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Ano XXV - n° 41 - Dezembro 2011

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Ano XXV - n° 41 - Dezembro 2011 ■ Secretariado da Missão Ir. João Carlos do Prado página 18 ■ Secretariado Irmãos Hoje página 24 Ir. César Augusto Rojas SECRETARIADOS Edita: Instituto dos Irmãos Maristas Casa geral - Roma Fotografia: AMEstaún, Arquivos da Casa geral Redação e Administração: Piazzale Marcellino Champagnat, 2 C.P. 10250 - 00144 ROMA Tel. (39) 06 54 51 71 Fax (39) 06 54 517 217 E-mail: [email protected] Web: www.champagnat.org Tradutores: Espanhol: Irmão Jorge Sánchez Marcela Quesada

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Ano XXV - n° 41 - Dezembro 2011

índiceEstilos de animação página 2e governo do Conselho geralIr. AMEstaún

A serviço página 6de um Projeto de vitalidadeIr. Emili Turú

Origem do página 10Plano de Animação e Governo do Conselho geralIr. Joe Mc Kee

Organograma página 14

SECRETARIADOS

■ Secretariado da MissãoIr. João Carlos do Prado página 18

■ Secretariado Irmãos Hoje página 24Ir. César Augusto Rojas

■ Secretariado dos Leigos página 30Ir. Javier Espinosa

■ Secretariado da ColaboraçãoMissionária Internacional página 38Ir. Chris Wills

■ Fondazione Marista per la Solidarietà Internazionale página 42Ir. Michael De Waas

Ano XXV - n° 41 – Dezembro 2011

Diretor:Irmão AMEstaún

Comissão de Publicações:Irmãos Antonio Ramalho, AMEstaún; Luiz Da Rosa.

Coordenação dos tradutores:Irmão Josep Roura

Tradutores:Espanhol:Irmão Jorge SánchezMarcela Quesada

Francês:Irmão Josep Roura BahíIrmão Aimé MailletIrmão Gilles HogueIrmão Joannès Fontanay

Inglês:Irmão Edward ClisbyMarilu Balbis

Português:Irmão Aloisio KuhnIrmão Manuel SilvaP. Eduardo Campagnani

Fotografia:AMEstaún, Arquivos daCasa geral

Diagrama e fotolitos:TIPOCROM, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Itália)

Redação e Administração:Piazzale Marcellino Champagnat, 2C.P. 10250 - 00144 ROMATel. (39) 06 54 51 71Fax (39) 06 54 517 217E-mail: [email protected]: www.champagnat.org

Edita:Instituto dos Irmãos MaristasCasa geral - Roma

Imprime:C.S.C. GRAFICA, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Itália)

Dezembro 2011

SERVIÇOS DAADMINISTRAÇÃO GERAL

■ Postulador geral página 54Ir. Jorge Flores Aceves

■ Ecônomo geral página 56Ir. Víctor Preciado e Roy Deita

■ Diretor da casa página 58Ir. Antoni Salat

■ Administrador da casa página 59Ir. Francisco Javier Ocaranza

■ Secretaria geral página 60Ir. Pedro Sánchez de León eEmanuela Lisciarelli

■ Serviço de tradução página 62Ir. Josep Roura, Aloisio Kuhn,Ted Klisby e Sra. Gabriela Scanavino

■ Comunicações página 66Ir. AMEstaún e Luiz Da Rosa

■ Serviços gerais página 68Ir. Ton Martínez eYolanda Gallo

■ Serviço dos Arquivos gerais página 70Ir. Juan Moral, Sra. Lucia Distefanoe Dorotea Cinnani

■ Superior da Comunidade página 74Ir. Pietro Betin

■ Sacerdotes página 76PP. John Jairo Franco Cárdenas eCarmelo de La Cruz Reyes

■ Secretário do Superior geral página 77Ir. José María Ferre

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Ir. Marcelo De Britopágina 78

Estilos de animação e governo

do Conselho geral

A P R E S E N T A Ç Ã O Ir. AMEstaún

E ste número 41 de FMSMensagem, por iniciati-va do Conselho geral de-

dicado à animação e governodo Instituto, convida-nos alançar um olhar retrospectivo àtrajetória do nosso Instituto.Historicamente, considera-secomo o primeiro Capítulo gerala reunião convocada pelo Pa-dre Colin, em 12 de outubro de1839, em razão da saúde deli-cada do Padre Champagnat.Nessa ocasião, foram eleitos o

Ir. Francisco como Diretor-gerale os irmãos Luís Maria e JoãoBatista como Conselheiros ge-rais. O grande destaque da po-lítica de animação e governonesse período foi obter, no dia20 de junho de 1851 e com achancela de Napoleão, a apro-vação civil da “Associação Reli-giosa, dedicada ao ensino, dosPequenos Irmãos de Maria”1. Odecreto outorgava os estatutosda entidade e determinava quea eleição do Superior geral fos-

se vitalícia e os Assistentespermanecessem em suas fun-ções, após a morte do Superiorgeral, até a eleição de seu su-cessor. Tendo obtido o reconhecimentolegal do Instituto por parte dasociedade civil, os irmãos pas-saram a se dedicar à busca doreconhecimento canônico pelasautoridades religiosas. Paratanto, o Instituto precisavaadotar um corpo legal e sub-metê-lo a Roma. A direção doInstituto decidiu, pois, convo-car um Capítulo geral, em No-tre-Dame de l´Hermitage, parao estudo de sua legislação2.Em três sessões consecutivas,o Capítulo aprovou o códigodoutrinal, sob o título de “Re-gras Comuns” (1852), o códigopedagógico, intitulado “Guiadas Escolas” (1853), e o códi-go jurídico, denominado “Cons-tituições e Regras de Governo”(1854), em que se estabeleciaa designação do Superior geralem caráter vitalício. O código

2 • FMS Mensagem 41

1 Circulaires T. 2, p. 449-452. Extrait duBulletin administratif de l’Instructionpublique, n. 18, juin 1851, p. 207.2 Cf. Avit 2, 257-274.

Dezembro 2011 • 3

“Constituições e Regras de Go-verno” também declarava: “OIrmão Superior geral e seus As-sistentes constituem o Regi-mento do Instituto”3.O trabalho do Capítulo, alémdo critério de fidelidade aoFundador4, foi movido pelo em-penho em alcançar a uniformi-dade5 para todas as obras doInstituto.Uma das novidades introduzidanas Constituições por esse Ca-pítulo, e que repercutiu duran-te muito tempo na vida e naorganização do Instituto, foi ovoto de estabilidade, pré-re-quisito para ocupar determina-dos cargos6. Em seu conjunto,o trabalho do Capítulo de 1852balizou decididamente o futurofuncionamento do Instituto emarcou a separação definitiva

entre as obras dos irmãos e asdos padres, conforme decisõesde Roma.Quando os irmãos apresenta-ram a documentação na Con-gregação de Bispos e Regula-res, de Roma, para a provaçãodo Instituto marista, as Consti-tuições regulavam que o cargode Superior geral fosse vitalí-cio, tal como o governo francêsaprovara em 1851. A SagradaCongregação de Bispos e Regu-lares, que defendia estruturasmenos centralizadas e autoritá-rias, não aceitou tal proposta eexigiu uma estrutura de gover-no com um Superior geral commandato de 4 anos e que asatribuições dos Assistentes sedescentralizassem, mediante adesignação de Provinciais7. Asdiretrizes apresentadas por Ro-

ma entravam, assim, em confli-to com a normativa aprovadapelo decreto do governo fran-cês, que reconhecia aos irmãosdireitos tão importantes comoa dispensa do serviço militar. Oconfronto com a Sagrada Con-gregação de Bispos e Regulares

3 Cf. Constitutions et Règles du gouvernement, Imprimerie d’Antonine Perisse, Lyon 1854. Cap. 2, art. 6, p. 5. Essa expressãoaparece pela primeira vez na Circular do Ir. Francisco de 10 de abril de 1852: “Este Capítulo será composto por 30 Irmãosprofessos e pelos membros do Regimento, a saber, o Irmão Superior geral e seus Assistentes” (Circulaires T. 2, p. 105). Otermo se manteve durante muitos anos, integrando o vocabulário marista relativo à estrutura de governo. O Ir. Charles Ra-fael, Superior geral, chegou a empregar essa expressão na legenda de algumas fotografias, conservadas nos Arquivos de Ir-mãos Maristas de Roma, em que ele aparece com os membros de seu Conselho. O uso dessa terminologia caiu em desusonos anos anteriores ao Concílio Vaticano II.4 “Não sei, queridos irmãos, se estamos enganados, mas acreditamos que podemos aplicar à situação atual de nossa congre-gação o que nosso piedoso Fundador dizia da Igreja. Hoje, o Instituto está como o bom Pai o fundou e o deixou ao morrer,isto é, com o mesmo espírito, o mesmo fim, as mesmas Regras e o mesmo governo”. Circulaires T. 2, p. 2325 “Alegramo-nos por termos atingido a uniformidade em todas as partes do corpo do Instituto: uniformidade no comporta-mento dos irmãos, quanto à sua perfeição e sua vida como religiosos; pelas Regras Comuns; uniformidade nas aulas, na edu-cação, mediante o Guides des Écoles; uniformidade na administração e no aspecto externo do Instituto, pelas Constitutionset Règles du gouvernement; uniformidade nas orações, que passarão agora a ser as mesmas em todas as partes; uniformida-de na formação e educação dos jovens irmãos, que em todos os noviciados seguirão a mesma Regra, aprenderão as mesmaslições, escutarão as mesmas instruções e serão submetidos ás mesmas provas”. Circulaires T. 2, p. 2296 “Há três categorias de irmãos neste Instituto. O primeiro inclui todos os que não fizeram os três votos perpétuos, tendoou não emitido o voto de obediência. O segundo grupo, todos os que fizeram os três votos perpétuos. E o terceiro se com-põe daqueles que também fizeram o voto de estabilidade. Apenas estes últimos serão eleitos como membros dos Capítulosgerais, além do Superior geral, dos Assistentes, dos Diretores das casas de Noviciado e, sempre que possível, dos Visitado-res”. Constitutions et Règles du gouvernement, Imprimerie d’Antonine Perisse, Lyon 1854. Cap. 6, Tercera Sección. Del votode estabilidad 1, p. 54.7 Nos primórdios, adotou-se um estilo de governo centralizado e partilhado por poucas pessoas. Em 1856, o Ir. Franciscoanunciou a formação de um Grande Conselho, que começou a reunir-se conforme o estava estabelecido nas Constituições.Era integrado pelo “Regimento” e seis irmãos nomeados por este. “É provável que reunamos o Grande Conselho este ano. Eisos nomes dos irmãos eleitos pelo Regimento para participar: Irmãos Malachie, Marie, Andronic, Léon, Chrysogone y Louis-Régis”. Circulaires T. 2, p. 247 (1856). Segundo os Estatutos da Association religieuse, vouée a l’enseignement, dite des PetitsFrères de Marie, apresentados ao Conselho de Estado e aprovados pelo Decreto 3072, de 20 de junho de 1851, o Artigo 9ºestabelecia: “Os irmãos Assistentes, o irmão Diretor da Casa geral, o irmão Procurador geral e o irmão Mestre de noviços,além de um irmão de uma escola, este designado pelo irmão Superior geral, constituem o Conselho”. Extrait du Bulletin ad-ministratif de l’Instruction publique, n. 18, juin 1851, p. 207, publicado em Circulaires T. 2, p. 449-452.

manteve-se por muito tempo.Os primeiros trâmites foramconcluídos com o decreto deaprovação das Constituições adexperimentum durante cincoanos (1863), mas a alternânciaentre tensão e conciliação dosCapítulos gerais com Roma du-rou até 1903, quando Leão XIIIoficialmente aprovou as Consti-tuições.O cargo de Superior geral pas-sou, então, a ser vitalício(1851-1903). O último Supe-rior geral vitalício foi o irmão

Teófano (1883-1907). Com aaprovação definitiva das Consti-tuições (1903), foi estabelecidoo cargo de Superior geral e As-sistente por um período de 12anos, critério que vigorou até ofinal do mandato do irmão Leô-nidas (1946-1958). O 15º Capí-tulo geral (1958)introduziu omandato de 9 anos e, finalmen-te, o Capítulo geral (1985), queelegeu o irmão Charles Howard(1985-1993), estabeleceu man-dato de 8 anos tanto para o Su-perior geral como para seusConselheiros.Em 1860, o Capítulo geral elegeuo irmão Luís Maria como Vigário-geral. O cargo de Vigário foi in-troduzido no governo do Institu-to com a tarefa de apoiar o Su-perior geral em seu governo esubstituí-lo em caso de impedi-mento ou impossibilidade deexercer suas funções8. Nos anossubsequentes, apenas uma mu-dança ocorreu: o Vigário geralpassou a ser o Assistente maisantigo. A partir de 1958, até ho-je, o irmão Vigário geral passoua ser eleito pelo Capítulo geral.Os colaboradores mais diretos doSuperior geral foram chamadosde Assistentes (1851), designa-ção empregada até 1967. Com aaprovação definitiva das Consti-tuições (1903), ficou estabeleci-da a figura canônica do Provin-cial à frente de cada Província,em substituição à de Assistente.Os Assistentes deixaram de sersuperiores imediatos, não obs-tante continuassem sob sua res-ponsabilidade uma ou duas Pro-víncias governadas a partir del’Hermitage e Saint-Genis. OsProvinciais e Vice-provinciais po-diam ser eleitos por 3 anos e

4 • FMS Mensagem 41

Ir. AMEstaúnApresentação

8 Foram significativos os governos dos Vigários gerais

Michaélis y Marie-Odulphe de1941 a 1946, que assumiram

as responsabilidades degoverno em momentos muito

difíceis após o falecimento doirmão Diogène e das guerras.

Conselho geral, Roma, 1962

João Batista, Francisco e Luís Maria

Dezembro 2011 • 5

reeleitos uma vez. No 14º Capí-tulo geral, passou-se de 8 As-sistentes para 10. No 15º Capí-tulo geral (1958), cada Assis-tente foi eleito por um grupopreviamente indicado de Pro-vinciais9. A figura dos Conse-lheiros encarregados de servi-ços foi introduzida no 16º Capí-tulo geral (1967). O irmão Basi-lio Rueda iniciou seu primeiromandato (1967) com 12 Conse-lheiros gerais, entre os quais oEcônomo geral, o Secretário ge-ral e o Procurador geral. Essemesmo número se manteve emseu segundo mandato, mas, no17º Capítulo geral (1976), osConselheiros regionais passa-ram a ser denominados Conse-lheiros gerais do Superior ge-ral, que atribuiu a cada um astarefas adequadas às aptidõespessoais10. O número de Conse-lheiros gerais permaneceu redu-zido a 8. Nessa mesma ocasião,as funções desempenhadas pe-

los Conselheiros das Missões ede Formação foram assumidaspelo Conselho geral. Os irmãosCharles Howard e Benito Arbuésgovernaram com 8 Conselheirose o irmão Seán com 7. O irmãoEmili Turú iniciou seu mandatocom 6 Conselheiros, eleitos peloCapítulo geral, e um sétimo in-dicado por ele. Um dos meios de animação, ini-ciado no governo do irmão SeánSammon, foi o encontro doConselho geral com os Conse-lhos provinciais das diversas re-giões. Essa categoria de reuniãoé hoje conhecida como Conse-lho geral ampliado.Este número 41 da FMS Mensa-gem percorre a longa trajetóriade animação e governo do Insti-tuto, tendo em mente o plane-jamento a ser desenvolvido du-rante o mandato do irmão EmiliTurú (2009-2017) em busca denovas terras para o carisma e amissão maristas.

9 Surgiu assim uma primeiraversão das regiões maristascomo agrupamentos deProvíncias e Vice-províncias,mas sem personalidade jurídicaprópria. A nova estruturadepois foi confirmada noDiretório de 1968. Diretorio(1968), p. 161-162.10 No Anexo I do Diretorio,inspirado pelo Motu proprio“Ecclesiae Sanctae”, n. 18, háuma referência à açãosubsidiária (p. 196-198),implicando que, em cada nívelde governo, seja possíveltomar as devidas decisões deacordo com as normas dasConstituições e do Diretório.Isso proporcionou umamudança na relação dosConselheiros gerais com asProvíncias sob sua tutela.Assim os Conselheirospassaram a assumir umafunção de animação, e não degoverno como acontecia antes.Deixaram de ficarexclusivamente vinculados àregião de origem e passaram aser animadores da vidareligiosa de todo o Instituto.

Três Superiores gerais:

Leônidas, Basilio Rueda e Charles Raphaël

(1967).

6 • FMS Mensagem 41

A serviço deum Projeto de vitalidade

Ir.Emili Turú, Superior geral

general • Palavras do irmão Superior geral • Palavras do irmão

Dezembro 2011 • 7

Todos esses testemunhos dizemmuito da qualidade das pessoasque estão a serviço da adminis-tração geral. Por isso, quisera co-meçar estas linhas, agradecendoo esforço feito pelas Provínciaspara colocar à disposição algum de seus Irmãospara o bem-comum do Instituto. Obrigado tam-bém aos Irmãos e aos Leigos/as que compõemessa formidável equipe da administração geral eque, com grande generosidade, se entregam à suamissão, dia após dia. A missão marista desenvolve-se no contato dire-to de pessoas leigas e Irmãos com milhares decrianças e jovens, no mundo inteiro. A contribui-ção da administração geral para essa missão émuito mais discreta, de retaguarda, mas nem porisso menos importante.

Como dizia no início, o ambiente da Casa geral émuito bom, mas isso não significa que seja fácilde criá-lo e mantê-lo. Trata-se de um grupo huma-no muito complexo, dadas as grandes diferençasque ocorrem: idade, formação, cultura, língua...Por outra parte, cada pessoa chega a Roma comsua própria ideia do que significa servir na admi-nistração geral, e nem sempre é fácil conciliar, naprática, essas representações mentais. Por isso va-lorizo ainda mais o esforço de cada pessoa paraque nossa comunidade chegue a ser verdadeira-mente intercultural, e não apenas multicultural.

ANIMAÇÃO E GOVERNO

O Instituto confiou ao Superior geral e a seuConselho a tarefa de animar e governar o Institu-to: “por animação e governo entendemos o servi-ço que o governo geral oferece às Unidades admi-nistrativas, através de estruturas e processos, pa-ra levar adiante o projeto de vitalidade emanadodo XXI Capítulo geral” (Decisões do XXI Capítulogeral). “A Administração geral é composta por Ir-mãos e Leigos que estão a serviço do Instituto.Uns e outros dão seu apoio ao Conselho geral emsua responsabilidade de animação e governo doInstituto” (Manual do pessoal da AG).Entre essas duas palavras – “animação” e “gover-no” – move-se tudo quanto é promovido a partir

Sentimo-nos como em casa”; “Impressio-nou-nos o testemunho fraterno de uma

comunidade tão internacional”; “Muitoobrigado pela acolhida”... Estas e outrasfrases semelhantes pude escutar, centenasde vezes, dos lábios de pessoas que nos vi-sitaram, ao longo dos 10 anos que vivo naCasa geral.

Superior geral • Palavras do irmão Superior geral • Palavras do

da administração geral, tratando de equilibrar essas duas dimensõesde uma única missão. O Instituto marista é uma organização interna-cional e, como tal, precisa ser gestionada (governo). Mas é tambémum organismo vivo, usando a imagem de São Paulo: “Como o corpo éum, embora tenha muitos membros, e como todos os membros docorpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim tambémacontece com o corpo de Cristo que é a Igreja” (1Cor 12, 12); por is-so falamos também de animação.É certo que não pode existir um organismo sem um mínimo de orga-nização; mas, provavelmente seja importante recordar algumas dife-renças entre esses dois conceitos, para respeitar um sadio equilíbrio epara que possa ocorrer um “projeto de vitalidade”, como nos pede oúltimo Capítulo geral:

• A organização funciona quando há dinheiro; o organismo fun-ciona quando há vida;

• A organização necessita de uma estrutura; o organismo requerum corpo;

• A organização exige um chefe, um impulso externo para funcio-nar; o organismo vive de sua alma, a partir da interação har-moniosa de todas as partes quem constituem a totalidade;

• Uma organização equivale à soma de suas partes, e cada partepode ser substituída por uma cópia idêntica; um organismo émais do que a soma de seus componentes, e nenhum destes podeser substituído por um fac-símile exato, porque cada um é único;

8 • FMS Mensagem 41

general • Palavras do irmão Superior geral • Palavras do irmão

Membros del Conselho geral

Leigos que colaboram na Administração geral

Dezembro 2011 • 9

• Um organismo, quando está enfermo, deverecuperar-se a partir do interior, e morrequando o coração deixa de pulsar ou o cé-rebro de funcionar; uma organização temmuito mais resistência porque sua estruturaé mais forte e pode funcionar por inércia.

Como fazer para que a organização não devore oorganismo? Como fortalecer um organismo sadio,autônomo, garantindo-lhe um nível de organiza-ção que se ajuste a suas necessidades vitais, sempecar nem por excesso nem por deficiência? Aíestá um dos grandes desafios que enfrentamos eque esperamos poder resolver satisfatoriamente.

INSPIRADOS POR MARIADA VISITAÇÃO

“A Missão da administração geral é inspirada porMaria no momento da Visitação. Ela percebeu quehavia uma necessidade e se pôs, diligentemente,em marcha para colocar suas qualidades a serviçodos outros” (Manual do pessoal da AG).“Visitar” figura entre as principais obrigações de

alguns membros da administração geral e é, semdúvida alguma, o que mais tempo requer. Para osque estão mais estáveis em Roma cabe, por con-tra, acolher calorosamente as numerosas pessoasque nos visitam. Em ambos os casos, Maria énossa fonte de inspiração. Sabemos bem que, se quisermos construir umaIgreja de rosto mariano, temos que começar docotidiano de nossas vidas. E, certamente, nossamaneira de trabalhar e de relacionar-nos devetransparecer esse tom mariano. Por isso, quandonos perguntamos, no Conselho geral, que valoresqueríamos sublinhar em nossa maneira de organi-zar-nos e de trabalhar, destacamos os seguintes:

• o diálogo fraterno,

• a participação ativa,

• a interação construtiva entre todas as pes-soas e os organismos implicados.

O ícone de Pentecostes representa muito bem osideais da Igreja mariana que queremos tornar

nossos: uma comunidade circular, mas que não sefecha em si mesma; unidade e compreensão ul-trapassando a multiplicidade de línguas; aberturaao fogo do Espírito; sinal de fraternidade e de re-conciliação em meio do povo; uma comunidadede homens que se inspiram numa mulher, quepreside... Afinal, uma luz de esperança face àstrevas e à morte.

Conscientes da limitação de nossas forças, faze-mos nossa a oração do Capítulo geral a Maria:

Cheios de confiança dizemos,como Champagnat:“Se o Senhor não construir a casa...”e proclamamos:“Tudo fizeste entre nós”.Magníficat!

Superior geral • Palavras do irmão Superior geral • Palavras do

A primeira reflexãodo Conselho consistiuna análise do alcancedos objetivos propos-tos pelo Capítulo pa-ra o Governo do Ir.Emili Turú e seu Con-selho, durante o pe-ríodo 2009-2017:

1. “Exercer as tarefas constitucionais de animação, coordena-ção e governo”.

2. “Levar à prática o apelo fundamental e pôr em andamentoas orientações emanadas do XXI Capítulo geral”.

3. “Fomentar, em todos os níveis, estruturas de animação, decoordenação e governo que reforcem a vitalidade do Insti-tuto e de sua missão”. (Documento do XXI Capítulo geral)

Em seguida, recolheram todos os encargos e as responsabilidadesque o Capítulo lhes confiou ou que lhes atribuem as Constituições eEstatutos. A partir desse elenco, foram estabelecidos os critérios deatuação e foram distribuídas as responsabilidades entre os Conse-lheiros.

O processo seguido pelo Con-selho geral para elaborar

seu Plano de Animação e Governo20090-2017 partiu das “orien-tações e recomendações” elabora-das pelo XXI Capítulo geral, cen-tradas, fundamentalmente, no“acompanhamento e na animaçãoda liderança das Províncias e Dis-tritos, sobretudo, dos Provinciaise Superiores de Distrito”.

(Doc. do XXI Cap. Geral)

10 • FMS Mensagem 41

Ir. Joe Mc KeeVigário geral

Origem do PlanoGoverno

Dezembro 2011 • 11

• Num primeiro momento, foram nomeados osIrmãos responsáveis pela ligação com as Uni-dades administrativas de cada região: Ásia ePacífico: Michael De Waas e John Klein; Áfricae Europa: Antonio Ramalho e Ernesto Sán-chez; Américas: Josep María Soteras e EugèneKabanguka.

• Uma segunda decisão foi a de criar quatro Se-cretariados e nomear seus respectivos Direto-res: “Irmãos hoje” (Diretor: Ir. César AugustoRojas Carvajal); Secretariado ampliado dos lei-gos (Diretor: Ir. Javier Espinosa, codiretores:Ana Sarrate e Tony Clark); Secretariado da Mis-são (Diretor: Ir. João Carlos do Prado); Secre-tariado da Colaboração Missionária Internacio-nal (Diretor: Ir. Chris Wills; Secretário da Mis-são ad gentes: Ir. Teófilo Minga). A esses Se-cretariados acrescentou-se a ‘Fondazione Ma-rista per la Solidarietà Internazionale’ (FMSI)que já existia, mas com um novo Presidente napessoa do Ir. Michael De Waas, Conselheiro ge-ral, e a criação de dois Escritórios, um em Ge-nebra, cujo Diretor é o Ir. Jim Jolley e outroem Roma, cujo Diretor é o Ir. Mario Meuti.

• Uma terceira decisão foi a de indicar os res-ponsáveis pela coordenação de cada um dosserviços da Administração geral. Nomeou-seentão um responsável para manter o contatoentre o Conselho geral e cada um dos respon-sáveis por serviços da Administração geral. OIr. Emili Turú, Superior geral, coordena os Di-retores dos Secretariados e a FMSI. O Ir. Joe

Mc Kee, Vigário geral, mantém o contato doConselho geral com a Secretaria geral, a Pos-tulação, o Secretariado da Colaboração Missio-nária Internacional e coordena a Equipe dagestão da Casa geral. O Ir. Michael De Waas,por sua vez, acompanha a FMSI; o Ir. JohnKlein, o Secretariado da Missão; os Irmãos Jo-sep Maria Soteras, Eugène Kabanguka e Ernes-to Sánchez assessoram o Secretariado Irmãoshoje; o Ir. Antonio Ramalho, o Secretariadodos leigos; o Ir. Víctor Preciado é o coordena-dor do Economato geral e faz o contato com aGestão e Animação da Casa geral. Nesta estru-tura da Administração geral não se contemplaa figura do Procurador geral; por isso, foi no-meado o Ir. Franco Faggin como representantedo Instituto junto à Santa Sé. O Ir. Juan Mi-guel Anaya continuará como consultor canô-nico do Conselho geral.

de Animação e do Conselho geral

A distribuição das competências e responsabilidades foi representadagraficamente num organograma que visualiza a organização da Admi-nistração geral.Entre as realizações programadas pelo Conselho geral para o Institutoestão as seguintes: Conferência geral em 2013, no Hermitage; um ca-lendário de visitas e de presenças em eventos significativos das Pro-víncias e Regiões; os Conselhos gerais ampliados em todas as Re-giões.

DINÂMICA DE TRABALHODO CONSELHO GERAL

O Conselho geral utilizou três fórmulas para definir o trabalho de suasreuniões:

• reunião para definir a dinâmica comunitária do Conselho geral;

• reuniões plenárias em Roma, duas ou três vezes ao ano, paraestudar a fundo os temas mais importantes que afetam a vida ea missão do Instituto;

12 • FMS Mensagem 41

Ir. Joe Mc KeeORIGEM DO PLANO DE ANIMAÇÃO E GOVERNO DO CONSELHO GERAL

Dezembro 2011 • 13

• e um terceiro tipo de reuniões mensais –Conselho regular – para tomar decisões re-lativas a requerimentos provenientes dasUnidades administrativas. Para isso se re-quer um quórum mínimo. Mesmo assim, osrecursos da videoconferência permitemque, nas tomadas de decisão, mesmo osque estão longe possam participar.

METODOLOGIADO DIÁLOGO FRATERNOE O CONSENSO

Todo o anterior refere-se à organização, às estru-turas e às decisões tomadas de início. Quiçá,mais importante é saber ‘como’ se chegou a isso.O característico de nosso trabalho em comum,enquanto Conselho, foi a metodologia usada peloXXI Capítulo geral, como “nova forma de ser e defazer” juntos – uma metodologia que enfatiza odiálogo, a construção do consenso e uma grandeabertura à realidade internacional e interculturalde nosso Instituto, no mundo de hoje.Também ficou claro para nós, desde que começa-mos a estar juntos, que precisávamos incluir maisvozes, diferentes das nossas, no trabalho de ani-

mação e de governo do Instituto. Segundo o es-pírito de um provérbio africano: “Se queres che-gar com rapidez, caminha sozinho; se quereschegar longe, caminha com outros”, convidamosdiferentes grupos de pessoas para participar ati-vamente em nossa reflexão e discernimento e apartilhar a responsabilidade de elaborar nossoplano de ação. Os diretores dos Secretariados,membros da Administração geral, Irmãos respon-sáveis pela formação permanente no Instituto,bem como pessoas alheias ao nosso mundo ma-rista, nos ajudaram na reflexão para discernir eelaborar nossos objetivos, os valores que os fun-damentam e desejamos promover. Assim, pouco apouco, nosso plano integral de ação para a Ani-mação e o Governo do Instituto começou a tomarforma com 8 ‘objetivos’ e cada um com suas “li-nhas de ação” e as “estratégias”.O tempo que passamos em reflexão e trabalhoconjunto foi profundamente significativo e cons-trutivo para todos nós. Foi espaço em que novasideias e maneiras diferentes de compreender e depensar puderam ser expressas, num espírito deescuta ativa e de discernimento. Ajudou-nostambém a entender melhor o valor e a importân-cia de criar um plano de ação, coordenado e inte-grado, de modo que todos nós pudéssemos traba-lhar tendo como perspectiva o Apelo Fundamen-tal e os Horizontes de futuro que o XXI Capítulogeral elaborou. Tudo isso vem baseado num con-junto de acordos comuns e afinados, que nospermitam caminhar juntos, com esperança e comrumo – para uma “nova terra”.

Ir. Seán SammonCARTA A MIS HERMANOS

POSTULADOR

COMISSÕES INTERNACIONALS

VILLA EUR

EQUIPE DE GESTÃO E ANIMAÇÃO

SERVIÇOS- Arquivos- Comunicações- Traduções- Estatísticas- Informática

ANIMADOR COMUNIDADECASA GERAL

SECRETARIAGERAL

GESTÃO Serviçõs gerais

ECONOMATOGERAL

Joe Mc Kee

Pedro Sánchez

Antoni Salat

Pietro Betin

Víctor M. Preciado

Víctor M. Preciado

Joe Mc Kee

Joe Mc Kee

Jorge Flores

ORGANOGRAMAADMINISTRAÇÃO

GERAL

14

IRMÃOS HOJE■ VOCAÇÕES ■ FORMAÇÃO

■ ESPIRITUALIDADE ■ COMUNIDADE■ PATRIMÔNIO ESPIRITUAL

EQUIPES INTERNACIONAIS

EQUIPE INTERNACIONAL

CONSELHO INTERNACIONAL

EQUIPE INTERNACIONAL

SECRETARIADO AMPLIADO

LEIGOS■ LEIGOS MARISTAS

■ FORMAÇÃO CONJUNTA■ MCHFM

FMSI■ SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

■ FUND RAISING ■ DEFESA DIREITOS DA CRIANÇA■ ESCRITÓRIO EN GENEBRA

MISSÃO■ PASTORAL JUVENIL

■ EDUCAÇÃO FORMAL■ EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

COLABORAÇÃO MISSIONÁRIA INTERNACIONAL

■ AMAG ■ PROJETOS ESPECIALS■ COLABORAÇÃO INTERNACIONAL C

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SUPERIOR GERAL

CONSELHO GERAL

Emili Turú

Javier Espinosa

Josep M. Soteras

Ernesto Sánchez

Eugène Kabanguka

Antonio Ramalho

John Klein

Joe Mc Kee

Teófilo Minga

Chris Wills

Michael De Waas

Jim Jolley Mario Meuti

Ana Sarrate

Tony Clarke

João Carlos do Prado

César Rojas

15

SECR

ETAR

IADO

SSECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS

• SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECR

Dezembro 2011 • 17

MISSÃO........................ p. 18

IRMÃOS HOJE........................ p. 24

LEIGOS........................ p. 30

COLABORAÇÃOMISSIONÁRIAINTERNACIONAL........................ p. 38

FMSI........................ p. 42

18 • FMS Mensagem 41

SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS

Secretariado da Missão

Tem a responsabilidadede contribuir para a fide-lidade e o desenvolvi-mento com criatividade,audácia e profetismo damissão marista de “tornar

Jesus Cristo conhecido e amado pelas crianças e jovens”. Em face doapelo do Capítulo Geral XXI, o Secretariado é desafiado a contribuir paraa construção da missão marista em um mundo novo, para que respondaàs vozes e apelos de evangelizar e educar a infância e juventude con-temporâneas..

FINALIDADES DO SECRETARIADO DAMISSÃOO Planejamento do Secretariado da Missão para o período de 2011 a2017 contou com a contribuição e participação de muitos Irmãos e lei-gos de diversos lugares do mundo marista. Definiram-se os conceitosfundamentais da missão marista, a identidade e finalidade do Secreta-riado, as principais iniciativas e estratégias da missão desse período ede algumas estruturas, em vista de contribuir para o desenvolvimentode suas ações.Entre as principais finalidades do Secretariado da Missão destaca-se oseguinte.

O Secretariado da Missão éuma instância estratégica

do Governo Geral para a ani-mação, fortalecimento e arti-culação da missão marista emtodos os níveis do InstitutoMarista.

Dezembro 2011 • 19

• SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECR

1. Animar e apoiar a missão marista das Unidades Administrativas e Regiões do Insti-tuto Marista.

2. Fomentar a busca de sinergia, integração e articulação em rede da missão maristaentre as Unidades Administrativas e Regiões.

3. Construir, de forma participativa, a visão de futuro da missão marista.

Ir. João Carlos do Prado,(Brasil Centro-Sul)Diretor do Secretariado da Missão

ABRANGÊNCIADO SECRETARIADO E MISSÃO

A atuação do Secretariado da Missão contempla a educação formal,educação não formal, as obras sociais ou de inserção e os projetos de

evangelização. A missão marista também podeser contemplada em quatro dimensões intrínse-cas, presentes no gráfico a seguir.É possível perceber que as quatro dimensõesemanam e se alimentam da espiritualidade1, nomesmo tempo em que estas também a nutrem.A educação marista precisa ser, simultaneamen-te, evangelizadora, solidária e comprometidacom a defesa dos direitos e com o cumprimentodos deveres das crianças e jovens. Da mesmaforma, não se pode pensar na evangelização, nasolidariedade ou no ajuste de direitos e deveres,sem considerar as outras três dimensões comoseus elementos constitutivos.Assim, todas as obras maristas e frentes da mis-são marista necessitam contemplar essas quatrodimensões. Elas são elementos fundamentais dafecundidade e vitalidade da missão marista no“mundo novo”.

PRINCÍPIOS DA MISSÃO MARISTA

Seis princípios nortearão a caminhada da missão marista e serão im-pulsionados pelo Secretariado da Missão. Os primeiros quatro são osprincípios definidos pelo Capítulo Geral XXI. Os princípios quinto esexto nasceram a partir da reflexão e sensibilidade das pessoas queparticiparam do processo de planejamento.

Princípios1. Queremos ver o mundo com os olhos das crianças e jovens pobres

e, assim, mudar nossos corações e atitudes, como fez Maria.

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4. Propor diretrizes e políticas que favoreçam a realização da missão marista.5. Coordenar processos, projetos e eventos sob a responsabilidade do Secretariado da

missão em nível regional e global do Instituto Marista.6. Contribuir em processos e ações em vista da sustentabilidade e viabilidade da mis-

são marista nos espaços e regiões onde houver necessidade.7. Representar o Instituto Marista nos temas da missão, no espaço interno e externo,

em nome do Governo geral.

ESPIRITUALIDADE

Defesa dos direitos

Educação

Evangelização

Solidariedade

1A espiritualidade nestecontexto é entendida como

a experiência viva e dinâmica de Deus, que se orienta,

ao mesmo tempo, à contemplação e à ação

(SAMMON, 2007). Como se diz no documento

Água da Rocha (p.15), ela “fortalece nossa união

e constitui elemento decisivopara a vitalidade

de nosso ser-em-missão”.

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2. Sentimo-nos impelidos a agir com urgência,para encontrar formas novas e criativas deeducar, evangelizar e defender os direitos dascrianças e jovens pobres, quando nos mostra-mos solidários com eles.

3 Afirmamos que a evangelização é o centro e aprioridade de nossas atividades apostólicaspelo anúncio de Jesus Cristo e da sua mensa-gem (Mendes).

4. Como irmãos e leigos maristas, que vivem nomundo globalizado de hoje, somos instados ater um horizonte internacional, em nossoscorações e mentes.

5. Deus nos convida, por meio do testemunhoprofético de nossa presença e ação, a sermospontes que favorecem o encontro, o diálogo,a solidariedade e a justiça social, reduzindoas distâncias e as diferenças injustas entrericos e pobres, em todo o contexto da nossamissão.

6. Pelo nosso modo de viver e realizar a missãomarista, revelamos o rosto mariano da Igrejae somos sinal do Reino de Deus neste mundo.

PERSPECTIVASESTRATÉGICAS

A missão marista é práxis, ação e reflexão; ganhatanto mais sentido quanto for mais intencional. Aação consciente pode levar-nos verdadeiramenteà transformação do coração das crianças e jovense, conseguintemente, do mundo. A consciênciada ação faz com que entendamos que os frutosnão dependem apenas de nós, mas sobremodo doEspírito. Ela nos dispõe a cumprir a nossa partenum projeto que é de Deus. Ação sem intenção évazia e não logra a missão. Eis por que é indis-pensável o planejamento da missão.Nesse sentido, alguns elementos podem ajudar atornar a nossa missão mais viva e viável. Serámuito importante que, em todos os níveis insti-tucionais, sejam consideradas na missão maristaas seguintes perspectivas estratégicas.

• Potencial Humano

• Potencial econômico-financeiro

• Qualidade dos serviços e fidelidade ao carisma

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• Processos

• Estruturas organizacionais e operacionais

• Posicionamento e visibilidade institucional

AS PRINCIPAIS INICIATIVASDO SECRETARIADO DA MISSÃO

Para o período de 2011 a 2017, o Secretariado da mis-são tem em vista as seguintes iniciativas.

1. Acompanhar o discernimento nas UAs e Regiões, para descobrir oque significa “ir para uma nova terra”, em seu próprio contexto.Para esta iniciativa, definimos como estratégias importantes oacompanhamento das equipes regionais e aquelas das UnidadesAdministrativas; a revisão do documento Missão Educativa Maris-ta; o desenvolvimento de critérios e ferramentas para a avaliaçãoda fecundidade evangélica das obras maristas.

2. Criar e consolidar o Secretariado da Missão com o objetivo deapoiar os processos e projetos da missão nas UAs, nas Regiões eno mundo.

3. Favorecer em nossas instituições maior desenvolvimento do traba-lho evangelizador e da Pastoral Juvenil Marista.

4. Incentivar Irmãos e pessoas leigas a marcarem presença e a tra-balharem com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

5. Organizar a II Assembleia Internacional da Missão Marista (AIMM) emcontinuidade com o espírito da I Assembleia e do Capítulo geral XXI.

6. Continuar a promover a reflexão e a partilha dos novos modelosde animação, gestão e governo do conjunto das obras educativasdas UAs, e repensar, nesse contexto, a presença e o papel dos Ir-mãos.

7. Fomentar a realização da missão marista em rede, bem como aconstituição de redes maristas de missão.

A MISSÃO MARISTA NO MUNDO NOVO –DESAFIOS E PERSPECTIVASPARA O FUTURO

Os anos que viveremos até 2017 serão fundamentais para o discerni-mento da missão marista no mundo novo. Os apelos do Capítulo Geral

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XXI nos impelem a buscar visão conceitual e visãoestratégica da missão marista. A visão conceitualtraduzirá o que Deus quer de nós, maristas deChampagnat, diante da celebração do bicentená-rio da fundação marista e dos apelos do últimoCapítulo Geral. A visão estratégica nos ajudará adar passos significativos para a construção dessanova realidade que Deus nos propõe.Responder aos apelos da missão marista no mun-do novo exige fidelidade ao sonho de Marcelino eforte atenção aos apelos e necessidades dascrianças e jovens de hoje. O Capítulo nos pede“uma presença fortemente significativa entre as

Para fazer esse movimento é necessário, como dizo Capítulo, “ver o mundo com os olhos das crian-ças e jovens pobres”. Isso significa ver o mundo apartir de baixo, do chão dos excluídos e esqueci-dos deste mundo, como Maria e Marcelino tam-bém o viram. Ver o mundo a partir de baixo exigedeslocamentos. Uma presença sincera, verdadeirae solidária junto às crianças e jovens pobres fa-vorece uma conversão pessoal e institucional docoração. A evangelização e o compromisso com avida plena, conforme o Evangelho, devem estarem todos os nossos projetos de missão e em nos-sos corações e mentes.

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crianças e jovens pobres”. Já avançamos bastantenessa direção. Mas precisamos colocar ainda maisnosso coração e ação junto às crianças e jovensna realidade periférica ou de fronteira. Somosdesafiados a comprometer todas nossas estrutu-ras e frentes de missão, independentemente dopúblico que atendemos, com a transformação darealidade, a justiça social, a construção do proje-to do Reino de Deus.

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SecretariadoIrmãos hoje

NOSSA IDENTIDADE

Dentro do programa de ani-mação e governo que o Con-selho geral deseja promover,o Secretariado Irmãos hojese reconhece como o orga-nismo que procura dinami-zar e promover, a partir devárias frentes, tudo o que se

relaciona com a vida e a consagração do Irmão marista, desde o começo dochamado vocacional e suas etapas de formação, os aspectos fundamentaisda vida comunitária, da espiritualidade, de nosso patrimônio marista e doselementos que configuram sua consagração de religioso irmão. A partir dos diversos processos que o Instituto promoveu ao longo dos últi-mos anos, o Secretariado Irmãos hoje nasce para dar continuidade aos es-forços que o Secretariado das vocações (2003-2006), a Comissão da vida re-ligiosa (2005-2009), e o movimento da espiritualidade marista, a partir dodocumento “Água da Rocha”, entre outros, semearam em seus respectivosmomentos, constituindo, hoje, um excelente ponto de partida para a açãodo Secretariado.

OBJETIVOS TRAÇADOS

O Secretariado Irmãos hoje assume o quarto objetivo do Plano deanimação e governo do Conselho geral como seu objetivo inspira-dor; e, a partir dele, intenta estabelecer seu plano de ação, suadinamização e harmonia com os outros objetivos. Assim, comoSecretariado, quermos “favorecer entre os Irmãos o reencontroe o encantamento com a própria vocação, para poder vivê-lae testemunhá-la com radicalidade, abertura e alegria, naIgreja e no mundo de hoje”.

O espírito do XXI Capítulogeral, o horizonte do bi-

centenário marista e uma maiorconsciência de nossa interna-cionalidade, urgem-nos a umavida consagrada nova, enrai-zada firmemente no Evangelho,e promotora de um modo no-vo de ser Irmão.

Ir. César Augusto RojasCarvajal, (Norandina)Diretor do Secretariado Irmãos hoje

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Para isso, o Secretariado se propôs quatro linhas de ação e suas res-pectivas estratégias, para operacionalizar os esforços de renovação denossa vida consagrada, de modo a consolidar nossa identidade de re-ligiosos irmãos.

A - Criar e consolidar o Secretariado Irmãos hoje e cooperar comestruturas similares nas Províncias e regiões.

1. Organizando o Secretariado em sua estrutura interna e elabo-rando o plano de trabalho;

2. Conhecendo as estruturas provinciais e/ou regionais de anima-ção da vida religiosa e espiritual dos Irmãos;

3. Constituindo uma equipe internacional com representatividadegeográfica no Instituto e nas várias temáticas assumidas peloSecretariado, de modo a facilitar a ligação com as regiões.

4. Promovendo o estudo e a reflexão sobre as temáticas própriasdo Secretariado: rosto mariano da Igreja, nova vida consagrada,

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pastoral vocacional, formação, espirituali-dade, patrimônio.

5. Relação e possíveis projetos comuns comCongregações de religiosos Irmãos.

B- Acompanhar e promover as estruturas jáexistentes de animação e de formação, emnível provincial, regional e congregacional.

1. Fomentando uma rede com os responsá-veis, nas Unidades administrativas, das vá-rias áreas de trabalho abrangidas pelo Se-cretariado.

2. Estabelecendo contato com experiênciasprovinciais ou interprovinciais sobre a for-mação inicial ou permanente, pastoral vo-cacional, espiritualidade, patrimônio, vidacomunitária e outras.

3. Favorecendo o acompanhamento às equi-pes de formação permanente do Instituto:Manziana, El Escorial e outros em nível re-gional.

4. Apoiando os programas de preparação àprofissão perpétua.

5. Acompanhando o itinerário da comissãointernacional do patrimônio espiritual: pla-nos, integração, nova equipe.

C- Gerar novos processos e/ou estruturas, emtodos os níveis, que assegurem experiên-cias e itinerários formativos, provoquem aconversão pessoal e institucional e desen-volvam uma espiritualidade ativa.

1. Elaboração de um documento de referênciasobre a pastoral vocacional marista. Reali-zação de encontros regionais para sua di-vulgação.

2. Lançamento de um processo de reflexãosobre a identidade do Irmão hoje (reencan-to) que poderia ser integrado com a As-sembleia Internacional da Missão marista.

3. Acompanhando e encorajando a elaboraçãode itinerários de crescimento na espiritua-lidade marista.

4. Realização de um itinerário formativo para ani-madores comunitários e futuros formadores.

5. Realização de um encontro internacionalsobre a formação inicial que inclua um

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processo de avaliação das linhas e programas formativos.

6. Apoiando as iniciativas e propostas que surgirem da comissãointernacional do patrimônio espiritual: equipe de pesquisado-res, encontros e um curso para novos pesquisadores.

D- Promover um processo de revisão das Constituições e Estatutoscom ampla participação dos Irmãos, como caminho de revitali-zação de nossa vocação.

1. Motivando a acolhida da nova edição, bem como seu uso eaprofundamento nos vários processos e programas formativos.

2. Acompanhando a comissão internacional a ser eleita para coor-denar essa revisão, com ampla participação dos Irmãos. (cf.Decisão Cap. 1.2 pág. 46)

COMO ESTAMOS ORGANIZADOS?Consideramos o Secretariado Irmãos hoje um organismo que se enri-quece ao encontrar em cada um dos Irmãos o protagonista principal,no hoje da vida marista que precisamos animar. Dizendo todos, quere-

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mos significar que é preciso personificar, comnosso nome e sobrenome, a chamada a sermospartícipes de primeira ordem, na construção des-se novo modo de ser Irmão. O Irmão idoso comsua longa caminhada e experiência de vida, o jo-vem formando e o Irmão jovem com sua criativi-dade e iniciativa, o Irmão de meia-idade com sualiderança e compromisso, os leigos e as leigasmaristas com sua proximidade e constante apoio.Todos constituem uma referência para impulsio-nar as iniciativas acima elencadas.

Com a ajuda dos Irmãos Eugéne Kabanguka, Er-nesto Sánchez e Josep María Soteras, desenha-mos o que será a estrutura inicial deste Secreta-riado que, com o andar dos diversos processos,irá encontrando o modo mais ágil e participativode organização e funcionamento, de modo que, apartir dos vários papéis assumidos, possamosexercer nossa liderança, colocada a serviço doInstituto.

QUAL O SONHO PARA OTEU SECRETARIADO?Sem dúvida, nossos sonhos vão tornar-se realida-de na medida em que todos assumirmos e tentar-mos encarnar em nossas vidas e comunidades osprincípios que o Capítulo geral ofereceu a todosos Irmãos, com o objetivo de consolidar nossaidentidade e que se encontram expressos no pri-meiro horizonte de futuro: Uma vida consagradanova que promova um novo modo de ser Irmão.

Todos os esforços, atividades, programas, ilusõese tarefas deste Secretariado ver-se-ão recompen-sados, na medida em que as várias instâncias deanimação e governo, em todos os níveis (local,provincial, regional e congregacional) assumiremos desafios que se apresentam à vida religiosa,partindo da riqueza e da diversidade geográfica ecultural de nosso Instituto.Convidamos cada Irmão e Leigo marista a assumirsua responsabilidade em fazer germinar e acom-

panhar a vida de novas e vibrantes vocações ma-ristas, sentindo-nos herdeiros e protagonistas nohoje da história do carisma Champagnat. Que ocaminhar para o bicentenário de nossa fundação,seja alento e motivo para vivermos a ilusão quecaracterizou Marcelino e tantos Irmãos e Leigosmaristas que plantaram a semente, em tantaspartes do universo.

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Secretariado dos Leigos

Nas suas intuições o Ir.Charles Howard lembra-nos que a concepção pi-ramidal, pela qual unsdirigem e ensinam, e ou-tros obedecem e apren-dem, desaparece frentea uma eclesiologia decomunhão, toda minis-terial e carismática. NaIgreja-comunhão os es-tados de vida aparecemtão interligados que seordenam uns aos outros.

Ele também afirma que o carisma marista não pertence exclusivamente aoInstituto, é dom de Deus para a comunidade eclesial. É um dom que vaialém da vida dos Irmãos. E mais, o Ir. Charles Howard mostrou que o nos-so carisma exprime a sua fertilidade e plenitude quando é vivido pelos di-ferentes membros da Igreja. Desse modo foi entrando na consciência dosIrmãos, que os leigos e as leigas maristas, mais que colaboradores na mis-são, são portadores de carisma.

UM POUCO DE HISTÓRIA

O início da atual estrutura do Secretariado dos Leigos nasceu com o espíri-to do XX Capítulo geral, quando o mesmo Capítulo diz que devemos alar-gar o espaço da nossa tenda, descobrir a riqueza de Irmãos e leigos, par-tilhar, caminhar juntos, e convencer-nos de que o Espírito de vida nosconduz por esse caminho comum (cf. Escolhamos a Vida, 26-30). O Conse-lho geral nomeia então uma Comissão de Leigos, em 2002. Dessa Comis-são faziam parte o Ir. Pedro Herreros como presidente, Ir. Emili Turú, Ir.Antonio Ramalho e o Ir. Paulo Celso Ferraresi, como secretário.

Aatual estrutura do Secretaria-do dos Leigos foi implementa-

da a partir de 2002, mas, semdúvida, é ao Ir. Charles Howardna Circular sobre o MovimentoChampagnat (1991), que se de-vem as novas perspectivas sobre avisão dos leigos em nosso Institu-to, que, ao longo dos anos, serãopromovidas, com o apoio dos Su-periores gerais que vieram de-pois, e por várias iniciativas deprotagonismo laical e de comun-hão com os Irmãos.

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Ir. Javier Espinosa,(América Central)Diretor do Secretariadodos leigos

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Em 2005, sendo secretário da Comissão o Ir. Michael Flanigan, foicriado um Grupo consultivo de Leigos que se reúnem em Roma, emmaio daquele ano, para avaliar o percurso empreendido pela Comissãodos Leigos. Em 2006, essa Comissão é supressa e é criado o SECRETA-RIADO DOS LEIGOS, integrado na Comissão da Missão, e é nomeadoo Ir. Pau Fornells como seu diretor. No ano seguinte (2007) o Conse-lho geral aprova a criação de uma nova estrutura para os Leigos ma-ristas, o Secretariado Ampliado dos Leigos com a nomeação de pes-soas para colaborar com o diretor do Secretariado: Ana Sarrate (Ibéri-ca - Espanha), Linda Corbeil (Canadá), Tony Clarke (Sydney - Austrá-lia) e o Ir. Afonso Murad (Brasil Centro-Norte).Será em 2010, sendo diretor o Ir. Javier Espinosa, que se introduz afigura de codiretores, sendo nomeados para esta função: Ana Sarrate(Província Ibérica) e Tony Clarke (Província de Sydney). A ideia dessanomeação é promover um maior protagonismo e maior corresponsabi-lidade dos leigos na animação do Instituto. Foi em 2011 que o Conse-lho geral ampliou para sete o número de membros do Secretariado,representando as grandes regiões do Instituto. Para a Europa Ana Sar-rate, Patricia Cecilia Ríos Gómez substituindo Linda Corbeil para o Ar-co-Norte, Tony Clarke para a Oceania, o Ir. Sylvain Ramandimbiarisoapara a África, Agnes Reyes para a Ásia, Fabiano Incerti para o Brasil eRaul Amaya para o Cone Sul. Essa nova estrutura proporciona melhorrelacionamento entre as regiões do Instituto, projeta o plano e as li-nhas de ação do Secretariado, tendo em conta todas as sensibilidadesculturais, e aumenta as possibilidades de animação laical em todos osníveis.O Secretariado ampliado reúne-se uma vez por ano e os codiretores

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Leigos noCapítulo geral

de 1993

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têm mais duas reuniões no mesmo período. OPlano para o triênio (2011-2013) orienta as tare-fas de animação dos membros do Secretariado.Entre seus objetivos atuais: Promover a com-preensão e o desenvolvimento da vocação do Lei-go marista; Desenvolver processos que promovamo novo espírito de comunhão no carisma deChampagnat; Acompanhar novas formas de viver

o carisma marista; Apoiar e incentivar os gruposde leigos maristas no Instituto; Incentivar e pro-mover estruturas de animação em nível provinciale regional para estimular o envolvimento dos lei-gos. O Plano atual apresenta uma forte ênfasenos processos de formação que se harmonizamcom os itinerários de conversão pedida pelo XXICapítulo geral.

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Tem sido uma experiência significativa para mim fazer parte do Secretariadodos Leigos numa altura em que o Espírito parece determinado em continuar aincitar-nos a viver uma nova relação entre Irmãos e Leigos. É um novomomento na nossa história. É um novo momento como Maristas, Leigos e

Irmãos, de encarar seriamente a compreensão dessa nova realidade, como ela se apresenta ecomo ela pode ser efetivamente vivida e ser geradora de vida. Como um leigo, isso desafiou omeu entendimento pessoal do que é viver a minha própria vocação cristã. Eu sei que issotambém levantou questões aos Irmãos sobre a sua própria vocação de Irmãos. Como um novorelacionamento, essa realidade terá um impacto significativo nas nossas vidas, na compreensãode quem somos, na nossa espiritualidade, no sentido do que afirmamos ou negamos e na formacomo vivemos as nossas relações.Através do trabalho do Secretariado dos Leigos, foi umprivilégio viajar com muitos Leigos e Irmãos, apoiá-los e encorajá-los a explorar e assumir odesafio dessa nova forma de relacionar-se. Importantes questões continuam a exigir umdiscernimento mais profundo. O que é um leigo Marista? Que processos de formaçãopermitirão desenvolver uma forma mais profunda de viver a vida Marista (para Irmãos e Leigos,em conjunto)? Quais são as novas estruturas ou formas de viver o carisma como leigosMaristas? Embora o caminho à nossa frente ainda esteja somente a delinear-se, sabemos que éDeus quem nos conduziu até aqui, é Deus quem está conosco nessa nova etapa e é Deus quemestará conosco, ao tentarmos juntos descobrir o rumo. Para cada um de nós, nesta altura, háuma chamada interior para escutar os urgentes apelos do Espírito, uma chamada “para juntospromovermos uma maior vitalidade do carisma Marista e a sua missão no mundo” (XXI Capítulogeral). É um convite para crescermos como Leigos Maristas. É um convite para crescermoscomo Irmãos. Precisamos uns dos outros. A vitalidade futura do carisma e a sua eficácia emacender o fogo do Evangelho nos corações dos jovens dependem disso.

Tony Clarke

EXPRESSÕES DE VIDA

Encontramos vários acontecimentos ao longoda nossa história, que têm vindo a manifestaruma crescente consciência da vocação laicalna vida do Instituto. Em 1985, reconhece-seoficialmente o Movimento da Família Marista,formado por pessoas que querem viver a suavida cristã de acordo com o carisma marista.Atualmente, existem mais de 250 fraternidadese uns 3300 membros. Houve três reuniões doMovimento em nível continental: no continen-te Americano (2005) e no Europeu (2006,2010).No Capítulo geral de 1993 começa a participa-ção dos leigos nesse tipo de assembléias. Essapresença laical estender-se-á a assembléias ecapítulos provinciais. É interessante notar quedois dos cinco apelos do Capítulo de 2001 sãopara Irmãos e leigos. Lentamente, os leigosestão presentes nas equipes de coordenação, ecriam-se especificamente comissões de anima-ção laical em muitas Unidades administrativasà frente das quais está um leigo/a.Também destacamos a participação significati-

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Dezembro 2011 • 35

va dos leigos nos documentos Missão educativaMarista (1998) e Em torno da mesma mesa(2009). A Assembléia Internacional da MissãoMarista, realizada em Mendes (2007) reunirá,em igualdade de condições, 50 leigos e 44 Ir-mãos. Com o mesmo critério de igualdade numé-rica e de vida partilhada realizar-se-ão Encon-tros de formação internacional, tal como a for-mação conjunta de Quito (2008) e St Paul-Trois-Châteaux (2009).Dentro dessa mesma trajetória, o Plano do Se-cretariado prevê cinco encontros regionais dasequipes de animação de cada Província (2011),um encontro internacional sobre a vocação lai-cal Marista (2012) e um processo de atualizaçãodo Movimento Champagnat (2013).

IDENTIDADEDO SECRETARIADO

A identidade do Secretariado dos Leigos se deli-neia, ao longo dos anos, pelo mesmo processovivido pela Igreja e pelo Instituto. O documentoque melhor recolhe a síntese de todo esse per-curso em nosso Instituto é, sem dúvida, Em tor-no da mesma mesa. Nesse documento é patenteum claro reconhecimento da vocação do leigomarista. O Leigo marista descobre o chamamen-to de Deus para viver o carisma de Marcelino emsua condição de leigo, como uma forma peculiarde desenvolver a identidade cristã comum a to-dos os fiéis. É um chamamento pessoal a umaforma específica de ser discípulos de Jesus. Poroutras palavras, o carisma de São MarcelinoChampagnat expressa-se em novas formas de vi-da marista, e uma delas é o laicato marista.Do acima exposto, leigos e leigas são considera-dos herdeiros por direito próprio, na sua formade vida laical, do carisma e, portanto, responsá-veis por seu crescimento e adaptação. Assim oentendeu o Ir. Charles Howard: “Os Leigos reve-lar-nos-ão novas facetas desse carisma, namedida em que eles o vivam mais plenamente. Ofato de com eles fazermos uma partilha espiri-tual, nos permitirá descobrir novas profundida-des da nossa vocação de Irmãos”. A vocação do

leigo marista traz originalidade à maneira deentender o fundador e de viver a sua espirituali-dade.O patrimônio comum que Irmãos e leigos parti-lhamos complementa e enriquece as nossas vo-cações específicas. Não só há espaço na mesapara uns e outros, mas precisamos viver uns aolado dos outros. Temos a certeza de que as nos-sas vocações específicas, sem confusão, se ilu-minam reciprocamente, e nós somos uns para osoutros uma permanente fonte de riqueza. O Se-cretariado assume essa nova era para o carismamarista como um desafio no sentido de favore-cer o surgimento da aurora de uma nova vidamarista e fortalecer a já existente, tornando-amais criativa, leal e dinâmica. Desafio de Ir-mãos e Leigos para tecer uma nova experiênciado carisma.A reflexão do Secretariado tem andado em sin-tonia com o novo relacionamento entre Irmãos

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OS MEUS SENTIMENTOS ANTE A COGESTÃOQuando li o documento do XXI Capítulo geral, tive a certeza de que oEspírito tinha estado muito presente entre os participantes, apesar dasdificuldades que possam ter tido na hora de plasmá-lo num texto ... porque

é difícil definir a vida por palavras. E quando, de novo, leio este parágrafo: “contemplamoso nosso futuro Marista como uma comunhão de pessoas no carisma de Champagnat, onde asnossas vocações específicas enriquecer-se-ão mutuamente” ... faz-me pensar se sou, se somoscapazes de captar onde chegaríamos se realmente tomássemos a sério essas palavras.O Espírito nos impele a caminhar, como sempre fez na história… E, na nossa históriamarista também. Eis aqui a imagem de Maria na Visitação.Nestes anos de trabalho no Secretariado, dei-me conta de que a vida se vai gerando entreaqueles que são capazes de “se moverem“ de um trabalho mais seguro para outro nãoconhecido; de uma escola com um determinado tipo de estudantes para outro diferente; de uma comunidade fechada para outra que acolhe os recém-chegados; de um país com a sua cultura para outro, com uma cultura muito diferente...Há um movimento incontido na Igreja e está a tornar-se cada vez mais claro: uma Igreja na qual os leigos/as estão conscientes do nosso chamamento para tornar realidade a Boa-nova de Jesus. E os Maristas damo-nos conta de tudo isso como uma novidade que dávida: Irmãos e leigos juntos atingimos mais crianças e jovens do que antes... porque somos mais. E o Secretariado quer incentivar essa nova maneira de, Irmãos e leigos, caminharem emcomunhão. Eu também fui convidada para me mudar de um lugar para outro (os que meconhecem sabem o que me custa viajar...) mas, especialmente, a “percorrer o caminhointerior” de viver a minha vocação marista num ambiente familiar com a minha fraternidade,a minha escola, a minha cidade..., para descobrir uma família marista muito mais vasta, um trabalho diferente e uma riqueza de carisma encarnado em tantas culturas diversas...Sinto esta situação como um privilégio e uma responsabilidade. Além disso, poder andar com outros companheiros de grande qualidade humana, partilhar vida e fé, dificuldades e esperanças, é o maior presente que podemos ter na vida. E no Secretariado de Leigos,temos cuidado com muito carinho este sentido de comunidade, desde o início.Os pequenos “sins” a Deus vão-nos levando, sem saber aonde, por caminhos de maiorplenitude, apesar das dificuldades de cada dia... Essa foi a confiança de Maria. Que saibamos como ela, caminhar até a nova terra que desconhecemos, mas que intuímos.

Ana Sarrate

SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS • SECRETARIADOS

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e leigos, homens e mulheres. A nova relação vaisupor para os Irmãos deixar de ser os protago-nistas da missão e evangelização, para que osleigos possam ser os protagonistas e os Irmãos,seus colaboradores. Trata-se de ser parceiros,atuando juntos, aprendendo uns com os outros.Isto vai implicar que a imagem do Irmão venhaa ser mais radical, profética e comunitária, co-mo a que viveu Champagnat, em La Valla, come-çando a sua experiência com aqueles leigos as-sociados.No atual horizonte do Secretariado está a per-cepção de que o futuro Marista é um futuro decomunhão de pessoas no carisma de Champag-nat. Essa experiência de partilha do carisma le-va-nos a repensar o modelo institucional queaté agora encarnou o carisma marista na Igreja.A realidade parece indicar que não só necessita-mos alargar a tenda do Instituto, mas construir,em conjunto, uma tenda nova, onde todos, lei-gos e Irmãos, encontremos o nosso lugar, comoafirma EMM 145.No Secretariado percebe-se que essa comunhãoimplica conversão e mudança de mentalidade,tanto nos leigos como nos Irmãos. Para nos por-mos a caminho, precisamos viver uma espiri-tualidade de mudança que nasce apenas e sódo Espírito de Deus. O seguimento de Jesus, que

Irmãos e leigos/as partilhamos, faz-nos pionei-ros e exploradores. Ser pioneiro é o verbo de fi-delidade. Assim se expressa um autor: “A fideli-dade não consiste em estar sempre no mesmolugar, mas em se mover sistematicamente emdireção do que proporcione maior plenitude econvicção de alma, clareza de mente e integri-dade de coração.” Cremos que assim soa a novi-dade proposta no último Capítulo.Estamos cientes, assim como estavam os Capitu-lares, da urgência que a vida marista mergulhenuma dinâmica de Êxodo. Deve levar Irmãos eleigos a deixarem as respostas do passado, quejá não satisfazem, e meter-nos pelos caminhosda terra prometida, atravessando o deserto. Paraleigos e Irmãos, supõe, por vezes, uma perda,um “desprender-nos”, no seguimento do apelofundamental do Capítulo. A perda coloca-nos no início de algo novo, masque só se pode viver numa espiritualidade dedesinstalação. Esse caminho espiritual é um de-safio para o nosso tempo tanto para os leigoscomo para os Irmãos, e também para nós do Se-cretariado. Experimentamos que isso significamudança de mentalidade, muito discernimento,alta disponibilidade, renúncia a seguranças, as-sunção de riscos e uma profunda confiança emDeus, a exemplo de Maria.

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Ir. Chris Wills, (Sidney)Diretor do Secretariado de Colaboração MissionáriaInternacional

Secretariado da

ColaboraçãoMissionária

Internacional

MAPS (www.maristsolida-rity.net.au) é a agênciade solidariedade das Pro-víncias australianas. Asua missão é criar redecom os estudantes dasescolas da Austrália, pro-fessores, famílias e mem-bros da grande comuni-

dade marista e outros jovens maristas em nossa região da Oceania; facili-tar experiências de inserção para estudantes e proporcionar possibilidadesde voluntariado; organizar e coordenar projetos internacionais de desen-volvimento; assessorar comunidades distantes com estratégias e promovera defesa dos direitos da criança.Estive à frente desse trabalho por 10 anos e comecei quando era diretor,durante 6 anos, da Marist Farmhouse, uma comunidade internacional dejovens adultos e Irmãos. Nossa missão era oferecer hospitalidade maristapara outros jovens adultos e também para grupos de professores e Irmãosdas nossas escolas, para organizações sociais e comunidades. Durante esseperíodo, muitos jovens expressaram o desejo de juntar-se ao nosso apos-tolado de periferia, participando da missão marista em prol das criançasem perigo.Eu tinha consciência da necessidade de os Maristas se envolverem na mis-são de Marcelino. Durante o período em que fui professor, passei 6 anosem Papua-Nova Guiné e 4 anos trabalhando com crianças que têm necessi-dades especiais, o que é conhecido, hoje, como Assistência Marista aos jo-vens (Marist Youth Care).Espero poder colocar à disposição desse trabalho a minha experiência deprofessor, de administrador e de Irmão Marista que teve alguma experiên-cia no campo do desenvolvimento internacional e da organização de Ir-mãos e voluntários maristas leigos.

Q uando me pediram para assu-mir a direção do Secretaria-

do da Colaboração MissionáriaInternacional, eu vivia na Austrá-lia, trabalhando com comunidadesda Oceania e da Ásia como diretorda fundação “Solidariedade Maris-ta na Ásia e no Pacífico” (MAPS).

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SECRETARIADO DA COLABORAÇÃOMISSIONÁRIA INTERNACIONAL

1. Este é um novo secretariado que procura responder ao apelo doXXI Capítulo geral. Este chamado tinha sido feito também em ou-tras ocasiões, como na Revista do BIS (2004), em Mendes – As-sembleia do Laicato marista; na Conferência geral no Sri Lanka eem sua decisão de implantar a Missão ad gentes na Ásia, e aindaem Capítulos gerais anteriores.

2. O Ir. Emili, na sua Carta aos Provinciais e Superiores de Distrito,de março de 2011, relembrou algumas propostas de ação do XXICapítulo Geral:• Formar comunidades internacionais e interprovinciais, aber-

tas aos Irmãos e leigos/as maristas, para atender a novoscampos de missão de fronteira.

• Fortalecer o desenvolvimento futuro da Missão ad gentes naÁsia, e estendê-la a outras regiões em que são percebidasnecessidades.

• Estabelecer, em apoio à nossa Missão, um serviço de volun-tariado marista, com membros que se dispõem a atuar emnossos campos de apostolado que o necessitem, ou estejamdispostos à mobilização em casos de emergência.

3. Este Secretariado se acrescenta a outros quatro Secretariados doConselho geral: Missão, Leigos, Irmãos Hoje e Solidariedade(FMSI). A palavra de ação no nome do Secretariado é colaboração– com outros Secretariados, Províncias, Distritos, irmãos e leigosmaristas pelo mundo.

4. Essa é uma nova aventura, atualmente, em período de gestação. Oseu nascimento está previsto durante a Sessão plenária do Conse-lho geral, em janeiro de 2012.

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COORDENAÇÃO DO PROJETO ‘AD GENTES’O meu trabalho como Coordenador do projeto AD GENTES consiste em pôr em prática as diretrizesrelacionadas com a missão AD GENTES e com aCooperação Missionária Internacional do planoorientador do Conselho Geral.O capítulo Geral XXI afirmou que o Instituto querdesenvolver uma mentalidade internacional e intercultural.O projeto AD GENTES é o meio apropriado para dar vida

a esta proposta aberta a comunidades internacionais e interculturais. Parte do meu trabalho é precisamente desenvolver e multiplicar em todo o Instituto a informação relativa a tudo o que diz respeito à cooperaçãomissionária internacional, identificar as pessoas que as Províncias me referemcomo interessadas no trabalho missionário e acompanhá-las no discernimentoda sua vocação missionária. No desenvolvimento e promoção destasolidariedade ad intra é também minha responsabilidade animar os provinciais e detectar nas Províncias vocações para responder às necessidadesmissionárias da Congregação: Irmãos, Leigos missionários e Leigoscolaboradores nos mais diferentes projectos. Um dos desejos do Capítulo Geral XXI é que se estabeleça um Serviço Marista de Voluntários cujos membros estariam dispostos a colaborar no nosso serviço missionário.O trabalho do Coordenador AD GENTES é feito também em estreitacolaboração com os outros Secretariados. Continua a ser ainda parte do meutrabalho a formação dos Irmãos e Leigos que se oferecem para um trabalhomissionário facilitando toda a informação que diz respeito a cursos que devemseguir ou que é aconselhável seguir. Em relação aos que já se encontram emmissão AD GENTES é também minha preocupação conhecer as suasnecessidades para poder responder-lhes eficazmente tão depressa quanto épossível. É o que procuro fazer, com muita alegria e dedicação. É a minhamaneira de ser missionário AD GENTES.

Ir. Teófilo Minga

Ir.Teófilo Minga, (Compostela)Coordenador doProjeto ad gentes

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O irmão Benito Arbués,então Superior geral, eseu Conselho, criarameste escritório em re-sposta às recomen-dações do XIX CapítuloGeral do Instituto dosIrmãos Maristas. Sua finalidade é asses-

sorar o Conselho-geral na animação e no governo do Instituto em ques-tões de justiça, paz desenvolvimento e solidariedade, de modo especialquando tais questões causam impacto nas vidas de crianças e jovens emtodas as partes do mundo onde Irmãos, leigas e leigos maristas atuam.Inicialmente, a FMSI apoiou o Instituto a:

– Proporcionar recursos, informações e ferramentas para a educaçãoe animação da justiça.

– Auxiliar as Unidades Administrativas dos países em desenvolvimen-to a propor, relatar, apresentar, coordenar e avaliar projetos de cap-tação de recursos financeiros.

– Em defesa das causas justas.– Contatar ONGs Maristas e Comitês de Solidariedade das Províncias e

Distritos do Instituto.

O primeiro diretor da organização foi o Ir. Allen Sherry (Austrália)(1995-2002). O Ir. Dominick Pujia (Estados Unidos), seu sucessor, viu aentidade atingir a condição de “Fundação Marista pela Solidariedade In-ternacional” (FMSI) em 2007 na Itália, tornando-se seu primeiro presi-

AONG, Oganização Não Gover-namental, Fundação Marista pela

Solidariedade Internacional (FMSI) foicriada em outubro de 2007 e atual-mente funciona como uma entidade ju-rídica reconhecida perante o governoitaliano. A fundação substituiu o prece-dente Secretariado Internacional deSolidariedade (BIS), criado em 1995.

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Ir. Michael De Waas,(South Asia)Presidente da FMSI

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Fondazione Marista per la Solidarietà

Internazionale

dente até 2009. Durante seu mandato, instalou escritório de repre-sentação em Genebra para atuar em defesa dos Direitos da Criança noâmbito das Nações Unidas (ONU). O Ir. César Henríquez (El Salvador)coordenou o escritório de 2006 a 2008, sendo substituído pelo Ir.Jim Jolley (Austrália) em 2009. O Ir. Richard Carey foi o segundo Pre-sidente da FMSI, em 2009 e 2010, renunciando por questões de saú-de. Na condição de Vice-Presidente, assumiu o posto o Ir. Jude Pie-terse, permanecendo até o início de 2011. Somos profundamente gratos a todos esses irmãos por sua decisivacontribuição em conduzir a FMSI até sua posição atual. Destacamossua competência, dedicação incansável e generosidade no desenvolvi-mento dessa Fundação, hoje formalmente credenciada pelo GovernoItaliano.Em 2011, sob a liderança e coordenação da Administração Geral emRoma, a FMSI foi reestruturada em resposta aos Apelos Fundamentaisdo 21º Capítulo Geral de 2009. Nessa ocasião, sob a inspiração de São Marcelino e seus primeiros ir-mãos, o Capítulo Geral convocou – Irmãos e Leigos — a assumirem ocrucial compromisso de apoiar e ser presença junto às crianças e jo-vens. Para tanto, a Fundação passou a ter como Presidente um mem-bro do Conselho-geral para coordenar os trabalhos das representaçõesem Roma e Genebra. Os dois escritórios de representação têm seus próprios diretores comatribuições bem definidas. O Ir. Mario Meuti (Itália) é o diretor daFMSI em Roma, sendo responsável pela administração, captação derecursos, rede digital, promoção de parcerias e criação de programasde desenvolvimento provincial e regional. É assessorado por Sara Pan-

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Sala de reuniõescomitê dos Direitos Humanos

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ciroli (Itália), secretária geral da Fundação, quecoordena certas áreas estratégicas, e Angela Pe-tenzi (Itália), coordenadora do setor de projetose captação de recursos. Além das atribuições di-retamente associadas à FMSI, o escritório de Ro-ma assumiu os projetos anteriormente adminis-trados pelo BIS.Os focos da Fundação Marista pela SolidariedadeInternacional são as crianças e os jovens desam-parados, que visa. Ela visa ao desenvolvimentoda solidariedade pela educação e de programas eprojetos de assistência social, à promoção dosdireitos da criança e ao apoio técnico e financei-ro a projetos com idênticos objetivos. Por outrolado, os projetos de solidariedade marista tam-bém oferecem apoio técnico e financeiro a ini-ciativas na área da pastoral e outros de naturezamais geral, como assistência para a organizaçãode cursos, apoio às casas de formação e projetosde construção. O diretor da FMSI em Roma, com o auxílio dacoordenação de projetos, empenha-se para queas Unidades Administrativas do Instituto, espe-cialmente dos países em desenvolvimento, rece-bam assistência na preparação, apresentação,coordenação e avaliação de projetos com neces-sidade de recursos de fontes internas e externas.O Ir. Jim Jolley (Austrália) dirige atualmente o

escritório da FMSI em Genebra e responde pelosprogramas de formação e de defesa dos direitosda criança. Os Irmãos Manel Mendoza (Espanha)e Vicente Falquetto (Brasil) o auxiliam como De-legados dos Direitos da Criança e atuam integra-dos à organização “Franciscanos Internacionais”(FI). Em razão da complexidade dos procedimen-tos diplomáticos em Genebra e dos termos doacordo que regulam as parcerias entre a FMSI e aFI, o Diretor da FMSI e sua equipe adotam a mes-ma estrutura funcional e seguem os mesmos pro-cedimentos da equipe da FI. Em julho de 2011, a “Fundação Marista pela Soli-dariedade Internacional” (FMSI) recebeu a acre-ditação de status consultivo especial no ConselhoEconômico e Social da Organização das NaçõesUnidas (ECOSOC). Isso significa que a ONU pas-sou a reconhecer oficialmente a FMSI como umadas 3400 pequenas organizações qualificadas pa-

ra participar em diversos campos de atividadesdo âmbito da ECOSOC.Como entidade jurídica reconhecida pela Itália,estado-membro da ONU, a FMSI está credenciadaa participar nas deliberações formais da ONU, es-tabelecer parcerias e projetos com outras ONGs eFundações com a mesma orientação, participarde grupos dedicados à defesa dos direitos dascrianças, oferecendo-lhes a experiência e a com-petência maristas no trabalho junto às crianças ena defesa de seus direitos em âmbito internacio-nal. A FMSI , por exemplo, hoje pode manifestarseu ponto de vista institucional nas conferênciasdo Conselho de Direitos Humanos da ONU.A nova condição de membro do ECOSOC represen-ta bênção especial e avanço importante para aFundação Marista pela Solidariedade Internacio-nal, no sentido de contribuir para a realização damissão Marista, fazendo diferença para as vidasde crianças e jovens, principalmente os pobres edesemparados que mais precisam de nossa aten-ção e defesa. É grande privilégio ser o terceiroPresidente da FMSI e assumir a coordenação dotrabalho de suas representações em Roma e Ge-nebra por indicação do Governo geral.

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O ESCRITÓRIO DE ROMA DE FMSIO XXI Capítulo geral reiterou aimportância da Fundação Maristapara a SolidariedadeInternacional (FMSI) propondo-acomo ferramenta fundamentalpara a missão marista hoje:“Sentimo-nos levados a desafiaras políticas sociais, econômicas,culturais e religiosas que oprimemas crianças e os jovens. Agora é omomento para todos nos unirmosaos esforços da Fundação Maristapara a solidariedadeInternacional (FMSI).”Nossas linhas de ação direta vêm

indicadas no ponto 3 (p. 40) doDocumento do XXI Capítulogeral: A Missão marista nummundo novo, onde todos sãoconvidados a mudar os coraçõese as atitudes, para ver o mundocom os olhos das crianças ejovens pobres e, a partir dessaperspectiva, promover seusdireitos em todas as áreas emque atuamos, inclusive com aação política e a denúncia... Parafazer isso é preciso estarpreparados e organizados demaneira profissional.A FMSI é chamada a contribuirnos programas de formação dosIrmãos e Leigos, acompanhando-os nas experiências quefavoreçam a sensibilização anteas necessidades das crianças edos jovens pobres. Sem esqueceroutro sonho do Capítulo:Organizar um serviço devoluntariado em apoio da missãomarista, cujos membros seofereçam para atuar em nossos

campos de apostolado, que onecessitem, e estejam dispostosa mobilizar-se em situações deemergência.O escritório da FMSI, em Roma,atua concretamente nasseguintes áreas:

1. EDUCAÇÃO PARA A JUSTIÇAE A SOLIDARIEDADERecolhe informaçãorelacionada com asiniciativas e os assuntos dajustiça, da paz e dasolidariedade que têmrelevância para o Instituto,especialmente no que serefere à promoção do bem-estar das crianças e dosjovens mais marginalizados.Nosso objetivo é formarpessoas sensíveis ante essasquestões, através decampanhas e açõesconcretas, boletinsinformativos, materiais dereflexão, grupos de trabalho.

Ir. Mario Meuti,(Mediterránea)Diretor da FMSI Roma

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Sara Panciroli é atualmente a Secretáriageral da Fondazione Marista per laSolidarietà Internazionale (FMSI) e cumpreseu segundo período frente a esse serviço.

Ocupa-se fundamentalmente da administração da Fundação,assessora o Presidente na preparação do Conselho deadministração e mantém contato com os assessores paraassuntos legais e administrativos que se apresentam.Sara é também membro da equipe de pessoas que trabalhamno escritório da Fundação em Roma.É coordenadora dos microprojetos - um programa parafinanciar pequenas iniciativas em favor de crianças e jovensdesfavorecidos - na área dos direitos humanos, daeducação e desenvolvimento social, principalmente nospaíses em desenvolvimento em que se encontram os IrmãosMaristas. Ela recebe os pedidos de financiamento deprojetos e faz uma primeira seleção para apresentá-los aocomitê de avaliação. Uma vez aprovado o projeto, otrabalho da secretaria está na manutenção do contato como gerente de cada projeto, para comprovar sua realizaçãoe a apresentação dos relatórios, no término dasoperações.Finalmente, Sara coordena as atividades de comunicação,realizadas, atualmente, através da web www.fmsi.onlus.org Essa atividade de coordenaçãoconsiste na escolha, preparação e adequação dos textos,na tradução ao italiano (o site é publicado em inglês,espanhol e italiano) e no desenvolvimento do site, medianteo apoio técnico do programador. Em termos gerais, prevêa implantação de novas ferramentas de comunicação (estáprevisto um boletim periódico de notícias) e apoia arealização de publicações informativas.

2. ASSESSORIA E COORDENAÇÃO DE PROJETOSDá assessoria às Unidadesadministrativas,especialmente, nos países emdesenvolvimento, para adifusão, a corretaapresentação e posterioravaliação dos projetos, antesde enviar o financiamento doInstituto ou de outrosorganismos. O escritório pedeum relatório detalhado daconcretização de cadaprojeto e se assegura de queas ajudas enviadas chegam aseu destino e são atualizadosadequadamente.

3. ARRECADAÇÃO DE FUNDOSProcura aumentar os recursospara permitir à Fundação deconseguir a autossuficiênciaeconômica e de responderaos numerosos pedidos querecebe, em favor das criançase dos jovens necessitados.Manter contatos com escolase instituições debeneficência, dar a conheceros próprios objetivos aentidades públicas eprivadas, na Itália e noestrangeiro, através deboletins, relatórios anuais eo serviço da web:http://www.fmsi-onlus.org/

4. DESENVOLVER UMA REDE DE COLABORAÇÃOSeja dentro do Instituto, sejacom diferentes equipes desolidariedade ou deorganizações não-

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governamentaisreconhecidas, ou entãocom organizações deoutros Institutos que,como o nosso, trabalhamem favor das crianças e dosjovens.

Agora que já temos oreconhecimento oficial daONU, constituir essa rede é,talvez, nosso principalobjetivo. Este é também odesejo do Capítulo geral e doIrmão Emili, em particular:Procuramos unir nossosesforços com outrasinstituições que têm uma finalidade similar ànossa (promoção dos direitos da criança, o tráfico de mulheres, a proteção do ambiente, etc.). Este é um campo no qualpodemos crescer muito mais eonde as possibilidades decolaboração são enormes.Oxalá, tenhamos a audácia dedar passos coordenados e deapoiar-nos uns aos outros.Demonstraríamos com osfatos que uma globalizaçãoalternativa é possível.

Na atualidade, a tarefa de coordenadora de projetos é desempenhada por ÂngelaPetenzi. A coordenadora de projetos fazparte do pessoal que trabalha na Fundação

Marista para a Solidariedade Internacional (FMSI), emRoma, e é responsável por ajudar a comunidade marista,no âmbito mundial, a desenvolver projetos desolidariedade e a encontrar doadores para financiá-los.Ela colabora com o diretor do escritório de Roma,mantendo contato com as pessoas ou entidades quefinanciam os projetos, além de buscar novos parceiros.A assistência prestada aos projetos vai desde aidentificação de possíveis entidades que posssam financiá-los até o acompanhamento da comunidademarista onde se realiza o projeto em cada uma de suasfases de operação: a preparação, apresentação,execução e envio de relatórios. A pessoa encarregada da coordenação dos projetos, além de participar da avaliação técnica dos microprojetos solicitados,também se ocupa da obtenção de recursos para asatividades de solidariedade promovidas pela Fundação,particularmente a formação e/ou a promoção da defesados direitos da criança e os programas especiais do Conselho geral do Instituto.Além dos projetos de caráter social para a promoçãosocial e econômica das crianças e jovens mais pobres e desfavorecidos dos estratos mais frágeis da população, a coordenadora de projetos assiste a comunidade maristaem sua busca de recursos para os programas de pastoral, para os centros de formação de Irmãos, para os cursos de formação na espiritualidade marista,com o apoio do fundo de solidariedade do Conselho geral.

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ESCRITÓRIO DE GENEBRA DE FMSIIr depressa com Maria para a novaterra! O que é esta “nova terra”?Certamente os direitos da criança fa-zem parte de sua paisagem!

UMA VISÃO DA FMSI EM GENEBRAAqui em Genebra, nós somos três atrabalhar para a defesa dos direitosda criança, em âmbito internacio-nal. Nosso trabalho é guiado peloestatuto da missão da FMSI, assimcomo pelo apelo do 21° Capítulogeral para a promoção dos direitosdas crianças, particularmente, asmarginalizadas e mais vulneráveis.Somos guiados pela Convenção so-bre os direitos da criança (CRC), umtratado internacional assinado porquase todos os países do mundo.

TRABALHO DA FMSI JUNTO ÀS NAÇÕES UNIDASNossa principal interação com aONU está ligada ao Conselho dos di-reitos humanos (HRC). Este conse-lho se reúne três vezes ao ano e éo responsável pelo fortalecimentoda proteção dos direitos humanos,em todo o mundo. Particularmente,valem-nos do novo recurso sob oscuidados do Conselho, chamadoUniversal Periodic Review (UPR),

que monitora o respeito dos direi-tos humanos em todos os 193 Es-tados membros da ONU, a cada qua-tro anos. A FMSI esteve muito aten-ta, apresentando propostas sobre osdireitos da criança, através do me-canismo de avaliação, a UPR. Nósapresentamos relatórios sobre 12países, através da UPR, como Aus-trália, Camboja, Quênia, Kiribati,Maláui, Papua-Nova Guiné, IlhasSalomão, Tanzânia, Timor Leste,Vanuatu e Zimbábue. A maioria denossas sugestões focaliza assuntosrelacionados à educação das crian-ças e muitas de nossas recomenda-ções foram aceitas por esses go-vernos. Esperamos, em poucos anos,envolver mais Províncias, quando aUPR iniciar sua segunda fase, em2012. No último mês de janeiro,também fizemos recomendações à

Nova Zelândia sobre a “educaçãoalternativa”, quando esse país foiexaminado pela Comissão sobreos direitos da criança.

TRABALHO DA FMSI NAS PROVÍNCIASOutro enfoque de nosso trabalhoem Genebra é a promoção de Pro-gramas de conscientização, com aduração de um dia, destinado agrupos maristas, e cursos de trei-namento, com duração de uma aduas semanas, para aqueles quedesejam ter um conhecimentomais detalhado da Convenção so-bre os direitos da criança, e de co-mo promover esses direitos, atra-vés de várias atividades em seusrespectivos países. Promovemoscursos de conscientização no El Es-corial (Madrid), em Manziana, em

Ir. Jim Jolley, (Melbourne)Diretor da FMSI Genebra

Membros da FMSI em Genebra

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Tenho a certeza de que a palavra “advocacy”tem um significado muito específico parapessoas de língua inglesa. Em contrapartida,esta palavra é difícil de traduzir para outras

línguas. Querendo traduzir para português, acho queprecisamos mais de uma palavra para explicar o seusignificado. Em português seria “promover“ e “defender” eas duas palavras dão-nos o significado pleno do que éespecificado quando usamos esta palavra em Inglês.Bem, esta é a atividade que estou a desenvolver, emGenebra, no gabinete da Organização Internacional Maristade Solidariedade Foundation (FMSI). Tentamos promoveruma nova cultura ou um novo paradigma para todas aspessoas que trabalhamos ou que têm outro tipo decolaboração no Instituto Marista. Tentamos que outrastomem consciência para que nos fixemos noutro aspecto donosso trabalho. Procuramos formar ou capacitar outraspessoas para serem capazes de orientar as suas ações paraessa nova forma de ver o envolvimento do Instituto com ascrianças de hoje.Uma vez interiorizados estes novos modelos de ação, é-nosfácil aceder ao segundo passo que é a defesa dos novosparadigmas com que o último Capítulo Geral noscomprometeu. Tudo isso implica, para mim, mais um passo naforma de interpretar a vocação marista, porque creio quenão só temos de nos dedicar ao ensino como temos feito atéagora, mas que essa nova maneira de ver a realidade deve-nos levar a compreender que devemos, não só educar acriança, mas também cuidar de seu bem-estar, e isso envolve-nos na defesa e na promoção dos seus direitos nos diferentespaíses e culturas onde trabalharmos.

Ir. Manel Mendoza

Barcelona, no MAPAC de Manila eno MIC de Nairóbi. Um curso detreinamento de uma semana foirealizado em Brisbane no ano pas-sado, e um de duas semanas foioferecido aos Irmãos no MAPAC,em outubro.

Um fator importante para o nossodesenvolvimento é o contato com aspessoas designadas pelas Provín-cias para servirem de elo de uniãocom a FMSI. Temos 14 Províncias quenomearam pessoas para esta ligação.Nosso plano é de organizar, na pri-meira metade de 2012, um encon-tro-treinamento para as pessoas deligação nas Províncias.Acolhemos com satisfação os con-vites das Províncias para organizarprogramas de conscientização etreinamentos em seus própriospaíses, ajudando a promover, ali,os direitos da criança. No futuropretendemos ajudar o Institutomarista a desenvolver sua espe-cialidade na proteção das crian-ças e a torná-lo mais conhecidono mundo como defensor dos di-reitos da criança. É uma aventu-ra estimulante essa “nova terra”,e convidamos você para se juntara nós, em nossa caminhada.

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“É fazendo os outros felizes que encontro a minha própria felicidade.”Esse pensamento do Padre Champagnat tem acompanhado a minhatrajetória marista. Desde cedo, percebi que poderia contribuir com essadifícil missão. Agora, encontro-me trabalhando na Fundação Marista

para Solidariedade Internacional - FMSI. Há muito tempo, eu sonhava com um espaçocomo este na Instituição Marista. A FMSI existe, de fato, no Instituto Marista, mas esteainda não a descobriu em sua totalidade. Qual é a missão da FMSI? Ela parece ser umpouco confusa, assim como é desafiadora a nossa missão. Digo isso, porque o querealizamos em Genebra, ainda não está claro para nossas Províncias e Distritos. Somos convocados em favor da criança mais necessitada e isso muda, em boa parte, a perspectiva de nossa ação, sem abandonar a ampla missão que herdamos de nossasorigens. Há milhões de crianças que precisam ser defendidas, antes de se tornaremsujeito ou alvo de um processo de crescimento humano. Fisicamente, eu cheguei a Genebra no mês de janeiro de 2011. Minha atividade como agente de defesa dosdireitos da criança vem acontecendo, há mais de 15 anos. Trabalhar com a perspectivados direitos, significa mudar de paradigma. O grande passo que nossa Instituição estádando é o de explicitar a promoção e a proteção dos direitos da criança. Nãoesquecemos, por isso, que a educação integral, incluindo as várias dimensões da vidahumana, foi e continua sendo forma eficaz de promover e de proteger os direitos dacriança. Portanto, aqui está o nosso desafio e a nossa missão. Só estaremos de fato em Genebra, Fundação Marista para Solidariedade Internacional – FMSI, quando

estivermos em todas as Províncias eDistritos Maristas do Instituto. Este é,atualmente, o nosso principal trabalho naFundação. Sensibilizar e capacitar outraspessoas para que sejam capazes de orientarsuas ações para esta nova maneira de envolvimento do Instituto, em suasProvíncias e Distritos, segundo as diretrizes da Convenção Internacionaldos Direitos da Criança.

Ir. Vicente Sossai Falqueto

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GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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POSTULADOR GERAL p. 54ADMINISTRAÇÃO GERAL p. 56DIRETOR DA CASA p. 58ADMINISTRATOR DA CASA p. 59SECRETARIA GERAL p. 60TRADUÇÃO p. 62COMUNICAÇÕES p. 66SERVIÇOS GERAIS p. 68ARQUIVOS p. 70SUPERIOR DA COMUNIDADE p. 74SACERDOTES p. 76SECRETÁRIO PESSOAL DO SUPERIOR GERAL p. 77

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ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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Ir. Jorge Flores Aceves,(México Occidental)Postulador geral

Postuladorgeral

O Ir. Jorge, com 71 anos, é me-xicano e pertence à Província doMéxico Ocidental; trabalha comovice-postulador na causa dioce-

sana do Ir. Basílio Rueda. Em Roma, acompanhará também a causa doIr. Crisanto e de seus 67 companheiros mártires, na Espanha.

OIrmão Jorge FloresAceves, México Oci-

dental, é Postulador geral.O Conselho geral nomeouo Ir. Jorge Flores AcevesPostulador geral, para umperíodo de três anos.

GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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A gestão econômica e administrativa a

Os objetivos para umaetapa de três anos seconcentram em:

O departamento do Admi-nistrador, ante os des-

afios que o Instituto enfrenta,hoje, na área econômica e nouso evangélico dos bens, pre-tende apoiar a continuidade ea vitalidade do Instituto e desua missão”.

Ir. Víctor Preciado,(México Occidental)Ecônomo geral

1. Cumprir as funções que as Constituições (169) confiam aoEcônomo geral, no concernente às finanças da Administraçãogeral: apresentar, anualmente, ao Ir. Superior geral, paraaprovação, o relatório financeiro da administração geral.Além disso, informar sobre a situação econômica das Provín-cias e dos Distritos e elaborar o orçamento do governo geral.

2. Coordenar o trabalho da Equipe de Financiamento para res-ponder às tarefas solicitadas pelo XXI Capítulo geral, em vis-ta do financiamento da Administração geral e das Unidadesadministrativas.

ATIVIDADES

A contabilidade e a administração da Tesouraria se organizaram paraatender o primeiro objetivo.

A contabilidade, expressa em Euro, informa o Gover-no geral, as Províncias e as autoridades fiscais ita-lianas.A Tesouraria acompanha a movimentação dos recur-sos das Unidades administrativas para a manutençãodo Governo geral e para as necessidades da Solida-riedade do Instituto, especialmente para a formaçãona Ásia, na África e para projetos especiais do mun-do marista.

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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serviço da missãoEQUIPES DE APOIO

A Contabilidade e a Tesouraria são controladaspelos Irmãos Roy Deita e Javier Ocaranza. Traba-lham de modo coordenado com o Ir. Antoni Sa-lat, representante legal da “Casa generalizia delIstituto dei Fratelli Maristi delle Scuole”, ente ju-rídico responsável pela atividade administrativa efinanceira transparente e em harmonia com a le-gislação vigente.A atual Equipe Internacional para Assuntos Eco-nômicos, formada por 5 Irmãos e dois Leigos,cuida prioritariamente do 2º objetivo e “cooperacom o Ecônomo geral na aplicação da políticaeconômica do Instituto”.A Comissão para Assuntos Econômicos ajuda oEcônomo geral em seu trabalho e avalia os pedi-dos de caráter econômico, submetidos ao Supe-rior geral.

NO FUTURO PRÓXIMO

O Departamento do Administrador geral:

a) Deverá trabalhar com o Secretariado da Mis-são e dos Leigos, promovendo programas deformação para administradores e líderes damissão marista, em vista da missão e de seusdesafios para um mundo novo, e iniciar umareflexão sobre as implicações econômicas dacorresponsabilidade dos Irmãos e Leigos.

b) Em toda sua função dará continuidade ao pro-cesso do Uso evangélico dos bens; estaráatento à formação e ao discernimento para ouso dos bens, na perspectiva evangélica e àpromoção da simplicidade na vida pessoal eem nossas estruturas.

O escritório doECONOMATOé formado pelo Ecônomogeral e o Ecônomo adjunto.

O Ecônomo geral é encarregado das finançasda Administração geral e é membro doConselho geral (C 160). O Ecônomoadjunto é o encarregado da contabilidade eda maior parte da movimentação de fundosentre a Administração geral e as diversasUnidades administrativas do Instituto. Atualmente, o Ecônomo geral é o Ir. Víctor Preciado, do México Ocidental,e o Ecônomo adjunto é o Ir. Roy Deita, do setor das Filipinas, Província Ásia doLeste (East Asia).Fui nomeado Ecônomo geral adjunto para um mandato de três anos. Meu trabalhoconsiste em ajudar o Ecônomo geral,aliviando a carga relativa às finanças da Administração geral. Passo a maior parte de meu tempo fazendo a contabilidade, a garantir que os dadosestejam atualizados e disponíveis nos prazosprevistos. Além disso, o controle e o equilíbrio na preparação das operaçõesbancárias, o controle da validade das faturase dos recibos bem como o estado das contasmensais a pagar fazem parte de meu trabalho.Vejo meu trabalho como uma ajuda ou serviçoao Economato geral.

Ir. Roy R. Deita, (East Asia)

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Direção da Casa geral

Ir. Antoni Salat,(L’Hermitage)Diretor da Casa geral A GESTÃO

A gestão está atenta àsnecessidades do pessoalda casa; distribui adequa-damente os espaços físi-cos e coloca à sua dispo-sição os instrumentos ne-cessários para executar otrabalho. Está atento às

exigências dos organismos oficiais e às normas que deles emanam.Acompanha os aspectos legais, a serviço da Administração geral, e so-luciona as necessidades à medida que surgem.

O ACOLHIMENTO

A casa acolhe os Irmãos que visitam Roma ou nela se hospedam antesde participar de cursos de espiritualidade,ou vêm para diferentes comissões inter-nacionais maristas. Recebe também fami-liares de Irmãos da casa e outras pessoasque se alojam na “Casa per ferie” e têmrelação com os Irmãos. É importante po-dermos atendê-los e colocar à disposiçãoos espaços preparados para o desenvolvi-mento de sua missão. Ocasionalmente, visitam-nos grupos denossos centros maristas que desejam co-nhecer a casa e encontrar-se com algunsIrmãos ou realizar alguma celebração re-ligiosa.

O pessoal que serve a Ca-sa geral é integrado por

Irmãos e leigos, à disposiçãoda Administração geral. ODiretor da Casa geral orientaa gestão, atende a acolhida,realiza a manutenção e outrosserviços partilhados com a“Casa per ferie”.

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ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

A MANUTENÇÃO

Uma das tarefas fundamentais da Direção é cui-dar da manutenção. As dimensões da casa e suaantiguidade são motivo de variados problemasem condutores, infiltrações, equipamentos, má-quinas e outros, exigindo manutenção detalhadae minuciosa. O cumprimento das normas vigentesem cada momento impõe, com frequência, a rea-lização de importantes mudanças.

A “CASA PER FERIE” A “Casa per ferie”, que ocupa o espaço do antigoColégio Internacional, condivide com a direçãoda Casa alguns serviços comuns, sendo atendidospela direção da “Casa per ferie” e pela gestão.A direção deve estar atenta às necessidades quesurgem no dia-a-dia e procurar dar uma soluçãoadequada. Esta, em determinados momentos,

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constitui autêntico desafio, como pode ser a pre-paração e a celebração do Capítulo geral, o aten-dimento a dois grupos de Irmãos que realizamcursos de formação ao mesmo tempo, resolver si-tuações imprevistas na casa, exigindo tempo emedidas concretas. Graças à dedicação de Irmãos e de pessoas quecolaboram conosco é possível dar conta do reca-do, com o apoio, por vezes, de técnicos e de em-presas necessários para certos tipos de trabalho.

Ajudo o Diretor da casa nas tarefas administrativase colaboro na Tesouraria da Administração geral.Quito a folha de pagamento e pago as despesas da comunidade religiosa da casa; cabe-me deixar em dia os registros contábeis. Faço a ligação com a empresa que administra e controla a cozinha e compro as coisas necessáriaspara alguma festa dos Irmãos. Dou atenção e presto serviço aos Irmãos e gruposque nos visitam.

Cabe-me também o controle da documentação, das reformas e da compra de combustível para os veículos da casa.

Ir. Francisco JavierOcaranza, (México Occidental)Administrador da casa

ADMINISTRADOR DA CASA

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Assim reza o nº 137.8 dasConstituições. A essa mis-são específica é precisoacrescentar a coordenaçãodos serviços de estatísticado Instituto, traduções,

comunicações, informática e arquivos, segundo o organograma da Ad-ministração geral.Com o XXI Capítulo geral, um novo horizonte e uma nova maneira deperceber para onde se orienta a Secretaria geral ilumina conceptual epraticamente o trabalho realizado e a realizar. O exaurimento de pro-gramas informáticos obsoletos impõe a necessidade de repensar ou derever onde nos situamos e a questão do futuro. Hoje, a diversidade dosmeios de comunicação de que dispomos, a tecnologia, a generosidadeno trabalho de todos os que formamos parte da Secretaria geral, nãonos permitem de pensar em pequenas propostas, mas na busca e narealização de grandes transformações, dentro de nosso setor na Admi-nistração geral.O Conselho geral, em seu itinerário delimitado pelos objetivos de gover-no e pela animação do Instituto, incluiu em sua agenda atual o planode favorecer a modernização de todos os serviços da Administração ge-ral. Sim, o plano de ação que a Secretaria geral começou pode caracte-

rizar-se como um novo período caracterizado portrês grandes eixos: uma comunicação fluida econstante com todos os Secretários provinciais; amodernização e atualização da base de dados doInstituto e a implantação em todas as Provínciase Distritos; e o convite a todas as Secretariasprovinciais de usarem a ferramenta de gestão dearquivo e biblioteca PERGAMUM, desenvolvidapela Pontifícia Universidade Católica do Paraná,Brasil (PUCPR), herdeira do sistema Archivum v. 2que algumas Unidades administrativas e a Admi-nistração geral utilizam, há alguns anos.

OIrmão Secretário geral éo encarregado da Se-

cretaria do Conselho geral.Ele é responsável pelas atasdas sessões do Conselho e dacorrespondência oficial, emnome do Instituto.

Ir. Pedro Sánchez de León, (Mediterránea)Secretário geral

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Secretaria geral

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

O mencionado, anteriormente, repercutirá naqualidade com que os Provinciais e seus Conse-lhos vão desenvolver sua missão de animação egoverno e, ao mesmo tempo, pretende-se asse-gurar melhor a conservação do patrimônio docu-mental que os novos suportes informáticospõem em grande perigo, se medidas não foremtomadas, em tempo. Esse patrimônio é o testemunho material da ex-periência humana e espiritual de nossa famíliareligiosa, em sua passagem pela história. Con-servá-la consolida nossa identidade e permite-nos de dispor de referências que facilitam novasadaptações e encarnações do carisma. O bomfuncionamento de toda Secretaria provincial de-ve garantir, entre outras coisas básicas, a atua-lização sistemática dos dados e o arquivo ade-quado da documentação.Tenho certeza de que a partir da Secretaria geralnão consegue satisfazer todas as expectativas,dada a grande diversidade do Instituto, mas, to-dos somos convidados a unir-nos a essas pro-postas.O projeto mencionado acima prevê um encontro,por regiões, do Secretário geral com os Secretá-rios provinciais; com essa iniciativa se pretendetornar realidade a incorporação das novas ferra-mentas e caminhar unidos na realização de nos-sa missão.

Como responsável pelas ESTATÍSTICAS,colaboro diretamente com o Secretário geral. Ocupo-me,

principalmente, em manter a base de dados dosIrmãos, noviços e afiliados ao Instituto. Em particular, com finalidade de estatística e de pesquisa, acompanho os processos de entrada ao noviciado, de emissão de votostemporários, de transferência dos Irmãos e de suas funções.Elaboro, atualmente, um relatório estatísticopara ser enviado ao Vaticano e parainformação do Instituto. Informatizo oprocedimento relativo ao envio de livros e de revistas que se publicam na Casa geral e mantenho comunicação com as Secretariasprovinciais e com os noviciados. Realizotraduções do inglês e do francês ao italiano.

Emanuela Lisciarelli

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Serviço detradução

Ir. Josep Roura,(L’Hermitage)Coordenador dos tradutores e tradutor para o Francês

Nossa congregação, sen-do internacional, devetransmitir as principaisinformações e documen-tos nas quatro línguasoficiais: francês, inglês,espanhol e português.Na Casa geral há, portan-to, um tradutor para ca-da um desses idiomas.

Meu papel nessa equipe, além de fazer as traduções escritas para ofrancês, é de coordenar o trabalho dos outros tradutores. Eu lhes enviovia internet os textos a serem traduzidos, provenientes do Superior ge-ral e de seu Conselho, dos diferentes órgãos, bem como de futuras pu-blicações, especialmente em vista do site www.champagnat.org. Paraalgumas traduções mais longas, como Circulares, Cadernos Maristas e

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O Ir. Seán Sammon, Supe-rior geral precedente,

gostava de dizer que a tarefados tradutores da Casa geralera indispensável. É graças aseu trabalho, essencialmente,que a informação passa para oInstituto, seja através de docu-mentos escritos ou através dosite « champagnat.org ».

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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No final de 2006, fui convidado para ocupar-me das traduçõesà língua portuguesa, na Casa geral, em Roma. Inicialmente, apressei-me em ajudar o Irmão Provincial a

encontrar outros nomes. Com a lista desses, surgiu também aquela dos motivospara declinar da proposta. O convite retornou para mim. Assim desembarqueiem Roma, no dia 27 de fevereiro de 2007. Aqui estou, desde então. O futuro a Deus pertence.Qual é a função do tradutor, em Roma? O Instituto Marista decidiu, em 1962,e mais ainda em 1968, traduzir as Circulares e outros textos oficiais paraquatro línguas: Francês, Espanhol, Inglês e Português. Cabe-me a tradução ao Português, “última flor do Lácio, inculta e bela”. Há traduções que requerem muita fidelidade, sobretudo às ideias. Assim: documentos do Instituto, estudos, circulares, mensagens, cartas pessoaisou a diversas categorias de Irmãos e autoridades. Outras traduções são menos exigentes: crônicas, notícias, relatórios de encontros os mais variados. Em todas as traduções, há a exigência de não maltratar a língua. O bulismo está de moda. Isso requer recurso aos dicionários, inclusive, de verbos e regimes. Pede-se ainda cuidadosa revisão e releitura e, quando possível, confronto com a tradução às outras línguas. O tradutor tem o dever de não trair o texto e de não adiantar as notícias. Com frequência, é um trabalho cansativo e de muita concentração, como, aliás, tantos outros.Segundo minha experiência, traduzir é um trabalho interessante, embora monótono. É encorajante saber que os textos se tornam acessíveis amuito mais pessoas. O que é incompatível com uma boa tradução é a pressa; e é desolador ver erros de último minuto, cometidos na hora de diagramar eimprimir. Mas, como a perfeição não é deste mundo, contentemo-nos com o que consegue o esforço e o engenho humano.

Ir. Aloisio Kuhn, (Brasil Centro-Sul)Tradutor ao Português

O ENCARGO DE TRADUTOR

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O Ir. Aloísio já escreveu sobre otrabalho de traduções, em geral;assim, limito-me a partilhar um pouco

sobre meu trabalho na Casa geral. Solicitaram-me devir para cá, no fim de 2008, para assumir a função detradutor para o inglês. Naquela oportunidade penseique minha principal tarefa seria a de traduzir dofrancês; na realidade, verifiquei de imediato que amaioria dos documentos encaminhados eram escritosem espanhol. Inicialmente, meu conhecimento dessalíngua era bastante rudimentar, mas depois de trêsanos, melhorou consideravelmente. Ocasionalmente,recebo também documentos em italiano e tenho, agora,suficiente conhecimento desta língua para fazer umatradução adequada. Com ampla diversidade dedocumentos para traduzir – notícias, cartas, orações,reflexões, artigos de história, finanças e relatórios deprojetos – temos trabalho suficiente! Meu contrato foi renovado, recentemente, por mais três anos de modo que não voltarei à minhaProvíncia, até o início de 2015.

Ir. Edward Clisby, (New Zealand)Tradutor ao Inglês

Gabriela Scanavinopresta o serviço de tradução ao espanhol, desde janeiro de 2009..

MEU TRABALHO DE TRADUTOR

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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outros documentos, nós solicitamos ajuda a tra-dutores externos, na maior parte Irmãos.Cada tradutor tem suas técnicas e métodos, maso essencial é que o trabalho seja bem feito. Oque há de mais natural, portanto, que sobre amesa de um tradutor estejam dicionários e outrasobras de referência? Cada uma das quatro línguasoficiais tem a sua riqueza e sua complexidadee… suas armadilhas, que colocam à prova a ca-pacidade dos tradutores. A cada um cabe encon-trar os meios para obter um bom resultado.Enquanto coordenador dos tradutores, os inte-ressados me enviam, pela internet, o documentoou o texto a ser traduzido, precisando a línguana qual deseja receber a tradução solicitada, as-sim como a data-limite para a entrega do texto.Eu envio o texto ao tradutor correspondente, in-dicando-lhe a data de retorno e às vezes dando

explicações complementares. Habitualmente, umtexto precisa ser traduzido nas três outras lín-guas. Quando as traduções chegam ao meu com-putador, eu as devolvo a quem as havia solicita-do, via internet.Como nós trabalhamos em equipe, às vezes tro-camos idéias entre nós sobre algumas dificulda-des dos textos a serem traduzidos. Cada um sa-be que, à força de ler e reler um mesmo texto, agente corre o risco de deixar passar alguns er-ros, repetições… Por isso, é bom submeter astraduções a outro leitor. É o que eu faço habi-tualmente.Aproveito a ocasião para agradecer muito since-ramente a todos os nossos colaboradores dedi-cados. Seu trabalho muitas vezes apagado, dis-creto mas indispensável, torna a nossa tarefamuito mais agradável e eficaz.

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A Diretoria das Comunicações

difundir as orientações doCapítulo geral, comunicar epublicar o programa, a re-flexão, as orientações e asações de animação e degoverno do Ir. Superior ge-ral e seu Conselho, favore-cendo o espírito de comu-

nhão entre os Irmãos. O pessoal que integra a Diretoria das comunica-ções é o Ir. Antonio Martínez Estaún, Diretor, desde 1º de setembro de2005 até 31 de dezembro de 2011; a partir dessa data será substituídopelo Ir. Alberto Ricica, da América Central, e o Sr. Luiz Da Rosa, Web-master (desde 1º de abril de 2003). O Ir. Antonio Ramalho faz a liga-ção entre a Diretoria e o Conselho geral.O Comitê das Comunicações, nomeado pelo Ir. Superior geral, é respon-sável pela elaboração e a execução do Plano de ação anual e pela polí-tica das comunicações e publicações confiadas a esta Direção.Os instrumentos digitais pelos quais se realiza o trabalho são a webwww.champagnat.org, o semanário ‘Notícias Maristas’ e a imprensa emque são publicados FMS Mensagem, Cadernos Maristas e outras publica-ções ocasionais.

A Diretoria das Comunica-ções, dentro dos serviços

gerais da Administração geral,tem a responsabilidade de exe-cutar as políticas de comunica-ção, determinadas pelo Ir. Su-perior geral e seu Conselho:

Ir. AMEstaún, (L’Hermitage)Diretor de comunicações

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ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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A PÁGINA WEB

Sou o responsável pelo andamento do site do instituto, em colaboração com o diretor de Comunicações, e membro do Comitê de publicações da Administração geral.

Desde o início de 2003 trabalhamos para condividir com o instituto, atravésde www.champagnat.org, a missão e o carisma maristas que se concretizam em diferentes realidades do mundo. Buscamos criar uma infra-estrutura queesteje em harmonia com a realidade hodierna da IT, realizando aplicações e espaços adecuados para receber os diversos conteúdos maristas, desde textoshistóricos do Instituto até áudio e vídeo. Atualmente estamos desenvolvendo a quarta versão do nosso site.Produzimos semanalmente o boletim Notícias Maristas, enviados a cerca

de 5 mil pessoas. Além do aspecto técnico,mantemos contato com as unidades administrativase o público em geral,tentando ser um elo que une, através do site,o mundo marista.

Luiz Da RosaWebmaster

GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

Nos Serviços de apoio à Se-cretaria geral do Instituto,cabe-me uma série de servi-ços e tarefas concretas e de-

finidas. Além disso, há uma série de serviços complementares e espo-rádicos que estão minha responsabilidade. As tarefas mais frequentes arealizar, no dia-a-dia, são as seguintes:

• Organizar e efetuar a expedição das publicações do Instituto paracada Província. Desde que um livro, um documento ou outra publi-cação qualquer sai da tipografia, de acordo com a distribuição esta-belecida pela Secretaria geral, faço os pacotes e, na forma maisadequada, procedo à expedição para o mundo marista.

No organograma do Ir.Superior geral e seu

Conselho, para o período2009-2017, estou a servi-ço da gestão de Serviçosgerais da casa-geral.

Ir. Ton Martínez,(L’Hermitage)Gestão de serviços gerais da Casa geral

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Gestão de serviços gerais

da Casa geral

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

• Manter depositados, em ordem e à disposição,os exemplares remanescentes de publicações,para atender pedidos de Irmãos e Províncias.

• Conservar em bom estado de funcionamentoas máquinas fotocopiadoras e impressoras dacasa; efetuar os trabalhos solicitados; estabe-lecer contato com as empresas de manuten-ção técnica; e prover o material de consumo.

• Comprar e colocar à disposição bebidas e ali-mentos, nos locais de merenda, e para outrosserviços existentes na casa.

• Organizar o transporte de Irmãos e de visitan-tes, entre a casa geral e o aeroporto.

• Contribuir para a manutenção e o embeleza-mento dos jardins em torno da casa.

Sempre há pedidos para atender numa Comunida-de tão numerosa.

Meu nome é IolandaGallo. Sou recepcionistana Administração geraldos Irmãos Maristas.

Desde 1993, ocupo-me em atender as pessoas que chegam à Casa geral e em repassar as chamadas telefônicas queentram e saem. Cabe-me o serviço diário de classificar e distribuir a correspondência e os pacotes que chegam à recepção. Recebo também os pedidos de bênçãospapais e faço os encaminhamentosnecessários.

Iolanda GalloRecepção

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Os Arquivos geraisacompanharam os pas-sos e a vicissitudes dastransferências da Casageral. Em 1825, saíramde La Valla com a Comu-nidade que Marcelino

levou para o Hermitage. Em 1858, sofreram nova mudança para SaintGenis-Laval, um lugar mais central e com melhores comunicações paraa Administração. Em 1903, foram trasladados forçadamente para Gru-gliasco, em circunstâncias de diáspora e precipitação incendiária. Re-tornam a Saint Genis, em 1939, com o começo da segunda guerramundial e, finalmente, chegam a Roma em maio de 1961.

O serviço dos Arquivos procura cumprir os seguintes objetivos:

• Constituir os Arquivos históricos do Instituto e garantir que os ele-mentos essenciais dos documentos depositados nos Arquivos sejamdevidamente registrados;

• Garantir a classificação dos documentos elaborados e recebidos pelaAdministração geral;

No organograma elabora-do pelo Conselho geral

para 2009-2017, o serviçodos arquivos gerais do Insti-tuto é uma atividade vinculadaà Secretaria geral da Con-gregação.

Ir. Juan Moral,(L’Hermitage)Arquivista geral

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Serviço dosArquivos gerais

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A CATALOGAÇÃO DOS DOCUMENTOS

Meu nome é Dorotea Cinanni. Sou arquivista e, desde 2009,trabalho nos Arquivos da Casa geral dos Irmãos Maristas, em Roma. Sou responsável pela catalogação

dos documentos históricos, em particular dos provenientes das Províncias, referentes ao período que vai de 1817 a 2000. Como se realiza a catalogação dos documentos? Os documentos, numa primeira fase de pré-classificação, são analisados edepois ordenados segundo o tipo de documento, autor, destinatário, assunto eProvíncia de origem, de acordo com o catálogo do Instituto. Concluída essafase, os documentos são catalogados e conservados conforme o programainformatizado “Archivum” queregistra todos os dadosdescritivos do documento: autor,remetente, data, tema, pasta,localização, etc., permitindo,desse modo, encontrá-lo fácil erapidamente. Outra faceta domeu trabalho consiste emresponder os pedidos de dados,solicitados junto aos Arquivos,por estudiosos, sejam elesIrmãos, sejam ex-alunos e outraspessoas que desejam informaçõessobre a vida dos IrmãosMaristas. Além disso, cabe-mecatalogar os documentoselaborados pela Secretaria geral.

Dorotea CinanniArquivista

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GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

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Lucia Distefano, licenciada em Ciências Políticas, em Roma,trabalha nos Arquivos da Casa

geral dos Irmãos Maristas, desde 2006. Depois de ter contribuído na catalogação dosdocumentos relativos às Províncias e aos Irmãos,seu trabalho consiste na migração do registro dosdocumentos já catalogados na antiga base de dadosdo Arquivo geral, denominada Ficdoc, para a novabase de dados chamada Archivum, um softwareinformático utilizado pela Administração geral ealgumas Províncias. Para ativar essa migração,verifica todos os dados extraídos da base de dadosantigos para fazer um relatório de acordo com oscritérios do novo software. Concluída essaoperação, todos os registros, desse modouniformizados, são registrados e conservados noArchivum, o que permite encontrar rápida efacilmente os documentos arquivados.

Lucia DistefanoArquivista

A BASE DE DADOS ARCHIVUM

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

Dezembro 2011 • 73

• Zelar pela adequada conservação e manuten-ção dos documentos;

• Responder aos pedidos de pesquisa que che-gam;

• Dar apoio documental às pessoas que o solicitam;

• Atender a biblioteca anexa aos Arquivos, emque são conservados os livros recebidos e re-lacionados diretamente com o patrimônio e omundo marista.

Principais atividades desenvolvidas:

– Integração da documentação gráfica no sistemainformático;

– Adoção de novo software para a gestão docu-mental;

– Catalogação dos documentos das Províncias eIrmãos;

– Emigração da base de dados existente;

– Harmonização das pastas e outros contentoresde documentos.

Entre as conquistas, os desafios e as tarefaspendentes:

• Clareza de visão sobre as tarefas pendentes e

futuras;

• Gestão documental adaptada nos serviços daAdministração geral;

• A possibilidade de consulta rápida e seguraaos membros da Administração geral;

• Estão colocadas as bases para que os Ir-mãos e leigos, através da Internet, possamconsultar os diversos documentos disponíveisnos Arquivos;

• Falta terminar a catalogação dos documentosdo Antigo catálogo (até 2001);

• Completar a emigração da documentação daantiga base de dados;

• Continuar a classificação da biblioteca anexaaos Arquivos;

• Continuar a formar as pessoas para a pré-ca-talogação, nos diversos serviços da Adminis-tração geral;

• Formação dos Irmãos arquivistas das Provín-cias.

• Tarefas habituais dos Arquivos: estudo dosfundos documentais; reparar e conservar do-cumentos deteriorados; encadernação de cir-culares, cartas, revistas e outros.

GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

O serviço da autoridade

Esses artigos das Constitui-ções recordam-nos o idealde nossa vida comunitáriaque é válido para todo omundo marista e, commaior razão, para a comu-nidade da Casa geral. O pa-pel do Superior é aqueleque se indica no número152 das Constituições: OSuperior “está a serviço de

seus Irmãos para ajudá-los a responder à sua vocação pessoal, comuni-tária e apostólica”. Mas, como se realiza essa vocação na Casa geral?Atualmente, a comunidade é composta de 25 Irmãos, provenientes de11 países diferentes e pertencentes a 13 Províncias distintas do Insti-

Reunidos, sem nos termosescolhido uns aos ou-

tros, aceitamo-nos mutuamen-te como dom do Senhor.(C.63)Nossa comunidade torna-se en-tão lugar de amizade e de parti-lha, onde se expandem as quali-dades humanas e os dons espi-rituais de cada Irmão.(C.51)

Ir. Pietro Betin,(Mediterránea)Superior da comunidade

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ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

tuto. Foram convidados pelo Ir. Superior geralpara ajudar o Conselho geral em sua responsabili-dade de animação e governo. Há quatro anostambém os Irmãos estudantes, que formavamparte do Colégio Internacional, integram a comu-nidade que se vê enriquecida pela energia, ale-gria e criatividade deles.Separados de suas Províncias, os Irmãos deixaramas atividades e responsabilidades diretas e pode-riam viver num certo isolamento “cultural”, agra-vado por uma sensação de solidão com o risco dese fecharem em seu próprio mundo. Nesse con-texto, é importante encontrar uma comunidadeem que podem construir relações fraternas quepermitam ao Irmão de crescer humana e espiri-tualmente, e levar a bom termo o trabalho quelhe foi confiado.Na reflexão que inspirou a elaboração do projetocomunitário, tomamos consciência deste fato:somos uma comunidade internacional, multicul-tural e de diversas gerações. Ao comunicar aaprovação do projeto de vida da comunidade, oIrmão Emili disse que nossa diversidade é um pre-sente e deixou-nos um desafio: passar de uma co-munidade multicultural a uma comunidade inter-cultural, em que a especificidade de cada um seconverta em riqueza para todos. Como lembrançae sinal, ele nos deixou uma pequena ponte, sím-bolo do compromisso de construir relações posi-tivas entre nós, a fim de representar aqui, em

Roma, o que sucede nas comunidades do Institu-to, em todo o mundo.Uma das formas concretas de animação da comu-nidade, no contexto da Administração geral, é fa-cilitar a comunicação através do uso de um lin-guajar comum. Dessa maneira, os Irmãos fazemum admirável esforço para utilizar o italiano nasorações e nas reuniões. Há alguns momentos quefavorecem as relações privilegiadas e o bom espí-rito, tais como os espaços informais para parti-lhar, as reuniões de comunidade, as celebraçõesde aniversário e as saídas em pequenos grupos.Por último, a oração em comum (a Eucaristia pelamanhã e a oração da tarde) tem um papel-chavena motivação e no apoio à nossa missão. Os Ir-mãos a preparam com cuidado e criatividade e aanimam segundo sua cultura. Fazê-la em italiano,embora para alguns apresente alguma dificulda-de, é um sinal que revela o desejo de rezar juntose de rezar com um mesmo coração.Nesse contexto, o Superior trabalha em estreitacolaboração com o conselho da comunidade, etratando de valorizar o enorme potencial de cadaIrmão, com o fim de garantir um serviço adequa-do ao Instituto, fazendo ao mesmo tempo frenteao desafio da integração cultural e do respeito àdiversidade, para que cresça a unidade sem cairna uniformidade. Talvez, esta comunidade se en-contre numa situação ideal para abrir novos ca-minhos para o diálogo.

Dezembro 2011 • 75

GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

Capelães

A minha tarefa especialnesta casa, é a assistên-cia espiritual aos irmãosque trabalham na Admi-nistração geral ou que seencontram em Roma se-guindo cursos universitá-rios. Digo isto porque a casa tem outra capelania, cujo responsável é oPadre José del Carmen de la Cruz, estudante do 2º ano de psicologia naUniversidade Pontifícia Salesiana, que atende às necessidades espiri-tuais do Governo geral do Instituto

76 • FMS Mensagem 41

S ou John Jairo Franco Car-denas, sacerdote, para pre-

sidir à celebração litúrgica daComunidade da AdministraçãoGeral. Ao mesmo tempo sou es-tudante na Universidade Gre-goriana em Roma, onde fre-quento o terceiro ano de His-tória da Igreja.

John Jairo Franco Cárdenas e José del Carmen de la Cruz Reyes

Sacerdotes

ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

O nosso trabalho, em síntese, baseia-se na presi-dência das diversas celebrações litúrgicas que sevivem diariamente em ambas as comunidades e adisponibilidade para acolher os irmãos que des-ejem receber o Sacramento da Reconciliação.

No entanto, a nossa tarefa mais importante éaprender todas as coisas belas que a comunidadenos oferece, tais como: a vivência comunitária, otestemunho dos irmãos, a sua generosidade navida cristã, a sua dedicação à missão que cadaum desempenha e assim por diante, etc .Não é possível imaginar a enorme riqueza que euadquiri nestes três escassos anos compartilhan-do e vivendo a espiritualidade marista. Assim,aproveito esta oportunidade para agradecer aosirmãos que me brindam com estas ofertas, paralhes expressar a minha admiração e lhes ofereceras minhas orações afim de prosseguirem na suabela missão de educadores das novas geraçõesque Jesus Cristo, através do nosso pai Marcelinoe nossa Boa Mãe lhes confiou.

Dezembro 2011 • 77

Não é um cargo previsto nas Constituições. Não consta do organograma da animação e governo do Conselho geral. O Secretário particular é uma tradição e uma necessidade dos Superioresgerais e o Ir. Emili me fez a proposta alguns diasdepois de ser eleito. Trata-se de uma missão discreta,muito mariana, confidencial e de muita confiança. É preciso estar à disposição do Superior geral para o que for necessário:

auxiliar na correspondência e nas atividades desenvolvidas; estar disponível para solucionar mil pequenos detalhes ligados à missão do Superior geral. É preciso saber ficar em segundo plano.

Ir. José M.a Ferre

SECRETÁRIO DO SUPERIOR GERAL

Ir. José M.a Ferre, (Mediterránea)Secretário do Superior geral

GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO GERAL • ADMINISTRAÇÃO

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIATE

CNOL

OGIA

DA

INFO

RMAÇ

ÃO

DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TEC

Dezembro 2011 • 79

ESTRUTURA DO SISTEMA DE DADOS E ESTATÍSTICAS p. 82

INFRAESTRUTURA INFORMÁTICA DA CASA GERAL p. 86.

80 • FMS Mensagem 41

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA

Tecnologia da informação

Enquanto fazia estudos bíblicosna Universidade Gregoriana, pre-parou o software que serviu debase operativa para as comuni-cações, durante o XXI Capítulogeral, em Roma. Atualmente,concluídos os estudos, foi-lhe so-

licitado um diagnóstico, análise e solução de um novo sistema de comunica-ções para a Casa geral, permitindo o trabalho integrado e harmônico da Ad-ministração geral, e especialmente da Secretaria geral, em união com todasas Unidades administrativas do Instituto.

AMEstaún .– À Secretaria geral ou à Diretoria das comunicações têmchegado perguntas como estas: Quantos Irmãos há no Instituto, nestemomento ou em alguma data determinada?Em que áreas de estudo te-mos mais Irmãos com estudos universitários e como estão distribuídos?Marcelo, que respostas se podia dar a essas perguntas, a partir dos ins-trumentos de que dispúnhamos, antes deste seu trabalho?

Marcelo .– Se um jovem espírito inquisidor ou um professor, que se interessapor dados estatísticos exatos do Instituto, me fizesse estas perguntas ou simi-lares, teria que responder simplesmente “não sei”. Na melhor das hipóteses, po-deria dar-lhe uma resposta aproximada. Na Administração geral essas perguntassão cotidianas e a dificuldade em respondê-las, um verdadeiro problema.

AMEstaún.- Donde provém a dificuldade para dar respostas fiáveis?

Marcelo.- Faz mais de uma década, alguns Irmãos que trabalhavam na Ad-ministração geral criaram uma base de dados informatizada, que foi o ins-trumento para elaborar as estatísticas oficiais desses últimos anos. Reali-zaram um trabalho excelente. Entretanto, a tecnologia, nos dez últimosanos, realizou avanços extraordinários que permitem resultados muito maisexatos. Por outro lado, a própria vida da Instituição, a integração dos lei-gos na missão marista, a diversificação das obras, etc., exigem novas solu-

OIrmão Marcelo De Britoelaborou o software da

infraestrutura informáticaque, pouco a pouco, estásendo instalada em todo oInstituto.

Dezembro 2011 • 81

Ir. Marcelo C. F. De Brito,(Cruz del Sur)Administrador de Sistemas TI

DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TEC

LOG DE MODIFICAÇÃO

COMUNIDADES (MORA EM, NA…)

MISSÃO NA OBRA

APOSTÓLICA

PAPEL QUE DESEMPENHA NA

COMUNIDADE

FUNÇÕES DE UMA PESSOA NA

COMUNIDADE

ÁREAS DE ESTUDO

LAÇOS FAMILIARES

TIPO DE DOCUMENTO

MOTIVOS DO INDULTO

MOTIVOS DA EXPULSÃO

GRAUS ACADÊMICOS

TIPO DE ALIAS (NOME RELIGIOSO, SOBRE NOME, ETC.)

CENTRO DE ESTUDOS (UNIVERSIDADES, CURSOS

DE MAGISTÉRIO, ETC.)

FUNÇÕES DE UMA PESSOA NA

OBRA APOSTÓLICA

CONTINENTESFOTOGRAFIAS

ESTUDOS E CURSOS

FAMILIARES E CONTATOS

ALIAS (NOMES

ALTERNATIVOS)

RETIROS DA UNIDADE

ADMINISTRATIVA

RETIROS DA UNIDADEADMINISTRATIVA

EM QUE PARTICIPOU IRMÃOS E NOVIÇOS

EXPULSÃO PROFISSÕESINDULTOS

DOCUMENTOS

PROGRAMAS DEFORMAÇÃO MARISTA

PROGRAMAS DEFORMAÇÃO MARISTA

REALIZADOSPAÍSES

PESSOAS

DADOS SUPLEMENTARES

DA PESSOA

ESTRUTURA DO SISTEMA DE DADOS

E ESTATÍSTICAS

82

NOTÍCIAS

SESSÕES

INTERFACE (IDIOMAS)

REPOSITÓRIODOCUMENTAL

PASTAS

REPOSITÓRIODOCUMENTALDOCUMENTOS

PARÂMETROS EMAIL - SMTP

FOTOS DA PÁGINA DE

INÍCIO

UNIDADE ADMINISTRATIVA: DEPENDÊNCIA DE OUTRA

UNIDADE ADMINISTRATIVA

PESSOA: PERTENÇA A UMA UNIDADE

ADMINISTRATIVA

FUNÇÃO DA PESSOA NA UNIDADE

ADMINISTRATIVA

CASA: DADOS SUPLEMENTARES

FUNÇÕES DE UMA CASA ASSINATURAS

CORREIO EPREÇOS POR

TIPO DE ENVIO

PEDIDO

DATA DE ABERTURA E FECHAMENTO DE UMA CASA

CASA: DEPENDÊNCIA DE UMA UNIDADE ADMINISTRATIVA

FUNÇÃO DE UMA CASA: DEPENDÊNCIA DE UMA

UNIDADE ADMINISTRATIVA

CATEGORIA DE UMA UNIDADE

ADMINISTRATIVA

UNIDADE ADMINISTRATIVA: DADOS SUPLEMENTARES

REGIÕES

USUÁRIOS

UNIDADES ADMINISTRATIVAS

CASAS

PUBLICAÇÕES

MOTIVO DE PERTENÇA A UMA UNIDADE ADMINISTRATIVA

FUNÇÕES DE UMA PESSOA NA UNIDADE

ADMINISTRATIVA

DADOS SUPLEMENTARES DE

UMA OBRA

FUNÇÕES QUE PODE TER

UMA CASA

FUNÇÃO DE UMA CASA: DADOS SUPLEMENTARES

EXPEDIÇÕES

83

ções. De modo que o instrumento existente já não tinha a capacidadede acompanhar os novos dados e, muito menos, de responder as per-guntas que fazemos hoje. Por uma multiplicidade de razões, que fo-ram atentamente estudadas, chegou-se à conclusão de que era maisconveniente criar algo novo, com a tecnologia hoje disponível, eolhando para o futuro.

AMEstaún.- Que orientações recebeu do Conselho geral?

Marcelo.- O Ir. Superior geral e seu Conselho assumiram o desafioque implicava solucionar os problemas que enfrentava a Administra-ção geral para dar respostas satisfatórias às necessidades do Institutoe decidiram criar de um novo sistema de arquivo de dados, capaz deresponder com precisão e fiabilidade a todas as necessidades.

AMEstaún.- Como organizou o trabalho de criação e de implanta-ção do novo sistema de armazenamento de dados?

Marcelo.- No último trimestre do ano passado (2010), começamos o tra-balho. O primeiro passo foi definir o que queríamos, o que necessitáva-mos e que critérios nos pareciam mais apropriados para estabelecer onovo instrumento. Era um grande desafio que só podia ser abordado emequipe. Durante vários meses, procedeu-se a consultas aos secretáriosprovinciais, aos diretores das diferentes secretarias que compõem o ser-viço da Administração geral. Muitas horas foram dedicadas à reflexão eao debate com os responsáveis pela elaboração das estatísticas do Insti-tuto e da gestão da Secretaria geral. As sugestões colocaram à prova apaciência e o engenho, para imaginar um sistema informático que espe-lhasse com suficiente fidelidade a realidade viva do Instituto. Tambémestivemos atentos para observar os sistemas e os meios que outras Pro-víncias utilizavam para responder a suas necessidades organizativas. Fo-ram muito valiosos os comentários ou as perguntas ocasionais de mui-tos que conheciam nosso projeto; assim deram sua contribuição. OConselho geral acompanhava com interesse e animava de perto o traba-lho, à medida que se avançava nas soluções.

AMEstaún.- Quais foram os critérios que orientaram a busca de so-luções para conseguir que o sistema informático refletisse com fi-delidade a complexa realidade internacional do Instituto?

Marcelo.- Esta foi uma necessidade que percebemos desde os primei-ros momentos. O que primeiro veio à luz foi uma lista de critérios ater em conta. Alguns dos mais importantes são os seguintes:

• Necessitamos de uma base de dados consistente, com dados ver-dadeiros e atualizados, quase em tempo real, capaz de oferecer re-sultados, listas e cálculos automáticos e fiáveis. Construir um sis-tema com uma base de dados centralizada, mas com a gestão

84 • FMS Mensagem 41

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA

Dezembro 2011 • 85

dos dados descentralizada, de modo que, paraquem está mais perto de cada fato ou aconte-cimento, este lhe apareça em forma de dado.

• Que seja um sistema ‘escalável’, o seja, quepossa crescer sobre plataformas e tecnologiasnovas, à medida que surjam novas necessida-des e possibilidades e que se possam agregarnovos módulos, sem depender da equipe ori-ginal que o desenvolveu.

• Que o sistema seja flexível no momento decriar relatórios, fazer análises estatísticas, in-formações históricas ou de apresentar possí-veis cenários de futuro, e que os dados sepossam manipular, inclusive com software ha-bitualmente utilizado pelos usuários comoOpen Office ou Microsoft Office.

• Que seja multilinguagem para que todos osusuários possam compreender melhor o siste-ma e selecionar as opções apropriadas com fa-cilidade e precisão.

• Que não seja necessário instalar nenhum pro-grama especial nos computadores dos usuá-rios, mas que todos os processos sejam execu-tados por um servidor centralizado. Dessemodo, qualquer atualização ou correção, reali-zada no servidor, estaria imediatamente à dis-posição de todos, sem precisar atualizar seuspróprios computadores.

• Que seja um sistema ‘multiplataforma’, o se-ja, que funcione em qualquer computador comum explorador de internet conectado à rede,independentemente do sistema operativo queutilize: Mac, Windows, Linux, etc.

• Aproveitar a potência, a documentação e adisponibilidade do software open source paracriar um sistema sólido, atual e econômico.

• Que a estrutura de dados, as listas e estatísti-cas respondam não apenas às necessidades daAdministração geral, mas também às das di-versas secretarias das Províncias e Distritos.

• O sistema que queremos construir deve ser fácilpara os usuários, ágil na navegação e na trans-ferência de dados e, ao mesmo tempo, seguro.

• Assegurar a possibilidade de interconexão dosistema de dados e de estatísticas com o sis-tema de arquivo.

ESTRUTURA DO NOVO SISTEMA DEARQUIVO E DE GESTÃO DE DADOS DACASA GERAL

AMEstaún.- Como se conseguiu elaborar a estru-tura do novo sistema de arquivo e de gestão dedados?

Marcelo.- Tudo foi amadurecido aos poucos. Um diaapareceu diante de nossos olhos o primeiro dese-nho, o primeiro mapa da estrutura do novo siste-ma de dados; em seguida, a segunda versão, a ter-ceira... Foi, finalmente, a nona versão (com algu-mas modificações posteriores) aquela que nos con-venceu, depois de superar as provas lógicas a quefoi submetida. Está representada no gráfico que po-de ser visto na página anexa.

AMEstaún.- Quais são os núcleos fundamentaisdessa estrutura?

Marcelo.- Tal como salta à vista, a estrutura de da-dos está organizada em torno de quatro grandesnúcleos:

1. as unidades administrativas2. as pessoas3. as casas4. as publicações

Em torno desses quatro núcleos cresce uma intrica-da trama de tabelas de dados e relações. Todo esseconjunto nos permitirá de dispor de todo o neces-sário para poder reconstruir a história de uma pes-soa, de uma casa (colégio, noviciado, obra social,etc.), de uma unidade administrativa (atual ou his-tórica), de fazer cálculos estatísticos e de projetarprospectivas.

AMEstaún.- Talvez para um usuário de primeiraviagem chame a atenção o fato de não aparece-rem núcleos de espaços físicos como aqueles quese escondem atrás de termos como “país” ou“diocese”, etc. Teve dificuldades para delimitar osnúcleos?

Marcelo.- Foi um desafio delimitar uma opção queharmonizasse todo o sistema. Talvez, o conceitoque pode aparecer como mais estranho seja o de

DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TEC

USG-300 Gateway – Firewall – Antivírus –Filtro de conteúdo

WIFI 43º andar

HP 1022nEscritório de consulta2º andar

Escritório de consulta2º andar

ESTUDANTESQuartos do 3° andar

ESTUDANTESQuartos do 3°andar

WIFI 3 2° andar

WIFI Champagnat

Projetor ChampagnatComunidade

Mosteiro

WIFI Mosteiro

WIFI Francisco

Projetor Francisco

SWITCH SC

SWITCH 3.2

SWITCH 4.2

Escritórios Térreo

SWITCH 5.2

SWITCH 6.1Quartos-

ala Hermitage(hóspedes)

SWITCH 6.2Quartos -

ala Hermitage(hóspedes)

Quartos Hermitage

Quartos Hermitage

SWITCH 1.3

SWITCH 1.5

Router COLT

Router ARUBA

ESQUEMA DA DA REDE DA CASA

87

SWITCH 1.1

SWITCH 1.2

SWITCH 2.1

SWITCH 2.2

SWITCH 4.1HWSW 1Controlador do portão

SWITCH 3 .1

SWITCH 5.1

SWITCH SCG

KM 3035Multifunção b&n – térreo

RELÓGIO de entradas e saídas do pessoal

Escritórios2º andar

MATEUSServidor do sistemade registro contábil

JUANServidor de cópiasde segurança

LUCASServidor de arquivos da Administração geral

NAS GALILEIAUso técnico

NAS JUDEIAPublicações

KM 8030Multifunção b&n 3º andar

HP cp3525Impressora a cores 3º andar

HP 2600nImpressora a cores FMSI

Escritórios 2º andar

KM TA300ciImpressora multifunção cores 1º andar

WIFI Lab

WIFI SCG

WIFI 62° andar

PEDROSistema de

Monitoramento

Quartos 3º andar

Escritórios Arquivo

Escritórios do Térreo

Escritórios 1º andar e TérreoMesa SCG

PRN-Arquivo

Projetor SCG

Quartos 3º andar

UPS 1Monitor da UPS do Rack 1

CX7816Servidor videocâmaras de segurança

HWGSTE 1Termômetro

Rack 1

SWITCH 1.4

INFRAESTRUTURA GERAL

ISAACServidor web www.fmsi-onlus.org

ABRAHAMServidor web app.fms.it

JACOBServidor webwww.champagnat.org

DEMUTServidor devirtualização

REBECAServidor de respaldo parawww.fmsi-onlus.org

SARAServidor

de respaldo paraapp.fms.it

AGARServidor de respaldo paraapp.fms.it

RAQUELServidor de respaldo parawww.champagnat.org

funções de uma casa, embora por outra parte, nos seja algo familiar. Foia maneira que encontramos para integrar no espaço físico do que chama-mos genericamente casa, distinguindo por sua vez as diversas funções(ou papéis) que se executam dentro desse espaço, por exemplo, numasituação clássica, dentro do que no sistema chamamos casa encontramosuma comunidade de Irmãos (uma função dessa casa) e um colégio (seriaoutra função). Essa diferenciação nos permitiu resolver muitas das situa-ções reais que se dão em nosso pequeno universo marista.

AMEstaún.- A informação contida na base de dados está à disposiçãode todos?

Marcelo.- A informação armazenada contém matizes de ordens diversas.Para respeitar, sobretudo, as pessoas, e como modo de garantir a consis-tência do sistema, este foi dotado de um elenco hierárquico de usuários,cada qual com diferentes possibilidades e atribuições, segundo o papelque desempenham. Desse modo, apenas os dados gerais e as informaçõesestatísticas anônimas estarão ao alcance dos usuários, mas aos dadosprivativos ou mais pessoais apenas terão acesso aqueles que podem oudevem conhecê-los em decorrência de sua função ou missão.

AMEstaún.- Uma vez concluído o mapa da estrutura, começou a mon-tar seu suporte informático.

Marcelo.- Tão logo que estivemos convencidos sobre a viabilidade dessaestrutura de dados, começamos a imaginar e a desenvolver a interface dousuário; os vídeos pelos quais os usuários interagem com esses dados, osformulários de carga, etc. Simultaneamente estudamos as várias arquite-turas de hardware sobre as quais iríamos montar nosso sistema, ou seja,que servidores, com que características e prestações, que tipo de cone-xão com a internet, que equipamentos de conexão e segurança, etc. Essapesquisa e reflexão nos colocou diante de outro problema: era imprescin-dível otimizar a infraestrutura da rede da Casa geral.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICASDA REDE DA CASA GERAL

AMEstaún.- Pode descrever-nos as ca-racterísticas técnicas da Rede da Casageral

Marcelo.- No gráfico da página anexapode-se ver um esquema da atual rededa Casa geral. Está organizada a partirde um equipamento (router-gateway) detecnologia bem atual que permite vá-rias conexões simultâneas à internet ea separação interna de várias sub-redes

88 • FMS Mensagem 41

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TECNOLOGIA

para serviços diversificados. O mesmo equipamen-to oferece um sistema de antivírus e de filtromuito eficaz de conteúdos. No esquema se podeapreciar:• Duas conexões com a internet: uma de fibra

ótica (de 4 Mbps / 4Mbps) utilizada normal-mente para a conexão dos servidores que po-dem ser contatados a partir da internet e parao acesso à internet da Administração geral edos hóspedes que, ocasionalmente, estão nacasa. Outra conexão ADSL (de 7Mbps / 384Kbps) é habitualmente utilizada para propor-cionar acesso à internet aos estudantes equartos dos Irmãos. Dessa maneira se equilibrao acesso à internet e, caso necessário, umapode oferecer o serviço à outra linha que, porqualquer motivo, deixe de funcionar.

• Uma primeira sub-rede chamada DMZ, na qualse encontram os servidores aos quais se podeacessar com a internet, como aquele que aco-lhe o site web www.champagnat.org e os ser-viços do sistema de dados.

• Uma sub-rede chamada LAN1 que integra to-dos os equipamentos dos Irmãos e dos escritó-rios da Administração geral com os servidores.

• Uma sub-rede chamada LAN2 que integra osequipamentos dos Irmãos que fazem estudossuperiores nas diversas universidades romanas.

• Uma sub-rede chamada WLAN que integra osistema wifi e dá acesso à internet para osquartos destinados aos hóspedes, mas nãopermite acesso aos servidores e a outros equi-pamentos da Administração geral.

AMEstaún.- Como se fez a implementação dosistema que já existia na Casa geral?

Marcelo.- Com o calor abrasador do mês de agos-to romano, veio também o novo conjunto de ser-vidores HP que nestes dias assume a carga dotrabalho cotidiano. Não me parece oportuno en-trar nesse ponto com muitos detalhes, mas se,por acaso, alguém com mais conhecimentos téc-nicos tiver a curiosidade, permito-me três ou qua-tro linhas em jargão informático. O sistema dedados está montado do seguinte modo:

• Um servidor HP Proliant DL370 G6 com umsistema de discos RAID 6 para a base de da-dos. Em síntese, um servidor com grandesprestações, muito confiável, onde poderiaocorrer, por exemplo, que se rompessem doisdiscos (coisa muito rara); mesmo se issoacontecesse, não perderíamos os dados.

• Dois servidores HP Prolian DL360 G7 comdois discos em espelho (com dupla cópia) parao servidor web do sistema de dados. Um para otrabalho normal e outro para o caso em que oprimeiro tivesse algum problema.

• Em todos os servidores se instalou um sistemaoperativo linux baseado em Debian. O motorda base de dados é um MySQL e o sistema dedados e sua interface estão escritos em php ejavascript para enriquecer um pouco mais ainterface do usuário e facilitar algumas fun-cionalidades. Além disso, instalamos um siste-ma de replicação (cópia instantânea) da basedados, em tempo real, e um sistema de cópiade segurança (backup) de todos os serviços edados que se atualiza cada vez que se faz al-guma alteração nos arquivos de código do sis-tema, ou então a cada 6 horas.

• No mês de outubro, com o primeiro Encontrode secretários provinciais com sede na Espa-nha, realizado em Guardamar del Segura, co-meçamos a etapa da implantação do sistema.Dia após dia, encontro após encontro, novasfuncionalidades, algumas correções e muitasmelhoras vão surgindo, graças à contribuiçãode muitos.

• Se com o compromisso de todos os atoresparticipantes, conseguirmos prosseguir, comoaté agora, com o ritmo de trabalho planejado,em outubro de 2012 teremos um “quadro digi-tal” do Instituto, preciso e real. E em poucotempo (talvez um ano) teremos à disposiçãoos dados da história atual do Instituto. Umprojeto ambicioso, pensado e construído emequipe e ainda implantado em equipe. Essaferramenta será um eficiente instrumento pararesponder a perguntas semelhantes àquelasapresentadas, no começo deste escrito.

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