melhoramento de solos moles - conheça todas as vantagens ......de largura por 17mm de profundidade....

24
RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO Efetivamente, a idéia de combinar dois materiais diferentes para obter um simples material chamado compósito, com propri- edades muito superiores, não é nova. O pró- prio concreto armado que o diga. Voltemos muito mais para trás e observemos que os antigos egípcios, na época de Ramsés II, utilizavam fibras da palha, resistentes, em blocos de argila de diversos tamanhos, ob- tendo o máximo em compósito, sem qual- quer inconveniente aparente. Nos anos 60, L’Hermite e Bresson desen- volveram a idéia da chapa colada com epó- xi na superfície de peças de concreto arma- do e protendido, de modo a reforçá-las. Esta tecnologia, bastante interessante para a épo- ca, sobreviveu até o final dos anos 80, de- tonada por inconvenientes no momento de sua execução, tais como: o peso das chapas e a dificuldade de fixa- ção, considerando-se o pot-life do adesi- vo epóxico; a corrosão da superfície das chapas e, principalmente... falta de planicidade que ocorre na maio- ria das peças estruturais e que dificultam a total aderência das chapas 100% pla- nas. Aliás, este terceiro inconveniente também dinamitou a utilização dos laminados de fibra de carbono com 5cm de largura, abrin- do a porteira ao reforço estrutural com teci- do (manta) de fibra de carbono. O recente advento da utilização de barras redondas de fibra de carbono como elemen- to construtivo em ambientes corrosivos e GLOSSÁRIO Compósito – é, basicamente, qualquer material constituído por dois ou mais componentes, com composição, estrutura e propriedades distintas, separados por uma interface. O concreto, por exemplo, é um compósito, assim como a manta e a fita de fibra de carbono, o Kevlar, a fibra de vidro (aplicada). Carlos Carvalho Rocha de reforço (vide RECUPERAR nº 45) es- trutural, através da abertura de sulcos na su- perfície da peça, a chamada incorporação por sulco na superfície (ISS), seguido da aplicação de epóxi, muito utilizado no re- forço de marquizes e também em vigas, lajes e grandes paredes de concreto arma- do-protendido abriu um novo nicho para o homo recúperus. Inconvenientes? Diríamos que nenhuma não ser o fato de ter-se que trabalhar com serra de lâmina dupla para a abertura do sulco para a inserção da barra ou usar um disco com fio de corte igual a 4mm. Abertura do sulco com serra comum. Conheça todas as vantagens desta tecnologia que premia essencialmente a praticidade. RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 4

Upload: others

Post on 20-Feb-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 20034

    MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

    Efetivamente, a idéia de combinar doismateriais diferentes para obter um simplesmaterial chamado compósito, com propri-edades muito superiores, não é nova. O pró-prio concreto armado que o diga. Voltemosmuito mais para trás e observemos que osantigos egípcios, na época de Ramsés II,utilizavam fibras da palha, resistentes, emblocos de argila de diversos tamanhos, ob-tendo o máximo em compósito, sem qual-quer inconveniente aparente.Nos anos 60, L’Hermite e Bresson desen-volveram a idéia da chapa colada com epó-xi na superfície de peças de concreto arma-do e protendido, de modo a reforçá-las. Estatecnologia, bastante interessante para a épo-ca, sobreviveu até o final dos anos 80, de-tonada por inconvenientes no momento de

    sua execução, tais como:• o peso das chapas e a dificuldade de fixa-

    ção, considerando-se o pot-life do adesi-vo epóxico;

    • a corrosão da superfície das chapas e,principalmente...

    • falta de planicidade que ocorre na maio-ria das peças estruturais e que dificultama total aderência das chapas 100% pla-nas.

    Aliás, este terceiro inconveniente tambémdinamitou a utilização dos laminados defibra de carbono com 5cm de largura, abrin-do a porteira ao reforço estrutural com teci-do (manta) de fibra de carbono.O recente advento da utilização de barrasredondas de fibra de carbono como elemen-to construtivo em ambientes corrosivos e

    GLOSSÁRIO

    Compósito – é, basicamente, qualquer materialconstituído por dois ou mais componentes, comcomposição, estrutura e propriedades distintas,separados por uma interface. O concreto, porexemplo, é um compósito, assim como a manta ea fita de fibra de carbono, o Kevlar, a fibra de vidro(aplicada).

    Carlos Carvalho Rocha

    de reforço (vide RECUPERAR nº 45) es-trutural, através da abertura de sulcos na su-perfície da peça, a chamada incorporaçãopor sulco na superfície (ISS), seguido daaplicação de epóxi, muito utilizado no re-forço de marquizes e também em vigas,lajes e grandes paredes de concreto arma-do-protendido abriu um novo nicho para ohomo recúperus. Inconvenientes? Diríamosque nenhuma não ser o fato de ter-se quetrabalhar com serra de lâmina dupla para aabertura do sulco para a inserção da barraou usar um disco com fio de corte igual a4mm.

    Abertura do sulcocom serra comum.

    Conheça todas as vantagens desta tecnologia que premiaessencialmente a praticidade.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 20034

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 5

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-6862

    fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 02

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 20036

    Figura 1 e 2 - A fita de fibra de carbono sendo inserida no sulco previamente preenchido com epóxi. Aaplicação do epóxi estruturante em ambos os lados da fita antes de sua inserção no sulco.

    Figura 3 - A Fita MFC sendo testada em ensaio detração.

    mento da manta de fibra de carbono, di-minuindo-se o número de camadas emserviços mais exigentes.

    • Melhor aderência com o substrato, com-parada à manta de fibra de carbono.

    • Não exige preparação da superfície.• Após a instalação a fita funciona como

    “armadura original” ficando, inclusive,protegida de ações mecânicas.

    • O reforço incorporado é superior à man-ta de fibra de carbono.

    • Rápida e fácil aplicação. Inclusive emserviços submersos, com a utilização deepóxi específico.

    Esta FITA MFC é um diminuto laminado defibra de carbono imerso em matriz epóxicaespecial. O “diâmetro” nominal ou seçãotransversal da FITA MFC corresponde aode uma barra de ¼” ou 6,35mm de diâmetro.É fornecido em rolos com 70m de compri-mento.

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    O avanço tecnológico no setor da fibra decarbono não pára. A nova modalidade apa-receu mais rápido que o fenômeno do nos-so Ronaldinho lá fora: fita de fibra de car-bono.

    A fita de fibra de carbono

    Lançada no mercado como FITA MFC e pro-jetada para ser aplicada em peças estrutu-rais de maneira rápida, pelo mesmo métodode aplicação das barras de fibra de carbo-

    no, através do reforço por sulco na superfí-cie (RSS) utilizando-se um único corte comserra tipo Makita permitindo, diante das di-mensões da fita de 2mm x 16mm, uma sériede benefícios. Vamos conhecê-los.

    Benefícios da FITA MFC

    • Ausência de corrosão em qualquer situ-ação.

    • Incorporação de armadura “verdadeira”,o que facilita, inclusive, o dimensiona-

    Figura 4 e 5 -Aplicação de fitacrepe paradelimitação do localde inserção da fita e aaplicação do epóxiestruturantetixotrópico.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 7

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    de largura por 17mm de profundidade.A largura de 4mm é obtida usando-sedisco de corte especial.

    2 – O sulco deverá ser bem limpo utilizan-do-se um pequeno pincel e aspiradorde ar com bico fino de sucção.

    3 – Após a limpeza anterior, aplica-se fitacrepe nas laterais do sulco, de modo aevitar o excesso de adesivo na superfí-cie do concreto.

    4 – Aplicação, com preenchimento do sul-

    co, de epóxi estruturante tixotrópico FC,disponível em cartucho duplo, especí-fico à técnica ISS. A aplicação deveráser feita encostando-se o bico do mixerdo cartucho no fundo do sulco, demodo a evitar a formação de bolhas dear no adesivo epóxico.

    5 – Aplicação de epóxi estruturante naslaterais da Fita MFC.

    6 – Inserção total da FITA de fibra de car-bono MFC no sulco.

    Figura 6 - Comportamento tensão-deformação da fita.

    `

    O reforço estrutural feito com a FITA MFCbaseia-se nas diretrizes “Guia para dimen-sionamento e aplicação de sistemas de re-forço de estruturas de concreto com cola-gem de compósitos de fibra de carbono”,ACI 440.2R-02, “Guia para dimensiona-mento e construção de concreto armadocom barras de fibra de carbono”, ACI440.1R-01 e o “Guia para reforço à flexão ecizalhamento de peças de concreto armadousando a inserção por sulco na superfície(ISS)”, do comitê 440 (ACI), publicado no“Journal of Structural Engineering”, doAmerican Society of Civil Engineers(ASCE).

    Instalação

    Toda e qualquer estrutura, motivo de refor-ço, necessita ter sua condição investigadapor engenheiro patologista e calculista. Ouso de FITA MFC pela técnica (ISS) objeti-va, além do reforço puro e simples, a dimi-nuição da aplicação de camadas da mantade fibra de carbono, viabilizando ainda maiso uso deste tipo de reforço estrutural.As regras básicas de utilização são as se-guintes:1 – Corte, com utilização de uma serra tipo

    Makita, abrindo-se um sulco de 4mm

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 7

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 20038

    Etiqueta

    Intermediários

    PreçoAlto

    complicações

    MAIS?...

    FIBRA DE CARBONO MFC

    Tele-atendimento - (0XX21) 2493-4702 - fax (0XX21) 2493-5553 - [email protected] - Fax consulta nº 03

    Tecido, fita, barras, varas e muito mais.

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 9

    Fax consulta nº 04

    Para ter maisinformações sobreMétodos deRecuperação.

    REFERÊNCIAS• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil, es-

    pecialista em serviços de recuperação.• “Guia para dimensionamento e aplicação de sis-

    temas de reforço de estruturas de concreto comcolagem de compósitos de fibra de carbono”, ACI440.2R-02.

    • “Guia para dimensionamento e construção de con-creto armado com barras de fibra de carbono”,ACI 440.1R-01.

    • “Guia para reforço à flexão e cizalhamento de pe-ças de concreto armado usando a inserção porsulco na superfície (ISS)”, do comitê 440 (ACI),publicado no “Journal of Structural Engineering”,do American Society of Civil Engineers (ASCE).

    7 – Com uma espátula retire todo excesso elimpe a superfície com estopa e álcool.

    8 – Aplique uma fita crepe cobrindo o lo-cal.

    9 – 24 horas após, retire a fita crepe, po-dendo-se usar uma pequena lixadeirapara proceder a remoção da fita crepe.

    São muitas as aplicações da FITA MFC,predominantemente o aumento da capaci-dade de flexão e/ou cizalhamento de vigase o aumento da capacidade de flexão delajes.○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Figura 8 - Oreforço feito em

    uma laje.Figura 9 - Esta viga foi armada apenas com armadura de flexão, ou seja, semqualquer estribo para atuação contra esforços de cizalhamento. Como se vê nafoto, promoveu-se o reforço da condição de cizalhamento por ISS com a FITAMFC. À seguir, ensaiou-se até a rutura por escoamento da armadura de flexão.

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-6862

    fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 05

    Instituto de Patologias da Construçãowww.ipacon.com.br

    Figura 7 - Aaplicaçãocomplementarde epóxiestruturante,com espátula,paranivelamento dosulco já com afita de reforço.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 9

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200312

    PISOS INDUSTRIAIS

    Engenheiros ou técnicos de empresas queexecutam pisos industriais de concreto de-vem entender que estas placas passam poracomodações e se ajustam ao ambiente.Quer exemplos? Note que, quase sempreem locais onde o piso encontra-se perfeitohá, algum tempo depois, a surgência de fis-suras ou mesmo trincas. O cliente pode re-clamar que o piso está soltando poeira ou,quando a empilhadeira passa por uma jun-ta de dilatação, faz um “tum”. É freqüente,também, a reclamação de que o piso vibraem determinadas áreas. E agora, José? Será

    que você tem a solução para estes proble-mas ou simplesmente diz ao cliente que “énormal”?Por que estão ocorrendo estes problemas? O

    fSurvey Practice

    que você deverá fazer para corrigi-los? Cercade 75% dos pisos industriais executados apre-sentam problemas no seu primeiro ano devida. É muito problema em tão pouco tempo.

    Conheça as transformações e o comportamento de um piso deconcreto em seu primeiro ano de vida.

    Carlos Alberto Monge

    O primeiro ano de vida. (I)Pisos de concreto novos.

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-6862 / fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 10

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200312

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 13

    de consumirem duas quantidades básicasde água: uma estrutural, que possibilita areação da matriz e a da trabalhabilidade,que permite o seu lançamento nas condi-ções especificadas. Esta última água, após

    O que é um piso de concreto?

    Concreto é um produto químico. Seu prin-cipal componente, a matriz cimentícia, éuma mistura de calcário com argila ou ou-tros materiais similares que, uma vez aque-cida a cerca de 1450°C, submete-se a umafusão parcial, ficando extremamente reativae na forma de nódulos chamados clinker. Aseguir, mistura-se o clinker com um poucode sulfato de cálcio, de modo a permitir apega do produto e influenciar a velocidadecom que sua resistência se desenvolve. Estápronto o cimento Portland. Pouca quími-ca? Fique sabendo que a composição dosclinkers tem aproximadamente 67% de óxi-do de cálcio, CaO, 22% de sílica, SiO2, 5%de óxido de alumínio, Al2O3 e 3% de ou-tros componentes, estabelecendo-se um sis-tema químico de quatro fases chamado dealita, belita, aluminato e ferrita. O endure-cimento ocorre quando há a adição de água.Junta-se areia, pedra e, possivelmente, adi-tivos químicos. Está pronto o concreto quechega até sua obra. Um metal, também qui-micamente reativo, chamado aço, poderá ounão entrar na composição do piso. Parecefácil fazê-lo mas é difícil compreendê-lo,já que outras variáveis como a cura, o trá-

    fego de pessoas, empilhadeiras, a car-ga de produtos estocados, a umidade,a temperatura sobre o piso etc, são fa-tores a ser considerados, induzindo opensamento de que pisos de concretoestá mais para arte do que para ciên-cia. Não existem dois pisos de concre-to exatamente iguais, mas existe umcaminhão de problemas que poderãoocorrer em seu primeiro ano de vida.Ocorrerão acomodações verticais naplaca e, principalmente, encolhimen-tos (retração) em suas dimensões.

    Fato n° 1Todo piso encolhe

    Muitos técnicos esquecem que todo con-creto, inclusive os de alto desempenho oualta performance, sofrem retração, pelo fato

    fSurvey Practice

    Pisos de concreto para pavimento. Sua performance ou durabilidade dependerá do cuidado dado ao longo do primeiro ano de vida.

    Um piso recém concretado. Início de umasérie de transformações químicas.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 13

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200314

    fSurvey Practice

    o endurecimento do concreto, irá evapo-rar num período de tempo tão variávelquanto longo. Claro, saindo a água, a pla-ca de concreto executada sofrerá um en-colhimento em suas dimensões laterais,típico de uma roupa nova após a primeiralavagem. A grande questão é quanto deágua irá volatilizar e qual será a velocida-de deste processo.Muitos técnicos esquecem que, após o lan-çamento do concreto, dever-se-á fazer todoesforço para reter a água na placa até que amatriz sofra todas as reações necessárias àsua hidratação. Este processo é chamadode “cura”. Quando é bem feito, ter-se-á umaplaca resistente e bem durável. Após o pro-cesso de cura, a velocidade de encolhimen-to da placa aumenta e, progressivamente,começa a diminuir.

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    quantidade de encolhimento que um pisose submete em suas dimensões? Dependede algumas variáveis, incluindo-se aí suaespessura, tamanho da pedra utilizada, fa-tor água/cimento empregado etc. De ummodo geral, um piso industrial ou comer-cial básico com 15 cm de espessura enco-lhe 3 milímetros para cada 6 metros de suadimensão. Se desejar obter mais informa-ções a respeito da quantidade de retraçãoque um piso sofre, os quadros abaixo e aci-ma pertinente ao Boletim 130 do PCA, irãoajudá-lo.

    Fato n°2Encolher significafissuras e trincas

    Com uma serra daquelas de cortar con-creto, tira-se um pedaço do piso, diga-mos de 20cm de largura por 20cm de com-primento em toda a sua espessura de15cm, para entender o fenômeno em ques-

    tão. O fato de a superfície superior do pisoestar exposta ao ar faz com que percaumidade por evaporação, secando rapi-damente. Esta secagem provoca o enco-lhimento da superfície, acompanhado deesforços de tração em centenas de microregiões do pedaço de piso. Estes esfor-ços são superiores à resistência (pouca)de tração do concreto. Logicamente sur-gem fissuras. Concordamos também quea superfície do piso, em contato com o

    Velocidade de encolhimento(retração) de um piso de concreto

    Velocidade de encolhimento (retração) deum piso de concreto. Um estudo* da Por-tland Cement Association (PCA) informa queum piso de concreto com 15cm de espes-sura apresenta a seguinte velocidade de en-colhimento típica:•Primeiros 30 dias 15% (apenas!!!)•Restantes 335 dias 50% Total em um ano 65%* PCA (Portland Cement Association) development bulle-

    tin #103

    % de retração em função da espessura do piso

    Se dois pisos de concreto forem feitos damesma maneira e nas mesmas condições,poder-se-á dizer que um piso de 20cm deespessura estará sujeito a uma velocidade deencolhimento (retração) menor que o de15cm.

    Idéia de micro regiões do piso submetidas atensões de tração, devido à retração.

    Enquanto você está lendo este artigo, o pisoque você executou está encolhendo ou, sedesejar, sofrendo um processo fisiológicode retração. Faz parte.É natural que o leitor pergunte agora qual a

    Portland Cement Association (PCA)

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-6740 / fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 11

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200314

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 15

    te para enfraquecer o piso, pelo menos ¼da sua espessura, e deverá ser executadatão logo o concreto aceite o tráfego depessoas (e do equipamento), antes que astensões de tração, que se avolumam, ex-cedam a ainda sonolenta resistência de tra-ção do concreto. A encrenca é que, nemsempre juntas de controle impedem o des-pontar de fissuras/trincas, e há um cami-nhão de razões. Vamos basculhar quatroprincipais.

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    terreno está encolhendo, só que a umavelocidade bem menor. Este importantefato engata uma quinta marcha na sur-gência de esforços de tração, provocan-do fissuras e trincas no piso de concreto.Para abrir a válvula de escape das crescen-tes tensões ou esforços de tração que seacumulam ao longo do piso, com conse-qüente e incontável surgimento de fissuras/trincas, procede-se o corte do piso em pe-quenas áreas ou panos. Este corte efetuadono piso chama-se junta de contração, en-curtamento, retraimento ou, mais adequa-damente, de controle. Elas enfraquecem opiso a intervalos regulares, fazendo comque surjam fissuras/trincas sob o corte efe-tuado e não aleatoriamente.Um segredo: Para ser efetiva, a junta decontrole tem que ser profunda o suficien-

    GLOSSÁRIO

    Subleito – superfície do terreno preparado e com-pactado para suportar o piso de concreto.Sub-base – camada de material (brita por exem-plo) situada entre o piso de concreto e o subleito.

    fSurvey Practice

    Pisos sem juntas decontrole ou com mau

    dimensionamento. Pisos com juntasde controle.

    MetacrilatoMetacrilato

    Com viscosidade igual a da água, o METACRILATO preenche e monolitiza qualquer trinca oufissura de até 0,05mm de abertura, em pisos, apenas vertendo-se o produto. Em apenas meia hora,com o METACRILATO também se monolitiza trincas e fissuras em vigas e pilares, de maneirafácil e rápida. Basta fazer um pequeno furo na parte superior da peça e verter o produto com a ajudade um pequeno funil. Não fique perdido no tempo das injeções.

    METACRILATOTele-atendimento

    (0XX21) 2493-4702 / fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 12

    1ª razão:O arrastão na sub-base

    À medida que o piso encolhe, arrasta-sesobre a base na qual foi executado. Se estabase apresenta regiões heterogêneas ou di-ferentes, claro que surgirão bloqueios ouimpedimentos ao arraste e, conseqüente-mente, trincas surgirão.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 15

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200316

    fSurvey Practice

    juntas de controle. Como regra básica, po-der-se-á usar espaçamentos de 60cm a 75cmpara cada 1,5cm de espessura do piso.Na verdade, o espaçamento adequado de-penderá de algumas variáveis relacionadas

    GLOSSÁRIO

    Juntas de isolamento – permitem o movimen-to vertical e horizontal entre faces adjacentes deum piso, de pilares existentes em seu meio, assimcomo paredes e bases de máquinas. Separa com-pletamente o piso destas peças estruturais, permi-tindo que cada uma mova-se separadamente.

    Pano mal dimensionado.Panos muito grandes entre juntas de controlesão sérios candidatos a terem trincas.

    Nota: Estes espaçamentos também se aplicam para as distâncias entre as juntas de dilatação ejuntas de isolamento de pilares ou juntas de construção. Espaçamentos maiores que 4,5mpodem apresentar perda substancial do efetivo intertravamento entre agregados graú-dos que, efetivamente, promovem a transferência de carga pela junta.

    Calafetamento da junta de dilatação com elastômero depoliuretano. Repare a fita crepe isolando a junta e o delimitadorde profundidades vermelho, estabelecendo a profundidadecorreta do preenchimento. Repare também a junta de controle(serrada) que atravessa a junta de dilatação. O tratamentorecomendado para esta última é com epóxi semi-rígido.

    O preenchimento da junta de controle,com epóxi semi-rígido, após o corte.

    2ª razão:Panos com tamanhos irregulares

    O concreto encolhe com velocidades dife-rentes na superfície superior e inferior. Seo piso for cortado em painéis com formasirregulares, poderão surgir tensões desi-guais durante o encolhimento.O resultado, claro, são fissuras e trincas.

    3ª razão:Juntas muito distantes

    O portland Cement Association tem uma ta-bela que apresentamos acima, muito interes-sante, especificando o espaçamento entre

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200316

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 17

    fSurvey Practice

    REFERÊNCIAS• Carlos Alberto Monge é engenheiro civil, es-

    pecialista em serviços de recuperação.• Portland cement association concrete inspec-

    tion handbook.• ACI committee 302, “Guide for concrete floor

    and slab constuction, ACI 302.• Robert F. Ytterberg, “Shrinkage and curting of

    slabs on grade”, ACI.• Ralph E. Spears concree floors on ground, Por-

    tland cement assocation.

    Fax consulta nº 13

    Para ter maisinformações sobrePisos de Concreto.

    ocorre a uma velocidade superior em re-lação a da superfície inferior. Este fenô-meno, caso ocorra a uma velocidade rápi-da, poderá puxar as extremidades do piso

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Nesta seqüência, observe oNesta seqüência, observe oNesta seqüência, observe oNesta seqüência, observe oNesta seqüência, observe odesenvolvimento da carga atuante nodesenvolvimento da carga atuante nodesenvolvimento da carga atuante nodesenvolvimento da carga atuante nodesenvolvimento da carga atuante nopiso pela roda dianteira da empilhadeira.piso pela roda dianteira da empilhadeira.piso pela roda dianteira da empilhadeira.piso pela roda dianteira da empilhadeira.piso pela roda dianteira da empilhadeira.

    para cima. Em outras palavras: empenamen-tos no piso.Na próxima edição apresentaremos a conti-nuidade dos fatos que afetam substancial-mente pisos de concreto em seu primeiroano de vida.

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-4702 / fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 14

    FRESASTele-atendimento

    (0XX21) 2493-4702fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 15

    Não esquente a cabeça. Cortes largos e profundosem concreto armado é fácil, rápido e sem poeira.Conheça nossa linha de serras de altodesempenho para concreto armado com corte de25 a 75mm de profundidade e com largura de 12 a54mm. Todas com captadores de poeira. Se asuperfície é um problema, utilize a mais modernatecnologia de preparação por fresagem com asFRESAS TVA e TVB. Portáteis, leves e sem poeira.

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-4702

    fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 16

    à velocidade de encolhimento, como o fa-tor A/C, tamanho do agregado, espessurado piso etc. Espaçamentos maiores que ossugeridos poderão provocar fissuras/trin-cas até mesmo em panos delimitados naforma quadrada.

    4ª razãoEmpenamentos nas pontas das juntas

    Como afirmamos anteriormente, o enco-lhimento na superfície superior do piso

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 17

    Se o empenamento é grande,comumente ocorrem fraturas devido as

    cargas do tráfego das empilhadeiras.

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200320

    CORROSÃO

    Um dos problemas mais graves que regi-ões como a nossa vêm enfrentando atual-mente é a chuva ácida. Este termo genéricoabrange vários fenômenos, entre eles a ne-blina ácida, relacionada a precipitaçõessubstanciais de ácidos. A chuva ácida con-duz a conseqüências ecológicas danosas ea presença de partículas de ácidos no ar, cer-tamente, também tem efeitos diretos sobrea saúde das estruturas de concreto armado-protendido e, por que não dizer, metálicas.Este fenômeno refere-se à precipitação maisácida que a chuva “natural”, não poluída,ligeiramente ácida, devido a presença dedióxido de carbono atmosférico dissolvi-do, que forma o ácido carbônico:

    CO2(gás) + H2O (água) H2CO3 (aquoso) (ácido carbônico)

    Em seguida, o H2CO3 ioniza-se parcialmen-te, liberando um íon hidrogênio, com a re-sultante redução no pH de tudo que estiverao seu alcance.

    H2CO3 (aquoso) H+ + HCO3

    (ácido carbônico) (íon bicarbonato)

    Devido a essa fonte de acidez, o pH da chu-va “natural”, não poluída, é de cerca de 5,6.Apenas a chuva que é apreciavelmente maisácida que isso, ou seja, com um pH menorque 5, é considerada chuva “ácida”, tendo

    fSurvey Practice

    GLOSSÁRIO

    Eletrólito – condutor iônico (usualmente em so-lução aquosa).Íon – um átomo ou grupo de átomos que ganha-ram ou perderam um ou mais elétrons (da cama-da externa ou de valência), passando a carregaruma carga elétrica.

    em vista a presença de quantidades de tra-ços de ácidos fortes naturais, o que leva aacidez da chuva em ar puro a um nível umpouco mais alto que aqueles existentes pelapresença apenas do dióxido de carbono, CO2.

    Quem predomina?

    Os dois ácidos predominantes na chuvaácida são o ácido sulfúrico, H2SO4, e o áci-

    Evandro Salles Pinto

    O que acontece com as estruturas submetidas à corrosão atmosféricaprovocada pela chuva, cada vez mais ácida e poluída?

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200320

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 21

    fSurvey Practice

    GLOSSÁRIO

    Ácido clorídrico – solução de hidreto (substân-cia binária do hidrogênio com outro elemento) decloro ou gás clorídrico, em água. É o mais impor-tante dos halógeno-ácidos.Halogênios – são os elementos flúor, cloro, bro-mo e iodo, ávidos para formas substâncias salinas,quando combinam com elementos eletropositivoscomo o ferro ionizado Fe++.Sulfeto de hidrogênio (H2S) – também chama-do de gás sulfídrico. Quando em solução aquosa,produz o ácido sulfídrico. Venenoso.

    duais não são tratados e limpos antes daliberação. A indústria do petróleo emitetambém dióxido de enxofre no ar direta-mente como SO2 ou indiretamente comsulfeto de hidrogênio, H2S, quando o pe-tróleo é refinado e o gás natural purificadoantes da distribuição. O H2S é também umpoluente comum nas emissões da indús-tria de polpa celulósica e papel.O enxofre, particularmente, pode existir nosestados de oxidação de –2 a +6 na água,confirmando seu estado de resistividademultidimensional, podendo fantasiar-se devárias substâncias, extremamente impor-tantes para a corrosão. Assim, pode apa-recer como íons sulfetos (S–2), hidrosulfe-tos (HS–), bisulfatos (H2SO4), sulfeto dehidrogênio (H2S) e os sulfatos SO4

    – 2, estenão tão reativo para produzir corrosão(mas ataca o concreto). Com relação ao gásH2S, é considerado um ácido fraco. Noentanto, quando ionizado na água, podeproduzir pH inferior a 4.Além da composição química da chuva,suas características físicas de precipitação,como a intensidade, quantidade, freqüên-cia, além da extensão dos ciclos de seca-gem e molhagem também têm culpa no car-

    do nítrico, HNO3. Em termos gerais, a chu-va ácida precipita-se segundo a direçãodo vento em um local distante da fontedos poluentes primários, isto é, o dióxidode enxofre, SO2, e óxidos de nitrogênio,NOX. Os ácidos são gerados durante otransporte da massa de ar que contém os

    poluentes, não respeitando estados nemfronteiras internacionais em razão do des-locamento de longa distância que sofrem,com freqüência, os poluentes atmosféri-cos. Por exemplo, resinas termelétricas àbase de queima de carvão lançam dióxidode enxofre no ar porque seus gases resi-

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-4702

    fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 22

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 21

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200322

    Lá vem chuva e toda aquela molhação...

    ... com SILANO CORRnão tem tempo ruim.

    Superfícies de concreto aparente agora estão protegidas.SILANO-CORR é um possante hidrofugante especificamenteprojetado para o concreto composto com inibidor iônico deúltima geração que realmente protege o concreto dadegradação ambiental e suas armaduras da corrosão. Suagarantia é superior a 10 anos.SILANO-CORR é incolor, não faz película. É imperceptível nasuperfície do concreto.Você ainda usa verniz para proteger o concreto aparente?Você merece uma solução melhor. SILANO-CORR.

    SILANO-CORRTele-atendimento

    (0XX21) 2493-6862fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 23

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 23

    fSurvey Practice

    GLOSSÁRIO

    Energia de ionização – energia mínima neces-sária para ionizar um átomo ou molécula que seencontra primitivamente em seu estado fundamen-tal.Polarização – mudança do potencial causada porfluxo de corrente.Álcalis – nome derivado do árabe, pelo qual sedesignam as bases dos metais alcalinos (cálcio,sódio, lítio, potássio etc).Base – substância que, em solução aquosa, forne-ce íon hidroxila OH– (ex.: hidróxido de cálcio CaOH).É o oposto do ácido.

    centração e difusão iônica, os conseqüen-tes potenciais, mudanças de pH e conduti-vidade elétrica introduzem no concreto asubstância denominada eletrólito, diretor eator principal do filme chamado corrosãonas armaduras, com tempo ainda para in-terferir em sua intensidade e distribuição. Afacilidade com que o oxigênio pula o muroem algumas regiões e infiltra-se no eletróli-to, provocando um grande processo de di-fusão deste gás, diferentemente de outrosonde há mais restrições, gera corrosão de-vido a aeração desigual.

    O eletrólito

    A severidade da corrosão freqüentementecresce com o aumento da condutividadeelétrica do eletrólito, exatamente porqueeste estado é causado pela presença de íonsagressivos e oxidantes (sequestram elé-trons) como gás oxigênio, os sais iônicoscloretos e substâncias ácidas.A condutividade do eletrólito varia muito,o que pode ser confirmado pelo quadro aser apresentado a segui.A presença, na água, de bicarbonatos, sili-catos e sulfatos aumenta a formação de pro-dutos insolúveis de corrosão, depolarizan-

    No lado catódico da corrosão, se assumirmos que a película do eletrólito sobre o aço éextremamente fina e neutra ou levemente ácida, teremos ali a reação

    2H+ + 2e– H2 ,

    Havendo oxigênio (O2) na parada, haverá consumo de elétrons e, conseqüentemente, ofino eletrólito (H2O) estará detonando mais corrosão com a reação

    O2 + 2H2O + 4– 4OH– .

    Caso haja uma boa difusão do oxigênio do ar atmosférico alimentando a fina película doeletrólito (H2O), presente na superfície do aço, certamente, teremos uma densidade decorrente de corrosão atuante em função desta difusão.No lado anódico, consequentemente, ocorre a tradicional dissolução do ferro

    Fe0 Fe++ + 2e– ,

    onde os produtos da corrosão (óxidos e hidróxidos metálicos), sua solubilidade na fina películado eletrólito e a formação de filmes passivos afetarão a densidade da corrente e a velocidadetotal da dissolução do aço.

    A solubilidade dos produtos da corrosão aumenta substancialmente as velocidades de corrosão,principalmente quando há a presença dos famigerados e negativos íons cloretos Cl–, tãoferozes quanto os também negativos íons hidroxilas, OH –, para correr atrás dos belos epositivos íons ferrosos, Fe++, na zona do agrião anódica. Nesta queda de braço entre Cl– eOH –, os primeiros mostraram-se profissionais, pois enquanto os íons OH– “matam” os pobresíons Fe++ e se compadecem, formando substâncias estáveis, os outros “matam” e corroematrás dos Fe++ restantes, ou seja criam espécies instáveis (solúveis), estimulando maiscorrosão.

    O fio da meada da corrosão atmosférica

    tório quando de processos de corrosão.Recente pesquisa publicada na MaterialsPerformance sobre a degradação de reves-timentos de fachadas adiciona uma outravariável chamada velocidade de fuga das

    substâncias salinas pertinen-tes ao concreto exposto à at-mosfera.Portanto, a inclusão de subs-tâncias ácidas e oxigênio dis-solvido via chuva nas estrutu-ras, o efeito da energia de ionização, a con-

    Materiais que compõemfachadas de edificações

    sofrem com o advento dachuva ácida.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 23

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200324

    fSurvey Practice

    Fax consulta nº 24

    Para ter maisinformações sobreCorrosão.

    REFERÊNCIAS• Evandro Salles Pinto é engenheiro metalúrgico

    especialista em corrosão.• ASTM STP767 “Atmospheric Corrosion of Me-

    tals”..• ASTM STP965 “Degradation of Metals in the

    Atmosphere”..• L.L. Shreir, R.A. Jarman, and G.T. Burstein, “Cor-

    rosion, vol. 1, Metals/environment reactions”.

    do a pilha de corrosão. A diminuição do pHdo eletrólito faz aumentar a corrosão do açodevido à grande surgência de íons hidro-gênio, também exímios sequestradores de

    elétrons. Para pH superior a 10, a velocida-de da corrosão é pequena, por este ambien-te ajudar a película dos óxidos férricos eferroso, indivíduos passivantes, que bar-ram a introdução do oxigênio dissolvido. A

    alcalinidade não cria a passividade, apenasoferece conforto suficiente para que ela semantenha. Efetivamente, à medida que via-jamos hipoteticamente ao longo da super-

    fície do aço sujeito a eletrólitos diferentesou mesmo iguais, mas em concentraçõesdiferentes, visualizar-se-ão diferentes po-tenciais ou voltagens, o que gera pilhas decorrosão.

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Epóxis Subaquáticos?Biodur 560Epóxi com fibras de aramida aplicado a rolo. Altíssima resistênciaabrasiva e de tração em qualquer tipo de superfície submersa.O mais aplicado em serviços offshore no mundo todo.

    Biodur 561Massa/Pasta epóxica com fibras de aramida. Ideal para aplicarem superfícies já com perda de seção, de preferência a mão.Material obrigatório em plataformas offshore e em regiões debarragens sujeitas a abrasão-cavitação.

    Epóxi No 500Epóxi em duplo cartucho e com mixer, ideal para chumbamentossubaquáticos. É só colocar na pistola e pronto. Não escorre.Pega em poucos minutos.

    Estes são os epóxis queaguentam o tranco desua obra subaquática.

    Tele-atendimento(0XX21) 2493-4702

    fax (0XX21) [email protected]

    Fax consulta nº 25

    Instituto de Patologias da Construçãowww.ipacon.com.br

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200324

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200328

    proteção.Pinturasde

    ANÁLISE

    Cada vez mais

    Pouco tempo após a pintura, a película deproteção começa a falhar. O que fazer?

    Leonardo de Almeida Pinto

    É tarefa das mais difíceis querer padronizar um guiade recuperação de superfícies pintadas, exatamenteporque existe uma variedade quase que interminávelde problemas em películas de tintas e uma multidãode fatores causadores. Por exemplo, o tratamentoaplicado no descolamento de uma película acrílica(primer e acabamento) da fachada pode não ter nada aver com o descolamento de uma película de primer eacabamento de um poliuretano no mesmo paramento.Além do aspecto técnico que precisa ser decifradohá, também, o aspecto econômico. Assim, se um pré-dio de 20 andares tem como diagnóstico “ineficiênciado primer” para o descolamento da película, a “solu-ção técnica correta” exigirá a remoção completa detoda a pintura e a aplicação de um novo sistema pri-mer/acabamento. Ocorre, no entanto, que esta não éuma solução economicamente viável. Tecnicamentetambém não tem se mostrado ser 100% correta.

    fSurvey Practice

    problemáticas.

    Continua na página 30

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200328

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 29

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 29

    Quando a RecuperaçãoÉ Complexa

    Acredite, há sempreuma boa solução.

    Diagnóstico e soluções precisas tel.: (21) 2224-6498 • fax: (21) [email protected] • www.nca.com.br

    Recuperar não é tão fácil como parece. Consulte um especialista. Recuperarrequer conhecimento amplo e preciso sobre os danos, suas causas, conseqüên-cias e sobre a melhor estratégia a adotar. A visão simplista do problema,invariavelmente, acarreta sua recorrência e maiores custos no futuro.

    A NCA possui profissionais especializados em cálculo, projeto e recuperaçãoestrutural na área civil e industrial, oferecendo soluções diferenciadas em todosos campos da construção.

    Consulte-nos!

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200330

    Fazer o que?

    Uma vez detectado o motivo ou a causa do problemaem uma pintura, a primeira coisa a fazer é quantificaro montante do problema. Se a desgraça é pouca, ouseja, apresenta-se em regiões localizadas, uma vez fei-to o mapeamento, bastará uma espátula, uma lixa oulixadeira e a correção far-se-á sem mistérios, desde quenão se exija 100% de perfeição. Já que falamos emporcentagem, torna-se importante levantar a quantida-de das áreas efetivamente afetadas e as que se apresen-tam em vias de fato.Como já comentamos, mesmo que tenhamos a consta-tação de uma grande área comprometida, nem sempretorna-se necessário remover todo o sistema aplicado.Quer ver? Se a pintura de acabamento estiver soltandoou descamando em relação ao seu primer ou base, tal-vez porque o filme aplicado tenha sido muito fino oucom espessura que não tenha garantido sua sustenta-ção, por uma mistura mal feita ou mesmo porque a tintafinal tenha sido de má qualidade, devemos concordarque dever-se-á retirá-la e manter o primer intacto. Cer-to? Claro, técnica e economicamente correto, mesmo

    porque não é bom expor a superfície ao ambiente, tantoda obra quanto do original, seja ela um simples embo-ço, uma superfície de concreto ou uma complicada su-perfície metálica. Imagine a qualidade do ar diante deum lixamento eletromecânico, por exemplo.Agora, imaginemos que o problema tenha sido de to-nalidade ou descoloração, quer dizer perda ou desbo-tamento da cor original, tipicamente uma questão cos-mética e não estrutural como o caso anterior da desca-mação. Concordamos que bastará uma demão da tintade acabamento, desde que sua formulação seja corrigi-da e, claro, compatível com a base aplicada. Compatí-vel significa que pode coexistir com outro. Vamos ver.

    Compatibilidade

    Compatibilidade lembra um pouco essa história deDNA. Quando se pensa em repintura, seja o motivoqual for, essa é a palavra chave. É obvio que não pode-remos aplicar um epóxi, recheado de solvente, sobreum látex acrílico. Os efeitos combinados da volatilida-de intrínseca do solvente aliado às conseqüentes ten-sões inerentes da cura de toda película certamente irão

    O ambiente corrosivo indústrial exigemuito do revestimento protetor como

    grande capacidade isolante (dielétrica)excelente resistência a substâncias

    químicas e a própria água, de modo abloquear os fluxos da corrente de

    corrosão pela superfície.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200330

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 31

    literalmente “pescar”, com direito a uso demolinete e tudo, o pobre acrílico, extrema-mente alérgico a solventes. Às vezes a com-patibilidade aparece ou entra mascarada.Então não parece tão óbvia. Pode um epóxià base de alcatrão (que muitos chamam decoaltar epóxi) ser, tempos depois, repinta-do com o mesmo produto? Por que não?100% de compatibilidade, não é? Ocorre quesuperfícies pintadas com este tipo de polí-mero são difíceis de aceitar repintura, mes-mo sendo de sua própria família. A radia-ção solar, a química envolvida e a deterio-ração da superfície confirmam que é qua-○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    se sempre impossível. A não serque o fabricante assine embaixo.Com assinatura e tudo ainda ébom fazer um teste, simulando aspiores condições a serem encon-tradas durante e após a execuçãodo serviço. Conseguida a cura to-tal da película de teste, dever-se-

    á fazer o teste de adesão. Correto? Nãototalmente. Torna-se necessário, literal-mente, estressar a película segundo ascondições locais para depois executar oteste de adesão. O problema é que quasesempre a coisa acaba como em novela.Tudo e todos numa boa, ou seja, a adesãoé conseguida com méritos. Simulam-se re-almente uma vida real (ou um pouco) paraa película? Trata-se de um problema sériosobre o qual costuma haver discussão. Ne-gociações a parte, dever-se-á obter pelomenos dois meses de vida para a película,para depois fazer o teste. Isto porque écomum, com o passar do tempo, ocorrermudanças nas características das tintas adois componentes, como também nas tin-tas que curam pela oxidação com o ar. Averdade é que toda tinta mostra excelenteserviço de adesão no início, algumas po-rém vão perdendo esta importante carac-terística à medida que curam, evidencian-do até fissuras e trincas, tornando-se frá-geis. Logo, quanto mais tempo ganharmospara fazer o teste, melhor.

    Análise do revestimento epóxico deuma piscina, motivado pela formação debolhas na película (foto menor).

    Instalações de risco exigem constantemonitoramento da película de proteção.

    REMOTIMTele-atendimento

    (0XX21) 2493-6862fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 29

    RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 31

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200332

    Adesão

    Nas edições nos 21, 32 e 35 da RECUPERARforam mostrados os mecanismos de ade-são e coesão das tintas. Cada vez mais, en-tre nós, felizmente, está se exigindo testesde adesão tanto para a tinta nova aplicadae curada, quanto para a película antiga, demodo a conhecer suas condições para re-ceber uma repintura. Em todos os casos, éimportante compreender o que, efetivamen-te, está se medindo quando se faz um testede adesão.

    Quando se faz um teste de adesão, na ver-dade, está-se medindo a resistência de umrevestimento em diferentes “planos”. Pri-meiro se testará a adesão da película emrelação ao substrato. Segundo, a adesão daou entre camadas da tinta, caso exista maisde uma sobre a superfície. Tanto no primei-ro quanto no segundo estaremos medindoa resistência adesiva da tinta na superfície,seu poder de coesão e a robustez da cola-

    Ocorre que esta adesão é extremamentesensível a inúmeros fatores, razão pela qual,

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    O teste de adesão de uma tinta informa:Sua resistência adesiva.Sua resistência coesiva.

    gem entre as camadas, caso exista mais deuma demão.

    Quando misturado à água e aplicado como revesti-mento cimentício, seus componentes ativos enca-deiam uma enorme formação cristalina insolúveldentro dos vazios, fissuras e trincas do concreto.PENETRON é a mais moderna fórmula impermeabi-lizante para reservatórios, tanques de água e esgo-tos, túneis, galeria etc.

    Impermeabilização por Cristalização?Impermeabilização por Cristalização?Impermeabilização por Cristalização?

    PENETRONTele-atendimento

    (0XX21) 2493-6862fax (0XX21) 2493-5553

    [email protected] consulta nº 30

    Em situações como esta, torna-se necessáriodimensionar o revestimento protetor. Caso

    contrário, toda a estrutura estará comprometida,inclusive as instalações.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200332

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 2003 33Tele-atendimento(0XX21) 2493-4702 / fax (0XX21) [email protected] • Fax consulta nº 31

  • RECUPERAR • Julho / Agosto 200334

    no mundo inteiro, existem diversos padrõesque estabelecem um mínimo de resistênciade adesão ou coesão.De qualquer maneira, é preciso entender queas tintas de proteção com espessura menorque 500 micrômetros são caonsideradascomo películas finas. Quando maiores que500 micrômetros, a película é consideradaespessa. Estas últimas são chamadas pro-teção por barreira, enquanto que a primeiradependerá essencialmente de suas propri-edades dielétricas, resistência química e daprópria água para funcionar e durar.Torna-se importante, em todos os casos,saber ou conhecer o porquê da película

    A preparação das superfícies, em todas assituações, é fundamental. É preciso conhecer ascaracterísticas do revestimento e aplicá-la deacordo com as instruções do fabricante esempre à luz de normas específicas.

    Os equipamentos para medir aadesão de tintas e revestimentos.

    REFERÊNCIAS

    • Leonardo de Almeida Pinto é especialista emtintas e suas patologias.

    • The Inspection of Coatings and Linings. TheSociety for proctective Coatings.

    • J. Steele, “Testing Adhesion of Coating Appli-ed to Concrete”.

    • ASTM D 4787, Continuity Verification of Li-quid of Sheet Linings Applied to ConcreteSubstrates, gets around the issue of variablecontinuity of the concrete substrate by ins-talling a conductive underlayment beneath thecoating film.

    • J. Steele, “Coating Film Thickness in Concre-te Sanitary Sewers: How Much is Enough?

    • J.A. Redner; E.J. Esfandi, and R.P. Hsi, “Evalu-ating Protective Coatings for Concrete Expo-sed to Sulfide Generation in Wastewater Tre-atment Facilities.

    ter falhado antes de tentar refazer o ser-viço, caso contrário poder-se-á entrarpela mesma porta errada. Um exemplobastante comum é a utilização de reves-timentos ou tintas com pigmentos de bai-xa qualidade que, com a radiação solar,desbotam ou descoram em períodos deaté seis meses! A repintura com tintasemelhante implicará na mesma patolo-gia.A tarefa de se investigar o porquê da ruínade uma película de tinta não é difícil porémexige o conhecimento da mecânica da apli-cação, da química da tinta em questão e dealguns métodos analíticos.

    Fax consulta nº 32

    Para ter maisinformações sobreTintas e Revestimentos.

    RECUPERAR • Julho / Agosto 200334

    /ColorImageDict > /JPEG2000ColorACSImageDict > /JPEG2000ColorImageDict > /AntiAliasGrayImages false /CropGrayImages false /GrayImageMinResolution 300 /GrayImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 72 /GrayImageDepth -1 /GrayImageMinDownsampleDepth 2 /GrayImageDownsampleThreshold 1.00000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict > /GrayImageDict > /JPEG2000GrayACSImageDict > /JPEG2000GrayImageDict > /AntiAliasMonoImages false /CropMonoImages false /MonoImageMinResolution 1200 /MonoImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 72 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.00000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict > /AllowPSXObjects false /CheckCompliance [ /None ] /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile (None) /PDFXOutputConditionIdentifier () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName () /PDFXTrapped /False

    /CreateJDFFile false /Description > /Namespace [ (Adobe) (Common) (1.0) ] /OtherNamespaces [ > /FormElements false /GenerateStructure false /IncludeBookmarks false /IncludeHyperlinks false /IncludeInteractive false /IncludeLayers false /IncludeProfiles false /MarksOffset 6 /MarksWeight 0.250000 /MultimediaHandling /UseObjectSettings /Namespace [ (Adobe) (CreativeSuite) (2.0) ] /PDFXOutputIntentProfileSelector /DocumentCMYK /PageMarksFile /RomanDefault /PreserveEditing true /UntaggedCMYKHandling /UseDocumentProfile /UntaggedRGBHandling /LeaveUntagged /UseDocumentBleed false >> > ]>> setdistillerparams> setpagedevice