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Mercadinhos e armazéns

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  • Mercadinhos e armazns

  • ExpedientePresidente do Conselho DeliberativoRoberto SimesDiretor-PresidenteLuiz Eduardo Pereira Barreto FilhoDiretor TcnicoCarlos Alberto dos SantosDiretor de Administrao e FinanasJos Claudio Silva dos SantosGerente da Unidade de Capacitao EmpresarialMirela MalvestitiCoordenaoNdia Santana CaldasEquipe TcnicaCarolina Salles de OliveiraAutorEdgar Powarczuk RSProjeto GrficoStaff Art Marketing e Comunicao Ltda.http://www.staffart.com.br

  • Idias de Negcios - mercadinhos-e-armazens 3

    Apresentao do Negcio

    O mercado de vizinhana, como chamado o pequeno varejo alimentar atravs de minimercados, mercadinhos ou armazns, se caracteriza por possuir de um a quatro check-outs (caixas de atendimento). A estabilidade econmica dos ltimos anos tornou os mercadinhos mais populares e competitivos, pois as grandes compras no se fazem mais necessrias. Hoje, os mercados de bairro passam de 55 mil estabelecimentos no pas, com uma mdia de crescimento de 5% ao ano, o que coloca esse canal de compra acima do percentual do setor, que inclui os super e hipermercados.

    Este material faz parte da Srie Ideias de Negcios para 2014, que tem como objetivo explorar oportunidades para que os Pequenos Negcios apropriem-se dos investimentos programados para os megaeventos que ocorrero no Brasil, bem como do maior volume de movimentao econmica antes, durante e aps esses eventos.

    Este material no substitui a elaborao de um Plano de Negcio. As informaes contidas aqui fazem parte de pesquisas e entrevistas com especialistas e empreendedores, com o objetivo de oferecer uma viso estratgica da atividade de Mercadinhos e Armazns.

    A deciso de investir em determinada atividade exige uma anlise mais aprofundada de informaes e alternativas com o intuito de diminuir os riscos e incertezas. Quando so realizadas projees, para aumentar a preciso da anlise, so consideradas variveis como tamanho de mercado, preos, custos de capital, custos operacionais, entre outras.

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    Caso o empreendedor decida promover investimentos neste ouem qualquer ramo de atividade, sugere-se que seja elaboradoum Plano de Negcio e que o mesmo procure orientaes naunidade do Sebrae mais prxima da sua regio.

    Sero apresentados conceitos e informaes relativas aprocesso produtivo, mercado, marketing e vendas, canais decomercializao, estrutura, localizao, equipamentos,tecnologia, necessidade de pessoal, custos e capital de giro,fonte de recursos, planejamento financeiro, legislao, cursos,eventos e sites com informaes de interesse doempreendedor.

    Mercado

    Tendncias e Oportunidades

    O mercado de vizinhana, como chamado o pequeno varejo alimentar atravs de minimercados, mercadinhos ou armazns, se caracteriza por possuir de um a quatro check-outs (caixas de atendimento). A estabilidade econmica dos ltimos anos tornou os mercadinhos mais populares e competitivos, pois as grandes compras no se fazem mais necessrias. Hoje, os mercados de bairro passam de 55 mil estabelecimentos no pas, com uma mdia de crescimento de 5% ao ano, o que coloca esse canal de compra acima do percentual do setor, que inclui os super e hiper mercados.

    Estes mercados de vizinhana apresentam vantagens para o consumidor por estarem mais bem localizadas, mais prximas dos clientes e so mais geis em se adaptar s diferentes demandas e preferncias. Um estudo feito pela empresa alem GfK com cerca de 400 varejistas e 750 consumidores em todo

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    o Brasil mostrou que a proximidade o principal motivador de compra para 92% dos consumidores que utilizam os mercadinhos. Enquanto isso, os hipermercados sofrem com quedas de participao e, cada vez mais, uma reduo da rea de vendas. Os aluguis de grandes imveis esto muito caros, e os grandes terrenos esto longe de locais residenciais.

    O estudo da GfK tambm apontou que 85% dos estabelecimentos so familiares, e 56% dos gestores no terminaram o Ensino Fundamental. Apesar de experientes, pois apresentam em mdia 15 anos de vivncia no varejo, ainda precisam investir em capacitao para aproveitar oportunidades futuras e manter o negcio competitivo neste mercado. Especialmente porque um novo consumidor de alimentos est surgindo em busca de experimentao, sade, convenincia, praticidade, confiabilidade, sustentabilidade e tica.

    Associao para ganhar fora

    Segundo a Associao Brasileira de Supermercados (Abras), as lojas de vizinhana so o ponto de venda mais visitado pela maior parcela da populao (a classe C), a qual tem um perfil de compras pequenas e mais frequentes. Por isso, os minimercados devem assumir sua funo de loja de vizinhana, oferecendo atendimento diferenciado explorado pelas ferramentas de relacionamento e um mix adequado de produtos para esses consumidores.

    Para se tornar mais competitivas, as lojas de vizinhana buscam as centrais de compras, locais em que as lojas de menor porte se unem para aumentar o poder de barganha juntos aos fornecedores. Segundo a Associao Paulista de Supermercados (Apas), graas principalmente s centrais de compras, o cliente encontra 48% dos itens com preos mais

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    baratos do que nos hipermercados.

    Oportunidades com o crescimento da classe C

    Segundo informaes do estudo Vozes do Brasil e do Data Popular, nordestinos e negros da classe C tiveram aumento de renda superior da classe mdia nos ltimos dez anos. O aumento foi de 123% entre os anos de 2002 e 2012 para os negros e nordestinos, enquanto o crescimento da classe mdia foi de 57%, resultado do aumento do salrio mnimo nos ltimos anos e do acesso a empregos melhores. Na pesquisa, 85% dos homens da classe C disseram que a esposa responsvel pelas decises em relao s compras no supermercado.

    Outra pesquisa realizada pela ToolBoxTM nos estados do Sudeste brasileiro, mostra que, com o incremento na renda, os consumidores passam a comprar produtos de melhor qualidade. Vinte e seis por cento dos consumidores esto dispostos a gastar mais para adquirir produtos melhores. As classe C e D, por exemplo, que tinham apenas 21 categorias em suas cestas de compras em 2002, hoje tm 37 (iogurte, leite condensado, creme e loo, leite em p, tempero pronto e amaciante passaram a fazer parte da lista de compras mensais).

    Alm disso, consumidores de baixa renda do alto valor ao pagamento por carto de crdito, cujo servio disponibilizado somente pela metade das lojas pesquisadas. Isso se apresenta como uma oportunidade para os mercadinhos, uma vez que a tendncia o aumento do uso e do nmero de cartes de crdito para pessoas fsicas, alm do fato de os consumidores de baixa renda dar alto valor a essa forma de pagamento.

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    Copa do Mundo FIFA 2014 acelera crescimento

    A Copa do Mundo da FIFA 2014 acontece num momento de expanso das vendas de supermercados e mercadinhos de bairro. O Ministrio do Esporte estima que os impactos econmicos potenciais resultantes da realizao da Copa do Mundo podem chegar a R$ 183,2 bilhes, dos quais R$ 47,5 bilhes (26%) so diretos e R$ 135,7 bilhes, indiretos (74%). Neste contexto, espera-se um aumento R$ 5 bilhes no consumo das famlias com o forte ingresso das classe C e D , refletindo-se diretamente na comercializao de produtos de alimentao, higiene e bebidas.

    Os megaeventos que se aproximam tambm encontram o Brasil com uma estrutura demogrfica ideal para o crescimento econmico, pois a populao economicamente ativa supera a populao dependente, aquela composta por idosos e crianas.

    O cenrio promissor. Este momento em que o pequeno varejista deve aproveitar e dedicar-se a conhecer o novo consumidor e atender s suas expectativas, atento s oportunidades que afetam o seu negcio.

    Clientes

    O cliente do pequeno varejo paga vista e em dinheiro. Um estudo da GfK aponta que 42,3% dos consumidores pagam em dinheiro, enquanto 33,8% pagam com cartes de dbito. Apenas 18,2% usam carto de crdito. Uma caracterstica simblica dos mercados de vizinhana mantm-se presente at hoje: em 38% deles ainda h venda por caderneta, ou fiado. Esta caracterstica, no entanto, est se modificando com o acesso dos brasileiros ao carto de crdito. Hoje, 72% dos brasileiros j possuem algum tipo de carto, e isso pode

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    tornar-se uma oportunidade para o mercadinho que estiver preparado para aceitar esta forma de pagamento de seus clientes.

    O consumidor est se tornando cada vez mais prtico e seletivo na escolha da loja. Os clientes transitam em mdia por oito pontos de compra diferentes no ms, dentre eles: os hipermercados/supermercados (em primeiro lugar), as padarias (em segundo), farmcia/perfumaria (terceiro) e supermercados (de cinco a nove check-outs, em quarto). Os principais fatores que o levam a escolher o ponto de compra so: proximidade (92%), horrio de funcionamento (25%), preos baixos (24%) e os produtos oferecidos (16%).

    Na Copa do Mundo FIFA 2014 prepare-se para o turista

    O turismo gerado pela Copa do Mundo da FIFA 2014 vai ter impacto direto na economia brasileira. Sero 3,7 milhes de turistas no pas entre junho e julho de 2014, segundo estimativa do Ministrio do Esporte, uma possibilidade de gerao de receita em torno de R$ 9,4 bilhes.

    O reflexo da exposio do Brasil em nvel internacional vai perdurar por pelo menos trs anos aps o evento, informa estudo feito pela Fundao Getulio Vargas (FGV), trazendo estrangeiros responsveis por um incremento de 79% do crescimento do turismo aps o perodo da competio.

    Desde o anncio do Brasil como sede dos jogos, o nmero de visitantes estrangeiros tem crescido. Em 2011, o pas registrou a entrada de mais de 5,4 milhes de turistas estrangeiros, atingindo recorde histrico, de acordo com dados do Ministrio do Turismo. Na comparao com o ano anterior, o nmero representa uma alta de 5,3%.

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    Em 2010, na frica do Sul, o aumento no nmero de turistas durante os torneios foi de 25% em relao ao ano anterior. O pas registrou o aumento de cerca de 1,4 milho de estrangeiros. No Brasil, so esperados cerca de 600 mil turistas estrangeiros (mais 3,1 milhes de turistas brasileiros), principalmente vindos de pases das Amricas, como a Argentina e o Uruguai.

    O Ministrio do Turismo, em parceria com a FGV, realizou na frica do Sul uma pesquisa com os turistas que foram Copa realizada durante os meses de junho e julho de 2010. Constatou-se que 83% so homens, 70% tm entre 25 e 44 anos, 60% so solteiros e 86% concluram, no mnimo, o curso superior. Ainda segundo a pesquisa, 87% pagaram a viagem com recursos prprios e gastaram em mdia R$ 11,4 mil, sem contar as despesas com passagem.

    Estes turistas, nacionais ou estrangeiros, tero entre os principais gastos alimentao e bebidas, hospedagens, transporte local e bilhetes para os jogos. Mais da metade dos entrevistados informou comprar alguma lembrana do pas para levar para casa. A tendncia que isso se repita com o Brasil. Por isso, fique atento e prepare seu mercadinho para atender este cliente, usando recursos de exposio de produtos, divulgao e atendimento diferenciado.

    Largue na frente

    A julgar por outra pesquisa feita com empreendedores para a Copa das Confederaes FIFA em 2013, teremos um cliente diferente dos atuais brasileiros no que se refere ao poder aquisitivo (63%) e nacionalidade (60%). A pesquisa encomendada pelo Servio de Proteo ao Crdito (SPC

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    Brasil) e pela Confederao Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que apenas 42% dos comerciantes brasileiros esto se preparando para receber a Copa das Confederaes, cuja abertura est marcada para junho deste ano. Estes empresrios comearam os preparativos h menos de trs meses.

    A pesquisa ainda mostra que as formas de pagamento utilizadas (72%), a exigncia quanto ao preo (68%) e quanto variedade de produtos/servios (59%) sero iguais entre turistas e os clientes atuais. Isso demonstra que, com o aquecimento da economia, o consumidor brasileiro est cada vez mais exigente e busca qualidade e variedade de produtos e servios. Assim, aproxima seu comportamento dos consumidores estrangeiros, avalia Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederao Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

    O aumento no nmero de turistas tambm pode contribuir para o incremento das vendas, especialmente para itens que tenham uma caracterstica forte de brasilidade, como um suvenir de viagem, pois o produto brasileiro apresenta um valor muito elevado para europeus, americanos e asiticos. Por isso, planeje estruturar ofertas para atender adequadamente o turista com ofertas promocionais atrativas, gerando mais lucro para seu negcio.

    Produtos e Servios Demandados

    O mercadinho o provedor das pequenas compras emergenciais. Pesquisas indicam que seus principais clientes so pessoas do bairro que frequentam o estabelecimento vrias vezes ao ms e gastam pouco tempo e dinheiro. O tquete mdio de R$ 42,00, e o cliente leva itens de

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    necessidade de consumo dirio, formados quase sempre por produtos de mercearia, aougue, padaria, frios, laticnios e hortifruti. Essas sees correspondem a mais de 60% do faturamento do mercadinho.

    O estudo da GfK detectou alguns pontos interessantes: este consumidor valoriza a qualidade dos hortifruti, o balco refrigerado, o estacionamento e a padaria. Olha a oportunidade: apenas 41% tm estacionamento, e s 33% tm padaria.

    Outra demanda crescente parte da necessidade dos brasileiros de se alimentar fora de casa. No Brasil, os gastos com alimentao fora de casa j representam mais de 30% do total, ndice superior ao de pases como Frana, Alemanha e Itlia. Nos Estados Unidos esse percentual chega a 41%. O minimercado tem oportunidade para posicionar-se como destino no s para compra, mas tambm para consumo de alimentos.

    O conceito da alimentao fora do lar inclui os produtos on-the-go (oferta de lanches para consumo imediato, no momento em que o cliente caminha). A pesquisa Os brasileiros e as refeies, feita pelo instituto Data Popular, revela que este um hbito frequente para 65,3% do total da amostragem de 18 mil pessoas consultadas em 251 cidades de 26 estados, do segundo trimestre de 2011. O estudo tambm mostrou que a classe C aquela que mais se alimenta fora do lar (55% dos consumidores).

    Oportunidades com a Copa do Mundo FIFA 2014

    A Copa do Mundo FIFA 2014 provavelmente acelerar esta tendncia na medida em que as pessoas (incluindo os turistas)

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    demandaro lanches e bebidas para consumo imediato enquanto se deslocam pela cidade ou para os estdios. Prepare seu mercadinho para este tipo de demanda oferecendo kits de sanduche e bebida para levar, em embalagem prtica e higinica, com guardanapos e sachs de condimentos, como mostarda e catchup. Ao expor seus produtos, forme combinaes aproximando pipoca, cervejas e refrigerantes, como forma de provocar vendas casadas.

    Pesquisa da FIFA em fevereiro de 2012 apontou que 98% da populao do Brasil reconhece a marca Copa do Mundo, 81% est motivado com o evento, e 53% disse que os produtos oficiais chamam sua ateno. possvel, portanto, que os produtos oficiais sejam os mais procurados daqui para a frente. Planeje montar um portflio amplo de produtos no seu mercadinho e como diferencial busque licenciamento para a revenda da marca oficial da seleo brasileira e demais produtos da marca FIFA. Alm do diferencial, use estratgias para se posicionar diante dos produtos similares falsificados ou piratas.

    Mas cuidado com o licenciamento de marcas!

    O Programa de Proteo s Marcas (PPM) determina que as marcas da FIFA s possam ser utilizadas por patrocinadores da Copa 2014 e parceiros da FIFA sob autorizao prvia. So marcas da Federao Internacional de Futebol, mas no se limitando s seguintes: FIFA, Copa do Mundo, Copa 2014 e Brasil 2014.Tambm so de propriedade intelectual da FIFA os designs (sejam eles registrados ou no) e os direitos autorais de obras artsticas, como o Pster Oficial, o Emblema Oficial, o Mascote, o Trofu, a Tabela de Jogos e a Identidade Visual das Competies.

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    As empresas no patrocinadoras da Copa 2014 no podem, portanto, fazer uso das marcas, designs e identidade visual registradas pela FIFA. Quem no patrocinador da Copa 2014 no pode, por exemplo, utilizar o logotipo do evento num folder, publicidade, produtos etc. Se fizer uso sem a autorizao da FIFA, pode vir a ser acionado judicialmente.

    Portanto, se voc optar por no buscar o licenciamento da FIFA para comercializar algum artigo relacionado Copa do Mundo FIFA 2014, cuide para no utilizar as marcas e designs oficiais j registrados. Voc poder vender legalmente produtos que utilizem cores e bandeiras de outros pases sem fazer referncia a logos e marcas dos produtos oficiais. Por exemplo: uma pea contendo termos gerais relacionados ao futebol ou ao Brasil (ou qualquer outro pas participante) no infringem os direitos da FIFA (desde que no sejam usados juntamente com smbolos, elementos visuais e/ou referncias Copa do Mundo FIFA).

    Confira na Bibliografia Complementar o documento oficial da FIFA que mostra exemplos do que pode e no pode ser feito sem infringir a Lei da Copa 2014.

    Concorrncia

    As lojas de vizinhana podem apresentar vantagens para o consumidor em relao concorrncia dos hipermercados, pois esto mais bem-localizadas, mais prximas dos clientes e so mais geis para conhecer e se adaptar s diferentes demandas e preferncias. Os minimercados ganharam ainda mais vigor com o fim da inflao, que eliminou a necessidade de grandes compras. Alm disso, os hipermercados vivem uma competio acirrada num mercado com margens pequenas. Os aluguis de grandes imveis so muitos caros e os grandes terrenos esto

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    longe de locais residenciais. Isso d uma vantagem adicional para os minimercados.

    Mas no se pode relaxar. A concorrncia dos grandes varejistas est se adaptando. O Po de Acar, por exemplo, j inaugurou centenas de lojas no estilo minimercado. Dentro da estratgia de expanso, o grupo prev mais unidades at o final do ano para ficar mais prximo do consumidor.

    Fornecedores

    Neste ramo, quem no cuidar do seu estoque est perdido. Um minimercado trabalha com pronta entrega, ou seja, o cliente recebe a mercadoria, ou servio, imediatamente aps a escolha. Se no tiver o produto ou se o produto estiver em mau estado, voc perde a venda. A administrao, portanto, passa pela perfeio na apurao do tempo que o seu estoque consegue cobrir as vendas futuras, sem deteriorar, at um novo suprimento. Voc dever fazer um constante equilbrio entre a oferta e a demanda, cercado de indicadores que mostram o que aconteceu no passado.

    Se a gesto do estoque crucial, o relacionamento com os fornecedores ganha mais importncia. Quanto maior for a frequncia de entregas dos fornecedores em menores lotes de mercadoria , maior ser a rotao de estoques do seu minimercado, diminuindo os riscos.

    Os especialistas apontam que a indstria fornecedora/distribuidora no se relaciona adequadamente com pequenos varejistas. Ensinar a colocar produtos nas gndolas, organizar o estoque ou manusear alimentos que exijam mais cuidados so exemplos simples e claros da forma como os mercadinhos gostariam de ser tratados. s vezes a indstria

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    gasta dinheiro com campanhas em mdias tradicionais, sendo que uma campanha no pequeno varejo teria um grande retorno, avalia Marco Aurlio Lima, diretor da GfK no Brasil.

    Portanto, o estoque dos produtos deve ser mnimo, visando gerar o menor impacto na alocao de capital de giro. O estoque mnimo deve ser calculado, levando-se em conta o nmero de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa. As mercadorias sero definidas pelo empresrio. Sero gneros alimentcios, bebidas, produtos de higiene e de limpeza e outros.

    Os fornecedores so os fabricantes, atacadistas e distribuidores da indstria alimentcia, distribuidores de refrigerantes, cervejas, guas e bebidas, Ceasas, etc. O fornecimento no apresenta restries nem existem monoplios, embora algumas empresas atuam em forma de oligoplio (dois ou trs empresas controlam determinado mercado). Em geral, no h limitaes nem cotas. Quando a economia aquece, podem faltar alguns produtos. A vida til dos produtos deve ser rigorosamente controlada.

    Busque alternativas de fornecimento e procure com melhores condies de preo. Segundo a GfK, 29,5% dos mercadinhos compram diretamente do fabricante, 16,4% compram dos distribuidores exclusivos, 11,5% das lojas de atacado, 11,2% de distribuidores multifabricantes, 6% por meio das centrais de compras e 0,8% em super e hipermercados. Negocie descontos com encomendas maiores diretamente com seu fornecedor, planejando antecipadamente a seleo de produtos e quantidade, garantindo uma boa variedade para seu cliente. Tenha sempre em mente que voc precisar de um histrico de crdito slido para abrir contas com os fornecedores.

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    Para a definio do mix dos servios a ser oferecido, visite concorrentes, oua permanentemente seus clientes e faa adaptaes ao longo do tempo. Para se ter uma ideia, por ter rea de estoque reduzida, 52% dos mercadinhos fazem compras de mercearia semanalmente, 18% diariamente e 13% a cada quinze dias. S 4% se abastecem uma vez por ms. Nas sees de perecveis, naturalmente predominam as aquisies semanais: 62% compram refrigerados com essa frequncia, e 50% adquirem hortifrtis nessa periodicidade. Hortifrutis geralmente so comprados de quem os produz. Trinta e cinco por cento das sees so abastecidas por alimentos fornecidos por agricultores. So produtos altamente perecveis, que tm durabilidade maior se comprados em quantidade adequada e em locais prximos para reposio constante, por isso a preferncia pelos produtores. Por meio das centrais de compras se adquire 16% do mix, segundo a GfK.

    Fique atento para a necessidade de gesto de compras e estoques, pois os pedidos, em alguns casos, devero ser feitos com antecedncia para evitar desabastecimento em perodos especficos do ano ou em datas especiais como as festas de final de ano, por exemplo.

    Centrais de compras

    Muitos minimercados tem buscado unir foras para fazer compras em conjunto, aumentando o poder de compra junto aos fornecedores, tornando as negociaes mais fceis. Com as novas centrais de compras, as negociaes passam a ser realizadas por profissionais concentrados apenas nessa atividade. Isso d uma especializao no processo de compra, os preos das mercadorias tendem a ficar menores, e os prazos para pagamento, mais longos.

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    A associao com outros empresrios do ramo no traz apenasvantagens de negociao de melhores preos junto afornecedores. O trabalho em conjunto pode abranger as maisdiversas iniciativas, como carto de fidelidade, carto decrdito, campanhas de marketing, assessoria jurdica econtbil, marca prpria, automatizao, treinamento defuncionrios e mesmo a centralizao da seleo eadministrao de recursos humanos. Alm disso, umaassociao pode estar integrada com um operador logsticoque possa centralizar o estoque e fazer a distribuio. Assim,as lojas podem diminuir os espaos de depsito e evitar osinconvenientes de diversos caminhes abastecendo uma loja.

    Busque mais informaes sobre Centrais de Compras nos Sitesteis ou no Sebrae.

    Localizao

    A localizao do mercadinho fundamental para o sucesso do empreendimento. Definir a localizao e escolher o imvel para a instalao da loja uma das decises mais importantes para o negcio. Na localizao da loja devem-se considerar o objetivo do negcio, o pblico-alvo que se quer atingir, a populao dos arredores, a concorrncia existente ou potencial nas redondezas, as condies do imvel e as vias de acesso.

    Lojas compactas s contam com o mercado local, formado pelo pblico residente, que trabalha nas redondezas ou circula pelos arredores. Nesses casos, a localizao vital. Por isso a instalao da loja deve considerar bairros residenciais com alta densidade populacional e de fcil acesso. Por outro lado, um acesso seguro, amplo, bem-sinalizado e bem-iluminado

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    encoraja o cliente. Estacionamento fator importante.

    Antes de escolher o local para alugar ou comprar, tambm observe se ele oferece: segurana para seguir aberto de segunda a domingo e tenha uma boa visibilidade. No se esquea do espao para estoque, pois voc no vai viver dos produtos da prateleira.

    Uma boa localizao prxima s paradas de nibus, que so locais vistos tanto pelos que esto transitando quanto por quem est esperando pela conduo. Quanto maior o fluxo de pessoas e veculos pelo local, melhor. Vale lembrar que o cliente de supermercado no apenas um cliente tradicional de feira mensal e sim tambm o de pequenas compras do dia a dia que acaba virando um cliente fiel caso se sinta atrado pelo espao.

    Se o ponto escolhido estiver prximo a um estdio da Copa do Mundo FIFA 2014, por exemplo, o empreendedor deve ficar atento maior circulao em dias de jogos e os riscos de assaltos ou roubos. Se o ponto estiver num local turstico, seria fundamental algum nvel de artesanato ou caracterizao particular da regio associado ao produto e divulgao da loja.

    Fatores de atrao

    Num bairro residencial, o po francs pode ser um ponto de atrao, com todos os produtos de convenincia que so vendidos por impulso. Pesquise por opes de produo de po segundo as quais o fornecedor envia alguns tipos de pes j embalados e outros tipos de pes congelados (ou resfriados) para fazer assamento no mercadinho. No h necessidade de grandes espaos, pois no h setor de produo, e o de

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    estoque de reposio diria pela matriz, utilizando menornmero de mo de obra.

    J em bairros comerciais, os clientes podem buscar refeiesrpidas. Neste caso, por exemplo, um lugar para se sentar essencial. Ou seja, conforme o formato do negcio, seumercadinho precisar adaptar o espao fsico.

    Ateno: estudos feitos pelo Sindicado da Indstria dePanificao e Confeitarias de So Paulo (Sindipan) mostramque as vendas crescem at 30% com ampliao das reaspara refeio. O resultado ainda mais expressivo em reascomerciais ou com grande concentrao populacional.

    Na publicao Comece certo: minimercado, do Sebrae (verBibliografia Complementar), voc encontra recomendaesimportantes para a escolha de um ponto comercial e oscuidados que deve ter no momento do contrato de locao.

    Exigncias legais especficas

    sempre importante considerar que para a abertura da empresa sero necessrios registros junto Secretria da Receita Federal, que emitir o CNPJ; Junta Comercial; Receita Estadual, que emitir a Inscrio Estadual (caso a empresa seja sujeita ao ICMS, como empresas do setor de comrcio, transporte ou indstria); Prefeitura Municipal, para obteno de Alvars de Localizao e Alvars de Licena Sanitrios; Secretria da Fazenda; e ao Sindicato Patronal. A empresa ter tambm que cadastrar-se junto Caixa Econmica Federal no sistema Conectividade Social INSS/FGTS e obter autorizao do Corpo de Bombeiros. O empreendedor deve estar atento ao Cdigo de Defesa do

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    Consumidor (Lei n 8.078, de 11/9/1990) e s suas especificaes.

    Responsabilidade tcnica

    A Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), por meio da Resoluo RDC , 216, de 15 de setembro de 2004, determinou que todo estabelecimento de gneros alimentcios deve ter um responsvel pelas atividades de manipulao de alimentos, o qual dever ter comprovadamente participado de cursos de capacitao especficos. Este responsvel dever ter autoridade e competncia para implantao e manuteno das Boas Prticas de Fabricao, Manipulao (BPFM), do Controle de Qualidade dos Alimentos e do Procedimento Operacional Padronizado (POP), entre outras atividades. A responsabilidade pela implantao e manuteno de BPFM e dos POPs pode estar a cargo do proprietrio do estabelecimento ou de um funcionrio capacitado que trabalhe efetivamente no local, conhea e acompanhe inteiramente o processo de produo. No h necessidade de nomear este responsvel no contrato social de sua empresa, basta somente indic-lo junto ao Centro de Vigilncia Sanitria.

    Licena de funcionamento

    De acordo com a legislao de cada estado, os estabelecimentos que produzem e/ou manipulam alimentos somente podero funcionar mediante licena de funcionamento e alvar expedido pela autoridade sanitria competente. Para a concesso da licena e alvar, os estabelecimentos devero estar cadastrados no Cadastro Municipal de Vigilncia Sanitria (CMVS), do Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria (Sevisa).

    A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP),

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    assim consideradas pela Lei n 9.841/1999 (Estatuto da Micro ePequena Empresa), recebem tratamento diferenciado emvrios rgos governamentais, inclusive quanto reduo ouiseno das taxas de registros, licenas etc.

    Vigilncia Sanitria

    A Anvisa estabelece regras especficas para empresas queproduzem e/ou manipulam alimentos (Resoluo RDC n 216,de 15/9/2004; Portarias n 1.428/MS, n 326 SVS/MS, de30/7/1097, e CVS-6/1999). A resoluo est disponvel noportal da Anvisa (ver Bibliografia Complementar).

    Preste muita ateno

    H muitas legislaes que regulamentam as empresas queproduzem e/ou manipulam alimentos. No deixe de consultar aSecretaria de Estado da Sade, o Centro de VigilnciaSanitria e Agncia Nacional de Sade de seu Estado. Paramais informaes, consulte o site da Anvisa.

    Veja detalhes sobre vigilncia sanitria, licena defuncionamento, responsabilidade tcnica e cdigo de defesa doconsumidor na publicao Comece Certo: minimercado, doSebrae/SP disponvel na Bibliografia Complementar.

    Estrutura

    Em geral, lojas com at quatro check-outs (caixas registradoras) so consideradas minimercados. A rea total do estabelecimento deve ser de, pelo menos, 90 metros quadrados, o que inclui seo para exposio de produtos, local para venda de frios, estoque e rea externa para colocar o

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    lixo. Por isso, um mercadinho possibilita a utilizao de imveis menores, com estoques reduzidos, em comparao com os supermercados. Oferece produtos com reposio mais rpida, atendendo as pessoas que necessitam de pequenas compras e que buscam opes mais prximas da sua residncia.

    Ao estruturar o seu ponto de venda, voc deve considerar o perfil e comportamento do seu pblico-alvo. Alm, claro, de manter-se atualizado quanto s novidades do mercado. Conforme pesquisas realizadas pelo Point of Purchase Advertising International (Popai), 85% dos consumidores decidem no prprio ponto de venda o produto e a marca que vo levar. Por isso, o arranjo do espao fsico de um mercadinho (ou qualquer outra loja) hoje uma cincia estudada exaustivamente pelos especialistas, uma vez que esse arranjo faz uma enorme diferena no desempenho de vendas.

    A maioria dos mercadinhos trabalha no formato do autosservio, em que o cliente manuseia o produto, verifica a data de validade e conhece o preo antes da deciso de compra. Para implantar o autosservio voc dever observar algumas peculiaridades no layout do seu ponto de venda. Por exemplo, planeje a circulao de forma que no haja atalhos, conduzindo o consumidor a percorrer toda a loja, aumentando a possibilidade de maiores vendas. No hesite em bloquear os principais atalhos, colocando balces centrais e ilhas de produtos, procurando sempre fazer um traado em forma de "U" invertido. H um mtodo simples e bastante eficaz para isso: facilite a entrada e dificulte a sada. A entrada (normalmente pelo lado direito) deve ter um traado reto at o fundo da loja. A sada deve ter obstculos (para que as pessoas no tentem entrar pela sada).

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    Um mercadinho deve usar os espaos de forma inteligente. Uma alternativa, segundo especialistas, trabalhar o "cross-merchandising", isto , mesclar itens que possam atrair o interesse do cliente, por exemplo, reunir cesta de queijos com vinhos ou ainda salgadinhos com bebidas.

    A circulao e a compra por impulso

    O mercadinho precisa ter uma boa fluidez na circulao dos clientes. preciso planejar muito bem os espaos por onde o seu cliente vai circular, experimentar produtos ou pagar. O po gera uma frequncia quase diria dos seus cientes na padaria. Por isso, o produto precisa estar exposto estrategicamente dentro da loja para que se concretize a venda agregada dos outros produtos. A pesquisa feita pelo Popai Brasil em 2010 revelou que 20% das compras so feitas por impulso. Ou seja, o cliente chega para levar o po, mas acaba comprando outras coisas. Dependendo da oferta e da disposio dos produtos, o percentual pode chegar a 60%.

    Com isso, o balco do po deve estar preferencialmente ao fundo do estabelecimento por duas razes: primeiramente, pela proximidade com o local onde o produto feito, facilitando a logstica de abastecimento; em segundo lugar, e mais importante, porque obriga o cliente a percorrer toda a sua loja, promovendo uma nova compra eventual alm do po. Para isso, os produtos expostos no percurso devem estar dispostos de maneira atrativa. Considere a localizao por tipo de produtos, a diferenciao pelo uso de gndolas ou prateleiras e a seleo dos produtos que vo ficar junto ao caixa por serem mais propensos compra por impulso.

    Iluminao adequada

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    A iluminao geralmente requer um investimento mais alto, mas pode fazer muita diferena, atraindo ou afastando o cliente do mercadinho. Luminrias e lmpadas inadequadas podem proporcionar efeitos indesejados como distorcer formatos, gerar sombras ruins, escurecer alguns pontos, criar uma atmosfera desagradvel aos olhos e at mesmo mudar a cor dos produtos. Comece usando lmpadas de cores quentes e algumas com foco direcional para criar destaque na prpria vitrine. No salo de vendas, opte por uma lmpada que tenha um bom fator de reproduo de cores. Evite as lmpadas brancas, pois o seu negcio no uma farmcia! A loja no precisa parecer um circo. Existe uma quantidade de luz adequada para cada caso e para cada tipo de exposio ou uso. No entanto, cuidado com o consumo de energia! Veja mais dicas sobre iluminao e consumo energtico no encarte da Associao Brasileira da Indstria de Panificao e Confeitaria (Abif), em parceira com o Sebrae, disponvel na Bibliografia Complementar.

    A padaria requer instalaes dentro das normas

    Antes de tudo, o projeto das instalaes deve contemplar espao sunciente para atender, de maneira higinica e operacional, todas as operaes para a produo de alimentos com efetivo controle das contaminaes. O projeto tambm deve permitir a separao, por meios fsicos ou outros meios encazes, das vrias operaes de produo dos alimentos (p. ex.: armazenamento de matria-prima, produo, armazenamento de produto acabado), evitando a contaminao cruzada. Veja detalhes destas informaes na publicao Boas prticas na panificao e na confeitaria da produo ao ponto de venda, desenvolvido pelo Sebrae e Abip, disponvel na Bibliografia Complementar.

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    Algumas dicas importantes

    Produtos colocados muito prximos porta de entradatendem a no ter uma boa venda. Deixe uma rea de respiro,chamada de zona de descompresso. O cliente, quandoingressa em uma loja, precisa dar alguns passos para se sentirrealmente dentro e comear a prestar ateno nos produtos.Estudos comprovam que os produtos literalmente porta,muitas vezes, no so percebidos pelos clientes.

    Mantenha cestinhos bem vista na entrada, pois elespodero aumentar as suas vendas em at 50%. Devem ficar nomximo a trs metros da entrada da loja, no trajeto do cliente, ena altura das mos para que ele no precise se baixar parapegar. Cestos no cho, atrs das portas ou fora do trajeto docliente diminuem muito a possibilidade de serem apanhados.

    Veja detalhes sobre instalaes de minimercados napublicao Comece Certo Mercadinho, do Sebrae/SPdisponvel na Bibliografia Complementar.

    Pessoal

    No basta ter bons produtos se seus vendedores so ruins. Esta atividade necessita fundamentalmente de profissionais qualificados e bem-treinados. Necessariamente, pessoas que lidam com o pblico devem reunir alguns atributos imprescindveis ao bom atendimento, como saber ouvir o cliente com ateno, ter boa vontade, ser persistente e paciente, conhecer alguma tcnica de negociao, ter equilbrio emocional e conhecer muito bem o mix de produtos da loja. Independentemente do nmero de funcionrios que deve corresponder ao porte da loja o importante investir nos

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    funcionrios. O constante treinamento e acompanhamento de resultados, portanto, o que vai definir seu sucesso neste segmento.

    Adequao da estrutura operacional e diviso de tarefas

    Por mais simples que parea, voc pode melhorar o gerenciamento de pessoal com a simples diviso de tarefas. A simples identificao dos postos de trabalho, das tarefas por setor, da criao de formas de avaliar o desempenho da equipe ou ainda estabelecer metas de produtividade e bonificao por resultados alcanados so aes que do outro impulso ao trabalho executado pelas pessoas.

    preciso elaborar maneiras criativas de manter os colaboradores na empresa e tambm de fazer com que o estabelecimento seja percebido de forma atraente pelo pblico externo para gerar desejo de fazer parte da equipe tambm. Envolve essa estratgia a valorizao de atitudes e comportamentos, a criao de funes multifuncionais para atender ao comportamento humano, alm de gerir, em vez de administrar, o comportamento humano.

    Plano de metas por setores

    Estabelea e comunique claramente suas metas para a equipe, identificando as lideranas para que o ajudem na superviso e superao. Crie formas de incentivo e bonificao dos funcionrios de forma diferenciada por setor. Para os funcionrios da produo, por exemplo, podem-se aplicar duas formas de metas, por produtividade e tarefas e apresentao pessoal. Bonificaes para os gerentes um incentivo para que eles fiscalizem, monitorem seus setores e motivem seus colaboradores para que, como uma equipe, trabalhem juntos

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    para bater as metas estipuladas para seus setores.

    Alm de estabelecer metas e bonificaes por resultados alcanados, oferea um plano de benefcios que lhes gere segurana e bem-estar. Isso vai manter seus melhores colaboradores por mais tempo. Use sua criatividade. Muitas vezes, benefcios podem ser uma quantia fixa de pes para levar diariamente para casa e um lanche simples. Evidentemente, um Plano de Sade, Plano Dental e at um plano de carreira sero grandes motivadores para todos os funcionrios.

    Layout tambm motiva os funcionrios

    Os funcionrios trabalham melhor e ficam menos cansados em ambiente com menos rudos e calor. Se o seu mercadinho tem uma padaria, atente-se para o layout da rea de produo. Com mquinas e equipamentos posicionados corretamente, a produtividade ser melhor, e os desperdcios sero menores.

    O investimento em refrigerao essencial para empresas que utilizam fornos para assar os produtos na loja. Em locais onde o sol bate forte pela manh ou tarde e aquece muito o local, um simples toldo pode ser uma maneira de proteger os colaboradores e clientes.

    Alm disso, imprescindvel um local adequado, limpo e confortvel para os funcionrios se alimentarem, se trocarem e guardarem objetos pessoais. O vestirio um dos fatores que determina a permanncia de funcionrios na empresa.

    Copa do Mundo FIFA 2014: funcionrio falando ingls

    Antenado nos turistas estrangeiros atrados pela Copa do

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    Mundo FIFA 2014, mantenha, contrate ou treine, se possvel,pelo menos um funcionrio preparado para atender no idiomaingls.

    Mais informaes no Sebrae

    O Sebrae da localidade poder ser consultado para aprofundaras orientaes sobre o perfil do pessoal e o treinamentoadequado. Veja detalhes sobre contratao de funcionrios eterceirizados, alm de tributao e encargos sociais napublicao Comece certo: Mercadinho, do Sebrae/SP,disponvel na Bibliografia Complementar.

    Equipamentos

    O volume de equipamentos de um mercadinho depende essencialmente do mix de produtos e do espao fsico de que ela dispe. Conforme essa disposio fsica, os equipamentos bsicos sero balco de atendimento, gndolas, prateleiras, balana, cestas e carrinhos de compras, estantes, bancas, balces refrigerados, balco aquecido, cortador de frios, serra eltrica para aougue, bancada para o aougue, vitrine seca, freezer vertical com porta de vidro e veculo utilitrio pequeno. Alm disso, ser preciso o mobilirio para a parte administrativa, como telefone, computador etc.

    Tambm importante que o empreendedor invista na informatizao do seu negcio. H muitas opes que possibilitam essa facilidade: caixas eletrnicas isoladas ou integradas, leitor de cdigo de barras, impressoras para preenchimento automtico de cheques, impressoras de notas fiscais nos caixas, cdigo de barras nos produtos, banco de dados sobre cada produto ou servio e cadastro de clientes.

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    Esta tecnologia facilitar o atendimento, pois reduzir o tempode espera na fila e facilitar o ps-venda, proporcionando umalcance maior de clientela em pocas de promoes.

    O Sebrae-RS d dicas interessantes sobre formas de exporprodutos. Confira o link na Bibliografia Complementar.

    Matria Prima / Mercadoria

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Organizao do processo produtivo

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Automao

    Os mercadinhos devem lanar mo de bons sistemas para gerenciamento de pequenos negcios. Para uma produtividade adequada, devem ser adquiridos sistemas que integrem as compras, as vendas e o financeiro. Os softwares possibilitam o controle de estoque, cadastro de clientes e fornecedores, servio de mala direta para clientes e potenciais clientes, cadastro de mveis e equipamentos, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa etc.

    Aceite pagamento com carto

    Hoje 72% dos brasileiros j usam algum tipo de carto. Os pagamentos em cheque tm sido cada vez menores e

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    substitudos pelas alternativas eletrnicas de pagamento, em especial, os cartes de crdito e de dbito, que hoje esto acessveis s classes C, D e E. Com isso, o seu mercadinho tem mais chances de aumentar a clientela ao adotar este meio eletrnico de pagamento. Pesquisa da Cmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte mostra que as vendas pelo carto representam mais de 61% do faturamento da maioria das empresas.

    Por isso, pense na adoo de meios eletrnicos de pagamento como forma no apenas de agilizar pagamentos de seus clientes, mas tambm, e principalmente, para aumentar o ticket mdio das suas vendas. Busque mais informaes sobre o funcionamento e vantagens dos sistemas de cartes, especialmente sobre os custos na utilizao dessa modalidade de pagamentos. Por certo, as tarifas cobradas variam de forma inversamente proporcional ao tamanho do estabelecimento ou do volume de seus negcios.

    Veja mais informaes sobre pagamentos digitais na publicao do Sebrae , Meios de pagamentos digitais, disponvel na Bibliografia Complementar.

    Tambm busque tecnologia compatvel com seu oramento para segurana do seu negcio. A manuteno dos estoques e segurana prpria e de seus funcionrios pode ser ampliada com equipamentos como cmeras e alarmes, sendo tambm uma forma de atenuar assaltos e furtos dos prprios clientes.

    O aumento da compra on-line inevitvel. Este modelo ainda um desafio para o pequeno varejo alimentar e, exatamente por isso, uma grande oportunidade de inovao. Existem h alguns anos experincias interessantes na Europa , chamados de formatos drive. Neste modelo a compra feita on-line para

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    a retirada nas lojas fsicas, com hora marcada, tendo toda acompra colocada no seu carro (o servio click and collect).Isso integra convenincia e praticidade do mundo virtual commundo fsico. E resolve os problemas de horrio de entrega,disponibilidade para recebimento no domiclio e custo de fretes.No Brasil, a rede catarinense Angeloni permite compra on-linepara retirada em loja, acessvel tambm em plataforma mvelvia celular.

    Canais de distribuio

    Os canais de comercializao so toda e qualquer forma pela qual o cliente tem acesso aos produtos ou servios da sua empresa. Ao definir os seus canais de comercializao, reflita sobre os seguintes itens:

    quem o seu mercado-alvo; que necessidade ir atender (produtos/servios); quanto este mercado est disposto a pagar (preo); como o pblico-alvo busca informaes sobre este produto (propaganda); onde o consumidor frequenta e acessa os produtos e servios para compr-los (canais de venda).

    O seu principal canal de comercializao a prpria loja, por isso o layout do mercadinho deve facilitar a circulao, otimizar a mo de obra, aumentar a lucratividade, destacando principalmente os produtos de alto valor agregado, e atender o cliente em todos os momentos de consumo. A experincia e a criatividade dos empreendedores brasileiros resultaram em inovadoras formas de comercializao nos mercadinhos.

    Analistas apontam que o aougue representa 20% da venda

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    total de um mercadinho, enquanto derivados de leite e embutidos respondem por 12%, hortifrutigranjeiros equivalem a 10% e fiambreria, 6%. Um ponto essencial, no entanto, a padaria. A venda de po chega a representar 12% da venda do mercadinho. Contudo, para isso preciso oferecer po quente a toda hora. A estratgia fisgar o cliente pelo cheirinho de po fresquinho fazendo o forneamento de pes a todo o momento. Sabe-se que o forneamento em diversos horrios eleva a venda de pes tradicionais e especiais e garante uma loja mais atrativa e movimentada. Cuidando com a climatizao do espao, experimente tambm assar po de queijo, po francs, alguns salgados, enfim, produtos que deixam um cheiro bom no ambiente.

    Outra tendncia em mercadinhos a adeso ao food service, conhecida como a alimentao fora do lar, uma tendncia j considerada irreversvel oferecida por especialmente por padarias, restaurantes, pizzarias, bares e at supermercados. Neste contexto, o seu mercadinho pode ter uma rea para caf, lanchonete ou produtos assados na hora e atrair novos clientes ou oferecer uma nova opo clientela tradicional. Aprimore seus servios, permitindo que o cliente deguste um produto com alto valor agregado. Assim, voc torna sua padaria mais dinmica e aumenta o tquete mdio.

    A venda por impulso no caixa tambm uma iniciativa que gera boa lucratividade. O produto exposto junto ao check-out incentiva a compra por impulso, resultando em elevao do tquete mdio. D destaque para produtos de consumo rpido e uso constante, como guloseimas, isqueiros, cigarros.

    Amplie as opes de servio oferecendo o recebimento de contas como gua, luz e telefone e recarga de celular pr-pago. Com a devida autorizao da Febraban, estes so servios que

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    aumentam o fluxo de pessoas na loja, aumentando tambm o faturamento. Conhea os canais para a realizao de operaes bancrias da Febraban acessando o link disponvel na Bibiliografia Complementar.

    Oferea a seus clientes um sistema de entrega (delivery) de compras e encomendas como um novo canal de comercializao. Este sistema pode utilizar-se de catlogos, telemarketing e promoes nas redes sociais. O desenvolvimento de um site na internet poder proporcionar uma oportunidade interessante de contato com o cliente. Colocar no site, disposio do cliente, formulrio para solicitao de compra pela internet torna o processo de compra e venda simplificados e agiliza o atendimento, criando mais um canal de distribuio.

    Padaria: cuidados com manipulao e estoque

    Se voc produzir pes, vai manipular uma grande variedade de produtos alimentcios, incorporando inmeras etapas no seu nuxo de produo. Estas etapas incluem o pr-preparo, o preparo e a conservao de alimentos, o fracionamento de produtos e o transporte (normalmente, at a residncia do consumidor), em que as boas prticas devem ser consideradas para garantir o controle das contaminaes.

    As etapas consideradas importantes para a segurana e qualidade do produto desde a recepo das matrias-primas at a comercializao dos diversos produtos so apresentadas a seguir. Muitas so especficas para o processo de produo de pes, algumas so de mbito mais geral e se aplicam aos vrios grupos de produtos produzidos/manipulados ou comercializados no mercadinho. Algumas etapas so crticas para a segurana e, por isso, deve haver monitoramento,

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    registro em planilhas, e tambm verincao do seu controle.

    Investimentos

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Capital de giro

    O capital de giro soma os investimentos que vo compor uma reserva de recursos para ser utilizada conforme as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo.

    Manter o capital de giro sempre um desafio para o empreendedor, especialmente no segmento varejista. Dependendo do saldo inicial, das entradas e das sadas, pode ocorrer uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento especfico, dia ou semana.

    Neste ponto, deve ser redobrada a ateno no fluxo financeiro entre os prazos de recebimento de crditos de clientes e o de pagamento dos seus fornecedores. Saiba que quanto maior o prazo concedido aos clientes para pagamento, maior ser a necessidade de capital de giro para repor mercadorias vendidas (e que ainda no foram creditadas em conta). Voc poder antecipar estes crditos feitos por cartes de crdito, duplicatas ou cheques pr-datados, mas isso custar o pagamento cobrana de taxas ao banco.

    Cuidado tambm com fatores que impactam no capital de giro: a sbita elevao do custo da mercadoria, o crescimento da inadimplncia, a diminuio do prazo de pagamento a fornecedores e aumento de custos gerais de administrao. Por

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    isso, a reserva financeira se faz to indispensvel.

    Outro ponto sensvel ao capital de giro o estoque, pois estsempre sofrendo mudanas de investimentos, seja em tipos deitens ou em quantidades. Quanto maior a necessidade deinvestimento nos estoques, mais recursos financeiros aempresa dever ter.

    Neste sentido, as decises de compras e vendas devem serfeitas com base na disponibilidade dos recursos financeiros daempresa. Se o recurso no existe, a empresa deve tomaremprestado de bancos, de fornecedores ou de outras fontes,gerando pagamentos de juros, o que diminui a margem de lucrodo negcio.

    Portanto, administrar o capital de giro da empresa significaavaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursosfinanceiros e os reflexos gerados por decises tomadas emrelao a compras, vendas e administrao do caixa.

    Custos

    Se quiser saber se sua empresa est dando lucro (ou prejuzo), voc precisar saber exatamente quais so os seus custos. Ento, nem preciso dizer da importncia deste fator para tomar decises corretas. O empreendedor que controlar os custos do seu negcio (e avaliar sua origem) vai garantir uma operao adequada e sustentvel, podendo reagir bem quando os tempos forem difceis e se preparando para o crescimento.

    Comprar, estocar e vender so as principais atividades no comrcio. O que a empresa gasta nestes processos pode ser contabilizado como seus custos. Estes custos podem ser

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    separados em trs situaes, que devem ser controladas e analisadas permanentemente.

    1. Custos das mercadorias: so os valores gastos com as compras de mercadorias, incluindo os impostos (Impostos sobre a Circulao de Mercadorias e Servios ICMS e Imposto sobre Produtos Industrializados IPI) e o frete. Esse valor pode variar a cada ms dependendo do volume comprado e de alteraes nos valores negociados com os fornecedores. Por isso, anote e avalie sempre o valor total gasto com as compras todos os meses.

    2. Despesas fixas: so valores gastos com o funcionamento da empresa, independentemente de ocorrerem ou no vendas. Os gastos mais comuns neste caso so aluguel; salrios fixos e encargos; contas de telefone, gua, gs e energia eltrica; contador; material de escritrio (notas fiscais, impressos etc.); embalagens; manutenes: do prdio, de vitrines, de equipamentos e veculos etc.; propaganda (ainda que feita s de vez em quando); consumo de combustvel e pedgios; despesas bancrias; treinamento dos funcionrios e do empresrio etc.

    3. Despesas variveis: so os valores gastos quando se realizam vendas. Normalmente so considerados os impostos sobre a venda e a comisso de vendedores. Por exemplo: taxa de administrao sobre as vendas realizadas atravs de cartes de crdito, de tickets etc. Controlar e saber o valor e as condies das despesas variveis so essenciais para colocar o preo nas mercadorias. Ao mesmo tempo, estude de perto o preo de seu concorrente para as mesmas mercadorias para aprimorar seu controle.

    Veja mais dicas e informaes sobre custos no comercio no

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    site do Sebrae, Custos no Comrcio, Ficha tcnica:minimercados e Gesto financeira: clculo e anlise decustos, disponveis na Bibliografia Complementar.

    Diversificao / Agregao de valor

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Divulgao

    O mercadinho o mercado de vizinhana, traduzindo uma abordagem j consagrada: os consumidores do bairro em busca de compras emergenciais ou de poucos itens. A caracterizao do pblico-alvo o primeiro ingrediente na construo da sua divulgao. O seu pblico est prximo, ento ele pode ser alcanado na prpria caixa de correio dos arredores, apoiado por cadastro simples que pode integrar o dia do aniversrio, preferncias e outras particularidades. Trate o reconhecimento do seu cliente com dedicao e intensidade e, com o tempo, voc poder cham-los pelo nome e at antecipar-se a cada uma de suas pequenas vontades. Ser bem-tratado pelo dono do estabelecimento algo que qualquer cliente vai adorar.

    A promoo de vendas uma estratgia bastante utilizada pelos mercadinhos por uma razo simples: os produtos (especialmente os mais perecveis) precisam girar. Se no forem vendidos no primeiro preo, precisam de desconto para no encalhar na gndola. No entanto, nem sempre precisa ser assim. Uma nova promoo pode ser oportuna quando voc negociar uma remessa especial de algum produto com uma boa negociao com o fornecedor.

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    Aproveite datas especiais para construir uma relao com asua comunidade. Para isso, canalize sua comunicao para osjornais e pequenas publicaes do prprio, incluindo a a igreja,o clube e outros pontos de concentrao de clientes do seunegcio. Articule, sempre que possvel, com outrosempreendedores da regio. Restaurantes, sales de beleza elojinhas das redondezas podem aceitar permutas na divulgaode seus negcios, num sistema de ganha-ganha. Fuja decanais de divulgao maiores. O rdio ou o jornal da cidadeatingiro muito mais pessoas, claro, mas elas estaro longedo seu negcio, e improvvel que se tornem clientes.

    Invista em brindes que tenham o seu telefone e o endereo doseu site na internet. Sim, o site na internet um canalinteressante para ampliar sua comunicao e veicularpromoes.

    Informaes Fiscais e Tributrias

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Eventos

    Calendrio de Eventos da Abras (2013) http://www.alasnet.org/alas/asociados/activos/abras/eventos

    Congresso e Feira Internacional de Negcios em Supermercados Apas http://www.feirasenegocios.com.br/?p=eventoDetalhe&evento=306

    Conveno Nacional de Supermercados

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    www.abrasnet.com.br

    Feira Internacional de Negcios em Supermercados www.portalapas.org.br

    Feira Internacional de Panificao, Confeitaria do VarejoIndependente de Alimentos http://expofeiras.gov.br/calendario-de-eventos/evento/sq_eventos/2970

    Fispal Food Service http://www.fispalfoodservice.com.br/

    Food Ingredients South America Fisa http://expofeiras.gov.br/calendario-de-eventos/evento/sq_eventos/2522

    Sial Brazil http://expofeiras.gov.br/calendario-de-eventos/evento/sq_eventos/2866

    Entidades em Geral

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    Normas Tcnicas

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Glossrio

    Check-out Momento em que o cliente finaliza a sua compra. Ele passa os itens adquiridos no caixa, que faz a leitura no cdigo de barras, e, aps o pagamento, sai da loja.

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    Merchandising Ferramenta de marketing formada peloconjunto de tcnicas responsveis pela informao eapresentao destacada dos produtos no ponto de venda. Omerchandising tanto pode usar a propaganda (quando divulgaofertas na mdia) quanto a promoo de vendas (quando seutiliza de preos mais baixos ou brindes) para a ampliao desua estratgia. A grande importncia do merchandising est nofato de ele ser a soma de aes promocionais e materiais deponto de venda que controla o ltimo estgio da comunicaomercadolgica: a hora da compra. muito utilizado por grandesmarcas que, sutilmente, aparecem em novelas, seriados oufilmes, geralmente como produto no fundo da cena, comocitao de algum personagem.

    Mix de produtos a linha de produtos com que a lojatrabalha e suas divises. Por exemplo, para a diviso modafeminina, o mix composto de blusas, saias, vestidos etc.; paramoda masculina, o mix composto de camisas, blazers, calassociais etc.

    Self-service (ou autosservio) Significa que os servios deestabelecimentos comerciais so realizados pelo prpriocliente.

    Varejo Venda de produtos ou a comercializao de serviosem pequenas quantidades, ao contrrio do que acontece navenda por atacado.

    Dicas do Negcio

    SEUS CLIENTES ESTO PRXIMOS!

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    O primeiro motivo que leva o cliente ao seu mercadinho a proximidade, tanto da residncia quanto do local de trabalho. Por isso, planeje o formato do seu negcio para atender este perfil de cliente. H vrios recursos e aes que voc pode desenvolver. Comece com um servio de entrega, mesmo que pago para seus clientes. Muitas vezes, eles no tm como sair de casa ou trabalho para buscar um produto.

    Oferea lanches, comidas rpidas. Se possvel, reserve um espao confortvel para seu cliente se sentar, descansar, tomar um caf ou suco acompanhado de uma de suas delcias. Oferea revistas e jornais do dia. Monte um ou mais pacotes de produtos para oferecer ao seu cliente no horrio de caf da manh e ch da tarde.

    Se voc tem um ponto onde existe movimento noite, com fluxo de carros intenso, fcil de estacionar (se voc oferecer estacionamento, melhor ainda) e com segurana, uma boa estratgia para aumentar seu faturamento pode ser abrir 24 horas. Para as empresas da sua regio de atuao oferea servio de coffee break e cative os funcionrios para happy hour aps o expediente, combinados com promoes e degustaes em parceria com seus fornecedores.

    Enfim, se os seus clientes esto por perto, conhea-os muito bem, entenda suas preferncias e crie um vinculo com ele. A fidelizao ser sua principal estratgia para estreitar o relacionamento com os clientes, fazendo com eles comprem com mais frequncia e por muito tempo.

    Fique atento s tendncias

    Empreendedores de mercadinhos devem refletir sobre cinco grandes tendncias da alimentao, apontadas no estudo

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    Brasil Food Trends 2020 , publicado pela Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp) e pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).

    1. Sensorialidade e prazer O consumidor busca a experimentao de alimentos e bebidas diferentes, tnicos e exticos, bem como o prazer de compartilhar com amigos e familiares. Pergunte-se: que produtos o mercadinho pode oferecer para degustao?

    2. Sade e bem-estar Sade e bem-estar esto relacionados com produtos voltados aos diferentes tipos de dieta, os alimentos incluindo light, diet, sem glten, funcionais, energticos, orgnicos etc. Reflita: no vale uma gndola especfica para estes produtos?

    3. Convenincia e praticidade O consumidor busca convenincia e praticidade. A correria da vida urbana, as pessoas que vivem sozinhas e as cozinhas de casa com micro-ondas e freezers em casa exigem produtos lavados e embalados, pores menores, alimentos semiprontos ou entregues em casa ou no trabalho. Pense: um mercadinho no pode inovar nestes pontos?

    4. Confiabilidade e qualidade Por que no? Um mercadinho pode primar pela confiabilidade e qualidade dos produtos que vende, controle de riscos de contaminao, selos de origem e de qualidade, valorizao de marca, entre outros.

    5. Sustentabilidade e tica Se os clientes buscam cada vez mais por sustentabilidade e tica, haver uma demanda crescente por alimentos e bebidas produzidos mais ecolgicos, com embalagens reciclveis e

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    rotulagem com informaes ambientais, por exemplo.Oportunidade vlida tambm para o mercadinho.

    Caractersticas especficas do empreendedor

    No h nenhuma informao disponvel para este captulo.

    Bibliografia Complementar

    ABIF; SEBRAE. Boas prticas na panificao e na padaria: da produo ao ponto de venda. Braslia: Sebrae Nacional, 2010. Disponvel em: http://www.abip.org.br/imagens/file/cartilhafinalizada%20jun10-1.pdf.

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