método erasmo pilotto

15

Upload: lindomar-marques

Post on 24-Nov-2015

99 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • A abordagem da palavra, seguida do foco em uma slaba, depois em uma famlia silbica, para da se chegar formao de palavras e leitura e cpia de uma pequena sentena, empregada na totalidade da amostra. Como dissemos anteriormente, ela seria caracterstica de mtodos analticos, assim denominados por entenderem que a aprendizagem da leitura e da escrita ocorreria partindo-se de uma unidade maior (nesse caso, a palavra-chave).

  • Tomando como unidade de anlise a palavra, a frase e o texto, tais mtodos supem que, apoiando-se no reconhecimento global como estratgia inicial, os aprendizes podem realizar posteriormente um processo de anlise de unidades que, dependendo do mtodo (global de contos, sentenciao ou palavrao), vo do texto frase, da frase palavra, da palavra slaba. A idia de todo bastante restrita, tendo em vista que se refere a uma sentena de sintaxe simples (sujeito + predicado).

  • Aps a abordagem sistemtica com as slabas simples, tambm denominadas cannicas - consoante + vogal (BAUMGRTNER, 2005, FARACO, 1994), comea-se a ensinar as dificuldades ortogrficas, como por exemplo: lh, nh, ch. Isso feito da mesma forma como foi trabalhado com as slabas simples: apresenta-se uma palavra-chave, decompe-se-a em slabas, seleciona-se a que apresenta maior complexidade, trabalha-se com sua respectiva famlia silbica e, posteriormente, solicita-se que o aluno forme outras palavras. E para finalizar, o aluno reproduziria uma sentena.

  • Essa cartilha era destinada ao aluno, e seu objetivo era ensinar o aluno a ler. De fato, as crianas aprendiam a decodificar a palavra, por meio de exerccios mecanizados, que no levavam necessariamente a uma reflexo sobre os fenmenos da relao oral/escrito, e sobre o sistema ortogrfico da lngua portuguesa. No havendo espao para o dilogo, ao alfabetizando restaria apenas fazer o que o seu professor (ou a autora da cartilha) ordenasse.

  • Percebemos, por meio da anlise da cartilha, que a concepo de professor volta-se quele cuja funo transmitir os conhecimentos que esto depositados (por algum) no material didtico, desconsiderando-se que o aluno, ao entrar na alfabetizao, j tem uma histria de contato com experincias de letramento. A ideia que se pode depreender da referida cartilha que o aluno est na escola para aprender e o professor para ensinar.

  • Ento aps o trabalho com as slabas, a produo de novas palavras a partir da slaba ve e a construo de uma sentena, a cartilha traz textos que contemplam prioritariamente letras da slaba da palavra chave. No resultantes do uso da lngua em situaes reais de interlocuo, tais textos, em geral, so artificiais, fazendo pouco ou nenhum sentido ao aluno

  • . De maneira, geral, pode-se dizer tambm que o sentido privilegiado nos mtodos analticos a viso e que os principais exerccios envolvidos neste mtodo voltam-se para o reconhecimento de palavras, sem que se passe por uma leitura labial. Neles so incentivadas a leitura silenciosa e a cpia.

  • Conforme podemos observar na figura , as letras esto no formato de imprensa maiscula e minscula. Nos exerccios que o aluno pode escrever no espao da prpria cartilha, as letras de referncia so de imprensa. Todavia, na maioria das vezes em que se ordena que o aluno copie algum exerccio em seu caderno, o modelo apresentado em letra cursiva. Disso podemos depreender que a letra autorizada para a escrita do aluno, no caderno, era a cursiva. Observemos a figura a seguir: