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BOLETIM INFORMATIVO DO GBM – ANO XVIII – N o 72 – JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2016 Debates Críticos O patologista é parte in- tegrante da equipe multi- disciplinar fundamental para o atendimento de pacientes com melanoma e, como tal, deve ser co- nhecedor de todas as me- todologias empregadas para o diagnóstico dessa doença. Este texto busca chamar a atenção dos patolo- gistas para essa necessidade. Nos casos de melanoma cutâneo, a integração da avali- ação dermatológica e histopatológica tem importância significativa na qualidade do diagnóstico, em especial nas lesões inici- ais. Isso porque, no exame dermatológico de lesões pigmentadas cutâneas, atual- mente é muito frequente e praticamente imprescindível a realização da dermatos- copia. Com esse tipo de microscopia in vivo aumenta consideravelmente a detec- ção de lesões com padrões pigmentares aberrantes e que implicam na categoriza- ção das mesmas como suspeitas (de ma- lignidade). Tais lesões serão então excisa- das e encaminhadas para exame anato- mopatológico para confirmação diagnós- tica. Nesse contexto atual, o patologista recebe para avaliação um número cada vez maior de lesões melanocíticas que foram extirpadas em razão de apresenta- rem na avaliação dermatoscópica uma pigmentação de padrão atípico, mas que ao exame histopatológico não evidenci- am proliferação celular com características de malignidade. É importante então que os patologistas estejam familiarizados com os padrões pigmentares dos nevos melanocíticos, típicos e atípicos, evidenci- ados na dermatoscopia, para correlacio- ná-los com sua avaliação histopatológica quando esta é questionada, e assim poder defendê-la com critério. Por outro lado, em vários casos a dermatoscopia surpre- melan o ma 1 Editorial Francisco Paschoal NESTA EDIÇÃO n GBM NAS REDES SOCIAIS n EVENTOS EM 2016 ende características próprias de maligni- dade em lesões melanocíticas iniciais e dificilmente o clínico/cirurgião vai aceitar outro diagnóstico que não o de melano- ma. Se, do ponto de vista histopatológico, houver dúvida quanto à malignidade ver- sus benignidade da lesão, o patologista com conhecimentos básicos de dermatos- copia estará melhor preparado, caso ne- cessário, para avaliar a dermatoscopia junto com o clínico, buscando entender sua argumentação e usando-a em favor do diagnóstico preciso. Consideremos, por exemplo, uma imagem dermatoscópica que evidencia uma lesão de limites irregu- lares, com padrão de pigmentação franca- mente assimétrico, onde sobressai uma rede pigmentar alargada, que correspon- de à ocupação das camadas inferiores da epiderme pelas células melanocíticas neo- plásicas hiperpigmentadas, em arranjo confluente. Observam-se ainda áreas a- morfas intensamente pigmentadas com tonalidade levemente azulada, indicando comprometimento extenso intraepidér- mico e presença de células pigmentadas na derme. Não há dúvida que dermatos- copicamente essa lesão é um melanoma. A contribuição mais importante da histo- patologia aqui não será o diagnóstico de melanoma propriamente dito, que já foi antecipado pela dermatoscopia, mas sim os parâmetros objetivos de importância prognóstica que o patologista irá acres- centar; em especial o nível de invasão ou ausência dela, o índice mitótico e a espes- sura, no caso de lesão invasiva. A microscopia confocal reflectante (MCR) é outra forma de microscopia in vivo que vem atualmente ganhando aplicações práticas na Dermatologia, apesar do custo relativamente elevado do equipamento. Esta tecnologia baseia-se na iluminação de uma pequena área da pele com uma Dermatoscopia, Microscopia Confocal e o Patologista Juan Piñeiro-Maceira Abrimos 2016 lançando um novo espaço no Bole- tim, onde serão destaca- dos os eventos organiza- dos pelo GBM e também os de outras instituições parceiras apoiadas pela entidade. Como um dos pilares da atuação do GBM é a multidisciplinaridade na atenção ao melanoma, nos artigos selecionados para esta edição do Boletim contamos com o Dr. Juan Piñeiro Maceira ressaltando a im- portância da interação entre o dermatolo- gista e o patologista. O conhecimento es- pecífico das metodologias empregadas no diagnóstico do melanoma, como a der- matoscopia e a microscopia confocal, por ambos os profissionais, conduz a uma abordagem multidisciplinar mais eficiente e possível resolução de casos duvidosos. A Dra. Mariana Nadalin Meireles, membro da Comissão de Informática desta gestão, mostra como está sendo realizada a par- ticipação do GBM nas mídias sociais e o impacto que as informações de qualidade podem trazer aos associados e à popu- lação em geral. O Dr. Francisco Belfort, nosso Ombuds- man, e um dos fundadores do Grupo Brasileiro de Melanoma, fala da satisfação de ver a nova geração conduzindo os tra- balhos da entidade de maneira coerente e proveitosa. Reforça também a necessi- dade de ampliação do quadro de sócios, com colegas de todas as especialidades que possam contribuir para o tratamento multidisciplinar do melanoma, e a impor- tância da análise e publicação de dados estatísticos sobre o melanoma que ex- pressem a realidade brasileira. O Dr. Elimar Gomes, em sua coluna ‘Por dentro do GBM’, aborda as novidades que estão sendo implementadas para a atualização científica dos sócios, além das campanhas de prevenção junto à população. Lembramos que o Boletim está aberto à participação dos associados, contamos com seus comentários e sugestões.

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BOLETIM INFORMATIVO DO GBM – ANO XVIII – No72 – JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2016

Debates Críticos

O patologista é parte in -tegrante da equipe mul ti-disciplinar fundamen talpara o atendimento depacientes com melano mae, como tal, deve ser co -nhecedor de todas as me -todologias empregadas

para o diagnóstico dessa doença. Estetexto busca chamar a atenção dos patolo-gistas para essa necessidade. Nos casos demelanoma cutâneo, a integração da avali-ação dermatológica e histopatológica temimportância significativa na qualidade dodiagnóstico, em especial nas lesões inici-ais. Isso porque, no exame dermatológicode lesões pigmentadas cutâneas, atual-mente é muito frequente e praticamenteimprescindível a realização da dermatos -copia. Com esse tipo de microscopia invivo aumenta consideravelmente a detec -ção de lesões com padrões pigmentaresaberrantes e que implicam na categoriza-ção das mesmas como suspeitas (de ma -lig nidade). Tais lesões serão então excisa -das e encaminhadas para exame anato-mopatológico para confirmação diagnós-tica. Nesse contexto atual, o patologistarecebe para avaliação um número cadavez maior de lesões melanocíticas queforam extirpadas em razão de apresen ta -rem na avaliação dermatoscópica umapigmentação de padrão atípico, mas queao exame histopatológico não evidenci-am proliferação celular com característicasde malignidade. É importante então queos patologistas estejam familiarizadoscom os padrões pigmentares dos nevosmelanocíticos, típicos e atípicos, evidenci-ados na dermatoscopia, para correlacio -ná-los com sua avaliação histopatológicaquando esta é questionada, e assim poderdefendê-la com critério. Por outro lado,em vários casos a dermatoscopia surpre -

melanoma

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EditorialFrancisco Paschoal

NESTA EDIÇÃO n GBM NAS REDES SOCIAIS n EVENTOS EM 2016

ende características próprias de maligni -da de em lesões melanocíticas iniciais edificilmente o clínico/cirurgião vai aceitaroutro diagnóstico que não o de mela no -ma. Se, do ponto de vista histopatológico,houver dúvida quanto à malignidade ver-sus benignidade da lesão, o patologistacom conhecimentos básicos de dermatos -copia estará melhor preparado, caso ne -ces sário, para avaliar a dermatoscopiajunto com o clínico, buscando entendersua argumentação e usando-a em favor dodiagnóstico preciso. Consideremos, porexemplo, uma imagem dermatoscópicaque evidencia uma lesão de limites irregu-lares, com padrão de pigmentação franca-mente assimétrico, onde sobressai umarede pigmentar alargada, que correspon -de à ocupação das camadas inferiores daepiderme pelas células melanocíticas neo-plásicas hiperpigmentadas, em arranjocon fluente. Observam-se ainda áreas a -mor fas intensamente pigmentadas comtonalidade levemente azulada, indicandocomprometimento extenso intraepidér-mico e presença de células pigmentadasna derme. Não há dúvida que dermatos -copicamente essa lesão é um melanoma.A contribuição mais importante da histo -patologia aqui não será o diagnóstico demelanoma propriamente dito, que já foiantecipado pela dermatoscopia, mas simos parâmetros objetivos de importânciaprognóstica que o patologista irá acres-centar; em especial o nível de invasão ouausência dela, o índice mitótico e a espes-sura, no caso de lesão invasiva. A microscopia confocal reflectante (MCR)é outra forma de microscopia in vivo quevem atualmente ganhando aplicaçõespráticas na Dermatologia, apesar do custorelativamente elevado do equipamento.Esta tecnologia baseia-se na iluminaçãode uma pequena área da pele com uma

Dermatoscopia,Microscopia Confocal

e o PatologistaJuan Piñeiro-Maceira

Abrimos 2016 lançandoum novo espaço no Bole -tim, onde serão destaca-dos os eventos organiza-dos pelo GBM e tambémos de outras instituiçõesparceiras apoiadas pelaentidade.

Como um dos pilares da atuação do GBMé a multidisciplinaridade na atenção aomelanoma, nos artigos selecionados paraesta edição do Boletim contamos com oDr. Juan Piñeiro Maceira ressaltando a im -portância da interação entre o dermatolo-gista e o patologista. O conhecimento es -pe cífico das metodologias empregadasno diagnóstico do melanoma, como a der-matoscopia e a microscopia confocal, porambos os profissionais, conduz a umaabordagem multidisciplinar mais eficientee possível resolução de casos duvidosos. ADra. Mariana Nadalin Meireles, membroda Comissão de Informática desta gestão,mostra como está sendo realizada a par-ticipação do GBM nas mídias sociais e oimpacto que as informações de qualidadepodem trazer aos associados e à popu-lação em geral.

O Dr. Francisco Belfort, nosso Ombuds -man, e um dos fundadores do GrupoBrasileiro de Melanoma, fala da satisfaçãode ver a nova geração conduzindo os tra-balhos da entidade de maneira coerente eproveitosa. Reforça também a necessi-da de de ampliação do quadro de sócios,com colegas de todas as especialidadesque possam contribuir para o tratamentomulti disciplinar do melanoma, e a im por -tância da análise e publicação de da dosestatísticos sobre o melanoma que ex -pres sem a realidade brasileira.

O Dr. Elimar Gomes, em sua coluna ‘Pordentro do GBM’, aborda as novidadesque estão sendo implementadas para aatua lização científica dos sócios, alémdas campanhas de prevenção junto àpopulação.

Lembramos que o Boletim está aberto àparticipação dos associados, contamoscom seus comentários e sugestões.

O Que Fazer?

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As características morfológicas e de dis-tribuição das células malignas no compro-metimento epidérmico dos melanomasapresentam significativa correspondênciacom o quadro histopatológico que ospatologistas estão habituados a analisar.Em lesões de melanoma tipo lentigomaligno que tipicamente ocorrem na pelecom fotodano crônico acentuado de indi-víduos idosos e nas quais o diagnóstico di -ferencial pode ser bastante complexo,mes mo correlacionando clínica, dermatos -copia e histopatologia, pois inclui cerato seseborreica inflamada, ceratose actínicapigmentada e lentigo solar, a MCR poderevelar desorganização da arquiteturahabitual e presença de células arredon da -das, brilhantes, pleomórficas, confirmandoo diagnóstico pré-operatório de melano -ma, e diminuindo a pressão sobre o patolo- gista. A histopatologia continua com im -por tância fundamental na avaliação des -sas lesões, mas não está mais sozinha,con ta com um aliado importante para odiagnóstico de qualidade, a MCR. Há rela -tos na literatura de que a MCR é superior àdermatoscopia no diagnóstico de mela -no mas hipomelanóticos e naqueles compadrão dermatoscópico inespecífico.No Ambulatório de Lesões Pigmentadas

fonte de luz coerente (laser). A luz refletidaé vista através de um pequeno orifício(“pinhole”), que permite que apenas a luzno plano focal atinja o detector, propor-cionando assim cortes horizontais do teci-do, de forma semelhante a uma tomo-grafia computadorizada. Entre vários ou -tros usos, a MCR tem-se mostrado umaferramenta muito útil no diagnóstico pré-operatório de lesões melanocíticas cutâ -neas malignas iniciais, incaracterísticas nadermatoscopia como, por exemplo, al gunscasos de melanoma, tipo lentigo maligno,e lesões hipomelanóticas. Em contrapo si -ção às múltiplas cores da imagem derma -toscópica, o que se vê na MCR são grada -ções de cinza, resultantes dos diferentesgraus de reflectância de cada uma dasestruturas da pele. Os melanossomas emparticular produzem forte reflectânciaquando iluminados com comprimentosde onda próximo do infravermelho. Por -tanto, a MCR permite ver detalhes morfo -lógicos das células na epiderme e na jun -ção dermoepidérmica. Isso torna a inter-pretação relativamente fácil para o patolo-gista, já acostumado a analisar células noscortes histológicos. Precisa apenas acostu-mar-se a observá-las no plano horizontal esem a coloração da hematoxilina-eosina.

Eventos GBM 2016INSCRIÇÕES NO SITE WWW.GBM.ORG.BR

05 março Reunião Científica São Paulo18 junho Sábado 9h -13h24 setembro Hotel Meliá, Av Paulista, 2181

29 e 30 de abril Simpósio Regional de Melanomae Aprimoramento em Dermatoscopia

(Curitiba - PR, Radisson Hotel)

02 dezembro Reunião Comemorativa GBM 20 anos(São Paulo - local a definir)

EVENTOS APOIADOS PELO GBM

31/03 e 01/04 Simpósio Internacional de Oncologia Cutânea do Hospital Sírio-Libanês São Paulo

Inscrições: iep.hospitalsiriolibanes.org.br50% desconto para associados GBM

15 e 16 de abril 10 Simpósio Brasileiro de Imuno-Oncologia da SBOCTivoli Hotel, Praia do Forte – BA

(informações: www.imunooncologiasboc.net)

do HUPE-UERJ, coordenado pelo Prof. Car -los Barcaui, montamos uma equipe multi-disciplinar com dermatologistas e patolo-gistas para a análise das imagens da mi -croscopia confocal e temos observado quecasos intrigantes e desafiadores de lesõesmelanocíticas continuam a ser surpreen-didos em nossa rotina ambulatorial, situa -ção que acreditamos prevalecerá enquan-to o diagnóstico dessas lesões for feitofundamentalmente com base em critériosmorfológicos. Mas agora, com a inte-gração entre microscopia, clínicos e pato -logistas, temos a oportunidade de resolveresses casos difíceis com mais segurança.

Bibliografian ATLAS DE DERMATOSCOPIA: aplicação clínica e correlação histopatológica. Editora DiLivros. Rio de Janeiro, 2011

n REFLECTANCE CONFOCAL MICROSCOPY INDERMATOLOGY: fundamentals and clinicalapplications. Aula Médica. Formación enSalud, Madrid, 2012

Agradecimentosn Dra. Marcela Benez e Dr Carlos Marcelo M.Ferreira pelas imagens dermatoscópicasdisponíveis no site www.gbm.org.br;

n Prof. Carlos Barcaui pela discussão sobre o tema e revisão do texto

Mídias Sociais

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O mundo da internet é fascinante e nospermite ter acesso às mais diversas infor-mações sobre todo tipo de assunto. Po -rém, ao mesmo tempo, pode se tornaruma grande armadilha. Hoje as pessoasbuscam informações o tempo todo, mas,provavelmente, a maioria delas não seatenta para a fonte dessas informações.Muitos fãs ou “seguidores”, principal-mente crianças e adolescentes, que acom-panham seus ídolos na internet tomamcomo verdade o que estes escrevem. Éinaceitável, por exemplo, ver a divulgaçãodo bronzeamento artificial para ganhar a“marquinha” do biquíni como algo sau -dável. É muito comum também ver blo -gueiras dando dicas sobre assuntos dosquais elas não possuem a mínima infor-mação, porém elas chegam a ter 2 milhõesde seguidores. Conseguem pensar o im pac - to de uma mísera publicação?

Dentro do cenário atual cabe a nós, médi-cos, informar corretamente a populaçãosobre suas doenças, prevenção e trata-mento. Porque ela vai atrás da informaçãoque estiver ao seu alcance. Estejamos,então, ao seu alcance através de sites emídias sociais: Facebook, Instagram, etc.como guardiões da nossa população quemuitas vezes se torna presa fácil para tan-tas pessoas que agem de má fé. Nos tem-pos atuais, se ausentar desse processo po -de nos levar ao esquecimento.Munidos dessas informações, a intençãode abrir uma conta do GBM no Facebookfoi de divulgar a marca GBM, bem comoprover a população de informações sobreo que é o melanoma, como fazer sua pre-venção primária e secundária e falar tam-bém um pouco de tratamento.

Então, explicado o porquê da ideia GBM/Facebook, entramos num segundo ques-tionamento: Como fazer isso?A ideia inicial foi de elaborar publicaçõescom fotos que chamassem a atenção daspessoas com frases concisas seguidas depequenos textos. As fotos possuem o logodo GBM e os textos poderão ter links paraa homepage do GBM. Após um poucomais de um mês da abertura da páginaobtivemos o número de 3.800 seguidorese já pudemos notar que a população leigaestá ávida por saber mais sobre o mela -noma e como preveni-lo. Notamos tam-bém que muitos colegas médicos com-partilham as publicações do GBM paraalertar seus amigos e/ou pacientes. Dessemodo, os posts produzem uma reação emcadeia que ajuda a ampliar o conhecimen-to do melanoma com conteúdo ético equalificado. Percebemos que a populaçãoleiga se interessa por receber informaçõesprovenientes de experts e se sentemcomo que acolhida. O resultado tem sidobastante positivo, porém demanda bas-tante trabalho e atenção.Queria aproveitar esse espaço no boletimpara convidar todos os sócios do GBM aparticiparem ativamente da nossa páginado Facebook. Essa participação pode sercurtindo a página, compartilhando posts,fornecendo ideias, sugestões, frases...todo tipo de ajuda é muito bem-vinda!Esperamos que seja um projeto que tragamuitos frutos para o GBM e que ao mesmotempo seja de grande utilidade para a po -pulação!

Como muitos já sabem, oGBM está dando seus pri -meiros passos dentro domundo das redes sociaiscom a sua página noFace book, que pode seracessada pelo endereço:facebook.com/grupo-

brasileirodemelanoma. Dito isso, achoque o primeiro questionamento seria: Masqual o motivo de abrir uma conta para oGBM no Facebook? Não seria o Facebookalgo que recorremos apenas em momen-tos de lazer e descontração?Acredito que a grande maioria que estálendo esse texto possui uma conta noFacebook. Esse site foi lançado em 2004 e,em 2012, atingiu a marca de 1 bilhão deusuários ativos, o que o caracteriza como amaior rede social no mundo. Os númerossão impactantes, com uma média de316.455 novos usuários diariamente, cujaidade mínima deve ser de 13 anos. Dentrodesse cenário, o Brasil ocupa a 8a posiçãoem relação ao maior número de internau-tas no mundo. A cada dia cresce o número de clínicas,empresas e sociedades profissionais quecriam uma página no Facebook, com oobjetivo de buscar visibilidade, promovernegócios e se aproximar do seu públicoalvo de uma maneira menos formal. Issonão significa que as informações divul-gadas na rede devam deixar de ser sérias,pelo contrário, é justamente uma maneirade atrair o interesse das pessoas paraassuntos importantes através de imagense linguagem de fácil entendimento.

GBM agora presente nasRedes Sociais

Mariana Nadalin Meireles

Imagem 1: O logotipo do GBM é a foto doperfil do GBM no Facebook.

Imagem 2: As publicações serão sempreacompanhadas de pequenos textos explica-tivos com linguagem simples e precisa.

Imagem 3: Um exemplo de publicaçãovoltada à prevenção primária do Melanoma

Filie-se ao GBMwww.gbm.org.br

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Francisco Belfort

Presidente Ombudsman

Neste primeiro número de 2016 de nossoBoletim, pouco há a acrescentar na con di -ção de ombudsman. O esquema de traba -lho proposto pela diretoria vem se desen-volvendo a contento, ainda aquém do queo presidente Elimar espera, mas, quandoto dos entenderem a necessidade de me -lhor uso da mídia eletrônica, os frutosserão colhidos com maior consistência.Eu e outros colegas que participamos des -de o início do Grupo vemos, com muitoorgulho e satisfação, que a transição paraos mais jovens vem se fazendo de maneiracoerente, proveitosa, numa continuidadecrescente, visando os propósitos para oqual a entidade foi criada.Uma das bandeiras do GBM, a realizaçãodas Conferências bianuais, deixa claro quea fórmula de se elaborar as mesmas nasdiferentes regiões de nosso país foi umsucesso, abrindo espaço para conhecer-mos novos líderes, capazes de capitaneareventos de alto cunho científico e aindacom retorno financeiro.A programação dos cursos itinerantes estábem interessante e espera mos que haja areal integração com colegas que exerçamas funções de delegados regionais, poisseriam os pilares de desenvolvimento edivulgação em nível nacio nal do GBM.Sabemos que há sociedades médicas emnúmero muito grande, o que dificulta con-centrar recursos nesta ou naquela, mas édever do grupo apoiar e participar ativa-mente de todos os eventos possíveis. Aquicabe ressaltar a necessidade de se traba -lhar para conseguirmos angariar colegasoncologistas clínicos, ra dio terapeutas, ci -rur giões oncológicos, plás ticos, gerais e detodas as especialidades que possam so -mar na luta pelo tratamento multidiscipli -nar do melanoma. Outro ponto importante, precisamos evo -luir no aspecto de análise e publicação dedados estatísticos do banco implantadohá alguns anos. Aguardo as sugestões e críticas de colegaspara ajudar a melhorar os passos do GBM.

Por dentro do GBMElimar Gomes

entando sobre fotoproteção e a regra doABCDE. Num espaço por onde circularam15.000 pessoas em 5 dias, foram distribuí-dos 2.700 folhetos, camisetas e bonés.Outro passo importante foi a presença doGBM nas redes sociais, com uma respostamuito positiva. Podemos observar que opúblico leigo está ávido por informaçãode boa qualidade em saúde e linguagemsimples. Curta e compartilhe nossas publi-cações do Facebook com seus amigos epacientes (facebook.com/grupobrasileiro -de melanoma). Quanto mais conhecimentodifundirmos, mais efetivos seremos em pre- venção primária e secundária.Participe! Envie sugestões, críticas ou elo-gios através do email: [email protected] crescimento do GBM depende de todose as novidades não param por aqui. Embreve entraremos em contato com os to -dos os sócios titulares para reativarmos osdelegados regionais do GBM. A ideia épromover pequenas ações do GBM emdiversas cidades brasileiras, de acordocom as necessidades e possibilidades deapoio local. Poderemos realizar cursos deatualização e mini-meetings para médicose ações da Campanha “Melanoma proteja-se” de orientação para a população.

O ano de 2016 será in -ten so para o GBM e paratodos os interessadosem Melanoma. A gamade opções terapêuticasdo melanoma avançadocontinuará aumentandoe o GBM continua se mo -

dernizando para atender as necessidadesdos sócios em atualização científica. Aomesmo tempo, voltamos a investir nascam panhas de prevenção do melanomajunto à população.Nossas atividades científicas terão iníciono dia 5 de março com a Reunião Cien -tífica de São Paulo e o primeiro SimpósioRegional de Melanoma e Aprimoramentoem Dermatoscopia será realizado emCuritiba, nos dias 29 e 30 de abril, sob acoordenação local de Ézio Amaral e CarlosBastos. Na coluna Eventos GBM desteboletim e no site www.gbm.org.br, vocêpode acompanhar toda a programaçãodos eventos promovidos pelo GBM, alémdos eventos realizados por entidades afinse apoiados pelo GBM. Lembrando que asinscrições para os nossos eventos são sem- pre realizadas pelo site www.gbm.org.br e,para os sócios adimplentes, as inscriçõespara as reuniões científicas são gratuitas.Em dezembro/2015, retomamos a Cam -pa nha “Melanoma Proteja-se” com umestande no Conjunto Nacional, na Av. Pau -lista em São Paulo. Nossas consultorasentraram em contato direto com a popu-lação explicando o que é melanoma, ori-

DIRETORIA 2015/17 Presidente: Elimar E. Gomes / 1º Vice Presidente: João P. Duprat Filho / 2º Vice Presidente: Rafael A. Schmerling / Secretário Geral: Gilles Landman / 1º Secretário: FlávioCavarsan / Tesoureira: Bianca Soares Costa de Sá / 1º Tesoureiro: Felice Riccardi / Editor do Boletim:Francisco M. Paschoal / Diretor Científico: Alberto Wainstein / Ombudsman: Francisco Belfort

EXPEDIENTE Publicação trimestral do GBM Tiragem: 10.000 exemplares / JornalistasResponsáveis: Maria Lúcia Mota, Mtb: 15.992 e Adriana Mello / Secretaria Executiva: Av. ImperatrizLeopoldina, 957, s.604, 05305-011, V. Leopoldina, S. Paulo, SP / tel (11) 5542.8216 e fax (11) 5543.1141

/ [email protected] / www.gbm.org.br / Edição: Informedical Publicações Médicas

Veja no sitewww.gbm.org.bros benefícios de ser sócio do GBM