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Os paradoxos da memória Ulpiano Bezerra de Meneses

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Os paradoxos da memria

Os paradoxos da memriaUlpiano Bezerra de Meneses

Define-se como no sendo especialista nas discusses de Histria e memria, mas que ao mesmo tempo lida com tal proposta, porque faz parte do seu ofcio enquanto historiador do patrimnio cultural (p. 14);Dividiu o texto em duas posies:O processo de hominizao do ser humano e a sua relao com a memria;E a apresentao de cinco paradoxos para a memria (p. 15);

Hominizao, memria, culturaA memria viabilizou a manuteno de alguns processos que se tornaram parte das culturas, por meio da abstrao (a transformao de experincias em dados inteligveis) e a articulao (a relao entre as experincias) (p. 16);E por meio da linguagem que as experincias individuais so socializadas (p. 16);A partir das experincias e da memria, o ser humano conseguiu instituir e difundir significados e valores (p. 16);

Criticou a ideia da memria como texto, porque ela fugiria de algumas aes propositivas, a praticidade, ele quis dizer (p. 17);A memria no s comunicao. A memria tambm cria significados. Ela tambm habita a imaginao porque entre um emissor e um receptor, existe uma distncia (p. 17);Para Meneses, a imaginao no o oposto da verdade emprica (p. 17-18);

O crebro no trabalha com informao. Ele trabalha com significados, que so mutveis (p. 18);Para falar de memria preciso entender que ela possui uma histria e no somente a histria dos conceitos (p. 18);Quando Halbwachs pensou o conceito de quadros sociais da memria, a busca era pela coeso da sociedade, hoje no se trabalha mais com essa busca da unidade. Trabalha-se com o diferente. A histria cultural mestra nisso (p. 18);A fragmentao da memria uma realidade. Principalmente a memria individual, so as mltiplas individualidades. Relaciona-se com Hall, acerca da identidade cultural na ps-modernidade (p. 19-20);

Primeiro paradoxo: voga e crise da memriaCom a sociedade da informao, a memria a bolsa da vez, porque procura-se registrar tudo (p. 21);Aponta como funo da memria aumentar a capacidade de perceber as transformaes da sociedade, com foco na experincia da dinmica social, da ao das foras que constroem a sociedade e que podem muda-la a todo instante (p. 21);

Cita a relao de jovens com a mdia na dcada de 1970, para falar que hiperinformao gera desinformao. Essa a crise da memria (p. 22);A histria no a disciplina do passado, mas da diferena. Ela necessita do passado para capturar as diferenas (p. 22);A partir do sculo XVIII, a noo de passado, com a modernidade foi alterada, porque entrou em cena a descontinuidade temporal. Relacionar com os literatos da modernidade, tanto Alcides, quanto em Raymond Williams (p. 22);

Segundo paradoxo: memria versus amnsia?A memria tambm um mecanismo de seleo, de descarte, ou seja: uma forma de esquecimento (p. 23);Esquecer uma condio de vida humana (p. 23);Apresento o conceito da memorabilidade como uma forma de escolha para aquilo que se deseja lembrar (p. 25);

Terceiro paradoxo: o indivduo versus sociedadeA memria individual s aparece quando ela se socializa (p. 26);Relaciona-se coma forma de pensar de Halbwachs;A perda de memria a perda dos ligames comunitrios (p. 26);

Quarto paradoxo: subjetividade/objetividadeApresenta a memria enquanto ao e a memria como subjetividade, como prticas indissociveis (p. 29);

ltimo paradoxo: passado ou presente?O tempo da memria o presente, mas ela necessita do passado (p. 32);Mas a memria tambm pode se vincular ao futuro. Citar Koselleck;A memria tambm formada por suas mltiplas temporalidades (p. 33);Se para Paul Ricoeur a temporalidade capturada por uma forma de narrativa, a linguagem e a sua relao coma memria possuem algo de construo das temporalidades.