AGENDA

1. Generalidades1. Generalidades

2. Fase Exploratória2. Fase Exploratória

3. Projeto de Investigação3. Projeto de Investigação

FASE EXPLORATÓRIA

“momento crítico do processo de pesquisa pois, se cumprida deficientemente,

condicionará o valor e a credibilidade da informação e do conhecimento

produzido nesse processo” (Cadernos 8)

Exploratória Analítica Conclusiva

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ETAPASEscolha e delimitação do Tema

Definição inicial do “Estado da Arte”

Leituras Preliminares (início de Revisão de Literatura)

Entrevistas Exploratórias

Identificação das necessidades de Informação

Objeto de Estudo, formulação do Problema de Investigação e enquadramento econcetualização geral

Definição do Objetivo Geral e formulação inicial das Questões de Investigação

Delimitação da Pesquisa e explicitação dos Conceitos Estruturantes

Identificação, classificação e operacionalização das variáveis

Definição de Objetivos Específicos, formulação das Questões Finais e Hipóteses

Consolidação da Revisão da Literatura

Modelo de Análise

Definição preliminar/exploratória do Procedimento Metodológico de Investigação

Escolha das estratégias e do(s) desenho(s) de pesquisa

Processo de Amostragem

Escolha dos instrumentos e técnicas de recolha de dados

Construção de um Projeto de Investigação/Plano de Investigação

ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA

Escolha:… ups!

Delimitar o tema:

“eleger uma determinada parcela de um assunto, estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida” (Dencker cit. por Vilelas, 2009)(Cadernos)

grande relevância, pois:

evita dispersão no estudo de um assunto;

esforço no sentido da especificação clara do campo da pesquisa.

delimitação do tema deverá ter lugar em três domínios distintos:

tempo, espaço e conteúdo.

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O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

UM EXEMPLO…

O “nosso” investigador

O “tema” que lhe saiu no sorteio

ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA

TempoDe quando a quando?

Até quando?

EspaçoOnde?

ConteúdoO quê?

Mas:

Esta tarefa exige uma cuidada e atenta revisão bibliográfica

(Cadernos)

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DEFINIÇÃO INICIAL DO “ESTADO DA ARTE”

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

Pesquizou na internet e:

“A importância do caroço da azeitona na produção de arame farpadoSe tivermos em conta que o arame farpado tem como função ser esticado e colocado num local comomeio de proteção desse local, (…) há que cogitar profundamente no material de que o aramefarpado é feito. (…)

Ora, se for feito com caroços de azeitona, já os assaltantes serão capazes de não ser bem sucedidos.Senão, vejamos: os caroços são duros, como já todos tivemos oportunidade de comprovar quando aqueledentinho se partiu antes do almoço de família, logo resistentes às intempéries do exterior. Unam milhões decaroços de azeitona com supercola 3, ao comprido; façam isso de modo a obterem cabos de caroços deazeitonas suficientemente compridos para proteger o tal local; entrelacem esses cabos de caroços deazeitonas colados com supercola 3 uns nos outros, para lhes dar mais resistência. (…).

(http://pseudoblogdapseudo.blogspot.com/2014/11/o-anonimo-pediu.html)

O caroço de azeitona, porque é duro, pode ser usado como matéria-prima para fazer arame

farpadoPor aqui pode NÃO VALER A PENA IR, pois já está

estudado…

DEFINIÇÃO INICIAL DO “ESTADO DA ARTE”

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

Assim não me safo…Vou ter de decompor o meu tema (em conceitos?)

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DEFINIÇÃO INICIAL DO “ESTADO DA ARTE”

As leituras preliminares servem para “determinar o conhecimento existente” (Cadernos)

Cuidado com a “gula livresca” (Quivy e Campenhoudt)Que acha que vale a pena

estudar sobre…?

A entrevista exploratória visa obter a “informação e o conhecimento existente acerca desse tema, desejavelmente proveniente dos mais variados pontos de vista” (Cadernos)

Vou ter de ler isto tudo?

Já sei, vou perguntar a quem estuda isto (ou

uma parte disto)

DEFINIÇÃO INICIAL DO “ESTADO DA ARTE”

O aproveitamento energético do caroço de azeitona no processo de fabricação…

Então só preciso de ler sobre: - Necessidade energética no

fabrico do arame farpado;- Aproveitamento energético do

caroço de azeitona.

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DEFINIÇÃO INICIAL DO “ESTADO DA ARTE”

Visa obter as respostas às seguintes questões:

“O que se sabe ou o que é já conhecido nesta área?

Que conceitos e teorias são relevantes para esta área ou tema?

Que métodos de investigação e estratégias de pesquisa têm sido empregados nos estudos nesta área?

Existem controvérsias significativas ou relevantes?

Há inconsistências nas descobertas ou nos contributos trazidos a esta área?

Existem, nesta área, questões de investigação não respondidas ou a aguardar resposta?”

(Cadernos)

ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA

TempoNa atualidade

EspaçoEm Portugal

ConteúdoAproveitamento energético

Ou outros…

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

Mas, ainda não delimitámos tudo o que há a delimitar…

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OBJETO DE ESTUDO, FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO E ENQUADRAMENTO E CONCETUALIZAÇÃO GERAL

O meu estudo vai incidir sobre o aproveitamento energético do caroço de azeitona, na atualidade, em

Portugal, no fabrico do arame farpado. Mais, concretamente sobre?

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

• “Critério da familiaridade do objeto de estudo, mostra a vantagem

de o trabalho se apoiar em experiência anterior.”

• “Critério da afetividade (…) ligado a uma forte motivação pessoal do

investigador.”

• Critério dos recursos “relaciona-se com a preocupação em reunir os

meios necessários à investigação”(Carmo e Ferreira, 2009; cit. Cadernos)

• Sinopse

OBJETO DE ESTUDO, FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO E ENQUADRAMENTO E CONCETUALIZAÇÃO GERAL

“O problema de investigação é um elemento central numa investigação porque, de alguma forma, dele derivam todos os outros elementos constituintes do processo”

(Cadernos)

Sempre achei importante a questão ambiental.Será que o aproveitamento energético do caroço de azeitona, na atualidade, em Portugal, no fabrico do arame

farpado traz vantagens ambientais?

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OBJETO DE ESTUDO, FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO E ENQUADRAMENTO ECONCETUALIZAÇÃO GERAL

Complementar a Revisão da Literatura / Entrevistas Exploratórias? /Observação?

Procurar identificar conceitos

“Concepts are the building blocks of theory and represent the points around whichsocial research is conducted. (…) Each represents a label that we give to elements ofthe social world that seem to have common features and that strike us as significant”(Bryman, 2012, pp 163)

Empíricos

DEFINIÇÃO DO OBJETIVO GERAL E FORMULAÇÃO INICIAL DAS QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

“dá uma orientação sobre o tipo de estudo a efetuar, as variáveis em equação e, ainda, sobre as hipóteses a formular, caso existam” (Cadernos)

“The purpose of this ________ (narrative, phenomenological, grounded theory, ethno

graphic, case) study is (was? will be?) to __________ (understand? describe? develop?

Discover?) the ___________ (central phenomenon of the study) for ________ (the

participants) at________ (the site). At this stage in the research, the _____________

(central phenomenon) will be generally defined as ________ (a general definition of the

central concept)” (Creswell 2007; Cit. Cadernos)

a) sugere-se que esteja de acordo com a Taxonomia de Bloom, ou outra..

a)

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DEFINIÇÃO DO OBJETIVO GERAL E FORMULAÇÃO INICIAL DAS QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

Cruciais por orientarem:

“A pesquisa bibliográfica;

A decisão quanto ao Desenho da Pesquisa (Research Design) a adotar;

Na definição dos dados, na sua recolha e na identificação da sua fonte;

A análise dos dados recolhidos;

A apresentação dos dados;

No sentido e na direção da investigação, evitando a dispersão;

Sobre o que deverá ser tratado no estudo” (Cadernos).

deve ser:

Clara: precisa, concisa e unívoca;

Exequível: ser realista;

Pertinente: ser uma verdadeira pergunta (ou seja, coisa ainda não respondida!).

DEFINIÇÃO DO OBJETIVO GERAL E FORMULAÇÃO INICIAL DAS QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

“O Objetivo do meu estudo (Desenho de pesquisa) é analisar (ou outro) as vantagens ambientais do

aproveitamento energético do carroço da azeitona no fabrico do arame farpado, em Portugal, na atualidade.(...)”

A minha Questão Central pode ser:“Quais as vantagens ambientais do aproveitamento

energético do carroço da azeitona no fabrico do arame farpado, em Portugal, na atualidade.(...)?

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DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E EXPLICITAÇÃO DOS CONCEITOS ESTRUTURANTES

Empíricos

Do que li, ouvi e vi, concluo que os conceitos estruturantessão:- fabricação do arame farpado- aproveitamento energético do caroço de azeitona -vantagens ambientais (etc.)

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E EXPLICITAÇÃO DOS CONCEITOS ESTRUTURANTES

Do que li, ouvi e vi, concluo que a “fabricação doarame farpado” é caracterizada por exigir trêsfases; com x necessidade de mão-de-obra; …E cada uma das fases pode ser analisada tendo emconta o consumo de energia, output, …(…)

Conceitos Dimensões Componentes Indicadores

fabricação do arame farpado

Fases do processoConsumo de energia ?

… ?

(…)

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DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E EXPLICITAÇÃO DOS CONCEITOS ESTRUTURANTES

Ate agora sei que:

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E EXPLICITAÇÃO DOS CONCEITOS ESTRUTURANTES

O caroço de azeitona no fabrico do arame farpado

Já tinha visto que tinha de delimitar o tema.Mas, vou tentar ser mais concreto…

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IDENTIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

“os fatores que intervêm no problema de investigação devem ser estudados até se poder

identificar qualidades ou características do fenómeno a investigar” (Cadernos)

Tipos:

Variável dependente – cujos valores resultam de variações ocorridas em uma ou mais do que uma outra variável (do tipo independente ou de outro);

Variável Independente – cujo valores não dependem de outras variáveis e quando manipulada permite observar os seus efeitos em variáveis dependentes;

Variável Interveniente – equivalente a uma segunda variável independente; em relação à primeira, exerce um certo grau de influência (dependência da variável independente inicial relativamente a esta segunda);

Variável Contextual – variável que exerce uma influência do tipo difusa, indicando o meio e o contexto ou âmbito em que o fenómeno ocorre

IDENTIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Uso do caroço de azeitona

Produção de CO2

V. Independente V. Dependente

Aqui esta implícito a redução do uso das Energias “convencionais”. Pode ser possível manter essa relação implícita.

Uso do caroço de azeitona

Produção de CO2

V. Independente V. Dependente

Uso de E. Convencional

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DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS ESPECÍFICOS, FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES FINAIS E HIPÓTESES

A formulação dos objetivos específicos

“deve corresponder à decomposição ou desconstrução dos objetivos gerais da investigação em aspetos mais restritos e elementares,

traduzidos em atividades e tarefas que deverão ser observáveis e mensuráveis, de modo a permitir conhecer o grau de cumprimento dos objetivos gerais.” (Cadernos)

“O Objetivo (…) é analisar as vantagens ambientais doaproveitamento energético do carroço da azeitona nofabrico do arame farpado,(...)”. Para isso vou ter de:- Identificar o consumo de energia na Fase 1 do…- Estimar a produção de CO2, resultante da Fase 1 c/

E. Convencional- Identificar quantidade de CO2 produzida pelo uso

do caroço de azeitona na produção de E.

DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS ESPECÍFICOS, FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES FINAIS E HIPÓTESES

Reformulação (se necessário) da Questão Central;

Formular Questões Derivadas:

Serem claras, no sentido de inteligíveis;

Serem exequíveis;

Terem relação com teorias e com investigações;

Estarem interligadas (existir ligação entre as diferentes questões de investigação);

Não serem excessivamente abrangentes nem exageradamente estreitas ou restritivas (ex: não ser sim/não).

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Bem, na realidade, a minha Questão Central vai ser:

Qual a diminuição da quantidade de CO2, resultante doaproveitamento energético do carroço da azeitona na fase 1do processo de fabricação do arame farpado, (...)?

E as Questões Derivadas vão ser:(…)

A minha Questão Central pode ser:“Quais as vantagens ambientais do aproveitamento energético do carroço da azeitona no fabrico do arame farpado, em Portugal, na atualidade.(...)?

DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS ESPECÍFICOS, FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES FINAIS E HIPÓTESES

“resposta temporária, provisória, que o investigador propõe perante uma interrogaçãoformulada a partir de um problema de investigação” (Cadernos)

Formulação:

Dedutiva: “decorrem de um determinado campo teórico e procuram comprovar deduções implícitas nas mesmas teorias”

Indutivas “surgem da observação ou reflexão acerca da realidade”.

(Não devem ser a mera opinião…).

NÃO há obrigatoriedade em ter hipóteses!!!“é possível omitir as hipóteses, seja porque estas são tão amplas e pouco definidas que dizem muito pouco a quem lê a investigação, ou porque pela natureza da questão de investigação não é possível ou necessário verificá-la” (Cadernos)

Ou porque não há teoria, dados, factos, etc. que nos permitam formular…

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CONSOLIDAÇÃO DAREVISÃO DA LITERATURA

“A revisão da literatura é um processo contínuo que se inicia na primeira fase da

investigação, mas que, de facto, só se encerra quando se dá por terminada essa

mesma investigação. Ao longo deste processo, procuramos, contudo, elementos

e informação diversa que satisfaçam as necessidades que se vão colocando”

(Cadernos)

MODELO DE ANÁLISE

O modelo de análise

Surge (…) na sequência da revisão da literatura e quando dispomos detodos os elementos essenciais ao estudo

“a charneira entre a problemática fixada e o trabalho de elucidação sobre um campo de análise restrito e preciso” (Cadernos)

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MODELO DE ANÁLISE

Com:

Domínio conceptual

Explicitar os conceitos em dimensões, variáveis e indicadores;

Identificar e estabelecer as relações existentes entre variáveis e entre conceitos;

Formular as hipóteses (se aplicável).

Domínio metodológico

Identificar instrumentos e técnicas para a recolha e tratamentos dos dados;

Procedimentos e as atividades de análise e interpretação dos resultados;

MODELO DE ANÁLISE

- OE 1: Identificar o consumo de energia na Fase 1 do…- Quanta Energia e consumida na Fase 1 do…?

- Para saber isso vou recorrer a analise documental / entrevistas / observação, etc.;- Dados analisados com recurso a…

- OE 2: …

Conceitos Dimensões Componentes Indicadores

fabricação do arame farpado

Fases do processoConsumo de energia ?

… ?

(…)

Uso do caroço de azeitona

Produção de CO2

V. Independente V. Dependente

Uso de E. Convencional

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DEFINIÇÃO PRELIMINAR DO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DE INVESTIGAÇÃO

Se ainda não estiver feito

Escolha das estratégias e do(s) desenho(s) de pesquisa

Processo de Amostragem

Escolha dos instrumentos e técnicas de recolha de dados

Sugere-se que as opções (técnicas, procedimentos, ferramentas, etc.) sejam justificadas

Construção de um Projeto de Investigação/Plano de Investigação

AGENDA

1. Generalidades1. Generalidades

2. Fase Exploratória2. Fase Exploratória

3. Projeto de Investigação3. Projeto de Investigação

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PROJETO DE INVESTIGAÇÃO

Um bom projeto, sendo um documento dinâmico, deve responder a:

Que questão ou questões pretende responder;

Como surgiram? Porque são importantes? Exprimir o significado da investigação;

Que bibliografia já se conhece sobre o assunto? (“Estado da Arte”);

Que hipóteses de trabalho vai analisar/testar (se aplicável);

Como é que vai alcançar as respostas? Explicar a metodologia que vai e porque o fez;

Elaborar um cronograma com os milestones

PROJETO DE INVESTIGAÇÃO

De acordo com a:

NEP INV 001

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PROJETO DE INVESTIGAÇÃO

Enunciado e justificação do tema;

Identificação do contexto e a base concetual onde a investigação se insere;

O objeto da investigação e a sua delimitação;

Os objetivos da investigação (gerais e específicos);

O problema de Investigação, ou a pergunta de partida ou questão central e, se aplicável, as perguntas derivadas e as hipóteses;

Proposta de metodologia a seguir (esboço)

Resumo da metodologia;

Percurso metodológico (fases / passos a seguir);

Instrumento(s) metodológico(s) (métodos, procedimentos, técnicas e instrumentos de recolhae tratamento de dados e de interpretação de resultados a utilizar);

Proposta de organização do trabalho;

Quadro cronológico

ENUNCIADO E JUSTIFICAÇÃO DO TEMA

Descrever o Tema

Incluindo o relevante da sinopse

Justificação

Por que e importante o tema?

Para quem e importante (pessoa, organização, etc.)?

Como poderá a investigação contribuir para o conhecimento?

Facilita a identificação do investigador com a investigação

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IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO E A BASE CONCETUAL DA INVESTIGAÇÃO

Contexto:

Situar o estudo no conhecimento existente (já visto na Revisão da Literatura)

No IUM: Situar o estudo nas Ciências Militares (se possível…)

Base Conceptual

Deriva da Revisão da Literatura / Estado da Arte (Resumo)

Questões respondidas e/ou por responder

Conceitos, relação entre conceitos,

Outras informações que ajudem na compreensão do que se vai propor.

PROPOSTA DE METODOLOGIA A SEGUIR

Explicar a metodologia e porque o fez;

Resumo da metodologia

Percurso metodológico (fases / passosa seguir)

Instrumento(s) metodológico(s)(métodos, procedimentos, técnicas einstrumentos de recolha e tratamentode dados e de interpretação deresultados a utilizar)

Vou ter de explicar porque vou usar as entrevistas.Não me posso esquecer de dizer também a escolha dos entrevistados (amostragem), o que são, quais os

seus pontos fortes e fracos. E, como fiz para reduzir o impacto dos pontes fracos.

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PROPOSTA DEORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Introdução

Corpo dividido em capítulos

Cap I – Estado da Arte e Metodologia

Cap II -

Conclusão

Pós-textual

Cumprir com NEP INV 003

QUADRO CRONOLÓGICOCom o máximo detalhe possível

Marcar datas limite (no caso de obtenção de dados / entrevistas / etc.. e fundamental)

Antever o tempo a dar aos outros (orientador, entrevistados, etc.)

milestones

Completar a revisão de literatura;

Preparar/aplicar os instrumentos de recolha;

(Limite para a) Obtenção de dados

Tratamento dos dados

Reuniões com o orientador

Apresentação de drafts (e prazo para ter a resposta do orientador)

Redação dos capítulos

Reflexão

Revisão final (demora muito mais que o inicialmente esperado)

Só sou “dono” do meu tempo

A informação demora mais a chegar que aquilo

que parece.Se chegar a vir…

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AGENDA

1. Generalidades1. Generalidades

2. Fase Exploratória2. Fase Exploratória

3. Projeto de Investigação3. Projeto de Investigação

Os exemplos são meramente para apoiar.

Não são completos, nem necessariamente certos!Pois resultam da interpretação do autor da apresentação.

Em caso de duvida, ou contradição, ou desconformidade prevalece a literatura (Cadernos, ou outra)

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24‐09‐2018

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METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

FASE EXPLORATÓRIA

TCOR RUI PAIS DOS [email protected]

Produção de arame farpado

Fases

mão-de-obra

Consumo energia

(…)

(…)

Aproveitamento energético

caroço azeitona

Tipo renovável

E. Produzida

CO2

Cinzas

Impacto ambiental