medilog

45
1 Cenário Atual 2011 Cenário A +44% Cenário B +44% Regime de Tributação MEDILOG

Upload: studio-fiscal

Post on 22-Mar-2016

218 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

relatorio medilog

TRANSCRIPT

Page 1: medilog

1

Cenário Atual – 2011

Cenário A +44%

Cenário B +44%

Regime de Tributação

MEDILOG

Page 2: medilog

2

O presente Mapa Fiscal objetivou identificar a sistemática de tributação que representaria a menor carga tributária, resultando em economia fiscal e melhor gerenciamento do fluxo de caixa da empresa.

Foi elaborado a partir das informações constantes nos demonstrativos contábeis, nos livros fiscais, nas declarações encaminhadas à Receita Federal do Brasil e, quando necessário, de outros documentos auxiliares que julgamos aptos a indicar, de forma concisa, os números envolvidos na sua confecção.

Os resultados demonstrados no Mapa Fiscal representam, consoante os documentos utilizados na sua elaboração, indicativos da melhor forma de tributação, considerando as sistemáticas de apuração através do Simples Nacional, quando possível, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado (quando viável), Lucro Real Trimestral e Lucro Real Anual, este dividido na forma de: (I) estimativa; e (II) acumulado ou balancetes de suspensão/redução.

Para tanto, considera a situação de normalidade operacional, ressalvando-se quanto a quaisquer mudanças na política tributária nacional e/ou eventos excepcionais que possam influenciar na continuidade, faturamento e, consequentemente, no resultado da empresa.

A execução do trabalho está fundamentada na observância aos preceitos legais vigentes na época de sua elaboração. Todavia, a legislação tributária brasileira é complexa e muitas vezes o mesmo dispositivo comporta mais de uma interpretação.

Outrossim, não nos coube examinar as operações realizadas pela empresa, bem como a propriedade e comprovação dos valores registrados nos demonstrativos financeiros e demais documentos utilizados na elaboração do Mapa Fiscal.

O trabalho inicia com a Fundamentação Teórica, que contém uma breve explicação a respeito das formas de tributação, o objetivo é trazer para o leitor o arcabouço teórico suficiente para a compreensão do trabalho.

Em seguida, passamos à análise do Cenário Atual, primeiramente demonstrando os elementos contábeis fornecidos pela própria empresa, tais como faturamento, custo das mercadorias vendidas, resultado operacional líquido do exercício e o consequente percentual de lucratividade. Com base nessas informações, foram feitas simulações para chegar-se ao regime de tributação mais adequado ao período analisado.

Posteriormente, são analisados dois cenários, intitulados A e B, que, baseados em projeções definidas nos últimos balanços da empresa sobre dados contábeis atuais, objetivam demonstrar qual seria o melhor regime de tributação diante de modificações nos resultados da empresa.

Ao final do trabalho trazemos Conclusões a respeito do regime de tributação sugerido, paralelamente aos dados técnicos trazidos em todo o Relatório. Além disso, integra o presente um CD com a reprodução das planilhas de cálculo utilizadas para chegar-se às conclusões apresentadas.

Introdução

Page 3: medilog

3

Dados do Cliente

Dados do Trabalho

Empresa: Medilog Distribuidora Farmacêutica Ltda.

CNPJ: 08.609.954/0001-08

Endereço: Rua Alcântara, 20 – Mangabeira – Feira de Santana/BA

Telefone: (75) 3211.6280

Atividade: Comércio atacadista de medicamentos.

Responsável: Sr. Tertuliano José de Barros Neto

Cargo: Gerente administrativo

Forma de Tributação: Lucro Presumido

Regime de apuração: Mensal

Ramo de Atividade: Comércio atacadista

Importadora: Não

Exportadora: Não

Data de Início: 06/11/2012 Data de Término: 09/11/2012 Período analisado: janeiro a dezembro de 2011

________________________________ Giovanni Dallegrave Gerente Tributário

[email protected]

______________________________ Juliana Rodrigues Analista Tributária

[email protected]

Page 4: medilog

4

I – Fundamentação Teórica sobre Regimes de Tributação ................................................................................ 5

I.1 Regimes de Tributação: Distinções ............................................................................................................................. 6

II – Cenário Atual .............................................................................................................................................. 11

II.1 Dados Contábeis fornecidos pela Empresa .............................................................................................................. 12

II.2 Diagnóstico Tributário Atual ................................................................................................................................... 13

II.3 Regime de Tributação Adequado ............................................................................................................................. 14

III – Análise do Cenário A .................................................................................................................................. 20

III.1 Projeções ................................................................................................................................................................. 21

III.2 Cenário A – DRE Projetada .................................................................................................................................... 22

III.3 Cenário A – Regime de Tributação Sugerido ......................................................................................................... 23

IV – Análise do Cenário B .................................................................................................................................. 28

IV.1 Projeções ................................................................................................................................................................. 29

IV.2 Cenário B – DRE Projetada .................................................................................................................................... 30

IV.3 Cenário B - Regime de Tributação Sugerido .......................................................................................................... 31

V – Conclusões .................................................................................................................................................. 36

VII – Planilhas Anexas ....................................................................................................................................... 40

VII.1 Lucro Presumido ................................................................................................................................................... 41

VII.2 Lucro Real Trimestral ........................................................................................................................................... 42

VII.3 Lucro Real Anual – Estimativa ............................................................................................................................. 43

VII.4 Lucro Real Anual – Acumulado ............................................................................................................................ 44

Sumário

Page 5: medilog

5

I – Fundamentação Teórica sobre

Regimes de Tributação

Page 6: medilog

6

I.1 Regimes de Tributação: Distinções

• Base Legal: Lei Complementar nº 123/2006

• Base de cálculo: faturamento bruto mensal

• Vedações: artigo 17 da lei complementar

Simples Nacional

• Base Legal: artigos 516 a 528 do RIR, Decreto 3.000/1999

• Base de cálculo: presunção sobre o faturamento bruto mensal

• Vedações: artigo 13, da Lei 9.718/1998

Lucro Presumido

• Base Legal: artigos 220 a 235 e 246 a 250 do RIR, Decreto 3.000/1999; Artigo 14, da Lei 9.718/1998

• Base de cálculo: (a) faturamento bruto mensal, no caso e estimativas mensais, (b) lucro líquido, para balanço de suspensão/redução

Lucro Real Anual

• Base Legal: artigos 516 a 528 do RIR, Decreto 3.000/1999

• Base de cálculo: lucro líquido do trimestre

Lucro Real Trimestral

•Base Legal: artigo 530, do RIR

•Base de cálculo: presunção sobre o faturamento bruto mensal, igual à do Lucro Presumido acrescida de 20%

Lucro Arbitrado

Page 7: medilog

7

Atualmente, as empresas brasileiras podem optar entre os seguintes regimes de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Lucro Real, este que se divide entre Real Anual e Real Trimestral.

Em conformidade com a Legislação vigente em nosso País, as pessoas jurídicas têm a opção de fazer a escolha do regime de tributação que melhor se enquadre para a empresa, objetivando a diminuição da carga tributária, ou então facilitação na base documental.

Simples Nacional

Com o objetivo de beneficiar as empresas de micro e pequeno porte, foi instituída em 14 de dezembro de 2006, a Lei Complementar nº 123/2006, com vigor a partir de 1º de julho de 2007, que estabelece normas relativas ao tratamento diferenciado a ser dispensado às empresas que se classificam como tal. O novo regime de tributação, intitulado “Simples Nacional”, substitui o regime anterior, denominado “Simples”.

Enquadram-se nessa forma de tributação as micro e as pequenas empresas com atividades comerciais, industriais e prestadoras de serviços. Para ingresso no Simples Nacional a pessoa jurídica precisa se enquadrar em determinados limites de receita bruta. De acordo com o artigo 3º, da referida lei, as pessoas jurídicas são assim divididas tendo como base a receita bruta:

(a) Microempresas – ME, quando a receita bruta anual seja igual ou inferior a R$ 360.000,00;

(b) Empresas de Pequeno Porte – EPP, quando a sua receita bruta anual estiver entre R$ 360.000,00 até R$ 3.600,000,00.

Cabe salientar que não é somente o limite da receita que impede o ingresso da empresa no Simples Nacional, há também outras vedações previstas conforme segue:

Não poderá se beneficiar do regime do Simples Nacional, a pessoa jurídica que:

tenha participação de pessoa jurídica no seu capital social;

seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

tenha em seu capital social pessoa física empresária ou sócia de outra pessoa jurídica optante pelo regime, com receita bruta de ambas ultrapassando o limite de R$ 3.600.000,00 anual;

Exemplo: A empresa “X” tem faturamento anual de R$ 2.500.000,00 e é optante pelo Simples Nacional, porém, deverá se desenquadrar do regime no próximo ano-calendário, pois um dos seus sócios ingressará no capital de outra pessoa jurídica, com faturamento anual de R$ 1.500.000,00, a qual também era optante pelo Simples Nacional e deverá ingressar em outro regime tributário.

tenha seu titular ou sócio com participação acima de 10% de outra pessoa jurídica não inclusa no regime, com receita bruta de ambas ultrapassando o limite de R$ 3.600.000,00 anual;

Exemplo: Um dos sócios da empresa “Y”, a qual tem faturamento anual de R$ 3.000.000,00 e está inclusa no Simples Nacional, adquiriu 3% de uma sociedade anônima, com faturamento anual de R$ 15.000.000,00. Mesmo que o faturamento de ambas ultrapasse o limite anual do regime, como a participação do sócio está abaixo dos 10%, não há impedimento para a empresa “Y” ao Simples Nacional.

Análise Teórica

Page 8: medilog

8

tenha sócio ou titular como administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, com receita bruta de ambas ultrapassando o limite de R$ 3.600.000,00 anual;

esteja constituída sob a forma de cooperativa, exceto as de consumo;

tenha participação no capital de outra pessoa jurídica;

exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;

seja resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

esteja constituída sob a forma de sociedade por ações.

O imposto devido é pago através de uma única guia, intitulada Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DASN, que inclui os seguintes tributos: Imposto de Renda e Pessoa Jurídica – IRPJ, Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido – CSLL, Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social – COFINS, Programa de Integração Social / Programa de Promoção do Patrimônio do Servidor Publico - PIS/PASEP, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS PATRONAL, Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN e o Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS. As alíquotas para cálculo de cada imposto citado mudarão conforme o faturamento da empresa nos últimos 12 meses, que corresponderá à faixa em que a empresa estará enquadrada em tabela específica.

A base de cálculo da arrecadação é o faturamento/ bruto mensal.

Page 9: medilog

9

Lucro Presumido

As empresas que não estão obrigadas ao recolhimento através do regime de tributação Lucro Real, e no ano calendário anterior, tenha tido receita bruta inferior a R$ 48.000.000,00, podem optar pelo recolhimento através do regime de tributação Lucro Presumido (Lei nº 9.718, de 27/11/1998, artigo 13).

Trata-se de regime de tributação que possibilita presumir o valor do lucro a partir de suas receitas, usando apenas o faturamento, sem considerar as despesas do período. Desse modo, as empresas podem presumir hipoteticamente a existência de lucro a partir de percentual aplicado sobre o faturamento, que é a base de cálculo.

Estes percentuais de lucratividades para o cálculo do Imposto de Renda e Pessoa Jurídica – IRPJ são ditados pela Lei nº 9.249/1995, em seu artigo 15. Para o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL são utilizados percentuais diferentes dos usados para IRPJ, a saber: (a) 12% para revenda de mercadorias ou produtos; e (b) 32% para prestação de serviços em geral.

No caso do presumido, a alíquota de presunção para apuração da base tributável do imposto de renda é de 8% e na contribuição social de 12%, assim, sobre cada R$ 100,00 de faturamento, R$ 1,20 é IRPJ (100,00 x 8% = R$ 8,00 x 15%) e R$ 1,08 de CSLL (R$ 100,00 x 12% = R$ 12,00 x 9%). O recolhimento é trimestral.

Para o IRPJ, além do percentual de 15%, é utilizado um adicional de 10% (sobre o excedente) quando a base de cálculo ultrapassar R$20.000,00 no mês, ou R$ 60.000,00 no trimestre.

Cabe ressaltar que, em caso de redução das margens ou apuração de prejuízo fiscal, o lucro presumido torna-se extremamente desvantajoso, tendo em vista que nesta sistemática o faturamento é a base de apuração do imposto de renda, da contribuição social, do PIS e da COFINS.

Concernente às contribuições para o PIS e COFINS, no lucro presumido os valores são apurados na forma cumulativa, com base no faturamento mensal, sem qualquer dedução de crédito fiscal e com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, enquanto que no lucro real a sistemática, geralmente aplicada é a não cumulativa.

Lucro Arbitrado

O arbitramento do lucro é uma sistemática excepcional de tributação, uma metodologia alternativa para a quantificação da renda tributável da pessoa jurídica. Em regra geral, a base de cálculo é arbitrada pela autoridade fiscal através da aplicação de determinados percentuais sobre a receita bruta ou, caso esta não seja conhecida, sobre outros valores relativos ao patrimônio ou sobre a atividade da sociedade.

Aplica-se o arbitramento nos casos em que a escrituração fiscal/contábil apresentar fraudes, vícios, erros e deficiências que a tornem inidônea, falta de escrituração de livros e documentos, opção indevida pela tributação do lucro presumido e quando o contribuinte não mantiver em boa ordem os livros Razão e Diário.

Existe a opção por parte do contribuinte, quando a Receita Bruta da empresa for conhecida, realizar o pagamento do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, desde que ocorrida uma das situações colocadas acima. Logo, por interesse do contribuinte, pode-se deixar de cumprir com alguma das obrigações acessórias relativas à determinação do lucro.

A base de cálculo, quando do conhecimento da receita bruta, será determinada pela aplicação dos percentuais do lucro presumido sobre o valor da receita bruta, majorados em 20%. O cálculo da Contribuição Social segue a mesma forma de cálculo do Lucro Presumido, ou seja, sem a majoração de 20%.

Page 10: medilog

10

Lucro Real

O conceito fiscal de Lucro Real está expresso no artigo 247, do Decreto 3.000/1999 - Regulamento do Imposto de Renda – RIR, que assim o define: “Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto”. No § 1°descreve que: “A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais” (Lei 8.981, de 1995, art. 37, § 1º).

O conceito de lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais, e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial (artigo 248, do RIR).

O Lucro Real vem a ser, pois, o confronto real da apuração das despesas, custos, tributos e devoluções e das receitas de uma empresa, estando obrigadas a esta espécie de tributação, conforme depreende do artigo 246, do RIR: (a) empresas que possuem receita total superior R$48.000.000,00 no ano-calendário; (b) Atividades como bancos, caixas econômicas, de crédito, se seguro, entre outras; (c) que possuam lucros, rendimentos ou ganhos advindos do exterior; (d) que possuem benefícios fiscais (isenção ou redução de impostos); e, (e) que explorem atividades cumulativas.

A sistemática do lucro real baseia-se no resultado contábil com ajustes fiscais (adições e exclusões) para cálculo do imposto de renda e contribuição social, bem como possibilita a dedução de créditos na apuração do PIS e da COFINS, face à não cumulatividade destas contribuições para os optantes do lucro real. A apuração mediante a sistemática da não cumulatividade possibilita o creditamento sobre as aquisições de insumos, energia elétrica, aluguel, etc., respeitada algumas condições. Contudo, as alíquotas respectivas são de 1,65% e 7,6%, para o PIS e COFINS, ou seja, 153% superiores ao critério cumulativo.

Os ajustes ao lucro líquido do período de apuração e a demonstração da apuração do lucro real devem ser transcritos no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real). Desta maneira, em caso de prejuízo fiscal não é devido IRPJ e CSLL, da mesma forma em que o crédito seja maior que o débito, também não é devido PIS e COFINS. As alíquotas são de 15% para o IRPJ, que ainda tem o adicional de 10% sobre a parcela que exceder a R$ 20.000 ao mês, e 9% para a CSLL.

Real Anual

A apuração pode ser feita de duas maneiras:

a) Com base em estimativas mensais: a base de cálculo é o faturamento bruto, aplica-se as alíquotas de presunção de lucro, e, após, as alíquotas de IRPJ e CSLL

b) Mediante antecipações mensais com base no Balancete de Redução/Suspensão: a base de cálculo será o Lucro Líquido ajustado pelas adições obrigatórias e as exclusões permitidas, aplica-se as alíquotas de IRPJ e CSLL.

Em ambos os casos são feitas antecipações mensais e, ao encerramento do ano, são realizados os ajustes.

Real Trimestral

No Lucro Real Trimestral existem quatro períodos tributáveis independentes dentro do mesmo exercício social. A apuração será feita no encerramento de cada período e o recolhimento até o último dia do mês subsequente. Dessa forma, se a empresa obteve prejuízo fiscal em um dos trimestres, a compensação ocorrerá no trimestre seguinte, limitada a 30% do lucro apurado no período.

Page 11: medilog

11

II – Cenário Atual

Page 12: medilog

12

II.1 Dados Contábeis fornecidos pela Empresa

Com base nos documentos e informações apresentadas pela empresa a seguir demonstraremos o impacto dos impostos e contribuições nas sistemáticas de tributação do Lucro Presumido, Lucro Real Trimestral e Anual, consoante com a legislação tributária vigente na data da execução do trabalho.

Nesse sentido, esclarecemos que as simulações quanto ao melhor regime de tributação foram feitas de acordo com os números fornecidos pela empresa, de modo que eventuais mudanças nos documentos contábeis e declarações certamente influenciarão na alteração da carga tributária apresentada no presente trabalho.

Tendo em vista que a empresa não pode optar pelo Lucro Arbitrado, por não preencher os requisitos legais, esta sistemática não foi objeto de nossa análise. De todo modo, em nada prejudicou, pois a carga tributária seria igualmente superior às demais formas de tributação. Também não integrou o nosso estudo a opção pelo Simples Nacional, visto que uma das atividades da empresa é vedada a inclusão ao regime, e por seu faturamento ultrapassar o limite permitido.

Nesta senda, seguindo o critério apontado, o presente Mapa Fiscal contemplou as possibilidades da empresa dentro de quatro possibilidades cabíveis: Lucro Presumido com base no Regime de Competência, Lucro Real Anual por Estimativa da Receita Bruta, Lucro Real Anual por Redução e Suspensão e Lucro Real Trimestral. Todas as informações utilizadas pela Studio Fiscal foram baseadas nos documentos fornecidos pela empresa, notadamente os balancetes de 2011, e complementarmente as declarações, Livro Razão e livros fiscais.

Para que a análise do melhor regime de tributação para a Medilog Distribuidora Farmacêutica Ltda. em 2013

fosse o mais confiável possível, utilizamos as informações mais recentes que nos foram disponibilizadas,

optas ao fechamento do ano-calendário. Dessa forma, o período base da análise foi o ano de 2011, visto que

o ano de 2012 ainda se encontra em vigência.

Desta forma, montando-se o DRE da Medilog no período analisado, a partir de seus balancetes contábeis, temos o seguinte:

Page 13: medilog

13

II.2 Diagnóstico Tributário Atual

No período-base da análise, qual seja de janeiro a dezembro de 2011, a empresa optou pela sistemática do

Lucro Presumido, conforme destacado na declaração abaixo:

Considerando a opção por essa sistemática tributária que incide sobre a atividade da empresa, a carga

tributária mensurada inserida no Cenário Atual está evidenciada na tabela abaixo:

O nosso estudo da carga tributária não contemplou o INSS em nenhum dos cenários, devido a ausência de

documentos hábeis que nos fornecesse informação necessária para a sua mensuração, no entanto, não será

prejudicada a análise, pois a sua apuração não se altera entre os regimes tributários estudados, não gerando

distorções nos comparativos.

Destacamos que os valores de ICMS foram obtidos dos livros de apuração do mesmo, disponibilizados pela

empresa, não havendo maiores análises sobre esse tributo, sendo que sua mensuração nos Cenários A e B

foram projetadas proporcionalmente com as vendas devido a sua natureza.

Desta forma, com base no estudo realizado, verificamos que a carga tributária da Medilog Distribuidora

Farmacêutica Ltda. neste período foi de R$ 589.039,87, o que representou 3,37% do seu faturamento no

período.

Page 14: medilog

14

II.3 Regime de Tributação Adequado

A partir das informações apresentadas pela empresa, o mapeamento realizado indica que a apuração

através do Lucro Presumido é a forma com o menor custo tributário.

Em consonância com a disposição gráfica e resumo adiante demonstrados, no Cenário Atual, ou seja, a partir

das informações de 2011, sem qualquer projeção, a sistemática do Lucro Presumido aponta com vantagem

sobre as demais formas de tributação.

No aspecto geral, o quadro comparativo, demonstra o seguinte:

O quadro comparativo apresenta os impostos apurados em cada regime, demonstrando vantagem do Lucro

Presumido perante as outras possibilidades de apuração tributária, no que se refere ao Cenário Atual.

No quadro resumo logo abaixo, comparativo entre cenários, verifica-se a vantagem do Lucro Presumido

sobre as demais sistemáticas:

A seguir, é possível verificar a vantagem econômica nessa forma de tributação, diante da comparação dos

valores.

Page 15: medilog

15

Lucro Presumido

Lucro Real Trimestral

16

Page 16: medilog

16

Lucro Real Anual - Estimativa

16

Lucro Real Anual - Acumulado

Page 17: medilog

17

Análise Gráfica

Page 18: medilog

18

Comparação entre os Regimes de Tributação

Carga Tributária (%) sobre o Faturamento

Page 19: medilog

19

Page 20: medilog

20

III – Análise do Cenário A

Page 21: medilog

21 21 21 21

III.1 Projeções

Com o objetivo de trazer maior grau de confiabilidade a respeito do regime de tributação mais adequado à

empresa, projetamos as operações da empresa Medilog Distribuidora Farmacêutica Ltda. em dois cenários

distintos. Dessa forma, consideramos as seguintes projeções para efeitos de comparabilidade entre as

formas de tributação:

Neste caso, denominado ‘Cenário A’, projetamos os indicadores da Medilog com base em análises verticais e

horizontais dos demonstrativos dos resultados referentes aos anos de 2009, 2010 e 2011, considerando

também a evolução do período de junho de 2011 a junho de 2012. Assim sendo, o regime de tributação

sugerido será mais eficaz caso seja mantido este cenário ‘projetado’.

Primeiramente, será analisado o Cenário A que simulou aumento de 44% no faturamento da empresa, com

acréscimo proporcional nas compras, despesas administrativas, folha de salários dos empregados, receitas e

despesas financeiras.

Os números projetados apresentam-se da maneira a seguir.

Page 22: medilog

22

III.2 Cenário A – DRE Projetada

Com base nos documentos e informações apresentadas pela empresa a seguir demonstraremos o impacto dos impostos e contribuições nas sistemáticas de tributação do Lucro Presumido e Lucro Real, consoante com a legislação tributária vigente na data da execução do trabalho.

Nesse sentido, esclarecemos que as simulações quanto ao melhor regime de tributação foram feitas com base nas projeções acima apresentadas e calculadas sobre os números fornecidos pela empresa, de modo que eventuais mudanças nos cenários apresentados certamente influenciarão na alteração da carga tributária apresentada no presente trabalho.

Nesta senda, seguindo o critério apontado, os valores simulados na Demonstração do Resultado do Exercício no Cenário A assim se apresentaram:

Page 23: medilog

23 23 23 23

III.3 Cenário A – Regime de Tributação Sugerido

A partir das projeções definidas pela empresa, o mapeamento realizado indica que a apuração através do Lucro Presumido é a forma com o menor custo tributário. Em consonância com a disposição gráfica e resumo adiante demonstrados, no Cenário A, a sistemática do Lucro Presumido aponta vantagem sobre as demais. Senão, vejamos:

Novamente no resumo abaixo, conseguimos visualizar a vantagem do Lucro Presumido sobre as demais sistemáticas do Cenário A.

A seguir, é possível verificar a vantagem econômica nessa forma de tributação, diante da comparação dos valores.

Page 24: medilog

24

Lucro Real Anual - Estimativa

Lucro Presumido

Lucro Real Trimestral

24

Page 25: medilog

25

Lucro Real Anual - Acumulado

25

Page 26: medilog

26

Análise Gráfica

Page 27: medilog

27

Comparação entre os Regimes de Tributação

Carga Tributária (%) sobre o Faturamento

Page 28: medilog

28

IV – Análise do Cenário B

Page 29: medilog

29

IV.1 Projeções

Como desdobramento de nosso trabalho, traçamos um segundo cenário para o negócio da empresa. Em

conformidade com o que ocorreu no Cenário A, onde havíamos trabalhado com projeção de crescimento

conforme a taxa de evolução do faturamento nos últimos três anos, no Cenário B trabalhamos novamente

com um cenário otimista, porém, com variáveis projetando redução na margem de lucro obtida no Cenário

A, sendo essa bastante próxima à realizada em 2011. As premissas básicas foram as seguintes:

Da mesma forma, salientamos que o regime de tributação sugerido será mais eficaz caso o cenário projetado

realmente se confirme. Portanto, passaremos à análise do Cenário B que simula um crescimento final de

44% no faturamento da empresa, cujos números projetados apresentam-se da maneira a seguir.

Page 30: medilog

30

IV.2 Cenário B – DRE Projetada

Com base nos documentos e informações apresentadas pela empresa, a seguir demonstraremos o impacto dos impostos e contribuições nas sistemáticas de tributação do Lucro Presumido e Lucro Real, consoante com a legislação tributária vigente na data da execução do trabalho.

Nesse sentido, esclarecemos que as simulações quanto ao melhor regime de tributação foram feitas com base nas projeções acima apresentadas calculadas sobre os números fornecidos pela empresa, de modo que eventuais mudanças nos cenários apresentados certamente influenciarão na alteração da carga tributária apresentada no presente trabalho.

Nesta senda, seguindo o critério apontado, os valores simulados na Demonstração do Resultado do Exercício no Cenário B assim se apresentaram:

Page 31: medilog

31

IV.3 Cenário B - Regime de Tributação Sugerido

A partir das projeções definidas pela empresa, o mapeamento realizado indica que a apuração através do Lucro Real Anual é a forma com o menor custo tributário para o Cenário B, conforme é possível verificar no quadro abaixo:

Desse modo, podemos verificar no quadro abaixo que, entre outras possibilidades, no Cenário B a sistemática do Lucro Real Anual é o de menor carga tributária. Senão, vejamos:

Page 32: medilog

32

Lucro Real Trimestral

Lucro Presumido

32

Page 33: medilog

33

Lucro Real Anual - Estimativa

Lucro Real Anual - Suspensão

33

Page 34: medilog

34

Análise Gráfica

Page 35: medilog

35

Comparação entre os Regimes de Tributação

Carga Tributária (%) sobre o Faturamento

Page 36: medilog

36

V – Conclusões

Page 37: medilog

37

Por todo o exposto no presente Relatório, considerando os três cenários apresentados, chega-se à conclusão

de que o Lucro Presumido é o regime de tributação mais adequado caso a Medilog Distribuidora

Farmacêutica Ltda. projete que seus custos, despesas e outras receitas se mantenham, aproximadamente,

na mesma composição dentro do resultado gerado no ano de 2011. Como podemos verificar abaixo, o

Cenário A foi projetado nas mesmas proporções do obtido em 2011, o que manteve a vantagem do Lucro

Presumido perante o Lucro Real:

O Lucro Real poderá ser a opção mais vantajosa quando houver redução na lucratividade da empresa,

ocasionada por aumento de seus custos e despesas, e também quando esses maiores desembolsos

proporcionarem apropriação de crédito do PIS/Pasep e da COFINS, nas possibilidades expressas em lei. O

Cenário B foi projetado para demonstrar essa situação, no qual somente se alterou as variáveis de compras e

despesas financeiras, ocasionando a redução do lucro líquido no cenário referido, conforme abaixo:

Conclusões

Page 38: medilog

38

Assim, de acordo com os números apresentados, calculamos que a carga tributária incidente em cada um

dos cenários foi a seguinte:

Projetando que o Cenário A se confirme, e mantida a estrutura societária da Medilog Distribuidora

Farmacêutica Ltda. como ela é hoje, sugerimos que a empresa se mantenha no regime de tributação com

base no Lucro Presumido em 2013.

Page 39: medilog

39

Page 40: medilog

40

VII – Planilhas Anexas

Page 41: medilog

41

VII.1 Lucro Presumido

41

Page 42: medilog

42

VII.2 Lucro Real Trimestral

42

Page 43: medilog

43

VII.3 Lucro Real Anual – Estimativa

43

Page 44: medilog

44

VII.4 Lucro Real Anual – Acumulado

44

Page 45: medilog

45

45