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MEMORIAL JUSTIFICATIVO DE IMPACTO SOBRE O MEIO AMBIENTE EMPREENDIMENTO: HOTEL E EMPRESARIAL EMPREENDEDOR: Rio Ave Investimentos Ltda PROCESSO: 07.00268.0.12

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  • MEMORIAL JUSTIFICATIVO DE IMPACTO

    SOBRE O MEIO AMBIENTE

    EMPREENDIMENTO: HOTEL E EMPRESARIAL

    EMPREENDEDOR: Rio Ave Investimentos Ltda PROCESSO: 07.00268.0.12

  • INTRODUO O presente Memorial Justificativo de Impacto foi elaborado de acordo com a

    resoluo 03/96 da Secretaria de Planejamento Urbano e Ambiental e do

    Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife, os quais estabelecem

    o contedo necessrio a ser abordado no presente estudo relacionado proposta

    de instalao do novo empreendimento, no caso o Hotel e Empresarial,

    considerado de impacto segundo a Lei 16.176/96. Neste sentido, o referido

    documento contm a descrio dos seguintes itens a serem analisados,

    juntamente com os anexos, pelos rgos competentes:

    Informaes Gerais;

    Caracterizao do Empreendimento;

    Meio Ambiente;

    Infraestrutura;

    Impactos Ambientais;

    Concluso.

  • 1. INFORMAES GERAIS 1.1 Identificao do Empreendimento Empreendimento de uso no habitacional, a ser construdo no lote 5B situado

    Rua Professor Alosio Pessoa de Arajo, inserido na quadra S no bairro de Boa

    Viagem, nesta cidade.

    1.2 Empreendedor Rio Ave Investimentos Ltda. 1.3 Responsvel Tcnico Carla Manuela Pontes Taveira

    Biloga

    Especialista em Gesto e Controle Ambiental

    CRBIO: 67.225/05 D-PE

    N Cadastro Tcnico Federal IBAMA: 2073720

    Fone: 8763-4050 / 9848-1069

  • 2. CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO 2.1 Caractersticas do Projeto O projeto do empreendimento em questo tem como propsito implantar um

    edifcio com a finalidade comercial e hoteleira, composto por 03 blocos (01 hotel

    com 162 (cento e sessenta e duas) quartos, 01 empresarial com 85 (oitenta e

    cinco) salas comerciais, 01 edifcio garagem com 346 (trezentos e quarenta e seis)

    vagas de garagem. O empreendimento ainda conta no trreo com 01 (uma) loja. O

    hotel possui: trreo, vazado, 1 ao 10 pavimento. O empresarial possui: trreo,

    vazado, 1 ao 5 pavimento, 6 ao 15 pavimento tipo e tico. O edifcio garagem

    possui: trreo e 1 ao 5 pavimento.

    A seguir estaro descritas as caractersticas detalhadas de cada pavimento do

    empreendimento.

    PAVIMENTO TRREO: Ser constitudo de uma rea para circulao de autos,

    02 (duas) vagas para estacionamento de veculos passeio, acesso de veculos ao

    pavimento vazado, local para medidores, subestao, gerador, 02 (dois)

    elevadores e 01 (uma) loja comercial. O Empresarial ser constitudo de guarita

    com WC, local para lixo, hall, circulao social, hall dos elevadores, circulao,

    segurana, caixa, 04 (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia, casa

    de bombas. O Hotel ser constitudo de local para lixo e gs, rea de carga e

    descarga, guarita com WC, triagem, circulaes de servio, cmara fria, rouparia,

    03 (trs) escadas, 02 (duas) escadas de emergncia, manuteno, almoxarifado,

    copa, coordenao de eventos, foyer, depsito, 04 (quatro) salas e 04 (quatro)

    sales para eventos, setor administrativo, secretaria, gerncia, CPD, recepo, 02

    (dois) estars, hall, hall de servio, maleiro, circulao, bar lobby, 02 (dois) WCs,

    hall dos elevadores, 03 (trs) elevadores.

    VAZADO: Ser constitudo de rampas de acessos de autos interligando o Vazado

    ao 1 Pavimento e ao Trreo, 03 (trs) escadas (sendo 01 de emergncia), 03

  • (trs) elevadores, hall dos elevadores, hall de servio, circulao de servio, 38

    (trinta e oito) vagas para estacionamento de veculos passeio, local para gerador,

    depsito, guarita e sala. O Empresarial ser constitudo de copa, circulao,

    vestirio masculino, vestirio feminino, sala, sala de telefonia, antecmara e 01

    (uma) escada de emergncia. O Hotel ser constitudo de salo, 03 (trs)

    escadas, sendo 01 (uma) de emergncia, hall dos elevadores, hall de servio,

    circulao, WC feminino e WC masculino, 02 (dois) depsitos, 03 (trs)

    elevadores, circulao de servio, cozinha, vestirio feminino e vestirio

    masculino, refeitrio dos funcionrios e terrao coberto.

    1 AO 4 PAVIMENTO: Sero constitudos de rampas de acessos de autos que

    interligam do 1 ao 4 Pavimentos de garagem e o trreo, 61 (sessenta e uma)

    vagas de garagem por pavimento, 02 escadas (sendo 01 de emergncia), 02

    (dois) elevadores, hall dos elevadores e depsito. O Empresarial ser constitudo

    de 05 (cinco) salas comerciais 04 (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de

    emergncia, antecmara, by pass, rea tcninca, hall dos elevadores e circulao.

    O Hotel ser constitudo de 18 (dezoito) quartos, circulao, hall social, hall de

    servio, 03 (trs) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia e rouparia.

    5 PAVIMENTO: Ser constitudo de rampas de acessos de autos que interligam o

    5 Pavimentos de garagem ao 4 Pavimento de garagem, 61 (sessenta e uma)

    vagas de garagem por pavimento, 02 escadas (sendo 01 de emergncia), 02

    (dois) elevadores, hall dos elevadores e depsito. O Empresarial ser constitudo

    de 05 (cinco) salas comerciais, 04 (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de

    emergncia, antecmara, by pass, rea tcninca, hall dos elevadores e circulao.

    O Hotel ser constitudo de 18 (dezoito) quartos, circulao, hall social, hall de

    servio, 03 (trs) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia e rouparia.

    6 AO 9 PAVIMENTO: O Empresarial ser constitudo de 06 (seis) salas

    comerciais, 04 (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia, antecmara,

    by pass, rea tcninca, hall dos elevadores e circulao. O Hotel ser constitudo

  • de 18 (dezoito) quartos, circulao, hall social, hall de servio, 03 (trs)

    elevadores, 01 (uma) escada de emergncia e rouparia.

    10 PAVIMENTO: O Empresarial ser constitudo de 06 (seis) salas comerciais, 04

    (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia, antecmara, by pass, rea

    tcninca, hall dos elevadores e circulao. O Hotel ser constitudo de hall social,

    hall de servio, 03 (trs) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia, depsito,

    WC feminino e masculino, sauna, bar, depsito, terrao coberto, academia, terrao

    descoberto, deck e piscina.

    11 AO 15 PAVIMENTO: O Empresarial ser constitudo de 06 (seis) salas

    comerciais, 04 (quatro) elevadores, 01 (uma) escada de emergncia, antecmara,

    by pass, rea tcninca, hall dos elevadores e circulao.

    TICO: Ser constitudo por casa de mquinas, mesa do motor, 01 escada de

    emergncia e reservatrio superior de gua.

    DESCRIO DAS UNIDADES:

    Unidade rea

    Privativa Acessria rea

    Comum rea Total Frao Hotel 8.346,44 275,00 2.497,24 11.118,68 0,478766526

    Sala 101 a 901 51,69 40,01 24,38 116,08 0,004674473 Sala 102 a 1502 59,12 40,01 26,55 125,68 0,005090393

    Sala 103 a 1503 e 104 a 1504

    45,14 40,01 22,47 107,62 0,004307814

    Sala 105 a 505 57,94 40,00 26,20 124,14 0,005023778 Sala 605 a 1505 103,86 51,01 42,02 196,89 0,008056692 Sala 606 a 1506 81,54 40,00 33,09 154,63 0,00634487 Sala 1001 a 1501 46,71 40,00 22,93 109,63 0,00439514

    Loja 256,10 1.518,00 407,20 2.181,30 0,078067578 QUADRO 1: Descrio das Unidades

    FONTE: Quadro de reas da ABNT

  • REA DO TERRENO 4.483,57 m

    SOLO NATURAL (25%) 1.120,97m

    HOTEL 7.925,43 m

    EMPRESARIAL 6.550,64 m

    LOJA 252,67 m

    ESTACIONAMENTO 7.226,99 m

    COBERTA 3.095,15 m

    REA TOTAL DE CONSTRUO 21.955,73 m

    QUADRO 2: REAS DO EMPREENDIMENTO FONTE: Projeto de Arquitetura

    2.2 Principais acessos ao Empreendimento O projeto prev como principais acessos ao empreendimento as seguintes

    situaes:

    Acesso Servio: Avenida Engenheiro Domingos Ferreira;

    Acesso de Pedestres - Loja: Avenida Engenheiro Domingos Ferreira;

    Acesso de Pedestres Hotel: Rua Professor Alosio Pessoa de Arajo;

    Acesso de Pedestres Empresarial: Rua Professor Alosio Pessoa de

    Arajo;

    Acesso de Veculos Estacionamento: Rua Professor Alosio Pessoa de

    Arajo;

    Ainda, conforme levantamento topogrfico realizado na rea, o terreno no

    encontra-se em rea de risco, no possui declividade acentuada ou alagada, nem

    logradouro pblico.

    Por fim, embora o projeto considere a implantao de dois tipos distintos de

    empreendimentos num mesmo lote, caracterizando a atividade pleiteada como de

    uso no habitacional, necessrio ressaltar que os acessos aos referidos

    imveis sero totalmente independentes, no havendo relao alguma entre

    ambos.

  • 3. LEGISLAO APLICVEL

    Tendo em vista a necessidade de atender legislaes municipais vigentes, assim

    como outras leis e resolues federais, evidenciaremos ao longo de todo estudo,

    em especial nesse captulo, a legislao que dever ser aplicada na anlise da

    adequao do empreendimento as suas caractersticas tcnicas de infraestrutura

    e meio ambiente.

    Lei Municipal

    Lei 16.292/97 Lei de Edificaes

    Com o propsito de atender as necessidades dos portadores de deficincia, o

    projeto do empreendimento em questo foi concebido considerando tais

    circunstncias, sempre se baseando na legislao vigente.

    Artigo 71 2 da mesma lei: So consideradas acessveis todas as edificaes

    onde se fizer necessria a adequao, atravs de medidas que possibilitem a

    utilizao, por parte dos deficientes, de todos os espaos e compartimentos, sem

    prejuzo do cumprimento das condies de acesso a espaos comuns.

    Lei 16.176/96 Uso e Ocupao do Solo

    No que se refere ao atendimento do empreendimento aos parmetros da LUOS,

    destacamos alguns itens tais como os seguintes artigos desta lei:

    Art. 2 - As disposies desta Lei aplicam-se s obras de infra-estrutura,

    urbanizao, reurbanizao, construo, reconstruo, reforma e ampliao de

    edificaes, instalao de usos e atividades, inclusive aprovao de projetos,

    concesso de licenas de construo, de alvars de localizao e de

    funcionamento, habite-se, aceite-se e certides.

  • Art. 35 - Para fins desta Lei, os usos urbanos classificam-se nas seguintes categorias:

    I - habitacional;

    II - no-habitacional;

    III - misto.

    Art.122 - A inobservncia das disposies estabelecidas nesta Lei e respectivos

    Anexos ensejar a aplicao das seguintes penalidades:

    I - multa;

    II - interdio da atividade;

    III - embargo da obra;

    IV - demolio da obra ou da edificao.

    Pargrafo nico - A aplicao das penalidades far-se- de acordo com as

    condies estabelecidas na legislao aplicvel espcie.

    Sendo assim, para que todo e qualquer projeto tenha condies de ser aprovado

    pela prefeitura do Recife, o mesmo precisa estar de acordo com os parmetros

    determinados por esta lei, tal como o caso do projeto do empreendimento em

    questo.

    Lei 17.511/2008 Plano Diretor do Recife

    Considerando agora o Plano Diretor do Municpio de Recife em vigor desde 29 de

    dezembro de 2008, citaremos alguns dos seus artigos que justificam a

    consonncia da implantao do empreendimento em questo com as

    determinaes da referida lei.

    Art 1 - Em atendimento ao disposto no art. 182, 1 da Constituio Federal, ao

    art. 104 da Lei Orgnica do Municpio do Recife e s disposies constantes da

    Lei Federal n 10.257 Estatuto da Cidade, de 10 de julho de 2001, a poltica de

  • gesto urbana do Municpio do Recife ser regulada de acordo com este plano

    diretor.

    Art. 3 A funo social da cidade do Recife corresponde ao direito de todos ao

    acesso terra urbana, moradia, ao saneamento ambiental, ao transporte,

    sade, educao, assistncia social, segurana pblica, ao lazer, ao trabalho

    e renda, bem como a espaos pblicos, equipamentos, infra-estrutura e servios

    urbanos, ao patrimnio ambiental e histrico-cultural da cidade.

    Art. 5 A sustentabilidade urbana entendida como o desenvolvimento local

    equilibrado nas dimenses social, econmica e ambiental, embasado nos valores

    culturais, no fortalecimento poltico-institucional, integrando polticas pblicas,

    orientado para a melhoria contnua da qualidade de vida das geraes presentes e

    futuras, apoiando-se:

    I - na promoo da cidadania, justia social e incluso social;

    II - na valorizao e requalificao dos espaos pblicos, da habitabilidade e da

    acessibilidade para todos;

    III - na ampliao das oportunidades atravs do trabalho, da educao e da

    cultura;

    IV - na melhoria da qualidade de vida na promoo da sade pblica e do

    saneamento bsico e ambiental;

    V - na recuperao, proteo, conservao e preservao dos ambientes natural e

    construdo, incluindo-se o patrimnio cultural, histrico, artstico e paisagstico;

    VI - na potencializao da criatividade e do empreendedorismo para o

    desenvolvimento da economia, da cultura, do turismo, do lazer e dos esportes;

  • VII - na participao da sociedade civil nos processos de deciso, planejamento,

    gesto e controle social;

    VIII - na ampliao, manuteno e readequao da infra-estrutura urbana e dos

    servios pblicos;

    IX - no incentivo ao desenvolvimento das atividades econmicas geradoras de

    emprego, garantia do trabalho e renda;

    X - no incentivo e fomento atividade econmica de forma articulada com os

    demais municpios da Regio Metropolitana; e,

    XI - no incentivo ao desenvolvimento de atividades de carter ecosocioambiental,

    que geram empregos e produzem riquezas de forma limpa.

    Art. 68. As polticas pblicas para a promoo da acessibilidade urbana tm como

    principais objetivos:

    I - eliminar as barreiras e obstculos existentes e coibir o surgimento de novas

    barreiras ou obstculos nas vias, espaos e edificaes de uso pblico ou coletivo,

    assim como nos meios de transporte e nos sistemas de comunicao e

    informao, que impeam ou dificultem a utilizao de tais bens e servios por

    todas as pessoas, em especial pelas pessoas com deficincia ou com mobilidade

    reduzida;

    II - garantir que os espaos pblicos, edificaes, equipamentos, mobilirio e

    elementos urbanos, assim como os meios de transporte e os sistemas de

    comunicao e informao sejam ou se tornem acessveis a todas as pessoas, em

    especial s pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida;

    III - assegurar a equiparao de oportunidades entre os cidados, respeitadas as

  • suas diferenas e caractersticas antropomtricas e sensoriais, para que todas as

    pessoas possam ter acesso e usufruir, de forma igualitria, das funes sociais da

    cidade e da propriedade urbana, assim como dos servios pblicos.

    No caso do empreendimento em questo, o mesmo foi planejado atendendo a

    acessibilidade necessria para os portadores de necessidades especiais, sejam

    eles funcionrios, hspedes, clientes ou visitantes do prdio.

    Por fim, com relao a diviso territorial da cidade, o artigo 93 da mesma lei trata

    do seu zoneamento:

    Art. 93. O zoneamento da cidade divide as duas macrozonas em 3 (trs) Zonas de

    Ambiente Construdo - ZAC, com ocupaes diferenciadas, e 4 (quatro) Zonas de

    Ambiente Natural - ZAN, delimitadas segundo os principais cursos e corpos

    d'gua, definidos nesta lei e nos mapas e descritivos constante nos anexos da

    mesma lei.

    No caso do empreendimento em questo, o mesmo encontra-se inserido na ZAC

    Controlada I, fazendo parte ainda da ZAN Tejipi, conforme melhor visto mais

    adiante.

    Lei 16.243/96 Cdigo do Meio Ambiente e do Equilbrio Ecolgico da Cidade

    do Recife

    Art 12 - O solo e subsolo devem ser preservados em suas caractersticas prprias;

    as alteraes de suas caractersticas em geral, a poluio e a impermeabilizao

    em particular, devem ser objeto de controle partilhado efetivamente pelo Poder

    Pblico e pela sociedade.

    Pargrafo nico - O solo natural no interior dos lotes dever obedecer ao ndice

    de solo natural (Taxa de Solo Natural -TSN) estabelecido para cada zona definida

  • na LUOS, inclusive para efeito de permeabilizao das reas dentro dos limites

    fixados pela aludida Lei.

    Sendo assim, conforme j discutido anteriormente, obedecer s condies da TSN

    estabelecidas em lei, de fundamental importncia considerando vrios fatores

    que so fundamentais para o equilbrio ambiental no s do lote mas de toda a

    cidade.

    Ainda de acordo com a mesma lei, agora com relao a qualidade do ar e da

    poluio atmosfrica:

    Art 45 - Toda fonte de emisso de poluio atmosfrica dever ser provida de

    equipamentos adequados para controle das emisses, de modo que estas no

    ultrapassem os limites estabelecidos pela legislao ambiental.

    Conforme poder ser verificado mais adiante, a empresa responsvel pela

    implantao do empreendimento tratar desse assunto no que diz respeito ao

    cuidado ao adquirir equipamentos com essa natureza, em especial os sonoros.

    Com relao aos nveis de rudo, o artigo 51 desta lei estabelece limites mximos

    a serem obedecidos, variando de acordo com o horrio de utilizao do

    equipamento sonoro. Para o caso de mquinas ou aparelhos utilizados em

    construes ou obras em geral, devidamente autorizadas, desde que funcionem

    dentro dos horrios permitidos e respeitados os nveis estabelecidos pelas NBR

    10.151 e NBR 10.152 da ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas, no

    esto includos nas limitaes do artigo 51, conforme artigo 55 item 3 da mesma

    lei.

    Lei 16.930/2003 - Modifica o Cdigo do Meio Ambiente e do Equilbrio

    Ecolgico do Recife, define os critrios para o estabelecimento da rea de

    Preservao Permanente no Recife e cria o Setor de Sustentabilidade

    Ambiental.

  • De acordo com o cdigo de meio ambiente do Recife, o presente projeto encontra-

    se inserido no Setor de Sustentabilidade Ambiental. Neste sentido, faz-se

    necessrio defini-lo de acordo com a referida lei:

    "Art. 79 - O Setor de Sustentabilidade Ambiental - SSA tem a finalidade de

    promover a revitalizao e o incremento do patrimnio ambiental da cidade, e

    formado pelas reas a seguir discriminadas:

    I - quadras parcialmente edificadas, nos termos do inciso II, 2 do artigo 75, e

    situadas s margens dos corpos e cursos d'gua, independentemente do seu

    formato e posio;

    II - quadras parcialmente edificadas, nos termos do inciso II, 2 do artigo 75, e

    limtrofes ao Parque dos Manguezais, ao Cais do Porto, ao Cais Jos Estelita, ao

    Cais de Santa Rita, ao Cais do Apolo, ao Cais Jos Mariano e ao Cais da

    Alfndega.

    Art. 80 - Os projetos iniciais de novas construes situadas no SSA devero

    apresentar um projeto de revitalizao e/ou implantao de rea verde, destinado

    recuperao e ao plantio de vegetao em local a ser definido em conjunto pelo

    particular e poder pblico municipal, correspondente ao dobro da rea do lote

    objeto da construo.

    Lei Federal

    Constituio Federal

    sabido ainda que o projeto objeto do presente estudo dever estar antes de tudo

    inserido dentro dos princpios estabelecidos na Constituio Federal, no que se

    refere o caput do artigo 225:

  • Art. 225 Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

    bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida,

    impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e

    preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

    Cabe ainda lembrar que as condutas consideradas lesivas ao meio ambiente

    sujeitaro aos infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanses penais e

    administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados,

    por expressa determinao constitucional, prevista no 3 do art. 225 da

    Constituio Federal e Lei n 9.605/98, de Crimes Ambientais.

  • 4. MEIO AMBIENTE Com relao a descrio das caractersticas ambientais da rea em questo a

    seguir sero abordados assuntos relacionados com os fatores ambientais dos

    meios fsico, bitico e social que porventura possam sofrer algum tipo de impacto

    com a possvel implantao do empreendimento em questo, sendo para tanto

    considerado um raio de abrangncia mdio de 150 metros, estimado como

    suficiente para descrever as caractersticas ambientais relacionadas, tendo em

    vista a relevncia da magnitude do empreendimento aqui proposto. Embora haja

    maior necessidade em tratar dos componentes ambientais situados principalmente

    dentro do raio de abrangncia considerado, tambm podero ser descritas

    informaes ambientais alm da rea analisada, principalmente pela importncia

    que poder trazer a esse e/ou a outros estudos futuros.

    4.1 reas de Influncia do Empreendimento Conforme determina o item III do artigo 5 da Resoluo CONAMA 001/86:

    Definir os limites da rea geogrfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,

    denominada rea de influncia do projeto, considerando em todos os casos, a bacia

    hidrogrfica na qual se localiza.

    Neste sentido, para a rea de influncia indireta devero ser considerados todos

    os fatores fundamentais para identificar os possveis impactos que podero surgir

    com a implantao do empreendimento, capazes de modificar o ambiente de

    maneira indireta. Tais fatores estaro relacionados aos aspectos ambientais dos

    componentes fsicos, biticos e socioeconmicos do bairro de Boa Viagem,

    iniciando as consideraes a partir da bacia hidrogrfica a qual o empreendimento

    far parte. O estudo ainda dever descrever outras situaes ambientais do bairro,

    como por exemplo, condies climticas, economia local, potencialidades do

    ambiente, densidade demogrfica, entre outras, que possam vir a ser afetadas

    indiretamente com a implantao do empreendimento, podendo haver destaque

  • para informaes relevantes para distncias superiores a considerada, ou seja,

    alm do bairro, dependendo da importncia ambiental que possam trazer.

    Entende-se por rea de influncia como quela que est direta e/ou indiretamente

    relacionada com o(s) possvel(eis) impacto(s) ambientais originados pela

    implantao do empreendimento.

    preciso saber que toda e qualquer modificao do ambiente impactante para o

    mesmo, podendo esse reagir de forma positiva, negativa ou de ambas as formas,

    sendo necessrio para tanto, sempre compatibilizar a viabilidade ambiental com a

    viabilidade scio-econmica, a fim de que sejam supridas as necessidades

    bsicas da populao, agregando desenvolvimento e crescimento da regio de

    maneira sustentvel.

    A magnitude desses impactos ir variar de acordo com o grau do potencial

    poluidor do empreendimento considerado, podendo afetar o meio ambiente desde

    a fase de planejamento, passando pela fase de implantao e persistindo na fase

    de operao. Tais interferncias ambientais estaro relacionadas aos

    componentes fsicos, biolgicos e sociais da regio escolhida para tal implantao.

    Para tanto de fundamental importncia que a obra seja executada de forma

    planejada, sempre optando por alternativas que venham a minimizar os possveis

    impactos ambientais, originados com a concepo da obra.

    Com relao aos limites geogrficos considerados para as reas de influncia

    direta e indireta do empreendimento, os mesmos estaro sendo abordados de

    acordo com os fatores ambientais dos meios fsico, biolgico e socioeconmico.

    J a AID est relacionada exclusivamente aos possveis impactos que venham

    interferir diretamente o lote 5-B.

    4.2 Impacto sobre o Meio Ambiente Natural e Construdo

    4.2.1 Meio Fsico

    A cidade do Recife como um todo constituda pela predominncia de rochas

    cristalinas Pr-Cambrianas que formada por granitos, migmatitos, gnaisses e

  • cataclasitos, rochas ricas em quartzo e feldspato, contendo tambm biotitas,

    hornblendas e outros minerais secundrios. O tipo de solo predominante da

    cidade argiloso do tipo massap. Neste sentido coerente afirmar que a

    topografia da rea em questo plana, graas as condies geolgicas naturais

    alm dos processos intensos e seqenciais de urbanizao.

    Face a sua complexa formao fsico-geogrfica e sua diversidade geolgica, o

    Recife uma cidade de mltiplos ambientes social, fsico-natural e biolgico,

    expressados em suas Unidades Ambientais especficas, das quais quela

    relacionada a rea em estudo classificada como Ambiente Litorneo. Situado

    entre o canal de Setbal, no bairro de Boa Viagem, os manguezais do Pina e o

    oceano, o ambiente litorneo do Recife estende-se sobre mais de 6km, com uma

    populao de mais de 100 mil habitantes. O solo de areias intensamente

    ocupado em Boa Viagem, Braslia Teimosa e Pina. Em Boa Viagem a paisagem

    caracterizada por torres de edifcios, centros comerciais e empresariais. No que se

    refere a atividade hoteleira, sabe-se da existncia de alguns empreendimentos de

    referncia na cidade, porm estes no so suficientes para suprir a demanda que

    o estado de Pernambuco comporta, sempre promovendo eventos cientficos,

    empresariais, entre outros de grande importncia para o estado, fazendo-se

    necessrio a implantao de outros e que principalmente agreguem excelentes

    acomodaes, condies favorveis de localizao, condies estas totalmente

    consideradas na proposta do presente empreendimento.

  • FIGURA 1. Ambiente Litorneo Praia de Boa Viagem.

    FIGURA 2. Praia de Boa Viagem, destino bastante procurado por turistas.

  • No que se refere as caractersticas climticas da rea em estudo, assim como

    toda RMR, apresenta clima topical quente mido (do tipo As conforme

    classificao de Koppen), com temperatura anual situando-se na faixa de 25,4C

    com amplitude de oscilao em torno de 2,8C, com chuvas de outono-inverno,

    caracterizando-se por dois perodos distintos de regime pluviomtrico: Uma

    estao seca ou de estiagem, que se prolonga de setembro a fevereiro

    (primavera-vero) e uma estao chuvosa, de maro a agosto (outono-inverno).

    A referida rea ainda faz parte da Zona de Urbanizao Preferencial 01 ZUP 01,

    cuja caracterstica marcante a possibilidade de alto potencial construtivo

    compatvel com suas condies geomorfolgicas, de infra-estrutura e paisagstica,

    conforme LUOS n 16.176/96.

    J conforme Plano Diretor da cidade do Recife, o bairro de Boa Viagem assim

    como alguns outros, esto inseridos na Zona de Ambiente Construdo de

    Ocupao Controlada ZAC Controlada I, caracterizada pela ocupao intensiva,

    pelo comprometimento da infra-estrutura existente, objetivando controlar o seu

    adensamento. Salientando ainda que essa zona apresenta alguns objetivos

    especficos, dos quais podemos citar alguns:

    a) Implantar mecanismos de combate reteno imobiliria;

    b) Dinamizar as atividades de comrcio e servios locais;

    c) Promover a qualificao ambiental com investimentos para a melhoria da

    infra-estrutura;

    d) Conservar e implantar espaos de uso coletivo, voltados incluso para o

    trabalho, esportes, cultura e lazer.

    No entanto diante da referida classificao, tal zona apenas visa controlar a

    ocupao na regio. Atravs dos objetivos propostos pela Lei, o poder pblico

    pretende organizar os espaos vazios impondo determinaes aos

    empreendedores que so decisivas para a melhoria da qualidade ambiental da

    cidade.

  • Contudo diante dos objetivos citados acima a prefeitura estimula o crescimento de

    forma sustentvel aliando as necessidades da populao com a preservao do

    ambiente da zona em questo, condies essas valorizadas desde a concepo

    do empreendimento em questo.

    A rea de entorno do terreno, apresenta como caractersticas prprias uma

    concentrao bastante volumosa de edificaes dos mais variados usos, desde o

    residencial multifamiliar, passando pelos prestadores de servios at o variado

    comrcio situado naquela regio. possvel ainda perceber que o concreto

    predomina sobre a rea verde, condio essa bastante comum na maior parte da

    cidade e at mesmo do pas, favorecendo ao aparecimento de regies alagadias

    em perodos chuvosos, aumento da temperatura do ambiente, entre outros. Porm

    conforme discutido mais adiante, o empreendedor prevendo tal desconforto

    ambiental, tratar dessa e de outras questes com o intuito de mitigar esses

    impactos.

    FIGURA 3. Concentrao de edifcios residenciais e no-residenciais em Boa Viagem.

  • 4.2.2 Meio Bitico

    No que se refere ao aspecto bitico, o lote 5-B assim como todo o raio de

    abrangncia, encontra-se inserido nos limites da Unidade de Conservao Praia

    do Pina / Boa Viagem. A referida UC apresenta uma rea de 57,48 ha e 8 Km de

    extenso, correspondente zona litornea do Recife, compreendendo os bairros

    do Pina e Boa Viagem. O perodo geolgico dessa zona o Quaternrio, portanto

    com formao de praias holocntricas, apresentando materiais como areia de

    praia com fragmentos de conchas. Em sua poro Norte e Noroeste, encontram-

    se consolidadas as ZEIS Braslia Teimosa e Pina, respectivamente.

    Ainda com relao a UC, segundo o Plano Diretor da cidade, a mesma pertence a

    Zona de Ambiente Natural Tejipi - ZAN Tejipi, composta por cursos e corpos

    d'gua formadores da bacia hidrogrfica do Rio Tejipi, caracterizada pela

    concentrao da Mata Atlntica e de seus ecossistemas associados e pela

    presena de reas potenciais para implantao de parques pblicos urbanos.

    O lote 5-B est inserido na bacia hidrogrfica do rio Tejipi, que se divide em trs

    sub-bacias (Tejipi, Jordo e Jiqui), sendo a sub-bacia do rio Jordo responsvel

    pela drenagem da zonal sul da cidade, possuindo 4 canais, dentre eles o canal de

    Setbal. Com uma rea de 93,2 Km, esta bacia encontra-se integralmente

    inserida na regio metropolitana do Recife, drenando partes das cidades de

    Jaboato dos Guararapes, ocupando 21,4 Km do total de sua rea, e So

    Loureno da Mata (4,2 Km). Sua maior parcela (67,6 Km), que significa 73%,

    encontra-se no municpio do Recife e desta, 80% de rea urbanizada.

    Quanto formao geolgica da bacia, o solo no qual se encontra a rea em

    estudo, representado pela Plancie Costeira, onde surgem os depsitos recentes

    de aluvies e mangues que cobrem uma boa parte de sua extenso.

    O principal rio desta bacia o Tejipi, com 20,0 Km de leito cuja nascente no

    municpio de So Loureno da Mata e sua foz no esturio comum do Recife, bacia

    do Pina.

    Toda essa unidade hidrogrfica responsvel pela drenagem da zona Oeste e

    parte da zona Sul da cidade, compreendendo 24 bairros, dentre eles Boa Viagem.

  • De acordo com o ltimo resultado realizado no ano de 2009 sobre o

    monitoramento das bacias hidrogrficas, divulgado pela CPRH, no estado de

    Pernambuco, a classificao dos corpos dgua superficiais estabelecida pela

    Resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA N 357 de 17 de

    maro de 2005, estando o referido documento baseado nestes termos. No Art. 42

    da Resoluo, encontra-se a citao Enquanto no aprovados os respectivos

    enquadramentos, as guas doces sero consideradas Classe 2. Sendo assim

    seus usos preponderantes so destinados ao abastecimento para consumo

    humano, aps tratamento convencional; proteo das comunidades aquticas;

    recreao de contato primrio tais como natao, esqui aqutico e mergulho;

    irrigao de hortalias e plantas frutferas e de parques, jardins, campos de

    esporte e lazer, com os quais o pblico possa vir a ter contato direto; e

    aqicultura e atividade de pesca, obtendo assim a qualificao de pouco

    comprometida.

    Com relao a cobertura vegetal, para o lote 5 esto previstos 1.120,97 m de

    rea verde, visando promover uma melhoria da qualidade ambiental, seja to

    somente no aspecto paisagstico como tambm na ventilao da rea, entre

    inmeros outros benefcios.

    Ainda de acordo com consultas sobre a legislao municipal vigente o lote 5B no

    IPAV Imvel de Preservao de rea Verde, no IEP Imvel Especial de

    Preservao e tambm no possui nenhuma rvore tombada.

  • Mapa 1 - Imagem satlite indicando os limites em vermelho da RPA 6. FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

  • 4.3 COMPONENTE SOCIOECONMICO

    4.3.1 Perfil Socioeconmico da Regio Poltico Administrativa RPA 6

    4.3.1.1 RPA 6

    A RPA 6 situa-se na parte sul da cidade e faz limite com o municpio de Jaboato

    dos Guararapes ao sul e oeste e, ao norte, com as RPA 5 e 1. Rene bairros

    situados na plancie costeira, alternando restingas e baixios alagados e bairros

    das colinas do sudoeste da cidade. Possui uma rea territorial correspondente a

    38,7 Km de extenso, com uma densidade demogrfica de 9,132.6 hab/km.

    Compreende as microrregies MR 6.1, MR 6.2 e MR 6.3 representada pelos

    bairros de Boa Viagem, Braslia Teimosa, Imbiribeira, Ipsep, Pina, Ibura, Jordo e

    Cohab.

    Seguem abaixo quadros com indicadores sociais da RPA 6.

    1. Populao e domiclio

    QUADRO 3. Populao e Domiclio (2000). FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    2. Demografia Populao e estrutura etria

    QUADRO 4. Populao e estrutura etria.

  • FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    3. Educao

    QUADRO 5. Nvel educacional da populao jovem. FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    QUADRO 6. Nvel educacional da populao adulta. FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    4. Desenvolvimento Humano

    QUADRO 7. IDH da RPA 6. FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

  • Grfico 1 - RPA 6.

    FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    4.3.2 Caracterizao do bairro de Boa Viagem

    O bairro de Boa Viagem possui 738,1 hectare de rea territorial, comportando uma

    populao residente de 44.812 homens e 55.576 mulheres, obtendo anualmente

    uma taxa de crescimento geomtrica da ordem de 1,26 a a.

    De acordo com dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Recife, existiam

    at o ano 2000 um total de 100,388 pessoas residindo em naquele bairro com

    uma mdia de 3,29 moradores por domiclio. A taxa correspondente a densidade

    demogrfica portanto de 136,0 habitante/hectare.

    Tambm segundo dados do mesmo atlas, o percentual de pessoas que vivem em

    domiclio urbanos com servio de coleta de lixo de 98,76.

    Com relao ao quantitativo de imveis por uso, 35.856 so residenciais, 7.764

    no so residenciais e 6.506 so terrenos, segundo dados da Secretaria de

    Finanas do Recife, fornecidos na poca da pesquisa.

  • No que se refere ao nvel de renda da populao residente, sabe-se que a renda

    mdia dos responsveis pelo domiclio no ano de 2000 era de R$ 2.857,28.

    Boa Viagem localiza-se na regio sul da cidade do Recife e banhado pelo

    Oceano Atlntico, onde tambm fica a praia de Boa Viagem. um dos mais

    importantes da cidade, possuindo uma das maiores aglomeraes por metro

    quadrado, em funo da grande quantidade de edifcios residenciais. O local figura

    como um dos principais subcentros comerciais do Recife, atendendo no apenas

    aos moradores locais, mas tambm aos de toda a Regio Metropolitana do Recife.

    um dos lugares que mais crescem em investimentos imobilirios. A atrao pelo

    bairro se d devido a vrios atrativos, especialmente a praia de Boa Viagem,

    reconhecida como uma das melhores em reas urbanas, assim como o Shopping

    Center Recife, alm de escolas, faculdades, comrcios, escritrios, galerias, entre

    outros. Tambm a infra-estrutura bsica em supermercados, lojas de

    convenincia, postos de combustveis e farmcias funcionando 24 horas por dia,

    fazem a diferena na rea. Alm de residencial, o bairro voltado para a captao

    turstica que movimenta a economia da cidade com mais de 12 mil leitos

    distribudos entre mais de 60 estabelecimentos de uma a cinco estrelas, entre

    hotis, albergues, flats e pousadas. Alm de mais de 100 agncias de viagens, 24

    auditrios, 21 bares, oito boates, 45 lanchonetes, 123 restaurantes, uma infinidade

    de outros tipos de comrcios, totalizando mais de 6.500 empresas.

    Boa Viagem, alm de ser considerado um bairro nobre, constitui-se como um

    grande centro de comrcio e servios onde as torres de edifcios modernos, os

    grandes centros empresariais e de comrcios evidenciam-se como a marca

    caracterstica de sua paisagem e seu espao urbano. Uma outra grande

    atratividade no bairro a sua localizao em relao ao Aeroporto Internacional

    dos Guararapes Gilberto Freire, por estar muito prximo, faz com que aumente

    a atratividade turstica para aquele local.

    Com relao ao sistema de esgotamento sanitrio da rea em questo, pode-se

    afirmar que assim como toda regio que sofreu processos de urbanizao

    bastante intensos em curtos perodos de tempo, agravadas pelo crescimento

  • desordenado da populao, a regio metropolitana do Recife possui um sistema

    de esgotamento sanitrio bastante comprometido, que tenta incessantemente

    atender a demanda da populao. Para a referida rea sabido que o sistema de

    esgotamento sanitrio encontra-se em condies bastante privilegiadas em

    relao a outras reas da cidade, principalmente as perifricas, graas tambm a

    existncia de sistemas prprios de tratamento de efluentes dos empreendimentos

    de grande porte que ali se instalam. Tal melhoria se deve principalmente as

    exigncias dos rgos ambientais que estabelecem medidas a serem executadas

    sob pena de fiscalizao e punio para aqueles que descumprem tais medidas.

    Nesse caso, tambm o sistema pblico de abastecimento dgua possui

    dificuldades nas operaes, devido basicamente aos mesmos problemas j

    citados anteriormente. Porm inegvel que no bairro de Boa Viagem, assim

    como em alguns outros bairros do Recife, esse problema esteja bastante

    controlado, principalmente devido a forte presso da especulao imobiliria,

    fazendo com que tal servio satisfaa as necessidades bsicas dos usurios sem

    gerar transtornos significativos quela populao residente, alm de muitos dos

    empreendimentos ali presentes possurem poos artesianos, cisternas e/ou

    reservatrios de gua particulares, capazes de armazenar grandes volumes de

    gua.

    No que se refere a caracterizao do sistema de limpeza pblica, quela rea

    atendida em dias alternados durante o perodo noturno, conforme informaes da

    empresa de limpeza urbana do municpio.

  • FIGURA 4 Concentrao de prdios no bairro.

    FIGURA 5. Comrcio de grande porte no entorno do empreendimento.

  • FIGURA 6. Uma das agncias bancrias existentes na Av. Conselheiro Aguiar, ao lado casa lotrica.

    FIGURA 7. Shopping Center Recife, localizado prximo ao local de implantao do empreendimento.

  • FIGURA 8. Farmcia na Avenida Conselheiro Aguiar nas proximidades do lote 5-B.

    FIGURA 9. Mais uma agncia bancria na Av. Cons. Aguiar.

  • FIGURA 10. Entrada do Shopping Recife pela Rua Pe. Carapuceiro.

  • FIGURA 11. Aeroporto Internacional do Recife, localizado prximo ao bairro de Boa Viagem.

    Com relao ao sistema de esgotamento sanitrio da rea em questo, pode-se

    afirmar que assim como toda regio que sofreu processos de urbanizao

    bastante intensos em curtos perodos de tempo, agravadas pelo crescimento

    desordenado da populao, toda regio metropolitana do Recife possui um

    sistema de esgotamento sanitrio bastante comprometido, que tenta

    incessantemente atender a demanda da populao. Para referida rea sabido

    que o sistema de esgotamento sanitrio encontra-se em condies bastante

    privilegiadas em relao a outras reas da cidade, principalmente as perifricas,

    graas tambm a existncia de sistemas prprios de tratamento de efluentes dos

    empreendimentos de grande porte que ali se instalam. Tal melhoria se deve

    principalmente as exigncias dos rgos ambientais como a CPRH e SEMAM que

    estabelecem medidas a serem executadas sob pena de fiscalizao e punio

    para queles que no as cumprem.

  • Nesse caso, tambm o sistema pblico de abastecimento dgua possui

    dificuldades nas operaes, devido basicamente aos mesmos problemas j

    citados anteriormente.

    Porm inegvel que no bairro de Boa Viagem, assim como em alguns outros

    bairros do Recife, esse problema esteja bastante controlado, principalmente

    devido a forte presso da especulao imobiliria, fazendo com que tal servio

    satisfaa as necessidades bsicas dos usurios sem gerar transtornos

    significativos quela populao residente, alm de muitos dos empreendimentos

    ali presentes possurem poos artesianos, cisternas e/ou reservatrios de gua

    particulares, capazes de armazenar grandes volumes de gua.

    4.3.2.1 ZEIS

    As comunidades situadas em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)

    relacionadas ao bairro de Boa Viagem so: Borborema, Entra Apulso, Ilha do

    Destino e Paraso.

    Conforme artigo 106 do Plano Diretor:

    As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS so reas de assentamentos

    habitacionais de populao de baixa renda, surgidos espontaneamente,

    existentes, consolidados ou propostos pelo Poder Pblico, onde haja possibilidade

    de urbanizao e regularizao fundiria e construo de habitao de interesse

    social.

    Perfil das ZEIS

    Caracterizao Territorial

    rea: 1,1 km

    Densidade Demogrfica: 13,080.4 hab/ km

    Permetro: 13.4 Km

  • Populao e domiclios

    QUADRO 8. Populao e domiclios - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    Situao e Morfologia

    Abrange comunidades pobre e dispersas mas todas encravadas no bairro de Boa

    Viagem. So remanescentes de ocupaes em palafitas nos alagados que foram

    posteriormente drenados por obras de aterros e canalizao de cursos dgua (Rio

    Jordo e canal de Setbal). Algumas dessas comunidades se consolidaram e

    foram transformadas em Zonas Especiais de Interesse Social, localizadas no meio

    de um bairro de grande valorizao imobiliria.

    Demografia

    QUADRO 9. Populao e estrutura etria - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    No perodo de 1991-2000 a populao teve uma taxa mdia de crescimento anual

    de 3,04%, passando de 11,216 em 1991 para 14,650 em 2000. Nesse ano a

    populao da ZEIS representava 1,03% da populao do municpio de Recife.

  • Taxa de Mortalidade Infantil

    No perodo de 1991-2000 a taxa de mortalidade infantil diminuiu 18,52%,

    passando de 43,27 (por mil nascidos vivos) em 1991 para 35,26 (por mil nascidos

    vivos) em 2000, a esperana de vida ao nascer cresceu 1,87 anos, passando de

    64,88 anos em 1991 para 66,75 anos em 2000.

    QUADRO 10. Indicadores de longevidade, mortalidade e fecundidade - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    Educao

    QUADRO 11. Nvel educacional da populao jovem - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    QUADRO 12. Nvel educacional da populao adulta (25 anos ou mais) - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

  • Renda

    A renda per cpita mdia cresceu de 20,14% , passando de R$ 295,90 em 1991

    para R$ 355.50 em 2000. A pobreza (medida pela proporo de pessoas com

    renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente metade do salrio

    minmo vigente ( poca da pesquisa) diminuiu 10,65%, passando de 48,7% em

    1991 para 43,5% em 2000. A desigualdade diminuiu: passou de 0.74 em 1991

    para 0.72 em 2000.

    QUADRO 13. Renda, pobreza e desigualdade - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    Habitao

    QUADRO 14. Acesso a servios bsicos ZEIS NOTA: somente domiclios urbanos FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    QUADRO 15. Acesso a bens de consumo ZEIS NOTA: ND = No disponvel FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

  • Desenvolvimento Humano

    Evoluo 1991-2000

    Nesse perodo o ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) cresceu

    7,46%, passando de 0.704 em 1991 para 0.757 em 2000. A dimenso que mais

    construibuiu para este crescimento foi a educao, com 61,3%, seguida pela

    longevidade, com 19,8% e pela renda, com 18,9%.

    QUADRO 16. Desenvolvimento Humano - ZEIS FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

    Grfico 2 - ZEIS

    FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife.

  • 5. IMPACTO SOBRE A INFRAESTRUTURA 5.1 Sistema de Abastecimento de gua Com relao ao sistema de abastecimento de gua, o mesmo se dar atravs da

    rede pblica com uma freqncia diria mdia de 8 (oito) horas ao dia, a qual

    poder sofrer alteraes de acordo com a disponibilidade da COMPESA. O

    empreendimento ainda ir dispor de reservatrios superior e inferior com as

    seguintes capacidades:

    Capacidade do Reservatrio Inferior 01 = 169.024 litros;

    Capacidade do Reservatrio Inferior 02 = 180.766 litros;

    Capacidade do Reservatrio Superior = 22.500 litros.

    5.2 Esgotamento Sanitrio As instalaes prediais de esgotos sanitrios do empreendimento em questo

    devero ser ligadas a rede pblica coletora de esgotos operada pela COMPESA.

    A concessionria informa, em resposta a consulta prvia, que dispem de

    infraestrutura para atender estas necessidades.

    5.3 Telefonia Tambm em resposta a consulta prvia a empresa concessionria de telefonia

    informa que h disponibilidade para atender as necessidades do empreendimento.

    5.4 Energia Eltrica O projeto arquitetnico foi concebido de forma a otimizar o consumo de energia,

    uma vez que as fachadas devero ser compostas na sua maior parte por vidros,

    possibilitando a utilizao da iluminao e ventilao natural durante o perodo

    diurno. Assim como o sistema de ar-condicionado de todo o empreendimento, ir

  • trabalhar com um sistema de funcionamento alternado, tendo em vista que o hotel

    tem maior consumo no perodo noturno, durante o dia funcionar o ar-

    condicionado do empresarial e noite voltar a funcionar somente o ar-

    condicionado do hotel, havendo integrao entre esses equipamentos nos dois

    prdios. Essas alternncias tm como objetivo maior a reduo do consumo de

    energia do empreendimento.

    Tambm em resposta a consulta prvia a empresa concessionria de energia

    informa que h disponibilidade para atender as necessidades do empreendimento.

    5.5 Disposio temporria de Resduos Slidos

    O artigo 64 do Plano Diretor trata das diretrizes para a Poltica de Gesto de

    Resduos Slidos:

    I - Implementar gesto eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana, garantindo

    a prestao dos servios essenciais totalidade da populao, o tratamento e a

    disposio final ambientalmente adequados dos resduos remanescentes;

    II - Estimular e promover programas de educao ambiental para a populao;

    III - Minimizar a quantidade de resduos slidos por meio da reduo da gerao

    excessiva, da reutilizao e reciclagem;

    IV - Controlar os meios de gerao de resduos nocivos e fomentar a utilizao de

    alternativas com menor grau de nocividade;

    V - Implementar o tratamento e a disposio final ambientalmente adequados dos

    resduos remanescentes;

    VI - Coibir a disposio inadequada de resduos slidos mediante a educao

    ambiental, a oferta de instalaes para a sua disposio, bem como a

  • implementao de uma fiscalizao efetiva e monitoramento conseqente;

    VII - Estimular o uso, reuso e reciclagem de resduos, em especial o

    reaproveitamento de resduos inertes da construo civil;

    VIII - Integrar, articular e cooperar com os municpios da Regio Metropolitana do

    Recife para o tratamento e a destinao dos Resduos Slidos;

    IX - Estimular a gesto compartilhada e o controle social do sistema de limpeza

    pblica;

    X - Estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a implementao de novas tcnicas

    de gesto, minimizao, coleta, tratamento e disposio final de resduos slidos;

    XI - Diminuir a distncia entre as fontes geradoras de resduos e os centros de

    recepo e tratamento, dividindo a cidade por regies e envolvendo outros

    municpios da regio metropolitana; e,

    XII - Universalizar a coleta seletiva.

    Ainda segundo o mesmo artigo, no seu 1 Os programas de educao ambiental

    visam a destacar a importncia do consumo de produtos e servios que no

    afrontem o meio ambiente e com menor gerao de resduos slidos, a relevncia

    da adequada separao na origem, acondicionamento e disponibilizao dos

    resduos para fins de coleta e o fomento reciclagem.

    No caso do empreendimento em questo, durante a etapa de instalao os

    resduos slidos sero acondicionados em locais especficos, como bombonas,

    baias, caixotes, caambas estacionrias e tambm em coletores especficos para

    coleta seletiva, quando for o caso, todos devidamente sinalizados. Tais

    dispositivos variam de acordo com o volume e o tipo de resduo a ser

    acondicionado. Os mesmos contribuem para a segregao dos diferentes tipos de

  • materiais, facilitando ainda na sua destinao final. Todos esses procedimentos

    esto baseados no Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil

    PGRCC, passvel de aprovao pela EMLURB Empresa de Limpeza Urbana

    Municipal, e posteriormente apresentado a DIRCON, para obteno da Licena de

    Construo. Os resduos slidos sairo do canteiro de obras de diferentes formas,

    a depender do tipo considerado. Para os resduos das Classes A e B ditos

    reciclveis, sero transportados at empresas especficas autorizadas e

    licenciadas pela Prefeitura a receber os materiais, l os mesmos recebero

    tratamentos especficos a fim de serem dados os destinos finais. H ainda a

    possibilidade de associao de catadores, padarias, ONGS entrar em contato

    com a empresa e tambm fazer o resgate desse tipo de material.

    Os outros resduos (Classes C e D) ditos no-reciclveis ou podero ser

    devolvidos a fbrica, e l reaproveitados, (latas de tintas, manta asfltica) ou

    mesmo encaminhados ao aterro sanitrio (resduos orgnicos, papel higinico

    usado, uniformes, etc).

    A disposio temporria dos resduos slidos gerados durante a construo,

    estar estrategicamente localizada em pontos de fcil acesso para a entrada,

    circulao e sada dos veculos transportadores, a fim de facilitar a remoo dos

    mesmos daquele local.

    Na etapa de Operao os resduos orgnicos sero acondicionados em tambores

    especficos e posteriormente coletados e transportados at o aterro sanitrio. J

    os resduos que podem ser reciclados podero ser acondicionados em coletores

    especficos contribuindo com a coleta seletiva do municpio e atendendo as

    diretrizes do plano diretor da cidade.

    5.6 Coleta de Lixo No que se refere a caracterizao do sistema de limpeza pblica, quela rea

    atendida diariamente durante o perodo noturno, conforme informaes da

    empresa de limpeza urbana do municpio.

  • Conforme projeto de arquitetura o pavimento trreo abrigar uma rea para lixeira

    dividida em 03 containers, visando facilitar a segregao do lixo por tipo de

    resduo.

    5.7 Drenagem De acordo o art. 61 do Plano Diretor do Recife o servio pblico de drenagem

    urbana das guas pluviais do municpio objetiva o gerenciamento da rede hdrica

    no territrio municipal, visando ao equilbrio sistmico de absoro, reteno e

    escoamento das guas pluviais.

    J a lei 16.243/96 no seu artigo 26 afirma que o servio urbano de drenagem

    pluvial obedecer ao Plano Geral de Drenagem do Municpio do Recife, consoante

    s diretrizes estabelecidas no PDCR, devendo ser asseguradas populao

    condies necessrias a uma melhor qualidade de vida, atravs de aes voltadas

    sade do indivduo e da coletividade. Para a elaborao desse plano, o artigo

    27 da mesma lei estabelece que devero ser observados dentre outros fatores o

    percentual da taxa de solo natural TSN, mantido no interior dos lotes por zona,

    conforme definido na LUOS. Neste sentido, de fundamental importncia que os

    empreendimentos obedeam rigorosamente os parmetros estabelecidos em lei,

    contribuindo assim, no s com o equilbrio ambiental de dentro do lote, mas

    tambm com o saneamento ambiental da cidade.

    O sistema de drenagem do entorno do empreendimento satisfaz as necessidades

    daquela localidade apresentando asfalto e sistema de saneamento bsico em

    perfeitas condies para o uso.

  • FIGURA 12. Galeria Pluvial da Avenida Eng. Domingos Ferreira.

  • 6. IMPACTOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS

    6.1 Definio de Impacto Ambiental

    De acordo com o artigo 1 da resoluo n 001/86 do Conselho Nacional do Meio

    Ambiente - CONAMA a definio de impacto ambiental :

    Qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas do meio

    ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das

    atividades humanas, que direta ou indiretamente, afetem:

    a) A sade, a segurana e bem estar da populao;

    b) As atividades sociais e econmicas;

    c) A biota;

    d) As condies estticas e sanitrias do meio ambiente;

    e) A qualidade dos recursos ambientais.

    Segundo a NBR ISO 14.001:2004: Qualquer modificao do meio ambiente,

    adversa ou benfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou

    servios de uma organizao.

    Conforme BOLEA (1984), o impacto ambiental pode ser conceituado como a

    diferena entre a situao do meio ambiente futuro modificado pela realizao de

    um projeto e a situao do meio ambiente futuro, sem a realizao do mesmo.

    Para CANTER (1977), o impacto ambiental qualquer alterao no sistema

    ambiental fsico, qumico, biolgico, cultural e scio-econmico que possa ser

    atribuda s atividades humanas, relativas as alternativas em estudo para

    satisfazer as necessidades de um projeto.

    Todo empreendimento influencia duas reas afins: rea direta e rea indireta. Nas

    duas, modificaes ambientais, permanentes ou temporrias, so provocadas, isto

  • , so introduzidas pelo empreendimento elementos que afetam as relaes

    fsicas, fsico-qumicas, biolgicas e sociais do ambiente. Estas transformaes do

    ambiente constituem os impactos ambientais.

    preciso saber que toda e qualquer alterao do ambiente impactante para o

    mesmo, podendo se manifestar de forma positiva e/ou negativa. Porm

    necessrio sempre compatibilizar a viabilidade ambiental com a viabilidade

    econmica, a fim de que sejam supridas as necessidades bsicas da populao,

    contribuindo assim com o desenvolvimento sustentvel da regio.

    6.2 Classificao dos Impactos

    Os impactos ambientais podem ser classificados quanto ao seu valor, quanto

    sua ordem, quanto ao espao de sua ocorrncia, quanto ao seu tempo de

    ocorrncia, quanto sua reversibilidade, quanto sua magnitude, quanto sua

    chance de ocorrncia e quanto sua incidncia. Segue abaixo maiores

    detalhes sobre cada classificao. Mais adiante sero discutidos queles

    considerados significativos seja de forma negativa ou positiva, de baixa, mdia ou

    alta magnitude, pois assim serviro para mensurar o nvel de alterao ambiental

    que os fatores fsicos, biticos e/ou socioeconmicos possam vir a sofrer com a

    implantao do empreendimento.

    CARACTERSTICAS DE VALOR

    IMPACTO POSITIVO: Alterao benfica ao meio ambiente;

    IMPACTO NEGATIVO: Alterao negativa em termos de qualidade ambiental.

    CARACTERSTICAS DE ORDEM

    IMPACTO DIRETO:

    Quando o impacto resulta de uma simples relao de

    causa e efeito;

    IMPACTO INDIRETO:

    Quando o impacto uma reao secundria em relao

    ao ou quando parte de uma cadeia de reaes.

  • CARACTERSTICAS DE ESPAO

    IMPACTO LOCAL: Quando a ao afeta apenas o prprio stio do

    empreendimento e suas imediaes. (Para o caso em

    questo);

    IMPACTO REGIONAL: Quando o impacto atinge mais de um municpio;

    IMPACTO ESTRATGICO: Quando afeta um componente ambiental de importncia

    nacional.

    CARACTERSTICAS DE DURAO

    IMPACTO TEMPORRIO: Quando o impacto permanece por um tempo

    determinado aps a execuo da ao que o causou;

    IMPACTO PERMANENTE: Quando seus efeitos no cessam nem o horizonte

    temporal conhecido;

    IMPACTO CCLICO:

    Quando o impacto passa a ocorrer em determinados

    perodos, sendo previsvel sua ocorrncia.

    CARACTERSTICAS DE POCA DE OCORRNCIA

    IMPACTO IMEDIATO: Quando o impacto ocorre logo aps a execuo da

    ao que o causou;

    IMPACTO DE LONGO PRAZO:

    Quando o impacto leva determinado tempo para

    ocorrer aps a execuo da ao que o causou.

    CARACTERSTICAS DA CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE

    IMPACTO REVERSVEL: Quando o aspecto ambiental atingido pode ser

    recuperado, retornando condio ambiental anterior;

    IMPACTO IRREVERSVEL: Quando o aspecto ambiental atingido no se recupera podendo apenas ser mitigado ou compensado.

    CARACTERSTICAS DE MAGNITUDE

    ALTA: Quando ocorre uma transformao intensa do ambiente;

    MDIA: Quando esta transformao ocorre de forma intermediria;

    BAIXA: Quando esta transformao fraca.

  • CARACTERSTICAS DE OCORRNCIA

    CERTA: Quando o impacto est associado aos aspectos ambientais ou

    indicado atravs de estudos.

    PROVVEL:

    Quando os aspectos ambientais no indicam necessariamente, o

    impacto, mas h probabilidade de ocorrer.

    Para facilitar a apresentao dos principais impactos ambientais originados com

    as fases de implantao e operao do empreendimento, estes foram organizados

    em tabelas, de acordo com as referidas etapas e o meio em que se manifestam,

    ou seja, fsico, bitico e antrpico. Cada tabela ainda estar disposta de acordo

    com os critrios de classificao acima corroborados, apresentando de forma

    resumida cada um dos itens julgados significantes, seja na etapa de implantao

    ou operao do empreendimento.

    Cabe mencionar que no ser considerada no presente estudo a fase de

    planejamento do empreendimento, uma vez que no h impactos ambientais

    nessa fase.

    6.3 Descrio dos impactos ambientais identificados

    O presente estudo avaliou os seguintes impactos ambientais passveis de

    surgimento com a implantao do empreendimento. Os mesmos sero descritos

    logo a seguir de maneira detalhada de acordo com as etapas de surgimento, seja

    implantao e/ou operao, todas relacionadas aos trs fatores ambientais j

    discutidos anteriormente: fsico, bitico e antrpico. Posteriormente, os mesmos

    sero expostos em tabelas, as quais representaro a matriz de impactos do

    presente estudo.

  • 6.3.1 Etapa de Implantao

    6.3.1.1 Meio Fsico

    Dadas as aes necessrias para a implantao do empreendimento em questo,

    este sem dvida ser o fator ambiental a ser mais afetado negativamente durante

    essa fase. Para tanto sero considerados componentes como pedologia, clima,

    rudos, resduos slidos, recursos hdricos entre outros.

    Pedologia

    Tendo em vista a necessidade de aes como movimentao de terra para

    subsidiar a implantao do empreendimento, o solo dever sofrer algumas

    alteraes fsicas como eroso e perca das propriedades qumicas naturais.

    Porm sabido que tal movimentao ser de baixo volume, uma vez em que as

    condies atuais existentes de topografia no terreno encontram-se favorveis,

    evitando assim aes de magnitude maior. Sendo assim, o impacto para esse

    componente ambiental foi classificado em: negativo, direto, local, temporrio,

    imediato, reversvel, baixa magnitude e certo de ocorre.

    Clima

    As caractersticas microclimticas do terreno devero sofrer negativamente nessa

    fase, devido tambm as aes de movimentao de terra, causando aumento de

    materiais particulados no ar, formao de poeiras. Tambm a movimentao de

    veculos dentro do canteiro de obras contribuir para o aumento do nvel de

    combustveis fsseis eliminados para a atmosfera naquele ambiente. Para esse

    componente ambiental o impacto foi classificado em: negativo, direto, local,

    temporrio, imediato, reversvel, mdia magnitude e ocorrncia certa.

  • Rudos e Vibraes

    Especialmente nessa fase, os nveis de rudo sero bastante elevados, devido a

    necessidade de utilizao de mquinas e equipamentos caractersticos de obras

    civis, desde bate-estacas no incio da obra at a movimentao freqente de

    veculos de grande porte dentro do canteiro de obras alm o uso constante de

    martelos, serras, compressores, mquinas de concretagem ou mesmo a

    comunicao constante entre os trabalhadores naquele ambiente. Em

    contrapartida, sabe-se que esse tipo de impacto temporrio e reversvel e que se

    forem tomadas algumas medidas os mesmos sero bastante minimizados.

    Classificao do impacto: negativo, direto, local, temporrio, imediato, reversvel,

    mdia magnitude e certo de ocorrer.

    Risco de Interferncia na Estrutura de Imveis Vizinhos

    Devido a implantao do empreendimento se dar atravs da utilizao de bate-

    estacas, necessrio considerar a possibilidade de comprometimento na estrutura

    de imveis vizinhos, por tal uso. Impacto classificado como: negativo, indireto,

    local, temporrio, imediato, reversvel, baixa magnitude e provvel ocorrncia.

    Risco de Interferncia no trnsito prximo ao terreno

    Diante da necessidade constante de suprir a obra com materiais, alm de remover

    outros, assim como realizar algumas manobras, os caminhes principalmente,

    podero causar transtornos no transito local em algum momento, mesmo por

    alguns instantes. Sendo assim faz-se necessrio considerar tais possibilidades

    durante essa fase. Classificao: negativo, direto, local, temporrio, imediato,

    reversvel, mdia magnitude e ocorrncia certa.

  • Risco de causar danos ao asfalto

    Conforme informado acima, haver uma constante movimentao de veculos

    pesados durante essa fase da obra. Neste sentido, tambm ser preciso

    considerar a possibilidade de surgirem estragos, como quebra do asfalto,

    obstruindo dessa forma a via de acesso ao lote ou mesmo o logradouro,

    especialmente na altura do acesso desses veculos. Impacto classificado como:

    negativo, direto, local, temporrio, imediato, reversvel, mdia magnitude e

    ocorrncia provvel.

    Resduos Slidos

    Tendo em vista que nessa fase haver uma maior gerao de resduos slidos no

    canteiro de obras, de suma importncia que os administradores da obra estejam

    atentos as determinaes do projeto de gerenciamento de resduos da construo

    civil j discutido anteriormente, garantindo o destino final adequado para cada tipo

    de resduo gerado, evitando com isso diversos tipos de contaminao, seja

    hdrica, pedolgica, ou mesmo a propagao de vetores, contribuindo com a

    sade ambiental da rea. Classificao do impacto: negativo, direto, local,

    temporrio, imediato, reversvel, mdia magnitude, e ocorrncia certa.

    Recursos Hdricos

    Para o tipo de implantao em questo, possvel haver de alguma forma

    contaminao de guas, especialmente as de superfcie, se no houver o cuidado

    com o tratamento dos resduos gerados no canteiro de obras e com o

    esgotamento sanitrio instalado provisoriamente para atender a demanda dos

    trabalhadores, pois os insumos gerados por essas atividades podero ser

    carreados pela chuva e contaminar o ambiente. Impacto: negativo, indireto, local,

    temporrio, reversvel, imediato, mdia magnitude e provvel ocorrncia.

  • Zoneamento

    De acordo com as caractersticas da diviso territorial do bairro em questo, j

    discutidas anteriormente, de suma importncia que o empreendimento seja

    erguido obedecendo aos parmetros impostos pela legislao, visando ao uso

    equilibrado do solo, promovendo a melhoria das caractersticas fsicas daquele

    ambiente, durante e aps sua implantao. Classificao do impacto: positivo,

    direto, local, longo prazo, permanente, irreversvel, alta magnitude e certa

    ocorrncia.

    6.3.1.2 Meio Bitico

    Flora

    No haver necessidade de supresso nas reas de influncia do

    empreendimento, com isso para o componente vegetal no h impactos

    ambientais negativos a serem considerados nessa fase. Para esse componente

    ambiental no h classificao a ser considerada.

    Fauna

    Tambm no h impactos a serem considerados para esse componente

    ambiental.

    Proliferao de Doenas

    Tambm faz-se necessrio considerar a probabilidade de surgimento de algumas

    doenas, em especial as de veiculao hdrica, caso o sistema de coleta de

    efluentes sanitrios implantado para atender durante essa fase, no seja eficiente

    no seu funcionamento. Impacto classificado como: negativo, indireto, local,

    temporrio, imediato, reversvel, mdia magnitude e ocorrncia provvel.

  • 6.3.1.3 Meio Antrpico

    No que se refere a identificaes de possveis impactos ambientais positivos ou

    negativos para esse fator ambiental, sabe-se que por si s esse tipo de

    implantao traz inmeras benfeitorias para a regio, seja com a gerao de

    empregos, o aumento da arrecadao de tributos para o municpio, dinamizao

    da economia, valorizao do bairro e do municpio, enfim contribuies bastante

    favorveis que justificam a necessidade de crescimento local. Porm, preciso

    considerar ainda que durante essa fase haver uma significativo aumento da

    demanda por servios de abastecimento que se no considerados durante a fase

    de planejamento do empreendimento, poder causar bastante transtorno, no s

    para a rea de influncia direta mas tambm para a indireta. Classificao dos

    impactos:

    - Gerao de emprego: positivo, direto, local, temporrio, imediato e de longo

    prazo, irreversvel, alta magnitude e ocorrncia certa;

    - Arrecadao de tributos e dinamizao da economia: positivo, direto, temporrio,

    imediato e de longo prazo, irreversvel, alta magnitude e ocorrncia certa;

    - Valorizao do bairro e do municpio: positivo, direto, local e regional,

    permanente, longo prazo, irreversvel, alta magnitude e certa ocorrncia;

    - Aumento da demanda por servios de abastecimento: negativo, direto, local,

    temporrio, imediato e longo prazo, irreversvel, mdia magnitude e certa

    ocorrncia.

    6.3.2 Etapa de Operao

    Considerando agora a fase de operao do empreendimento, os impactos aqui

    considerados certamente tero uma durao maior que queles encontrados na

    fase anterior, sendo de suma importncia identificar o maior nmero possvel

    destes e consequentemente a partir da serem propostas medidas mitigadoras que

    contribuam para a minimizao daqueles considerados negativos e potencializar

    os positivos.

  • 6.3.2.1 Meio Fsico

    Com relao as caractersticas fsicas agora na etapa de operao, foram

    considerados os seguintes impactos possveis de surgimento nessa fase:

    Alterao da paisagem, infra-estrutura do terreno, atendimento aos ndices

    urbansticos da rea, uso planejado do terreno.

    Alterao da Paisagem

    Certamente esse tipo de impacto ser benfico, tanto para quem olhar de dentro

    do empreendimento, sendo possvel observar a rea de fora do mesmo e

    medida em que forem sendo considerados os ltimos pavimentos, os visitantes /

    hspedes tero uma viso privilegiada de Boa Viagem, sendo possvel observar o

    mar ou at alguns pontos do centro da cidade, promovendo qualidade de vida aos

    observadores. Considerando quem olhar de fora, poder contemplar as

    caractersticas arquitetnicas do edifcio, o que antes da implantao no seria

    possvel. Classificao do impacto: positivo, direto, local, permanente, longo

    prazo, irreversvel, alta magnitude e ocorrncia certa.

    Infra-estrutura

    Conforme j informado anteriormente, o projeto foi concebido considerando a

    capacidade de melhoria da infra-estrutura do terreno, onde devero ser

    destinadas, entre outras aes, uma grande quantidade de rea verde,

    favorecendo na boa drenagem do lote, entre outras aes propostas pelo

    empreendedor, sempre buscando as melhores tcnicas de engenharia para

    alcanar tais objetivos. Impacto: positivo, direto, local, permanente, longo prazo,

    irreversvel, alta magnitude e certa ocorrncia.

  • Indices Urbansticos

    O impacto anterior est diretamente relacionado a este, devendo haver sincronia

    entre essas aes. Impacto: positivo, direto, local, permanente, longo prazo,

    irreversvel, alta magnitude e certa ocorrncia.

    Uso Racional e Planejado do Terreno

    Tambm esse impacto estar intrinsecamente relacionado aos dois anteriores.

    Impacto: positivo, direto, local, permanente, longo prazo, irreversvel, alta

    magnitude e certa ocorrncia.

    Gerao de Resduos

    Durante essa fase os resduos sero gerados pelos prprios usurios do prdio,

    que devero dar continuidade a correta destinao dos resduos. Impacto

    classificado como: negativo, direto, local, permanente, longo prazo, irreversvel,

    mdia magnitude e ocorrncia certa.

    6.3.2.2 Meio Bitico

    Proliferao de Doenas

    Assim como na etapa anterior, nesta tambm foi considerada a possibilidade de

    surgimento desse mesmo impacto, tendo em vista que agora mais do que nunca o

    sistema de coleta dos efluentes precisar satisfazer a demanda local, impedindo o

    risco de contaminao hdrica. Impacto classificado como: negativo, indireto, local,

    temporrio, imediato, reversvel, mdia magnitude e ocorrncia provvel.

  • Flora

    Uma vez em que o lote 5-B encontra-se inserido no Setor de Sustentabilidade

    Ambiental, h a necessidade de viabilizar a implantao do PRAV, o qual j

    encontra-se aprovado o projeto para implantao de uma rea equivalente a ...... a

    ser executada no interior do 4BCON. O lote 5-B ainda receber uma grande

    quantidade de rea verde, devendo ser priorizado o plantio de espcies nativas,

    contribuindo com a qualidade ambiental de toda rea. Impacto: positivo, direto,

    local, permanente, longo prazo, reversvel, alta magnitude e ocorrncia certa.

    Fauna

    Com a implantao de toda rea verde considerada no item anterior, factvel que

    tal ao trar benefcios para a fauna, uma vez em que serviro de alimento e

    abrigo para uma enorme diversidade de animais, sejam pssaros ou mesmo

    insetos, das mais variadas espcies e funes bio-indicadoras, contribuindo com o

    equilbrio ecolgico da cidade. Sendo assim podemos considerar os seguintes

    impactos: positivo, direto e indireto, local e regional, permanente, longo prazo,

    reversvel, alta magnitude e ocorrncia provvel.

    6.3.2.3 Meio Antrpico

    Com relao a esse fator ambiental, praticamente os mesmos impactos

    considerados na fase anterior continuam nessa fase, porm agora no mais

    temporrios e sim permanentes, pois os empregos gerados aqui sero sempre

    necessrios durante todo esse perodo, assim como a continuao da

    arrecadao de tributos, por parte da prefeitura, atravs da coleta anual de IPTU,

    entre outros impostos. Chamamos a ateno para o aumento da demanda dos

    servios pblicos de abastecimento que continuaro tambm nessa fase.

  • Classificao dos impactos:

    - Gerao de emprego: positivo, direto, local, temporrio, imediato e de longo

    prazo, irreversvel, alta magnitude e ocorrncia certa;

    - Arrecadao de tributos e dinamizao da economia: positivo, direto, temporrio,

    imediato e de longo prazo, irreversvel, alta magnitude e ocorrncia certa;

    - Valorizao do bairro e do municpio: positivo, direto, local e regional,

    permanente, longo prazo, irreversvel, alta magnitude e certa ocorrncia;

    - Aumento da demanda por servios de abastecimento: negativo, direto, local,

    temporrio, imediato e longo prazo, irreversvel, mdia magnitude e certa

    ocorrncia.

    Neste sentido, a proposta do empreendimento em questo, trar sem dvida

    impactos de maior relevncia, queles considerados POSITIVOS, tendo em vista

    a grande contribuio que o mesmo trar para o municpio, seja com relao s

    caractersticas ambientais fsicas, biolgicas e principalmente sociais.

  • TABELA 1. Etapa de Implantao do Empreendimento Meio Fsico

    Fatores Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO FSICO

    Pedologia alterao das propriedades do solo

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    B

    C

    Cilma elevao dos nveis de gases, poeiras e particulados em suspenso

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    M

    C

    Aumento do nvel de rudos e vibraes

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    M

    C

    Risco de interferncia na estrutura de imveis vizinhos

    _

    I

    L

    T

    I

    R

    B

    P

    Gerao de Resduos Slidos contaminao do solo e/ou hdrica

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    M

    C

    Recursos hdricos risco de contaminao

    _

    I

    L

    T

    I

    R

    B

    P

    Risco de interferncia no trnsito prximo ao local de implantao

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    M

    C

    Risco de causar danos no asfalto

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    M

    C

    Zoneamento +

    D

    L

    P

    L

    I

    A

    C

  • LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I - IRREVERSVEL C CERTA / P - PROVVEL

  • TABELA 2. Etapa de Implantao do Empreendimento Meio Bitico

    Fatores Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO BITICO

    Alterao da Fauna

    _

    D

    L

    T

    I

    R

    B

    P

    Alterao da Flora

    NS *

    NS *

    NS *

    NS *

    NS *

    NS *

    NS *

    NS *

    Proliferao de doenas

    _

    I

    L

    T

    I

    R

    M

    P

    * NS NO SE APLICA AO CASO

    LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I - IRREVERSVEL C CERTA P - PROVVEL

    P - PROVVEL

  • TABELA 3. Etapa de Implantao do Empreendimento Meio Antrpico

    Fatores

    Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO ANTRPICO

    Gerao de emprego

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    Valorizao do bairro de Boa Viagem

    +

    D

    L

    P

    L

    I

    A

    C

    Valorizao do municpio

    +

    D

    L / R

    P

    L

    I

    A

    C

    Aumento da arrecadao de tributos

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    Dinamizao da economia

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    Aumento da demanda de servios de abastecimento (gua, luz, coleta de lixo)

    _

    D

    L

    T

    I / L

    I

    M

    C

    LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I - IRREVERSVEL C CERTA / P - PROVVEL

  • TABELA 4. Etapa de Operao do Empreendimento Meio Fsico

    Fatores Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO FSICO

    Alterao da Paisagem

    +

    D

    L

    P

    L

    I

    A

    C

    Melhoria da infra-estrutura do terreno

    +

    D

    L

    P

    L

    I

    A

    C

    Atendimento aos ndices urbansticos

    +

    D

    L

    P

    I

    I

    A

    C

    Gerao de Resduos Slidos _

    D

    L

    P

    L

    I

    M

    C

    Uso racional e planejado do terreno

    +

    D

    L

    P

    I

    I

    A

    C

    LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I - IRREVERSVEL C CERTA P - PROVVEL

    P - PROVVEL

  • TABELA 5. Etapa de Operao do Empreendimento Meio Bitico

    Fatores Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO BITICO

    Proliferao de doenas

    _

    I

    L

    T

    I

    R

    M

    P

    Alterao da Fauna

    +

    D

    L

    P

    I

    R

    A

    P

    Alterao da Flora

    +

    D

    L

    P

    L

    R

    A

    C

    LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I - IRREVERSVEL C CERTA P - PROVVEL

    P - PROVVEL

  • TABELA 6. Etapa de Operao do Empreendimento Meio Antrpico

    Fatores Ambientais

    Impacto

    Classificao dos Impactos

    Valor

    Ordem

    Espao

    Durao

    poca

    Reversibilidade Magnitude Ocorrncia

    MEIO ANTRPICO

    Gerao de emprego

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    Valorizao do bairro de Boa Viagem

    +

    D

    L

    P

    L

    I

    A

    C

    Valorizao do municpio

    +

    D

    L / R

    P

    L

    I

    A

    C

    Aumento da arrecadao de tributos

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    Dinamizao da economia

    +

    D

    L

    T

    I / L

    I

    A

    C

    LEGENDA DE CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    VALOR ESPAO POCA MAGNITUDE

    + POSITIVO L - LOCAL I - IMEDIATO A - ALTA

    _ NEGATIVO R - REGIONAL L LONGO PRAZO M - MDIA

    ORDEM DURAO CAPACIDADE DE REVERSIBILIDADE B - BAIXA

    D DIRETA T- TEMPORRIO R - REVERSVEL OCORRNCIA

    I INDIRETA P - PERMANENTE I IRREVERSVEL C CERTA / P - PROVVEL

  • 7. CARACTERIZAO FUTURA DAS REAS DE INFLUNCIA

    7.1 Sem a Implantao do Empreendimento

    possvel que sem a implantao do empreendimento as reas de influncia

    sofram percas com a qualidade ambiental, arrecadao de tributos advindos

    com a gerao de inmeros empregos nas mais diversas reas

    comprometendo assim a valorizao do local como um todo, assim como o

    aumento da gerao de servios advindos com a atividade hoteleira e tambm

    empresarial, considerando ainda a peculiaridade das mesmas serem

    oferecidas num s empreendimento, gerando impacto positivo devido a

    proximidade entre ambos, o que implica diretamente de forma positiva no

    trnsito da cidade.

    7.2 Com a Implantao do Empreendimento

    Caso o empreendimento venha a ser instalado no local, o mesmo contribuir

    de vrias formas com o crescimento e com o desenvolvimento daquele

    ambiente, pois com a possibilidade de expanso imobiliria daquele local,

    desde que de forma sustentvel, a implantao do empreendimento ir

    promover a qualidade da infra-estrutura e do saneamento ambiental nas reas

    de influncia, condies essas estritamente respeitadas e consideradas pelo

    empreendedor.

    Ainda com a perspectiva de instalao do empreendimento, o mesmo

    contribuir na melhoria significativa do local, trazendo benefcios para a infra-

    estrutura, gerando empregos, aumentando a arrecadao de tributos, entre

    outros, favorecendo o crescimento da economia local.

  • 8. CONCLUSO O Memorial Justificativo de Impacto um instrumento de gesto que tem como

    objetivo subsidiar a anlise da viabilidade para a implantao de

    empreendimentos considerados de impacto, conforme lei 16.176/96. O

    presente estudo buscou trazer o maior nmero de informaes possveis e

    consideradas relevantes, com o intuito de caracterizar com clareza as

    caractersticas do empreendimento a ser construdo no lote 5-B situado Rua

    Prof. Alosio Pessoa de Arajo, inserido na quadra S no bairro de Boa Viagem,

    a fim de que o mesmo possa ser analisado pelos rgos gestores competentes

    em tempo hbil, facilitando o entendimento do assunto abordado.

    Neste sentido, cabe ainda indicar se a implantao do empreendimento

    vivel do ponto de vista tcnico-ambiental, tendo como base todo o

    levantamento aqui descrito. Para tanto, seguem abaixo as justificativas

    consideradas:

    Considerando as caractersticas positivas intrnsecas ao bairro de Boa

    Viagem, sabe-se da necessidade de implantar novos empreendimentos

    no ramo hoteleiro, e melhor ainda de maneira sustentvel, o que o

    caso, que possibilitem acomodar os hspedes de modo a agregar

    qualidade de vida para todos, inclusive para o restante da cidade, pois

    uma vez em que um maior nmero de pessoas tenha a possibilidade de

    se instalar em um local de fcil acesso, prximo a empresariais, centros

    de compras, praia, agncias bancrias, entre outros, isto certamente

    facilitar no deslocamento destas que porventura possam fazer a

    maioria dos seus percursos sem utilizar o transporte particular. Sabe-se

    tambm da necessidade de conscientizao, alm do favorecimento

    acima, porm sem dvida o primeiro ir contribuir com o aparecimento

    do segundo;

    A construo e posterior funcionamento da loja ir contribuir com mais

    prestao de servios aos usurios;

  • Eventos futuros como a Copa de 2014, certamente iro necessitar de

    mais empreendimentos hoteleiros para abrigar uma demanda bastante

    considervel de pessoas que precisaro vir e se instalar

    temporariamente na cidade, existindo uma grande insuficincia de

    empreendimentos desta natureza em toda RMR;

    A implantao e posterior operao do empreendimento em questo, ir

    contribuir com a economia do municpio, atravs do aumento da

    arrecadao de tributos, dinamizando a economia local, entre outros

    benefcios;

    Tambm a implantao e posterior operao do empreendimento, ir

    contribuir na gerao de inmeros empregos nos mais variados setores

    de servio e comrcio;

    A cidade ser atualmente carente em cobertura vegetal e conforme o

    prope o projeto, ser destinada uma enorme rea verde caso o

    empreendimento venha a ser instalado, alm da implantao do PRAV,

    conforme j informado;

    De acordo com o levantamento aqui realizado no ter sido identificado

    nenhum impacto NEGATIVO considerado significativo, considerando os

    fatores ambientais, sociais e econmicos da rea, ao contrrio, haver a

    possibilidade do surgimento de vrios impactos POSITIVOS, com a

    instalao e posterior operao do empreendimento;

    Por fim, estando o projeto de acordo com as normas vigentes nos

    aspectos legais referentes a construo, assim como a possibilidade de

    crescimento sustentvel da regio, conclui-se que o empreendimento

    vivel do ponto de vista tcnico-ambiental para o referido local.

    preciso ainda destacar que com a possibilidade de o empreendimento no vir

    a ser implantado, por si s implicar em perdas de oportunidades de melhorias

  • para o ambiente, considerando os componentes fsicos, ambientais e

    socioeconmicos das reas de influncia aqui tratadas.