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Vigilância das meningites e doença meningocócica

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Vigilância das meningites e doença meningocócica. Quais são os principais agentes etiológicos da meningite?. Etiologia das meningites – Brasil 2007-2012. Etiologia das meningites bacterianas – Brasil – 2007-2012. Etiologia das meningites virais. Meningites - Definição de caso. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Vigilância das meningites e doença meningocócica

Page 2: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Quais são os principais agentes etiológicos

da meningite?

Page 3: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Etiologia das meningites – Brasil 2007-2012

Etiologia <1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15-19 20-39 40-59 60-69 70 e + Total

Viral ou asséptica 7444 15119 14884 6638 2838 8640 3582 698 571 60493

Bacteriana 6957 7073 5509 3806 2761 7595 6180 1784 1260 43000

MNE 3571 3535 3651 2205 1398 4464 2809 691 516 22875

MOE 148 122 153 146 117 2047 1434 185 72 4427

MTBC 80 108 80 54 69 869 559 82 55 1959

Total 18675 26631 24997 13233 7395 24231 14929 3505 2521 136314

Page 4: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Etiologia das meningites bacterianas – Brasil – 2007-2012

<1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15-19 20-39 40-59 60 e + 70 e + Total

MCC 711 1333 876 476 302 612 380 76 71 4841

MM 838 1056 825 714 678 1220 709 136 94 6280

MM+MCC 481 1167 873 649 439 859 425 55 39 4992

total Nmen 2030 3556 2574 1839 1419 2691 1514 267 204 16113

MB 3537 2616 2382 1502 1024 3528 3111 1058 776 19576

MP 1131 717 483 418 295 1289 1494 443 270 6553

MH 259 184 70 47 23 87 61 16 10 759

total 6957 7073 5509 3806 2761 7595 6180 1784 1260 43000

Page 5: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Etiologia das meningites virais

Page 6: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Meningites - Definição de caso

• Caso SuspeitoCaso Suspeito

• Crianças Crianças acima de 1 anoacima de 1 ano e e adultosadultos com febre, com febre, cefaléia intensa, vômitos em jato, rigidez da nuca, cefaléia intensa, vômitos em jato, rigidez da nuca, sinais de sinais de irritação meníngea (Kernig, Brudzinskiirritação meníngea (Kernig, Brudzinski), ), convulsões e/ou convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo.manchas vermelhas no corpo.

• Em Em crianças abaixo de um ano de idadecrianças abaixo de um ano de idade, os sintomas , os sintomas não são evidentes. É importante considerar sinais de não são evidentes. É importante considerar sinais de irritabilidade,irritabilidade, como como chorochoro persistente, e verificar persistente, e verificar abaulamento de fontanelaabaulamento de fontanela..

Page 7: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Caso suspeito

Notificação imediata

Investigação imediata

Assistência ao caso

1. Internação em quarto privativo (24h)2. Higiene e antissepsia das mãos3. Uso de máscara tipo cirúrgica4. Práticas de biossegurança (precaução por gotículas)

1. Antibioticoterapia venosa2. Hidratação venosa3. Monitoração sinais vitais4. Punção lombar5. Hemocultura

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Page 9: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Investigação Laboratorial: Bacterioscopia e Citoquímica do Líquor

Gram:

Diplococos Gram (-): N. meningitidis

Bacilos Gram (-) : H. influenzae b? Diplococos Gram (+): Pneumococo?

Líquor normalCélulas (mm3): 0-4 Proteína total (mg%): 13-25 Glicose (mg%): 50-80Cloretos (mg%): 680-750

Page 10: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Investigação Laboratorial: Exames específicos do Líquor e sangue

Aglutinação pelo Latex – detecção do antígeno em LCR, soro, outros fluidos. Sensibilidade 80% para meningococo (maior para outras bactérias) e especificidade 97%

Contra-imunoeletroforese – precipitação do Ag-Ac em LCR, soro, outros fluidos. Sensibilidade de 60-70% para meningococo (90% H. Infl) e especificidade de 90%

Cultura – alto grau de especificidade, sensibilidade moderada a baixa

Obs: meningites virais: 83,3% confirmados por citoquímica, 8,9% pela clínica e apenas 1,9% por

isolamento viral.

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Page 12: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Meningites - Definição de caso

Caso ConfirmadoCaso Confirmado

• caso suspeito + exames específicos:

cultura, CIE, latex

• caso suspeito + vinculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente

• caso suspeito + exames inespecíficos

bacterioscopia, quimiocitológico

• caso suspeito + evolução clinica compatível

Page 13: Vigilância das meningites e doença meningocócica

• Meningites bacterianas de etiologia determinada: Cultura Líquor > Hemocultura ou outros materiais >

CIE líquor > CIE sangue >

Látex líquor > látex soro >

Bacterioscopia liquor > bacterioscopia sufusão hemorrágica>

necropsia

• Meningites bacterianas não determinadas Necropsia > citoquímica liquor > epidemiológico > clínico

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Page 15: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Caso suspeito

Notificação imediata

Investigação imediata

Assistência ao caso

Infecção meningoc ou Haemophilus

Caso confirmado

Identificar contatos íntimos

Medidas coletivas:Controle e prevenção

Quimioprofilaxia

• Pessoas que residem com o paciente (domiciliar ou institucional)

• Não residem, mas:

passaram mínimo de 4 horas diárias nos últimos 7 dias ou 8 horas consecutivas pelo menos um dia

tiveram contato íntimo (beijo, reanimação, secreções)

contato de sala de aula com 2 ou mais casos

Page 16: Vigilância das meningites e doença meningocócica

QuimioprofilaxiaQuimioprofilaxia

• Droga de escolha: RIFAMPICINA Droga de escolha: RIFAMPICINA

• Objetivo: eliminar a bactéria da nasofaringe dos portadoresObjetivo: eliminar a bactéria da nasofaringe dos portadores• Início: idealmente Início: idealmente logo apóslogo após a exposição (no máximo em 48h). a exposição (no máximo em 48h).• Eficácia da quimioprofilaxia: 90 – 95%Eficácia da quimioprofilaxia: 90 – 95%• Vigilância contatos por 10 diasVigilância contatos por 10 dias

Adultos: 600 mg – 12/12h – por 2 diasAdultos: 600 mg – 12/12h – por 2 dias

Crianças: 1 mês – 10 anos – 10 mg/Kg/dose – 12/12 h – por 2 diasCrianças: 1 mês – 10 anos – 10 mg/Kg/dose – 12/12 h – por 2 dias

RN: 5 mg/kg/dose – durante 2 dias RN: 5 mg/kg/dose – durante 2 dias

Page 17: Vigilância das meningites e doença meningocócica

• Quando considero que está havendo um surto?

• Quais as medidas de prevenção e controle nesta situação para evitar epidemias?

Page 18: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Definição de surto

• Cálculo da taxa primária de ataque:

N casos primários (3 meses)

População sob risco

X 100.000

Taxa primária de ataque >= 10/100.000 pessoas

Page 19: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Medidas de bloqueio:Critérios para vacinação

• A vacinação para bloqueio esta indicada quando:surto de doença meningocócicasorogrupo responsável definidovacina eficaz disponível.

• A estratégia de vacinação (abrangente ou seletiva):análise epidemiológicacaracterísticas da população (faixa etária, etc.)área geográfica de ocorrência dos casos.

Apos a vacinação, são necessários 7 a 10 dias para a obtenção de títulos protetores de anticorpos. Casos ocorridos neste período não devem ser considerados falhas da vacinação.

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Page 21: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Vacinas contra meningite

• PRIMEIRAS VACINAS POLISSACARÍDICAS

• Proteção de curta duração (máximo 3 anos)

• Não-erradicação germe na orofaringe (estado de portador)

• Eficácia em crianças maiores e adultos, mas imunogenicidade restrita em crianças pequenas

• Para sorogrupo B, possibilidade de resposta auto-imune

• VACINAS CONJUGADAS

• Imunidade prolongada• Possibilidade de uso em menores de 2 anos• Redução do estado de portador• Disponibilidade no calendário do MS:• H. influenza, pneumococo e meningococo C

Page 22: Vigilância das meningites e doença meningocócica

• E quando posso definir epidemia?

Page 23: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Meningites - Conceito de epidemia

Diagrama de controle: distribuição das medidas de incidência mensal média da doença e a faixa endêmica da doença (que é o espaço entre o limite superior e inferior), limite superior

- limiar epidêmico

Page 24: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Como calcular o nível endêmico de uma doençae diagnosticar a ocorrência de uma epidemia:

Diagrama de controle

• Verificar a distribuição do número de casos/incidência da doença, registrado mensalmente• • excluir os dados referentes a anos epidêmicos;• • calcular a média aritmética e os desvios-padrão • • acrescentar aos valores correspondentes à média:• mais 1,96 desvios-padrão – limite superior• menos 1,96 desvio-padrão – limite inferior• Entre os limites: nível endêmico da doença, ou seja, o limite de variação esperada para cada mês;

• Observar os valores observados do período estudado – se ultrapassam os do limite máximo da variação esperada, diz-se que está ocorrendo uma epidemia.

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Page 25: Vigilância das meningites e doença meningocócica

Bibliografia• Azevedo LCP et al. Bacterial Meningitis in Brazil: Baseline Epidemiologic

Assessment of the Decade Prior to the Introduction of Pneumococcal and Meningococcal Vaccines. PLOS ONE 2013; 8(6):e64524.

• Nádia Stella-Silva N1, Oliveira AS, Marzochi KB. Doença meningocócica: comparação entre formas clínicas. Rev Soc Bras Med Trop 2007; 40(3): 304-10.