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Memorial Descritivo: Book trailer, uma ferramenta para escritores
iniciantes Memorial Descritivo:
Book trailer, uma ferramenta para escritores iniciantes
Memorial Descritivo: Book trailer, uma ferramenta para escritores
iniciantes
Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação
Curso de Comunicação Social
Trabalho de Conclusão de Curso
Memorial Descritivo do curta-metragem:
Mais que refrão
Autor: Maiza Duarte Sousa
Orientador: Prof. Me. Alex Vidigal Rodrigues de Sousa
Brasília – DF
2017
MAIZA DUARTE SOUSA
MEMORIAL DESCRITIVO DO CURTA-METRAGEM:
MAIS QUE REFRÃO:
Memorial Descritivo referente ao curta-metragem
apresentado ao curso de Comunicação Social da
Universidade Católica de Brasília como requisito
parcial para obtenção do Título de Bacharelado em
Publicidade e Propaganda.
Orientador: Prof. Me. Alex Vidigal Rodrigues de Sousa
Brasília
2017
“Se os olhos são as janelas da alma,
os ouvidos são as portas que levam a ela.
E quem tem a chave dessa porta é a música”
(Thiago Barreto)
Dedico esse trabalho a todos que contribuíram
para que ele fosse realizado e aos meus pais que
sempre me apoiaram. Minha conquista, sem
dúvida, é metade minha e inteira deles.
AGRADECIMENTO
A realização desse projeto, só foi possível graças à ajuda daqueles que acreditaram,
que mesmo pela minha inexperiência na área de diretora e roteirista, o projeto teria
potencial para algo de qualidade e assim se doaram para dar substância a ele.
Como agradecimento inicial eu não poderia deixar de citar o meu assistente de
direção, Iago Kieling, que esteve comigo desde o início, na formação de equipe,
seleção de atores, visita a locações, ajudando no brainstorming, planejando e
desenvolvendo-o na Universidade. Esteve comigo em todos os dias de filmagens e
em quase todos os momentos relativos à produção do curta. Tê-lo ao meu lado
nesse projeto foi de grande relevância, sua paciência, dedicação e cuidado foram
essenciais para o andamento desse trabalho (afinal calma moça, vai dar certo).
É de grande importância também o agradecimento aos atores que abraçaram o
projeto, se esforçaram, dedicaram tempo a reuniões, as gravações, sempre
dispostos a agregar no projeto, em especial, Amanda Rodrigues com suas palavras
de motivação e carinho, e que esteve comigo na fase de pós-produção, obrigada
Luísa Agnes, Gabriel Montera e Benny Silva.
Outro importante núcleo a ser citado é o dos que ajudaram a formar a equipe de
filmagem em algum momento, entre eles: Pedro Jorge, responsável pela direção de
fotografia, sempre paciente e focado me mostrando o que era ou não possível, a fim
de um resultado com qualidade, Bruno Mendes, e suas dicas para cenografia, Caio
Eduardo Almeida, responsável pelo som direto, e colaboração na produção de
algumas cenas, Mikahely Almeida, produtora, e Breno Esaki que participou nos
últimos momentos de gravações e fez a fotografia para a capa do DVD (viramos até
modelos né). Todos entregaram um resultado maravilhoso, sendo comprometidos no
set de filmagem.
Na fase de pós-produção, devo deixar meus agradecimentos ao Homero, Matheus,
Clarissa, Samuel, (seu terrorismo que me incentivou muito hein), e ao Fabio pela
finalização de imagem e áudio incrível, vocês arrasam! Muito obrigada por toda a
atenção e pelas mensagens que me incentivaram a continuar, mesmo depois de
tantos problemas.
Obrigada Marcos Fernandes pelas dicas para amenizar a ansiedade que foi grande,
e por sempre entender quando eu falava que precisava sair mais cedo do trabalho,
você é demais. Obrigada família por torcer tanto por mim e por esse projeto.
Por fim, devo deixar meus agradecimentos ao meu orientador Alex Vidigal, a quem
apresentei o projeto, logo no início do sexto semestre, cursando laboratório de
projetos, e desde essa época ele já foi me auxiliando no embasamento teórico,
desenvolvendo brainstorming e sendo um motivador para a realização do mesmo.
Do mesmo modo aos professores que toparam serem avaliadores na banca II:
Florence Dravet e Leandro Bessa
RESUMO
Referência: SOUSA, Maiza Duarte. Curta-metragem, mais que refrão. 2017. 95
páginas. Memorial descritivo (Comunicação Social - Publicidade e Propaganda),
Brasília, 2017.
O presente trabalho trata-se de um curta-metragem, que conta a história de paixão
pela música, apresentando sentimentos de um jovem rapaz que vive sozinho, e que
tem na música uma companheira e agora parceira já que ela o ajuda a se aproximar
de uma menina, assim como para quem canta, que acredita que através da música
é possível fazer a diferença, ‘tocar’ e encantar as pessoas de alguma forma. O curta-
metragem narra o afeto que existe com a música para quem vive com ela,
mostrando toda essa magia que a envolve, foi através dela que o casal teve seu
primeiro contato, ela os uniu. Mais que refrão se utiliza do conceito de storytelling
para divulgação de uma produtora musical.
Palavras-chave: storytelling, música, comunicação, transmidia, audiovisual.
ABSTRACT
Reference: SOUSA, Maiza Duarte. Short film, more than chorus. 2017. 95 pages.
Descriptive Memorial (Social Communication - Advertising and Propaganda),
Brasília, 2017.
The present work deals with a short film, which tells the story of a passion for music,
presenting the feelings of a young boy who lives alone, and who has in music a
companion and now a partner since she helps him to approach A girl, as well as for
those who sing, who believes that through music it is possible to make a difference,
'touch' and enchant people in some way. The short film narrates the affection that
exists with the music for those who live with it, showing all the magic that surrounds
it, it was through her that the couple had their first contact, it united them. More than
chorus is used the concept of storytelling for the release of a music producer.
Keywords: storytelling, music, communication, transmigration, audio-visual.
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO...........................................................................................11
2. OBJETIVOS ...................................................................................................14
2.1. OBJETIVO GERAL..............................................................................14
2.2. OBJETIVOS ESPECÍCOS...................................................................14
3. METODOLOGIA..............................................................................................15
3.1. MEMORIAL DESCRITIVO....................................................................15
3.2. PRODUÇÃO DE UM CURTA-METRAGEM.........................................15
3.2.1. CONCEITUAÇÃO............................................................................15
3.2.2. SIMBOLOGIA NO CURTA..............................................................16
3.2.3. CENA DE ABERTURA....................................................................16
3.2.4. PERSONAGEM CENTRAL.............................................................16
3.2.5. ENCERRAMENTO..........................................................................17
4. A COMUNICAÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE..............................................18
4.1. A CONVERGÊNCIA DOS MEIOS E O CONSUMIDOR DO SÉCULO
XXI........................................................................................................18
4.2. A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: NARRATIVAS E
STORYTELLING...................................................................................20
5. STORYTELLING E O AUDIOVISUAL............................................................21
5.1. O STORYTELLING E A PUBLICIDADE...............................................21
5.2. A LINGUAGEM AUDIOVISUAL: CARACTERISTICA DE
PRODUÇÃO.........................................................................................22
6. PERSSUAÇÃO E ENVOLVIMENTO..............................................................23
6.1. A RETÓRICA E A LINGUAGEM DE PERSSUAÇÃO...........................23
7. DIARIO DE BORDO........................................................................................24
8. CONOGRAMA DE PESQUISA.......................................................................55
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................56
10. REFERÊNCIAS...............................................................................................58
APÊNDICE A...................................................................................................61
1. SINOPSE..............................................................................................61
APÊNDICE B...................................................................................................62
2. ROTEIRO- PRIMEIRA VERSÃO..........................................................62
2.1. ROTEIRO- VERSÃO FINAL.................................................................66
APÊNDICE C...................................................................................................71
3. PRIMEIRA VERSÃO DO ROTEIRO DECUPADO................................71
3.1. VERSÃO FINAL DO ROTEIRO DECUPADO.......................................75
APÊNDICE D...................................................................................................79
4. DECUPAGEM DE PRODUÇÃO...........................................................79
APÊNDICE E...................................................................................................82
5. FOTOS DO DIÁRIO DE BORDO-GRAVAÇÕES..................................82
APÊNDICE F...................................................................................................83
6. LETRA DA MÚSICA “MESMO SOZINHO”...........................................83
APÊNDICE G...................................................................................................84
7. CAPA DVD............................................................................................84
APÊNDICE H...................................................................................................85
8. CARTAZ DE DIVULGAÇÃO.................................................................85
APÊNDICE I....................................................................................................86
9. BRIEFING DE ATENDIMENTO............................................................86
APÊNDICE J...................................................................................................89
10. ENTREVISTAS.....................................................................................89
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1. APRESENTAÇÃO
O tema proposto, o storytelling, vem ganhando destaque na
comunicação. O termo em inglês se resume a palavra story -narrar, que se
junta a palavra telling -ação. Contar histórias é essencial ao ser humano, e está
presente desde os tempos dos homens das cavernas, com suas artes rupestre-
figuras desenhadas em paredes de cavernas, assim como nas nossas
lembranças de infância que quase sempre são pautadas por histórias que
ouvimos dos nossos avós, pais e tios.
A narrativa aproxima as pessoas configurando uma troca de mensagens
da realidade, assim como a música, que está presente na vida de todo mundo,
independente do estilo ela serve para relaxar, divertir, relembrar o passado,
pensar no futuro. A música nos emociona, nos conecta, e para quem canta, ela
representa muito mais que sonho, é uma forma de tocar as pessoas, de se
aproximar e fazer a diferença, seja relembrando algo, ou inspirando, através
dela e de toda essa magia que a envolve, é possível ser exemplo de
companheirismo, dedicação e fé.
Seja em contos, fábulas, mitos a “a arte de narrar histórias” cativa o
público através da identificação que é capaz de despertar e em uma era digital,
a busca pela inovação na forma de comunicação é de grande relevância, a fim
de impactar e tornar memorável a sua mensagem perante o público. Segundo
Swann apud Jenkins (2009), se o espectador não for entretido ou intrigado por
algum tempo, irá mudar de canal.
O surgimento e a popularização da Internet mudaram o cotidiano das
pessoas e a forma de se relacionarem. Segundo Raquel Recuero (2009),
mudanças profundas ocorreram na forma de organização, identidade,
conversação e mobilização social após o advento das redes sociais na Internet.
Essa mudança acabou trazendo impactos na forma de se comunicar, exigindo
assim novas formas para se difundir uma mensagem, de se dialogar e trocar
informações, e logo o tema proposto se encaixa de forma bastante conveniente
ao momento em que vivemos.
O storytelling permite uma maior empatia do público com uma marca,
pois é uma forma que apresenta uma narrativa diferenciada, como forma de
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alcançar seu público, prendendo sua atenção, despertando desejos e
emoções, se tornando um meio poderoso de lançar campanhas publicitárias.
Este trabalho apresentará um estudo sobre o storytelling e metodologia para
divulgação de uma produtora musical, o Estúdio Zero11, que faz a produção
musical de artistas nacionais e locais. Que história é essa de contar histórias?
Quais plataformas devemos usar? Como atrair a atenção das pessoas? Como
conquistar consumidores?
A ideia de investir em um produto audiovisual para uma produtora
musical se deu devido à pouca ou quase nada publicidade voltada para essa
área, e depois de conversas com músicos que também se questionavam que a
escolham pelo serviço de uma produtora se dava por indicações e não pela
divulgação com publicidade, resolvi desenvolver um produto para esse público,
e a escolha pelo Estúdio Zero11 em específico se deu pela grande quantidade
de elogios e indicações, mesmo aqueles que ainda não haviam utilizado o
serviço sempre tinha algo de positivo para falar da produtora.
As pessoas gostam de ouvir e contar histórias, “boas histórias”, criando
laços de afinidade e emoção entre quem ouve e quem conta. Assim, esse
estudo é importante, pois como futuros profissionais de comunicação,
acreditamos na importância de conhecer o storytelling, buscando a melhor
maneira de contar histórias interessantes, e que também valorize a marca.
O storytelling transmedia faz parte da nova forma de se comunicar. A
Cultura da Convergência é uma mescla de experiências de um novo paradigma
para entender a transformação midiática. Segundo Jenkins (2009), a cultura de
convergência reflete nos meios de comunicação, na cultura participativa e
inteligência coletiva. É o encontro das velhas com as novas mídias onde o
poder do produtor de mídia e o poder de consumidor interagem das várias
maneiras possíveis.
Jenkins (2009) afirma que toda história importante é contada, toda
marca pode ser vendida e todo consumidor vai ser buscado por meios de todas
as mídias possíveis. A circulação de conteúdos depende da participação ativa
dos consumidores. Ele afirma que a cultura da convergência não tem a ver
somente com o processo tecnológico, mas sim de uma transformação cultural.
O consumidor é levado a buscar novas informações e fazer conexões em meio
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a conteúdos dispersos. Para ele, hoje vivemos na era da cultura participativa.
Durante o processo da produção audiovisual, o profissional da
publicidade deve inovar; o óbvio deixa de ser uma alternativa. Busca-se
“pensar fora da caixa”, fazendo uso do storytelling, como meio de dialogar com
o cliente, em campanhas que o encantem e o tornem fiel à marca. Para que a
técnica funcione, a história deve conter elementos que seduza e emocione o
telespectador. Buscar a identificação do público com a história que é contada é
essencial para o sucesso da campanha.
E agora, busco por transmitir essa identificação, essa mensagem sobre
motivação, inspiração através da música, alinhado a um romance, numa
combinação de melodia e amor, pois no fundo só queremos uma desculpa para
nos aproximar, afinal ninguém quer ficar sozinho.
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2. OBJETIVOS
2.1. GERAL
Produzir um curta-metragem para divulgação da produtora musical Estúdio
zero 11.
2.2. ESPECÍFICOS
a) Discutir sobre a comunicação no século XXI e como o público se
identifica e reage a ela.
b) Compreender o storytelling e apresenta-lo na publicidade
c) Compreender as etapas de produção audiovisual
d) Divulgar a produtora musical estúdio zero 11
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3. METODOLOGIA
3.1. MEMORIAL DESCRITIVO
Será utilizado neste projeto a elaboração de um memorial descritivo-
revisão bibliográfica e filmografia, processo de análise de livros, artigos e
textos.
3.2. PRODUÇÃO DE UM CURTA-METRAGEM
Será desenvolvido um curta-metragem com cerca de 3 minutos de
duração, que contará uma história de amor pela música. O curta se
desenvolverá com a história de um jovem rapaz que destaca seus sentimentos
e suas crenças em alguns momentos utilizando-se do voice over.
3.2.1 CONCEITUAÇÃO
O curta foi desenvolvido com uma preocupação em signos, exigindo um
trabalho maior na cenografia de algumas cenas. Ao longo do curta são
transmitidas mensagens indiretamente.
Um importante objeto que merece destaque é o porta-retratos na
estante, o porta-retratos sem foto simboliza e ressalta a ideia que o jovem viveu
e vive sozinho, os elementos ligados á música mostram que ela sempre esteve
com ele, ela que tem sido sua companheira mesmo com o passar dos tempos
ela estar lá, seja pelos vinis, seja pelo rádio, sendo então a música a ‘salvação’
dessa solidão, e através dela ele pode ser sinônimo de fé, ao não desistir de
encontrar a garota, sinônimo de dedicação ao compor uma música para ela.
Os amigos do casal também merecem um destaque A amiga serve
como motivadora, o amigo como um desafiador. Foi pensado numa paleta
marrom, para transmitir a ideia de suavidade, sutileza, seja nas roupas do
personagem central, para harmonizar com o violão, seja nos objetos de cena,
como o sofá, o porta-retratos, o rádio, os livros.
Então conceitualmente falando podemos dizer que através da música
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você se aproxima, de outras pessoas, através dela podemos tocá-las e fazer a
diferença.
O curta recebeu o nome de “Mais que refrão”, como alusão a uma
composição que não se limita apenas ao refrão, na composição musical a letra
tem uma forma de chamar a atenção do ouvinte, alterando entre palavras e
frases para um enfoque emocional, outro importante elemento que merece
destaque a composição cantada pelo personagem.
3.2.3. SIMBOLOGIA NO CURTA
Algumas cenas do curta merecem uma maior atenção na explicação
devido a sua conceituação.
3.2.4. CENA DE ABERTURA
Segundo Syd Field (1982) sempre há uma apresentação do personagem
acompanhada de um gatilho, primeiro apresentar o personagem e, o gatilho
levar a história adiante. Assim temos na cena de abertura elementos que
indicam que o personagem central é um jovem, que mora e vive sozinho e tem
na música uma grande parceira, acompanhado por um voice over em que o
personagem cita como seria a vida com e sem ela, fazendo por vezes o
espectador acreditar que ele se refere a jovem, frases como ‘ah a vida sem ela
seria um vazio’, mostrando o porta-retratos sem foto ou “Ela me dá coragem e
com ela eu me aproximo das pessoas”, e ainda “Viver com ela é desafiador,
encantador”, enquanto mostra-se o rádio e o vinil, remetendo a ideia de que é
desafiador viver da música.
3.2.5. PERSONAGEM CENTRAL
Amante da música, o jovem que seguia destino entediado, e que é
impedido de ouvir uma música devido à falta de bateria, é surpreendido pela
jovem que senta ao seu lado, ele se vê encantado pela jovem que parece
escutar algo muito intenso já que o ignora e não percebe que ele a observa.
Ao perceber que era hora de desembarcar, seguido pela pressa o
personagem acaba desconectando os fones de ouvido do celular já jovem que
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tem então a música revelada, a personagem escutava Beatles, a mesma
música que o jovem queria escutar se não fosse a falta de bateria.
E Beatles? Porque mesmo a banda pertencendo a um gênero de rock
clássico, ela foi e continua sendo a maior banda de todos os tempos,
independente do estilo ela tornou-se referência para quem é músico e como o
jovem que não se apega a um estilo musical, mas que também curte Beatles,
essa é uma forma de aproximação, algo em comum que os dois possuem,
sendo a música então o maior fator de aproximação desse casal, mesmo
quando achamos que eles não conseguiriam mais se encontrar.
O personagem que prega a questão da solidão, usa sempre cores
neutras, com tons mais sutis, amarelo desaturado, mas com o detalhe de uma
fita cassete na camiseta, mais uma vez remetendo seu apego a música.
3.2.6. ENCERRAMENTO
Na cena final acontece o encontro do casal, depois do primeiro contato
de forma rápida e confusa, no encerramento eles finalmente estão juntos, bem
mais à vontade, descontraídos. Um detalhe que é importante ressaltar é o
porta-retratos agora com uma foto, a foto dos dois seguidos pelo lettering
‘conecte-se’ reforçando essa ideia de aproximação através da música.
A música também é elemento que merece um destaque, na cena final
temos então a revelação da composição que Augusto escrevera e ensaiava,
mais uma vez mostrando a música como sua companheira nas frases do refrão
“mesmo sozinho eu vou cantar, histórias de algum lugar”. Já no início da
música a frase “painho me falou que tem que ter mais que refrão” remetendo
ao conceito de que a música não se limita apenas ao refrão, a uma produção
musical, ela é muito mais, é o envolvimento, o encantamento.
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4. A COMUNICAÇÃO NA PÓS MODERNIDADE
4.1. A CONVERGÊNCIAS DOS MEIOS E O CONSUMIDOR DO SÉCULO XXI
Atualmente as novas e velhas mídias passam a interagir umas com as
outras, e convergem, transmitindo maior informação e interação para o público.
Com a convergência dos meios, o público tem mais opções, e escolhe o que
deseja consumir, o conteúdo que antes era restrito, com poucas opções para a
grande massa hoje apresenta mais opções, onde cada público tem o seu
preferencial.
A fim de criar um vínculo emocional com o público, que agora escolhe o
que consome, as marcas buscam com que seus consumidores se tornem fãs,
aproximando o público da marca, uma economia afetiva, moldando seus
desejos para direcioná-lo na hora da compra. “A economia afetiva refere-se a
uma nova configuração de marketing (...) procura-se entender os fundamentos
emocionais da tomada de decisão do consumidor, como uma força motriz por
trás das decisões de audiência e de compra” (JENKINS, 2009, p.96).
Na época de convergência midiática, Jenkins também ressalta, que a
convergência não ocorre apenas nos meios de comunicação, mas também
dentro de cada indivíduo, sendo um processo mais cultural do que tecnológico.
O público incorpora o conteúdo em diversos meios, a narrativa transmídia, a
fim de dar maior visibilidade ao conteúdo exposto. Esse consumidor atual,
influência no produto ou serviço e no resultado de um veículo de mídia.
A experiência não deve ser contida em uma única plataforma de mídia, mas deve estender-se ao maior número possível delas. A extensão da marca baseia-se no interesse do público em determinado conteúdo, para associá-lo repentinamente a uma marca” (JENKINS, 2009, p.108).
Na modernidade a identidade é uma escolha pessoal, individual, tornando-se
reflexiva e sujeita a mudança e logo tornando-se um problema, uma indecisão.
“Porque nunca estamos certos de que fizemos a escolha certa, de que estamos
escolhendo nossa “verdadeira” identidade, ou que ao menos criamos uma
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identidade” (KELLNER, 2001, p.296)
O storytelling, e seu poder de chamar a atenção, é algo ancestral, as
narrativas também ressaltam a imagem marca, gerando confiabilidade e
empatia com o telespectador. Ao contar uma história pode-se desenvolver
ambientes e situações onde o público tenha uma “identidade”, criando uma
interação. O storytelling é uma forma eficaz de transmitir, qualidades e valores
da marca, na construção da sua identidade, que na pós-modernidade tende a
ser construída com imagens de lazer, e a publicidade faz uso dessas imagens
e retóricas para vender o produto ou serviço.
Essas imagens projetam modelos sociais e sexuais, formas apropriadas e inapropriadas de comportamento, estilo e moda, além de comportarem engodos sutis que levam a identificação com certas
identidades e a sua imitação” (KELLNER, 2001, p.330)
Para criar essa identificação entre consumidor e marca, as empresas
querem estabelecer uma relação a longo prazo, querem que esse consumidor
se torne fiel ao seu produto ou serviço. A marca então, apresenta-se com
sentimento, agrega valor, traz benefícios pessoais e sociais, com campanhas
em que o público se identifica, impactantes e emocionais para se tornarem
memoráveis. “Os indivíduos aprendem a identificar-se com valores, modelo de
comportamentos sociais através da propaganda...importante instrumento de
socialização...determina a demanda do consumidor” (KELLNER, 2001, p.322).
4.2. A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: NARRATIVAS E STORYTELLING
Narrar é contar uma história real, fictícia ou juntar os dois. A narração faz
uso da fala, da escrita, ou da imagem para expor acontecimentos reais ou do
imaginário. A humanidade vem contando histórias desde seu surgimento, por
meio da fala, ou mesmo antes disso, através de gestos e pinturas.
Segundo Cogo (2012) a narrativa é um fator central no desenvolvimento
moral de uma pessoa, sendo uma forma de cognição e está presente em todos
os lugares, em todas as sociedades. Para ele, todos os grupos humanos,
independentes de classe social ou grau de instrução, possuem suas narrativas,
e essas narrativas são apreciadas por homens de cultura diferente, “a narrativa
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genuína seria um discurso aberto”.
Ao contar histórias cria-se uma relação com o público e uma expectativa
que vai além da compra, criando empatia e uma relação de amizade,
permitindo uma relação de longo prazo entre marca e público.
As narrativas não são "mero discurso", elas também significam uma ação, uma forma pública de assumir uma posição, um compromisso, e podem ser o primeiro passo para uma relação. O que mais as pessoas querem, em um mundo de individualismo, impaciência, saturação, é exatamente a possibilidade do diálogo. (COGO, Rodrigo. Entrevista em 13 de maio de 2016)
As histórias reais tendem a provocar mais envolvimento, levar o público
para “a sua história” passa credibilidade, é uma comunicação forte que cria um
relacionamento sólido com o público e agrega valor à marca de forma
autêntica.
As histórias reais têm o poder de conectar indivíduos com conteúdo de maneira bem mais intensa que outros formatos de organização de narrativas. A saturação no ambiente social, em termos de circulação de mensagens, é muito alta, o que afasta e dispersa as pessoas que precisam ser atingidas ou afetadas pelas peças comunicativas. Então, as histórias reais têm sido um recurso de (re) aproximação e de mostrar raciocínios que tenham mais relação com o cotidiano das pessoas, e assim façam mais sentido e sejam mais memoráveis. Elas conseguem repassar determinada mensagem, sem o peso de um discurso oficial, que acaba sendo diminuído em importância dado o ceticismo das pessoas, que cada vez menos confiam neste gênero de narrativa. (COGO, Rodrigo. Entrevista em 13 de maio de 2016)
5. STORYTELLING E O AUDIOVISUAL
5.1. O STORYTELLING E A PUBLICIDADE
A relação entre o audiovisual e a publicidade é de grande importância,
fazendo o uso do som e imagem o anúncio publicitário não apenas demonstra
um produto ou serviço, mas desperta e prende a atenção do telespectador
permitindo-o a possibilidade de mudança, de hábito ou história. “Só o
espectador que presta atenção à história é capaz de se emocionar”
(BARRETO, 2004: p. 64).
As primeiras pistas de projeções visuais e as tecnologias desenvolvidas
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na área de produção audiovisual no século XXI, e ganharam um papel
fundamental na cultura dos povos e sociedade, no âmbito do entretenimento,
para o conhecimento ou para a propaganda. Esse processo é de grande
importância no estudo de materiais atuais na área da publicidade, contando
com o fato de que a produção audiovisual não mais está presente apenas no
meio TV, mas também como na internet e como produto da convergência dos
meios.
Dos Irmãos Lumière ao surgimento da TV e a partir da internet, à
importância do audiovisual e do “contar histórias” ganha pelos meios de
comunicação e pela publicidade a partir dos meios audiovisuais, e a
participação de outro conceito muito explorado na presente década: a técnica
do storytelling, utilizado para contar histórias de empresas que desejam
transpor a relação da sua marca com seus produtos de forma mais notável e
inspiradora.
Contar uma história sobre uma marca permite uma gama de
possibilidades, a publicidade deixa de ser engessada e passa a trabalhar a
imaginação daqueles que têm contato com a história que é contada. Dessa
forma, uma narrativa permite falar sobre um produto de forma mais sensível,
clara e próxima com seu consumidor, o que proporciona o público a se
familiarizar com os produtos. Segundo Cogo (2012), atingir proximidade com o
público facilita a influência no consumo dos indivíduos, sendo assim um
método poderoso para atribuir valor de forma mais rápida e eficaz na mente
desse consumidor.
Gerar empatia com a história de vida do público e estabelecer laços são
maneiras eficazes de vender uma ideia, porém quando todo o enredo se baseia
na venda de um produto, estabelecer laços de confiança se torna difícil. Dessa
forma, a criação de histórias na publicidade deve-se assemelhar com as
histórias vividas pelo público-alvo, deve-se mostrar um cenário comum, entre
marca e consumidor, como meio para buscar empatia e estabelecer laços de
confiança e afinidade.
5.2. A LINGUAGEM AUDIOVISUAL: CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO
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O roteiro é a parte escrita de um projeto audiovisual, o roteiro é a
elaboração do argumento de um filme, peça ou texto para teatro. Para
Comparato (2000), um roteiro deve conter informações que obedecem uma
estrutura lógica contendo 6 etapas de criação: da ideia, do conflito,
personagens, ação dramática, tempo dramático e unidade dramática.
Primeiro deve se ter uma ideia principal e um conflito a ser resolvido. No
conflito ‘fazemos um esboço e começamos a imaginar a história, tendo como
partida uma frase a que chamamos de story line” (COMPARATO, 2000). O
story line vai trabalhar a condensação do conflito básico em palavras. Ele deve
ser breve, conciso e eficaz, pois deverá conter em poucas linhas um resumo da
história a ser contada na produção.
Um passo importante na elaboração de um roteiro é a criação das
características dos personagens. Esses personagens irão viver o conflito
básico. Kit Redd apud Doc Comparato, recomenda que os roteiros sejam
revistos a partir dos personagens. Na visão dele, são os personagens que
juntos constroem um argumento. O processo de elaboração de um
personagem se dá através da construção do argumento, onde será desenhado
o personagem, sua história, localização, tempo e espaço na história.
Comparato, afirma que para a elaboração de um roteiro necessita-se o
desenvolvimento da “ação dramática”. Essa seria a quarta etapa da elaboração
do roteiro e é como será contado o conflito básico, vivido pelos personagens.
“Ao que, quem, onde e quando, juntamos então o como, de que maneira
vamos contar essa história”, assim define Doc. A ação dramática é a
construção da estrutura e sequência do roteiro de um filme. Aqui deve conter
as sequências, narradas de forma imprecisa, composta por cenas,
determinadas pelas alterações do espaço e a participação dos personagens.
Será organizado o enredo das cenas. Na quinta etapa, Doc fala sobre o tempo
dramático que seria a parte mais complexa do roteiro. Nessa fase, se
desenvolve uma ação e delimita o tempo em que ela decorre, podendo ser
lento, rápido, ágil e etc.
Paul Jackson apud Comparato, afirma que o tempo é o segredo para
qualquer bom texto dramático. Nessa etapa é definido quanto tempo terá cada
cena. Os personagens se desenvolvem e dialogam – e o espectador irá
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conhecê-los.
A cena abre-se, desenrola-se e acaba. Colocaremos as emoções, a personalidade e os problemas de cada personagem: aquilo que há de suceder detalhadamente em cada cena. É o primeiro rascunho do roteiro a que se juntarão revisões, correções ou retoques. ” (COMPARATO, 2000, p. 27)
A sexta e última etapa é a unidade dramática, ou seja, a fase final. Neste
ponto, o roteiro já deverá estar pronto para a execução e gravação das cenas e
será o guia na execução da produção audiovisual.
6. PERSUASÃO E ENVOLVIMENTO
6.1. RETÓRICA E A LINGUAGEM DA PERSUASÃO
Ver uma peça de comunicação e de fato prestar atenção ao conteúdo lá
exposto, provocando mudanças não é uma tarefa fácil para os profissionais de
comunicação. Mas através das narrativas estabelece-se uma relação de
confiança, intimidade entre quem ouve e quem conta, desenvolvendo uma
relação de comprometimento.
Segundo Citelli (2004), a publicidade desenvolve um processo de
persuasão, de acordo com três discursos: Autoritário, Polêmico e Lúdico. O
discurso autoritário, como o próprio nome sugere, é baseado na autoridade no
emissor, no discurso polêmico são apresentadas diferentes versões, para que
se haja identificação com uma visão e o discurso lúdico traz aspectos
cativantes e emocionais, de convencimento. O autor ressalta que são formas
híbridas, e com preponderância de uma sobra a outra: “Assim sendo, o
polêmico pode conter o lúdico, ou o autoritário o polêmico etc. ocorre que uma
das formas estará sempre em situação de dominância, sendo mais visível (...)”
(CITELLI, 2004, p.41).
Assim a linguagem e a persuasão são elementos que caminham juntos,
com o objetivo de convencimento do espectador por vezes de maneias sutis
por outras mais autoritárias.
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7. DIÁRIO DE BORDO
15 de agosto de 2016- Primeira orientação
Local: Biblioteca da UCB
Horário: 17h
Na primeira orientação, cheguei super nervosa, mas empolgada com o projeto,
a ideia de falar sobre storytelling não era recente, e surgiu em um trabalho na
disciplina de direção de arte, mas apesar da empolgação ainda estava cheia de
dúvidas, como criar um VT que se torne memorável? Como chamar atenção
das pessoas, contando uma história? O Vidigal, indicou o livro de Cultura da
Mídia, de Douglas Kellner, capítulo 7, em que aborda-se a questão da
identidade na pós- modernidade, na primeira leitura, o capítulo me pareceu
complexo, exigindo uma maior concentração de leitura e interpretação. Para o
segundo encontro o qual iríamos debater a respeito, fiquei confusa, e já estava
irritada ao mesmo tempo pela dificuldade de interpretação do capítulo, iria para
a segunda orientação mais nervosa ainda, por não conseguir compreender a
fundo a construção da identidade pós-moderna, espero que essa dificuldade
passe rápido.
22 de agosto de 2016- Segunda orientação
Local: Lanchonete bloco K (UCB)
Horário: 17h
Na segunda orientação o Vidigal trouxe a título algumas questões para reflexão
e me fez ler novamente o capítulo, alguns parágrafos exigiam minha releitura
por até 3 vezes. Em paralelo resolvi conversar com alguns amigos cantores, e
entender um pouco mais do público em potencial do estúdio, descobrir quem
são essas pessoas, seus desejos, anseios.
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29 de agosto de 2016- Orientação
Local: Lanchonete bloco K (UCB)
Horário: 17h
Por fim compreendi a abordagem do autor e sua reflexão sobre identidade e
identificação, e também entendi porque o Vidigal insistiu tanto para que essas
questões de identidade e identificação ficassem claras, a fim de fortalecer
minha base teórica, para uma melhor construção do roteiro. Já pude então
identificar a identidade do estúdio, e começar a pensar como trazer isso para o
meu VT, o Vidigal sugeriu que eu procurasse artigos sobre amores líquidos de
Zygmunt Bauman para a próxima orientação.
5 de setembro de 2016- Orientação
Local: Estúdio de fotografia
Horário: 17h
Ao ler artigos relacionados a obra de Zygmunt Bauman, pude compreender a
fragilidade dos laços atualmente, mas não onde se encaixaria no produto, já
que a ideia é totalmente o contrário, que é fortificar os laços e mais uma vez
duvidas e questionamentos vem à tona, porque lê sobre fragilidade dos laços
se o que eu quero no meu produto é totalmente o contrário? E onde essa
fragilidade se encaixa no meu objeto de estudo?
13 de setembro de 2016- Entrevistas
Local: Minha casa
Horário: 21h
Resolvo dar continuidade com as entrevistas, porém documentando agora,
converso com pessoas que já gravaram ou ensaiam no estúdio assim como,
artistas que apenas já ouviram falar, (os comentários são sempre positivos em
relação ao lugar) converso também com cantores de diversos estilos musicais,
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sertanejo, pop, forró, rock, entre as perguntas que voltam-se a entender fatores
decisivos na hora da compra pelo serviço, resolvi incluir uma mais pessoal e
um pouco óbvia : O que a música representa pra você? Me surpreendi com
algumas respostas, que chegavam a ser encantadoras, alguns artistas sonham
apenas em tocar as pessoas e fazer a diferença de alguma forma, desligá-las
dos problemas diários. Reunindo essas informações cheguei a um conceito:
conecte-se.
Dia 26 de Setembro de 2016- Orientação
Local: Estúdio de Fotografia
Horário: 17h
Levei para o Vidigal, meus questionamentos com relação aos textos de
Bauman onde essa fragilidade se encaixa no meu objeto de estudo? E ele me
fez refletir que no atual mundo em que vivemos, muitos artistas gravam suas
próprias músicas em casa, sem auxílio de produtora musical, assim os home
studios poderia substituir a produtora, e a casa tornara-se o líquido, portanto a
fragilidade. Agora sim pude compreender a reflexão acima de Bauman, assim
como é importante saber a mensagem que deve conter no VT, é saber o que
não deve, afim de evitar essa “fragilidade dos laços”. Então resolvi incluir
também nas minhas perguntas, algo que gire em torno disso como: Alguns
artistas acabam montando estúdios em casa e realizando suas próprias
gravações, sem empoderar a produtora. Você acredita que com o avanço da
tecnologia isso pode se tornar tendência e a procura pelo serviço pode
diminuir?
Dia 2 de outubro de 2016- Posso vender uma música?
Local: Minha casa
Horário: 23h
Hoje li uns artigos que me fizeram mudar de ideia com relação ao produto,
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lendo mais sobre os 12 passos da jornada do herói, no livro Herói de mil faces
de Joseph Campbell, resolvi mudar o foco, e talvez tenha até “viajado” um
pouco na ideia, já que entrei na “onda” de mitos, e heróis. Então depois de ler
sobre a jornada do herói e um pouco mais sobre cultura da convergência,
resolvi focar no storytelling transmidía, o que penso que vai dar mais trabalho,
porém é o que faz mais sentido para essa narrativa e novas mídias. Então,
pensei de ver com o Vidigal o que ele acha de ao invés de produzir um único
VT de 4 minutos, produzir 2 produtos para mídias diferentes, um VT de 30
segundos para TV, e um curta-metragem de aproximadamente 3 minutos, já
que abordo a questão da convergência dos meios, porque não investir em
diversas plataformas? Lembrei de uma reportagem que li para meu pré-projeto
em que se falava " O segredo do storytelling é saber qual história contar, e em
qual meio contar”, então, “contar uma história” em diversos meios, me parece
uma boa opção. E assim me veio a ideia de também criar uma música para os
produtos audiovisuais, e que ela fosse produzida no estúdio me veio à tona, já
que estou falando de uma produtora musical, vendendo o serviço do produtor,
fazer isso através de uma música e de quem já passou por lá parece bem
viável, ou seria muita viagem? Amanhã vou levar essa ideia para o Vidigal e
espero que ele goste.
Dia 3 de Outubro de 2016- Ponto de Virada
Local: Lanchonete bloco K (UCB)
Horário: 17h
Apresentei a ideia ao Vidigal que curtiu, conversamos sobre mito, (assunto
esse que particularmente me encanta) pois as leituras me fizeram questionar a
relação de storytelling e mito, questões como storytelling é mito? Mito é uma
narrativa transmídia? Surgiram e permaneceram com as últimas leituras,
parece que tudo que eu lia ou via, tinha uma relação com mitos e heróis, e
nessa orientação consegui esclarecer todas as dúvidas da noite anterior.
Dia 15 de Outubro de 2016-Roteiros
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Local: Minha casa
Horário: 23h
Já com um bom material, quanto a entrevistas e base teórica, resolvi começar
a escrever os roteiros, para minha surpresa as ideias foram fluindo com muita
facilidade. Para o VT de 30 segundos resolvi utilizar-me da técnica do stop
motion, a fim de chamar e prender a atenção do público, para o curta resolvi
fortalecer a ideia inicial e utilizar frases e pessoas que já passaram pelo
estúdio.
Dia 17 de Outubro de 2016-Estrutura do Memorial
Local: Lanchonete bloco K (UCB)
Horário: 17h
Apresentei minha primeira versão do memorial para o Vidigal assim como os
roteiros, ele gostou e pediu que os decupassem, fez umas pequenas
observações quanto a um capítulo, e sugeriu mais abordagem em storytelling e
audiovisual.
Dia 20 de Outubro de 2016 - Entrevistas
Local: Meu Trabalho
Horário: 13h10
Contínuo na sequência de entrevistas, porém a dificuldade de se conversar
com cantoras insiste, o Filipe me auxilia com contatos de duas artistas que já
passaram pelo estúdio, as duas foram super receptivas, trouxeram respostas e
reflexão diferentes das já abordadas, me dando algumas ideias para a
produção da música.
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Dia 21 de Outubro de 2016-Composição da banca I
Local: Meu Trabalho
Horário: 17h
Conversando com Vidigal na última orientação, comentei da minha vontade de
ter como avaliador em banca I, os professores Gerson e Leandro Bessa, pela
empatia com os mesmos e pela proximidade de suas disciplinas com o tema do
meu projeto, conversei com os dois e por fim resolvi convidá-los formalmente,
via e-mail, que aceitaram compor a banca. E isso me deixa bem empolgada.
Dia 24 de Outubro de 2016- Estética do roteiro
Local: Minha casa
Horário: 20h
Em um anúncio do Youtube surge um VT da marca Shell, Best Day Of My Life,
em que a marca reúne 6 artistas, que cantam para a campanha, make the
future, incentivando novas formas de gerar e utilizar energia, cito ele no meu
diário de bordo porque foi um vídeo que me deu várias ideias desde da
gravação a própria música, revi várias vezes no mesmo dia e me inspirei.
26 de outubro de 2016- Reunião com o Filipe (produtor musical)
Local: Estúdio zero 11
Horário: 20h
Hoje apresentei ao Filipe os roteiros assim como a ideia de fazer uma música,
e vender o conceito de “realizar sonhos”, saí de lá super empolgada o Filipe
abraçou a ideia, sugeriu possíveis personagens e me deu novas sugestões,
agora acredito que os filmes publicitários estão como eu queria passá-los,
também pude acompanhar a gravação de umas músicas que estavam rolando,
o estilo era o forró pé de serra. Nesse tempo, tive a oportunidade de
acompanhar como é a rotina no estúdio e toda movimentação quando tem
gravação.
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27 de outubro de 2016 - Produção da Música (Início)
Local: Minha casa
Horário: 7h40
Logo pela manhã, envio as frases e conceito para o Filipe produzir a música,
fico feliz das ideias que surgiram como resultado da nossa conversa na noite
anterior, e mais empolgada em ver que cada vez o mais o projeto tá saindo do
papel de uma forma tão legal.
30 de outubro de 2016 - Decupagem de Roteiro
Local: Minha casa
Horário: 18h
Pensei um pouco sobre os roteiros e comecei a decupagem de cada cena.
Mesmo com um pouco de dificuldade, comecei a pensar como será gravado as
cenas. Consegui imaginar os cenários e detalhes. Durante o processo de
decupagem dos roteiros, assisti alguns vídeos sobre stop motion, vídeos de
publicidade e seus making offs, além de vídeos sem fins publicitários que foram
surgindo durante a pesquisa.
7 de novembro de 2016 – Última Orientação
Local: Lanchonete UCB
Horário: 17h
Levei o material quase que finalizado para meu orientador ler, ele revisou
alguns pontos, foram feitos pequenos ajustes, porém um pouco de frustração
toma conta, hoje apresentaria também a música já finalizada para o Vidigal,
mas pra minha surpresa o compositor está me enrolando, praticamente todos
os dias venho conversando com o Filipe para que cobre e agilize o andamento
da música, mas como ele mesmo disse é complicado quando as coisas não
dependem só da gente, então o jeito é torcer para que até a próxima semana a
música esteja finalizada para que eu possa apresentar em banca I.
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18 de novembro de 2016- entrega do trabalho
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 18h
Hoje entreguei o memorial, na coordenação foi uma correria, algumas páginas
não seguiam a formatação, então tive que imprimir novamente e depois de três
tentativas consigo e encaderno. Entrego o material para os três professores e
por fim sinto um alívio com tudo.
5 de dezembro de 2016 – apresentação banca I
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 18h
Para minha surpresa eu estava anciosa na apresentação de banca 1, mas com
o passar da apresentação e as sugestões e indicações dos avaliadores
Leandro Bessa e Gerson, fui me sentindo mais calma, de início achei que eles
haviam detestado a primeira proposta de roteiro, mas depois entendi que
apenas queriam que eu lesse um pouco mais e trouxesse uma experiência,
mais elementos do storytelling já que eles viram o roteiro apenas como uma
publicidade comum mais ligada ao emocional.
15 de dezembro de 2016- DOC como a arte fez o mundo
Local: minha casa
Horário: 14h
Uma amiga que estava presente na apresentação da banca I, comenta que já
assistiu o DOC sugerido e que tinha disponível para emprestar, e hoje pego
com ela, o episódio sugerido, e inclusive conversamos um pouco sobre o
documentário.
7 de janeiro de 2017- Escrever um novo roteiro
Local: minha casa
Horário:10h
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Estudando um pouco mais, é possível perceber que não existe uma fórmula
pronta feita para quem quer escrever filmes, e certamente não existirá. Contar
uma estória vai além de seguir pontos colocados por outros. Mas e todas as
semelhanças entre estruturas e filmes? A fim de respostas sigo nessa busca
pelo ‘encantador’, o ‘diferencial’, algo que o Vidigal já vem comentando desde
dos primeiros dias de orientação, existem maneiras de contar histórias, o
paradigma, o mais convencional é a estrutura de três atos, citada por Syd Field
em “Manual do Roteiro”, assim como a Jornada do Herói, criada por Joseph
Campbell, mas se eu quero algo diferente, então devo quebrar paradigmas? E
é possível quebrá-los? Lendo um pouco mais sobre o assunto vi que é
podemos transformá-lo, modificá-lo à sua maneira, mas para isso é preciso
conhecer a forma clássica, para escrever uma história relevante e intensa.
Assim sigo nos próximos dias, vendo e revendo filmes e VTS publicitários com
um olhar mais crítico.
23 de janeiro- construções narrativas
Local: minha casa
Horário: 10h
Levando as considerações dos avaliadores em banca I, e minhas frequentes
dúvidas resolvi ler um pouco mais sobre construções narrativas, a fim de
fortalecer o roteiro e trazer realmente elementos do storytelling, há alguns
meses atrás em uma busca pela internet, havia encontrando o perfil de Marcelo
Andrighetti, storyteller e roteirista de Porto Alegre-RS, e desde então vinha
acompanhado suas postagens, ele possui um site e uma fan page ‘escola de
roteiro & storytelling’ que busca motivar os profissionais da área a criarem
narrativas relevantes, que toquem as pessoas, empresas e mercado
audiovisual como um todo. Assim resolvo me aproximar e manter um contato
com ele, que desde então se mostra prestativo e assim vamos conversando. O
Marcelo oferece algumas aulas semanais (ao vivo) em que esclarece muito
sobre esse universo, e ensina seus alunos a desenvolverem storytellings com
uma visão mais ampla, cito-o no memorial pois ele contribuiu em alguns
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momentos, a me fazer repensar, planejar e estruturar, deixando o ‘escrever’
como o último passo, e sempre disposto a ajudar, e esclarecer minhas dúvidas.
26 de janeiro de 2017- ‘Como a arte fez o mundo’
Local: minha casa
Horário: 21h
Conforme sugerido pela banca 1, assisto ao documentário como a arte fez o
mundo, eu gostei bastante, me fez refletir como as imagens dominam o mundo,
como elas nos define. Uma imagem pode dizer o que pensar e até o que sentir.
Nessa serie descubro tesouros pelo mundo, ‘e mostra como nós, humanos,
fizemos a arte e como a arte fez de nós humanos’.
04 de fevereiro- O início de um filme
Local: minha casa
Horário: 22h
Na última quinta-feira, dia 02 de fevereiro às 20h, recebi um e-mail do Marcelo
me convidando para participar de uma aula sobre, Premissa, devido a correria
da semana não consigo participar da aula, mas ele comenta que deixará o
vídeo disponível e que surgindo dúvidas ele pode esclarecer via e-mail, então
no sábado resolvo assistir a aula. O assunto é amplo e auxilia a pensar no
primeiro passo para desenvolver uma história, seja ela na publicidade, no
cinema, na TV. Assim a ideia é mostrar a música como um grande amor,
relacioná-la a amizade, paixão.
12 de fevereiro- Brainstorming
Local: minha casa
Horário: 13h
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Depois de ler, reler e ver alguns vídeos comerciais, me fizeram pensar na
construção do produto audiovisual e assim me levaram a uma preocupação
com os detalhes, com os signos e a simbologia, sobretudo na direção de arte.
Pensar em mensagens sendo transmitidas indiretamente.
18 de fevereiro- Contrapontos
Local: minha casa
Horário: 19h
Um dos elementos essenciais de uma boa história é os contrapontos. E
olhando alguns vídeos nas redes sociais, na minha timeline surge o trailer do
vídeo ‘Blue Valentine’, com uma sutileza que não necessita de explicação. O
trailer começa mostrando um casal se amando e logo em seguida mostra um
casal numa fase ruim. Em dois minutos parece que entendemos muito sobre
essas duas pessoas, e o espectador se joga para dentro da história,
percebendo sentimentos que não são ditos apenas mostrados. E esse vídeo
reforça minha ideia anterior de deixar o espectador entender esses
sentimentos.
7 de março de 2017-Roteiro
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 16h
Apresento ao Vidigal um novo roteiro conforme sugestões da banca. O VT de
30 segundos (segue a linha de stop motion), a ideia foi mostrar o contato com a
música em cinco cenas distintas, de forma 'amadora' e mais profissional como
na última cena, e as fotos originais serão ambientadas na própria produtora
musical. Ele aprovou sugeriu alguns detalhes para reforçar a ideia de conexão
e pediu para que na próxima orientação entrasse na pré-produção de fato, com
objetos de cena, figurinos e decupagem de roteiro com angulação, e sugeriu a
criação de um storyboard.
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11 de março de 2017-Novo brainstorming
Local: minha casa
Horário: 16h
Pra quem canta a música é muito mais que a realização de um sonho, música
é vida, penso então em uma maneira de trazer isso no curta, como uma paixão,
uma parceira, mostrar então uma realização pessoal, social, como li uma vez
em algum lugar que não me recordo “É o famoso ‘valor agregado’, ou o atributo
emocional do produto.
14 de março de 2017- Segundo roteiro
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 16h
O segundo roteiro, segue a narrativa em torno de um casal, que tem no seu
primeiro encontro um contato por conta de uma música, eles se desencontram
e a forma que o rapaz vê de reencontrá-la é compondo. Apresento então ao
Vidigal, o segundo roteiro, e alguns objetos de cena, e locações e discutimos
alguns movimentos de câmera para filmagens de algumas cenas. Para minha
frustração não consigo produzir o storyboard, nem com desenhos, nem com
fotos como ele havia me sugeriu, preciso demandar pessoas, e o núcleo de
atores ainda não está 100% confirmado. Ele insiste para um storyboard com
fotos, o que facilitaria muito na hora da filmagem, e serviria até mesmo como
apêndice do memorial. Conversamos também sobre a equipe de filmagem.
20 de março de 2017- Formação de equipe
Local: minha casa
Horário: 22h
Com os roteiros aprovado pelo Alex, resolvo conversar com amigos para
formar uma equipe de filmagem o quanto antes, o que tem sido uma dificuldade
pois a grande maioria encontra-se em época de TCC estando bem ocupados e
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não conseguindo se comprometer com um novo projeto, insisto com Thiago (já
experiente em produções audiovisuais) para fotografia, e ele me pede um
tempo para se organizar, rever seu cronograma e me dar uma resposta. Mas
segurei buscando mais pessoas para demais áreas, já que a única confirmação
é uma amiga que poderá fazer a produção.
28 de março de 2017- Contato com o metrô
Local: meu trabalho
Horario:11h
Mikahely (produtora), entra em contato com o metrô, para saber quais
procedimentos seriam necessários para que sejam realizadas as gravações
dentro do vagão e na plataforma. Eu sigo buscando uma equipe, envio o roteiro
para o Thiago, descrevo melhor o projeto e peço também sugestões de mais
pessoas, ele fica de me dar uma resposta definitiva na sexta. A ansiedade está
bem frequente nos últimos dias então aguardo ansiosa sua resposta, torcendo
para ele aceitar.
28 de março de 2017- Orientação
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 16h
Levo ao Vidigal, as dificuldades de se formar uma equipe, ele me sugere o
Pedro Jorge, aluno de Jornalismo do terceiro semestre, mas que já está bem
frequente do CRTV, chegando a realizar alguns trabalhos de TCC’s, só me
pediu para ficar atenta a questão de ele ‘ser do jornalismo’, para o curta não
seguir esse caminho.
28 de março de 2017- Seleção de atores
Local: minha casa
Horário: 19h30
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No semestre passado realizei um trabalho com Luísa Agnes em que ela
atuava, e vendo a facilidade que foi para dirigi-la, sua tranquilidade no set
resolvi convida-la para atuar no curta, em paralelo e pelos mesmo motivos de
tranquilidade ao atuar e por ser bem extrovertido convido Benny Silva para se
juntar à equipe de atores, a resposta dos dois foi positiva, e os mesmos já
mostram-se dispostos a contribuir para um belo trabalho, assim agendo com os
dois uma conversa pessoalmente na próxima semana para explicar melhor
como seria a gravação das cenas.
31 de março de 2017- Sem direção de fotografia
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 19h
Chego na Universidade a procura do Thiago, e para minha tristeza ele não
aceita participar do projeto por falta de tempo, conversamos, ele me indica um
possível nome para fotografia, Pedro Jorge, conversamos sobre algumas
locações, questão de iluminação em algumas cenas que exigiria maior cuidado,
e ele se mostrou disposto a ajudar dessa forma, com dicas e orientações de
fotografia para a filmagem, porém estar no set, nos dias de gravações já era
algo mais complicado. Ele me sugeriu também que procurasse um assistente
de direção, que poderia inclusive me ajudar nessa busca por uma equipe.
1 de abril de 2017- Seleção de atores parte II
Local: minha casa
Horário: 14h30
Para atuar como o protagonista do curta era necessário que se soubesse
cantar também, conversei com alguns amigos que se encaixavam no perfil,
expliquei o projeto mas, a grande maioria não tinham disponibilidade para as
gravações eis que surge a indicação do Gabriel Montera, feita pela Amanda
Rodrigues (que também atuou no curta) vi alguns vídeos do Gabriel cantando e
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vi que ele se encaixava no perfil, então resolvi convidá-lo, expliquei o projeto, e
como seria sua atuação, onde seria gravadas as cenas que participaria, as
possíveis datas de gravação e ele aceita de imediato, o que me deixa aliviada
tendo em vista que conseguir pessoas para atuar em um curta com diálogos já
é algo complicado, então uma pessoa que atue, cante e toque é algo mais
complicado ainda. E já combino com ele para nos encontramos pessoalmente
para ele entender melhor como funcionaria.
1 de abril de 2017- Iago para assistente de direção
Local: minha casa
Horário: 20h
Após minha conversa com Thiago, e sua resposta de que não poderia estar
presente nas gravações, começo uma busca por quem poderia compor essa
equipe, de imediato me vem à cabeça o Iago Kieling, um amigo que vem
participando de produções audiovisuais, inclusive, fazendo parte da mesma
equipe de filmagem com o Thiago, e assim convido-o para participar do projeto
como assistência de direção, logo de imediato sua resposta é positiva, e ele se
mostra bastante empolgado e disposto e assim marcamos uma reunião para a
próxima segunda.
2 de abril de 2017- Juan para direção de arte
Local: minha casa
Horário: 11h30
Na noite anterior conversei também com o Juan para fazer a direção de arte,
pois acredito que seja de relevância e que preciso dar uma atenção a ela,
expliquei todo o projeto, o sentimento que queria transmitir, conversamos sobre
alguém para fotografia também, pois para ele com uma direção de fotografia o
quanto antes dá pra fechar bem a direção de arte, enviei os roteiros e ele
achou bem interessante também, e hoje pela manhã ele me confirma que fara
a direção de arte, o que me deixa bem aliviada também, aos poucos vou
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conseguindo montar um equipe, e tendo em vista minha dificuldade de
encontrar pessoas, vou ficando um pouco mais calma, ele me sugere já definir
uma data para gravação, o que poderia facilitar nesse processo de
seleção/convite aos demais membros e assim marcamos uma reunião na
próxima semana para alinhamos tudo de uma forma mais pontuada.
3 de abril de 2017- Primeira reunião com o Iago
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:11h40
Conversei pessoalmente com o Iago, e expliquei o projeto, o sentimento do
curta, tudo que eu queria transmitir para quem assistisse, e minha grande
preocupação pela falta, ainda, de um diretor de fotografia ele por vez sugere o
Pedro Jorge, pede então os roteiros para entender melhor quanto aos planos e
as locações e desde então passamos a conversar frequentemente sobre o
projeto, fazendo reuniões semanais e ainda buscando quem poderia fazer o
som direto, ele então me auxilia nesta busca para pôr fim fecharmos uma
equipe e confirmar com atores.
3 de abril de 2017- Novo contato com o metrô
Local: meu trabalho
Horário: 15h40
Devido à falta de resposta imediata do metrô insisto com a Mikahely para que
entre em contato novamente com eles, ela por sua vez faz contato por telefone
e recebe um e-mail em que a Comunicação do metrô solicita mais informações
sobre o projeto, como: as estações de entrada e saída, número de pessoas e o
horário exato do começo e término das gravações. E faz algumas ressalvas de
que a equipe deve ser reduzida, que a gravação deveria ser em dia de semana
e no horário de vale, solicita ainda o envio de um documento comprovando
matrícula na faculdade, para assim consultar o Departamento de Operações
sobre a viabilidade das filmagens.
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10 de abril- Reunião com Juan (direção de arte)
Local: pátio brasil
Horário: 19h30
Juntamente com a produtora encontro o Juan, para definirmos algumas linhas
quanto aos sets, ele de imediato sugere e se responsabiliza pela criação do
storyboard o que até me alegra tendo em vista que o Vidigal já pediu para que
fosse elaborado, conversamos sobre possíveis datas e estabelecemos uma
pré-data que seria no primeiro final de semana de maio, para que se pudesse
trabalhar uma pós-produção com calma, conversamos sobre referências em
stop motion e ele fica de produzir o storyboard e entramos em contato
novamente na próxima semana.
11 de abril- Definição de locações
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 10h30
Hoje me reuni com o Iago para fazermos uns pequenos ajustes, mas o fato de
ainda estar sem um diretor de fotografia me deixa muito preocupada, sei da
real importância desse membro para um melhor andamento do projeto, e me
sinto em desvantagem por até agora não consegui estar planejamento o
detalhe de cada cena com a visão de alguém dessa área. Então levando em
consideração as últimas conversas e indicações, resolvi convidar o Pedro para
fazer parte da equipe.
14 de abril- Pedro para direção de fotografia
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 16h
Minha maior dificuldade nesse projeto sem dúvida está sendo formar um
equipe, encontrar pessoas com experiência, que possam até me dar um
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suporte maior devido a minha falta de prática na área, porém como já me
sugerido três vezes, penso em convidar o Pedro para fotografia e peço para o
Iago fazer o primeiro contato já que essa semana meus horários e os dele não
são compatíveis, já introduzir o assunto, mostrar o projeto, e se sua resposta
for positiva marcar uma reunião para que possamos conversar pessoalmente e
eu consiga explicar a proposta, pois de acordo com meu cronograma estou
super atrasada e nesse momento já deveria estar marcando reuniões com toda
a equipe, e com os atores selecionados, o que está me preocupando bastante.
15 de abril- Troca de atrizes (Amanda e Luísa)
Local: minha casa
Horário: 16h
Assim como a formação de equipe a seleção de atores e algo que ainda não foi
concluído e que está dando um pouco de trabalho, para o papel principal do
curta, a atriz protagonista seria a Amanda Rodrigues e sua amiga a Luísa
Agnes, mas assim como eu a Amanda também está gravando um TCC nós
também temos um ator em comum o que já está sendo um pouco complicado
para alinhar os horários de gravação para que nenhuma prejudique a outra,
como a Amanda estar tendo que se preocupar também em dirigir, em formar
equipe, ela tem o receio de que não possa participar de todos os dias de
filmagem assim resolvo fazer uma troca, a Luísa passa para o papel principal e
Amanda interpretará sua amiga, em apenas uma cena, acredito que essa troca
não terá prejuízo já que as duas tem um grande potencial e são bastante
comprometidas.
15 de abril- Alguém faz som direto aí?
Local: minha casa
Horário: 18h20
Tendo em vista a dificuldade de se encontrar alguém para fazer a captação de
áudio o Iago me sugere buscar alguém pela católica, e assim coloco na página
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do grupo ‘comunicação ucb’ um post explicando o projeto e buscando
indicações de alguém que possa fazer o som direto. Mas ao menos uma boa
notícia depois de meses de espera e uma troca de compositor, a música
finalmente fica pronta.
18 de abril- ‘Conhecendo a Católica’
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 10h
O post não deu o resultado que eu esperava apesar das curtidas ninguém se
propôs ou indicou alguém que pudesse, e hoje resolvi fazer um tour por todo o
campus da católica com o Iago, para definirmos as locações ainda pendentes,
no caminho encontramos com o Caio que já havia feito a assistência de som
em um clip, conversamos com ele sobre a possibilidade dele entrar para a
equipe na parte de som direto, ele tem um pouco de receio por não ter
trabalhado nessa área, tendo apenas uma experiência mas que tinha um
supervisor, o Iago sugere que ele faça uma oficina de som no CRTV assim
conseguirá acabar com as dúvidas e com o receio de captação de áudio, eu
explico o projeto e ele aceita entrar para a equipe, e assim seguimos nosso
tour, eu buscava algo diferente, algo que não remetesse de imediato a
Universidade, queria lugares pouco conhecidos e explorados. Avançamos,
depois de andarmos pelas salas, estúdio de fotografia, blocos, K, M, S, G optei
por alguns lugares que alinhado a uma direção de arte terão o resultado que
espero.
23 de abril- Sem direção de arte
Local: minha casa
Horário: 10h
O projeto parece passar por uma maré de azar, hoje o Juan até então, o diretor
de arte, desiste, não foi muito claro apenas disse que estava com muitas
demandas no seu trabalho, e faltando pouquíssimo tempo para as gravações
não sei ainda como ‘substituir’ essa perda, amanhã tenho uma reunião com o
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Iago para fazermos um check-list do que falta e agora a falta de um diretor de
arte entrará para a pauta.
24 de abril- Ajustes
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 11h20
Hoje faço um check-list com o Iago e informe que estamos sem direção de arte,
assim como eu ele fica sem opções de imediato para convidarmos para a
equipe, porém fechamos os atores, ajustamos alguns horários e conversamos
sobre a estética do filme. Agora é tentar ajudar uma saída para a falta de uma
direção de arte faltando pouquíssimo tempo para as gravações o que me deixa
bastante nervosa e aflita.
24 de abril- Uma possível saída para direção de arte
Local: minha casa
Horário: 21h
Um amigo, diretor de arte, já havia me sugerido algo que agora me parece ser
uma solução, planejar uma direção de arte antes das gravações com sua
ajuda, e no dia da filmagem colocá-la em prática, pois todos andam sem
tempo, e conseguir um diretor de arte faltando pouquíssimo tempo para as
filmagens, que planeje, participe de reunião e esteja no set do dia da gravação
parece cada vez mais difícil, e assim Bruno Mendes, passa a me ajudar com a
cenografia.
25 de abril- Orientação
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 16h
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Na orientação de hoje o Vidigal pede que avance com o memorial, e já pense
em possíveis avaliadores, levo também um documento que comprove matrícula
e fale do projeto para ele assinar, e apresentar ao metrô para a gravação.
26 de abril- Planejamento para as filmagens
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 11h40
Hoje encontrei rapidamente com o Iago, para fazermos um check-list das datas
e horários, e ele apresentar uma proposta de ordem do dia, conciliar o horários
de atores e locações ainda está sendo uma dificuldade, a equipe estar alinhada
e com mais horários disponíveis, hoje também será a oficina de som, o Pedro
responsável pela fotografia não pôde comparecer, mas que poderia ser
marcada outra reunião para ele apresentar a lista de equipamentos e algumas
ideias para a fotografia do curta, pois para o VT ainda existem algumas
dificuldades quanto a locações.
28 de abril- Ordem do dia
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 11h40
Encontro com o Iago para definirmos a ordem do dia, porém esperando ainda
algumas confirmações quanto a horários e resolvemos deixar as definições
para a noite, e por volta de 1h30 começamos a falar sobre, vimos que o mais
difícil em termos de distância de locações é a questão do metrô e da produtora
musical, e ele deixa como sugestão, a possibilidade de gravar então na quinta
e no sábado, e envia a primeira proposta de ordem do dia, seguimos
conversando e eu tentando confirmar com atores, inicialmente nas cenas que
tinham mais de um ator estava complicado conciliar o horário dos dois, mas
vamos falando, ajustando e nossa ideia é fechar tudo o mais rápido possível,
no fim de semana, receio que o VT esteja caindo pois a locações estão
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complicadas nem tudo estar disponível, o horário de atores ainda não se
encaixaram.
29 de abril- Planejamento cenografia
Local: minha casa
Horário: 15h
Explico então para o Bruno todo sentimento que queria transmitir, mostro os
roteiros e começamos a falar sobre, a ideia é buscar objetos que sejam de fácil
acesso, e ele então faz um planejamento e sugere objetos, tentamos então
montar uma paleta de cores, e dar uma atenção maior há isso, assim como o
figurino mas o Bruno anda com bastante trabalho e não conseguimos prolongar
essa reunião e finalizar essa parte, só conseguimos pensar na cenografia, o
que deixa triste já que desde do início eu pensava em trabalhar com cuidado
essa área, ter calma e tempo para uma decupagem de arte, por isso minha
preocupação de conseguir logo de imediato um diretor de arte, mas então o
Bruno me faz uma observação, o roteiro do VT estava remetendo muito a ideia
de rock, a ideia de que a produtora musical fosse focada apenas no rock, era
isso que eu realmente queria? As músicas escolhidas para compor as cenas,
reforçavam essa ideia, algo que tinha passado despercebido, e assim me
sugere que apenas a música da última cena fosse trocada, sem perder o foco
da narrativa a cena que seria um ensaio de uma banda cover do Red Hot Chili
Peppers passaria a ser então, uma MPB ou um samba, pois colocando um
ritmo tão destoante assim, reforçaria a ideia de que o estúdio abriga todos os
estilos musicais, e assim o roteiro original é adaptado e a última cena passa a
ser de uma banda ensaiando na produtora musical e cantando, Caetano
Veloso.
30 de abril- Adeus stop motion
Local: minha casa
Horário: 14h40
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Hoje ao analisar todos os detalhes do stop motion, junto com a produtora
observamos que para um VT de 30 segundos seriam necessárias em média a
revelação de 980 fotos, e um custo de maiS ou menos R$ 530,00, e a
dificuldade de fotógrafos que conheço comparecem aos dias de filmagem nos
dias já agendados, me fiz desistir da ideia do stop motion, e possivelmente da
gravação do VT, mas resolvo gravá-lo mesmo assim, não se utilizando do stop
motion e sim uma filmagem normal.
2 de maio de 2017- Orientação
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:16h
Na orientação de hoje o Vidigal reforça a ideia que já havia comentado
anteriormente, concentrar as filmagens para um roteiro e apresentá-lo na
banca, e outro ser apresentado apenas como roteiro, devido ao curto espaço
de tempo, mas que se eu ainda existisse na ideia de gravar os dois roteiro,
utilizando-se do recurso de stop motion na pós-produção, para isso me sugeriu
que conversasse com o Samuel a fim de entender um pouco como seria feita
essa filmagem, para depois inserir os efeitos na edição. Passo então
seriamente a cogitar essa hipótese, de não gravar o roteiro do VT e pretendo
levar ao Iago na reunião de amanhã.
3 de maio de 2017- Últimos ajustes para a primeira filmagem
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:11h40
Hoje encontrei mais uma vez com o Iago e definimos os últimos detalhes para
a filmagem no metrô amanhã, definimos a rota que seguiríamos para conseguir
gravar dentro do vagão: do terminal Samambaia até Águas Claras, e de lá
iríamos descer e retornaríamos para o terminal Samambaia, assim fazer esse
trajeto até que conseguíssemos todas as filmagens dentro do vagão, depois
seguiríamos para a estação Guará onde gravamos a cena da plataforma.
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Comento com ele sobre minha frustação ao não conseguir gravar um stop
motion, a foto da foto, e que possivelmente iria acabar desistindo de gravá-lo,
ele então sugere que tentássemos gravar, para vermos o que conseguimos e
depois analisar se ele deve ou não cair.
4 de maio de 2017- Primeiro dia de filmagem
Local: metrô
Horario:19h40
A equipe e os atores se encontram às 19h40 na estação Guará, e de lá fomos
para o terminal da Samambaia, a ideia é que o vagão estivesse vazio para
facilitar as filmagens para equipe e a atuação para os atores, de início tivemos
uma dificuldade por parte da administração do metrô, a produtora que já havia
encaminhado todos os documentos solicitados ainda teve que preencher mais
algumas papeladas para aí sim sermos liberados e começamos as filmagens, e
isso me incomodou bastante, além de atrasar toda a gravação, a equipe do
metrô foi pouco cordial, sendo em alguns momentos ríspidos com a produção,
e somente depois de mais ou menos 1h de espera, conseguimos liberação e
iniciamos as filmagens. Pegamos o metrô sentido Central, repassei o texto com
os autores, que estavam ansiosos, expliquei os planos que queria para o Pedro
e o Iago, e começamos meio que na correria, acredito que a maior dificuldade
foi a movimentação do trem em algumas estações, e o áudio quando entramos
no túnel, pois passamos despercebidos e por vezes acabamos não descendo
na estação Aguas claras e seguindo viagem até a estação central, assim como
quando o vagão começou a ficar cheio pois os atores se sentiram um pouco
incomodados dificultando a atuação, e solicitaram que mudássemos de vagão.
Fizemos o trajeto Terminal Samambaia-Central por umas 3 ou 4 vezes para
conseguirmos todas as cenas que precisava dentro do vagão, e mais 1 sentido
central- guará para finalizarmos. Desembarcamos no guará para gravar a
última cena, essa seria na plataforma, mais tranquila que as demais, revermos
os planos e essa cena me dá uma das fotografias mais bonitas da noite.
Encerramos as gravações por volta das 23h. E Meus agradecimentos a essa
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equipe de filmagem, e aos funcionários do metrô, aqui já totalmente diferente
dos que nos recebeu, super prestativos.
5 de maio de 2017- Oficina com o Samuel
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:17h
Ainda sem abandonar totalmente a ideia do stop motion, como sugerido na
última orientação resolvi conhecer uma pouco mais sobre como seria trabalhá-
lo na pós-produção, e fui fazer uma oficina com o Samuel (Técnico do CRTV),
que me esclareceu algumas dúvidas, pra mim a única forma de stop motion
legal seria com fotos reais, a foto da foto, mais depois da oficina vi que com
alguns efeitos é possível trabalhar o stop motion na pós, é possível inserir uma
cena, em uma ambientação de forma interessante, fazendo um tracking, porém
tudo isso deixaria meu arquivo mais pesado, e também me exigiria mais dias
de edição, o que me faz pensar seriamente em abandonar a ideia e até mesmo
a montagem do VT em stop motion, aproveitei e tirei algumas dúvidas também
com o Matheus com relação a filmagem e ao som, para gravação da música
que me ajudou bastante a ter um melhor noção de captação de áudio para as
cenas da música.
6 de maio de 2017- Segundo dia de filmagem
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:8h40
Hoje sem dúvidas foi um dia muito mais cansativo do que o da gravação no
metrô, afinal foram quase 10hs de filmagem, começamos as gravações na
UCB, no bloco S, e para conciliar horário dos atores não conseguimos gravar
todas as cenas em um bloco e depois seguir para outro, tivemos que começar
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no S, depois no K, depois voltar para o S, o que deixou a equipe bem cansada,
mas foi a única forma que virmos de fazer as gravações rolaram, e não
fazermos ninguém esperar, a cena mais complicada pra mim foi a cena do
parque, não em termos de direção, mas por ser um cena externa, ao ar livre, e
porque passava do meio dia, todos já estavam cansados, com fome e a alta
temperatura do dia dificultam que a cena fosse repassada mais algumas vezes,
depois de gravarmos em toda Católica, seguimos pro estúdio da produtora
musical por volta das 16h, Filipe como sempre prestativo ajuda com a questão
do áudio e saímos de lá às 18h30.
10 de maio de 2017- Vamos regravar?
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:22h
Depois de ver algumas cenas, converso com o Iago sobre regravar uma única
cena, ele de imediato quer entender o que aconteceu, se algo ficou tremido,
desfocado, e eu tendo de explicar que não, seria apenas a composição da sala
que não tinha me agradado, combinamos então de vermos a cena juntos, ainda
essa semana para assim decidirmos se iria acontecer a refilmagem e mais uma
vez falo com ele sobre as grandes possibilidades do VT não ser apresentado a
banca, pois só havíamos conseguido gravar duas cenas, ele insiste para que
não deixa o VT cai, porém resolvo me dedicar apenas a refilmagem e logo
apenas ao curta deixando o infelizmente o VT de lado.
11 de maio de 2017- Análise da cena de abertura
Local: CRTV-UCB
Horário: 9h
Hoje vou ao CRTV porém um problema no servidor impede qualquer tipo de
edição, não era possível acessar o servidor e as edições do dia provavelmente
seriam canceladas, e assim resolvo comentar sobre minha insatisfação sobre a
cena de abertura, com a Carol e a Clarisse, ficamos por algumas horas,
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revendo a cena, os plano e eu explicando o porquê de algumas coisas me
incomodarem, a preocupação da cena não transmitir toda a ideia que se foi
pensada, vemos possibilidades, sugestões e a ideia de regravar a cena fica
cada vez mais forte pra mim.
15 de maio de 2017-O dia do choque
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:11h
Apesar de não ter orientação hoje, encontro o Vidigal e resolvo mostrar os
cortes apenas, ele faz algumas sugestões, mas de uma maneira geral gosta,
me questionou apenas o foco em uma das cenas, o que chamam de foco
doce, eu fiquei assustada, procurei a equipe pra ver o que tínhamos feito, se
era possível suavizar, e depois de algumas conversas vi que a questão do foco
não era algo tão pontual assim, é muito difícil de perceber mesmo, por isso até
então não foi percebido no dia da filmagem, neste dia também comentei com o
Vidigal sobre minha insatisfação com relação a cena de abertura e da minha
enorme vontade de regravara-la, ele me orientou a pensar bem com relação ao
meu cronograma pois reunir a equipe e atores novamente ia demandar tempo
e mais planejamento antes de regravar para não correr o risco de insatisfação.
E assim começo a pensar na refilmagem, e a mobilizar a equipe.
16 de maio de 2017- Decido a refilmagem
Local: Universidade Católica de Brasília
Horario:11h
Hoje mais uma vez analisei todas a cenas, agora com o Iago de maneira geral
gostei dos planos e enquadramentos, mas a cena de abertura ainda me
incomoda um pouco assim, ele então já me ajuda a planejar a regravação,
confirmo com a equipe e atores, por se tratar de algo que não estava previsto
no cronograma, optei por trabalhar com uma equipe reduzida, o importante era
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os horários do Pedro e dos atores baterem, depois de algumas conversas
consegui agenda-los para próxima segunda, fotografia, atores, produção. Sei
que meu prazo está diminuindo por isso adiantando a montagem do que já tem
pronto, pra editar apenas essa cena na próxima semana e levar a maior
quantidade na próxima orientação.
18 de maio de 2017- Ajustes
Local: minha casa
Horario:21h
Converso com o Pedro e com o Iago sobre o ambiente que gravaremos, que
precisa de uma boa iluminação, eles sugerem o uso de mais equipamentos do
que das últimas filmagens como, dois sets light e duas gelatinas.
19 de maio- Fotografia para capa do DVD
Local: meu trabalho
Horario:13h10
Resolvo convidar o Breno, para fotografar a capa do DVD, mesmo com alguns
problemas para conciliar seus horários com os dos demais, por fim
conseguimos e antecipo o horário da refilmagem para as 19h30, de imediato
explico para o Breno como gostaria das fotos, essa ideia de passar a música
como uma parceira, uma paixão, ele acha o tema bastante interessante, e
assim marcamos para no mesmo dia que formos regravar a cena de abertura
fazer o ensaio, o que já tinha acontecido anteriormente na cena gravada para a
abertura, porém por não ter gostado da composição e por regravá-la em um
outro espaço resolvo fazer um novo ensaio.
22 de maio de 2017- Refilmagem
Local: minha casa
Horario:19h30
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Consigo marcar com todos e começamos a gravação por volta das 19h40,
repasso as cenas com os atores e em paralelo, converso com o Breno,
(fotógrafo) sobre a ideia do curta e todo o sentimento, e o que gostaria que ele
registrasse nas fotos, ele também auxilia quanto a iluminação do ambiente.
Foram cerca de três horas de filmagens para a cena de abertura, encerramento
e alguns insert, bem mais tranquilas que os demais dias, acredito que os atores
por já se conhecerem estavam mais sintonizados e o tempo de gravação
rendeu muitos takes e opções para pós.
25 de maio 2017- Arte do DVD
Local: minha casa
Horário: 18h
Com as fotos selecionadas peço ao Bruno que faça a arte para a capa do DVD
e um cartaz de divulgação, mostro as fotos, falo das minhas ideias e explico
tudo, e ele me pede uns dias para fazer arte conforme eu sugeri e me mostrar.
26 de maio 2017- Avaliadores
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 19h
No dia anterior encontro Florence e Bessa na UCB e convido-os para serem
avaliadores na banca, hoje resolvi mandar um e-mail convidando-os
formalmente, estou feliz com as escolhas, o Leandro já havia participado em
banca I, e auxiliou bastante nessa construção narrativa, a Florence havia sido
minha professora em metodologia me auxiliando também no recorte do projeto.
30 de maio 2017- Revisão do memorial
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 20h30
Hoje entrego ao Vidigal uma primeira versão do memorial, tiro algumas
dúvidas, e no geral as alterações a serem feitas são poucas, ele me pediu para
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escrever um pouco mais sobre minha experiência, e os aprendizados nesse
projeto.
31 de maio 2017- Últimos dias de montagem
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 15h
Hoje foi um dia, bem exaustivo, fiquei cerce de 7h alinhando a montagem,
refinando cortes, ajustando aqui e ali, a ideia é finalizar a montagem amanhã
para na próxima sexta finalizar o material com o Fábio. A semana tem sido
longa e muito cansativa, tive muitos problemas ao longo desse projeto com
cancelamento que eu não esperava, estou em média 6hs editando por dia, e
hoje tive o apoio do Matheus, Samuel e Homero (do CRTV) que contribuíram
bastante no sic do áudio e me deram ideias para valorizar alguns planos
quando eu já estava exausta.
1 de junho 2017- finalização da montagem
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 15h
Repetindo o processo do dia anterior, fico por 6hs e consigo finalizar a
montagem com a Amanda, nossa maior dificuldade foi alinhar o áudio para a
última cena, de acordo com os enquadramentos que gostamos, mas depois de
longas horas na ilha de edição, por volta das 21hs finalizamos agora amanhã já
posso editar com o Fábio e fazer algumas correções de cores. Mas eu ainda
continuo muito nervosa, minha ideia inicial era fazer uma pós-produção com
calma, mas até mesmo a responsável pela montagem depois de duas semanas
cuidado da edição cancela e deixa o trabalho inacabado e com muitos erros de
seleção.
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2 de junho 2017- Edições com o Fábio
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 17h
Começo as edições com o Fabio, hoje ficamos cerca de 5h eu não consigo
disfarçar minha aflição por não estar com o material finalizado até a data de
hoje, receio não dar tempo, queria entregar meu projeto para a banca logo no
primeiro dia, mas só vou conseguir finalizar na terça feira, pois ele também
estar com outros projetos, ele me pede pra ter calma, afinal falta apenas alguns
detalhes, e com um pouco de paciência vai dá certo.
5 de junho 2017- Ajustes memorial
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 20h
Hoje mostro a versão final do memorial para o Vidigal com as sugestões que
ele havia pedido. Agora é a fase final, falta apenas finalizar e renderizar o curta
amanhã com o Fabio.
6 de junho 2017- Finalização
Local: Universidade Católica de Brasília
Horário: 22h
Hoje explico para o Fabio como havia pensando na cor, e assim ele vai criando
um filtro para as cenas, depois de 3h de edição finalizamos tudo e mostro o
material o Vidigal. Agora já posso gravar o DVD e entregar amanhã para a
banca e por fim ficar um pouco mais aliviada.
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8. CRONOGRAMA DA PESQUISA
ATIVIDADES
JUL/AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAIO JUN
2016 2016 2016 2016 2016 2017 2017 2017 2017 2017 2017
Formulação de referencial teórico e bibliografia
Elaboração do memorial descritivo
Entrevistas
Ajustes/ Entrega da primeira versão do projeto
Apresentação do TCC I
Definição final de redação e decupagem de roteiro/ orçamento para produção
Seleção da equipe de filmagem, equipamentos e personagens
Testes e ensaios/ Gravação trilha
Finalização dos capítulos/ Gravação Vts
Revisão ortográfica do Memorial descritivo
Edição e apresentação para a marca
Defesa
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O storytelling mostrou-se com um conceito amplo, que representa tanto
a arte quanto a técnica de narrar uma história relevante, e mostrou-me que
antes de escrever um roteiro, preciso conhecer bem meu público para aí sim
criar uma história que seja relevante para ele, e ao invés de pensar nos
diferencias da marca pensar na identidade desse público, nos seus interesses,
nos seus conflitos, e só assim terei um bom argumento para um roteiro. O
planejamento é sem dúvidas imprescindível, em todas as etapas de um
processo audiovisual.
A produção de um curta-metragem mostrou-se muito mais complexa e
versátil do que eu imaginava inicialmente e de todas as etapas, a da produção
foi de certo a mais complicada para mim, depender de pessoas e esperar que
elas realmente cumpram o combinado e torcer para que não aconteça
cancelamentos, foi um pouco traumático para mim. A falta de uma equipe
completa em especial alguém da direção de arte foi um dos meus maiores
desafios tendo em vista que inicialmente foi pensado em se destacar essa
área, dar uma maior atenção aos figurinos e as cores.
A busca por um referencial bibliográfico começou na disciplina de
metodologia, onde já abordei o tema “storytelling e o audiovisual”. Esse
processo foi um trabalho muito enriquecedor, que me ajudou no recorte do meu
projeto e a refletir sobre esse assunto, buscando pessoas que já estavam na
área e pudessem agregar ao projeto me tirando dúvidas e me fazendo refletir
sobre esse assunto.
Ao narrar uma história é interessante mostrar como é possível
transformar a vida do seu público com o seu produto ou serviço, pois ele vai
entender que você é importante, diferente e assim criará uma empatia, uma
ligação com a marca.
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FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro: Maiza Duarte
Orientação: Alex Vidigal
Assistência de Direção: Iago Kieling
Elenco: Gabriel Montera, Luísa Agnes, Benny Silva e Amanda Rodrigues.
Direção de Fotografia: Pedro Jorge Nascimento
Cenografia: Bruno Mendes
Produção: Mikahely Almeida
Som direto: Caio Eduardo Almeida
Maquiagem: Estefanni Dias
Trilha sonora: “Mesmo Sozinho”- Gabriel Montera e “Revoluttion1”-The Beatles
Composição: Lucas Baraúna
Produção: Musical: Filipe Carvalho
Locução: Gabriel Montera
Off metrô: Rener Lopes
Montagem: Maiza Duarte, Amanda Souza e Samuel Paz
Finalização de Imagem e Aúdio: Fabio Lima
Apoio de Pós-Produção: Matheus de Souza, Rafael Homero e Clarissa Almeida
Realizaçõa: CRTV (Centro de Rádio e Televisão da Universidade Católica de
Brasília)
Arte do DVD: Bruno Mendes
Fotografia do DVD: Breno Esaki
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REFERÊNCIAS
BARRETO, Tiago. Vende-se em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo: Senac, 2004. 136 p
BUSATTO, Cleomari. Narrando histórias no século XXI - tradição e ciberespaço. Flórianópolis: C.B. 2005.
CAMARGO, Hertz Wendel de. Mito e filme publicitário: estruturas de significação. Londrina: Eduel, 2013. 236 p CAMPBELL, Joseph. O Heroi de mil faces. 11. ed. São Paulo: Grupo Editorial Pensamento, 1995. 416 p.
CARRILHO, Kleber; MARKUS, Kleber. Narrativas na construção de marcas: storytelling e a comunicação de marketing. Organicom: Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, São Paulo, v. 20, n. 11, p.12-279, 2014.
CITELI, Adilson. Linguagem e persuasão. 15. ed. Sã Paulo: Ática, 2002. 78 p.
COGO. Rodrigo Silveira. Da Memória ao Storytelling: em busca de novas narrativas organizacionais. São Paulo: R. S. Cogo, 2012.
COMPARATO, Doc. Da criação ao roteiro: Teoria e pratica. São Paulo: Summus, 2000. 496 p.
FIELD, Syd. Manual do Roteiro: Os fundamentos do texto cinematográfico. 1. ed. Rio de Janeiro: Obetiva, 1982. 222 p.
JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2. ed. São Paulo: Editora Aleph, 2009. 428 p.
KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia: Identidade Política Entre o Moderno e o Pós -moderno. Bauru- São Paulo: Edusc, 2001. 454 p.
MATOS, Gislayne Avelar. Storytelling: Líderes narradores de Histórias. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2010. 176 p.
MCKEE, Robert. Story: substância, Estrutura, Estilo e os Princípios da Escrita de Roteiros. Curitiba: Arte e Letra, 2006. 432 p. RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. 191 p.
RIBEIRO, M (2008). A Narrativa Audiovisual: o Cinema e o Filme Publicitário. Braga. Dissertação (Mestrado). Universidade do Minho. Instituto de Ciências Sociais.
59
TERRA, Jose Claudio. Storytelling como ferramenta na gestão, 2014. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/jcterra/storytelling-como-ferramenta-de-gesto>. Acesso em: 02 Mai. 2016.
Filmografia
BEST DAY OF MY LIFE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4fHgGqsi_XQ>. Acesso em: 24 Out. 2016.
BLUE VALENTINE' TRAILER. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=3oiY7W7nDeE&t=32s > Acesso em: 18 Fev. 2017.
60
APÊNDICE
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APÊNDICE A
1. SINOPSE
Mais que refrão conta a história de Augusto um jovem solitário, que tem na
música sua companheira. No caminho para faculdade, entediado Augusto se
encanta pela jovem que senta ao seu lado, mas sem coragem para conversar
segue viagem, ao comentar o que havia acontecido com um amigo tenta
buscar formar de encontrar novamente essa menina, mas sem muito apoio de
seu amigo.
Se apenas a música está ao seu lado como encontrar essa garota
novamente? Mais que refrão mostra que a música é motivação, e através dela
podemos ser exemplo de fé, dedicação e carinho.
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APÊNDICE B
2. ROTEIRO- PRIMEIRA VERSÃO
“Mais que refrão”
Por: Maiza Duarte
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CENA 1 – INT. SALA – DIA
Uma sala com Cd’s, vinil, miniatura de guitarra. AUGUSTO
pega o violão, arranha umas notas
Augusto (V.O)
A vida sem ela seria um exílio, ela é um antídoto contra
solidão.
CENA 2 – INT. METRÔ – DIA
No metrô, celular descarregado, AUGUSTO não consegue ouvir
a música que tanto queria, Beatles, então observa a garota
que sentou ao seu lado. LUA escutando música, parece
relaxar e não se dar conta que o rapaz a observa.
CENA 3 – INT. METRÔ – DIA
AUGUSTO assustado se dá conta que é hora de desembarcar,
ele levanta apressado e sem perceber embaraça a mochila nos
fones da garota, desconectando seu fone de ouvido do
celular da jovem e por um momento escuta a música, aquela
que a falta de bateria lhe impediu de escutar durante o
trajeto. Ela de forma rápida e um pouco envergonhada
conecta seus fones e a música para, AUGUSTO empolgado diz:
isso é beatles, mas sai rapidamente do metrô e ela segue
sua viagem.
CENA 4 – EXT. FACULDADE – DIA
MARCELO: e aí Augusto de boa?
AUGUSTO: Cara encontrei uma garota no metrô, linda
escutando revollution 1 preciso conhecer essa garota.
MARCELO: e como você vai fazer isso?
AUGUSTO: da forma pela qual ela me chamou atenção, com
música.
MARCELO: ela é maluco cara? Vai achar a garota com música?
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e vai tocar pra ela como? no metrô?
AUGUSTO: você me deu uma excelente ideia.
CENA 5 – EXT. PARQUE – DIA
No parque, LUA comenta com uma amiga,
LUA: CARLA é cada uma que me acontece, Eu estava ao lado de
um rapaz no metrô, lindo, mas não tive coragem de puxar
conversa, fiquei na minha, ouvindo o som de John, ai quando
ele vai sair meu fone embaraça na mochila dele, desconecta
do celular, ô desastre.
CARLA: aah LUA, tava aí a sua oportunidade de pegar o
número dele.
As duas sorriem.
LUA: tá e eu ia falar o que? Oi me passa seu numero para
conversamos sobre como não ser desastrada ao ouvir uma
música.
CARLA: é né, quem sabe os astros da música unem vocês.
LUA sorrir discretamente.
LUA: bem que podiam.
CENA 6 – EXT. METRÔ – NOITE
Na estação do metrô, parada na plataforma enquanto espera o
próximo trem, LUA escuta no megafone da estação
(O.S)
Pra você que curte um beatles diferentão, você não estar
sozinha, se liga aí nesse som.
No megafone, primeiras notas da música
LUA radiante.
CENA 7– INT. SALA – DIA
Volta cena inicial, AUGUSTO toca violão cantando a música
para LUA, que ele compôs.
65
Entra Lettering: Conecte-se.
Entra Logotipo: estúdio zero 11
66
2.1. ROTEIRO- VERSÃO FINAL
“Mais que refrão”
Por: Maiza Duarte
67
CENA 1 – INT. SALA DE ESTAR – NOITE
A imagem mostra os pés de Augusto caminhando pela sala
pegando o violão e sentando.
Augusto (V.O)
A vida sem ela seria um vazio
CENA 2 – EXT. PLATAFORMA METRÔ – NOITE
Plataforma do metrô, uma garota espera o trem.
Augusto (V.O)
Ela me dá coragem e com ela eu me aproximo das pessoas.
CENA 3 – EXT. SALA – NOITE
Uma Sala, alguns elementos ligados a música, um rádio um
vinil
Augusto (V.O)
Viver com ela é desafiador, encantador,
E assim eu não me sinto tão sozinho.
FADE IN
Augusto pega o violão, senta e arranha umas notas.
FADE OUT
CENA 4 – INT. METRÔ – DIA
No metrô, AUGUSTO segue viagem entediado, ao seu lado senta
uma garota, ele então a observa, LUA escutando música,
68
parece relaxar e não se dar conta que o rapaz a observa por
um tempo, encantado. AUGUSTO assustado percebe que é hora
de desembarcar, ele levanta apressado e sem perceber
embaraça a mochila nos fones da garota desconectando o fone
de ouvido do celular da jovem e por um momento escuta a
música, é Beatles. Ela fica envergonhada conecta seus fones
novamente, mas AUGUSTO sai rapidamente do metrô e ela segue
sua viagem.
CENA 5 – EXT. FACULDADE – DIA
Ao chegar na faculdade, AUGUSTO encontra seu amigo e comenta
sobre o que acabara de acontecer.
MARCELO: e aí Augusto, de boa?
AUGUSTO: fala Marcelo...Cara você não vai acreditar,
encontrei uma garota no metrô, gata, e ela tava ouvindo
Beatles, eu preciso encontrar essa mina de novo.
MARCELO: ah é? e fazer isso como? pra achar ela assim, tem
que ter fé hein
AUGUSTO: ah eu tava pensando justamente em usar música.
MARCELO: tu é maluco cara? Vai achar uma garota com música?
e vai tocar pra ela como? Metrô? (Risos) sozinho?
AUGUSTO empolgado: ééé… AUGUSTO (cantando) mesmo sozinho eu
vou cantar...
CENA 6 – EXT. Metrô – DIA
Travilling metrô
CENA 7 – EXT. SALA – DIA
Mão segurando um lápis e escrevendo em uma folha, folha
rabiscada, papéis amassados.
CENA 8 – EXT. PARQUE– DIA
No parque, LUA comenta com uma amiga:
69
LUA: CARLA é cada uma que me acontece, Eu estava ao lado
de um rapaz no metrô, lindo, ai quando ele vai sair meu
fone embaraça na mochila dele, desconecta do celular, pensa
nun desastre.
CARLA: aah serio miga, tava aí a sua oportunidade de pegar
o número dele.
As duas sorriem.
LUA: tá e eu ia falar o que? Oi me passa seu número para
conversamos, marcar de ouvir uma música, não né
CARLA: é né, quem sabe os astros da música unem vcs.
LUA sorrir discretamente.
LUA: bem que podiam.
FADE IN
CENA 9 – INT. SALA– DIA
Uma mão tocando violão
FADE OUT
CENA 10 – EXT. METRÔ – NOITE
Na estação do metrô, parada na plataforma enquanto espera o
próximo trem, LUA escuta no megafone da estação
(O.S)
Pra você que curte um beatles diferentão, você não estar
sozinha, se liga aí nesse som.
PLANO DETALHE: megafone, primeiras notas da música
PRIMEIRO PLANO: LUA radiante.
FADE IN
CENA 11 – INT. SALA – NOITE
70
(CONT.) Volta cena inicial, AUGUSTO toca violão cantando a
música para LUA, música que ele compôs. Os dois sorriem e
cantam juntos.
FADE OUT
CENA 12 – INT. SALA DA PRODUTORA – NOITE
Lettering: Conecte-se.
Logotipo: estúdio zero 11.
CENA 13 – INT. SALA DA PRODUTORA – NOITE
Lettering créditos.
71
APÊNDICE C
3. PRIMEIRA VERSÃO DO ROTEIRO DECUPADO
“Mais que refrão”
Por: Maiza Duarte
72
CENA 1 – INT. SALA – DIA
PLANO GERAL: Sala. PLANO DETALHE: Cd’s, vinil, miniatura de
guitarra.
PLANO DETALHE: 3/4: Augusto pega o violão, arranha umas
notas, lembranças vem a sua mente…
Augusto (V.O)
A vida sem ela seria um exílio, ela é um antídoto contra
solidão.
CENA 2 – INT. METRÔ – DIA
PLANO CONJUNTO: No metrô, PLANO DETALHE: celular
descarregado, AUGUSTO não consegue ouvir a música que tanto
queria(beatles) CLOSE: então observa a garota que sentou ao
seu lado. PLANO PRÓXIMO: LUA escutando música, parece
relaxar e não se dar conta que o rapaz a observa.
CENA 3 – INT. METRÔ – DIA
CLOSE: AUGUSTO assustado se dá conta que é hora de
desembarcar, PLANO CONJUNTO: ele levanta apressado e sem
perceber embaraça a mochila nos fones da garota, PLANO
DETALHE: desconectando seu fone de ouvido do celular da
jovem e por um momento escuta a música, aquela que a falta
de bateria lhe impediu de escutar durante o trajeto. PLANO
PRÓXIMO: Ela de forma rápida e um pouco envergonhada
conectar seus fones e a música cessa, PLANO AMERICANO:
AUGUSTO empolgado diz:isso é beatles, mas sai rapidamente
do metrô e ela segue sua viagem.
CENA 4 – EXT. FACULDADE – DIA
MARCELO: PLANO CONJUNTO: e aí de boa?
73
AUGUSTO: PLANO MÉDIO: Cara encontrei uma garota no metrô,
linda escutando (nome da música), preciso conhecer essa
garota.
MARCELO: PLANO AMERICANO: e como vc vai fazer isso?
AUGUSTO: PLANO AMERICANO: da forma pela qual ela me chamou
atenção, com música.
MARCELO: PRIMEIRO PLANO: tu é maluco cara? vai achar a
garota com música? e vai tocar pra ela como? no metrô?
AUGUSTO: CLOSE:você me deu uma excelente ideia.
CENA 5 – EXT. PARQUE – DIA
PLANO GERAL: No parque, PLANO PRÓXIMO: LUA comenta com uma
amiga,
LUA: PLANO PRÓXIMO: CARLA é cada uma que me acontece, Eu
estava ao lado de um rapaz no metrô, lindo, mas não tive
coragem de puxar conversa, fiquei na minha, ouvindo o som
de John, ai quando ele vai sair o fone embaraça na mochila
dele, desconecta do celular,ô desastre.
CARLA(LUISA): PLANO MÉDIO: aah LUA, tava aí a sua
oportunidade de pegar o número dele.
As duas sorriem.
LUA: PRIMEIRO PLANO: tá e eu ia falar o que? Oi me passa
seu numero para conversamos sobre como não ser desastrada
ao ouvir uma música.
CARLA(LUISA): PRIMEIRO PLANO: é né, quem sabe os astros da
música unem vcs.
CLOSE: LUA sorrir discretamente.
LUA: bem que podiam.
CENA 7 – EXT. METRÔ – NOITE
PLANO GERAL: Na estação do metrô, parada na plataforma
enquanto espera o próximo trem, LUA escuta no megafone da
estação
74
(O.S)
Pra você que curte um beatles diferentão, você não estar
sozinha, se liga aí nesse som.
PLANO DETALHE: megafone, primeiras notas da música
PRIMEIRO PLANO: LUA radiante.
CENA 7– INT. SALA – DIA
PLANO AMERICANO:(CONT.) Volta cena inicial, AUGUSTO
(GABRIEL) toca violão cantando a música para LUA, que ele
compôs.
75
3.1. VERSÃO FINAL DO ROTEIRO DECUPADO
“Mais que refrão”
Por: Maiza Duarte
76
CENA 1-INT. SALA-NOITE
PLANO GERAL: Sala. PLANO DETALHE: vinil, miniatura de
guitarra.
Augusto (V.O)
Ah vida sem ela seria um vazio
CENA 2 – EXT. PLATAFORMA METRÔ – NOITE
PLANO GERAL: Plataforma do metrô, uma garota espera o trem.
Augusto (V.O)
Ela me dá coragem e com ela eu me aproximo das pessoas.
CENA 3 – INT. SALA – NOITE
PLANO DETALHE: Augusto pega o violão, arranha umas notas
Augusto (V.O)
Viver com ela é desafiador, encantador,
E assim eu não me sinto tão sozinho.
CENA 4- INT.METRÔ- DIA
PLANO CONJUNTO: No metrô, AUGUSTO segue viagem entediado
PLANO DETALHE: celular descarregado, AUGUSTO não consegue
ouvir a música que tanto queria (beatles) CLOSE: então
observa a garota que sentou ao seu lado. PLANO PRÓXIMO: LUA
escutando música, parece relaxar e não se dar conta que o
rapaz a observa.
CENA 5- INT.METRÔ- DIA
CLOSE: AUGUSTO assustado se dá conta que é hora de
77
desembarcar, PLANO CONJUNTO: ele levanta apressado e sem
perceber embaraça a mochila nos fones da garota, PLANO
DETALHE: desconectando seu fone de ouvido do celular da
jovem e por um momento escuta a música, toca Beatles. PLANO
PRÓXIMO: Ela de forma rápida e um pouco envergonhada
conecta seus fones e a música cessa, PLANO CONJUNTO:
AUGUSTO sai rapidamente do metrô e ela segue sua viagem.
CENA 6- INT.FACULDADE- DIA
MARCELO: PLANO CONJUNTO: e aí Augusto, de boa?
AUGUSTO: PLANO MÉDIO: fala Marcelo..Cara encontrei um
garota no metrô, tão linda escutando Revollution1,preciso
encontrá-la novamente.
MARCELO: PLANO PRÓXIMO: e fazer isso como? pra achar ela
assim, tem que ter fé hein
AUGUSTO: PLANO PRÓXIMO: ah vou usar música, talvez (risos)
MARCELO: PRIMEIRO PLANO: tu é maluco cara? vai achar uma
garota com música? e vai tocar pra ela como? metrô? (risos)
sozinho?
AUGUSTO cantando: CLOSE:ééé...mesmo sozinho eu vou cantar
laiáá...é já tive uma ideia.
CENA 7 – INT. SALA – DIA
PLANO PROXIMO: AUGUSTO toca, papéis amassados em sua volta.
CENA 8- INT.PARQUE- DIA
PLANO GERAL: No parque, PLANO PRÓXIMO: LUA comenta com uma
amiga,
LUA: PLANO PRÓXIMO: CARLA é cada uma que me acontece, Eu
estava ao lado de um rapaz no metrô, lindo, mas não tive
coragem de puxar conversa, fiquei na minha, ouvindo o som
de John, ai quando ele vai sair o fone embaraça na mochila
dele, desconecta do celular,ô desastre.
CARLA: PLANO MÉDIO: aah LUA, tava aí a sua oportunidade de
78
pegar o número dele.
As duas sorriem.
LUA: PRIMEIRO PLANO: tá e eu ia falar o que? Oi me passa
seu numero para conversamos sobre como não ser desastrada
ao ouvir uma música.
CARLA: PRIMEIRO PLANO: é né, quem sabe os astros da música
unem vcs.
CLOSE: LUA sorrir discretamente.
LUA: bem que podiam.
CENA 9 – INT. SALA– DIA
PLANO DETALHE: Uma mão tocando violão
CENA 10– INT. METRO– NOITE
PLANO GERAL: Na estação do metrô, parada na plataforma
enquanto espera o próximo trem, LUA escuta no megafone da
estação
(O.S)
Pra você que curte um beatles diferentão, você não estar
sozinha, se liga aí nesse som.
PLANO DETALHE: megafone, primeiras notas da música
PRIMEIRO PLANO: LUA radiante.
CENA 11– INT. SALA– NOITE
PLANO AMERICANO:(CONT.) Volta cena inicial, AUGUSTO toca
violão cantando a música para LUA,que ele compôs.
Lettering: Conecte-se.
Logotipo: estúdio zero 11.
79
APÊNDICE D
4. DECUPAGEM DE PRODUÇÃO
CENA ESTAÇÃO DO METRÔ
Resumo
Augusto está sentado do lado da janela entediado quando entra uma jovem
ouvindo música e senta do seu lado.
Ambiente
dentro do vagão do trem
Personagens
Augusto (Gabriel Montera) e Lua (Luísa Agnes)
Objeto de cena
Mochila, bolsa e Headfone.
Iluminação
Dia
Áudio
som direto
Desafio
Conseguir um lugar vago perto da janela. E equilibrar os equipamentos
enquanto o trem está em movimento.
Atenção
Gabriel deve sentar do lado da janela
Produção
Não deixar que pessoas sentem do lado de Gabriel e confirmar se as pessoas
que estão sentadas atrás de Gabriel estão de acordo e aceitam aparecer.
CENA ESTAÇÃO FACULDADE
Resumo
Augusto ao chegar na faculdade comenta com seu amigo Marcelo sobre o que
acabara de acontecer no metrô
Ambiente
corredores da universidade
80
Personagens
Augusto (Gabriel Montera) e Marcelo (Benny Silva)
Objeto de cena
Mochila, celular e caderno
Iluminação
Dia
Áudio
som direto
Produção
Observar se haverá pessoas nos corredores e evitar que elas parem e fiquem
olhando para as gravações, correndo o risco de parecer nas filmagens.
CENA PARQUE
Resumo
Lua no parque com uma amiga comenta o que acabara de acontecer no metrô
Ambiente embaixo de uma arvore Personagens Lua (Luísa Agnes) e Carla (Amanda Rodrigues) Objeto de cena bolsas Iluminação Dia Áudio som direto Desafio Sol no rosto das personagens
CENA SALA DE ESTAR Resumo Augusto canta para Lua a música que ele compôs para ela Ambiente sentados no sofá de uma sala
81
Personagens Lua (Luísa Agnes) e Augusto (Gabriel Montera) Objeto de cena sofá, armário, livros, planta, vinil, cadernos, almofada, miniatura de guitarra, rádio, caixas, porta retrato Iluminação noite Áudio dublagem
Desafio Recuo para câmera
82
APÊNDICE E
5. FOTOS DO DIÁRIO DE BORDO- GRAVAÇÕES
83
APÊNDICE F
6. LETRA DA MÚSICA “MESMO SOZINHO”
Painho me falou Que tem que ter mais que refrão E se faltar tambor Levada na palma da mão Que é pra sobrar o amor E entender a sensação De quem acreditou Na mús'ca como salvação Em paz eu vou seguindo Esse caminho Sem mais tem que ter fé Mesmo sozinho [2x] Mesmo sozinho eu vou cantar Mesmo sozinho eu vou contar Mesmo sozinho eu cantar... La ia la ia Histórias de algum lugar Viver a música são fatos reais de um sonho Pare a música E o mundo se torna tão tristonho Sinta a esperança nos olhos de cada ser Ouvindo a música veja a alegria florescer
84
APÊNDICE G
7. CAPA DVD
85
APÊNDICE H
8. CARTAZ DE DIVULGAÇÃO
86
APÊNDICE I
9. BRIEFING DE ATENDIMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Cliente: Estúdio Zero 11
Responsável: Filipe Carvalho
Localização: Brasília- DF
ANUNCIANTE
Abraçando as oportunidades e com um pouco mais de sorte, assim
nasce o Estúdio Zero11, “Eu tive muita sorte de receber a oportunidades
certas” (F.C). Aproveitando-se da ausência da mãe, Filipe Carvalho, produtor,
músico e proprietário do local, iniciou o projeto acreditando em um
sonho, chamou um pedreiro e se aventurou abrindo o estúdio em um cômodo
de sua casa, em meados de 2011. O Estúdio em estrutura física definitiva e
atual possui 3 anos atende os mais diversos estilos musicais: Rock, Axé,
Sertanejo, Rap, Gospel. Possui quatro salas que foram construídas para
comportar, com conforto, a todos que o procuram. Indicação do nome da
marca é referência as cordas de guitarras e violão 010 e 011. A corda 011 é
uma corda que praticamente não quebra, simbolizando resistência, persistência
e durabilidade. Já tocava/produzia duplas em Brasília. Decidir em continuar
tocando com as duplas com se focar no estúdio para administra-lo. A maioria
dos seus clientes são clientes frustrados, com sumiços e atrasos para entregar
o programa “Se eu não te entregar o serviço em um mês eu devolvo todo o seu
dinheiro e ainda termino seu CD. ” (F.C). “Acreditei em mim” (F.C).
Aproveitando-se da ausência da mãe, chamou um pedreiro e começou a dar
“vida” ao estúdio, se aventurou abrindo o estúdio em um cômodo de sua casa,
acreditando em um sonho. Com uma verba inicial de 5000 mil. Atualmente a
empresa está avaliada em 200 mil. Acreditar que vai dá certo, sem ter certeza.
“Instinto”. “Meter a mão sem saber se vai alcançar ”(F.C). O Estúdio em
estrutura física definitiva e atual possui 3 anos atende os mais diversos estilos:
Rock, Forró, Axé, Sertanejo, Gospel. Com quatro salas que foram construídas
para comportar, com conforto, a todos que o procuram. Hoje o estúdio é
conhecido e respeitado no mercado brasiliense!
87
Pontos positivos:
Destaque nos prazos, atendimento, qualidade e espaço,
Pontos negativos:
Localização, muita estrutura em uma cidade que desfavorece cobrar o valor
devido da empresa e seus técnicos.
Problemas:
Deficiência em divulgações, tempo para fazer promoções e outros atrativos.
Oportunidades:
Trabalhar com referências na área e sempre estar divulgando nas redes
sociais, tentando atrair mais consumidores.
Propagandas e campanhas anteriores:
Redes sociais e site, sem divulgação constante, e o “boca a boca”.
Autopromoção- Divulgação em sua própria rede social quando clientes de
renome utilizam o estúdio. “Marketeiro por natureza”. Já possuiu cartão de
visita, hoje não mais, porém personalizou vários Cd’s com suas produções que
o acompanham, exclusivo para divulgação, sem fins lucrativos, ao acompanhar
artistas entrega para os demais conhecerem seu trabalho
PÚBLICO
-Classe média e alta, querem qualidade e urgência nas produções.
-Simpatia com a forma de chegar ao resultado final
Algumas produções
Som livre, Trilha das olimpíadas, Luiz Arcanjo (Trazendo a Arca- gospel),
Produção Caldas Country, Aniversário de Brasília- Rede Globo, Rapadura.
Também realiza workshop no estúdio (com duração de 1 dia), com 7 pessoas
no máximo, onde FC compartilha todo seu conhecimento e dispõe de atenção
para os participantes, com realização uma vez ao ano. Possui uma banda para
atender cantores de outras cidades, uma banda que ensaia sem cantor, com
ensaios periódicos, voltado para o sertanejo, mas busca se destacar nos mais
variados estilos musicais. Estúdio zero 11 tenta “abrir o leque” o máximo
possível, não é só gravar, não é só tocar é produzir show, alugar equipamento,
realizar workshop.
88
CONCORRÊNCIA
Procuro saber um preço mediano na praça e deixo o valor próximo, mas
sempre acima valorizando a empresa. Qualquer pessoa que meche com
música, mas F.C busca somar com a concorrência, chegando a realizar
diversos trabalho com outras produtoras musicais
89
APÊNDICE J
10. ENTREVISTAS
1) Como é realizada a escolha do estúdio que fará a produção das
suas músicas? Qual o fator decisivo na hora da compra pelo serviço o
racional (preço) ou o emocional (política da empresa)?
MASCULINO, AXÉ – Tem um lance da qualidade da produtora, da empatia, se
de fato essa produtora faz com qualidade o segmento musical com o qual eu
trabalho, o seguimento que eu irei investir, se vão se adequar a minha
proposta. Não é só o fator preço aí, porque quando a gente procura uma
produtora musical, geralmente a gente vai com o intuito de fazer um trabalho
de boa qualidade porque é um investimento. O fator preço, lógico que iremos
pechinchar, iremos tentar fechar um acordo bacana no quesito orçamento, mas
o que é incisivo para a gente bater o martelo é se de fato fazer um trabalho
bom naquilo que a proposta for melhor quanto para mim, quanto para eles. Se
eles têm qualidade e se tem potencial para fazer um trabalho bom junto ao
nosso trabalho porque é uma fusão na verdade.
FEMININO, SERTANEJO- A escolha do estúdio não foi algo que partiu da
minha decisão, mais do meu empresário, por mim teria gravado aqui em
Brasília meu primeiro CD, ele optou por gravar em São Paulo devido ao estúdio
de lá ter mais referência, e os músicos bons e requisitados estarem quase
todos por lá, o preço não influenciou muito ou me nada, já que lá o orçamento
ficou 3 vezes mais caro baseado em um orçamento que fizemos aqui antes de
irmos.
MASCULINO, SERTANEJO – A qualidade de serviço, a política da empresa.
Eu prefiro pela qualidade do produtor, da ideia, e é claro que o valor tem que
estar dentro daquilo que ele está produzindo, nada acima disso, mas o talento
de cada um tem que ser valorizado.
MASCULINO, SERTANEJO – Na verdade, eu procuro escolher entre o preço e
melhor qualidade (relação custo X benéfico). Conheci as produtoras através de
amigos em comum no meio sertanejo. Hoje em dia as redes sociais acabam
tendo mais acesso, mas a proximidade/amizade/ qualidade acabam pesando
90
um pouco, tenho vários amigos que gravam, eu escolho entre o que está
fazendo um trabalho melhor e com o preço mais acessível, não procuro
estúdios quem eu não conheço as pessoas.
MASCULINO, SERTANEJO – Na verdade, o preço é obvio que conta, porém o
que o estúdio tem a oferecer as vezes vale mais, maxterização, misterização, a
produção em si, a formação dos arranjos, a sonoridade, tudo isso hoje é o que
diferencia o trabalho do artista.
FEMININO, POP – Os dois fatores. Fui recebida muito bem desde o primeiro
segundo. E quando o emocional e o financeiro andam juntos facilitam para um
trabalho de qualidade que geram um resultado massa de uma parceria musical
fantástica, já que dentro do meu trabalho o Filipe veio cheio de ideias!
MASCULINO, ROCK- Conhecemos o trabalho dele através da página do
rapper Rapadura, já conhecíamos o trabalho do rapper e que já tinha
trabalhado com o Estúdio, fora isso gostamos da aparelhagem oferecida para
gravação isso vale bastante na hora de decidir a compra, o fator preço não é
tão importante prezamos mais a qualidade acima de tudo.
2) Como você conheceu e fez a escolha por sua atual produtora? As mídias
sociais influenciaram?
MASCULINO, AXÉ– Cheguei a esse estúdio porque tenho muitos amigos
músicos e quando eu quis gravar minha música, meu disco autoral, falei que
precisava ir em um estúdio bom, até porque minha primeira gravação então
tenho que fazer de qualidade. Então tive a indicação de vários amigos em
comum, muitos falaram que tem estúdio assim, estúdio assado, vários valores.
E cinco amigos indicaram em comum esse estúdio e eu pensei se essa galera
está indicando, então é de confiança e se estão me indicando é porque vale a
pena.
A maioria dos meus amigos músicos, quase todos, tocam vários estilos e
muitos são só músicos e vivem da música. Se um produtor de sertanejo
chamar e contratar vão tocar sertanejo, se alguém do rock chamar e contratar
vão tocar rock e se a galera do axé chamar, vai tocar axé. São músicos que
vivem da música. Quase todos que me indicaram são de estilos musicais
diferentes. Galera do sertanejo é amiga minha, galera do axé, galera do
91
pagode é muito amiga, galera do funk, forró do xote, do reggae e por aí vai,
peguei 5 de cada segmento e cheguei nesse estúdio.
MASCULINO, SERTANEJO – Eu conheci através do Facebook, também por
contato e alguns músicos que já tinham experiência nesse mercado.
Resumindo, a minha escolha foi por indicação. A rede social (Facebook e
Instagram) ajuda muito. Tem o Dudu Goes e a publicidade dele é realizada
nessas duas plataformas.
MASCULINO, SERTANEJO – Algumas produtoras conheci através de
indicações feitas por amigos e outras foram por algumas ocasiões em que
acabávamos tocando juntos e aí conhecíamos o trabalho, nenhum por
propaganda. Mas, rola algumas coisas por mídia social.
FEMININO, POP – Com certeza! Eu acho que só podemos ir contra algo a
partir do momento que conhecemos, ao contrário não se pode julgar. Eu
trabalharia sem indicação sim, se eu gostasse dos trabalhos e do contato
inicial.
MASCULINO, ROCK- Indicação, pois as vezes a propagando não consegue
mostrar o trabalho e compromisso do empresário, uma indicação mostra o lado
pessoal de quem iremos trabalhar, pois as vezes pode haver bons
equipamentos, estrutura e etc., mas quem trabalha é sem compromisso com a
qualidade e atendimento. Mas se nesta propaganda provavelmente
mostrassem pequenas vinhetas de trabalhos já feitos pelo estúdio, para a
experiência do empresário ser avaliada, provavelmente visitaríamos. Conta
muito para o músico aparelhagens boas, decoração é importante também,
algumas bandas gostam de fazer making off um visual legal faz a diferença.
3) Qual a sua visão em relação ao produtor musical?
MASCULINO, SERTANEJO – Cada produtor tem a sua melhor qualidade.
Gosto de explorar o talento de cada um. E para todo produtor, ele tem que ter
um conhecimento amplo, por mais que ele seja bom em um estilo musical
especifico, ele tem que conhecer outros. Porque a produção é isso, você junta
de um lado e junta do outro.
MASCULINO, SERTANEJO – O produtor é responsável por traduzir o
sentimento do artista em notas e arranjos, a escolha de quem irá fazer essa
tradução deve ser pautada principalmente por critérios subjetivos como: estilo,
92
sentimento colocado no trabalho, sensibilidade e capacidade de percepção.
Então o fator decisivo não pode ser racional, mesmo que a restrição
orçamentária limite o poder de escolha, deve-se procurar dentro desses limites
o que se adapte melhor aos critérios citados. Os produtores traduzem aquilo
que sentimos, nos ajudam a extrair o nosso máximo. A música seria uma letra
morta sem o trabalho dos produtores. Havendo sintonia entre artista e o
produtor (o estúdio) o trabalho caminha por um único caminho fazendo com
que a mensagem atinja de forma mais efetiva as pessoas.
MASCULINO, ROCK- Gravamos só 2 vezes até o momento, a primeira
gravação tivemos um trabalho mais rápido e direto, foi mais proveitoso mas a
qualidade não ficou 100% como queríamos, já a segundo que foi no Zero11
tivemos uma boa qualidade mas um pouco de atraso, ficou um pouco chato
pois quando se trabalha com música as pessoas sempre esperam que saia na
data prevista. Produtor talvez não seja tão importante, várias bandas hoje em
dia se consagram por si só, a produção é mais viável quando a banda precisa
trabalhar com mais burocracias, no caso recebendo cachê, emitindo notas e
etc.
4) Você se considera um cliente fiel de determinado estúdio?
MASCULINO, AXÉ– Eu sou um cliente fiel por causa do tratamento e pelo
resultado de tudo. Todavia como a gente sempre almeja crescer no nosso
trabalho, conhecer estúdios, talvez mais profissionais ainda sempre é uma boa.
Porque estúdio de produtora, por exemplo, a gente tem todo acompanhamento
de fonoaudióloga, acompanhamento de produtores musicais, técnicos de som
eficazes e profissionais. Tem toda uma equipe e é interessante conhecer
outros estúdios e metodologia de gravação de cada um e por aí vai.
MASCULINO, SERTANEJO – A variação entre estúdios acontece muitas
vezes por conta do estilo de cada um. Por exemplo: existem estúdios que tem
uma “pegada” mais para o romântico, com arranjos e cordas mais elaborados e
tudo. Outros tem uma “pegada” mais agressiva, mais animada. Mas mesmo
com essa variação tem que haver uma sintonia para o trabalho andar, e
havendo sintonia há confiança, e fidelidade sim.
MASCULINO, SERTANEJO – Não teria fidelidade, depende mais da qualidade
tenho 4 opções de gravação, todos com seus respectivos preços, todos são
93
amigos e eu vou gravar com o que estiver melhor o melhor trabalho dentro do
meu orçamento.
MASCULINO, SERTANEJO – O bom produtor faz seu próprio nome em
trabalhos, e o estúdio se faz neles. Não é uma obrigação o cliente torna-se fiel
a produtora, na verdade vai da intimidade do artista, as vezes se o cantor se
identifica com a forma de trabalhar do produtor.
FEMININO, POP– Normalmente gosto de manter o trabalho no mesmo estúdio
para não perder a característica do trabalho.
5) Qual foi sua melhor experiência em estúdio?
MASCULINO, AXÉ – Fui muito novo. Chegar no estúdio, preparar os
instrumentos, fazer toda a parte de arranjo da música e parte melódico que
cada instrumento ia fazer no seu tempo com metrônomo. Tocar os
instrumentos e estar junto com meus músicos fazendo os arranjos, tocando e
montando a música que é um quebra cabeça. Escutamos a música montada,
mas a montagem dela que foi uma experiência nova. Primeiro a gente fez a voz
guia, eu, voz e violão, em cima desse violão fomos colocando guitarra,
botamos o baixo, bateria, depois percussão, teclado, fizemos arranjo de solos
de guitarra e teclado.
Eu me ouvi cantando, tive que refazer minha voz várias vezes, não era tão
experiente. Cantei uma vez, depois fui ‘remontando’, cantei em cima até chegar
a um denominador melhor. Foi uma experiência muita massa, tanto que
retornei duas vezes para gravar outras canções e quero voltar mais um monte
de vezes para gravar outras músicas porque estúdio só melhora a gente.
FEMININO, SERTANEJO- A minha melhor experiência foi de ver que algo feito
e criado por mim estava nascendo ali, e ficando lindo, ver que pessoas que eu
nunca tinha visto em minha vida estava compartilhando de um sonho junto
comigo e agarrando a causa com a mesma intensidade e amor ao qual eu tinha
pelo meu disco.
6) Alguns artistas acabam montando estúdios em casa e realizando
suas próprias gravações, sem empoderar a produtora. Você acredita que
com o avanço da tecnologia isso pode se tornar tendência e a procura
94
pelo serviço pode diminuir?
MASCULINO, AXÉ – O avanço da tecnologia pode sim tornar tendência isso
aí. Inclusive, eu conheci várias pessoas que tem o home estúdio em casa e
que fazem canções até de qualidade. Todavia, quem quer fazer um trabalho de
qualidade vai procurar um estúdio bom, porque tem o lance de ter um produtor
musical, tem o lance de ter uma preparação para isso, preparação vocal, de
arranjo e tudo. O que acontece é que o home estúdio economiza muito no fator
de dinheiro e econômico. Pode ser que vire uma tendência e pode ser que
diminua a procura. Mas sempre haverá estúdios profissionais porque quem
quer fazer um trabalho bom mesmo vai investir.
FEMININO, SERTANEJO- acredito que estúdios de renome jamais perdem a
clientela mesmo com todos esses avanços, o que pode acontecer é o artista
sim montar o estúdio em casa e contratar o produtor para ir produzir. Pude
presenciar isso a pouco tempo com uma banda do meu escritório montaram o
estúdio em casa e convidaram alguns produtores para realizar a produção do
álbum.
MASCULINO, SERTANEJO – Acredito que o que vale mesmo é o talento de
cada produtor, claro que a tecnologia ajuda e muito as produções em
residências. Porém, não terão a qualidade de gravação de um estúdio. Acaba
que o artista pode fazer uma pré-produção no home estúdio, mas se quiser
qualidade terá que procurar um local de qualidade.
FEMININO, POP – Com certeza! Está tudo mais acessível para produções
caseiras! Na verdade, o produtor é essencial na produção de ideias, mas no
meu caso, eu não faço só letra, levo a música com a melodia vocal para o
estúdio e assim trabalhamos as ideias. No meio do sertanejo o home estúdio
não é tão acessado, mas no rock e em outros estilos já é bem normal. Eles
criam o som com a cara deles! Tocam aquilo que sentem, uma vibe massa. E
tocar fica ligado a sensação de tocar por prazer e não por uma fórmula que o
mercado coloca que encaixota os artistas.
7) O que a música representa para você?
MASCULINO, AXÉ – A música representa para mim muita coisa,
principalmente disciplina, terapia, trabalho e felicidade.
MASCULINO, SERTANEJO – É mágico! Proporcionar emoções para quem te
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escuta é literalmente mágico. Amo o que faço.
MASCULINO, SERTANEJO – Hoje a música representa a realização de um
sonho, sempre sonhei em estar em um palco, sempre sonhei em poder tocar
as pessoas de alguma forma, mesmo que por 2 ou 3 horas eu sinto que as
pessoas estão ali no nosso show nos vendo são tocadas de alguma forma.
Seja relembrando algo, ou às inspirando, ou desligando elas dos problemas
diários. Certa vez uma fã nossa me disse que passou por uma fase muito
complicada da vida dela, ela estava recém separada e não estava sendo nada
fácil, ela me disse que gostava de ir aos nossos shows porque nós fazíamos
ela esquecer das dificuldades do dia a dia, e conseguia sorrir e se divertir
quando estava com a gente. Além disso eu acho que através da música, e tudo
que envolve essa magia, nós conseguimos sim mudar as pessoas, podemos
ser exemplo de humildade, companheirismo, dedicação, perseverança, fé.
Então, para mim a música é a realização de um sonho.
FEMININO, POP – Música para mim é paz, palco é porto seguro!
FEMININO, SERTANEJO- A música é um meio de atingir o outro ser humano,
através dela passamos o que sentimos. Para mim se tornou vida pois
conseguir lutar contra uma inconveniente depressão por conta dela...
Música é vida, minha vida
:)