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PROBLEMAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E OS INTERESSES ECONÓMICO- POLÍTICOS

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Page 1: investigação científica apresentação

PROBLEMAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E OS INTERESSES ECONÓMICO-POLÍTICOS

Page 2: investigação científica apresentação

O que é a investigação

científica?

Page 3: investigação científica apresentação

Prós

Maior facilidade e menos tempo na realização de diferentes tarefas

Redução de custos, aumento da produtividade

Melhoria no domínio da saúde

Melhoria da qualidade de vida dos cidadãos

Page 4: investigação científica apresentação

Contras

Elevados custos

Experimentação em animais

Oposição ao que é “natural”

Por vezes, pouca aceitação por parte da população

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O que são interesses económico-políticos?

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Relação

A investigação científica pode muitas vezes ser vista como um instrumento de desenvolvimento para toda a população. No entanto, pode também ser influenciada pelas empresas de modo a que estas aumentem o seu lucro, sem se preocuparem com a eficiência.

Pode-se afirmar também que em todo o tipo de regime político existe influência sobre o desenvolvimento científico.

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“Os meios políticos sabem que a ciência existe, mas o que eles conhecem na realidade é a existência de instituições, de linhas de financiamento, quer se trate de salários, de créditos de funcionamento ou de equipamento, ou ainda de compromissos internacionais”

W. Osswald

Page 8: investigação científica apresentação

“As universidades, que durante muito tempo detiveram o monopólio da investigação científica, perderam-no em favor dos governos e da indústria”

B. S. Santos

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“A ideologia liberal da autonomia da ciência transformou-se em caricatura amarga aos olhos dos trabalhadores científicos.”

B. S. Santos

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Domínio sobre a ciência

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“O prémio nobel de medicina britânico, Richard J. Roberts, denunciou a indústria farmacêutica por antepor seus benefícios econômicos antes da saúde das pessoas, detendo o avanço científico da cura de enfermidades, porque curar não é rentável.

“Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos pela indústria farmacêutica, que, no entanto, desenvolvem drogas cronificadoras que são consumidas de forma serializada”, Roberts disse em uma entrevista para a revista PijamaSurf. “Algumas drogas que poderia curar a doença não são investigadas.”

O cientista e pesquisador acusa a indústria farmacêutica de se esquecer de servir as pessoas e estar preocupado apenas com o desempenho econômico. “Eu vi como, em alguns casos, que os pesquisadores dependentes de fundos privados poderiam ter encontrado remédio muito eficaz que poderiam ter acabado completamente com a doença “, explicou.

Ele acrescenta que as empresas param de investigar, porque “eles não estão interessados em curá-los, mas somente em sacar seu dinheiro, assim a investigação, de

repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que cronificam a doença e fazem experimentar uma melhoria que desaparece quando você parar de tomar a droga. “

Diante disso, diz que é comum para a indústria estar interessada em áreas de pesquisa, não para cura de doenças, mas “apenas para cronificar doenças com drogas cronificadoras muitos mais rentáveis do que curar completamente e de uma vez por todas “.

Quanto aos motivos de por que os políticos não intervêm, Roberts argumenta que “em nosso sistema, os políticos são apenas funcionários ‘dos grandes capitais’, que investem o necessário para que sejam eleitos seus protegidos, e se não saem, eles compram aqueles que foram escolhidos”.

E então, vocês confiam na indústria farmacêutica?”

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Comida criada em laboratório e clonagem animal

Os interesses na clonagem para fins comerciais, quer de consumo direto, quer de consumo indireto, como por exemplo para a otimização de animais que mais tarde servirão para o fabrico de medicamentos por parte das grandes empresas, são uma realidade que tende a aumentar. O desenvolvimento e aperfeiçoamento da técnica de clonagem está cada vez mais eficaz com o patrocínio de grandes empresas mundiais.

Será correto, do ponto de vista ético, clonar animais para fins comerciais?

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Page 15: investigação científica apresentação

“O primeiro hambúrguer feito de

carne produzida em laboratório foi

cozinhado e degustado por

especialistas numa conferência de

imprensa realizada, esta segunda-

feira, em Londres.

Após provar o hambúrguer, a

investigadora de alimentos da

Áustria, Hanni Ruetzler , afirmou

que "estava a espera que a textura

fosse mais suave". "Há um sabor

intenso, está muito perto de ser

carne, mas não é tão suculento",

acrescenta.

O escritor sobre culinária Josh

Schonwald explicou que "o paladar

é como carne". No entanto, sente-

se "a falta do paladar da gordura",

acrescenta o escritor, que não

teme em afirmar que este se

aproxima de um "hambúrguer

verdadeiro".

Mark Post, líder deste projeto,

salienta que este é um bom início,

mas que "vai demorar um pouco

para que este tipo de

hambúrgueres chegue ao

mercado".

Post acredita que daqui a vinte

anos as pessoas terão possibilidade

de escolher entre a carne biológica

e a produzida em laboratório.”

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Imaginem um mundo onde os vegetarianos podem continuar a comer

carne e ao mesmo tempo evitarem a morte dos animais para fins

alimentares.

Foi este o aspeto positivo tirado da criação do primeiro hambúrguer

comestível criado em laboratório.

Contra muitas críticas da população, a criação e degustação do

hambúrguer aconteceu e foi um sucesso. Os críticos afirmaram que esta

carne era saborosa, mas não completamente igual a verdadeira, devido à

falta de gordura, e acham que irá substituir a carne original, proveniente

de animal, no mercado.

Este é um bom exemplo de uma investigação científica com interesses

económicos. Neste caso, a sustentabilidade dos recursos animais.

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Profissão Cobaia

Este é um outro exemplo de interesses económicos, mas mais ao nível do indivíduo comum.

Chegamos a uma era em que os antibióticos começam a deixar de fazer efeito devido ao seu uso excessivo. Por isso, é necessário combater diretamente o problema, deixando os “ratos” de parte e começando a usar seres humanos para o aceleramento do processo.

Este pensamento não é recente, desde de há muito tempo que se usa cobaias humanas como sacrifício em prol da ciência e de um bem maior. Contudo, atualmente, devido a crise económica, a ciência não precisa de obrigar ninguém a sacrificar-se pois as pessoas integram-se voluntariamente para servirem de cobaias e arriscarem a sua vida.

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Atualmente, diversos laboratórios (à escala mundial) começam a usar humanos como cobaias nas suas experiências científicas, na tentativa de encontrar a cura para diversas doenças da atualidade, para o aumento da resistência a venenos, aumento de capacidade físicas/mentais e em casos extremos, como nos campos de concentração, testes na tentativa de “cura” raça como ciganos; Judeus, homossexuais e a raça negra.

Em resultado das experiências na época nazi e com o descobrimento de arquivos com os horríveis procedimentos, foi criada em 1947 o código Nuremberg, que proíbe, segundo princípios éticos, o estudo em humanos.

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Corrida à Lua

A disputa entre Estados Unidos e União Soviética (URSS) pela conquista do espaço foi o grande impulso para a exploração espacial e resultou em grandes avanços científicos e tecnológicos:

1957: URSS lança o primeiro satélite artificial a entrar em órbita (Sputnik 1) e o primeiro ser vivo ao espaço (cadela Laika);

1958: EUA lança o primeiro satélite artificial americano

1961: URSS lançam a 1º cápsula tripulada por um ser humano;

1962: EUA seguem os russos, enviando o 1º homem americano para órbita;

1968: EUA mandam o 1º Homem à lua.

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No séc. XX, os Estados Unidos e a URSS, duas potências mundiais, disputaram entre si a corrida à lua (um dos marcos da guerra fria). O país que atingiu esse feito (EUA), além de conseguir notoriedade, prestígio e respeito, isto em termos políticos, também conseguiu benefícios monetários devido à venda dos seus protótipos e das suas pesquisas, o que mostra claramente o beneficio do desenvolvimento na investigação científica.

Pelo contrário a URSS, perdeu notoriedade em termos económicos e políticos, pois os compradores começaram a confiar mais nos produtos americanos, o que provocou uma queda em flecha da economia Russa.

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Inovação para aumentar o

lucro

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Apple - iPod

Uma das maiores inovações que mais lucro gerou à Apple foi o iPod.

Embora criado em 2001, as suas vendas só dispararam em 2004, especialmente o modelo “touch” que foi o primeiro diapositivo tátil no mercado. A inovação foi de tal forma revolucionário que ainda hoje é um sucesso no mercado, embora com menos vendas que há anos atrás.

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“Em São Paulo, uma empresa produz máquinas para a indústria alimentícia e desenvolveu uma derretedeira de chocolate. O equipamento dobrou a produção de doces e os lucros do negócio. O chocolate entra na máquina em estado sólido e é processado em alta temperatura até derreter.

É do produto derretido que a indústria de doces e confeitarias se utiliza para fazer coberturas para bombons, bolos, e pães de mel de um jeito rápido e prático. O equipamento é fabricado por esta indústria em São Paulo. A empresa faz seis tipos de máquinas automatizadas para a indústria alimentícia.

O empresário João Mattos vende as máquinas para todo o país e já exportou

para Argentina, Chile e Colombia. O preço é um grande atrativo: uma maquininha custa R$ 5.500.

“É um excelente negócio para uma pequena empresa, ou até mesmo pra uma grande empresa, porque... porque uma derretedeira estática, você tem que estar colocando o produto, e ficar removendo manualmente. Ao passo que essa automática, você coloca as barras ou o chocolate triturado e você já está com ele derretido”, disse Mattos.

As máquinas são montadas em uma linha de produção: recebem motor, resistência e a parte elétrica responsável pela automatização do equipamento.

Com 40 quilos e 60 centímetros de altura, a

derretedeira tem capacidade para processar 30 quilos de chocolate de uma só vez.

Izolina Ito e o marido são clientes de Mattos e têm uma fábrica na Zona Leste de São Paulo. Compraram uma máquina derretedeira para fazer coberturas de chocolate para maria mole, bombom e bomba de doce de leite.

“É mais rápido, mais pratico e mais gostoso, né, porque na mão não cobre tudo e na máquina consegue cobrir inteirinho, embaixo e em cima...”, disse Izolina.

A maria mole é o carro-chefe da empresa. São produzidas duas toneladas do doce por semana, com dois tipos de cobertura: chocolate ao leite e branco.

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Com a máquina, a produção de doces dobrou, e a empresa ampliou os pontos de vendas. Hoje, são 50 revendedores espalhados pela Grande São Paulo. O facturamento gira em torno de R$ 200 mil por mês.

A empresária Renata Sartori é dona de uma pequena fábrica de chocolate, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela também investiu numa máquina derretedeira e assim consegue transformar o chocolate em peças personalizadas, para festas e clientes corporativos.

quando começou em 2005, a produção era totalmente caseira.

“Antes a gente fazia tudo manualmente, mesmo, em banho-maria e agora, super prático, a gente só coloca chocolate bruto aqui regula a temperatura ideal e a máquina bate sozinha, dá brilho, super prático.”

“A Renata investiu na máquina derretedeira quando percebeu que tinha espaço para crescer nesse mercado. A demanda já existia. Ela é que não dava conta de atender a todos os pedidos. Com o equipamento, a

empresaria resolveu o problema, a produção saltou de 100 quilos de chocolate por mês para 3 toneladas e aí o negocio deslanchou.”

Além da derretedeira, Renata também comprou outras máquinas e industrializou todo o processo: ganhou mais qualidade no produto. O faturamento chega a R$ 30 mil por mês.

“A gente coloca o chocolate bruto numa ponta da linha de produção e, em cinco minutos, do outro lado, a gente pega o chocolate personalizado, todos do mesmo tamanho, com o mesmo brilho. Assim, foi uma coisa incrível. Foi a realização de um sonho.”

Com a boa aceitação da máquina derretedeira no mercado, o empresário João Mattos pensa agora em expandir a linha de produtos e aposta num crescimento de 8 % nos negócios até o fim do ano.

“E confiando nesse produto novo que nós estamos desenvolvendo, consequentemente, o crescimento vai ser seguro.””

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Ciência e a indústria do armamento

O exemplo mais notável da investigação científica associada à máquina da guerra é o da bomba atómica.

O saber dos cientistas não teria podido, só por si, chegar à bomba: era necessário juntar-lhe os meios enormes de que podia dispor o poder político.

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“(…) nos Estados Unidos o governo seguiu a política de contratar a investigação (quase sempre com interesse militar) com as universidades e as grandes empresas.”

B. S. Santos

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Bibliografia

Filosofia 11, Parte I, 2005, Areal Editores

Pensar é preciso, Filosofia 11ºano, 2005, Lisboa Editora

“Nobel de Medicina diz: “Cura de doenças não é lucrativa para a indústria farmacêutica””, http://liberdadeeconomica.com/home/2013/05/07/nobel-de-medicina-cura-de-doencas-nao-e-lucrativa-para-a-industria-farmaceutica/ , 2014-05-17

“Clonagem e os interesses”, http://icipe.blogspot.pt/2009/05/clonagem-e-os-interesses-associados.html, 2014-05-17

“Profissão Cobaia”, http://bioeticacobaiashumanas.blogspot.pt/2010/12/voce-e-um-homem-ou-um-rato.html, 2014-05-17

“Cobaias humanas”, http://super.abril.com.br/ciencia/cobaias-humanas-444410.shtml, 2014-05-17

“Altruísmo”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Altru%C3%ADsmo, 2014-05-17

“Aceitar ser cobaia”, http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,so-pobre-aceita-ser-cobaia-humana,725307,0.htm, 2014-05-16

Corrida à Lua, http://www.coladaweb.com/astronomia/corrida-espacial, 2014-05-16

“Máquina de derreter chocolate”, http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2012/09/maquina-de-derreter-chocolate-dobra-producao-e-lucro-de-empresa.html, 2014-05-20

“Ipod”, http://en.wikipedia.org/wiki/IPod#History, 2014-05-20