mesolita – na 2 ca 2 [al 6 si 9 o 30 ].24h 2 o · mesolita em duas ca vidades adjacentes...
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MESOLITA – Na2Ca2[Al6Si9O30].24H2O A mesolita é um tectosilicato relativamente comum, um mineral do Grupo das Zeolitas, Subgrupo da Natrolita, que ocorre tipicamente como mineral secundário associado a rochas ígneas básicas. Não possui importância econômica além de mineral de coleção.
No Subgrupo da Natrolita há três zeolitas muito comuns e muito semelhantes entre si: escolecita (de Ca), natrolita (de Na) e mesolita (termo intermediário). Macroscopicamente são muito semelhantes, todas formam agregados radiados de cristais prismáticos longos, geralmente incolores, frequentemente brancos.
A mesolita pode apresentar um pequeno efeito piroelétrico. É piezoelétrica.
1. Características: Sistema Cristalino Cor Hábitos Clivagem
Ortorrômbica piramidal
Incolor, branca, cinza, pode ser amarelada.
Prismático longo, acicular, formando
agregados radiais. Pode ser maciça,
porcelanácea.
{110} perfeita {-110} perfeita
Tenacidade
Quebradiça
Maclas Fratura Dureza Mohs Partição
Tipicamente por {010} e {100}
Irregular 5 não
Traço Brilho Diafaneidade Densidade (g/cm3)
Branco Vítreo, quando fibrosa é sedoso.
Transparente 2,26
2. Geologia e depósitos:
A mesolita é um dos muitos minerais secundários que ocorre em cavidades (vesículas) de rochas vulcânicas, normalmente basaltos. Também ocorre em pórfiros e em andesitos.
Pode ser encontrada em veios hidrotermais.
Uma abordagem detalhada da ocorrência, das formas e de outros detalhes da mesolita pode ser encontrada no livro “Zeolites of the World” de Rudy Tschernich, disponível para download na internet. Informações detalhadas sobre as várias maneiras de ocorrência de mesolita podem ser encontradas no site da Comissão de Zeolitas Naturais: http://www.iza-online.org/ 3. Associações Minerais:
Associa-se aos minerais formadores das rochas hospedeiras, geralmente rochas ígneas máficas e ultramáficas: olivinas, clinopiroxênios (augita, pigeonita), plagioclásios (labradorita), magnetita, ilmenita, calcopirita, pirita, cobre nativo e outros.
Compõe a assembleia de minerais secundários, com celadonita, calcita, quartzo macrocristalino, calcedônia, flúorapofilita, powellita, prehnita, datolita e outras zeolitas (heulandita, laumontita, estilbita, epistilbita, chabazita, thomsonita-Ca, analcima, natrolita, etc.).
4. MICROSCOPIA DE LUZ TRANSMITIDA:
Índices de refração: nα: 1,505 nβ: 1.505 nγ: 1,505
ND Cor / pleocroísmo: incolor, nunca apresenta cor nem pleocroísmo.
Relevo: baixo.
Clivagem: difícil de observar porque os cristais geralmente são muito finos.
Hábitos: prismático longo sempre tendendo a acicular e fibroso, formando feixes radiais.
NC Birrefringência e cores de interferência:
birrefringência máxima de 0,001: cristais pretos a cinza muito escuros, não consegue alcançar o cinza claro muito menos o branco.
Essas cores bem escuras são uma característica diagnóstica importante!
Extinção: paralela.
Sinal de Elongação: SE(+) ou SE(-), não é diagnóstico.
Maclas: quase sempre maclada, mas a visualização das maclas é quase impossível porque os cristais geralmente são aciculares.
Zonação: não
LC Caráter: B(+), muito difícil de determinar, quase impossível, porque os prismas são finos demais para focar um cristal apenas.
Ângulo 2V: 80º
Alterações: sem informações.
Pode ser confundida com: muito semelhante a outras zeolitas de hábito prismático longo. Os outros dois membros da série (natrolita de Na e escolecita de Ca) são extremamente parecidos, mas natrolita mostra SE(+). Thomsonita mostra SE(+).
Em rocha basáltica, cavidade (vesícula) preenchida por um agregado radial de cristais prismáticos longos e finos, praticamente aciculares, de mesolita. A ND (esquerda) não há nenhuma característica diagnóstica, mas a NC (direita) o hábito, as cores escuras e a extinção paralela são típicos.
Mesolita em duas cavidades adjacentes conectadas em um basalto. Neste caso é possível perceber, a ND (esquerda), alguns tons mais escuros formando bandas paralelas, provavelmente impurezas incorporadas na mesolita durante o crescimento.
Em rocha basáltica, vesícula (cavidade) preenchida por thomsonita e mesolita. A ND (esquerda) a thomsonita é completamente incolor, enquanto a mesolita mostra-se turva. A NC (direita) a Thomsonita mostra cores de interferência fortes, coloridas, enquanto a mesolita mostra suas típicas cores de interferência bem escuras.
Comparação entre zeolitas comuns:
- todas são incolores a ND; nunca apresentam pleocroísmo.
- todas possuem relevo baixo a moderado baixo.
- todas podem apresentar maclas, há vários tipos diferentes para cada zeolita.
Clivagem Hábito Cor a NC Extinção SE LC 2V Analcima Não é visível Arredondada Quase preta
Birr.máx.: 0,001 isótropa não não não
Chabazita {10-11} distinta Pseudocubos (romboedros)
Cinza bem escura Birr.máx.: 0,006
simétrica não B(+) 0-32º
Escolecita {010} perfeita Prismática a fibrosa
Cinza a branco Birr.máx.: 0,010
15-18º (-) B(-) 36-56º
Estilbita {010} perfeita Tabular (“gravata- borboleta”)
Cinza até amarelo palha
Birr.máx.: 0,013
3-12º (+/-) B(-) 30-49º
Epistilbita {010} perfeita Prismático (“sanfona aberta”)
Cinza a branco Birr.máx.: 0,010
10º (+) B(-) 44º
Heulandita {010} perfeita Tabular, (“caixão”)
Cinza a branco Birr.máx.: 0,009
0-32º (-) B(+) 0-55º
Harmotoma (010) e (100) Rômbica Cinza Birr.máx.: 0,006
28-32º (+/-) B(+) 79º
Laumontita 3 clivagens Prismático (“prisma com pinacóide”)
Cinza até amarelo palha
Birr.máx.: 0,012
8-11º (+) B(-) 26-47º
Mesolita (110) e (1-10) Prismática fina a fibrosa (“radiada”)
Quase preta Birr.máx: 0,001
paralela (+/-) B(+) 80º
Mordenita (100) e (010) Fibrosa Cinza bem escura Birr.máx.: 0,005
paralela (+/-) B(+-) 76-90º
Natrolita {110} boa Prismática a fibrosa
Cinza até amarelo-palha. Birr.máx.: 0,012
paralela a simétrica
(+) B(+) 58-64º
Phillipsita (010) e (100) Colunar Cinza a branco Birr.máx.: 0,009
11-30º (+) B(+) 60-80º
Stellerita {010} perfeita Prismática Cinza até amarelo-palha. Birr.máx.: 0,013
paralela ? B(-) 47º
Thomsonita (010) e (100) Fibrosa/radial Colorida até azul Birr.máx.: 0,015
paralela (+/-) B(+) 44-75º
Minerais que não são zeolitas, mas que ocorrem na mesma paragênese e que são semelhantes: Barita (001), perfeita,
(210) e (010) Tabular, em
“formão”. Cinza até
amarelo-palha Birr.máx.: 0,012
paralela (+) B(+) 36-40º
Gipso (010), perfeita, (100) e (011)
Tabular, prismático,
etc.
Cinza a branco Birr.máx.: 0,010
até 15º (+/-) B(+) 58-19º
5. MICROSCOPIA DE LUZ REFLETIDA:
A microscopia de Luz Refletida evidentemente não é o método analítico recomendado para a identificação da mesolita. Entretanto, é importante a confecção de uma lâmina ou seção polida para a identificação dos minerais opacos que podem ocorrer associados à mesolita, como cobre nativo.
Preparação da amostra: o polimento da mesolita é simples e rápido e fica de excelente qualidade, apesar do hábito fibroso do mineral. Os agregados esféricos de estrutura fibrosa radial de mesolita são bastante compactos e muito duros, aceitando o polimento com facilidade.
ND Cor de reflexão: Cinza escuro, aproximadamente o mesmo que quartzo e feldspatos.
Pleocroísmo: Não
Refletividade: Baixa (<<10%) Birreflectância: Não
NC Isotropia / Anisotropia: Não se percebe anisotropia.
Reflexões internas: Generalizadas claras, incolores a leitosas.
Pode ser confundida com: muitos outros minerais, inclusive várias outras zeolitas que ocorrem nas mesmas paragêneses. Não é possível identificar a mesolita sob Luz Refletida.
Versão de maio de 2020
Cavidade (vesícula) em basalto preenchida com mesolita a ND (esquerda) e a NC (direita). Não há nenhuma feição diagnóstica para mesolita.