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ON LINE MENSAGEM MENSAL n. 3 2013 24 de Março MARIA NOS GUIA À SANTIDADE Estamos vivendo um tempo único para a vida da Igreja: a renúncia do Papa Bento XVI e a eleição do novo Pontífice Francisco. O luminoso pontificado do Papa Ratzinger e a vinda do Sucessor que eles, Eminentes Cardeais reunidos em Conclave, guiados pela ação do Espírito Santo, terão escolhido depois de terem perscrutados juntos, os sinais dos tempos, da Igreja e do mundo. O apelo à oração, feito a todos os fiéis por Sua Santidade Bento XVI, para pedir que o acompanhem no momento da entrega do ministério petrino nas mãos do Senhor e, de, acolher com confiança a chegada do novo Pontífice, faz -se significativo para a nossa Associação, que contempla e venera a Auxiliadora como Mãe da Igreja, Auxílio dos Apóstolos, de Pedro em primeiro lugar. Neste tempo de provas, quando o pecado transborda como um rio em cheia, arrastando tudo, Maria está presente no meio de nós, advertindo-nos para que não nos deixemos aprisionar pelas coisas terrenas e nos guiemos em direção às coisas de Deus. Há uma luta que passa no coração de cada um de nós, entre Deus e Satanás, entre o bem e o mal. Com a força da oração, a graça dos sacramentos e o exercício cotidiano das virtudes, a nossa vida transformar-se-á em um caminho para Deus. Maria nos convida, através do caminho da oração, a termos a força de Deus para decidirmos uma vez por todas pelo Senhor e a sua vontade, saindo dos pântanos do pecado e da mediocridade que nos paralisam e nos debelam espiritualmente. Trata-se de superar um vida cristã feita de renúncias e compromissos que nos fazem desperdiçar energia e tempo sem quaisquer resultados, para viver com a graça de Deus, a verdade de nossas promessas batismais, as quais renovaremos na Vigília Pascal: renuncio ao pecado e ao mal e creio em Deus, meu único bem. Que grande dom e que grande desafio para nós, neste Ano da Fé! Queremos também, manifestar a nossa alegria e a nossa admiração vendo como a Auxiliadora está renovando a nossa Associação, com o surgir e o consolidar-se de grupos juvenis da ADMA, sinal de esperança e de futuro. É bonito ver como esses grupos nascem de histórias e realidades diversas, e como os próprios jovens querem fazê-los crescer e amadurecer, sinal de esperança de uma Igreja que se desperta nas almas juvenis. Enfim, queremos convidar toda a nossa Associação para uma campanha especial de oração em intenção pelo Capítulo Geral 27 da Congregação Salesiana, o qual terá início em fevereiro de 2014. Queremos convidar todos os grupos para que façam celebrar Santas Missas e rezem o Terço nesta intenção. Trata-se de um evento especial que toca toda a Família Salesiana. Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual

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ON LINE MENSAGEM MENSAL n. 3 — 2013

24 de Março

MARIA NOS GUIA À SANTIDADE

Estamos vivendo um tempo único para a vida da Igreja: a renúncia do Papa Bento XVI e a eleição do novo Pontífice Francisco. O luminoso pontificado do Papa Ratzinger e a vinda do Sucessor que eles, Eminentes Cardeais reunidos em Conclave, guiados pela ação do Espírito Santo, terão escolhido depois de terem perscrutados juntos, os sinais dos tempos, da Igreja e do mundo. O apelo à oração, feito a todos os fiéis por Sua Santidade Bento XVI, para pedir que o acompanhem no momento da entrega do ministério petrino nas mãos do Senhor e, de, acolher com confiança a chegada do novo Pontífice, faz-se significativo para a nossa Associação, que contempla e venera a Auxiliadora como Mãe da Igreja, Auxílio dos Apóstolos, de Pedro em primeiro lugar. Neste tempo de provas, quando o pecado transborda como um rio em cheia, arrastando tudo, Maria está presente no meio de nós, advertindo-nos para que não nos deixemos aprisionar pelas coisas terrenas e nos guiemos em direção às coisas de Deus. Há uma luta que passa no coração de cada um de nós, entre Deus e Satanás, entre o bem e o mal. Com a força da oração, a graça dos sacramentos e o exercício cotidiano das virtudes, a nossa vida transformar-se-á em um caminho para Deus. Maria nos convida, através do caminho da oração, a termos a força de Deus para decidirmos uma vez por todas pelo Senhor e a sua vontade, saindo dos pântanos do pecado e da mediocridade que nos paralisam e nos debelam espiritualmente. Trata-se de superar um vida cristã feita de renúncias e compromissos que nos fazem desperdiçar energia e tempo sem quaisquer resultados, para viver com a graça de Deus, a verdade de nossas promessas batismais, as quais renovaremos na Vigília Pascal: renuncio ao pecado e ao mal e creio em Deus, meu único bem. Que grande dom e que grande desafio para nós, neste Ano da Fé! Queremos também, manifestar a nossa alegria e a nossa admiração vendo como a Auxiliadora está renovando a nossa Associação, com o surgir e o consolidar-se de grupos juvenis da ADMA, sinal de esperança e de futuro. É bonito ver como esses grupos nascem de histórias e realidades diversas, e como os próprios jovens querem fazê-los crescer e amadurecer, sinal de esperança de uma Igreja que se desperta nas almas juvenis. Enfim, queremos convidar toda a nossa Associação para uma campanha especial de oração em intenção pelo Capítulo Geral 27 da Congregação Salesiana, o qual terá início em fevereiro de 2014. Queremos convidar todos os grupos para que façam celebrar Santas Missas e rezem o Terço nesta intenção. Trata-se de um evento especial que toca toda a Família Salesiana.

Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual

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CAMINHO DE FORMAÇÃO 2012-2013 7. A fé e as obras (don Roberto Carelli)

É quase um lugar comum dizer que a Fé aumenta quando a doamos, mas isto é certo, é uma grande verdade: “a atitude distinta dos cristãos é o amor baseado na fé e por ela formado” (DC 7). Não existe uma fé que seja só um sentimento individualista, que não se faça testemunho e serviço em palavras e em obras: o cristão é chamado não apenas para “cuidar da fé e viver dela, mas também para professá-la, dar franco testemunho dela e difundí-la” (CIC 1816). Crer não é apenas participar da sabedoria de Deus, nem só confiar Nele, mas sim, é viver e amar do seu próprio Amor. De fato, Deus não se limita a nos revelar o seu amor, mas ele também quer atrair-nos em seu amor, e, por isto, a fé “torna-se um novo critério de inteligência e de ação que muda toda a vida do homem: pensamentos e afetos, mentalidade e condutas” (Porta fidei 6). Os primeiros cristãos a tinham como bem presente, e davam testemunho dela nas saudações das cartas que trocavam. Ao se dirigir aos Tessalonicenses, Paulo lembra “das obras da vossa fé, dos sacrifícios da vossa caridade, e da firmeza da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1,3), e em uma outra carta, agradece a Deus por sua “ fé que vai progredindo sempre mais e desenvolvendo-se a caridade” (2Ts 1,3). Na Mensagem para a Quaresma, Bento XVI colocou admiravelmente em evidência, tanto a dimensão operacional da fé quanto a raiz crente das obras: “a fé é conhecer a verdade e aderir a ela; a caridade é «caminhar» na verdade. Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade. A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática” (Bento XVI). A fé é, de tal forma, inseparável das outras virtudes teologais, que quase se assemelham: elas são as dimensões da vida divina em nós, e Deus opera milagres em quem Nele crê: para nós, de fato, como se costuma dizer, entre o dizer e o fazer há um mar de distância, enquanto que na fé “é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar” (Fil 2,13). A fé acende um olhar de esperança e gera as obras de caridade. Em suma, quem crê, espera e ama: tem gratidão arraigada nele e olha com confiança para o futuro, age com coragem no presente. A unidade das virtudes teologais é tão grande, que a esperança cristã não se reduz a simples espera, mas é “espera certa”: “hoje estarás comigo no paraíso”, assegura Jesus ao bom

ladrão (Lc 23,43), e a fé, antes de gerar obras, é ela própria, a primeira obra: “a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou” (Jo 6,29). De qualquer forma, “privada da esperança e do amor, a fé não une plenamente o fiel a Cristo” (CIC 1815). A relação entre a fé e as obras sempre tem sido objeto de grandes debates, desde os tempos de Paulo, até os de Lutero. Diante dos Judeus, que buscavam a salvação na observância da Lei, Paulo esclarecia que não é a Lei que nos salva, mas a fé, não mais os antigos ritos, mas o amor manifestado nos sacramentos: “estar circuncidado ou incircunsivo de nada vale em Cristo Jesus, mas sim, a Fé que opera pela caridade” (Gal 5,6). Da mesma forma, diante das objeções de Lutero, que acusava a Igreja de obscurecer os méritos de Cristo, considerando meritórias as boas obras, o Concílio de Trento esclarecia, que é a graça de Cristo que faz merecer a salvação, e o homem vem justificado, não pelas obras, mas pela fé. Todavia, as obras não devem ser desclassificadas: elas representam o fruto da graça e expressam a autenticidade da fé. Por isto, São Tiago, pensando na fé e no sacrifício de Abraão, afirma terminantemente: “vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?” (Tg 2,24). Nas Escrituras, os convites para não separar a fé e o amor, o crer e o agir, são mais do que abundantes. Jesus é bem claro: não se pode conhecer sem praticar, é hipócrita falar e não fazer, de nada vale invocar o Senhor e rejeitar a sua vontade, não é

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correto escutar a Palavra e não colocá-la em prática: “nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). São Tiago também é claro: uma fé sem obras é insustentável, pois a fé suscita as obras e as obras manifestam a fé (cf Tg 2, 14-18); por conseguinte a fé, “se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tg 2,17), e as obras, se não contêm a fé, são ineficazes. Confirma-o a Carta aos Hebreus, onde se diz que se a fé sem as obras, é morta, as obras sem a fé são “obras mortas” (Heb 6,1), tanto é assim que os méritos do sangue de Cristo estão justamente em nos ter “ purificados das obras mortas para servir o Deus vivo” (Heb 9,14). Talvez a passagem bíblica que melhor resuma a correlação entre fé e obras - assim acredita Bento XVI – encontra-se na Carta aos Efésios: por um lado lembra que “é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie”; por outro lado acrescenta imediatamente que “somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos” (Ef 2,8-10). As relações entre fé e caridade foram admiravelmente aprofundadas pelos teólogos medievais e continuamente retomadas pelo magistério eclesial. É útil, em primeiro lugar, lembrar que “as virtudes humanas se fundam nas virtudes teologais”, enquanto orientam as faculdades do homem para participarem da natureza divina. De fato, para que serve uma vida virtuosa se não nos torna semelhantes a Deus? Qual a vantagem de sermos fortes e sóbrios, se não houver amor? E o que seriam a prudência e o senso de justiça, se fossem obstáculos para a justiça maior que se realiza na misericórdia? (CIC 1812-1813). Entende-se bem neste sentido, os convites de Bento XVI em sua primeira Encíclica, para que não se reduza a caridade à solidariedade: “a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social... a caridade é sempre algo mais do que mera atividade... os cristãos não se devem inspirar nas ideologias do melhoramento do mundo, mas deixarem-se guiar pela fé que atua pelo amor” (DC 25.34.33). Em segundo lugar, a Igreja ensina que entre a fé e a caridade existe uma correlação dinâmica: é verdade que “a caridade é a forma da fé” (São Tomás), mas também é verdade que “o amor cristão encontra fundamento e forma na fé” (Bento XVI). Em suma, pode-se falar de “prioridade da fé e primado da caridade” (Bento XVI), no sentido de que o amor é o conteúdo mais profundo da fé, mas, na verdade, é a fé quem diz o que é o amor: “a fé sem a caridade

não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida” (Porta fidei 14), e “assim como a fé se manifesta na caridade, assim também a caridade, sem a fé, seria filantropia” (Instr. Lab. Sin. Nova Evang. 123). Positivamente, Bento XVI sintetiza na Mensagem Quaresmal, a relação fé-caridade com uma maravilhosa analogia desta com a relação Batismo-Eucaristia: “o Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, como plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas se revela genuína apenas se for coroada por ela”. Esses detalhes são muito importantes para a vida cristã, porque se “é limitada a atitude de quem põe, de tal maneira, tão forte ênfase na prioridade e determinação da fé, para subestimar e quase desprezar as obras concretas da caridade e reduzir isto a genérico humanitarismo”, por outro lado, “é igualmente limitado apoiar a supremacia exagerada da caridade e de sua diligência, pensando que as obras substituem a fé”. Sempre vão existir as duas coisas: as obras de caridade são as movidas e guiadas pela fé, e a maior obra de caridade é proclamar o Evangelho para trazer a fé. Como viver bem este tempo penitencial da Quaresma em preparação para a alegria da Páscoa? Em retrospectiva, a unidade da fé e das obras que meditamos baseia-se no próprio ser de Deus, perfeita unidade de amor e de vida. Também a vida de Deus, como a nossa, é trabalho e repouso, ação e contemplação. Isto nos é revelado nos seis dias da criação e no repouso do sétimo dia; isto é visto no exemplo de Jesus, que passa a noite em oração e de dia percorre os vilarejos para realizar as obras do Reino; isto se aprende nas palavras do Senhor que diz: “Meu Pai trabalha e também eu trabalho” e diz aos apóstolos: “permanecei em mim”; e isto é encontrado no coração manso e humilde, mas também corajoso e resoluto de Jesus, que enfrenta firmemente a sua Paixão e está recolhido em oração, mesmo na Cruz; isto é apresentado a nós através da vida dos santos e santas, que fazem grandes coisas em uma paz imperturbável. Aqui deixamos duas sugestões que ajudam a “transformar a prata dos afetos humanos em ouro da caridade divina”: 1. procuremos trabalhar na presença do Senhor, diligentemente, sem demora nem tormentos, guardando a paz do coração, a qual vem da fé; 2. Façamos com que cada uma de nossas ações seja um ato de caridade, que brota do amor de Deus e testemunhe o amor de Deus, procurando encontrar Jesus nos outros e os outros, em Jesus.

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“Sigamos e imitemos Maria” e “toda a nossa vida tornar-se-á um Magnificat”. O amor pela Mãe de Deus é uma das principais características da dimensão espiritual do Pontificado de Bento XVI. Um Papa mariano, assim como o seu querido antecessor, João Paulo II. Um amor filial que vem de longe. Se, na verdade, na vida e no pontificado de Karol Wojtyla tinha um grande papel, o Santuário de Czestochowa, o mesmo se pode dizer a respeito do Santuário de Altötting, coração mariano da Baviera, na vida de Joseph Ratzinger. Em cada audiência, discurso, homilia, Bento XVI sempre confia os fiéis à Virgem Maria. É Ela, com a sua humildade, repete ele em muitas ocasiões, que está a nos indicar o caminho para chegar ao coração de Seu Filho. São Maria e seu Menino, com seu “poder indefeso”, salienta, a vencer “os ruídos das potências do mundo”: “A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder de um rei, não resplandece numa cidade famosa, num palácio luxuoso, mas faz a sua morada no ventre de uma virgem, revela-se na pobreza de um menino. A onipotência de Deus, também na nossa vida, age com a força, muitas vezes silenciosa, da verdade e do amor”(Audiência Geral, 19 de dezembro de 2012). Bento XVI se faz peregrino nos principais

Santuários marianos do mundo. Desde o que lhe é familiar, em Altötting, até os Santuários de Lourdes, Fátima, Czestochowa, e ainda Mariazell, na Áustria e Aparecida, no Brasil. Reza para Nossa Senhora em Pompéia e em Loreto. O Papa diz que esses Santuários não são “catedrais no deserto”, mas oásis do espírito, inseridos em seus territórios como exemplos de “uma civilização do amor”. Maria, recorda-nos o Papa, foi a primeira a acolher Cristo e vive também uma relação especial com o Espírito Santo e a Igreja: “No Pentecostes, a Virgem Mãe aparece novamente como Esposa do Espírito, para uma maternidade universal em relação a todos os que são gerados por Deus para a fé em Cristo. Eis porque, para todas as gerações, Maria é imagem e modelo da Igreja, que juntamente com o Espírito caminha no tempo invocando o retorno glorioso de Cristo: 'Vem Senhor Jesus'”(Encerramento do mês mariano, 30 de maio de 2009). Bento XVI convida todos os fiéis, em especial os jovens, para rezarem a Maria, especialmente com o Rosário que, enfatiza: “nos faz repercorrer os acontecimentos da vida do Senhor, em companhia da Bem-aventurada Virgem Maria, conservando-os, como Ela, em nossos corações”. Recorda, portanto, que o “sim” de Maria derrotou o mal. É por isso que mesmo em

OBRIGADO PAPA BENTO XVI: UM PAPA TODO DE MARIA

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experiências da vida que nos fazem vacilar, podemos encontrar Nela um apoio seguro: “Cada vez que experimentamos a nossa fragilidade e a sugestão do mal, podemos dirigir-nos a Ela, e o nosso coração recebe luz e conforto” (Angelus, 8 de dezembro de 2009). À Virgem Maria, confia o Ano da Fé, no quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. E é significativo o fato de que a sua última viagem pastoral na Itália tenha sido justamente a um Santuário Mariano, o de Loreto. A tradição conta que o coração deste lugar é a casa onde viveu Maria. Mas Papa Bento XVI fala de uma outra casa, que vai bem além das pedras de uma construção. É Maria, a “casa viva” que acolhe Jesus: “onde Deus mora, devemos reconhecer que todos estamos “em casa”; onde Cristo mora, os seus irmãos e as suas irmãs não são mais estrangeiros. Maria, que é a mãe de Cristo é também nossa mãe, nos abre a porta da sua Casa, nos guia para entrarmos na vontade de seu Filho” ( Visita a Loreto, 4 de outubro de 2012). Somos filhos até o nosso último dia Oferecemos a reflexão encantadora de um de nossos membros da Associação Na pressa de achar as palavras – quase querendo lastimar-se da história que se passa diante de nós – em relação à renúncia anunciada por Bento XVI, eu ouvi e vi uma porção de contradições e muita superficialidade, que infelizmente são características de nosso tempo. Então, na confusão de meu coração, fiz o único gesto que nunca é perdido, refugiei-me em Maria, como também ele fizera tantas e tantas vezes, antes de se decidir sobre o que fazer, como dizê-lo e quando. Ele, que ama a Palavra, certamente ponderou uma a uma, centenas de vezes, antes de chegar àquelas vinte linhas. E disse que a Igreja, que estes tempos, que o papado, precisam da energia do homem e não apenas da força do Espírito. Esta Igreja, não outra. Os dias de hoje, não aqueles que já passaram. Pedro era vigoroso, um homem cheio de vida, impôs-se entre os Doze, mesmo antes de sua escolha por Jesus. Pedro fundou a Igreja com o vigor do homem e a força do Espírito. Bento XVI

apela a um novo Pedro. Escolher o dia da festa da Bem-aventurada Virgem Maria de Lourdes não pode ter sido uma coincidência. Um homem pode ter 86 anos e pedir ajuda e conforto à Mãe. Nós somos filhos, até nosso último dia. Organizar-se para anunciar sua renúncia no dia da canonização dos Mártires de Otranto e escolher como dia de sua saída, a comemoração dos Mártires de Alexandria, não pode ter sido uma coincidência. Trata-se de um cristianismo perseguido, desarmado e massacrado, mas isso não impede de se crer em Jesus, até a renúncia à vida. Gostaria de poder encontrar Bento XVI e abraçá-lo, com delicadeza, mas com calor, como a um irmão ancião. Agradecer-lhe o que ele testemunhou, com seus livros e sua vida. Dizer-lhe que eu o amo e que quero empenhar-me para ser um homem melhor. Que sua presença é e continuará sendo importante em minha vida. Que eu não tenho medo! (Cristian).

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PRIMEIRAS INDICAÇÕES PARA ADMA JUVENIL Chegam cada vez mais solicitações para oferecermos orientações e linhas para o início ou a condução de grupos juvenis da ADMA. Queremos, em primeiro lugar, reconhecer nas experiências já começadas, a mão de Nossa Senhora Auxiliadora, que deseja estes grupos. Por isso convidamos: 1. A refletir e organizar a experiência já vivida e as em prática, relatando-nos as experiências e os projetos presentes nas diversas partes do mundo. 2. A ADMA Jovem aparece como uma proposta de vida cristã para jovens, vivida com o espírito de Dom Bosco, na prática do sistema preventivo. Em particular, nós estamos estudando novamente a exortação apostólica de João Paulo II, Novo Millennio Ineunte, fazendo uma releitura salesiana e juvenil. 3. Aguns elementos significativos: As duas colunas "Jesus Eucaristico e Maria Imaculada e Auxiliadora”. A relação entre Pastoral Juvenil e Pastoral Familiar. Apresentação e valorização dos testemunhos de santidade juvenil. Compromisso de serviço e de animação. DOCUMENTO HISTÓRICO DA ADMA DA HUNGRIA Na exposição no Castelo de Budapeste, por ocasião do centenário da chegada dos salesianos em terras húngaras, destaca-se também o diploma de ereção e de agregação da ADMA de Borsodnadasd (Diocese de Agrien) à ADMA Primária de Turim com data de 24 de fevereiro de 1941 assinado pelo então Reito-Mor, Pe. Pietro Ricaldone. Abriu-se a casa Salesiana no território de Borsodnadasd-Lemézgyar a 8 de dezembro de 1929. Surgia ao lado de um grande moinho metalúrgico que empregava cerca de 4.000 trabalhadores. A direção do complexo industrial, em 1934, mandou construir um templo, o qual, depois, t o r n o u - s e p a r ó q u i a independente. Com a ajuda dos fiéis também foi construído um grande salão cultural. Os filhos de Dom Bosco começaram um extenso trabalho de religião, de cultura e de consciência social entre os jovens e famílias trabalhadoras que ali residiam. Que esta descoberta seja um sinal de uma renovada primavera da d e v o ç ã o a M a r i a Auxiliadora e da nossa Associação em terras húngaras.

CRÔNICA

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PRIMÁRIA DE TURIM - CURSO SOBRE EDUCAÇÃO DO CORAÇÃO PARA JOVENS ADOLESCENTES DE 13 A 16 ANOS Na primeira reunião, dirigida por Pe. Roberto Carelli, participaram mais de 100 adolescentes, sinal de uma necessidade muito presente entre os rapazes e as moças de hoje.

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HABEMUS PAPAM!

Confiemos ao amor misericordioso de Jesus, o pai de nosso Animador Espiritual Pe. Camero-

ni, o Sr. Giovanni, quem o Senhor chamou para si no dia 15 de março. Ofereçamos orações e

celebrações de Santas Missas em sufrágio da alma do Sr. Giovanni, por intercessão de Nossa

Senhora Auxiliadora e de São José.

“Deus jamais se cansa de nos perdoar, jamais. E Padre, qual é o problema? O problema é que nós nos cansamos, não queremos, nos cansamos de pedir perdã-o. Ele jamais se cansa de perdoar, mas nós, muitas vezes nos cansamos de pedir o perdão. Não nos cansemos, ele é o pai amoroso que tem misericórdia de todos nós. E também nós, aprendamos a ser misericordiosos para com todos. Peça-mos a intercessão de Nossa Senhora que teve em seus braços, a misericórdia de Deus feita homem” (Papa Francisco)

A todos os membros e grupos da ADMA do mundo, desejamos que, com a ajuda da Auxiliadora, nós possamos testemunhar a força renovadora da Páscoa do Senhor Jesus! (ADMA Turim-Valdocco)

O Boletim pode ser lido nos seguintes sites:

www.admadonbosco.org/index.php?lang=pt

y: www.donbosco-torino.it/

Para posteriores comunicações podem se dirigir

ao seguinte endereço eletrônico: [email protected]