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Meningites na Meningites na Infância Infância Cristina Cardozo Cristina Cardozo

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Page 1: Meningites na Infância Cristina Cardozo. Definição Processo inflamatório das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação

Meningites na InfânciaMeningites na Infância

Cristina CardozoCristina Cardozo

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DefiniçãoDefinição

Processo inflamatório das Processo inflamatório das membranas que envolvem o membranas que envolvem o

encéfalo e a medula espinhal, encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação de conseqüente à ação de agentes infecciosos ou agentes infecciosos ou inflamatórios diversos.inflamatórios diversos.

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Agentes etiológicosAgentes etiológicos

BactériasBactériasVirusVirusFungos Fungos ProtozoáriosProtozoários

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EpidemiologiaEpidemiologia

7.827 7.794

2.556

16.861

6.461

2.348

18.908

6.315

2.246

7.744

3.4291.285

3.5662.499

806

13.267 12.825

4.259

02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.00018.00020.000

< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 > 20

MVMBMNE

Gráfico: No. de casos de meningite de acordo com a etiologia, faixa etária M.S. do Brasil 2001 a 2006.

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EpidemiologiaEpidemiologia

Gráfico: No. de casos de meningite bacteriana de acordo com a etiologia e faixa etária

M.S. do Brasil 2001 a 2006.

852

1.965

457

2.146

920

317

1.520

605

146

845501

61

518371

23

1.158

3.438

1660

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 > 20

MenPneHib

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Meningites bacterianasMeningites bacterianas

EpidemiologiaEpidemiologia

3 – 10 casos / 100.000 habitantes3 – 10 casos / 100.000 habitantes Mortalidade: 10 - 30 %Mortalidade: 10 - 30 % Seqüelas: 15 - 50 %Seqüelas: 15 - 50 %

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Meningites bacterianasMeningites bacterianas

Etiologia x IdadeEtiologia x Idade 0 a 2 meses0 a 2 meses

Escherichia coliEscherichia coli Klebsiella pneumoniaeKlebsiella pneumoniae EnterobacterEnterobacter ProteusProteus StreptococcusStreptococcus grupo B grupo B Listeria monocytogenesListeria monocytogenes

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Meningites bacterianasMeningites bacterianas

Etiologia x IdadeEtiologia x Idade 2 m a 7 anos2 m a 7 anos

Haemophilus influenzaeHaemophilus influenzae Streptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniae Neisseria meningitidisNeisseria meningitidis

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Meningites bacterianasMeningites bacterianas

Etiologia x IdadeEtiologia x Idade

Acima de 7 anosAcima de 7 anos Streptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniae Neisseria meningitidisNeisseria meningitidis

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Meningites bacterianasMeningites bacterianas

Situações especiaisSituações especiais

TCE com fístula liquórica: pneumococo e TCE com fístula liquórica: pneumococo e hemófiloshemófilos Pacientes esplenectomizados: pneumococosPacientes esplenectomizados: pneumococos Portadores de DVP: estafilococos e Portadores de DVP: estafilococos e enterobactériasenterobactérias Cardiopatas congênitos cianóticos: estafilococos Cardiopatas congênitos cianóticos: estafilococos e estreptococose estreptococos

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Vias de infecçãoVias de infecção Hematogênica – mais freqüenteHematogênica – mais freqüente

Contigüidade – OMA, mastoidite, sinusite, celulite Contigüidade – OMA, mastoidite, sinusite, celulite orbitalorbital

Contaminação direta: trauma, mielomeningocele rota, Contaminação direta: trauma, mielomeningocele rota, procedimento neurocirúrgicoprocedimento neurocirúrgico

Punção lombar como porta de entrada em crianças Punção lombar como porta de entrada em crianças pequenas com bacteremiapequenas com bacteremia

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Fatores predisponentesFatores predisponentes Baixa idadeBaixa idade Sexo masculinoSexo masculino Presença de endocardite, pneumonia, tromboflebite, Presença de endocardite, pneumonia, tromboflebite,

OMA, sinusite, mastoiditeOMA, sinusite, mastoidite Fraturas de crânioFraturas de crânio Mielomeningocele rotaMielomeningocele rota Esplenectomia, asplenia, anemia falciformeEsplenectomia, asplenia, anemia falciforme Deficiências do sistema complementoDeficiências do sistema complemento Imunodeficiências adquiridasImunodeficiências adquiridas Deficiência de IgGDeficiência de IgG NeoplasiasNeoplasias Procedimentos neurocirúrgicosProcedimentos neurocirúrgicos

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PatogeniaPatogeniaRNRN

Transmissão perinatalTransmissão perinatal

Lactentes e criançasLactentes e criançasColonização da nasofaringeColonização da nasofaringeBacteremiaBacteremiaInvasão meníngeaInvasão meníngeaInflamação meníngeaInflamação meníngea

ContigüidadeContigüidade ( ( Staphylococcus...Staphylococcus... ) ) Sinusite, mastoidite, neurocirurgiaSinusite, mastoidite, neurocirurgia

Meningite bacteriana

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FisiopatologiaFisiopatologia

Vias aéreas superiores

Corrente sanguínea

Líquido cefalo-raquidiano

Inibição IgA secretória

↓↓ atividade ciliar

Bloqueio da ativação do

complemento

Adesividade

Ausência de Imunoglobulinas

Ausência de atividade do sistema complemento

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Fisiopatologia (SNC)Fisiopatologia (SNC)

Bactérias ou seus

produtosMediadores inflamatórios

Citocinas, IL-1 e FNT

Passagem leucócitos e albumina

Edema

Citotóxico Vasogênico Intersticial

Hipertensão intracraniana

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Quadro clínicoQuadro clínico Inicio súbito: Inicio súbito:

ChoqueChoque PúrpuraPúrpura CIVDCIVD Diminuição do nível de consciênciaDiminuição do nível de consciência

ComaComa ÓbitoÓbito Evolução em 24 horasEvolução em 24 horas Apresentação mais raraApresentação mais rara

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Quadro clínicoQuadro clínico

Início lentoInício lento Vários dias de febreVários dias de febre Sintomas de IVAS ou TGISintomas de IVAS ou TGI Sinais inespecíficos de infecção do SNCSinais inespecíficos de infecção do SNC

LetargiaLetargia Irritabilidade Irritabilidade

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Quadro clínicoQuadro clínico febre (50 % dos casos)febre (50 % dos casos) hipotermiahipotermia letargia / hipoatividadeletargia / hipoatividade recusa alimentarrecusa alimentar cefaléia (HIC)cefaléia (HIC) abaulamento da fontanela (HIC) (35% < 3m)abaulamento da fontanela (HIC) (35% < 3m) crises convulsivascrises convulsivas sinais focaissinais focais ataxiaataxia

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Quadro clínicoQuadro clínico alterações do nível de consciência (irritabilidade – coma)alterações do nível de consciência (irritabilidade – coma) fotofobiafotofobia déficit auditivodéficit auditivo manifestações cutâneas (petéquias, púrpuras ou manifestações cutâneas (petéquias, púrpuras ou

sufusões hemorrágicas)sufusões hemorrágicas) alterações respiratórias e cardio-circulatóriasalterações respiratórias e cardio-circulatórias CIVD / choqueCIVD / choque distúrbios metabólicosdistúrbios metabólicos disfunção de múltiplos órgãosdisfunção de múltiplos órgãos

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Sinais meníngeosSinais meníngeos

Rigidez de nucaRigidez de nuca

Kernig e BrudzinskiKernig e Brudzinski traduzem a inflamação dos nervos sensoriaistraduzem a inflamação dos nervos sensoriais surgimento geralmente tardiosurgimento geralmente tardio difíceis de pesquisar e muitas vezes ausentes em difíceis de pesquisar e muitas vezes ausentes em crianças pequenascrianças pequenas inespecíficos, principalmente em lactentes e crianças inespecíficos, principalmente em lactentes e crianças menoresmenores

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Limitação na elevação das pernas em relação Limitação na elevação das pernas em relação ao tronco, em decúbito dorsalao tronco, em decúbito dorsal

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Flexão dos MMII ao se fazer a flexão forçada Flexão dos MMII ao se fazer a flexão forçada ventral da cabeçaventral da cabeça

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Dor na face posterior do membro inferior, provocada pela Dor na face posterior do membro inferior, provocada pela flexão da coxa sobre a bacia, sendo a perna mantida em flexão da coxa sobre a bacia, sendo a perna mantida em

extensão pela mão do examinadorextensão pela mão do examinador

LasegueLasegue

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Resumindo...Resumindo... síndrome infecciosa: febre ou hipotermia, síndrome infecciosa: febre ou hipotermia,

anorexia, apatia e sintomas gerais de um anorexia, apatia e sintomas gerais de um processo infeccioso; processo infeccioso;

síndrome de irritação radicular com sinais síndrome de irritação radicular com sinais meníngeos característicos: rigidez de nuca, meníngeos característicos: rigidez de nuca, sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue; sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue;

síndrome de hipertensão intracraniana: cefaléia, síndrome de hipertensão intracraniana: cefaléia, vômitos sem relação com a alimentação, fundo vômitos sem relação com a alimentação, fundo de olho com edema de papila e, de olho com edema de papila e,

síndrome encefalítica: caracterizada por síndrome encefalítica: caracterizada por sonolência ou agitação, torpor, delírio e coma. sonolência ou agitação, torpor, delírio e coma.

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DiagnósticoDiagnóstico

Quadro clínicoQuadro clínico Exames “inespecíficos”Exames “inespecíficos”

• HemogramaHemograma• HemoculturaHemocultura• Glicemia Glicemia • EletrólitosEletrólitos• Osmolaridade sérica e urináriaOsmolaridade sérica e urinária

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Dosagem sérica de Dosagem sérica de procalcitonina procalcitonina (( nas M. bacterianas) nas M. bacterianas)

Nível de Nível de cortisolcortisol no LCR no LCR (( nas M. bacterianas) nas M. bacterianas)

Exames Diagnósticos das Meningites Bacterianas

J Pediatr. 2006, 149 (1):72-76 / Critical Care 2007,11:(2) (http://ccforum.com/content/11/2/R41)

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Exame de LCRExame de LCR

Quando puncionar ?Quando puncionar ?

Sempre que houver suspeita de meningite, desde Sempre que houver suspeita de meningite, desde que não exista contra-indicação.que não exista contra-indicação.

Positividade: 10:1Positividade: 10:1

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Lactentes< 3 meses

Fontanela abaulada

e/ousintomas

Sintomas específicos e

sinais clássicos

Quadro graveSepticêmico

PUNÇÃO

Pré-escolar e escolar

Farhat, CK; Infect. Pediátrica, 1998

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IMPORTANTEIMPORTANTE

A confirmação do diagnóstico é importante para A confirmação do diagnóstico é importante para otimização do tratamento das criançasotimização do tratamento das crianças

A introdução precoce do tratamento específico diminui A introdução precoce do tratamento específico diminui a morbi-mortalidadea morbi-mortalidade

A definição do diagnóstico influencia no tempo, tipo de A definição do diagnóstico influencia no tempo, tipo de tratamento e medidas de precaução e isolamentotratamento e medidas de precaução e isolamento

JAMA. 2007;297:52-60

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Contra-indicaçõesContra-indicações

infecção de pele no local da punçãoinfecção de pele no local da punção RN ou lactente com comprometimento cardio-RN ou lactente com comprometimento cardio-respiratóriorespiratório suspeita clínica de HIC (risco de herniação)suspeita clínica de HIC (risco de herniação) trombocitopeniatrombocitopenia

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LCRLCR aspecto aspecto pressãopressão citologiacitologia bioquímicabioquímica imunologiaimunologia bacterioscopiabacterioscopia culturacultura

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LCR – Valores normaisLCR – Valores normais

Recém-nascidosRecém-nascidos

Células – até 25/mm³ (~ 60% PMN)Células – até 25/mm³ (~ 60% PMN)

ProteínasProteínas

PT: 65 a 150 (média 115 mg/dl)PT: 65 a 150 (média 115 mg/dl)

Termo: 20 – 170 (média 90)Termo: 20 – 170 (média 90)

Glicose – 75% da glicemiaGlicose – 75% da glicemia

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LCR – Valores normaisLCR – Valores normais

Crianças maioresCrianças maiores

Células – até 5/mm³ (até 10??) Células – até 5/mm³ (até 10??)

100% LMN100% LMN

Proteínas – até 40/45 mg/dlProteínas – até 40/45 mg/dl

Glicose - 60% da glicemiaGlicose - 60% da glicemia

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LCR – diagnóstico diferencialLCR – diagnóstico diferencial

AgenteAgente BactériaBactéria VírusVírus Fungos e Fungos e

TbTb

CélulasCélulas 200 - 2000200 - 2000 < 500< 500 < 500< 500

MorfologiaMorfologia PMNPMN MMNMMN MMNMMN

ProteínasProteínas <100 mg%<100 mg% Normal Normal 100 a 300100 a 300

GlicoseGlicose Abaixo 30 Abaixo 30 mg/dlmg/dl

NormalNormal Abaixo 30 Abaixo 30 mg/dlmg/dl

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Diagnóstico etiológicoDiagnóstico etiológico

BacterioscopiaBacterioscopia diplococos gram-negativo (meningococo)diplococos gram-negativo (meningococo) bacilos ou coco-bacilos gram-negativo bacilos ou coco-bacilos gram-negativo (Haemophilus influenzae)(Haemophilus influenzae) cocos gram-positivo (pneumococo)cocos gram-positivo (pneumococo)

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DiagnósticoDiagnóstico etiológico etiológico Provas imunológicas: detecta antígeno Provas imunológicas: detecta antígeno bacterianobacteriano

ContraimunoeletroforeseContraimunoeletroforese Aglutinação pelo látexAglutinação pelo látex

CulturaCultura PCRPCR

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ESCORE NIGROVICESCORE NIGROVIC

Escore de classificaçãoEscore de classificação das meningites desenvolvido nos das meningites desenvolvido nos EUA com intuito de EUA com intuito de auxiliarauxiliar no diagnóstico no diagnóstico diferencialdiferencial das das meningites meningites bacterianasbacterianas e e viraisvirais no no primeiro atendimentoprimeiro atendimento

Objetivo: definir Objetivo: definir uso uso ou ou nãonão de de antibióticoantibiótico

Estudo retrospectivo (2001 a 2004)Estudo retrospectivo (2001 a 2004) Pacientes = 3295 (∆ 29d-19a)Pacientes = 3295 (∆ 29d-19a)

aplicação do escore anteriormente desenvolvidoaplicação do escore anteriormente desenvolvido

JAMA. 2007;297:52-60

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ESCORE NIGROVICESCORE NIGROVIC

VariáveisVariáveisPontosPontos

Presente Presente AusenteAusente

Bacterioscopia positivaBacterioscopia positiva 22 00

Proteína no LCR Proteína no LCR ≥ 80 mg/dl≥ 80 mg/dl 11 00

Neutrófilos totais no sangue ≥ 10000 Neutrófilos totais no sangue ≥ 10000 cels/mmcels/mm33

11 00

Convulsões antes ou na internaçãoConvulsões antes ou na internação 11 00

Neutrófilos totais no LCR Neutrófilos totais no LCR ≥ 1000 cels/mm≥ 1000 cels/mm33 11 00

Baixo risco = 0 / Risco intermediário = 1 / Alto risco ≥ 2 JAMA. 2007;297:52-60

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Baixo risco para meningite bacteriana:Baixo risco para meningite bacteriana: sem necessidade de internação e uso de ATBsem necessidade de internação e uso de ATB

Risco intermediário ou alto risco para Risco intermediário ou alto risco para meningite bacteriana ou < 2m:meningite bacteriana ou < 2m: necessários internação e uso de ATB necessários internação e uso de ATB

parenteralparenteral

ESCORE NIGROVICESCORE NIGROVIC

JAMA. 2007;297:52-60

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Dificuldade de não conseguir estabelecer o diagnóstico Dificuldade de não conseguir estabelecer o diagnóstico etiológico de meningite muitas vezes é decorrente da etiológico de meningite muitas vezes é decorrente da utilização prévia de antibióticos;utilização prévia de antibióticos;

Esterilização do líquor pode ocorrer rapidamente após o Esterilização do líquor pode ocorrer rapidamente após o início parenteral de antibióticos, com completa início parenteral de antibióticos, com completa esterilização do meningococo em 2 horas e do esterilização do meningococo em 2 horas e do pneumococo em 4 horas.pneumococo em 4 horas.

Kanegaye JT et al. Pediatrics 2001;108:1169-1174Kanegaye JT et al. Pediatrics 2001;108:1169-1174

Meningite Viral ou Bacteriana?

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TratamentoTratamento Precauções com gotículas – isolamento até 24 Precauções com gotículas – isolamento até 24

horas do início da antibioticoterapia (se ceftriaxona) horas do início da antibioticoterapia (se ceftriaxona) ((N. meningitidis, H. influenzaeN. meningitidis, H. influenzae e indeterminado) e indeterminado)

Medidas gerais Medidas gerais

Monitorização dos dados vitaisMonitorização dos dados vitais

CorticoterapiaCorticoterapia

Antibioticoterapia Antibioticoterapia

Page 44: Meningites na Infância Cristina Cardozo. Definição Processo inflamatório das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação

TratamentoTratamentoMedidas geraisMedidas gerais

SSIHADSSIHAD• Restrição hídrica (60 a 80 ml/kg/d)Restrição hídrica (60 a 80 ml/kg/d)

• Controle de eletrólitosControle de eletrólitos

• Monitorar diurese e osmolaridade urináriaMonitorar diurese e osmolaridade urinária

Monitorização e suporte hemodinâmicoMonitorização e suporte hemodinâmico• ChoqueChoque

• HICHIC

Controle das convulsões Controle das convulsões

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AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

início precoceinício precoce boa penetração SNCboa penetração SNC atividade bactericidaatividade bactericida baixa toxicidadebaixa toxicidade adequado ao perfil etiológico/idadeadequado ao perfil etiológico/idade

Page 46: Meningites na Infância Cristina Cardozo. Definição Processo inflamatório das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação

Tempo de Tratamento Tempo de Tratamento

- Meningococo - 4 a 10 dias- Meningococo - 4 a 10 dias

- Pneumococo – 10 a 14 diasPneumococo – 10 a 14 dias

- Haemophilus – 10 a 14 diasHaemophilus – 10 a 14 dias

- Neonatal – 14 a 21 diasNeonatal – 14 a 21 dias

- Abscesso – 21 a 60 dias - Abscesso – 21 a 60 dias

Page 47: Meningites na Infância Cristina Cardozo. Definição Processo inflamatório das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação

AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Período neonatalPeríodo neonatal

Cefalosporina 3ª geração (cefotaxima)Cefalosporina 3ª geração (cefotaxima)

++Ampicilina (Listeria sp e enterococos)Ampicilina (Listeria sp e enterococos)

Alternativa – Ampicilina + aminoglicosídeoAlternativa – Ampicilina + aminoglicosídeo

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AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Após o período neonatal (2m a 5 anos)Após o período neonatal (2m a 5 anos)

Cefalosporina 3ª geraçãoCefalosporina 3ª geração CeftriaxonaCeftriaxona CefotaximaCefotaxima

Esquema alternativoEsquema alternativo Ampicilina + cloranfenicolAmpicilina + cloranfenicol

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AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Crianças maiores de 5 anosCrianças maiores de 5 anos

Cefalosporina 3ª geraçãoCefalosporina 3ª geraçãoCeftriaxonaCeftriaxona CefotaximaCefotaxima

Penicilina cristalina ou Ampicilina se cultura Penicilina cristalina ou Ampicilina se cultura sensívelsensível

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AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Derivação de SNC ou TCEDerivação de SNC ou TCE

Ampicilina e VancomicinaAmpicilina e Vancomicina

Page 51: Meningites na Infância Cristina Cardozo. Definição Processo inflamatório das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, conseqüente à ação

Uso de corticóidesUso de corticóides

reduz a resposta inflamatória após a lise bacterianareduz a resposta inflamatória após a lise bacteriana reduz a liberação de citocinasreduz a liberação de citocinas reduz o edema cerebralreduz o edema cerebral reduz HICreduz HIC primeira dose 15 a 30 minutos antes do início da primeira dose 15 a 30 minutos antes do início da antibioticoterapia antibioticoterapia melhora o fluxo sanguíneo cerebralmelhora o fluxo sanguíneo cerebral febre e seqüelas neurológicasfebre e seqüelas neurológicas reduz seqüelas neurológicas (surdez)reduz seqüelas neurológicas (surdez)

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Uso de corticóidesUso de corticóides

Indicação formal nos casos confirmados de Indicação formal nos casos confirmados de meningite bacterianameningite bacteriana

dexametasonadexametasona dose 0,15 mg/kg a cada 6 h por 4 diasdose 0,15 mg/kg a cada 6 h por 4 dias dose 0,8 mg/kg/dia de 12/12 hs por 2 dias)dose 0,8 mg/kg/dia de 12/12 hs por 2 dias)

iniciar antes do antibióticoiniciar antes do antibiótico

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Tratamento das convulsõesTratamento das convulsões

diagnóstico e tratamento concomitantes diagnóstico e tratamento concomitantes posicionamentoposicionamento manutenção da via aéreamanutenção da via aérea oxigenioterapiaoxigenioterapia acesso venosoacesso venoso coleta de examescoleta de exames

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Drogas anticonvulsivantesDrogas anticonvulsivantes

BenzodiazepínicosBenzodiazepínicos DiazepamDiazepam 0,3 mg/kg EV, IM ou 0,5 mg/kg VR0,3 mg/kg EV, IM ou 0,5 mg/kg VR dose máxima 10 mgdose máxima 10 mg início de ação 2 a 3 min. início de ação 2 a 3 min. repetir a cada 5 a 10 min (2 vezes)repetir a cada 5 a 10 min (2 vezes) duração de ação 5-15 minduração de ação 5-15 min risco de depressão respiratóriarisco de depressão respiratória

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Drogas anticonvulsivantesDrogas anticonvulsivantes

MidazolamMidazolam 0,15 a 0,2 mg/kg EV, IM, IO 0,15 a 0,2 mg/kg EV, IM, IO dose máxima 5 mgdose máxima 5 mg início de ação 1 a 5 mininício de ação 1 a 5 min repetir a cada 5 a 10 min ???repetir a cada 5 a 10 min ??? duração de ação – 1 a 5 hduração de ação – 1 a 5 h menor risco de depressão respiratóriamenor risco de depressão respiratória

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Drogas anticonvulsivantesDrogas anticonvulsivantes

FenitoínaFenitoína dose 15 a 20 mg/kg EV IOdose 15 a 20 mg/kg EV IO dose máxima 1000 mgdose máxima 1000 mg início de ação 10 a 30 mininício de ação 10 a 30 min duração da ação 12 a 24 hduração da ação 12 a 24 h droga de escolha para manutenção após o droga de escolha para manutenção após o uso inicial de benzodiazepínicosuso inicial de benzodiazepínicos risco de arritmias e hipotensãorisco de arritmias e hipotensão

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Drogas anticonvulsivantesDrogas anticonvulsivantes

FenobarbitalFenobarbital dose 20 mg/kg EV ou IM (em RN até 40 mg/kg)dose 20 mg/kg EV ou IM (em RN até 40 mg/kg) dose máxima 400 mgdose máxima 400 mg início de ação 10 a 20 mininício de ação 10 a 20 min duração de ação ~24 hduração de ação ~24 h droga de escolha para uso em RN droga de escolha para uso em RN depressão respiratória, hipotensão, coma depressão respiratória, hipotensão, coma barbitúricobarbitúrico

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Drogas anticonvulsivantesDrogas anticonvulsivantes

Tiopental sódicoTiopental sódico dose ataque 3 a 5 mg/kgdose ataque 3 a 5 mg/kg manutenção inicial 10 manutenção inicial 10 μμg/kg/min com aumento g/kg/min com aumento progressivo até controle da criseprogressivo até controle da crise utilizar nos pacientes que não respondem aos utilizar nos pacientes que não respondem aos medicamentos anterioresmedicamentos anteriores utilizar em UTI utilizar em UTI

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Abordagem da crise epiléptica

DiazepamRepetir até 2 vezes

Midazolam Repetir ??

Crise não cessam ou há risco de recidiva

FenitoínaRepetir até 2 vezes

Fenobarbital sódico

Midazolam contínuo

Tiopental sódico

OU

OU

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ComplicaçõesComplicações SSIHADSSIHAD ConvulsõesConvulsões Febre prolongadaFebre prolongada ChoqueChoque Aumento da pressão intra-cranianaAumento da pressão intra-craniana Empiema subduralEmpiema subdural ArtriteArtrite OsteomieliteOsteomielite EndocarditeEndocardite

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Sequelas Sequelas

Dificuldades na falaDificuldades na fala Surdez neurossensorialSurdez neurossensorial Retardo mentalRetardo mental Déficits motoresDéficits motores Convulsões permanentesConvulsões permanentes Alterações visuaisAlterações visuais Hidrocefalia obstrutivaHidrocefalia obstrutiva Distúrbios de comportamentoDistúrbios de comportamento

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Repetir punção lombar Repetir punção lombar

- liquor inicial normal- liquor inicial normal

- sem melhora em 48 hs- sem melhora em 48 hs

- bactérias incomuns- bactérias incomuns

- recém-nascidos- recém-nascidos

- piora clínica- piora clínica

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Quimioprofilaxia Quimioprofilaxia

Meningococo e HemófilosMeningococo e Hemófilos Contatos domiciliares, creches, escolas, Contatos domiciliares, creches, escolas,

crianças que permaneceram no mesmo crianças que permaneceram no mesmo ambiente e adultos com contato íntimoambiente e adultos com contato íntimo

Hemófilos: rifampicina 20 mg/kg - 1 vez ao dia por Hemófilos: rifampicina 20 mg/kg - 1 vez ao dia por 4 dias4 dias

Meningococo: rifampicina: 10 mg/k/dose - 2 vezes Meningococo: rifampicina: 10 mg/k/dose - 2 vezes ao dia por 2 diasao dia por 2 dias

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ImunoprofilaxiaImunoprofilaxia(Vacinas)(Vacinas)

- Anti - - Anti - H. influenzaeH. influenzae (HiB) (HiB)

- Anti - pneumocócica- Anti - pneumocócica

- Anti - meningocócica - Anti - meningocócica

Meningite bacterianaMeningite bacteriana

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Meningoencefalite viralMeningoencefalite viral Processo inflamatório agudo envolvendo as Processo inflamatório agudo envolvendo as

meninges e o tecido cerebralmeninges e o tecido cerebral

Relativamente comunsRelativamente comuns

Faixa etária de maior risco: menores de 5 anosFaixa etária de maior risco: menores de 5 anos

Causadas por inúmeros vírusCausadas por inúmeros vírus

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Epidemiologia Epidemiologia

No Brasil, em média, são notificados 11.500 No Brasil, em média, são notificados 11.500 casos/ano de meningite de provável etiologia casos/ano de meningite de provável etiologia viral viral

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Meningites Meningites

• EnterovírusEnterovírus- Echovírus- Echovírus- Poliovírus- Poliovírus- Coxsakie- Coxsakie

• Herpes simples 1 e 2Herpes simples 1 e 2• Varicella-zosterVaricella-zoster• EBVEBV• AdenovírusAdenovírus• CaxumbaCaxumba• HIVHIV

EncefalitesEncefalites• TogavírusTogavírus• BunyavírusBunyavírus• ArenovírusArenovírus• RaivaRaiva• Herpes simples 1 e 2Herpes simples 1 e 2 • Varicella zosterVaricella zoster• EnterovírusEnterovírus• CMVCMV• Pós infecciosa: Pós infecciosa: sarampo, sarampo,

caxumba, vírus influenza, caxumba, vírus influenza, varicelavaricela

AGENTES VIRAISAGENTES VIRAIS

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Transmissão Transmissão

pessoa a pessoapessoa a pessoa varia de acordo com o agente etiológicovaria de acordo com o agente etiológico fecal-oral, no caso dos enterovírus.fecal-oral, no caso dos enterovírus.

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Evolução Evolução Normalmente benigna e autolimitadaNormalmente benigna e autolimitada Podem ocorrer seqüelas Podem ocorrer seqüelas

retardo mentalretardo mental SurdezSurdez Convulsões Convulsões Perdas motoras ou sensoriais Perdas motoras ou sensoriais

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TratamentoTratamento

SuporteSuporte antitérmicos (paracetamol, dipirona)antitérmicos (paracetamol, dipirona) antieméticos (metoclopramida)antieméticos (metoclopramida) cabeceira elevada a 30ºcabeceira elevada a 30º sonda nasogástrica para hidratação sonda nasogástrica para hidratação

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TratamentoTratamento

Internamento Internamento Pode ser discutido observação em casa Pode ser discutido observação em casa

em casos levesem casos leves Nos casos de herpes vírus pode ser utilizado Nos casos de herpes vírus pode ser utilizado

o aciclovir (10 mg/kg/dose 8/8 horas, por 14 a o aciclovir (10 mg/kg/dose 8/8 horas, por 14 a 21 dias)21 dias)

Ganciclovir para CMVGanciclovir para CMV

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