mês de março de 2016

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Mês 03 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

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edição em homenagem a 1 ano de morte de rubens saraceni

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Diretor responsável Caio Augusto

Novidades, textos, eventos,

matérias, tudo que você

Umbandista procura.

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NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! Boa leitura.

Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Douglas Elias;

Glauco Mariani;

Felipe Campos;

Hugo Lapa;

Orlando Aparecido;

Jean de Ogum;

Claudio Vieira;

Bruno Stanchi;

Maria Aparecida;

Rosana Souza;

Equipe Para Sempre Umbanda EAD;

Roberta de Souza;

Pablo Araújo

Flavio Fukuda

Correção e textos:

Equipe Geral

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

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(Caio Augusto)

Pai pai pai meu, pai pai pai meu,

Todo mundo tem um pai mais não é igual o meu!

Oque falar da vida ou pensar em reflexo umbandista nesses momentos

ao quais pensamos e nos inspiramos em figuras que mudam nossa vida

em reflexo aos seus guias e orixás, o que pensarmos em humildade

quando conhecemos pessoas que realmente nos mostram isso em

atitudes, o que pensar em uma nova era após a passagem de um

grande mestre perguntas que refletiremos todas as vezes nessa data.

Esses dias lendo sobre humildade perante a umbanda nada mais me

descreve a esse homem que foi nosso mestre Rubens, creio que não

importa o grau de contato com ele e sim o que sente com sua doutrina,

preparar vários mestres para continuar um legado é coisa de poucos e

melhor ainda plantar uma semente única na história também, a

umbanda é uma religião que muda e mudara muito mais a sua

passagem foi marcante e enquanto tiver um de nós nem que seja um

falando desse pai ela ficara viva.

Acho que a maioria das pessoas procuraram o Rubens ou acharam ele

nos livros pelos seus guias ou em fim, por que precisavam de mais

respostas que duvidas precisavam sair do vazio da ignorância aonde

nada se podia ser falado tudo era mistério nada estava pronto, você era

médium sem saber o que era ser médium e não podia nem ao mesmo

saber o porquê, muitos como eu se alegraram em saber que existia

alguém na terra com o pensamento de abertura de ideias e não de

fechar as mesmas, que alegria poder ler um livro teológico sabendo

que estávamos no caminho certo...

Como foi bom escutar e ler que você poderia ser o dono do seu templo

pois você era o templo vivo e nenhum lugar poderia prender você por

saber mais ou menos em fim que alegria, creio que a maioria de seus

filhos carrega um pouco desse querer saber e isso que nos movimenta

pois, mais que somos umbandistas somos estudiosos e curiosos pois

para desvendar da umbanda precisamos desbrava-la com coragem de

um guerreiro e força de sua espada ao qual nosso grande irmão

Rubens o fez, falo e falarei que a força de um guerreiro esteja sempre a

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frente e que nosso Pai Ogum esteja sempre iluminando o grau desse

mestre e que sua evolução seja plena meu muito obrigado.

(Caio Augusto)

O Cavaleiro na Encruzilhada Páginas : 208 Release: No tempo antigo, em 1200 a.C., começa a escuridão na Terra, com o plantio do mal, assustadoramente. Lá ela estaria, aguardando a conquista do território, onde havia estabelecido uma enorme corrente negra, a surgir e caminhar para destruição em massa dos seres humanos, sem dó nem piedade. A Lei Divina então avança com seus cavaleiros à procura daqueles que desarmonizavam e destruíam a vida humana. Apenas esses grandes guerreiros, sob o amparo do Criador, vêm em busca de

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eliminar a todos do mal, para futuramente não deixar que atinjam aquela região. Já no entrosamento da vida terrena, com o desencarne de um valente Cavaleiro, este passará por regiões desconhecidas e se tornará um Guardião das Sete Porteiras, onde cumprirá outro destino, agindo contra quem o persegue e quem se desvia e desrespeita a Lei Divina. Autor: Joubert Zampieri nasceu em 1973 em São Paulo, capital. É graduado em Ciências Contábeis e Finanças, e reside atualmente em Guarulhos/SP. Foi iniciado na Magia Divina das Sete Chamas Sagradas em 2001, à qual retornou em 2005, e continua a estudar e iniciar-se em outros graus da Magia Divina, no Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, ministrados pelo Mestre Rubens Saraceni, autor de diversas obras consagradas que têm inspirado muitas pessoas a se dedicarem a aprender e ensinar sobre a Magia e sobre a Umbanda. Em 2011, no curso de Magia Divina dos Sete Dragões Sagrados, amparado pelo seu mestre, Zampieri começou a psicografar sua primeira obra, O Cavaleiro na Encruzilhada, despertando o saber a ser levado aos leitores por meio de um romance de tempos antigos, ocultados dos povos e das histórias perdidas. Vale lembrar que nossos irmãos lutaram bravamente para haver paz naquele tempo, mas a eclosão do mal não se contenta e segue o seu percurso no tempo. Mas nossos amados Guardiões e Guardiãs estão sempre a nos amparar na Lei e na Justiça Divina. O autor é umbandista, faz parte da família do Templo Espírita Divindade Sol Nascente, em Guarulhos. Páginas : 208 Release: No tempo antigo, em 1200 a.C., começa a escuridão na Terra, com o plantio do mal, assustadoramente. Lá ela estaria, aguardando a conquista do território, onde havia estabelecido uma enorme corrente negra, a surgir e caminhar para destruição em massa dos seres humanos, sem dó nem piedade. A Lei Divina então avança com seus cavaleiros à procura daqueles que desarmonizavam e destruíam a vida humana. Apenas esses grandes guerreiros, sob o amparo do Criador, vêm em busca de eliminar a todos do mal, para futuramente não deixar que atinjam aquela região. Já no entrosamento da vida terrena, com o desencarne de um valente Cavaleiro, este passará por regiões desconhecidas e se

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tornará um Guardião das Sete Porteiras, onde cumprirá outro destino, agindo contra quem o persegue e quem se desvia e desrespeita a Lei Divina. Autor: Joubert Zampieri nasceu em 1973 em São Paulo, capital. É graduado em Ciências Contábeis e Finanças, e reside atualmente em Guarulhos/SP. Foi iniciado na Magia Divina das Sete Chamas Sagradas em 2001, à qual retornou em 2005, e continua a estudar e iniciar-se em outros graus da Magia Divina, no Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, ministrados pelo Mestre Rubens Saraceni, autor de diversas obras consagradas que têm inspirado muitas pessoas a se dedicarem a aprender e ensinar sobre a Magia e sobre a Umbanda. Em 2011, no curso de Magia Divina dos Sete Dragões Sagrados, amparado pelo seu mestre, Zampieri começou a psicografar sua primeira obra, O Cavaleiro na Encruzilhada, despertando o saber a ser levado aos leitores por meio de um romance de tempos antigos, ocultados dos povos e das histórias perdidas. Vale lembrar que nossos irmãos lutaram bravamente para haver paz naquele tempo, mas a eclosão do mal não se contenta e segue o seu percurso no tempo. Mas nossos amados Guardiões e Guardiãs estão sempre a nos amparar na Lei e na Justiça Divina. O autor é umbandista, faz parte da família do Templo Espírita Divindade Sol Nascente, em Guarulhos.

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Quer receber informações precisas sobre os trabalhos ajuda nas giras, dias e horas, entre no grupo. https://www.facebook.com/groups/222807587848406/

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(Glauco Mariani)

É comum quem está indo a um terreiro de Umbanda pela primeira vez, não

saber exatamente como se comportar ou o que fazer. Primeiramente

devemos saber que o terreiro ou centro é um local sagrado, assim como

uma igreja por exemplo.

Em todos os terreiros temos um “conga”, que seria na igreja católica o

altar, então se você adentrar em um terreiro pode fazer o sinal da cruz, sem

problema. Outra dúvida frequente é se devemos entrar descalços. Até para

os filhos que trabalham no centro é opcional, é claro que sendo um local

sagrado e onde circula energia, se você estiver descalço essa troca de

energia se faz de uma maneira mais intensa.

Em uma gira de Umbanda temos pontos de abertura, defumação, etc..Quem

sabe os pontos pode cantar junto, ajudando dessa forma a integrar melhor a

assistência aos trabalhos que serão realizados.

Quando você vai a um centro de Umbanda, certamente carrega consigo

suas aflições, seus medos e dúvidas, mas tenha certeza de uma coisa, ao se

consultar com um guia espiritual-entidade de luz, você sairá mais leve e

com um direcionamento melhor para seus problemas.

O que acontece durante uma gira espiritual é uma integração entre o plano

espiritual e o plano físico, onde temos a presença de entidades de luz, que

estão no nosso plano durante o período da gira espiritual, trazendo

conhecimento, luz e direcionamento a todos que estão presentes.

Um centro de Umbanda realiza trabalhos semanais, quinzenais ou mensais,

isso varia muito de um centro para outro, mas o mais importante é se

praticar a caridade, amor ao próximo e NUNCA se cobrar qualquer valor,

para quem quer se consultar ou tomar um passe energético.

A Umbanda é regida pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são

irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que

gostaríamos que a nós fosse feito. A Umbanda está a serviço da Lei Divina,

e só visa o Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das

criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize

de magia negativa, não é Umbanda. A Umbanda não realiza, em qualquer

hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer

elementos destes em rituais, oferendas ou trabalhos.

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E por fim Umbanda é natureza, são as forças da natureza “Os sagrados

Orixás” atuando sobre nós, é preciso se respeitar e ter sempre dentro de nós

essa força divina e única. Leve a força de um centro, terreiro ou tenda

dentro de você, ame-se em primeiro lugar e só assim amará seu próximo.

Axé

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Quer receber todo o mês, o nosso jornal? Mande um e-mail

para [email protected] para receber sempre o jornal.

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(Hugo Lapa)

As pesquisas mundiais sobre as EQMs geralmente trazem elementos comuns que podem ser encontrados em relatos do mundo inteiro. Há pelo menos mais de dez elementos que são considerados um padrão comum a maior parte dos relatos, são eles:

Experiência Fora do Corpo: Pessoas declaradas clinicamente mortas ou próximas da morte declaram perceber a si mesmas flutuando acima do corpo físico. Isso pode gerar certa confusão e medo a algumas pessoas, sem entender o que acontece. Podem tentar se comunicar com médicos ou pessoas próximas sem sucesso. Passado algum tempo, elas de súbito compreendem a condição que se encontram, sentindo paz e serenidade. Há também um repentino sentimento de derrubada de máscaras e papéis humanos. As pessoas estabelecem maior contato com o que são em essência. Uma sensação de inefabilidade (experiência que não pode ser traduzida em palavras) também é relatada por muitos indivíduos.

Consciência ampliada: Após a saída do corpo, a dor desaparece por completo e sobrevém um grande alívio. Os sentidos podem ficar entorpecidos, desaparecendo qualquer sensorialidade. No entanto, a consciência parece se expandir muito além daquilo que as pessoas estavam acostumadas durante toda a sua existência na Terra. Pode advir um sentimento de clareza total, de visão além de qualquer limite, de plenitude, de inteireza. Surge também uma percepção de um propósito em tudo, de que existe um significado em cada coisa experimentada e, além disso, uma sensação de que tudo é muito real, mais real até do que a experiência vivida na matéria física. Na pesquisa conduzida por Paul Perry em mais de 600 indivíduos, mais de 74% deles afirmaram que estiverem mais conscientes do que o normal (Long & Perry, 2010). Raymond Moody descreve uma intensa mudança de perspectiva sobre

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tudo. A pessoa redescobre a si mesma após passada a carga de tensão do processo de morte. Elas se percebem num corpo mais etéreo, porém ainda com uma forma levemente definida. “Alguns descrevem como uma nuvem colorida, outros como um campo de energia” (Moody, 1985). Há relatos de pessoas que flutuaram além da Terra, atravessaram galáxias e tiveram experiências cósmicas. Tempo e espaço se relativizam dentro das EQMs.

Sentimentos intensos e vívidos de paz e alegria: Muitas pessoas relatam sentimentos de paz e plenitude. Muitos afirmam que “voltaram para casa” e sentem fortes emoções. Porém, não são emoções como as humanas, são emoções mais leves e livres. As pessoas sentem que se desprenderam dos grilhões da vida física e se encontram agora numa espécie de limbo, de cosmos onde não há as restrições tipicamente humanas. Na pesquisa de Paul Perry, mais de 50% dos sujeitos respondeu que sentiu uma “alegria incrível” durante a experiência.

Experiência do Túnel: Nesse momento, as pessoas descrevem estar percorrendo uma certa escuridão, algo semelhante a um túnel. Algumas dizem que são literalmente puxadas por alguma espécie de influxo sutil e sentem estar atravessando uma região sombria, como um túnel, com uma luz brilhante no final. O túnel, porém, não parece ser universal, pois algumas pessoas relatam também uma escadaria que ascende ao céu, às vezes em forma de espiral. Yogananda, no livro “Karma e Reencarnação” também menciona a experiência do túnel, muitos anos antes do início das pesquisas com EQM. Outras pessoas falam de um portal de luz, a qual percebem tratar-se de uma passagem de um plano de realidade a outro. Porém, o túnel parece ser o relato mais comum a maioria dos casos. De qualquer maneira, fica evidente que a forma não é relevante, mas o símbolo de algo que nos permite uma “subida de nível”. “A pessoa está atravessando uma passagem a direção de uma luz intensa” (Moody). Como diz uma pessoa pesquisada por Perry: Minha percepção seguinte foi a de ser mergulhado e acalentado num movimento morno, ondulante e flutuando na abertura de um túnel. O túnel tinha laterais suaves e esvoaçantes e era bem iluminado, com as dimensões do túnel diminuindo e o brilho aumentando enquanto se aproximava de uma única luz brilhante. Viajamos muito rapidamente até o

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túnel. O túnel era de várias cores diferentes: azul, amarelo, branco, verde e vermelho.

Encontro com entes queridos: É comum o relato de pessoas que encontraram parentes já falecidos. Muitos também citam o encontro com pessoas desconhecidas, junto com a sensação de que a conhecem de outros lugares. Os parentes podem vir saudar o recém falecido, incentiva-lo ou mesmo dizer que ainda não é o momento dele deixar o corpo físico. “Muitas vezes, dizem que essas pessoas também estão em corpos tão indescritíveis como os seus próprios”, afirma Moody. Quando Allan Kardec questiona os espíritos sobre se a alma, após a morte, encontra desencarnados que conheceu durante a vida, a resposta é a seguinte: “Sim, de acordo com a afeição que havia entre eles, muitas vezes vêm recebê-lo na volta ao mundo dos espíritos e o ajudam a se desprender das faixas da matéria. Assim como reencontra também muitos que havia perdido de vista durante sua permanência na Terra. Vê os que estão na erraticidade, como também vai visitar os que estão encarnados”.

Seres de Luz: Atravessando o túnel, a pessoa geralmente percebe seres de luz, mas não se trata de uma luz comum, mas uma luz que tudo penetra transmitindo paz e amor. Essa luz é relatada como sendo a luz mais brilhante que já viram na Terra, porém, ela não é ofuscante; ela é “luz quente,vibrante e viva” (Moody). Além dos seres de luz, as pessoas têm contato com parentes e amigos já falecidos, que o recebem.

Outras contam a visão de diversas paisagens e cidades composta de luz e energia. Talvez estas referências sejam uma visão das famosas colônias espirituais, tal como descritas na obra do médium mineiro Francisco Cândido Xavier, em especial na famosa obra “Nosso Lar”, psicografada pelo espírito André Luiz. A comunicação ocorre sempre pela via telepática, que parece ser a linguagem universal usada nos planos sutis.

A esse respeito, Emmanuel Swedeborg diz que “Enquanto os espíritos conversam uns com os outros mediante uma língua universal, todo homem, imediatamente após a morte, depara com essa língua universal, que é própria do seu espírito”. Será essa língua mencionada por Paulo de Tarso como “a língua dos anjos”?

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O Ser de Luz: Além dos seres de luz, a pessoa mantém contato com um Ser de uma Luz infinita, que parece ser o regente de toda a situação. Frequentemente algumas pessoas o descrevem como sendo Deus; os cristãos dirão que é Jesus; os budistas poderão dizer que é Buddha, os muçulmanos que é Maomé, e assim por diante. Outras, no entanto, não declaram ser nem Jesus, nem Buddha, nem ninguém conhecido, mas tão somente um ser iluminado que irradia profunda paz e compreensão. O ser de luz pode informar a pessoa sobre a necessidade do retorno à Terra, a fim de terminar sua missão ou roteiro kármico. Alguns relatos afirmam que a própria pessoa pode, se quiser, optar em retornar ao seu corpo ou mesmo pode decidir dar por cumprida a sua missão. Nesse sentido, parece que, ao menos para algumas pessoas, existe uma escolha de continuar na Terra e ausentar-se dela.

Recapitulação ou Revisão da Vida: Como já dissemos anteriormente: trata-se de uma revisão completa, panorâmica e vívida de todos os atos da pessoa. As barreiras do espaço-tempo são quebradas e a pessoa mergulha num fluxo de consciência atemporal de retrocognição, ou visão do passado. A pessoa sente suas ações e o resultado que elas acarretam aos outros.

Se fiz o bem, sinto o bem; se fiz o mal, sinto todo o mal que pratiquei. Compartilhamos do céu ou do inferno que criamos para as pessoas, os animais e o mundo. Nesse momento, a pessoa constata que as separações entre os seres são ilusórias e que todos fazemos parte de uma mesma teia ou rede infinita de consciência e realidade. Após o retorno ao corpo físico, o amor e o conhecimento passam a ser muito valorizados e tidos como essenciais.

Relutância em retornar: Parece que a EQM é uma experiência tão agradável, que a maioria dos pacientes sente certa tristeza em retornar, preferindo permanecer naquele estado de plenitude, provavelmente transmitido pela presença do ser de luz ou da Luz Clara no fim do túnel. Alguns chegam mesmo a sentir nostalgia da experiência, desejando repeti-la. Ao contrário do que se poderia pensar, isso não gera uma falta de vontade de viver e tampouco o desejo de abreviar a própria vida. A experiência acaba se tornando como um farol que guia os seus passos e orienta seu caminho.

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Quanto às consequências de uma experiência de quase-morte, a maioria das pessoas relata sentir transformações intensas em suas vidas. Essas transformações são muito semelhantes entre diferentes pessoas que atravessaram os portais da morte.

Apesar de serem fortes, essas mudanças não são determinadas por uma crise, mas ocorrem naturalmente, como um espontâneo efeito de uma nova maneira de encarar de vida. Moody relatou algumas dessas mudanças:

Perda do medo da morte: Quase a totalidade das pessoas que passam por uma EQM passam a encarar a morte de outra maneira. Elas perdem aquele medo que a maioria possui, como uma extinção da individualidade.

O amor passa a ser reconhecido como a coisa mais importante da vida: O amor vem da sensação de que todos nós, inevitavelmente, estamos conectados uns aos outros. Eles sentem que o amor é o laço que une nosso ser a todo o universo físico e invisível. O amor passa então a ser considerado o sentimento nobre mais importante da vida. Não há um caminho para o amor; o amor passa a ser o próprio caminho.

A sensação de união com todas as coisas: É algo que a maioria não consegue definir e nem se preocupa muito com isso, mas as pessoas passam a sentir ou reconhecer uma indissociável ligação entre todas as coisas. As pessoas e as coisas passam a ser tão presentes e vivas, que tudo passa a ser parte de um mesmo elo de realidade.

A valorização do conhecimento: Muitos passam a estudar mais, adquirir informações sobre várias coisas, pois percebem que o conhecimento é uma das poucas coisas que se leva após a morte. O conhecimento é algo que ninguém pode tirar de nós, acaba fazendo parte do que somos.

Maior responsabilidade pessoal pela sua vida e seu destino: Principalmente após a revisão da vida, a pessoa sente-se mais responsável pelo que lhe ocorre e passa a se compreender como a única criadora do seu destino.

Vivenciar as pequenas coisas e dar um novo sentido à vida: Temos a tendência a dar valor a coisas vazias: dinheiro na conta bancária, promoção a novo cargo na empresa, a vitória de um time de futebol, dentre outros. Mas, após a Experiência de Quase Morte, as pessoas redescobrem o sentido da

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simplicidade da vida. As coisas simples passam a ser aquilo que mais importa, e é o que levamos após a morte.

Desenvolvimento da espiritualidade: Muitas pessoas passaram a desenvolver um novo sentido de vida, buscando mais valores e princípios além da visão mundana. Muitos começam a estudar a mensagem dos sábios da humanidade e a aderir a correntes de pensamento espiritual. O seu desenvolvimento espiritual passa a ser visto como essência para a nossa vida.

Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.

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(Adérito Simões) Lembro-me de uma vez em que o Pai Medeiros, desceu a serra para visitar o terreiro da Mãe Dagmar no meu início de vida umbandista.

O Pai Medeiros dançava feliz e sorria o tempo todo. No final da gira, ele disse encantado, “Nossa!

Lembrou muito o terreiro da minha vó”. Eu não entendi nada na

hora. Pensei: “Ué? Terreiro não é tudo igual? Não são assim todos”? Eu ia na festa de Iemanjá quando era médium iniciante e pensava: “Caramba! Cada terreiro mais lindo que o outro. Grandes e bonitos!

Nossa! Tem cada terreiro pequeno e feinho, né”?

Como eu era um grande babaca! Como era forte minha catarata espiritual. O terreiro da Mãe Dagmar era a essência do terreiro de

vó. Metade casa, metade terreiro. A família toda ali trabalhando. Um na porteira, outro na consulta, outro como cambone. A assistência era quase da casa e quando alguém tinha uma “dor de barriga”, era

só bater palma ali na porta que a mãe Dagmar estaria lá. Terreiro de vó. Pai Medeiros foi genial. Pessoas que inspiram mesmo uma

década depois.

Irmãos, ao longo dos anos fui entendendo o que o Pai Medeiros disse naquela noite. Fui conhecendo terreiros grandes, bonitões e

espetaculares. Muitos, lotados de axé.

Outros, lotados de orgulho e vazio de tudo. Roupa bonita, bebida importada para as entidades, circo montado e armado. Curimba

enorme. Quase um show. Nos atabaques sabe o que saía? Nada. Só barulho sem energia.

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Ponto cantado é oração. Umbanda reza pelo ponto cantado, ensinou

meu Pai Paulo Ludogero. Sabe como é lá no terreiro de vó? Filho de santo cantou o ponto errado ou tentou dar uma enfeitada a vó só olha de canto de olho e o ogã conserta na hora. Terreiro de vó tem

comando, mas tem briga também.

Que terreiro que não tem briga? E toda briga de terreiro é igual. São as mesmas coisas sempre. É fulano que não ajuda na limpeza, é

beltrano que não veio na gira passada e não falou nada, é outro que foi na balada e postou foto no face quando deveria estar na gira, é não sei quem que falou de não sei quem, aquela é puxa-saco etc.

É verdade ou não é? Isso se chama vida. Isso se chama verdade. Não tem grupo de pessoas, seja terreiro, trabalho ou família que não tenha “arranca-rabo”. É aquele terreiro em que a mãezinha

levanta para dar uma bronca porque tem filho que não está cantando direito e que fulano não acendeu a vela de anjo de guarda.

Aí, o fulano abaixa a cabeça concordando e pede desculpas. Quando

a mãe fala, irmão, a mãe está certa. Pode falar que é mentira. A gente sabe que a mãe está certa porque a mãe tem coroa de

verdade. Coroa feita na fé e não no dinheiro. Bateu coroa na esteira e não na nota de cinquenta. Coroa de galho de arruda, folha de guiné e reza pronta na ponta da língua.

Irmãos, tem gente que tira sarro do terreiro de vó. Diz que a mãezinha “fala tudo errado” e que não sabe de nada. Não sabe nem as sete linhas direito e não sabe o que é arquétipo. Diz que é

terreiro de gente burra. Quando escuto isso, só dou risada. Você vai no terreiro do sabe-tudo-tirador-de-sarro-da-mãezinha e só tem

nariz empinado.

O terreiro de vó é lotado de gente verdadeira que acorda cedo para trabalhar e chega no terreiro para encontrar conforto e não tem medo de dizer que tem vícios e defeitos. Terreiro de gente que

respeita a mãezinha de santo e coitado do filho que não respeitar! Não tem incorporação mais linda do que Ogum baixado na vó.

A vó quando está com Ogum em terra, gira como guerreiro e aquela

dor na perna e nas costas dela some. A vó dança e gira como se fosse outra pessoa. É a coisa mais lindo do mundo.

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Terreiro de vó aceita todo mundo e todo mundo a vó aceita do jeito

que é. Não precisa ter cartão de crédito ou carro importado para entrar. Não precisa de mais nada além da própria fé. Não precisa ter instrução e não precisa ter palavreado bonito. É o terreiro do Seu

José e da dona Maria que conduziu a Umbanda até as nossas mãos.

Então, eu te pergunto: Tem lugar para a médium Dona Maria no seu terreiro? Se a resposta for não porque a Dona Maria não vai

entender nada do que digo, já que ela não sabe ler e nem escrever, tem alguma coisa errada aí na sua casa de axé. Uma coisa é a Dona Maria não se enturmar com o pessoal. Outra coisa totalmente

diferente é não acolher a Dona Maria porque ela não sabe ler. Entende a diferença? Entende como os terreiros de hoje em dia

estão se formando? Não há lugar para analfabetos e humildes. Onde está a caridade e a humildade? Se a Dona Maria não pode entrar

porque não tem dinheiro, aí a coisa já está bem pior. Uma coisa é não poder contribuir monetariamente para o sustento da casa e outra coisa é não querer contribuir. Se a regra for: “Sem dinheiro

não tem terreiro”, está errado ou estou errado?

Vamos respeitar o terreiro de vó. Vamos respeitar as Donas Marias e os Seus Josés. Vamos respeitar os terreiros familiares tocados com amor, com fé e tradição. Saravá a todos de Umbanda e a todos

terreiros de vó.

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https://www.facebook.com/ParaSempreUmbandaEad

(Alexandre Cumino)

A “Umbanda Sagrada” se tornou uma vertente dentro da

grande UMBANDA. Mas antes que se vaticine e dê por

encerrado o assunto é importante esclarecer alguns

pontos.

O termo “Umbanda Sagrada” se popularizou por meio da

obra de Pai Rubens Saraceni. No entanto, nunca houve

intenção de criar uma vertente ou seguimento dentro da

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Umbanda e, ainda assim, isso aconteceu de forma bem

natural.

A partir da década de 1980, Rubens Saraceni começou a

psicografar romances e livros doutrinários de Umbanda. O

autor espiritual que mais se destacou foi Pai Benedito de

Aruanda, um “Preto Velho”, e este espírito, ao escrever,

sempre se referia à religião desta forma: “Umbanda

Sagrada”. Pai Benedito não estava se referindo, em suas

obras, a uma nova vertente e sim a toda a Umbanda. Para

Ele, toda a Umbanda é Sagrada. Para Rubens Saraceni e Pai

Benedito de Aruanda, caso alguém perguntasse de qual

Umbanda eles faziam parte ou se referem, a resposta seria,

com certeza, “Umbanda Natural”, não por se tratar de uma

outra vertente e sim pelo fato de que consideram a Umbanda,

como um todo, uma “Religião Natural” o que, na obra de

Rubens, se opõe à “Religião Abstrata”. Na “Religião

Natural” é possível ver Deus na Natureza, por meio dos

Orixás; na “Religião Abstrata” a relação com Deus faz

parte de um processo abstrato e intelectual.

No livro “Código de Umbanda”, Rubens Saraceni, Ed.

Madras, pg. 380, existe um capítulo chamado “Umbanda

Natural”, no qual podemos ler:

Umbanda Natural = Umbanda Astrológica, Umbanda

Filosófica, Umbanda Analógica, Umbanda Numerológica,

Umbanda Oculta, Umbanda Aberta, Umbanda Popular,

Umbanda Branca, Umbanda Iniciática, Umbanda Teosófica,

Umbanda Esotérica.*

Natural é a Umbanda regida pelos Orixás, que são

senhores dos mistérios naturais, os quais regem todos os

polos umbandistas aqui descritos. Muitos optam por

substituir a designação de “Ritual de Umbanda Sagrada”,

dada à Umbanda Natural, porque lhes falta uma visão mais

ampla do que sejam os Orixás Naturais, regentes divinos

de todos os processos religiosos.

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Então que fique bem claro que, em essência, para Rubens

Saraceni e Pai Benedito de Aruanda, toda a Umbanda é

Sagrada, toda a Umbanda é Natural e toda a Umbanda é

Divina.

Não houve intenção de criar uma nova vertente. No entanto,

identificar-se com a “Umbanda Sagrada” passou a ser um

processo muito simples e natural a quem lê, estuda e pratica

a Umbanda com base na obra de Rubens Saraceni.

Obs.: Todos os livros de Rubens Saraceni foram publicados

pela Editora Madras e podem ser consultados no

sitewww.madras.com.br - Especialmente sobre esta

introdução ao conceito de “Umbanda Sagrada”, recomendo

os títulos: “Umbanda Sagrada” , “Codigo de Umbanda”,

“Fundamentos Doutrinarios de Umbanda” e “Tratado Geral

de Umbanda”. Todos de Rubens Saraceni e Ed. Madras.

* Nota de Alexandre Cumino: Poderíamos citar ainda muitas

outras Umbandas como: Umbanda Eclética, Umbanda Cristã,

Umbanda Omolocô, Umbanda Tradicional, Umbanda Almas e

Angola, Umbanda Cruzada, Umbanda Traçada e etc.

Dando sequencia ao primeiro texto sobre “Umbanda Sagrada” no qual citamos que, embora não exista pretensão de criar uma vertente, já se tornou um fato que neste universo de diversidades da Umbanda, entre tantas umbandas, podemos citar o que é “Umbanda Sagrada”. A quantidade de informações e revelações que vieram pela obra de Rubens Saraceni é tão grande que é possível fazer a opção de seguir e viver a Umbanda sob esta perspectiva. Uma das características mais fortes da “Umbanda Sagrada” é sua teologia, a fundamentação teórica de tudo o que é possível explicar dentro da doutrina e ritual, compreendendo sua estrutura espiritual, natural e divina. Teologia, Teogonia, Cosmologia, Cosmogênese, Androgenesia, Ontogenesia, Ancestralidae, Hierarquia e etc. Tudo explicado por meio de sua obra.

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Na “Umbanda Sagrada” está a explicação final do que são as “Sete Linhas de Umbanda”: são as sete vibrações de Deus e não importa quais os nomes ou maneiras se utilizam para identifica-las. Não importa se explicam as Sete Linhas por meio de sete cores, sete anjos, sete santos ou sete Orixás. Não há mais divergência ou discussão de quais são as verdadeiras Sete Linhas de Umbanda, todos estão certos, no entanto a visão de cada grupo em particular é que se torna uma visão parcial e limitada no momento em que não enxerga Sete Linhas nas outras Sete Linhas alheias que não seja as suas Sete Linhas. Podemos dizer que o problema das Sete Linhas e mesmo da Umbanda é esta miopia em que o umbandista de certa vertente só enxerga a sua umbanda como Umbanda e apenas as suas Sete Linhas como algo verdadeiro. Pai Benedito de Aruanda, por meio de Rubens Saraceni, explica que existem muito mais que sete Orixás e que cabem todos nas Sete Linhas de Umbanda, cabem todos nas Sete Vibrações de Deus. Deus se manifesta por meio destas sete vibrações e tem nas divindades, os Orixás, seus manifestadores divinos. Para cada uma das Sete Vibrações temos no mínimo dois Orixás um masculino e outro feminino. Esta não é uma verdade final que todos devem receber goela a baixo e sim uma proposta de interpretar e entender as Sete Linhas de Umbanda e sua relação com os Pais e Mães Orixás. Deus se manifesta por meio de Sete Vibrações e os Orixás são individualizações de Deus. Estas sete vibrações ou linhas tem sintonia com nossos sete chacras e os sete sentidos da vida e estes com os Orixás. Cada vibração de Deus ou Linha de Umbanda é irradiada por meio de um par de Orixás, são eles: Fé = Oxalá e Logunan Amor = Oxum e Oxumaré Conhecimento = Oxossi e Obá Justiça = Xangô e Oroiná/Egunitá Lei = Ogum e Iansã

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Evolução = Obaluayê e Nanã Buroquê Geração = Iemanjá e Omolu Oxalá é a Fé de Deus, assim como Oxum é o Amor de Deus ou Xangô a Justiça Divina e assim por diante. Deus é Pai e portanto os Orixás que são individualizações de Deus também são Pais e Mães em nossa jornada divina. Na “Umbanda Sagrada” acreditamos que estes 14 Orixás formam uma hierarquia divina na qual encontram-se abaixo deles os Orixás Menores, intermediários e intermediadores, regentes de níveis vibratórios. Claro existem muitos outros Orixás além desses 14, no entanto estes representam os 14 Tronos de Deus mantenedores e sustentadores da Criação por meio das Sete Linhas Divinas, as “Sete Linhas de Umbanda”.

http://www.colegiopenabranca.com.br/

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(Bruno Stanchi)

A UMBANDA, A QUARESMA, A PÁSCOA CRISTÃ E A TRANSMUTAÇÃO DO SER.

A maioria de nós, umbandistas, viemos de outras religiões, muitos foram católicos, outros espíritas, tantos outros migraram do Candomblé ou de outros cultos de nação e, ainda muitos, de outras tantas religiões. Isso é consequência da diversidade cultural do povo brasileiro, o que inclui, por certo, nossa formação religiosa.

Naturalmente, ao ter contato com a Umbanda trazemos marcados em nosso íntimo as crenças, dogmas e conceitos dessas religiões. Porém, a Umbanda possui sua própria interpretação e fundamentos, apesar do sincretismo que marca sua formação, o que deve ser compreendido para uma melhor adequação dos conceitos próprios da Umbanda pelo adepto, não só o neófito assim como aos mais antigos que se fecham para as boas novas umbandistas.

O sincretismo religioso não é privilégio da Umbanda, pois todas as religiões nascem do sincretismo com outras religiões. O catolicismo, por exemplo, nasce do sincretismo com o judaísmo, assim como o islamismo tem em sua origem no cristianismo nestoriano e influências zoroastrianas.

Ainda nesse sentido, o próprio cristianismo tem diversas interpretações teológicas, o que faz existir diversas religiões que surgiram a partir da dissidência ideológica com a Igreja Católica Apostólica Romana e, nessa última, ainda há vertentes com teologia própria, como acontece com os Marinistas, Jesuítas, Franciscanos, etc.

Voltando à Umbanda, sabemos que ela possui na sua base de formação correntes de influência judaico/cristã; africana yorubá,

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européia espírita, ameríndia e também de outras culturas religiosas orientais, portanto, bebe de várias fontes, sendo, por essa razão, uma religião universalista.

Diante dessa diversidade cultural/religiosa, advém influências de cultos diversos e de dogmas que não são propriamente umbandistas, dentre eles está a comemoração da Páscoa cristã, entretanto, não são todas as correntes culturais formadoras da Umbanda em que a referida comemoração está presente.

No cristianismo, mais fortemente no catolicismo, a páscoa é comemorada e representa a ressurreição do Cristo, assim como outras religiões cristãs também relembram o martírio e a ressurreição do Cristo, apesar de uma forma diferente, mas como a mesma finalidade.

Na tradição judaica não há páscoa, o que existe é o Pessach, que representa a "passagem", quando comemora-se a "libertação" de seu povo da escravidão no Egito. No ano passado, 2015, a festa judaica coincidiu com a comemoração católica, apesar de não possuírem ligação entre uma e outra, pois apesar do calendário judaico ser diferente do calendário Cristão, como referido, houve coincidência.

Os espíritas (kardecistas) não seguem dogmas de outras religiões e, apesar de terem entre sua base fundamental o Evangelho do Cristo, não cultuam a Páscoa da forma entendida pelos católicos. Um dos motivos seria o fato de não se crer na ressureição, mas sim na reencarnação, assim como nós umbandistas. Numa assertiva mais aprofundada, pode-se refletir que Cristo não ressuscitou, assim como entendido pelas culturas que negam a reencarnação, pois o Cristo, que possui sua alma imortal, assim como todos filhos de Deus, ascendeu com seu corpo físico, o que deve nos levar a outras reflexões, entretanto, não sendo o objeto desse pequeno texto.

Entre os africanos yorubás não havia comemoração da páscoa, haja vista que seu povo sequer conhecia Jesus Cristo. Me refiro exclusivamente aos africanos yorubás, porque foi a partir de sua cultura que herdamos o culto aos Orixás. Lembremos que os africanos de origem angolana cultuavam Inkisses e os de origem do Benin os Voduns.

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Assim como ocorre com os yorubás, na cultura ameríndia também não há referência do Cristo, sendo essa cultura também herdada pela Umbanda.

Já dentre tantas outras religiões orientais, também não há relação com Cristo, desse modo, tampouco significado tem a páscoa/cristã, assim sendo para o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, etc, etc, etc.

Apesar de toda a influência e sincretismo existente na formação da Umbanda, ela possui fundamentos próprios, dentre eles sua Teologia (teorização de uma religião), Cosmogonia ou Gênese (interpretação da formação do Universo) e Teogonia (teoria da origem das divindades), e nesses fundamentos não há referência da Quaresma assim como não há da Páscoa Cristã.

Apesar dessa característica universalista existente em nossa religião, podemos, através de uma visão umbandista, porque não, fazer da Páscoa um momento de renovação, ou melhor dizendo, de transmutação de sentimentos, atitudes, pensamentos e, por fim, na nossa forma de viver.

Isso faz com que essa seja mais uma das muitas oportunidades de praticarmos a autoanálise, com a qual buscamos o autoconhecimento, para que possamos alcançar a necessária reforma íntima. Enfim, como gravado nos Templos da antiguidade, é o exercício do “Conhece a ti mesmo e conheceras o universo e os deuses”.

Ainda de um ponto de vista umbandista e baseado exclusivamente em seus fundamentos, podemos aproveitar a oportunidade para nos ajoelharmos diante do Trono da Evolução, onde se assenta Pai Obaluayê, Orixá universal e representante da qualidade Divina da Evolução, responsável pela transmutação dos seres pela renovação, assim como Mãe Nanã Buroquê, Orixá Cósmico, que possui dentre um de seus Fatores Divinos a decantação dos vícios e dos sentimentos negativados.

Com esse entendimento podemos aproveitar e rogar para que Mãe Nanã decante nossos sentimentos e pensamentos negativos,

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purificando-os, abrandando-nos e que Pai Obaluayê nos auxilie em nossa transmutação, possibilitando nossa evolução.

Importante é que possamos compreender a importância do respeito e do amor ao próximo, e que não percamos as oportunidades de aprender e evoluir, não limitando nossos olhares às formas e, assim, não percamos a oportunidade de sentir a Essência Divina, presente em todas as culturas.

Renovar é livrar-se do antigo, Transmutar é a alquimia da vida, somos alquimistas, transformemo-nos de pedras brutas em diamantes.

A palavra chave que abre o portal da Umbanda ao neófito é “REFLEXÃO”.

Saravá, Amém, Aleluia, Shalom, Salaam, Namastê, Mukuiu, Mutumbá, Kolofé, Axé!

Feliz Páscoa àqueles que renascem, evoluem e crescem.

Bruno Stanchi Sacerdote Dirigente do Templo de Umbanda Sagrada XV de Novembro

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Curso presencial. Duração: um mês Aulas semanais, aos domingos das 10:00 as 12:00 INFORMAÇÕES e RESERVAS: tel.: (11) 2883 8655 das 17:30 as 20:00 ou pelo e-mail: [email protected]

(Pablo Araújo)

A paciência é em sí uma prece muda Publicado em 24 de março de 2016 A paciência é em sí uma prece muda, que cala a pulsão dos nossos instintos em detrimento à compreensão de que todo

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erro pressupõe ausência de sabedoria, haja visto a ignorância não ser um estado permanente e imanente no ser humano e sim somente uma ausência temporária, tal como o ódio não existe por sí só e revela-se somente como uma ausência temporária do imanente amor. A paciência nos permite uma segunda opinião menos turva e menos embriagada no imediatismo da resposta ríspida. É a paciência que nos permite um instante de vida na pele do outro, para que assim o julguemos de forma mais branda por talvez experienciar um instante de causa e efeito em sí mesmo. A paciência talvez seja a prece mais eloquente que reverbera no âmago de Deus e que permite no silêncio um instante de sabedoria divina. Antes de tudo é preciso silenciar, pois o silêncio é uma prece. A paciência é o silêncio que antecede a prece na sua verborrágica. A paciência é o silêncio que torna a reflexão causa da oratória antes pensada para depois ser verbalizada. A paciência nos incita a pensar antes de falar, e toda a prece antes de ser verbalizada é sentida, pois a prece é a transcrição intima do que de mais sublime e elevado possuímos em nosso sentimento. E para declamar uma prece, antes ela tem que fazer sentido em nosso íntimo e para que ela faça sentido é preciso experienciar um instante de silêncio que só a paciência e a reflexão permitem. A paciência é a razão subjugando a emoção que teima em reagir ao menor instinto de sobrevivência do ego que nos individualiza e nos aparta do todo refletido na fraternidade e igualdade perante Deus e os homens. A paciência é Deus em nós gozando férias, estado este que nos permite estar de bem com a vida e com os outros e como os outros são partes imanente da vida, a paciência só se justifica diante da presença dos outros que fazem parte da nossa vida. A paciência é a primogênita e a maior das preces, pois sem ela, tudo que sai da sua boca revela-se como um imenso vazio...

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(Sebastião Cabral)

caros irmãos de fé.

esse mês eu quero chamar a atenção para um evento importante que

aconteceu no brasil. o lançamento do filme “os dez mandamentos” não se

falava em outra coisa na tv record e mais canais, com exceção da tv globo

que não vende horários para o bispo edir macedo. Representante e dono da

igreja universal.

Será que não está na hora dos umbandistas seguirmos os exemplos

evangélicos e começarmos ter um pouco mais de orgulho de nossa

doutrina? será que sentir vergonha do culto que segue é digno para com

nossos mentores espirituais?

Nas igrejas da universal os pastores vendem até água ungida pelo

bispo edir macedo, enquanto que na umbanda não conseguimos vender

nem um livro que fala exclusivamente da religião. Enquanto os

umbandistas ficam se combatendo e falando mal uns dos outros.

Os pastores vendiam os ingressos aos seus fieis que eram praticamente

obrigados a comprar, era uma questão de honra ir ao cinema assistir ao

filme. Não havia um boicote, muito pelo contrário, os evangélicos deram

uma lição que deveríamos pegar como exemplo.

Quando perguntamos a religião de uma pessoa que é evangélica, como

essa pessoa nos responde? “ sou evangélica, (o), graças á deus” isso não

acontece com nós umbandistas, parece que sentimos vergonha de nosso

culto.

Caros irmãos, vamos parar de combater nossos irmãos pais e mães de

santo, são eles que propagam nossa umbanda, nossa história é muito bonita

para deixarmos que os próprios adeptos á destrua

Vamos divulgar mais os livros que nossos irmãos de fé escrevem ou

escreveram, são eles que nos orientam e nos trazem conhecimentos sobre

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os espíritos que recebemos em nossos corpos astrais. vamos seguir os

exemplos dos evangélicos e darmos graças á deus por ser umbandista.

(Basílio Filho)

Ao celebrar-se a Páscoa, todo o Mundo cristão volta os seus olhos para a morte e ressurreição de Jesus. Porém a Igreja Católica olha normalmente este episódio da vida de Jesus como um supremo ato de Amor de Deus ao entregar o seu filho, Jesus para o suplício da Cruz, para a remissão de todos os pecados. Porém, sendo nós igualmente filhos de Deus e Unos com Jesus, este sacrifício não faz propriamente muito sentido, pois o Amor do Pai e a sua infinita Misericórdia poderia manifestar-se de qualquer outra forma. Até parece que Deus precisaria, com este sacrifício de seu filho muito amado, de justificar todos os erros que o Homem, de forma inconsciente comete, contra si mesmo e contra o Planeta. Deus enquanto LUZ suprema não precisa de semelhante ato de redenção. Porém o Homem precisa de aprender o sentido do verdadeiro valor do amor incondicional que tal ato representa, assim como a lição de Fé que elimina totalmente o sofrimento Humano, superando todas as dores, mesmo as mais cruéis e bárbaras, como as que foram praticadas contra Jesus. Vejamos pois que toda a paixão de Jesus se resume a um profundo ato voluntário de Amor incondicional para com toda a Humanidade passada e futura, por toda a Vida manifestada na Terra e por toda uma nova forma de estar e ser na plenitude da Consciência do Pai. Para tal entregou-se e submeteu-se a um conjunto de atos injustos e bárbaros comummente aceites naquela sociedade, naquela altura, como boas práticas de política, de religião, de justiça e regras de comportamento social. Por outro lado é uma espantosa lição de Fé ao entregar-se por completo ao destino que o Pai lhe tinha confiado.

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Quantos de nós somos capazes de fazer o mesmo ainda hoje? Normalmente assumimos como sinónimo de ter Fé somente o acreditar na existência de Deus e de uma vida espiritual.

Quantos de nós somos capazes de confiar nos desígnios que Deus, através do nosso propósito de vida, e não se revoltar contra qualquer contrariedade que nos surja na vida?

Se calhar muito poucos ou meramente aqueles que já tenham uma clariconsciência de tal forma evoluída que lhes permita ver para além da adversidade, o que têm de aprender. Agora, a entregar-se por completo nas mãos do Pai, ao reconhecer tudo isto como um propósito de desenvolvimento da sua própria alma. Bom aí será exclusivamente para os eleitos e é Divino. Esta é verdadeiramente a lição da redenção pela Fé e pelo Amor ao Pai que se manifesta em cada um, a partir da sua própria essência. Perante este Amor e Fé não há dor que cause sofrimento. Pois todo o sofrimento é transmutado em puro AMOR na consciência UNA que tudo é. Mas Pai que é Pai, não necessita que seus filhos muito amados lhe demonstrem tal obediência, amor ou fé. São os próprios Homens que precisam de aprender a obediência para poderem por ordem nas suas vidas. São os Homens que precisam de saber e viver o Amor Incondicional para poderem aprender a verdadeira unidade e fraternidade Universal. São os Homens que precisam de saber viver na Fé com a sua própria essência Divina, para que um dia se possam assemelhar a seu Pai e assim conviver no sua Unidade e expandir todo o Seu Poder de Criação. Esta é a verdadeira redenção de Jesus, o que Ele seguramente quereria que nós aprendêssemos do seu testemunho e exemplo. Sintam-se muito amados nesta época Pascal. Fiquem bem

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(Douglas Elias)

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