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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LV•abr - 2015 • nº 488

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Page 1: carta - ens.org.br · Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá. ... necessariamente acredita-

cartaEquipes de Nossa Senhora Mensal

mas Deus o ressuscitoudentre os mortos(At 13, 30)

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488

SUPER-REGIÃOUm olhar positivo para um mundo

em transformaçãop. 04

ENCARTE

EACRE 2015

30 ENCONTRO NACIONAL

Tríduo Preparatório

p. 36

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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Fotos da capa: canstockphoto Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fer-nanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

EnCaRtEEaCRE 2015

EDIToRIAL ............................................01

SuPER-REgIão“... Para que todos tenham vida...” ......02Em que mundo você vive? ...................03um olhar positivo para um mundoem transformação ................................04Tríduo Pascal .......................................05

IgREJA CATÓLICADesinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos. Ide! ...................................08Páscoa: Explosão de luz no mundo ......09

RAízES Do MoVIMENToNada de “bom entendimento”!Procuremos ir além ... ............................11

VIDA No MoVIMENToProvíncia Norte .......................................13Província Nordeste ..............................13Província Sul II .....................................15

ACERVo LITERÁRIo Do PADRE CAFFARELSeguindo os escritos do Padre Caffarel ....17

TESTEMuNHo Acolhida aos novos casais ....................19 o caminho é caminhar... .......................20Homenagem ao Pe. Nilo um conselheiro espiritual especial .......21

Você convidou Jesus e Mariapara o seu casamento? .......................22Caminho para Deus .............................23

REFLEXãoAno novo equipista ..............................25Árvore frondosa? ou roseira mimosa? . . 26Reflexões para viver um bom ano! . .....27Vigiai e orai, para que não entreisem tentação ........................................28

FoRMAÇãoCarisma - espiritualidade - mística ........ 29orientações de vida: o leme do movimento .....................................31Desperta, ó homem! ...........................32

PARTILHA E PCEsVia sacra do casal ......................................33

30 ENCoNTRo NACIoNALTempo de Deus ....................................35 Tríduo preparatório para o 30 Encontro Nacional das ENS do Brasil ..............................................36

NoTíCIAS .............................................39

Correção - edição 487 - fev/mar 20153a capa Meditando em Equipe

onde se lê: O Filho fez-se humano para nos fazer divinos - leia-se: Quaresma: “Penitência” ou Conversão?

CaRta MEnSaLn0 488 • abr 2015

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Edit

ori

al

tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais Dos tempos”

Eu sou a ressureição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.

E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisto? (Jo 11, 25-26)

Estamos vivendo o tempo pascal, tempo de alegria e é com esse espírito que nossa Carta vem cheia de novi-dades, convites a reflexões, formações e testemunhos. Padre Paulo nos convida a viver na caridade, fé e esperança e Hermelinda e Arturo a que nos convertamos no próximo.

Continuando nesse espírito, Padre Caffarel nos leva a ir além do bom entendimento e ser testemunhas no mundo do amor de Deus. Não deixem de ver os textos de Raízes e Acervo do Padre Caffarel.

Temos uma sugestão de reflexão em casal, um peque-no retiro, em forma de Via Sacra.

Faltam menos de 3 meses para o 30 Encontro Nacional das ENS do Brasil e nas edições de abril, maio e junho trare-mos o tríduo preparatório para o Encontro, importante para todos os equipistas. Encontre o primeiro nessa Carta.

Podemos sentir a grandeza do nosso Movimento. Nes-te início de ano aconteceram EACRE por todo o Brasil,e as fotos de vários deles encontram-se no encarte.

Cristo morreu, mas ressuscitou, e fez isso para nos ensi-nar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maio-res virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.

Que esta seja a verdade da nossa Páscoa.

Feliz Páscoa!

Boa Leitura! Fernanda e Martini

CR da Carta Mensal

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Sup

er-R

egiã

o

O mundo de hoje gosta do sucesso! O ser humano é forma-do pela sociedade para ser uma “pessoa de sucesso”. As pessoas, na sua maioria, buscam por meio da autopromoção, de uma manei-ra ou outra, visibilidade, destaque, reconhecimento... Buscam a fama a qualquer custo! Os “BBBs” da vida nos mostram essa história de maneira bem clara. Para ter cinco minutos de fama, tudo é valido.

Jesus de Nazaré é um homem famoso. Sua “fama” se espa-lhou pelos vários cantos do mun-do graças ao seu “fã-clube” de apaixonados que há séculos divul-gam seu nome e suas obras. Tudo isso deriva de vários “momentos de fama” como curas, pregações, milagres... que ele viveu e que têm como ponto alto um acontecimen-to que envolve morte e ressurrei-ção. Ele ressuscitou dos mortos e, vencendo a morte, vive para sem-pre. Um acontecimento ímpar na História que é celebrado na Igreja há muitos séculos.

Mas por que Jesus ficou famo-so? Será porque também ele tinha um compromisso com o sucesso? Não! Jesus não é um mágico que quer mostrar ao mundo seu po-der através de um acontecimento que o promova como um “show-man”. Deus não precisa de auto-promoção. O principal motivo da sua vida, morte e ressurreição é proporcionar a vida: “Eu vim para

“... PARA quE ToDoS TENHAM VIDA...” (Jo 10,10)

que as ovelhas tenham vida, e a t e n h a m e m abundância” ( J o 10,10). Se nós acreditamos no Deus da v ida, acreditamos que podemos também superar as nos-sas mortes cotidianas, bem como a morte final. Se nós acreditamos no Deus que venceu a morte, no Deus da Vida, necessariamente acredita-mos na vida.

Acreditar na vida é deixar-se viver na caridade, praticando as boas obras, pensando no próximo e socorrendo os necessitados. Tudo isso nos coloca no verdadeiro cami-nho para a “vida abundante”. Acre-ditar na vida é viver na fé que nos possibilita enfrentar e superar os si-nais de morte que aparecem duran-te nossa existência e ainda nos dá a certeza de que a morte não terá a última palavra. Acreditar na vida é, ainda, viver na esperança de que a vida vencerá. Com essa postura, o desespero não encontra espaço.

Caríssimos, que a Páscoa, o tempo pascal, seja uma escola para a vida. Aprender, com esperança, amando e acreditando que a vida tem sempre a última palavra. Foi para isso que Cristo veio, para que todos tenham vida. Sejamos pro-motores da vida! Feliz Páscoa!!!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

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Você vive no “seu mundinho”, ou seja, egoisticamente, sem se preocupar com mais ninguém, a não ser com você mesmo, com o seu bem-estar, com “a sua felici-dade”, com suas coisas? Que pena não perceber que o mal ou o bem--estar do seu próximo afeta você diretamente.

Ou você vive a vida dos outros, do tipo “deixa a vida me levar”... completamente acomodado, sem perspectivas, nem mesmo opini-ões? Que pena, vai ter a vida que os outros determinarem para você.

Nós é que damos “rosto” ao mundo em que vivemos, pois a criação é um processo contínuo do qual somos todos responsáveis.

Dos sofrimentos às glórias, pre-cisamos participar das etapas de transformação, pois Deus nos cha-ma para isto.

Ele nos deu dons; fomos desde sempre abençoados, ou seja, ama-dos, e por isso escolhidos antes da criação do mundo para ser santos e imaculados (Ef 1,4).

Assim como recebemos gratui-tamente, também gratuitamen-te somos chamados a dar (cf Mt. 10,8). De que modo? Deixando que o Espírito Santo faça de nós um dom para os outros, que nos torne instrumentos de acolhimen-to, de reconciliação, de perdão. Se a nossa existência se deixa trans-formar pela graça do Senhor, não podemos reter para nós a luz que vem de Deus, mas deixar que ela passe para que ilumine os outros.

EM quE MuNDo VoCÊ VIVE?

“Aquele que caminha sem dei-xar pegadas não serve para nada” (Papa Francisco). É vital deixarmos nossa marca, é vital nos posicio-narmos principalmente em defesa dos oprimidos, física ou espiritual-mente.

Que o Senhor nos conceda a graça de nos convertermos no pró-ximo de cada pessoa, oferecendo a ajuda concreta àqueles escravi-zados que encontrarmos ao longo do nosso caminho – quer seja um idoso abandonado, um trabalha-dor desprezado, um jovem vítima do comércio sexual, uma criança mutilada, uma mulher induzida à prostituição – e que apelam à nos-sa consciência, fazendo eco à voz do Senhor: “Digo-vos que todas as vezes que não fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeni-nos, foi a mim que não o fizestes” (Mt 25, 45).

Um convite nosso:Vamos tornar o nosso mundo

melhor!! Hermelinda e Arturo

CR Super-Região

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O apóstolo Paulo não fica sa-tisfeito em declarar as coisas que Deus realizou em Cristo, mas com seus reflexos na vida; por isso, além de cuidar do que foi revelado, ele se preocupa com sua aplicação no meio do povo.

Os ensinamentos sobre a vida têm sua origem na Revelação. Todo ensinamento de Deus em Cristo é para ser aplicado na vida do homem.

A Igreja apresenta por meio das Escrituras um caminho de desen-volvimento libertador e criador, levando o homem à conversão do corpo e da alma, e ao reconhe-cimento de que cada ser humano tem sua dignidade e por sua vez deve ser solidário com a constru-ção do reino de Deus.

Neste aspecto, a Igreja chama-nos para vislumbrar a vida com a sensibilidade do Criador: seguir sua trajetória, abrir-nos para a transfor-mação deste mundo de maneira positiva e calcada na fé verdadeira;

uM oLHAR PoSITIVo PARA uM MuNDo EM TRANSFoRMAÇão

e descobrir a forma correta e con-creta de servir de instrumento à re-alização do projeto de Deus para o homem, um projeto que tem por objetivo dar a plenitude ao ser hu-mano na comunhão definitiva com o próprio Deus.

O homem renovado em Cris-to não pode e não deve fugir das circunstâncias do cotidiano; não pode se esquivar da tentativa per-manente de dar uma forma con-creta às exigências do Evangelho na realidade dessa transformação. A existência do cristão neste mun-do em constante mudança terá que traduzir os valores da Boa Nova neste mundo passageiro, li-mitado e ambíguo.

Acreditamos, firmemente, que essas mutações que estão ocorren-do, naquilo que elas têm de bom e positivo, apresentam o que é preciso para que se possa realizar a evolução da sociedade, que sig-nifica ver que as coisas no mundo estão em constante transformação e colocar-se não em posição de protagonista, mas de agente di-nâmico impulsionador dessas mu-danças. É assim, conforme o agir cristão neste mundo, que vamos contribuir para melhorar a vida na sociedade como estímulo de novi-dade criativa.

Com essa visão positiva de transformação é que acreditamos que se devem traçar os objetivos para nortear a execução do projeto

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do Reino de Deus. Esta é a grande força que anima como esperança a realizar e alinhar nossa crença com as novas perspectivas.

A capacidade de o homem transformar o mundo correspon-de perfeitamente aos desígnios de Deus. Todo homem, de acordo

com o lugar e papel que ocupa, tem sua parte na promoção do bem comum, transformando-se em um verdadeiro colaborador de Deus e sendo seu reflexo neste mundo em constante mudança. Conceição e Macedo

CR Província Nordeste

O Deus de Abraão, Isaac e Jacó (cf. Mt 22,32) costuma agir na histó-ria humana. E, só aí, tem “arregaça-do as mangas” (cf. Ex 6,6) em favor do homem negado em suas lutas. Nosso Deus tem dentro das semanas humanas, dentro de um tempo de sete dias, dado ordens ao caos hu-mano e geológico e, no finalzinho deste processo, ou melhor, no sexto dia, chamado o homem a “dar nome à realidade” (cf. Gn 2,19). Depois, re-tirou-se do processo, pois colocara o mundo criado em boas mãos (cf. Gn 2,2). O homem é chamado a “dar nome” à realidade e tem toda a con-fiança de Deus-Criador. O homem é qualificado pelo próprio criador e, como tal, prossegue a ação criadora de Deus. O homem e a mulher, na ousadia do próprio Deus, continuam através dos séculos a fazer ecoar o “faça-se” divino, transformando caos em cosmos e dando dinâmica a toda realidade existente. Este é o nosso Deus, compreensão assumida de modo bem pessoal por cristãos e mulçumanos, e herança do Povo da primeira aliança.

Nosso Deus não nos apassiva, nem tem prazer com homens inde-finidos (cf. Ap 3,15s), mas incita-nos

TRíDuo PASCAL

a lutar, a entrar n a d i n â m i c a de Seu projeto, cujo objetivo é fazer o homem comprometido e agente do mun-do, onde se viva como irmãos. Isto idealizado nas utopias proféticas (cf. Is 11) e confirmado pelos cris-tãos nos “rasgos-testemunhos” de Jesus Cristo. Este tornou claro que Deus, a quem nos ensinou a chamar de Pai (cf. Mt 6,8s), é capaz de fa-zer diferente a realidade, por mais desafiadora que seja, contanto que permaneçamos fiéis às suas propos-tas, que, apesar de parecerem pesa-das, têm em vista o bem do homem (cf. Mt 11,30). Por mais desgraçada e imprevisível a situação a que che-gamos, o nosso permanecer fiel é a possibilidade de ver acontecer o que nossos corações buscam. O dese-jar humano confunde-se com o de-sejar de Deus e mãos à luta.

Jesus, para cada cristão, é o tes-temunho de tudo isso, e nEle temos a ousadia do martírio. Ele entrou de cheio, é o primeiro neste proces-so, nesta “onda”, onda toda divina.

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Deixou-se envolver por Deus, que caminha com o homem e age em favor do homem, mesmo quando tudo parece sem saída. Por que Deus age sempre assim? Terá gosto em ver nosso escarnecimento? Por que não resolve as coisas antes de o mal dominar? Nada disso! Por aqui passa o nosso experimentar as próprias po-tencialidades, “de que barro somos feitos”(Sl 103, 13s). Por aqui nosso Deus apresenta-se na radicalidade do seu agir. Assim, na luta, no con-fronto, na negação, o homem ma-nifesta suas intrínsecas qualidades. Aqui Deus e o homem entram em Aliança para fazer acontecer o novo que espera, e o nosso Deus tem pla-nejado desde todo o tempo e aguar-da o tempo do qual é Senhor. Deus mostra-se Deus em seu agir para além de todas as impossibilidades, faz-se o Todo-Outro, sempre impre-visível, mas atuando e resgatando o ser humano e elevando-o para a comunhão consigo, razão de nosso ser homem e mulher. Aqui o homem manifesta-se plenamente homem.

A Igreja, como povo da nova e eterna aliança, quer celebrar e re-tomar essa dinâmica em todas as semanas do nosso calendário. Con-tudo, na Igreja católica, onde subsis-

tem todas as possibilidades de salva-ção humana (cf. LG 8), a dita Sema-na Santa quer lembrar que, apesar de estarmos vivendo o sexto dia do mundo em processo de criação, os últimos três dias de um período semanal são o bastante para Deus entrar e refazer as situações degra-dantes. Tempo suficiente para nosso Deus ordenar nosso caos, transfor-mando-o em cosmos. O mistério de morte, de negação do homem que invade a história humana e tem sua origem em nossos pecados, nossos distanciamentos de Deus, nossas ini-quidades, que criam concupiscência da carne, do olhar e da ostentação de riquezas (cf. I Jo 1,16), pesam fortemente sobre os homens e des-figuram a pessoa de Jesus, aquele que nunca cometera pecado (cf. I Pd 2,22).

O pecado pesou assustadora-mente sobre a pessoa de Jesus, aquele que só viveu fazendo o bem (cf. At 10,38), mas o permanecer fiel fez o Pai voltar-se e levantá-lo de seu nada, de seu desfiguramento, de seu estado de putrefação. Assim é o agir de Deus, que foi confirmado no terceiro dia da morte de Jesus por aqueles que têm a ousadia de abeirar-se dos túmulos dos irmãos. E

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participará desses fatos quem entrar nos túmulos: só esses serão testemu-nhas de que nos túmulos humanos não há destroços, mas muita coor-denação e possibilidade de fazer diferente; lençóis dobrados e pano mortuário em perfeita harmonia (cf. Jo 20,1. 6ss).

A negação humana, conse-quência da nossa negação de Deus, tem a possibilidade de ser o lugar de elevação do próprio homem. Assim, persevere no bem e não se deixe le-var por sedutores convites. E o nosso Deus agirá peremptoriamente a nos-so favor e sem muita demora.

No máximo num período de três dias, assim foi com seu Filho Ama-do, assim com cada um de nós, Ele caminha sempre à nossa frente. Re-gaça as mangas em nosso favor para concretizar aquilo que buscamos. No desenrolar de uma semana estamos envolvidos no mistério da presen-ça de Deus: na segunda, na terça, na quarta e na quinta precisamos aprender a lavar os pés dos irmãos; na sexta experimentaremos o nosso desfiguramento, no sábado seremos jogados no túmulo para apodrecer, para a desintegração total e, quan-do o grande silêncio vier confirmar o nada de nossas lutas, eis que surge,

embora obscuramente, o terceiro dia. Três dias na contagem humana, mas o primeiro na ação de Deus em nosso favor, em favor do Filho Ama-do. O primeiro dia, o dia da ação de Deus e do resgate humano. O homem não perde em esperar, em aguardar a ação de Deus. Eis o Tríduo Pascal, eis o tempo do agir de Deus. Primeiro dia da Semana, escancarando todos os túmulos, to-das as negações humanas e o gran-de convite de que o encontro com Jesus se dará na Galileia, nas mar-gens da humanidade, nas periferias de nosso mundo de muita concen-tração. É a vitória do homem que ca-minha com Deus, é a vitória de Deus sobre a morte. Esta perspectiva deve iluminar sempre nossas buscas. Nos-so Deus não se fará de rogado, agi-rá com certeza, e não demorará. E no seu tempo Kairós agirá em nosso favor. Bendito “Tríduo Pascal” sem coelhos de páscoa, mas com muita luta pelo ser humano, pois este é o empenho pessoal do Deus da Alian-ça, vivido por Abraão, Isaac e Jacó e de modo especialíssímo por cristãos e homens e boa vontade.

Pe. Manoel NetoSCE Província Nordeste

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Igre

ja C

ató

lica DESINSTALAR-SE E IR Ao ENCoNTRo

DoS IRMãoS. IDE!

Nossa Igreja Católica Apostóli-ca Romana vive momento especial após a nomeação do sucessor atual de Pedro: o Papa Francisco.

Além de suas ações e postura em favor da Evangelização, da im-plantação do Reino de Deus e apelo para vivermos desde já a plenitude da vida e do amor, em sua Encíclica Evangelli Gaudium (Alegria do Evan-gelho), o Santo Padre coloca que “prefere uma Igreja acidentada, fe-rida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças; lá fora há uma multidão faminta e Je-sus repete-nos sem cessar: - Dai-lhes vós mesmos de comer.” (Mc 6, 37) Vê-se, portanto, que deveremos sair, que a solução está em nós.

São várias passagens fortes, luzes e pistas, que o Santo Padre coloca na Evangelii Gaudium para a Missão da Igreja. Condena o modelo econômi-co mundial: “Não, a uma economia de exclusão e desigualdade social”; os excluídos são sobras, resíduos; ‘a cultura do bem estar anestesia-nos’.

E vai mais além: “Deus, em Cris-to, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens” – “O ser-viço da caridade é uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e ex-pressão irrenunciável da sua própria essência. Assim como a Igreja é mis-sionária por natureza, também brota inevitavelmente dessa natureza a ca-ridade efetiva para com o próximo, a

compaixão que compreende, assiste e promove”.

Para o Santo Padre, a ação so-cial da Igreja não deverá ser ativista, mas uma atenção ao outro. Os po-bres precisam não somente de ajuda material. Precisam ser escutados e consolados em sua dor: “o que mata os pobres é a nossa indiferença”. Enquanto não forem radicalmente solucionados os problemas dos po-bres, renunciando à autonomia ab-soluta dos mercados e da especula-ção financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo e, em definitivo, problema algum. “A desigualdade é a raiz dos males sociais. A inclusão social dos pobres é o sinal de que o Reino che-gou!”.

Portanto, amigos(as), vale a pena ler, meditar e refletir sobre essa En-cíclica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium.

Para finalizar, fazemos referên-cias ao Sínodo dos Bispos em Roma - outubro de 2014, onde o Santo Pa-dre, com mais de cem lideranças de todo o mundo, reforça a necessida-de de superação do assistencialismo paternalista e faz o apelo que tam-bém é nosso: “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos e nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho proporciona”.

Ana Celly e EdimarEq. N. S. da Conceição

Mossoró-RN

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A r t i g o d o c a rd ea l Ca r l o Mar ia Mar t in i , de Roma, em 12 /04 /2009, ref lete sobre o significado da Páscoa a partir do seu fato originário. “O que ocorreu [...] na obscuridade do túmulo de Jesus?”, questiona. E afirma: “Lá onde havia um corpo morto e um túmulo sem espe-rança, iniciou-se uma iluminação do mundo que ainda dura até hoje”.

O que é essencial para a Pás-coa? Onde está o fato originá-rio que os fiéis celebram? Quem participa das celebrações litúrgi-cas nos diversos dias da Semana Santa pode ter a impressão de um repetir-se de gestos, de ritos, de orações, em que fica difícil indicar o tema fundamental, en-tender onde está a sua unidade.

Muitos, de fato, são os even-tos relembrados nesses dias, em que se percorre o caminho da úl-tima semana de Jesus em Jeru-salém, desde o solene ingresso na cidade, revivido no “Domingo de Ramos”, até a sua prisão, à paixão e morte, à descober-ta do sepulcro vazio e às suas

aparições aos discípulos. Frente a essa riqueza de eventos, lidos também à luz de uma longa sé-rie de outras leituras bíblicas, perguntamo-nos: qual é o fato central, originário, no qual tudo isso junto encontra a sua origem e a sua explicação?

Esse fato não foi descr ito por ninguém, não foi vivido por ninguém. A liturgia romana nos diz, no canto solene que pre-cede a noite de Páscoa: “Só tu, noite feliz, soubeste a hora em que o Cristo da morte ressur-gia”. O que ocorreu nessa hora desconhecida, na obscuridade do túmulo de Jesus? Podemos compreender algo desse even-to olhando os efeitos desse misté-rio com os olhos da fé.

O Espírito Santo desceu com toda a sua potência divina no corpo de Jesus. Tornou-o “es-pírito vivificante” (Romanos 1, 4), deu-lhe a capacidade de se encontrar presente em todo o lugar, em qualquer lugar e em qualquer tempo da história.

Tornou-se como uma explo-são de luz, de alegria, de vida.

PÁSCoA: EXPLoSão DE Luz No MuNDo

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Lá onde havia um corpo morto e um túmulo sem esperança, ini-ciou-se uma iluminação do mun-do que ainda dura até hoje.

Quando Jesus dizia, no fim do Evangelho segundo S. Mateus: “Estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”, entendia essa presença de ressuscitado, dessa força de Deus operante em Jesus que qualquer pessoa pode sentir dentro de si, contan-to que abra os olhos do coração. Esse espírito não se manifesta com parcimônia, mas com ampli-tude e liberalidade.

Hoje, repropondo o grito da Páscoa, a Igreja dirige ao mundo um anúncio de esperança. Esse anúncio se refere a todos, toca os indivíduos, as comunidades, as sociedades. Todo homem, toda mulher dessa terra pode ver o Ressuscitado, se se permi-tir buscá-lo e se deixar buscar. Começa aqui a história da Igre-ja, que é, sobretudo, história das consequências desse dom. Os homens talvez possam utilizar mal esse dom ou até se opor a ele, mas, na realidade, ele faz o s eu caminho na h i s tó r ia , cr ia as mult idões de Santos, sejam conhecidos ou desco -nhecidos. Permite que qualquer um que o deseje sinceramente entre nas intenções de Cristo, no seu amor aos pobres, na sua luta pela justiça, na sua dedicação por cada pessoa, no seu espíri-to de liberdade, de humildade, de adoração e de oração. Quem olha o mundo de hoje com os olhos da fé, reconhece nele to-

dos os horrores e as distorções, mas vê também o Espírito ope-rando para salvar esse mundo.

Mas quem reconhece hoje a mudança que ocorreu na histó-ria? Quem sente a presença do Ressuscitado que nos acompa-nha?

Quem tem uma fé plena em Jesus, quem se volta para Deus com todo o coração, quem se li-berta da escravidão do sucesso e do dinheiro, quem se conver-te da tristeza e da mesquinhez a uma visão ampla do universo, aberta para a eternidade. Devemos aceitar que o amor de Deus dissol-ve o medo, que a graça perdoa o pecado, que a iniciativa de Deus vem antes de todo esforço nosso e nos reanima, nos recoloca de pé em toda queda. A fé na res-surreição não é fuga do mundo, pelo contrário, nos faz amar o tempo presente e a terra, é ca-pacidade de viver a fidelidade à terra e ao tempo presente na fi-delidade ao céu e ao mundo que deve vir.

Há tempos em que esse re-conhecimento é particularmente difícil: são os tempos dos gran-des infortúnios, das catástrofes que atingem muitas pessoas. Mas também aqui, para quem sabe ler com os olhos da fé, não falta uma presença do Ressusci-tado.

(tradução de Moisés Sbardelotto) Colaboração de

Salma e PauloEq.1B – N. S. da Esperança

São José dos Campos-SP

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Raí

zes

do

Mo

vim

entoNADA DE “BoM ENTENDIMENTo”!

PRoCuREMoS IR ALÉM

Entre seres humanos, marido e mulher, pais e filhos, irmãos, ami-gos, não basta que não haja briga nem discórdia. É preciso ultrapas-sar o simples bom entendimento, porque este, muitas vezes, obtém-se somente à custa de abdicações, compromissos, pensamentos e sentimentos recalcados, franqueza imperfeita, cumplicidades. É preci-so desejar a única união digna de duas pessoas humanas, aquela que induz cada um, por suas exigências de verdade completa, além do bom entendimento, a um aperfeiçoa-mento cada vez mais viril.

Se uma Equipe de Nossa Senhora demorar no nível do bom entendi-mento, ela decepcionará rapidamente seus membros. O amor fraterno no seio de uma Equipe deve ir infinita-mente mais longe. Cada um tem o direito de dizer aos outros: “Seu amor sem exigências me diminui, sua exi-gência sem amor me revolta, sua exi-gência sem paciência me desanima, seu amor exigente me engrandece”.

Para ajudá-las a compreender e a praticar as exigências do verdadeiro amor, eis uma carta admirável de Em-manuel Mounier a seu pai. Ela expri-me com vigor a ambição do filho em ultrapassar, em suas relações com o pai, o simples bom entendimento, le-niente e tranquilizador, para ascender a um amor de homem para homem dentro da verdade e da exigência. Se fizerem ao lê-la as necessárias trans-posições, ficará clara a qualidade para a qual devem tender não somente

suas relações de Equipe, mas tam-bém seus outros amores, conjugal, paterno, filial... Uma grande lição está contida nesta página de Mounier.

Henri Caffarel

“... Foi bom ter-me aberto essa ja-nela sobre você. A comunhão de dois seres próximos é um estado intermi-tente, separado por zonas apagadas e escuras e periodicamente é preciso remover a borra que a vida insere en-tre eles e que parece uni-los, o ante-paro dos fatos, dos acontecimentos, das coisas. É preciso que um jorrar de lavas profundas e ardentes venha fundir a aluvião inerte dos dias.

Esta lava chama-se verdade. O coração e a verdade não caminham juntos. Acontece ser o ódio ou a simples agressividade terrivelmen-te mais lúcido que a afeição por de-mais abandonada a si mesma. A afei-ção é meiga e conciliadora, pronta aos compromissos, a ilusão justifica-dora. Deixa-te embalar pelo rosnar florido das palavras enganadoras. Torna-se uma morta viva. Silêncios se estabelecem, o costume de calar-se juntos sobre as mesmas coisas, ou de trocar a propósito delas as mesmas palavras pré-estabelecidas e gastas. Este vocabulário parece viver e fa-zer viver; em verdade, lentamente se cristaliza e, ao secretar seu tecido, esclerosa as próprias fibras da vida.

É assim, penso, que muitos casais vão murchando sem o perceber. Nós, que temos a felicidade de conhe-cer lares vivos, sabemos o quão

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vigilantes precisam ser os melhores para que entre “você e eu” não se in-sira a película insensível, resultante de todos os silêncios não esclarecidos, de todas as rebarbas do coração e da linguagem, das sobras de tudo o que em nós não é pessoal, vigilante, lúci-do, de tudo o que não é amor.

A dificuldade não é a mesma em todas as situações. Entre marido e mulher, o obstáculo é a banalidade da vida quotidiana, a pressão da pro-miscuidade, que defloram o milagre da vida. De pai para filho, o obstáculo é mais a diferença das experiências, por vezes seu afastamento no espa-ço, que torna mais difícil ainda sua co-municação. São contadas mal, ou de-pressa demais. Deixa-se que se esco-em mais ou menos preguiçosamente por trás de relações costumeiras, de canções da infância agradáveis e fá-ceis. A prosseguir assim, acabar-se-ia por falar sempre da maneira a mais afetuosa possível; continuar-se-ia a sentir os sentimentos os mais quentes possíveis; porém, sobre uma espé-cie de vazio, de profunda ignorância mútua, de mentira vital.

É então que se deve recomeçar com a verdadeira natureza da afei-ção. Ela não existe para que sejamos mais felizes juntos, mas para que es-tejamos mais juntos... Toda afeição demasiado harmoniosa, todo acordo demasiado constante, toda doçura demasiado sistemática, todo otimis-mo demasiado acomodante são em parte tecidos de mentira.

Deveríamos com certeza medir a profundidade das afeições pelas ale-grias que mutuamente nos damos, mas também, e aqui mal forço meu pensamento, pelos ferimentos que provocamos um ao outro. Há feri-

mentos vãos, oriundos do choque dos egocentrismos; falo dos ou-tros, é óbvio, dos ferimentos ne-cessários para que não se viva na mentira e para que se acorde mutu-amente do sono do hábito...

Grande é o desejo de amar-se e a luta pelo amor. A transfiguração do amor, a bem-aventurança do amor são dadas por um milagre, de vez em quando.”.

Sua carta torna-se meditação; fala consigo mesmo:

“... A facilidade seria continuar como se não houvesse nada, a profe-rir as palavras da infância e, por trás desse balbuciar, deixar que morra uma comunicação íntima nunca con-fessada. Deixareis, então, que essa indiferença, mesmo cantante e acari-ciante, se estabeleça entre vós. Ora, indiferença é tratar o outro como uma coisa, embora agradável, e não mais pelo que é. “Honrarás teu pai e tua mãe”. Seria desonrá-los deixá--los partir, consentir que te ignorem e que tenham de ti senão uma imagem artificial e falsa. Como a vida nascerá entre vós de experiências e proble-mas novos, não poderás deixar de lhes fazer mal se quiseres continuar a sufocar vossas lutas dissonantes, mas este mal, necessário ao novo par-to de vossa afeição, é cem vezes mais respeitoso e amoroso que o desrespeito do relaxamento...”. (em “Mounier e sua Geração”, Édi-tions du Seuil)

Pe. CaffarelColaboração

Maria Regina e Carlos EduardoEq. N. S. Rosário

Piracicaba-SPEditorial Pe. Caffarel. Carta Mensal n0 6, Ano IV, Setembro de 1956.

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Província Norte

o CALoR DA AMAzÔNIA IMPuLSIoNANDo CASAIS A AMAR MAIS!

Que maravilha compartilhar momentos de alegria e ensina-mentos, na diversidade que a re-gião amazônica propicia! Casais que percorrem grandes distân-cias e peculiaridades territoriais diferenciadas puderam estar em sintonia em Manaus nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 2014, para o Encontro dos novos CRS da Pro-víncia Norte, com o privilégio da presença entusiasta de Herme-linda e Arturo, CRSR-Brasil que, de forma carinhosa e solícita, re-passou os objetivos e orientações para 2015.

Marilena e Jesus, Provincial Norte e o SCE da Província, Pe.

Odirley Maia alertaram para o discernimento dos sinais dos tem-pos, para preocuparmo-nos em cultivar o olhar cristão, buscar o respeito, ser discípulo e observar a universalidade da mensagem.

Banhados pela exuberância dos rios Amazonas e Negro, sob o manto de Nossa Senhora, fomos embalados a refletir que nossa li-nha de ação para o ano vindouro é o fortalecimento do casal ante os sinais dos tempos, o voltar à nascente e ir ao encontro de Cris-to, tendo como apogeu a Escuta da Palavra e a Meditação.

Leida e CarlosCR Setor C

Belém– Pará

Província Nordeste

PRE-EACRE 2015

O Setor Ceará Norte I I rea-lizou o Pré-EACRE 2015 no dia 23/11/2014 com o Tema: “Ousar o Evangelho: Discernir os Sinais

dos Tempos” e o Lema: “Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança” (1Pd 3,15).

O Pré-EACRE é um momento

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de reunir os novos CREs eleitos, para instruí-los sobre a nova mis-são que irão assumir e orientá-los para o EACRE.

O nosso Setor é composto por 12 equipes e nenhum CRE atual foi reeleito, mas, dos eleitos, a metade já foi CRE em outra oca-sião. Para os eleitos pela primeira vez, o Pré-EACRE é um dos mo-mentos mais importantes, pois é a partir daí que eles irão tomar ciência da importância da missão assumida e de sua responsabili-dade à frente da equipe.

O CRE não está só, pois tem o

seu CL e sua equipe. Juntos, te-mos força contra as ameaças que nos fazem cair.

Precisamos ter fé e acreditar no que disse o Senhor Deus ao profeta Jeremias quando o con-sagrou e o fez profeta das na-ções, após sua resposta: “Eu não sei falar” , Deus disse: “Não te-nhas medo deles, pois estou con-tigo para defender-te”.

Estrela e Gerardo CCOM e CRE

Eq.41 - N. S. M. MilagrosaMorrinhos-CE

ENCoNTRo DA PRoVíNCIA NoRDESTE

Aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2014 o Encon-tro da Província Nordeste. Parti-ciparam deste Encontro os Casais Responsáveis das Regiões PE I, PE II, CE I, CE II, RN I, RN II, AL, SE, BA, MA/PI e PB, Casais Responsá-veis de Setor e Sacerdotes Conse-lheiros Espirituais, em São José de Mipibú – RN. Lá nos aguar-

davam o Casal Provincial Con-ceição e Macedo e outros casais que nos acolheram com carinho e alegria.

Iniciamos nosso Encontro na sexta-feira com a Santa Missa, con-celebrada por todos os sacerdotes que lá estavam. Nessa celebração foram empossados todos os CRS eleitos este ano e seus SCE.

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O Casal Provincial apresentou os Objetivos do Encontro e as Orientações para 2015. O casal animador conduziu toda a parte visual do Encontro. O testemu-nho É bom ter família encerrou as atividades da sexta-feira.

O tema “Discernir os sinais dos Tempos” foi todo orientado pelo SCEP. Os nossos irmãos que falaram do 30 Encontro Nacional já estavam vestindo a camisa do Encontro.

T ivemos orientações sobre EEN e sobre Tema pós pilotagem. Grupos de reflexão sobre o Tema de Estudos; Grupos também de cada CRR com os seus CRS. Não se deixou de fora o Sínodo dos Bispos que estava acontecendo

em Roma e também notícias so-bre o Pe. Caffarel. O PCE Escu-ta da Palavra, que é prioridade para o próximo ano, também foi destaque, assim como a Contri-buição.

No sábado, após a Oração da tarde, participamos de uma Convivência com música, dança e comida de todas as Regiões.

Que Nossa Senhora abençoe todos os organizadores e todos os participantes que, com ale-gria, fizeram deste um verdadei-ro Encontro de irmãos equipistas que se amam e zelam pelo nosso amado Movimento.

Maria e AmâncioCRR PE I

ENCoNTRo PRoVINCIAL

Província Sul II

Final de tarde de sexta feira, 07 de novembro de 2014. Belos jardins floridos aguardam a che-gada dos casais que irão partici-par do Encontro da Província Sul II, em Brodowski-SP.

Todos acolhidos, nos reuni-mos para a abertura do Encontro pelo Casal Provincial. Era visível a ansiedade daqueles que, pela pri-meira vez, participavam. São os Casais Responsáveis dos diversos

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Setores que vieram tomar posse.Acolhidos com cantos, apresen-

tados, fomos informados dos obje-tivos do Colegiado Provincial.

A Celebração Eucarística que abre este Encontro é cheia de sim-bolismos. Os novos Casais Res-ponsáveis de Setor tomam posse, prestam seu compromisso e rece-bem das mãos dos seus Regionais a “Luz de Cristo”, simbolizada pela vela que contém as cores da Pro-víncia e o símbolo do Movimento.

Sábado é dia de intensa forma-ção. Ouvimos as orientações do Ano e sobre o Tema de Estudos “Discernir os Sinais dos Tempos.

Os Casais Regionais abrem o BAÚ DAS FAMÍLIAS e apresentam os temas escolhidos: Pós-Pilota-gem, “Padre Caffarel”, “Escuta da Palavra e Meditação”, EEN, III En-contro Nacional, etc.

O testemunho de vida do casal

equipista foi centrado na afirma-ção de “como é bom ter família”, e a riqueza das reuniões de grupo.

Finalizamos no domingo, com a celebração do Envio. Uma celebra-ção emocionante com casais Re-gionais e de Setor deixando a mis-são, permanecendo o sentimento de gratidão a Nossa Senhora pela oportunidade de amar mais os seus irmãos, colocando-se a servi-ço do Movimento.

Que as sementes plantadas possam florescer e frutificar em atos de amor, ânimo, coragem e muito desprendimento para nos colocarmos a serviço do Reino de Deus, levando a “Boa Nova” às nossas Equipes e às nossas comu-nidades.

Lia Maura e Wilson CR Região SP Oeste II

PROVÍNCIA SUL II

A Carta Mensal, além da versão em papel, pode também ser lida / aces-sada em forma digital.Ela está disponível no site ens.org.br, em Ipad e Iphone.

Na versão do site é possível fazer o download em seu PC. Nas versões para Ipad e Iphone, também é possí-vel fazer sua leitura sem estar conec-tado à internet após carregá-la em seu dispositivo.O passo a passo de como acessá-la nessas diferentes maneiras está no site ens.org.br.Convidamos todos a experimentar algumas dessas formas que tornam bem práticas a consulta, leitura e uso da Carta Mensal.Selecione a Carta Mensal no menu do site e depois encontre as instru-ções para acesso a arquivo eletrônico.

CaRta MEnSaL DIgItaL no SItE EnS.oRg.bR, IPaD E IPhonE

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lSEguINDo oS ESCRIToS Do PADRE CAFFAREL

Em 15 de março de 1973, Padre Caffa-rel deu uma entre-vista radiofônica ao

jornalista Jacques Chancel. A cer-ta altura da entrevista, o jornalista perguntou:

- Padre Henri Caffarel, o senhor foi ordenado padre em 1930. O senhor tem a experiência do lar, da família, o senhor está preocupado com a condição do casal. Por que esse interesse pelo casal? O senhor nunca se casou?

Eis a resposta do Padre Caffarel:

“Nunca! [Eu me preocupo com a condição do casal] porque a espi-ritualidade cristã se expressava de tal jeito que durante muito tem-po podia-se imaginar que a bus-ca de Deus, a experiência de Deus, a penetração no mistério de Deus era coisa só dos padres, dos mon-ges, das religiosas e que os coi-tados dos casais poderiam, quem sabe, no máximo, salvar-se. Todo meu pensamento, todo meu esfor-ço foi no sentido de levar as pesso-as casadas a descobrir que o amor humano é um caminho para Deus. Mas que é preciso saber muito bem de que amor estamos falan-do, é preciso balizar o caminho, é preciso ajudá-los a caminhar por esse caminho! Creio fortemente

que o amor humano fala do amor de Deus, como uma espécie de pa-rábola.”

A respeito desta “espécie de parábola”, Padre Caffarel esclare-ce melhor sua ideia numa confe-rência que fez em Roma, em 1959, no encontro de mil casais das Equi-pes. Falando do início do Movi-mento e da busca do desígnio de Deus sobre o amor humano, ele fala das descobertas feitas no pri-meiro ano da primeira equipe:

“Não somente o casamento se situa no desígnio de Deus, mas re-vela também suas riquezas. Foi esta uma das descobertas mais alegres desses espíritos juvenis, tão ávidos de conhecimentos. Com que apli-cação eles se exercitavam para de-cifrar a parábola do matrimônio! Foi a esta parábola que os profetas recorreram para falar da aliança de Deus com seu povo Israel. Paulo também, para nos mostrar a união de Cristo e da Igreja. E depois dele os místicos, para revelar-nos a inti-midade do amor de Cristo com a alma cristã, nada acharam de me-lhor do que as parábolas do amor conjugal.”1

Através de muitos de seus es-critos, Padre Caffarel nos transmi-te o conceito que ele tem do amor conjugal. Utiliza, muitas vezes, os

1 Citado em Henri Caffarel – “A Missão do Casal Cristão” – Palestra “Vocação e Itinerário das ENS”, p. 50

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seus profundos conhecimentos da literatura para revestir o seu pró-prio pensamento. Um dos seus au-tores preferidos é o grande poe-ta católico francês Charles Péguy. Numa coletânea de poemas intitu-lado “O mistério dos Santos Ino-centes”, Péguy imagina um diá-logo de Deus com os homens. Na palestra proferida em Roma, em 5 de maio de 1970, Padre Caffarel imita Péguy:2

Deus disse: Casal cristão, és o meu orgulho e a minha esperança.

Quando criei o céu e a terra e no céu grandes luminares, eu vi nas mi-nhas criaturas vestígios de minhas perfeições e achei que era bom.

Quando recobri a terra de seu grande manto de campos e flo-restas, eu vi que era bom.

Quando criei os animais inúmeros, segundo a sua espécie, contem-plando nesses seres vivos e abun-dantes um reflexo da minha vida transbordante, achei que era bom.

De toda a minha criação subia, então, um grande hino solene e jubiloso, celebrando a minha gló-ria e as minhas perfeições.

E no entanto eu não via em lugar nenhum a imagem daquilo que é a minha vida mais secreta, mais fervorosa.

Então surgiu em mim a necessi-dade de revelar o melhor de mim mesmo: e foi então a minha mais bela invenção.

Foi assim que te criei, casal hu-mano, “à minha imagem e seme-lhança”, e eu vi e desta vez achei que era muito bom.

Em meio a este universo, onde cada criatura canta a minha gló-ria, celebra as minhas perfeições, acabava de surgir o amor, para revelar o meu Amor.

Casal humano, criatura minha bem-amada, minha testemunha privilegiada, compreendes por que és tão caro para mim entre todas as criaturas, compreendes a imensa esperança que deposi-to em ti?

És portador de minha reputação, de minha glória, és para o univer-so a grande razão de esperar... porque tu és o amor.3

Eis o que Padre Caffarel nos pro-põe, ou melhor, espera de nós: que através do nosso amor con-jugal, sejamos testemunhas, no mundo, do amor de Deus. Em ou-tras palavras, que sejamos santos, “nem mais, nem menos”.

Hélène e Peter Eq.5A - N. S. da Santa Cruz

São Paulo-SP

Monique e Gérard Eq.1A - N. S. do Sim

São Paulo-SP

M. Regina e Carlos Eduardo – Eq.1A - N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

Cidinha e IgarEq.1B - N. S. Aparecida

Jundiaí-SP

2 Ibidem – Palestra ”Em Face do Ateísmo”3 Palestra “Em face do ateísmo”, citada em A Missão do Casal Cristão, Ed.Loyola, 1990, p. 113.

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“ N ã o t e m a s , M a r i a , p o i s encontraste Graça diante do Senhor”(Lc 1,30). Foram estas as palavras ditas pelo Anjo Gabriel a Maria, que aceitou ali ser a Mãe daquele que herdaria o trono de seu Pai.

E nós, que hoje fazemos par-te das Equipes de Nossa Senho-ra, também podemos dizer que, como Maria, encontramos graça diante do Senhor”.

Com alegria, esperamos que vocês, também como Maria, pos-sam gerar, no seio de suas pala-vras e no ventre de suas ações, este verdadeiro Jesus, assumin-do o compromisso de colocar, sempre que se debruçarem sobre os passos de seus pés, Cristo no centro de suas vidas. Porque nin-

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guém melhor há que Maria para dar testemunho do que é ter Cristo no centro de sua vida.

Sim, porque ter Cristo no cen-tro da vida é ir ao encontro do próximo quando este mais preci-sa. E foi isto que Maria fez: foi encontrar sua prima que, mesmo idosa, recebera a visita da mater-nidade e que muito precisava de auxílio caridoso.

Ter Cristo no centro de sua vida é guardar tudo em seu co-ração, possuindo fé na promessa de que a misericórdia do Podero-so estende-se de geração em ge-ração, sobre os que o temem.

Ter, dessa forma, Cristo no centro de sua vida é também acreditar que Ele pode transfor-mar o que é insípido em algo com gosto, o que é inodoro em algo com perfume inebriante; é conceber o milagre de transfor-mar água em vinho nas nossas vi-das. É pensar como Maria pen-sou. É agir como Maria agiu.

Que vocês possam entender que não há denominação melhor que EQUIPES DE NOSSA SENHO-RA para bem definir um Movi-mento que busca ter Cristo como centro de nossas vidas, em um amor conjugal.

E dizemos a vocês: - ‘Ave, cheia de Graça, O Senhor é com vocês! Sejam bem vindos!

Ana Karina e André Pessoa Eq.42 –Sagrado Coração de Maria

Recife-PE

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Acho bastante interessante a inquietação causada quando per-cebemos que não estamos sendo coerentes com as nossas obriga-ções - sejam elas como equipis-tas, batizados, cristãos....

Mas não penso que seja a me-lhor atitude a desistência da ca-minhada por ela não estar sendo perfeita. O caminho se faz cami-nhando sempre, e vamos desco-brindo as pedras no caminho na medida em que estamos nele. Al-gumas conseguimos afastar; ou-tras não e acabamos, simples-mente, desviando. Muitas vezes, tropeçamos nas pedras e acaba-mos caindo. Mas o importante é nunca desistir.

Em nossa vida cristã, o tempo todo fazemos propósitos de ser-mos melhores e, geralmente, não conseguimos (ao menos como nos propusemos). Mas não quer dizer que não devamos tentar ou que devamos desistir. Pelo con-trário, a própria dinâmica de não estarmos conseguindo faz parte da pedagogia de Deus, que quer também nos ensinar a humilda-de. Não somos nós os donos da graça. Tudo recebemos de nos-so Senhor. Assim, as quedas, os pecados, o sentimento de fracas-so, tudo faz parte da dinâmica do caminho.

Fico pensando na minha con-sagração como religioso, que fiz voto de pobreza, obediên-cia e castidade. E percebo que, a

o CAMINHo É CAMINHAR…

cada queda, Ele estende a mão para mim e me convida a come-çar de novo e de novo. Se eu fi-car olhando só para as quedas, certamente vou desistir, pois não sou capaz. Mas vejo aí a miseri-córdia de Deus, que nunca desis-te de mim. Então eu também não vou desistir d'Ele.

Quando penso nas ENS e seus PCEs, vejo a mesma dinâmica. O ideal é que todos os PCEs sejam sempre “intensos”, mas apare-cem os “nunca” ou os “fracos”, indicando que também os equi-pistas não são perfeitos. Quan-do vejo isso, dou graças a Deus. Se tudo fosse “intenso”, cer-tamente teríamos grandes proble-mas com a equipe, pois a sober-ba iria aparecer e, aos poucos, iríamos todos querer tomar o lu-gar de Deus. Não somos deuses, somos criaturas, dependentes de Deus - o único “Intenso” (perfei-to). E devemos dar graças a Ele por nossas fraquezas, nossas de-bilidades e por não conseguirmos fazer o que deveríamos.

O importante não é concluir o caminho com perfeição, mas es-tar sempre caminhando, seja na vida religiosa, seja no matrimô-nio, seja nas ENS.

Frei Márcio MagalhãesSCE da Eq.55A - N. S. da Paz,

Eq.45C - N. S. Mãe da Divina Providência Eq.51F – N. S. do Calvário.

Brasília-DF

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Nesse início de ano mais uma vez nosso Movimento mostrou

porque é uma unidade.

Os EACRE foram momentos de animação dos CRE, reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento e da equipe, mo-mentos de auto-evangelização, formação e troca de experiências, de realizar e celebrar a unidade do Movimento.

Representantes da Super-Região Brasil estiveram presentes em al-guns deles e puderam confirmar que o acolhimento e a energia são igualmente fortes onde quer que você esteja.

Nas próximas páginas poderemos ter uma ideia da grandeza do nos-so Movimento no Brasil.

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Queremos homenagear o nos-so querido e muito especial Con-selheiro Espiritual Padre Nilo Cae-tano Pinto que com seus 83 anos, pai de oito filhos, 12 netos e um bisneto não mede nenhum es-forço em se dedicar com muito amor e carinho à nossa equipe. Para que todos possam entender melhor, Professor Nilo ficou viúvo aos 24 anos de casado e algum tempo depois foi chamado pelo bispo D. Cristiano para ser padre. Achou a decisão muito difícil, pois já estava com 52 anos e ti-nha ainda filhos vivendo sob sua responsabilidade. Mas, depois de muita oração e por ser um ho-mem muito religioso, tomou a decisão de atender o chamado, porque sentia que este chamado era de Deus. Com 60 anos foi or-denado padre e pediu a autoriza-ção do bispo para continuar mo-rando em sua casa até que seus filhos se casassem, o que per-manece até hoje, porque duas de suas filhas ainda moram com ele. Durante todo esse período, atuou em várias paróquias da ci-

HoMENAgEM Ao PADRE NILo:uM CoNSELHEIRo ESPIRITuAL ESPECIAL

dade e, hoje, mesmo com a idade que possui, continua auxiliando na Paróquia Matriz de Sant’Ana (e em outras comunidades onde realiza celebrações e atendimen-tos aos fiéis) e nos diversos mo-vimentos da Igreja e em algumas Pastorais. Já foi Conselheiro Es-piritual do Setor e procura se in-teirar de tudo que acontece no Movimento. Entre suas caracte-rísticas principais, podemos ci-tar o grande exemplo de espiri-tualidade, de oração, de doação aos mais necessitados e devoção a Cristo. Com isso nos sentimos honrados, agradecidos e privile-giados em ter Padre Nilo presente no meio de nós como conselheiro de nossa equipe.

Equipe: Nossa Senhora de ItaúnaDenise e AdmivarSilvana e Nelson

Dora e RamesEleusa e Darineu

Dircilene e GeraldoEdna e IvanItaúna-MG

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Calor absurdo... Eu tinha aca-bado de chegar em casa, física e mentalmente esgotado, com os pensamentos fervilhando a res-peito de tomar a decisão de me separar da Marizete. Sim, o di-vórcio era uma possibilidade bem concreta que se aproximava de nosso lar. Muitas brigas, mui-tas discussões; o respeito tão ne-cessário na vida dos cônjuges co-meçava a se esvair. Entrando no quarto, comecei a tirar os sapa-tos e a roupa, peguei a toalha e me preparava para uma boa du-cha. Quem sabe não aliviaria toda aquela tensão e angústia. Quan-do ia dar o primeiro passo em di-reção ao banheiro, ouvi a pergun-ta de um pastor, logo após ligar a televisão, e o dial parar na sin-tonia de um canal evangélico: “E você? Você convidou Jesus para o seu casamento?” Percebi que o pastor fazia um comentário sobre o episódio das Bodas de Caná, e pensei comigo: “Era só o que me faltava... Lá vem esse querer fa-lar mal de Maria.”. Mas não, ele falava de um outro aspecto des-sa famosa passagem, para o qual eu ainda não havia atentado. Di-zia: “Lembre-se de que, naquele dia, os noivos convidaram Jesus para o seu casamento. E você?” Com o dedo em riste na direção da câmera, como que falando di-retamente para mim. “Você con-vidou Jesus para o seu casamen-to? Ei! Não estou me referindo

VoCÊ CoNVIDou JESuS E MARIA PARA o SEu CASAMENTo?

somente à celebração, à festan-ça e à comilança... Falo também sobre a vida em si, no dia-a-dia. Você está convidando Jesus para o seu casamento? Um arrepio per-correu meu corpo... Senti-me to-cado pelo Espírito Santo. Desli-guei a televisão e fui tomar meu banho; o que eu tinha ouvido era o bastante.

Ainda meditando sobre aque-la pergunta, eis que o telefone toca. Atendo. Estavam me convi-dando para uma reunião de infor-mação das Equipes de Nossa Se-nhora. Ora, já fazia uns dois anos que o nosso nome havia sido in-dicado, sem nenhum retorno. Eu e Marizete nem contávamos mais que fôssemos ser convida-dos. Isso era coisa de Deus, para quem não existem coincidên-cias. Então, mais uma vez, o Es-pírito Santo como que me dizia: “Nas bodas de Caná, os noivos convidaram Jesus, mas Ele estava acompanhado de Maria.”. Então eu disse a mim mesmo: “É verda-de, preciso convidar Jesus para o meu casamento, mas Maria tam-bém precisa estar presente.”.

E a chamada para participar das ENS revelava isso: Deus que-ria que vivenciássemos o Cris-to mais intimamente em nossas vidas, com Maria sendo o meio mais perfeito para chegarmos até Ele. E esse tem sido o grande pa-pel das Equipes de Nossa Senho-ra em nossas vidas, lançando-nos

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para Cristo, para a missão evan-gelizadora. Sim, hoje somos mis-sionários na Pastoral Familiar de nossa paróquia, buscando sempre, juntamente com diver-sos outros agentes pastorais, trabalhar em favor da família. E tudo começou porque resolve-

mos convidar Jesus e Maria para o nosso casamento. Eles têm providenciado sempre um vinho novo para a nossa vida matrimo-nial, familiar e missionária.

Bené (da Marizete)Eq. 06-C – N. S. das Dores

Belém - PA

Acordei no sábado inquieto, tinha que deixar meus compro-missos pessoais. Como CRE, era um dever participar do EACRE. Reticente, parti para aquela jor-nada, não sem antes ver Ana Be-atriz me dizer, chorando: “É o final de semana do meu aniversá-rio! Não vai, papai!”.

Desloquei-me com o coração apertado e, ao sair da estrada asfaltada, deparei-me com um ramal e, a cada buraco, a cada curva, parecia que aquele cami-nho ia se fechando. De repente, aquela manhã parecia escurecer, como um eclipse solar.

O desespero tomava conta do meu ser, pensei em voltar, meu coração palpitava e lembrei de

CAMINHo PARA DEuS

como ele estivera fechado para a solidariedade porque meu me-lhor amigo deixara de ser Jesus. Afinal de contas, as nossas con-versas tão frequentes, na minha infância, tinham terminado.

Continuava tenso, a minha aflição não terminava e, ao fa-zer mais uma curva, deparei-me com uma construção belíssima, em um lugar alto, com seus arcos e janelões, que pareciam portas abertas, convidando-me a entrar.

No Cenóbio, este é o nome do local, meu olhar se dirigiu para uma janela, onde se viam as co-pas das árvores de uma imensa floresta que se descortinava na minha frente e uma leve brisa to-cou meu rosto. Pronto! O medo

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se dissipara. Percebi instantanea-mente a mão e a obra do Criador, senti vontade de chorar, mas me controlei para não assustar mi-nha amada Norma.

Os dois dias passaram de-pressa, com testemunhos belíssi-mos e palestras edificantes, mas durante esse período, um casal com blusas brancas, pele e cabe-los claros, parecendo dois anjos, chegou até nós e falou com ex-clamação: “Que local lindo! Esta-mos admirados com o que vocês têm aqui, um lugar apropriado ao encontro com Deus”.

Novamente me veio a vontade de chorar e ali tive a certeza que foi inspiração divina aquela obra, pois esse local afastado se torna

propício ao silên-cio, constatando que , ma i s que uma be la obra da arqui tetura n a q u e l e l u g a r calmo, a Palavra de Deus penetra-va nos recantos mais escondidos do meu coração.

Ao chegar em casa, Aninha me fez um pedido para sairmos para jantar. Foi um final de domingo maravilhoso. No fim, olhou-me e disse: “fico muito feliz quando o senhor sorri do meu sorriso”, então aquela lágrima que há dias estava represada, desceu em mi-nha face e beijou meus lábios, sentindo o gosto de sal. E Aninha concluiu: Pai, cristais brilhantes descem no seu rosto.

Compreendi, enfim, que Deus se faz presente todas as vezes que oramos, meditamos, e até mesmo em um simples aniversá-rio em família, nos presenteando com uma lágrima, para confirmar que ele é VIDA e LUZ em nossas vidas.

E aquele local abençoado por Deus, afastado dos ruídos da vida, se torna perfeito às trans-formações que tanto precisamos para seguir a Deus, comparado ao Monte Tabor, onde os discí-pulos prediletos presenciaram a transfiguração do senhor.

Sandro da NormaEq. 14-Nossa Senhora dos Anjos

Castanhal-PA

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Neste ano que se iniciaMuitos fazem suas promessas.Mas nenhuma propiciaO que de fato interessa.

Prometo emagrecerVou queimar mais calorias.Mas não deixo de comerE assim se vão os dias.

No trabalho serei atentoE a ninguém machucarei.Mas se houver um contratempoBem armado eu estarei.

Para meus filhos terei mais tempoPara minha esposa mais atenção.E o tempo se vai ao ventoE o matrimônio em solidão.

Algumas promessas são de fatoVerdadeiras ilusões.Soam como boatosEnganando os corações.

Não tenho promessas em vistaE a mim isso não intimida.Pois como bom equipistaPlanejo uma Regra de vida.

Promessa e Regra de Vida são diferentesMeus queridos casais.Nas equipes de Nossa Senhora estão presentesConcretos pontos celestiais.

Este ano rezo maisAcompanhem meu louvor.Nossa Senhora intercedaisA seu Filho meu Senhor.

Ref

lexã

oANo NoVo EquIPISTA

A Oração nos alimentaSeja individual ou Conjugal.Mas a Escuta da Palavra Esta é essencial.

A vivência da Palavra VivaÉ vida de contemplação.Então permaneçam na ativaCom muita Meditação.

Como lugar natural da felicidadePrecisa de fraterna correção.Com o Dever de Sentar-se em piedadeVivem os casais em mútuo perdão.

O Retiro é obra do OleiroPara um novo vaso modelar.Os casais são o barreiroQue o Espírito vai usar.

Os pontos concretos de esforçoNão são leis ordinárias.Tampouco são um esboçoDe uma obra extraordinária.

São ferramentas essenciaisNo dia a dia do casal.Atitudes sapienciaisDe crescimento espiritual.

Homem e Mulher os criouPara serem uma só carne em ardor.E o matrimônio nos deixouComo garantia do amor.

Caminho seguro para a santidadeÉ o matrimônio um desejo do céu.Peçamos a Deus com humildadePela beatificação do Padre Caffarel.

Elizete e NôzorEq.7 B – N. S. da Esperança

Divinópolis/MG

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ÁRVoRE FRoNDoSA? ou RoSEIRA MIMoSA?

dos os casais que absorvem com amor e guardam no coração tudo de bom que o Movimento ofere-ce, e são felizes por isso, e parti-lham deste aprendizado com os irmãos.

Flores da roseira – Sua mis-são é de enfeitar e perfumar. São aqueles casais que acolhem com amor os convites enviados, com-parecem e participam com fide-lidade dos compromisso ofere-cidos, enfeitando o Movimento e sua equipe com sua presen-ça, e fora do movimento perfu-mam outras vidas, com seu tes-temunho.

Portanto, caríssimos irmãos, nossas equipes são roseiras e me-recem um cuidado especial. Pre-cisam do adubo da oração, preci-sam da água do amor, do perdão e da participação comunitária para continuar existindo.

E o que nós, equipistas, dese-jamos para nossa roseira?

Que ela viva e dê flores per-fumadas!

Assim, desejamos que cada casal responsável seja uma raiz forte e nutrida com a vivência dos PCEs, e que todos os demais casais sejam o caule, as folhas, as flores e os frutos, que façam a di-ferença dentro de suas equipes de base e no Movimento com amor.

Ana do MáritonCL - Região - MA-PI

Setor - Barra do Corda

Se alguém nos perguntasse: “Como você vê sua equipe de base? Como uma árvore fron-dosa ou uma roseira mimosa?” Penso que muitos diriam: “Ah, nossa equipe é uma árvore fron-dosa! Temos vários anos de cami-nhada e ainda continuamos an-dando muito bem.”.

Perdoem-me! Vejo isso como uma definição errada. Uma ár-vore frondosa é também velha, e muitas vezes fica esquecida, ou vamos até ela apenas para colher seus frutos, achando-a forte o suficiente para não mais rece-ber nossos cuidados.

Na verdade, cada equipe de base é uma roseira mimosa que precisa de nossos cuidados. Veja-mos:

Raiz da roseira – É o casal res-ponsável. Todo ano é escolhi-do um novo casal, para não tor-nar a missão pesada e cansativa, pois sua missão é amar mais sua equipe, acolhendo com carinho, tentando sempre manter o amor pelo Movimento e a unidade en-tre os irmãos.

Caule da roseira – É o casal animador . Deve estar sempre ligado ao casal responsável; sua função é levar aos outros casais a alegria de ser equipista, é des-pertar nos outros o prazer de vi-venciar os carismas do Movimen-to. Também é mudado todo mês, para renovar a vida das equipes.

Folhas da roseira – São to-

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Durante este ano, algumas reflexões se fazem necessárias:

A primeira é sobre as nossas escolhas. Sejam elas de ordem ma-terial ou espiritual, estamos a todo momento fazendo escolhas. Pensemos na visita de Jesus à casa de Maria e Marta, onde cada uma das mulheres faz suas escolhas. Conosco não é diferente. Por-tanto, que ao longo deste ano, façamos nossas escolhas, escolhen-do a melhor parte.

A segunda é sobre a Esperança. Existe um ditado que diz: “A es-perança é a última que morre”; mas morre! Se consideramos a es-perança como esperar, como espera, morreremos. Mas se conside-rarmos a esperança como uma ação, ou seja, do verbo esperançar, aí sim teremos êxito. Esperançar é não ficar parado, é correr atrás, é realizar. “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Rm 15,13)

A terceira é sobre o Entendimento. O dom do Entendimento está ligado diretamente à nossa Fé e, nesse sentido, o Papa Fran-cisco nos diz: “Não se trata da inteligência humana, da capacida-de intelectual de ser mais ou menos dotados. Mas é um dom que torna o cristão capaz de ultrapassar o aspecto exterior da realidade para perscrutar as profundezas do pensamento de Deus e do seu plano de salvação”. É o que o Espírito Santo faz: abre nossa men-te para entendermos melhor tanto as coisas de Deus como as coi-sas humanas.

A quarta, e última, é o Entusiasmo: palavra que vem do gre-go En Theos, e quer dizer: Cheios de Deus, e se temos Deus den-tro de nós, dentro do nosso coração, nunca envelhecemos. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recom-pensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Cl 3,23-24)

Com este Espírito, estejamos todos entrelaçados, rumo à santi-dade!

Donizeti da SilviaEq. 7B – N. S. Madre de Deus

Mogi das Cruzes-SP

REFLEXõES PARA VIVER uM BoM ANo!

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E disse a Pedro: Então, não pudestes vigiar uma hora comigo...

Senhor! Somos nós dois, um casal aposentado e temos todo o tempo do mundo, para não fazer nada, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo...

Sobra-nos tempo para ir às compras no supermercado, para ve-rificar preços, para fazer a escolha entre dois produtos, para encon-trar amigos, para conversar, e até para contar piadas e rir um pou-quinho, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo...

Encontramos tempo para bater um papinho com a vizinha, para saber das últimas, para aproveitar e falar mal da vida alheia, para criticar, para ouvir a notícia de sempre da televisão, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar con-tigo...

Encontramos tempo, dentro de nossas casas, para discutir e perder a calma, para ofender-nos mutuamente, para dizer pala-vrão, para falar coisas de que depois nos arrependemos, para fi-car estremecidos, para sentir uma dor no coração, para curtir o mau humor, até que depois de um longo tempo tudo volta à cal-ma, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo...

Temos tempo para saber, pela televisão, qual é a última moda. Ver nas novelas quem enganou quem? Saber pelo noticiário tele-visivo que mais um cidadão inocente foi vítima de bala perdida, que a nossa rede de ensino está deficiente, que a saúde pública está muito doente, moribunda, e que nossos políticos estão trans-bordando moeda forte de suas meias e cuecas e abastecendo suas contas numeradas na Suíça mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo...

Senhor! Dai-nos a graça de conseguirmos nos livrar da escra-vidão do supérfluo, para que possamos estar em paz contigo. Amém!

Fernando Boing (da Lourdes)Eq.5A - N. S. Auxiliadora

Florianópolis-SC

VIgIAI E oRAI, PARA quE Não ENTREIS EM TENTAÇão

(Mt 26, 40B)

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O carismaCada carisma é uma vocação,

um chamamento e contém, im-plicitamente, uma missão. O cha-mamento à responsabilidade, à missão é um apelo a um amor maior, um apelo ao serviço de um carisma do Espírito, um ape-lo de quem vem a nós contando com o nosso sim.

Padre Caffarel salienta clara-mente a necessidade de não se perder o carisma fundador. Por isso temos de voltar sempre à fonte, acolher as necessidades e os valores atuais na medida em que são assimiláveis, e depois encarar uma prospectiva.

Os carismas estão, pois, a ser-viço do Amor e sucedem-se na história como resposta às neces-sidades de cada momento. No momento de seu aparecimen-to na Igreja, as Equipes de Nossa Senhora receberam um carisma, ou seja, um dom de Deus, para o serviço de seu Amor na Igre-

Form

açãoCARISMA – ESPIRITuALIDADE - MíSTICA

ja e no mundo. Este dom é uma resposta adequada para cada ne-cessidade histórica.

Foi o Espírito de Deus que deu força ao carisma das ENS. Por isso devemos conhecê-lo e viver bem os elementos deste carisma, para que nossa responsabilidade dê frutos.

O car isma das Equipes de Nossa Senhora é a Espirituali-dade Conjugal.

Esse carisma comporta diver-sos aspectos, muitos destes bem compreendidos e vivenciados desde o seu início; outros não tão bem compreendidos, mas que vamos descobrindo no pas-sar dos tempos. Por isso, pode-se imaginar que talvez outros as-pectos venham a ser descobertos no futuro. Aspectos inerentes ao casal, à comunidade, à missão.

A espiritualidade“Se queremos viver em casal

segundo o Espírito, viver na procu-ra da vontade de Deus, é através de um diálogo profundo, da ora-ção e de pequenas renúncias que iremos orientar as nossas vidas se-gundo o plano de Deus”.1 Isto sig-nifica adequar nossa vida pessoal, conjugal e familiar ao projeto de Deus, o que implica mudança de atitudes, exigindo, para isso esfor-ço, persistência e uma busca con-tínua.

1 Carisma Mística Espiritualidade, 19-20.

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Esta espiritualidade retira a sua força da Graça do sacramento do Matrimônio. Trata-se da nossa identidade: somos um Movimento de Espiritualidade Conjugal.

A mística“O progresso espiritual tende à

união sempre mais íntima com Cris-to”. Esta união recebe o nome de mística, pois ela participa no mis-tério de Cristo pelos sacramentos. As Equipes de Nossa Senhora visam fazer de seus membros cristãos au-tênticos. Nelas se procura a união de corações e de almas, uma fé co-mum, um exercício do auxílio mú-tuo material e espiritual.

Reunidos em nome de CristoUma ENS é uma pequena comu-

nidade de fé que crê na Palavra de Cristo contida no Evangelho e que, por isso, crê na realidade daquela promessa: “onde dois ou três esti-verem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles”; crê na pre-sença de Cristo ali, no meio deles; crê que o Cristo ali presente assume a pequena comunidade, revestin-do-a de uma vida nova, a Sua pró-pria vida. E já não é mais um agru-pamento humano-social, é uma pequena Ecclesia.

Os casais, juntamente com o mi-nistro de Cristo, o Conselheiro Es-piritual, se reúnem em nome de Cristo, com uma finalidade bem determinada: numa íntima união de almas e corações, para elevar ao Senhor suas preces, ouvir a sua Pa-lavra e responder-lhe pela oração pessoal; pôr em comum os esfor-

ços realizados durante o mês; con-tar aos irmãos o que, com a ajuda de Deus, puderam fazer para cola-borar na construção do mundo dos homens; procurar, através do tema estudado durante o mês, conhecer melhor a vontade de Deus sobre eles e reforçar a fraternidade cris-tã mediante a refeição em comum.

Auxílio Mútuo“A vivência da comunhão de

corações e de espíritos requer uma única condição: a vivência do Man-damento Novo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei; nisto co-nhecerão que sois meus discípu-los”2. Este amor de uns para com os outros se concretiza na vivência do espírito de cooperação e auxí-lio mútuo, tanto no plano espiritual como no material.

Importa atingir os corações dos membros de uma equipe que para lá vamos, “não para enriquecer o nosso espírito, mas para abrir a nos-sa alma, dar tanto quanto puder-mos e receber o que os outros pu-derem dar”.

Testemunho

As Equipes de Nossa Senhora ambicionam ser “escolas de vida cristã”, ou seja, a vida desta comu-nidade deve ser caracterizada pela vivência com Cristo e exterioriza-da pela vivência do Mandamento Novo. A vivência habitual da cari-dade no lar, na equipe, no trabalho, na sociedade, tornar-se-á testemu-nho, a mais incisiva forma de apos-tolado.

Gracinha e JadsonCRR Paraíba

2 O espírito e as grandes linhas do Movimento, 18-21.

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O Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem como meta conduzir os seus membros para a santidade. “Nem mais nem me-nos”, como dizia padre Caffarel. Em vista desse objetivo, o Movi-mento apresenta a sua proposta alicerçada em três colunas: Orien-tações de vida, Pontos Concre-tos de Esforço e vida de equipe. As Orientações de vida são impor-tantes na vida do Movimento. São elas, como diz o próprio nome, que direcionam o seu caminhar. Sem elas, perderíamos o rumo e ficaríamos como um barco sem leme: à deriva.

A cada seis anos o Movimen-to realiza Encontros Internacionais para reafirmar a fidelidade ao Ca-risma fundador, velar pelo cumpri-mento de sua pedagogia e seus métodos e viver a unidade e a co-munhão na internacionalidade das ENS. Nesses eventos, a Equipe Res-ponsável Internacional (ERI) pro-põe a Orientação Geral para os próximos seis anos. O seu objetivo é mostrar o caminho a seguir para nos ajudar a progredir no amor a Deus e ao próximo. Até 2018, a orientação é OuSAR O EvAn-GELHO, proposta no Encontro de Brasília, XI Encontro Internacional.

As Orientações de vida mos-tram a responsabilidade que temos como cristãos e equipistas. Elas são um chamado para um esfor-ço maior, ajudando-nos a melho-

oRIENTAÇõES DE VIDA: o LEME Do MoVIMENTo

rar a prática cristã. Mesmo sendo dadas para cobrir um determina-do período, sua vigência e vivência são para a vida inteira: “Crescer no amor de Deus é tarefa para toda a vida” (Guia das Equipes). Uma orientação não anula a outra, pelo contrário, aprofunda e a completa.

Na ‘Carta de Brasília’, a ERI não dá somente a Orientação Geral para os próximos anos. Vai mais longe. Manda-nos ser discípulos e missionários audaciosos. Mos-tra-nos as condições, a missão e o campo onde poderemos agir: “ou-sar ter um coração pleno do amor de Cristo, ousar acolher e tomar conta dos homens e ousar partir para o mundo a serviço da Igreja” (CB). Como seguidores de Cristo, temos o compromisso de, prefe-rencialmente, ir à busca dos sofre-dores, dos fracos, dos injustiçados, dos “invisíveis”.

Outras orientações já foram da-das. A elas se acrescenta a de Bra-sília, que realça a vocação cristã no serviço aos irmãos, independen-te de quaisquer situações ou pre-conceitos, para tratarmos gene-rosamente de suas feridas, como o bom samaritano que, ao se de-frontar com o inesperado, ousou, acolheu e cuidou.

Glória e BartolomeuEq.07A - N. S. Desatadora dos Nós

Jaboatão dos Guararapes-PE

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O Papa Francisco exorta-nos com palavras que fortalecem a ideia de que nossa conver-

são deva ser diária. Deve-mos estar atentos em viver

o Evangelho e testemunhá-lo em nossas ações cotidianas.

Como exemplo máximo a imitar, temos a Virgem Ma-

ria. Desde que teve a certeza, pela voz do Anjo Gabriel, que

Deus a elegera para ser mãe de Seu Filho Unigênito, consa-grou-se ao serviço, em perfeita harmonia com o Pai e o Fi-lho, cumprindo com fidelidade a missão de serva do Senhor, e, após receber o Espírito Santo, seguir como Mãe da igreja nas-cente até os dias de hoje. O Guia das Equipes de Nossa Senhora aponta que nosso Movimento tem uma missão específica e direta que é ajudar os casais a viverem plenamente o sacramento do matrimônio e, ao mesmo tempo, um objetivo missionário: anunciar ao mun-do os valores do casamento cristão, pela Palavra e pelo teste-munho de vida.

Nos últimos anos, o Movimento brindou-nos com tex-tos para Estudo que pediam: “Vai, e também tu, faze o mes-mo”, indicou-nos: “O caminho da vida espiritual em casal” e sugeriu: “Ousar o Evangelho – acolher e cuidar dos homens”.

Foram textos que nos mostraram que, vivendo a espiritu-alidade do matrimônio, temos uma missão e que somos cha-mados a vivê-la sem medo.

E lembramo-nos de Santo Agostinho, em um de seus sermões: “Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez ho-mem”. Possamos espelhar-nos em Nossa Senhora e que, sen-do chamados a ser “fermento na massa”, face às novas reali-dades que a sociedade impõe, saibamos discernir os sinais dos tempos.

Marluce e OlberEq. 06A - N.S.Aparecida

Itaúna – MG

DESPERTA, Ó HoMEM!

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Part

ilha

e PC

Es

Tempo de Quaresma, tempo de reflexão. Jesus quer nos falar de diversas maneiras. Vamos apro-veitar esta Via Sacra para escutar o que Ele quer para nós.

Separem um tempo em casal, ou até mesmo em equipe, escolham um local tranquilo e com muita cal-ma meditem sobre cada uma das estações. Considerem como um pe-queno retiro. Não é preciso grandes palavras, mas apenas deixar o co-ração se a abrir à vontade de Deus para nós.

1ª Estação - JESuS É COnDEnA-DO À MORTEQuantas vezes com nossas atitudes, apontamos e condenamos um ao outro?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

2ª Estação - JESuS RECEBE A CRuZ E A COLOCA nOS OMBROSEs tamos ca r regando com amor a cruz do dia a dia, um do outro?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

3ª Estação - JESuS CAI DEBAIXO DO PESO DA CRuZAjudamos nosso cônju-

ge a se levantar em suas quedas diárias?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

VIA SACRA Do CASAL

4ª Estação - JESuS EnCOnTRA COM SuA MÃE, MARIA vÊ O SOFRIMEnTO DE SEu FILHOSabemos dar confor-to aos nossos filhos em suas necessidades?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

5ª Estação - SIMÃO CIRInEu AJuDA JESuS A CARREGAR A CRuZEstamos dando apoio a nossa equi-pe em todas as suas dificuldades?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

6ª Estação - vERÔnICA EnXuGA O ROSTO DE JESuSComo está a nossa Ora-ção Conjugal?Casal: Jesus, Te pedi-mos perdãoMeditação

7ª Estação - JESuS CAI PELA SEGunDA vEZEstamos ajudando e orientando nossos irmãos equipistas a se levantarem em suas quedas?Casal: Jesus, Te pedi-mos perdãoMeditação

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8ª Estação - JESuS COnSOLA AS MuLHERES DE JERuSALÉM Estamos procurando na Escuta da Palavra e na Meditação ânimo e esperança para nossa vida?

Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

9ª Estação - JESuS CAI PELA TERCEIRA vEZComo casal, apesar de nossas fraquezas e dificuldades, estamos testemunhando o amor conjugal

Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

10ª Estação - JESuS É DESPOJADO DE SuAS vESTESQuantas vezes nos agredi-mos com palavras, gestos e omissões, esquecendo que Jesus mora em cada um de nós?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

11ª Estação - JESuS É PREGADO nA CRuZ

Temos consciência que o nosso individualismo pode prejudicar o outro?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

12ª Estação - JESuS MORRE nA CRuZVocê está se esfor-çando para fazer seu cônjuge feliz? Casal: Jesus, Te pedi-mos perdãoMeditação

13ª Estação - JESuS É DESCIDO DA CRuZNa nossa caminhada equipista fazemos dos Pontos Concretos de Es-forço meios para o nosso crescimento espiritual?Casal: Jesus, Te pedi-mos perdãoMeditação

14ª Estação - JESuS É SEPuLTADOColocamos nossos dons a serviço dos irmãos ou os guardamos dentro nós ?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

15ª Estação -JESuS É RESSuSCITADO PARA A vIDA PLEnASabemos dar o primeiro passo para a construção de um mundo de amor à nossa volta?Casal: Jesus, Te pedimos perdãoMeditação

Magnificat! Regina e Sergio

Equipe 6B – N.S. da AnunciaçãoSão José dos Campos - SP

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30 En

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tro

nac

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Irmãos e irmãs equipistas, paz e bem!

Estamos na reta final, nosso 30

Encontro Nacional se aproxima, re-dobram-se nossas expectativas.

Chegar neste Encontro das Equipes de Nossa Senhora é che-gar no tempo de Deus. Todos nos organizamos para dar uma parada no nosso tempo “Chronos”, para chegar no tempo “Kairós”, o tem-po de Deus.

A nossa caminhada na espiri-tualidade conjugal nunca termina, mas aproveita estes momentos, oportunidades de crescimento, de louvor, para agradecer a Deus pe-las etapas vencidas.

Assim, este nosso 30 Encontro Nacional que, como já foi dito, di-fere dos anteriores por realizar-se num Santuário Mariano, nos proporcionará momentos inesque-cíveis, de profundo encontro com

TEMPo DE DEuS

Deus, por intermédio de nossa mãe Aparecida, tão presente e tão próxima, que nos fará senti-la du-rante os três dias que lá permane-ceremos.

Para que estas maravilhas, pro-porcionadas por Deus a todos nós aconteçam, é necessário que este-jamos de coração aberto, que nos-so espírito não seja nada mais que o espírito do peregrino que para lá se dirigirá em busca de um bem maior: crescer no amor de Deus e ao próximo.

Nesse Santuário Mariano, o maior da América Latina, onde a fé cristã está estampada no rosto de cada um, “sintamo-nos prote-gidos contra o intelectualismo e o espírito crítico. Os corações serão aguardados na humildade. Quem poderá fingir-se diante de Nossa Senhora? O amor fraterno reinará. Acontece sempre assim quando a mãe está no meio de seus filhos” (Pe. Caffarel).

Sejamos a imagem do ver-dadeiro cristão: alegres, caloro-sos, acolhedores e principalmente gratos a Deus por nossa voca-ção: a vocação pelo Sacramen-to do Matrimônio, mostrando ao mundo a alegria de festejá-lo.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós que recorremos a vós.

Carmem Silvia e João Fernando BacciottiCasal Coordenador das Inscrições

30 Encontro Nacional

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1º Dia: O CHAMADO

1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

- Sejam muito bem-vindos. Que bom terem atendido a nosso convite.

De 30 de junho a 3 de julho acon-tecerá, em Aparecida-SP, o 30 En-contro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Para preparar nos-sa participação, de perto ou de longe, propomos fazer um tríduo de reflexão, oração e partilha.

2. Canto de abertura1

Te amarei

Me chamaste para caminhar na vida contigoDecidi para sempre seguir-te, não voltar atrás.Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, É difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.

Te amarei, Senhor (bis)Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti. (2x)

Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta. Eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti,

TRíDuo PREPARATÓRIo PARA o 30 ENCoNTRo NACIoNAL

DAS ENS Do BRASIL

Mas Tua força venceu e ao final eu fiquei seduzido. É difícil agora viver sem saudades de ti.

Ó Jesus, não me deixes jamais ca-minhar solitário,pois conheces a minha fraqueza e o meu coração.Vem ensina-me a viver a vida na Tua presença,no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.

3. Leitura do Livro do Gênesis (Capítulo 12, vers. de 1 a 3):

“Javé disse a Abrão: - Sai de tua terra, de tua família e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei.

Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei teu nome e tu serás uma bênção.

Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoa-rem. Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra”. (Gn 12,1-3)

4. Refletir

Sarai e Abrão eram um casal que saiu de Ur, dos caldeus, a caminho da terra de Canaã. Acabou parando e fixando-se em Harã. Todos os olha-

1 Os cantos sugeridos podem ser trocados conforme as preferências dos participantes.

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vam com dó, porque não tinham fi-lhos. Não sabemos como, mas Deus revelou-se a Abrão. Não falou sobre si, nem exigiu nada. Mas Abrão teve certeza que devia abandonar sua fa-mília e partir para uma terra des-conhecida, apenas confiando nas promessas e bênçãos de Javé. Sarai também acreditou.Eram ricos e já idosos, mas partiram para uma vida nova e desconhecida. Não imaginavam as aventuras por onde Javé os guiaria.Vocês dois são como Sarai e Abrão. A certa altura da vida, Deus lhes fa-lou pelo coração, pelos impulsos que os levavam um para o outro, pela necessidade, pelo amor. E vocês saí-ram. Deixaram pai, mãe, irmandade, e saíram de mãos dadas com alguém que, tudo por tudo, era um misté-rio. Deixaram seu pequeno mundo, bastante individualista, e partiram para a caminhada a dois, até que fossem três ou não sabiam quantos. Viveram muitas alegrias, mas tam-bém passaram por muitas dificulda-des, trabalharam, lutaram, amadu-receram. Foi longa a caminhada, de quarenta, cinquenta anos, ou ape-nas de um ou poucos anos. Vocês não são os mesmos que eram; tra-zem nos olhos o brilho e no jeito de ser as marcas da conivência a dois. Vocês dois são privilegiados porque têm um ao outro, ao seu redor estão os filhos, e quem sabe quantos ou-tros frutos de seu amor.

Sarai e Abrão foram corajosos. Mas, acho que vocês são ainda mais cora-josos, porque o mundo, para onde partiram e onde vivem, é muito

mais desafiador que o deles. Mas também são mais privilegiados, por-que a realidade atual oferece-lhes possibilidades que eles não podiam imaginar. Que vocês irão fazer para que seu casamento seja tudo que pode ser no mundo de hoje? Não duvidem. Chamando-os para o ca-samento, Deus chama vocês para a “festa da alegria e do amor conju-gal”. Não percam a festa, não estra-guem a festa!2

• Quefoiquemaischamousuaatenção no chamado que Deus fez ao casal Sarai e Abrão?

• Qualterásidoamaiordificuldadedeles para aceitar o chamado?

• RelendoahistóriadeSaraieAbrão (Gn 12-25) vocês encon-tram outros chamados de Deus para o casal?

• Quaisforamasatitudesmaismarcantes na resposta que eles deram a Deus?

5. Canto tranquilo de medita-ção:

Quero dizer meu sim

Quero dizer meu sim, como Tu Ma-ria,como tu, um dia como tu, Maria.

Quero negar-me a mim, como Tu, Maria,como tu, um dia como tu, Maria.

Quero seguir Jesus, como Tu, Maria,como tu, um dia como tu, Maria.

6. Abrir-se- Até agora quais foram os chama-

dos de Deus para vocês como pes-

2 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.

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soas e como casal?- Como foi que Deus chamou você

para o casamento com essa pes-soa? Relembre sua história.

- Durante esses anos de casamento, que chamados Deus lhes vem fa-zendo?

- Hoje quais seriam os chamados de Deus para os casais equipistas do Brasil?

7. Orar

Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedindo-lhe também pelo bom êxito do 30 Encontro Nacional das ENS no Bra-sil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração.- Adore, louve e agradeça a Deus

que chamou você para o casa-mento.

- Agradeça essa pessoa que Ele lhe deu como companheira de vida.

- Bendiga o Senhor pela transforma-ção que o casamento trouxe em sua vida.

- Relembre os principais chamados de Deus para você, agradeça o que pôde fazer em resposta, peça for-ças para continuar fielmente à es-cuta.

- Peça, louve, agradeça por todos os casais, coloque-se a serviço deles; se possível assuma um compro-misso concreto em favor de algum que mais precisa.

8. Conversar

- Partilhem informações e comunica-dos referentes ao encontro.

- Façam uma lista dos equipistas de sua cidade, setor e equipe.

- Os que não irão participar vejam o que podem fazer para ajudar os que irão a Aparecida: oração, aju-da financeira, cuidados da casa e da família... Organizem-se.

- Programem alguma atividade para os dias do encontro.

9. Oração pelo bom êxito do 30 Encontro nacional das EnS

Senhor nosso Deus, abençoai o 30 Encontro Nacional de nossas Equi-pes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternidade. Es-peramos que esse encontro seja um momento forte de nossa cami-nhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Aparecida. Ajudai-nos, para que sejamos ca-sais peregrinos, desalojados, a ca-minho de rumos novos que nos apontais.Reunidos na casa de Maria, mãe de Jesus e esposa de José, quere-mos retomar alento para a cami-nhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser homens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a per-ceber que nos dais o casamento como caminho de felicidade e re-alização.É o que vos pedimos por Cristo, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Concei-ção Aparecida.

10. Canto Final: Magnificat Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Carta Mensal

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no

tíci

asBoDAS DE ouRo

Cida e AffonsoEm 19/01/2015.

Eq.03A - N. S. Auxiliadora Bauru-SP

Lurdinha e Mário

Em 23/01/15 Eq.01 - N. S. das Graças

Assis-SP Este casal integra

o Movimento desde 17/06/1967 e é um dos seus fundadores em Assis.

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BoDAS DE PRATA

Lene e Demir Em 08/09/2014

Eq.02 Nossa Senhora Das GraçasRegião Pernambuco II - Setor Caruaru

oRDENAÇão SACERDoTAL

No dia 07 de novembro de 2014, na paróquia São Francisco de Assis em Feira de Santana, o di-ácono Lucivan Pereira, conselheiro da equipe 03-Nossa Senhora da Luz do setor Feira de San-tana-BA, foi ordenado padre, com a presença de vários sacerdotes, diáconos, seminaristas, religio-sos, leigos e equipistas. Sua ordenação foi pre-sidida pelo arcebispo metropolitano Dom Itamar Vian e teve como lema: Pela cruz tornarei Cristo conhecido e amado. (Jusciára (Gói) e Chico - CRS Feira de Santana-BA)

JuBILEu DE PRATA SACERDoTAL

Pe. João Batista SilvestreEm 15/12/2014, comemorou 25 anos de vida sacerdotal em uma Celebração Eucarística na Paróquia Santa Luzia em Campinas-SP, na

qual ele é pároco. Foi uma linda celebração preparada pela equi-pe litúrgica e comunidades in-tegrantes. Houve testemunhos importantes de outros sacerdo-

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tes, assim como uma grande par-ticipação de equipistas, pois ele é Conselheiro Espiritual de três equipes em Valinhos (Equipe 1 - N. S. Auxiliadora, Equipe 7 - N. S. Aparecida e Equipe 8 - N. S. das Graças) e uma equipe em Campinas. Foi gratificante para nós, equipistas, comemorarmos com ele seu jubileu sacerdotal. Ele iniciou no Movimento há 19

anos e é muito presente e queri-do por todos. Louvamos a Deus pela sua dedicação, disponibili-dade e amizade para com cada um de nós e para com o MENS. Rogamos a Deus e a Nossa Se-nhora que continuem protegen-do, guiando e abençoando este nosso querido SCE. (Marlene e Dirceu - Eq.8 – N. S. das Graças Valinhos-SP)

JuBILEu DE ouRo

Querida Irmã Madalena,

Há 50 anos você deu seu sim e ini-ciou uma missão. Não temos como saber o que você esperava cons-truir nessa caminhada, mas pode-mos, sim, testemunhar a importância que você tem na história do Colégio Sagrada Família aqui de Campo Lar-go, na vida de centenas de crianças, e especialmente em nossa Equipe e em nossas famílias!A dedicação que você tem pela nos-sa equipe é fonte de alegria e de mo-tivação para nossa caminhada, e o exemplo de amor e fé que tem pela Santa Trindade nos faz crescer espiri-tualmente a cada encontro!Conviver contigo tem sido uma gra-

ta experiência, não apenas pela ale-gria de tê-la conosco e poder te ouvir falar com tanto entusiasmo da vida e de Deus, mas também pela forma como você humanizou para nós as religiosas, religiosos e os sacerdotes! Ver e poder entendê-los como hu-manos, presentes no nosso dia-a-dia, vem construindo uma nova relação entre nós, leigos, e a Igreja. Muito obrigado por nos aproximar, a cada dia, mais e mais de Jesus Cris-to! Parabéns pelo Jubileu de Ouro, 50 anos de vida religiosa, de amor, abnegação e dedicação ao próximo.(Eq.07- N. S. das Graças - Campo Lar-go-PR)

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VoLTA Ao PAI

No último dia 16 de setembro de 2014, voltou à casa do Pai nosso querido Sacerdote Conselheiro Es-piritual, Monsenhor valdenito, que esteve conosco desde o início de nossa Experiência Comunitária. Grande mestre e pastor, colabo-rou muito para o nosso crescimen-to espiritual. Sempre presente, dei-xou-nos um grande legado como: a gratidão é a memória do cora-ção; a melhor oração é a oração

Frei José Carlos Pedroso, em 09/01/2015

Faleceu com 83 anos de idade, dos quais 64 foram dedicados

à vida religiosa e 58 ao sacerdócio.SCE Eq. 4D – N. S. do Carmo

São Paulo-SP (desde maio de 1960)

SCE Eq. N. S. de Guadalupe Piracicaba-SP

SCE Eq. N. S. do Bom Parto Piracicaba-SP

Rubens villaça (viúvo da Jacy), em 17/06/2014

Eq.11A – N. S. do DesterroBauru-SP

Pe. Fernando Bezerra, em 15/01/2015

SCE Eq. N. S. da ApresentaçãoOlinda-PE

de entrega; a simplicidade, a hu-mildade, disponibilidade... Incan-sável, nunca se negou a quem o procurava. Enfim, sua partida dei-xou-nos uma lacuna muito grande e uma saudade imorredoura. Ape-sar disso, somos felizes por termos participado de sua vida. Exerceu seu sacerdócio durante 64 anos com grande dedicação à Igreja. (Toinha e George - Eq. N. S. do Per-pétuo Socorro - Olinda-PE)

Luís Dárcio Corrêa da Silva (da Adorama), em 05/02/2015

Eq. 2C – N. S. AuxiliadoraRibeirão Preto-SP

Leonice (do Geraldo), em 03/01/2015

Integrava a Eq. 01 N. S. das Dores

Limeira-SP

Serrinha (da Talma), em 10/01/2015

Integrava a Eq. 03 N. S. do Rosário

Limeira-SP.

Dilce (do Paulo), em 25/12/2014

Integrava a Eq. 3A N. S. das Graças

Londrina - PR

Hélio Frateschi (da Edméia), em 21/01/2015

Integrava a Eq. 2C N. S. AuxiliadoraRibeirão Preto-SP

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MEDItanDo EM EquIPEJESuS vIvE

“Quando passou o sábado, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?” Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. Entraram, então, no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. Mas o jovem lhes disse: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”. (Mc 16,1-7)

As Marias e Salomé saíram para visitar um túmulo, e prestar os últimos cuidados a um cadáver. Foram tristes, acabrunhadas pela morte do Mestre, sem sabe o que esperar do futuro.Nossa atitude precisa ser diferente. Não vamos à procura piedosa de um túmulo, não seguimos um mestre do passado. Seguimos Jesus, vivo, presente e atuante hoje, agora. Nele temos o presente como garantia do futuro.

- Como, em minha vida, mostro que acredito que Jesus está vivo entre nós?- Que posso fazer para que outros encontrem em Jesus sua esperança?

Oração litúrgica: Sequência do Domingo de Páscoa1 – Cantai, cristãos, afinal: / “Salve, ó vítima pascal!”

Cordeiro inocente, o Cristo / abriu-nos do Pai o aprisco.

– Por toda ovelha imolado / do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: / é a vida que enfrenta a morte.

– O rei da vida, cativo,/ é morto, mas reina vivo! Responde, pois, ó Maria: / no teu caminho o que havia?

– “Vi Cristo ressuscitado,/ o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, / dobrado ao chão o lençol...

– O Cristo, que leva aos céus,/ caminha à frente dos seus!” Ressuscitou de verdade. / Ó Rei, ó Cristo, piedade!

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

1 “Sequência” vem do latim, sequência (a continuação). Designa o canto que, em algumas ocasiões, segue a aclamação do “Aleluia”, antes do Evangelho. Atualmente conservaram-se algumas se-quências: para o dia de Páscoa, Victimæ Paschali; para o Pentecostes, Veni, Sancte Spiritus; para o Corpo de Deus, Lauda, Sion; e para a Virgem Dolorosa, o Stabat Mater.

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

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Equipes de nossa Senhora

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