metaluta 454 [fevereiro 2013]

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com greves Metaluta Metaluta Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região - Limeira Fone 2113-1900 - Rio Claro Fone 3024-1925 - Iracemápolis Fone 3456-1121 EDIÇÃO 454 FEVEREIRO DE 2013 Filiado à COMPROMISSO SOMENTE COM OS INTERESSES DOS TRABALHADORES www.sindimetalimeira.org.br PÁG. 2 Chapa de Oposição da Intersindical vence em MG Morre em acidente o operário da fotografia PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 2 GF faz trabalhador assinar holerite sem pagar Whirlpool inicia onda de demissões para lucrar mais PÁG. 2 PÁG. 3 Trabalhadores de cinco empresas iniciaram 2013 cruzando os braços por atraso de pagamento. As primei- ras empresas a pararem foram: Biometal, Rodaza (Cordeirópolis) e Grupo Collor. Na Biometal, os trabalhadores pararam a produção durante dois dias por conta da promessa não cumprida dos patrões, que ao invés de regularizar o pagamento do salário depositou apenas 50% dele. A patrãozada acha que nós somos bobos, mas os funcionários se mobilizaram e mostraram, parados, que não vão aceitar outro atraso. Na hora de produzir não pode atrasar, não é? Na Rodaza, em Cordeirópolis, na medida em que os salários começaram a atrasar, os trabalhadores começaram a se organizar. Essa falta de respeito acabou. Não pagou no dia, a empresa vai parar. A mesma situação aconteceu no Grupo Collor. Depois do dia 21 de janeiro foi a vez dos metalúrgicos das empresas Delta e Smart cruzarem os braços. A Delta ameaçou fechar as portas caso os funcionários não voltassem ao trabalho. Conscientes da incompetência da empresa, os trabalhadores continuaram em greve até o dia 25/01, quando o nosso Sindicato mediou um acordo para regularizar todos os vencimentos atrasados como salário, vale, 13º e o reajuste salarial retroativo a setembro de 2012. Metalúrgicos iniciam 2013 2013 Não existe racismo no Brasil? O jornal Diário de S. Paulo publicou no dia 23 de janeiro, no caderno dia-a-dia, uma notícia que revela claramente como o racismo, além de existir, está institucionalizado no Brasil. Uma ordem foi dada a policiais militares que patrulham as ruas do bairro Taquaral, em Campinas (SP), para abordar “especialmente indivíduos de cor parda e negra”. Movimentos sociais acusam o oficial de racismo e dizem que é prática comum da Polícia Militar (PM) na cidade abordar “sem motivo algum” jovens negros e pobres. Em nota, o comando da PM “lamenta todo o reflexo gerado” e diz que “os fatos estão sendo apurados administrativamente”. Cinco paralisações em duas semanas: todas por atraso de salário

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Boletim informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região.

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Page 1: Metaluta 454 [fevereiro 2013]

com greves

MetalutaMetalutaInformativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região - Limeira Fone 2113-1900 - Rio Claro Fone 3024-1925 - Iracemápolis Fone 3456-1121

EDIÇÃO 454FEVEREIRO DE 2013

Filiado àCOMPROMISSO

SOMENTE COM OS

INTERESSES DOS

TRABALHADORES

www.sindimetalimeira.org.br

PÁG. 2

Chapa de Oposição da Intersindical vence em MG

Morre em acidente o operário da fotografia

PÁG. 4 PÁG. 4PÁG. 2

GF faz trabalhador assinar holerite sem pagar

Whirlpool inicia onda de demissões para lucrar mais

PÁG. 2 PÁG. 3

Trabalhadores de cinco empresas iniciaram 2013 cruzando os braços por atraso de pagamento. As primei-ras empresas a pararem foram: Biometal, Rodaza (Cordeirópolis) e Grupo Collor.

Na Biometal, os trabalhadores pararam a produção durante dois dias por conta da promessa não cumprida dos patrões, que ao invés de regularizar o pagamento do salário depositou apenas 50% dele. A patrãozada acha que nós somos bobos, mas os funcionários se mobilizaram e mostraram, parados, que não vão aceitar outro atraso. Na hora de produzir não pode atrasar, não é?

Na Rodaza, em Cordeirópolis, na medida em que os salários começaram a atrasar, os trabalhadores começaram a se organizar. Essa falta de respeito acabou. Não pagou no dia, a empresa vai parar. A mesma situação aconteceu no Grupo Collor.

Depois do dia 21 de janeiro foi a vez dos metalúrgicos das empresas Delta e Smart cruzarem os braços. A Delta ameaçou fechar as portas caso os funcionários não voltassem ao trabalho. Conscientes da incompetência da empresa, os trabalhadores continuaram em greve até o dia 25/01, quando o nosso Sindicato mediou um acordo para regularizar todos os vencimentos atrasados como salário, vale, 13º e o reajuste salarial retroativo a setembro de 2012.

Metalúrgicos iniciam 20132013

Não existe racismo no Brasil?

O jornal Diário de S. Paulo publicou no dia 23 de janeiro, no caderno dia-a-dia, uma notícia que revela claramente como o racismo, além de existir, está institucionalizado no Brasil.

Uma ordem foi dada a policiais militares que patrulham as ruas do bairro Taquaral, em Campinas (SP), para abordar “especialmente indivíduos de cor parda e negra”.

Movimentos sociais acusam o oficial de racismo e dizem que é prática comum da Polícia Militar (PM) na cidade abordar “sem motivo algum” jovens negros e pobres.

Em nota, o comando da PM “lamenta todo o reflexo gerado” e diz que “os fatos estão sendo apurados administrativamente”.

Cinco paralisações em duas semanas: todas por atraso de salário

Page 2: Metaluta 454 [fevereiro 2013]
Page 3: Metaluta 454 [fevereiro 2013]
Page 4: Metaluta 454 [fevereiro 2013]

EXPEDIENTEPublicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Iracemápolis, Cordeirópolis, Rio Claro, Santa Gertrudes, Ipeúna, Corumbataí e Itirapina. Tiragem: 17 mil exemplaresSede: Rua Tiradentes, 807 - Centro - Limeira - SP - CEP 13480-082. Fone: (19) 2113-1900 | Sub Sede Iracemápolis - Rua Felício de Paula, 660 - Pq. Cesarino Borba - Fone: (19) 3456-1121 | Sub Sede Rio Claro - Rua 05, nº 1466 ( esquina com Avenida 08), Centro - Fone (19) 3024-1925 , Celular 93186208 | Rio Claro: [email protected]: www.sindimetalimeira.org.br | E-mail - Limeira: [email protected]

www.sindimetalimeira.org.br

MetalutaMetalutaP4

Chapa de Oposição da Intersindical vence as eleições em MGOs metalúrgicos da Chapa 2,

organizados pela Intersindical, derrotaram os pelegos e a Usiminas nas eleições sindicais que aconteceram nos dias 14, 15 e 16 de janeiro na cidade de Ipatinga-MG. Um momento histórico para a região, pois foram várias décadas de parceria com os patrões que reduziam os direitos da compa-nheirada e arrochavam os salários, enquanto os pelegos se beneficiavam dos conchavos com os patrões.

Metalúrgicos de Limeira e R i o C l a r o j u n t o s c o m Campinas, Santos e vários outros sindicatos do país.

Na luta para devolver o sindicato para os trabalhadores e t rans fo rmá- lo em um instrumento de combate ao

João Zinclar: o operário da fotografia

capital, os nossos dirigentes sindicais estiveram presentes em Ipatinga durante a semana das eleições.

A união da classe é muito importante para que a luta continue em cada canto deste país!

Em memória aos 50 anos do massacre dos

metalúrgicos de IpatingaA vitória é dedicada aos

metalúrgicos assassinados na década de 60 quando lutavam na Usiminas por melhores condições de trabalho.

A vitória vem acompanhada do compromisso de retomar o Sindicato para os trabalhadores e, unidos ao conjunto da classe, trabalhar e lutar por nenhum direito a menos e avançar rumo a novas conquistas.

FOTO: JOÃO ZINCLAR

Metalúrgicos em movimento

Por um sindicalismo classista e combativo, com solidariedade e independência de classe!

Nós, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região, sempre teremos em nossos corações a presença

do João. Ele estará em nossas greves, ocupações, resistências e

no avanço dos que, coerentes e firmes, lutam por uma revolução

Assim o operário da fotografia, João Zinclar, definia seu ofício. Infelizmente, Zinclar foi vítima de um trágico acidente, que tirou a sua vida. No dia 19 de janeiro, quando voltava das eleições sindicais em Ipatinga (MG), o ônibus em que estava foi atingido por um caminhão.

João Zinclar Lima Silva nasceu em Rio Grande (RS) em 13 de agosto de 1957. O militante comunista tornou-se torneiro mecânico e foi dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas de 1990 a 1996, mesma época em que militava no PCdoB.

Sempre presente nas lutas de classe, acompanhando e eternizando os momentos de tristezas e de conquistas... assim viveu o nosso operário da fotografia, o nosso fotógrafo operário..

Zinclar esteve em diversos momentos na luta da classe operária da nossa base, mas cinco foram marcantes na nossa história:

- nas nossas eleições sindicais em 2007;- quando os pelegos, financiados pelos patrões,

tentaram tirar o Sindicato das mãos dos trabalhadores com o uso de violência (2007);

- quando os pelegos tentaram dividir a nossa base no Sobradão em Rio Claro (2008);

- quando os pelegos tentaram novamente dividir a base em uma chácara também em Rio Claro (2008);

- e por último, Zinclar esteve presente registrando o clamor do povo de Limeira contra a corrupção e pela cassação do então prefeito Sílvio Félix (PDT).

Zinclar em nossas lutas

“Mudar o mundo eu acho que é uma tarefa muito maior do que a fotografia. Mudar o mundo é ter milhões de pessoas na rua em movimentos contra os opressores, contra as

ditaduras, é isso que muda o mundo”. - João Zinclar (1957 - 2013)

FOTOS: JOÃO ZINCLAR

Cassação do prefeito Sílvio Félix

Eleições Sindicais em 2007