medicina do trabalho - wlaldemir roberto dos santos

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    (cd.de registro do autor na tabela de Cutter) Strohschoen, Luize Neto.

    Comunicao Empresarial / Luize Strohschoen Neto. Porto Alegre,RS: Departamento de

    EAD/ACESSO COMUNICAO DIGITAL, 2014. ??p.

    Apostila da disciplina Medicina do Trabalho (on line).

    '%"//) %)!0&$%'12) #$3$*'- -*#'Diretores Carlos Cezar M. Lenuzza

    Patrcia Barreto

    Produtora

    Gerncia Administrativa Francisco M. Lenuzza

    Gerncia Tcnica

    Gerncia Pedaggico Magda Ptten Dria

    #"4'+*'!"&*) #" "&/$&) ' #$/*5&%$'Direo ??????

    6$%.' *7%&$%'

    Texto: (Strohschoen, Luize Neto)

    Reviso: (inserir o nome do revisor)

    Projeto Grfico: Antonia da Silva Machado

    Diagramao: (inserir nome diagramador)

    Superviso de Materiais Instrucionais: ????

    Ilustrao: ???????

    ???????: ?????

    Coordenao Geral: Departamento de Ensino a Distncia

    Rua ??????, - Porto Alegre, RS, CEP

    WWW.portaldigitalead.com.br

    Departamento de Ensino a Distncia Acesso Comunicao Digital

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma ou por nenhum

    meio sem permisso expressa e por escrito da Acesso Comunicao Digital Ltda.

    (ACESSO DIGITAL)

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    SUMRIO

    1. Apresentao da disciplina ............................................................................. 00

    2. Plano da disciplina .......................................................................................... 00

    3. Unidade 1

    Conhecendo a Medicina do Trabalho.................................... 00

    4. Unidade 2

    A Implementao do PCMSO ......................................................................... 00

    5. Unidade 3

    Laudo Tcnico Pericial.... ................................................................................ 00

    6. Unidade 4

    Diagnsticos e os registros de queixas .......................................................... 00

    7. Unidade 5

    Relao Mdico e rgos Pblicos ................................................................ 00

    8. Unidade 6

    As restries mdicas........................................................ 00

    9. Unidade 7

    Auditoria mdica do trabalho............................................. 00

    10. Consideraes Finais ..................................................................................... 00

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    11. Conhecendo o Autor ....................................................................................... 00

    12. Referncias ..................................................................................................... 00

    13. Anexos ............................................................................................................ 00

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    APRESENTAO DA DISCIPLINA

    Eixo Tecnolgico de Gesto e Negcios

    Curso Tcnico de nvel mdio

    Disciplina: Medicina do Trabalho

    Instituio: inserir caso a caso

    A partir da Revoluo industrial e mais tarde com o advento da

    globalizao, surgiram inmeras inovaes tecnolgicas para as

    empresas, com isso a relao entre o trabalho e o trabalhador se

    modificou gerando novos potenciais riscos para a sade do trabalhador.

    Estes riscos vo dos danos fsicos at os danos psicossociais. As

    Jornadas de trabalho excessivas, ambientes insalubres, a proliferao de

    doenas infectocontagiosas exigindo medidas de preveno, por parte dos

    representantes legais do povo, das empresas, assim como da prpria

    massa trabalhadora.

    Por imposio das leis trabalhistas foi institudo o direito dos

    trabalhadores e as empresas passam a ter que acrescentar medidas de

    interveno na metodologia produtiva evitando os acidentes de trabalho.

    Sendo necessrio o desenvolvimento, por parte do empregador, de

    atividades com a finalidade de estimular o uso dos Equipamentos de

    Proteo Individual (EPIs) ou Coletivos (EPCs), com intuito de minimizar

    ou excluir os danos ocupacionais.

    Desta forma a medicina do trabalho deve atuar na preveno dos

    riscos inerentes a cada atividade alm de evitar o agravamento de

    doenas ocupacionais.

    O objetivo desta disciplina possibilitar ao aluno conhecimentos

    sobre o surgimento da Medicina do trabalho e sua aplicabilidade, conceito

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    de doenas ocupacionais e sade do trabalhador, alm de compreender

    as leis que esto relacionadas com a medicina do trabalho. Sendo assim,

    desenvolver habilidades capazes de identificar, inibir ou controlar os riscos

    inerentes s atividades ocupacionais.

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    Plano da disciplina

    DADOS DE IDENTIFICAO

    DISCIPLINA: MEDICINA DO TRABALHO

    CARGA HORRIA: ???

    PROFESSOR CONTEUDISTA: WLALDEMIR ROBERTO DOS SANTOS

    EMENTA

    A disciplina aborda os conceitos e a evoluo histrica da medicina do trabalho, visando

    esclarecer sobre as condies e ambiente de trabalho; os riscos e as medidas de segurana.

    Esclarecer sobre os programas relacionados preveno de acidentes e os tipos de laudos,

    assim como ensinar a forma de registrar o diagnstico e as queixas (LER/ DORT).

    OBJETIVO GERAL

    Desenvolver nos alunos a capacidade de identificar os riscos inerentes ao trabalho

    desenvolvido e ao ambiente profissional, bem como possibilitar sua atuao para evitar ou

    minimizar os possveis danos, proporcionando uma viso geral sobre as causas,consequncias e legislao vigente da medicina do trabalho.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Promover conhecimentos sobre o histrico e os conceitos da medicina do trabalho.

    Desenvolver a compreenso sobre a legislao vigente.

    Desenvolver a capacidade de atuar minimizando danos a sade do trabalhador.

    Possibilitar ao aluno identificar causas e consequncias inerentes s atividades, utilizando

    conceitos e laudos.

    Apresentar noes sobre primeiros socorros.

    Propor medidas alternativas que visem reduo dos agentes causadores de risco.

    Contextualizar o aluno sobre a medicina do trabalho e a tica profissional.

    COMPETNCIAS E HABILIDADES

    Analisar o Processo de Sade e doena relacionando a atividade profissional do trabalhador

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    sendo capaz de distinguir a aptido ou no do individuo para exercer a sua funo

    ocupacional;

    Dominar as noes de primeiros socorros com a finalidade de identificar e minimizar os danos

    ao trabalhador;

    Utilizar o conhecimento da legislao na medicina do trabalho no exerccio de sua profisso;

    Conhecer a legislao e sua aplicao;

    Identificar problemas ocupacionais e compreender as atitudes que o empregador deve ter

    para salvaguardar a sade e a integridade fsica e mental de seus funcionrios;

    Recomendar as medidas de controle que devem ser implementadas com o intuito de

    melhorar as condies de trabalho oferecidas;UNIDADE 1:Conhecendo a Medicina do Trabalho

    1.1 Conceitos de medicina do Trabalho

    1.2 Evoluo histrica da medicina do trabalho

    1.3 Bernardino Ramazzine

    1.4 Medicina do trabalho Hoje

    UNIDADE 2 A implementao do PCMSO.

    2.1 Definico de PCMSO

    2.2 NR 7 Diretrizes

    2.3 Desenvolvimento DO PCMSO

    2.4 Noes de materiais para Primeiros Socorros

    UNIDADE 3 Laudo Tcnico Pericial.

    3.1 Conceitos e terminologia (ASO, PCA, PPR, PPP)

    3.2 Legislao que reger ASO, PCA, PPR, Nexo Causal das DOs Laudo Tcnico Pericial e o

    PPP.

    3.3 Nexo Causal das DOs Laudo Tcnico Pericial-

    3.4 Perfil Profissiogrfico Previdencirio- PPP objetivos e elaborao.

    UNIDADE 4 Diagnsticos e os registros de queixas.

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    4.1 Conceitos e terminologia (LER/DORT e as D.Os).

    4.2 Leses por Esforos Repetitivos (LER).

    4.3 Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

    (DORT).

    4.4 (D.Os)

    UNIDADE 5 Relao Mdico e rgos Pblicos

    5.1 Relao Mdico e rgos Pblicos

    5.2 NR 4 e SESMT

    5.3 Estatstica de acidentes de trabalho

    5.4 Orientaes tcnicas e legais

    UNIDADE 6 As restries mdicas

    6.1 Procedimento de restrio de atividades no trabalho

    (PRAT)objetivo e aplicao conceito e siglas.

    6.2 Esclarecimento e definies dos tipos de acidentes6.3 Legislao e abrangncia da PRAT.

    UNIDADE 7 Auditoria mdica do trabalho.

    7.1 Conceitos de Auditoria mdica do trabalho e Legislaes vigentes na auditoria

    7.2 PCMSO (Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional) e PPRA (Programa de

    Preveno de Riscos Ambientais)

    7.3 Elaboraes de um Mapa de Riscos Ambientais e Sipat - Semana Interna de Preveno

    de Acidentes de Trabalho

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    CONHECENDO A MEDICINA DO TRABALHO

    Bem-vindos nossa primeira unidade, neste

    momento iro conhecer o Pai da Medicina do

    trabalho, Bernardino Ramazzini, e sua histria.

    1.1. CONCEITOS DE MEDICINA DO TRABALHO

    Nesta unidade, iremos abordar o contexto histrico da medicina do

    trabalho desde o seu surgimento at os dias atuais e conhecer sua

    aplicabilidade. Desta forma poderemos entender o trabalho desenvolvido

    por Bernardino Ramazzin e (Figura 1) o Pai da Medicina do Trabalho,

    bem como a utilizao das informaes descritas por ele atualmente no

    mercado de trabalho e a sua importncia na sade do trabalhador.

    Figura 1: Bernardino Ramazzin

    Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/BernRamz

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    a sade do trabalhador considerando a relao entre a profisso exercida

    e a doena, bem como sua causa morte (BEDRIKOW, 1956).

    1.2 EVOLUO HISTRICA DA MEDICINA DO TRABALHO

    Podemos dizer que a Medicina do trabalho surgiu com o contexto

    da revoluo industrial em XVIII, na Inglaterra, poca em que tambm

    nascem os princpios dos direitos trabalhistas. Neste momento histrico, os

    trabalhadores insatisfeitos com o ritmo de produo excessiva, condies

    precrias de trabalho reivindicam uma vida melhor (MENDES, 1995).

    Assim, um proprietrio de uma fbrica txtil, Robert Dernham

    resolve disponibilizar na sua fbrica o atendimento mdico. Este mdico

    fazia visitas aos trabalhadores, observava a relao entre a sade dos

    funcionrios e o trabalho por eles desempenhados, e desta forma atuava

    prevenindo possveis problemas com a sade dos funcionrios. Todavia as

    atividades realizadas pelos operrios eram repetitivas, no existiam regras

    para recrutar a mo-de-obra, nenhum exame de sade era realizado

    (MENDES, 1995).

    Com relao carga horria e as condies de trabalhos eram

    desumanas, calor, trabalho excessivo, m iluminao todos esses fatos

    aumentavam o nmero de acidente de trabalho (BITENCOURT;

    QUELHAS 1998).

    A primeira lei de proteo aos trabalhadores foi criada em 1802,

    sendo chamada de lei de sade e moral dos aprendizes. A mesmas

    estabelecia limite de 12 horas de trabalho dirias, no permitia trabalho

    noturno, instituiu a lavagem das paredes das fbricas duas vezes ao ano

    alm de obrigar a ventilao nas fbricas (BITENCOURT; QUELHAS

    1998).

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    Porm, as medidas citadas no reduziram o nmero de acidentes

    de trabalho e o nmero de mutilados crescia nas cidades. Um relatrio

    realizado no ano de 1831 descreveu a crueldade feita pelos homens,citando que homens, mulheres, meninos e meninas estavam doentes,

    multilados e abandonados (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

    Como respostas a esse relatrio em 1833 foi criada a legislao de

    proteo ao trabalhador realmente funcional, o

    o Factory Act.

    Essa legislao obrigava a presena de um mdico na fbrica,

    carga horria de 12 horas, menores de 18 anos no poderiam trabalhar em

    turno noturno, as fbricas teriam de ter escolas e a idade mnima de 9

    anos (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

    Depois deste fato outras legislaes foram criadas com intuito de

    proteger o trabalhador, visando reduzir o nmero de acidentes, mas todas

    essas medidas ainda no solucionaram os problemas, apenas

    amenizaram.

    Ento podemos dizer que a histria da Medicina do trabalho est

    intimamente relacionada s lutas da classe trabalhadora. Vrios

    movimentos e publicaes foram importantes para que houvessem

    modificados na forma de trabalho. Entre elas em 1891, o Papa Leo XIII

    fez um texto que solicitava mudanas nas condies de trabalho, ele falou

    sobre temas sociais e sobre os direitos dos trabalhadores citou a

    necessidade de um salrio mnimo, da previdncia social, de uma jornada

    de trabalho digna (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

    Aps a divulgao das palavras do Papa, em 1919 foi criada a

    Organizao Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil as normas que

    regulamentam o trabalho esto na Constituio Federal, na CLT (criada

    em 1943) e entre outras. (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

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    Apenas em 1977, foi inserido um captulo que determina as Frias

    e Segurana e principalmente outro capitulo que fala sobre a Medicina do

    Trabalho (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

    Aps e durante a segunda Guerra mundial a insatisfao dostrabalhadores e dos empregadores s aumentou. Os primeiros

    reclamavam das condies de trabalho, carga horria excessiva, enquanto

    o segundo grupo tinha prejuzos diretos e indiretos com mortes e doenas

    dos funcionrios relacionados com sua ocupao (MENDES, 1995).

    Com isso, a medicina do trabalho que antes visava apenas

    sade do trabalhador passar a verificar a higiene ocupacional, modificando

    o ambiente de trabalho surge ento sade ocupacional.

    O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca a

    interdisciplinaridade, higiene ocupacional, contudo este modelo que foi

    criado para atender as necessidades de um grande sistema de produo

    no consegue atingir seu objetivo. Devido a diversos fatores.

    Para saber mais sobre a histria da medicina do trabalho leia o

    artigo Histrico da evoluo dos conceitos de segurana, dos autores

    Bitencourt e Quelhas (1998).

    http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART369.pdf

    1.3 BERNARDINO RAMAZZINE

    O Pai da Medicina como foi conhecido, Bernardino Ramazzini

    (Figua 1) nasceu em 3 de outubro de 1633, Capri, na Itlia e faleceu em 5

    de novembro de 1714, em Pdua. Estudou em escola jesutica na cidade

    em que nasceu e aos dezenove anos foi para a Universidade de Parma

    cursar filosofia e posteriormente cursou Medicina formando-se aos 25 anos

    (BITENCOURT; QUELHAS 1998).

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    Como mdico foi pioneiro no uso de compostos derivados de

    quinino utilizando para o tratamento da malria. Contudo, sua importncia

    esta relacionada ao trabalho sobre doenas ocupacionais o Livro De

    Morbis Artificum Diatriba (Doenas do Trabalho). Esta obra relatava osriscos que sade dos trabalhadores estava exposta como por produtos

    qumicos, poeira, metais e outros agentes. Alm disso, lecionou na

    Universidade de Pdua de 1700 at morrer, no curso de medicina

    (MENDES, 1995).

    1.4 MEDICINA DO TRABALHO HOJE

    Aps e durante a segunda Guerra mundial a insatisfao dos

    trabalhadores e dos empregadores s aumentou. Os primeiros

    reclamavam das condies de trabalho, carga horria excessiva, enquanto

    o segundo grupo tinha prejuzos diretos e indiretos com mortes e doenas

    dos funcionrios relacionados com sua ocupao (MENDES; DIAS, 1991).

    Com isso, a medicina do trabalho que antes visava apenas

    sade do trabalhador passar a verificar a higiene ocupacional, modificando

    o ambiente de trabalho surge ento sade ocupacional.

    O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca a

    interdisciplinaridade, higiene ocupacional, contudo este modelo que foi

    criado para atender as necessidades de um grande sistema de produo

    no consegue atingir seu objetivo.

    Sendo assim, a medicina do trabalho com demais rea da sade,

    como fisioterapia, educao fsica, terapia ocupacional, agem diretamente

    no bem estar do trabalhador, buscando melhoria na qualidade de vida e,

    consequentemente, melhor desempenho na jornada de trabalho e reduo

    do nmero de trabalhos afastados do seu trabalho por LER ou DORT.

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    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

    Prezado estudante, nesta unidade voc passou a conhecer um

    pouco mais sobre a histria da medicina do trabalho e seu

    desenvolvimento no decorrer dos anos. Assim, a unidade proporcionou

    uma introduo do assunto abordado na disciplina trazendo os conceitos

    bsicos para a formao na disciplina, mostrando os fatores importantes

    da medicina do trabalho na qualidade de vida e bem estar dos

    trabalhadores e da produtividade dos empregadores.

    Nas prximas aulas iremos conhecer um pouco mais sobre o

    desenvolvimento e a atuao da medicina do trabalho.

    Bons estudos!

    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Sabendo que cada profisso tem riscos inerentes a suas atividades,

    sendo o profissional expostos a diversos tipos de riscos durante seu

    exerccio profissional, assinale a alternativa verdadeira.

    A- A medicina do trabalho uma especialidade que atua no individuo

    relacionando o seu trabalho, buscando a promoo da sade e no

    apenas a preveno de acidentes e doena.

    B- A medicina do trabalho uma especialidade que atua no individuo

    relacionando a sua vida, buscando a promoo da sade e no apenas a

    preveno de acidentes e doena.

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    C- A medicina do trabalho uma especialidade que atua no individuo

    relacionando a sua vida, buscando prevenir doenas.

    D- A medicina do trabalho uma especialidade que atua no individuo

    relacionando o seu trabalho, buscando prevenir doenas.E- A medicina do trabalho uma especialidade que atua no individuo

    relacionando o seu trabalho, buscando prevenir acidentes.

    RESPOSTA CERTA A

    2) A medicina do trabalho que antes visava apenas sade do trabalhador

    passar a verificar a higiene ocupacional, modificando o ambiente de

    trabalho surge ento sade ocupacional. Assim, podemos afirmar que:

    A- O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca o trabalho

    individual e a higiene ocupacional.

    B- O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca o trabalho

    individual e a ausncia de doenas.

    C- O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca a trabalho

    individual e a ausncia de doenas.

    D- O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca a

    interdisciplinaridade e a higiene ocupacional.

    E- O novo modelo intitulado de sade ocupacional busca apenas a higiene

    ocupacional.

    RESPOSTA CERTA - D

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    2

    A IMPLEMENTAO DO PCMSO

    Bem-vindo nossa segunda unidade neste

    momento ir iniciar o estudo das normas

    regulamentadores que regem a Medicina do

    Trabalho. Iniciaremos com o PCMSO com o

    objetivo compreender o intuito de desenvolver a

    PCMSO nas empresas e como devem ser

    acompanhadas aps sua instalao.

    Nesta unidade, iremos conhecer a NR-7 suas diretrizes e de que

    forma esta norma regulamentadora deve ser utilizada pelas empresas, e

    sua importncia na sade do trabalhador.

    Sendo assim, temos como objetivo compreender a NR-7, sua

    finalidade e sua aplicao pelos empregadores e sua importncia para os

    empregados.

    2.1 Definico de PCMSO

    De acordo com o Ministrio do trabalho (1994) o PCMSO o

    Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional institudo pela

    Norma Regulamentadora NR 7, que regulamenta o controle de doenas

    ocupacionais, tendo por base a portaria GM/SSSTb n. 24.

    Leitura complementar pode ser feita no

    http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm

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    2.2 NR 7 Diretrizes

    O Ministrio do trabalho (1994) regulamenta que as instituies e

    empregadores devam elaborar e implementar o PCMSO (Programa de

    Controle Mdico de Sade Ocupacional). Este objetiva promover,

    preservar a sade de todos os trabalhadores.

    Leitura complementar pode ser feita no

    http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm

    DAS DIRETRIZES:

    As diretrizes impostas pelo Ministrio do Trabalho (1994) rege as

    seguintes diretrizes para o PCMSO:

    7.2.1 O PCMSO parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas

    da empresa no campo da sade dos

    trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.

    7.2.2 O PCMSO dever considerar as questes incidentes sobre o

    indivduo e a coletividade de trabalhadores,

    privilegiando o instrumental clnico-epidemiolgico na abordagem da

    relao entre sua sade e o trabalho.

    7.2.3 O PCMSO dever ter carter de preveno, rastreamento e

    diagnstico precoce dos agravos sade relacionados

    ao trabalho, inclusive de natureza subclnica, alm da constatao da

    existncia de casos de doenas profissionais ou

    danos irreversveis sade dos trabalhadores.

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    7.2.4 O PCMSO dever ser planejado e implantado com base nos riscos

    sade dos trabalhadores, especialmente os

    identificados nas avaliaes previstas nas demais NR

    Leitura complementar pode ser feita nohttp://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm#7.2._Das_diretrize

    s

    2.3 Desenvolvimento do PCMSO

    Diante das diretrizes do Ministrio do Trabalho 1994, o PCMSO

    determina a realizao de exames mdicos, admissional, peridico,

    quando o trabalhador retornar ao trabalho, se for mudar de funo e

    quando for demitido.

    Estes exames a que o trabalhador deve ser submetido deve

    constar de avaliao clinica com exame fsico e mental, exames

    complementares de acordo com o risco exposto e determinado na NR 7 e

    nos seus anexos.

    Esta norma regulamentadora determina de acordo com a

    profisso, ou seja, risco a que o trabalhador ser exposto, o perodo que

    devero ser realizados exames bem como estabelece o tipo do exame.

    Devemos lembrar que o exame admissional, de retorno ao trabalho ou de

    mudana de funo deve ser obrigatoriamente realizado antes do inicio

    das atividades do trabalhador.

    Enquanto, o demissional tem que ser realizado at a data da

    homologao.

    Aps o exame mdico ser emitido o Atestado de Sade

    Ocupacional sempre em duas vias. A primeira na empresa ou instituio

    e a segunda via do trabalhador. Neste documento devero constar vrias

    informaes como nome do mdico, CRM, dados de exames

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    complementares, a data e assinatura do mdico e principalmente o laudo

    determinando a aptido ou inaptido para funo, data, assinatura.

    Os dados dos exames mdicos devem ser registrados e

    guardados por 20 anos aps o desligamento do trabalhador sendo deresponsabilidade do mdico-coordenador do PCMSO. As instituies ou

    empresas devem ter um planejamento anual de aes de sade ao qual o

    PCMSO deve seguir. Posteriormente, deve ser redigido um relatrio anual

    descriminando o nmero e a natureza dos exames mdicos, com suas

    avaliaes clnicas e exames complementares. Tambm estaro inclusas

    neste relatrio as estatsticas dos resultados considerados anormais, bem

    como o planejamento para o ano seguinte.

    O armazenamento dos dados do relatrio pode ser informatizado e

    com fcil acesso.

    Em caso de encontrar indicadores biolgicos de exposio ao

    trabalhador, este deve ser afastado do ambiente de trabalho ou do risco, e

    as medidas preventivas adotadas.

    Contudo, se os exames indicarem ocorrncia ou agravamento de

    doenas profissionais , o mdico responsvel deve:

    a) solicitar empresa a emisso da Comunicao de Acidente do Trabalho

    - CAT;

    b) indicar, quando necessrio, o afastamento do trabalhador da exposio

    ao risco, ou do trabalho;

    c) encaminhar o trabalhador Previdncia Social para estabelecimento de

    nexo causal, avaliao de incapacidade e

    definio da conduta previdenciria em relao ao trabalho; 5

    d) orientar o empregador quanto necessidade de adoo de medidas de

    controle no ambiente de trabalho.

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    2.4 Noes de materiais para Primeiros Socorros

    Segundo a NR-7 toda empresa o instituio deve ter materiais de

    primeiros socorros, de acordo com a atividade desenvolvida no ambientede trabalho e de acordo com o risco que o trabalhador estar exposto.

    Este material deve ser mantido em local adequado e sob os cuidados de

    pessoa devidamente treinada para essa finalidade. Sendo assim os

    funcionrios devem conhecer o local onde so armazenados os materiais

    de primeiros socorros, bem como saber o procedimento que devem ter em

    caso de acidentes (BRASIL, 1994).

    Texto complementar : Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de

    1978

    http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm#7.2._Das_diretrize

    s

    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

    A presente unidade relatou a importncia do NR-7 e suas diretrizes

    na que influncia diretamente na sade do trabalhador. Com isso

    mostramos a aplicabilidade do NR-7 para os empregadores e empregados.

    Ressaltamos a importncia da leitura dos textos complementares, so

    eles, ainda mais, quando relatamos lei e se faz necessrio o seu

    entendimento correto.

    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Com base na leitura da leis que pressupe a NR-7 e sabendo da

    importncia da mesma para o empregado e o empregador, assinale a

    alternativa verdadeira.

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    A- Esta norma regulamentadora determina igualmente doas as profisses,

    ou seja, risco a que os trabalhadores sero expostos, os perodos que

    devero ser realizados exames bem como estabelece o tipo do exame.

    B- Esta norma regulamentadora determina de acordo com a profisso, ouseja, risco a que o trabalhador ser exposto, o perodo que devero ser

    realizados exames bem como estabelece o tipo do exame.

    C- A norma regulamentadora apenas defini profisses de risco, separando

    das de risco reduzido.

    D- Qualquer profisso tem risco, sendo assim, esta norma mostra que as

    profisses tem o seu risco e nada podemos fazer.

    RESPOSTA CERTA B

    2) Diante dos vrios programas que visam controlar e cuidar da sade do

    trabalhador, destacamos o PCMSO, assim, assinale a alternativa

    verdadeira que corresponde a importncia do PCMSO.

    A- O PCMSO o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    institudo pela Norma Regulamentadora NR 7, que regulamenta o

    controle de qualquer doena.

    B- O PCMSO o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    institudo pela Norma Regulamentadora NR 7, que regulamenta o

    controle de doenas tropicais.

    C- O PCMSO o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    institudo pela Norma Regulamentadora NR 7, que regulamenta o

    controle de doenas ocasionais.

    D- O PCMSO o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    institudo pela Norma Regulamentadora NR 7, que regulamenta o

    controle de doenas ocupacionais.

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    RESPOSTA CERTA - D

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    3

    LAUDO TCNICO PERICIAL

    Bem-vindo nossa terceira unidade agora que j

    estamos compreendendo um pouco mais sobre a

    nossa discipl ina, vamos uti l izar entender algumas

    definies e interpretar algumas legislaes para o

    nosso mais conhecimento. Bons estudos.

    Nesta unidade, o aluno ir se deparar com muitas siglas

    importantes para a Medicina do trabalho que no podem ser esquecida. A

    NR-7, NR-9 juntamente com a NR-15 sero nossos objetos de estudo,

    Essas NRs visam o bem estar fsico, mental e social dos trabalhadores e

    determinam a postura das empresas diante da sade do trabalhador.

    Todas as leis seguem de acordo com as diretrizes do Ministrio do

    Trabalho, portanto, recomenda-se a busca de leituras complementares,

    conforme apontado. Tratando-se de leis, o entendimento sempre faz

    necessrio e, este entendimento, s ocorre com a leitura, portanto,

    aproveitem a nossa unidade.

    Desta forma, nosso objetivo adquirir conhecimento sobre as NRs

    e suas finalidades. Vamos estudar???

    3.1 Conceitos e terminologia (ASO, PCA, PPR, PPP)

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    As terminologias que conheceremos agora esto de acordo com as

    normas regulamentadoras NR7 e 9 dos anos de 1994 e 1978 , esta ultima

    atualizada em 1994 : ASO, PCA, PPR,PPp.

    O atestado de sade ocupacional conhecido como ASO, umdocumento que ir determinar as condies do funcionrio em relao a

    funo que ir desempenhar na empresa. Deste modo, como o prprio

    nome diz atesta as condies de aptido ou inaptido do trabalhador.

    Este documento deve ser emitido por um mdico do trabalho em duas

    vias, um dever ficar em poder da empresa disponvel para a fiscalizao,

    a primeira via, e a outra via do funcionrio, segundo a NR-7.

    O ASO contm informaes sobre a condio de sade do trabalhador,

    determinar os riscos inerentes execuo das atividades pelo mesmo.

    Alm disso, o ASO tem a identificao completa do trabalhador

    possibilitando a empresa e ao trabalhador informaes sobre a condio

    atual do mesmo.

    PCA

    O Programa de Conservao Auditiva (PCA) tem a finalidade de evitar

    o desenvolvimento ou a evoluo de danos auditivos. Esses danos podem

    ser causados por rudos ocupacionais considerados riscos fsicos de

    rudos.

    Segundo a NR-7 o trabalhador ser submetido a exames

    audiomtricos peridicos por profissionais qualificados (fonoaudilogo),

    sendo as empresas responsveis por programas para manuteno da

    sade auditiva dos seus funcionrios com uma equipe multiprofissional.

    Para realizar o PCA devem-se seguir as seguintes etapas:

    1- avaliaes ambientais;

    2- controle de engenharia;

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    3- controle administrativos;

    4- controle audiomtrico;

    5- seleo de equipamentos de proteo individual (EPi);

    6- educao e estimulo dos participantes;7- conservao de registros;

    8- avaliao da eficincia do programa.

    PPR

    Programa de Proteo Respiratria - PPR visa o controle das doenas

    respiratrias causas por exposio a poeiras, fumos, nvoas, fumaas,

    gases e vapores.

    Sendo assim o PPR um conjunto de procedimentos e medidas

    administrativas adotadas pelas empresas para evitar danos as vias

    respiratrias dos seus funcionrios. Estes devem ser treinados para a

    correta utilizao dos EPIs e de como selecion-los.

    PPP

    O Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP um documento feito em

    formulrio do INSS com a finalidade de registrar o histrico do empregado.

    Este documento contem as atividades desenvolvidas, os riscos a que foi

    exposto o mesmo, ou seja, um resumo do histrico de trabalho de cada

    funcionrio. Alm dos resultados de exames mdicos e informaes

    administrativas.

    Desta forma a empresa ter as informaes dos seus diversos setores,

    possibilitando evitar aes judiciais imprprias relativas a seus

    trabalhadores.

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    3.2 Legislao que rege ASO, PCA, PPR, Nexo Causal das DOs,

    Laudo Tcnico Pericial e o PPP.

    O ministrio do trabalho atravs das normas regulamentadoras:

    NR-7, NR-9, NR-15 e suas portarias determina as diretrizes para o ASO,

    PCA, PPR, Nexo Causal das DOs, Laudo Tcnico Pericial e o PPP.

    As empresas devem ter o PCMSO sendo que neste

    encontraremos as normas que o ASO deve obedecer. De acordo

    com artigo 168, inciso II, da Consolidao das Leis do Trabalho, e a Norma

    Regulamentadora n 7, item 7.4.1, da Portaria n 3.214/78.

    Enquanto a PCA - Programa de Conservao Auditiva foi

    instituda pela portaria 19 do MTE, de 19.04.98, esta orienta sobre de que

    forma dever ser realizada a avaliao e o acompanhamento auditivo dos

    funcionrios que esto expostos aos rudos. Sendo, portanto, uma

    ferramenta preventiva que possibilita a melhora na qualidade de vida dos

    trabalhadores.

    J o Programa de Proteo Respiratria (PPR), segue as

    instrues contidas na

    Norma regulamentadora n. 06 Portaria 3214/78 do MTE. Sendo que em

    15 de agosto de 1994 foi criada a Instruo Normativa no 1, de 11/04/94,

    do Ministrio do Trabalho e Emprego que determina o Regulamento

    Tcnico sobre o uso de equipamentos para proteo respiratria.

    O nexo causal deve ser feito com base na Portaria do 1339/99 do

    Ministrio da Sade do Brasil, relacionando as doenas e o quadro

    patolgico. A discusso sobre o nexo causal iniciou 1994, mas s em 11

    de agosto de 2006 com a medida provisria de nmero 316, do governo

    federal, que institui o nexo tcnico-epidemiolgico (Jaques, 2007).

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    De acordo com a Norma regulamentadora Norma

    Regulamentadora n 9 da Portaria n 3.214/78 do MTE. Todas as

    empresas e instituies que tenha o PPRA e o PCMSO devem preencher

    o PPP. Alm disso, o formulrio do PPP exigido de empresas que atuamcom atividades que exponham os trabalhadores a produtos nocivos

    qumicos, fsicos, biolgicos

    (http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/perfprof.htm)

    Para finalizarmos esta unidade falaremos sobre a legislao que

    direciona o Laudo Tcnico Pericial, a NR 15 sob a Portaria MTb n. 3.214,

    de 08 de junho de 1978 06/07/78 e suas atualizaes. O laudo tcnico

    Pericial um documento que comprova a exposio dos indivduos

    condies nocivas sade, este feito atravs de um formulrio do INSS,

    DIRBEN 8030

    (http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DF396CA012E0017BB3208E

    8/NR-15%20(atualizada_2011).pdf

    3.3 Nexo Causal das DOs- Laudo Tcnico Pericial-

    O nexo causal ou relao causal tem como objetivo verificar a

    existncia de relao entre a doena ou dano e o trabalho do individuo,

    averiguando a evoluo da sade-doena, tendo este documento um valor

    tico e legal.

    Com este documento possvel controlar e detectar os riscos a

    inerentes a atividade exercida pelo trabalhador, sua relao com o local de

    trabalho, funo e a sade do empregado.

    A responsabilidade pelo dano s pode ser comprovada quando o

    nexo causal determinar relao entre o dano e seu autor. No Brasil existi

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    trs teorias relacionadas ao nexo casual que permitem identificar a causa

    do dano: 1- Teoria da Equivalncia das condies; 2-Teoria da

    Causalidade Adequada; 3- Teoria Do Dano Direto e Imediato.

    A teoria da equivalncia das condies tambm chamada deequivalncia dos antecedentes ou conditio sine que non, diz que a causa

    do dano est relacionando no apenas a quem cometeu o delito bem

    como aquele que gerou as condies para que o dano acontecesse.

    Podemos dizer que quando o indivduo mata o outro com arma de fogo a

    culpa de quem atirou, de que vendeu a arma e de quem fez a arma.

    Entretanto, esta teoria recebe inmeras crticas j que possibilita

    fazer um regresso ao infinito dos culpados. Leia mais:

    http://jus.com.br/artigos/5539/relacao-de-causalidade-no-direito-

    penal#ixzz2rsp2HGVv

    A Teoria da Causalidade Adequada diz que se uma determinada

    condio for apta a produzir um dano ela ser considerada como

    causadora. Diante disso caso ocorra um dano deve-se averiguar se o fato

    que deu origem era o suficiente para produzi-lo, desta forma pode-se

    afirmar que a causa era adequada para induzir o efeito. Assim segundo

    esta teoria a causa o antecedente necessrio bem como a apropriada

    induo do resultado.

    A Teoria Do Dano Direto e Imediato relata que nem todo fator que

    desencadeia no acontecimento danoso fundamentalmente causa do

    dano.

    A lei que instituiu o Nexo Causal foi a Lei n.11.430/2006 na qual

    consta o Nexo Tcnico Epidemiolgico NTEP, modificando desta forma o

    sistema de prova de acidente de trabalho. Antigamente, se o trabalhador

    ou seu sindicato emitisse a CAT a doena no era considerado acidente

    de trabalho. Por outro lado se fosse emitido pela empresa doena era

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    considerada ocupacional. Deste modo o nexo Causal traz benefcio para o

    trabalhador.

    Sobre o tema http://juridicofacil.blogspot.com.br/2009/01/teorias-

    do-nexo-causal.html

    Leitura indicada: TEPEDINO, Gustavo. Notas sobre o nexo de

    causalidade, in Temas de direito civil, tomo II. Rio de Janeiro: Renovar,

    2006, p.63/82.

    3.4 Perfil Profissiogrfico Previdencirio- PPP objetivos e elaborao.

    O Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP registra as

    atividades, riscos que os trabalhadores foram expostos.

    O objetivo deste documento gerar informaes sobre seus

    funcionrios em todos os setores, inibindo desta forma aes judiciais as

    quais no tenha justificativa.

    A elaborao deste documento necessita de informaes vindas do RH

    da empresa e dos exames peridicos dos trabalhadores.

    Deste modo, obrigao da empresa elaborar, manter atualizado o

    perfil profissiogrfico alm de fornecer este documento no momento da

    recisso, segundo a Instruo Normativa INSS/PR n 11/2006.

    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

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    Na busca incansvel do conhecimento, visualizamos nesta

    unidade, com as diretrizes NR-7, NR-9 e NR-15, proposta pelo ministrio

    do trabalho, essas diretrizes so de extrema importncia na

    regulamentao que garante a sade do trabalhado e a produtividade aoempregador. Mais uma vez, ressalta-se a importncia da leitura

    complementar, uma vez que, leis precisam ter o seu total entendimento

    para ser respeitada e colocada em prtica.

    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Sabendo da importncia do direcionamento da profisso pra cada,

    sabe-se do ASO, dentre as definies abaixo, assinale a que compreende

    a funo do ASO

    A- O atestado de sade ocupacional conhecido como ASO, um

    documento que ir determinar as condies do funcionrio em relao a

    funo que ir desempenhar na empresa. Deste modo, como o prprio

    nome diz atesta as condies de aptido ou inaptido do trabalhador.

    B- O atestado de sade ocupacional conhecido como ASO, um

    documento que ir determinar as condies do funcionrio em relao a

    funo que ir desempenhar na empresa, liberando pra qualquer funo.

    C- O atestado de sade ocupacional conhecido como ASO, um

    documento que ir determinar as condies do funcionrio em relao a

    funo que ir desempenhar na empresa, liberando pra qualquer

    profisso.

    D- O atestado de sade ocupacional conhecido como ASO, um

    documento que ir determinar as condies do funcionrio em relao a

    funo que ir desempenhar na empresa, liberando pra qualquer funo e

    limitando o tempo de trabalho.

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    RESPOSTA CERTA A

    2) Sabendo da importncia e do papel da regulamentao PPP, assinale aalternativa verdadeira.

    A- O formulrio do PPP exigido de empresas que atuam com atividades

    que exponham os trabalhadores a produtos nocivos qumicos, fsicos,

    biolgicos e a queimaduras por incndio.

    B- O formulrio do PPP exigido de empresas que atuam com atividades

    que exponham os trabalhadores a leses por esforo repetitivos.

    C- O formulrio do PPP exigido de empresas que atuam com atividades

    que exponham os trabalhadores a risco fsicos.

    D- O formulrio do PPP exigido de empresas que atuam com atividades

    que exponham os trabalhadores a produtos nocivos qumicos, fsicos,

    biolgicos.

    RESPOSTA CERTA D

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    DIAGNSTICO E REGISTRO DE QUEIXAS

    Bem-vindo nossa quar ta un idade, ne la vamos estudar

    os concei tos e a termolog ias ut i l i zadas para def in i r

    leses e doenas decorrentes do t rabalho, bons

    estudos.

    Nesta unidade iremos conhecer as termologias aplicadas no

    diagnstico de leses ou doenas de decorrentes da atuao ocupacional,assim, poderemos entender, com mais clarezas, os diagnsticos relatados

    e enquadra-las de acordo com a queixa do trabalhador.

    4.1 Conceitos e terminologia (LER/DORT e as D.Os)

    Sempre que nos deparamos com leses decorrentes do trabalho,

    algumas termologias devem ser esclarecidas, facilmente, vamos nos

    deparar com trabalhadores com o diagnstico de leses por esforos

    repetitivos (LER), Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

    (DORT) e as Doenas Ocupacionais (DO`s). Estes diagnsticos so

    comuns entre os trabalhadores, porm, muitas vezes, essas termologiasse misturam e acabam no ilustrando, corretamente o que significa cada

    diagnstico.

    Quando falamos das DO`s, estamos trazendo a definio de

    qualquer doena que teve a sua origem relacionada ao desgaste provado

    pelo trabalho, sendo que sua origem no expressa, necessariamente, uma

    leso aparente, podendo ser de ordem fsica, social, emocional,

    psicolgica ou racial (MINISTRIO DA SADE, 2001).

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    As LER`s representam uma sndrome de dor nos membros

    superiores ou inferiores, normalmente nos superiores, que podem causar

    leses no sistema tendneo (bainha), muscular e ligamentar, causadas,

    principalmente, por atividades provocam, erradamente, movimentosrepetitivos, em alta frequncia, sem pausas e, normalmente, em postura

    inadequada (MINISTRIO DA SADE, 2001).

    Assim como em LER, o DORT caracterizado por esforos

    repetitivos, porm, como uma sndrome clnica caracterizada por dor

    crnica, acompanhada ou no e alteraes objetivas, que se manifesta

    principalmente no pescoo, cintura escapular e/ou membros superiores em

    devido ao trabalho, podendo afetar tendes, msculos e nervos perifricos

    (MINISTRIO DA SADE, 2001).

    Diante disso, verificamos que as definies se misturam, podendo

    ou no, levar umas as outras, por exemplo: nem sempre uma LER vai

    levar a DORT e poder ser caracterizada como uma DO`s. Vamos

    entender um pouco mais com a leitura do guia de leses por esforos

    repetitivos (LER) distrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

    (DORT), elaborado pelo Ministrio da Sade no ano de 2001, disponvel:

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ler_dort.pdf.

    4.2 Leses por Esforos Repetitivos (LER)

    Como citado anteriormente, o Ministrio da Sade (2001), define

    LER como uma sndrome de dor nos membros superiores ou inferiores,

    normalmente nos superiores, que podem causar leses no sistema

    tendneo (bainha), muscular e ligamentar, causadas, principalmente, por

    atividades provocam, erradamente, movimentos repetitivos, em alta

    frequncia, sem pausas e, normalmente, em postura inadequada.

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    Assim, erradamente, muitas pessoas confundem a LER como uma

    DORT e DO`s, porm, no, necessariamente, uma LER pode ser

    classificado como DORT e uma DO`s. Isso ocorre porque sempre que

    falamos de LER, como o prprio nome diz, falamos de uma leso oriundade um esforo repetitivo, ou seja, podendo ou no estar ligado as questes

    ocupacionais, uma LER ocorre todo vez que uma pessoa tem uma leso

    decorrente de uma atividade repetitiva, sendo que esta atividade pode no

    ser ocupacional.

    Com isso, qualquer pessoa pode ter uma LER, no apenas um

    trabalhador, uma LER para ser classificado como DORT e futuramente,

    uma DO`s, ela precisa ocorrer no trabalho e ter ocorrncia oriunda de

    esforo repetitivo realizado no mbito do trabalho, somente assim, uma

    LER, ser classificada como uma DORT e se enquadrar como uma DO`s

    (COMISSO DE REUMATOLOGIA OCUPACIONAL, 2011).

    4.3 Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)

    Dentre as diretrizes trazidas pelo INPS, o Ministrio da Sude

    (2001), define a DORT como uma doena caracterizada por esforos

    repetitivos, porm, como uma sndrome clnica caracterizada por dor

    crnica, acompanhada ou no e alteraes objetivas, que se manifesta

    principalmente no pescoo, cintura escapular e/ou membros superiores em

    devido ao trabalho, podendo afetar tendes, msculos e nervos perifricos.

    Diferentemente, dar LER, citada anteriormente.

    Assim, conseguimos observar, segundo dados do Ministrio da

    Sude (2001) e da Comisso de Reumatologia Ocupacional (2011), as

    DORT`s, oriundas da LER, so as grandes causadoras das DO`s, sendo o

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    grande responsvel pelo nmero de afastamento do trabalho, relatado pelo

    INPS.

    Diante deste cenrio, podemos trazer a DORT como uma das vils

    das empresas, publicas ou privadas, devido ao alto nmero deafastamento profissional e, consequentemente, prejuzo financeiro e na

    produo das empresas.

    De acordo com o Ministrio da Sade (2001) e a Comisso de

    Reumatologia Ocupacional (2011), nem sempre, sintomas aparecem

    inicialmente para indiciar inicios de DORT, sintomas como dor, dormncia,

    formigamento, reduo de fora muscular, sensao de pesos ou

    cansaos nos membros, inchao, dificuldade de movimentos podem ser

    associados as DORT`s, porm, este quadro torna-se de difcil diagnstico

    especifico, pois, os mesmos sintomas podem se confundir com distrbios

    reumticos, imunolgicos, metablicos, ortopdicos ou neurolgicos. Por

    isso, torna-se importante o diagnstico mdico para avaliar se h, ou no,

    a presena das DORT`s.

    A Comisso de Reumatologia Ocupacional (2011), cita em sua

    cartilha sobre LER/DORT que no h um trabalho especifico que tem um

    risco maior de desenvolver a LER e, consequentemente, a DORT, o que

    relatado que qualquer tipo de trabalho mal executado ou que no

    respeita os limites biomecnicos, juntamente com a predisposio

    constitucional da pessoa, pode desencadear LER e evoluir para a DORT.

    Entretanto, a DORT pode ser evitada, com estratgias que

    proporcionam criar um bom ambiente de trabalho, respeitando-se os

    limites de cada trabalhador. Mididas simples como, inicialmente, como a

    seleo adequada dos operrios, para o trabalho que mais se enquadra

    com as suas caractersticas, aprendizagem de tcnicas, condicionamento

    e ensinamento de posturas apropriadas. A durao das jornadas de

    trabalho deve ser respeitada, assim, como a presena de intervalos

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    peridicos, podendo reduzir o nmero de trabalhadores que evoluam pra

    LER e, consequentemente, reduzir o nmero de afastamentos temporrios

    do trabalho. Outros trabalhos estruturais podem ter iniciativa tomada das

    empresas para seu cuidado, como selecionar instrumentos, ferramentas,acessrios, mobilirios e postos de trabalho devem ser convenientes,

    como tambm as posies, distncias e angulaes envolvidas. Auxiliando

    nas prevenes das leses ocupacionais (COMISSO DE

    REUMATOLOGIA OCUPACIONAL, 2011).

    Associado a estes trabalhos a Comisso de Reumatologia

    Ocupacional (2011) recomenda a prtica da ginstica laboral antes dos

    trabalhos, o qual se caracteriza por exerccios de alongamentos antes das

    atividades funcionais do trabalho. Sendo que esta ginstica pode ser

    conduzida por um profissional da Educao Fsica ou Fisioterapia,

    capacitado e apto pelo seu conselho federal.

    Evidenciando a prtica da ginstica labora, recomendo a leitura do

    artigo intitulado de A importncia da ginstica laboral na preveno de

    doenas ocupacionais, publicado no ano de 2007.

    http://www.ergonomianotrabalho.com.br/ginastica-labora-prevencao.pdf

    Outras metodologias, tambm, podem auxiliar na preveno das

    LER`s, com carter ocupacional, orientaes sobre um adequado estilo de

    vida, associado com boa qualidade do sono, condicionamento fsico e

    manuteno da sade geral, proporcionar a qualquer trabalhador

    condies de executar suas tarefas laborativas com os mnimos riscos de

    DORT`s (COMISSO DE REUMATOLOGIA OCUPACIONAL, 2011).

    Com isso, observamos que o melhor tratamento para as DORT`s

    a preveno, atravs de medidas que podem partir do prprio empregador,

    auxiliando e orientando os trabalhadores nos cuidados que deve-se ter em

    relao ao trabalho e a seleo correta do mesmo.

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    Devido a importncia da DORT`s na na nossa disciplina, faz-se

    necessrio a leitura da cartilha de LER/DORT publicada pela Comisso de

    Reumatologia Ocupacional, no ano de 2011.

    http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20Ler%20Dort.pdf

    4.4 Doenas ocupacionais (D.Os)

    As DO`s, no Brasil, so consideradas como acidente de trabalho,

    levando a afastamento. Porm, uma DO, nem sempre, devido a

    LER/DORT, ela pode ser oriunda de qualquer doena que causa

    alteraes na sade do trabalhador, provocadas por fatores relacionados

    com o ambiente de trabalho (MINISTRIO DO TRABALHO, 2004;

    MINISTRIO DA SADE, 2001).

    Segundo o Manual de Doenas Relacionadas ao Trabalho do

    Ministrio da Sade (2001), as DO`s, se classificam em doenas

    profissionais, que so oriundas por fatores inerentes atividade laboral, e

    doenas do trabalho, que so causadas pelas circunstncias do trabalho.

    As primeiras possuem origem causal presumido, mas nas segundas a

    relao com o trabalho deve ser comprovada efetivamente pelo mdico do

    trabalho. Sendo que as mais comuns so doenas do sistema respiratrio

    e da pele.

    Assim como nas DORT`s, o melhor tratamento a preveno, fato

    que deve ser maximizado, pois, a maioria das DO`s so de difcil

    tratamento. Podendo ser doenas, como por exemplo, asma ocupacional,

    silicose, asbestose, dermatite de contato e, at mesmo, cncer de pele

    ocupacional (MINISTRIO DA SADE, 2001).

    Segundo o Ministrio da Sade (2001), uma doena ocupacional,

    normalmente, tem a sua origem da exposio do trabalhador a agentes

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    qumicos, fsicos, biolgicos ou radioativos, sem proteo compatvel com

    o risco envolvido. Essa proteo pode o uso do EPC ou do EPI, que ser

    discutido na quinta unidade. Ademais, existem medidas

    administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos.Com isso, sempre que falamos de DO`s podemos, muitas vezes,

    associar as DORT`s, porm, nem sempre, as DO`s, esto associadas as

    LER, elas apresentam carter multifatorial, normalmente, associado a falta

    de cuidados com a proteo e cuidados nas empresas.

    Ressaltando, a quarta unidade, de extrema importncia no nosso

    curso, com isso, recomendo a leitura do Manual de Doenas Relacionadas

    ao Trabalho do Ministrio da Sade, no ano de 2001.

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho

    1.pdf

    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

    Alunos, estamos chegando na reta final do nosso contedo, a

    presente unidade, assim como as demais, de extrema importncia na

    aprendizagem da nossa disciplina. A unidade trouxe a definio de leses

    e doenas que, muitas vezes, se misturam, sendo, que nem todas tem o

    carter de doenas relacionadas ao trabalho e, erradamente, estas de

    definies se misturam. Sendo assim, a presente unidade trouxe-nos esta

    diferena e mostrou como podemos trabalhar no combate destes

    problemas, que a maior causa de afastamento ao trabalho, sendo a

    preveno a grande aliada no combate destas doenas.

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    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Diante do estudo na unidade e sabendo da importncia dos cuidados

    com a LER, DORT e as DO`s. Assinale a alternativa falsa.

    A- As LER`s representam uma sndrome de dor nos membros superiores

    ou inferiores, normalmente nos superiores, que podem causar leses no

    sistema tendneo (bainha), muscular e ligamentar, causadas,

    principalmente, por atividades provocam, erradamente, movimentos

    repetitivos, em alta frequncia, sem pausas e, normalmente, em postura

    inadequada.

    B- O DORT caracterizado por esforos repetitivos, porm, como uma

    sndrome clnica caracterizada por dor crnica, acompanhada ou no e

    alteraes objetivas, que se manifesta principalmente no pescoo, cintura

    escapular e/ou membros superiores em devido ao trabalho, podendo afetar

    tendes, msculos e nervos perifricos.

    C- LER, DORT e DO`s, so leses e/ou doenas que sempre esto ligado

    ao mbito ocupacional, sempre acontecendo no trabalho das pessoas,

    independente, da sua origem.

    D- Quando falamos das DO`s, estamos trazendo a definio de qualquer

    doena que teve a sua origem relacionada ao desgaste provado pelo

    trabalho, sendo que sua origem no expressa, necessariamente, uma

    leso aparente, podendo ser de ordem fsica, social, emocional,

    psicolgica ou racial

    RESPOSTA CERTA C

    2) Entre os cenrios de afastamento contido no INPS, as DORT`s, so

    caracterizada como grande causas, levando os pacientes ao afastamento

    do trabalho e, consequentemente, a reduo de lucros e produo dos

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    empregadores. Assim, assinale a alternativa verdadeira em relao a

    estratgia que pode ser adotada para prevenir o nmero de afastamentos

    decorrentes das DORT`s.

    A- Sempre que falamos de tratamento das DORT`s falamos do mdico

    dentro da empresa trabalhando junto com o profissional e cuidando de sua

    sade.

    B- O nmero de afastamento de DORT`s pode ser reduzido,

    simplesmente, utilizando estratgias de preveno.

    C- O trabalho intenso e aumentado em uma empresa reduz o risco dos

    trabalhadores desenvolver DORT`s e, consequentemente, reduz o nmero

    de afastamentos ao trabalho.

    D- O trabalho deve ser reduzido e todos os trabalhadores devem trabalhar,

    no mximo, 4 horas por dia, somente assim, conseguimos reduzir o

    nmero de casos de afastamento decorrentes das DORT`s.

    RESPOSTA CERTA B

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    Relao Mdico e rgos Pblicos

    Bem-vindo nossa quinta unidade, vamos

    aprofundar, ainda mais, nosso conhecimento?

    Aqui, entenderemos um pouco mais sobre a

    atuao do mdico nos rgos pbl icos, conceitos

    e a estatst ica de acidente de trabalho.

    5.1 Relao Mdico e rgos Pblicos

    Dentre as varias atuaes que envolvem a medicina, o mdico do

    trabalho, se enquadra de maneira importante na sua atuao, pois, este

    mdico que vai realizar consultas e atendimentos mdicos na rea de

    medicina ocupacional (trabalho), Implementar/investigar aes para

    promoo da sade ocupacional. Coordenar programas e servios em

    sade, efetuar percias, auditorias e sindicncias mdicas, adotar medidas

    de precauo universal de biossegurana e, consequentemente,

    segurana do trabalhador na profisso exercida (DIRETRIZES GERAIS

    PARA O EXERCCIO DA MEDICINA DO TRABALHO, 2007)

    Diante deste conceito, conseguimos visualizar a atuao do

    mdico do trabalho em empresas privadas e rgos pblicos, no qual, o

    mdico tem as diretrizes a ser seguida na sua funo, assim como

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    determina as Diretrizes gerais para o exerccio da medicina do trabalho,

    2007.

    Assim, pode-se encontrar mais sobre a rea de atuao do mdico

    do trabalho nas Diretrizes gerais para o exerccio da medicina do trabalho,disponvel em:

    http://www.cremerj.com.br/publicacoes/download/102;jsessionid=IFDY6QZl

    lHpbTTvNy6FipwDG.undefined

    Porm, quando se fala da atuao do mdico no rgo publico,

    muitas criticas surgem, cada vez mais, a mdia, trs relatos onde os

    mdicos tratam com descaso e faltam de compremetimento o atendimento

    pblico e, assim, pessoas sofrem com estes acontecimentos, levando,

    muitas as vezes, at a morte. No sendo diferente, o mesmo ocorre na

    medicina ocupacional, o mdico deve trabalhar no rgo publico

    atendendo o servidor e/ou atentando a populao dependente da percia

    mdica do Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS), onde vai atuar

    atendendo o trabalhador e avaliando as condies fsicas e mentais que

    possibilitam ou no o mesmo de exercer a funo trabalhada, como

    regulariza as leis trabalhistas do pas (ARAUJO, 2014).

    Arajo (2014) cita que a percia mdica atribuio privativa de

    mdico, podendo ser exercida pelo civil ou militar, desde que investido em

    funo que assegure a competncia legal e administrativa do ato

    profissional. O exame mdico-pericial visa a definir o nexo de causalidade

    (causa e efeito) da leso, morte, sequela, da incapacidade, do exerccio da

    atividade laboral e se a doena ou acidente, vai levar a uma sequela

    temporria ou permanente.

    Por lei, o Regime Trabalhista, adota estratgias de proteo

    sade do trabalhador, instituindo mecanismos de monitorao dos

    indivduos, visando a evitar ou identificar precocemente os agravos sua

    sade, quando so decorrentes do exerccio do trabalho (ARAUJO, 2014).

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    Quando as leis trabalhistas estabeleceram a obrigatoriedade na

    realizao dos exames pr-admissional, peridico e demissional do

    trabalhador, criou recursos mdico-periciais voltados a identificar o nexo

    de causalidade entre os danos sofridos e o trabalho que exerce, devendoocorrer em funcionrios pblicos ou de empresas privadas, assim como

    militares (ARAUJO, 2014).

    A legislao brasileira de leis trabalhistas, trs que todo o

    trabalhador que no est em condies de trabalho, seja pblico ou

    privado, aps 15 dias, deve passar pela percia mdica estabelecida pelo

    INSP, antes disso (afastamento menos que 15 dias) deve ser arcado pela

    empresa, sendo que a percia deve ser realizada com carter de

    afastamento do trabalho e, tambm, na volta do trabalho, podendo exercer

    a sua atuao normal, isso ocorre de acordo com a Lei 8.112/90, de

    11.12.90.

    Assim, verificamos que a atuao do mdico, vinculado ao rgo

    pblico, deve ser de extrema importncia para a vigncia das leis no pas,

    porm, fatalmente, nem sempre isso que acontece e, pessoas, demoram

    para ser atendidas e/ou tem altas mdicas (volta ao trabalho), sem

    condies, por outro lado, muitas, tem afastamento ao trabalho sem

    necessita-los, tornando, cada vez mais, difcil para as empresas manterem

    o seu quadro de funcionrio ativo na integra.

    5.2 NR 4 e SESMT

    A Norma Reguladora 4 (NR 4) preve a obrigatoriedade e o

    funcionamento do. Servios Especializados em Engenharia de Segurana

    e em Medicina do Trabalho (SESMT)

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    O Ministrio do trabalho implica que todas as empresas privadas e

    pblicas, os rgos pblicos da administrao direta e indireta e dos

    poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados regidos pela

    Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, mantero, obrigatoriamente,Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do

    Trabalho (SESMT), com a finalidade de promover a sade e proteger a

    integridade do trabalhador no local de trabalho. (Portaria SSMT n 33, de

    27 de outubro de 1983).

    O SESMT avaliao a gradao do risco de atividade principal dos

    empregados, de acordo com o seu nmero, obedecendo o quadro I

    (http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr4_quadroI_1.htm) e II

    (http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr4_quadroII.htm, Portaria

    SSMT n 33, de 27 de outubro de 1983).

    Classificando os riscos e sistematizando o cuidado o NR 4 trs que

    os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil

    empregados que esto situados no mesmo estado, territrio ou Distrito

    Federal no sero considerados como estabelecimentos, mas como

    integrantes da empresa de engenharia principal responsvel, a quem

    caber organizar os Servios Especializados em Engenharia de

    Segurana e em Medicina do Trabalho (Portaria SSMT n 33, de 27 de

    outubro de 1983). Assim, os engenheiros, mdicos e os enfermeiros do

    trabalho podero ficar centralizados. Para os tcnicos de segurana do

    trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho, o dimensionamento ser

    feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme oferece as

    referncias contidas no Quadro II

    (http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr4_quadroII.htm).

    Assim, o NR 4 desdenha a SESMT para controlar o risco dos

    empregados e trazer a segurana com os tcnicos aos empregadores,

    porm, um assunto extenso e peculiar, como o mesmo, cabe uma leitura

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    na integra da legislao aprovada pela Portaria n 33, de 27/10/1983,

    disponvel pela INPS -

    http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/4.htm#_QUADRO_I.

    5.3 Estatstica de acidentes de trabalho

    Diante do grande nmero de acidentes de trabalho, a previdncia

    social acompanha em nmero, os casos de acidente de trabalho no pas,

    lanando, corriqueiramente, o anurio estatstico do trabalho, tendo sua

    ultima edio lanada no ano de 2011.

    Segundo o Anurio Estatstico do Trabalho (2011), o artigo 19 da

    Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, cita que acidente do trabalho

    definido como qualquer acidente que ocorre pelo exerccio do trabalho a

    servio da empresa, ou pelo exerccio do trabalho do segurado especial,

    provocando leso corporal ou perturbao funcional, de carter temporrio

    ou permanente. Sendo que o acidente pode causar desde um simples

    afastamento, a perda ou a reduo da capacidade para o trabalho, at

    mesmo a morte do segurado, resguardado pelas leis trabalhistas.

    No mais, o regimento seguido pela Lei no 8.213 trs como

    acidentes do trabalho o acidente ocorrido no trajeto entre a residncia e o

    local de trabalho do segurado, a doena profissional, assim entendida a

    produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a

    determinada atividade e; a doena do trabalho, adquirida ou

    desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho

    realizado e com ele se relacione diretamente..

    Por outro lado, a lei deixa claro que no so consideradas como

    doena do trabalho a doena degenerativa; a que no produz

    incapacidade laborativa; a doena endmica adquirida por segurados

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    habitantes de regio onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que

    resultou de exposio ou contato direto determinado pela natureza do

    trabalho exercido.

    Diante disso, para refletirmos sobre os acidentes de trabalho noBrasil, o Anurio Estatstico do Trabalho (2011) mostra a evoluo dos

    acidentes de trabalhos no pas, tendo a leitura do mesmo disponvel na

    integra, pelo INPS, pelo site:

    http://www.previdencia.gov.br/arquivos/office/1_130129-095049-870.pdf.

    5.4 Orientaes tcnicas e legais

    Como j citado anteriormente, a preveno a maneira mais

    eficaz de reduzir o nmero de acidentes no trabalho, sendo que, esta

    preveno parte de aes que so promovidas pela prpria empresa,

    porm, o Ministrio do Trabalho (1994) regulamentaria aes para essa

    preveno e trabalho a ser feito para reduzir o nmero de acidentes

    ocupacionais.

    Pensando nisso, inicialmente, deve-se optar por medidas coletivas

    e de engenharia que diminuam os riscos de acidentes ocupacionais,

    somente aps a proteo individual, traamos passamos a praticar a

    proteo individual, conforme cita a NR 6, j estuda nos captulos

    anteriores.

    A partir do momento que se faz o uso dos equipamentos de

    proteo individual (EPI) J na hora da escolha do EPI, preciso se

    certificar de que o equipamento tem CA (Certificado de Aprovao), sendo

    que o produto, tambm, deve ser adequado ao risco e s caractersticas

    do trabalhador. Por exemplo, uma mascara que cabe devidamente no

    rosto do trabalhador.

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    Figura 2: Mascara de proteo individual

    Fonte: http://www.gasnorte.com.br

    Afim do uso ser correto, as instrues devem ser claras ecompreendidas pelo trabalhador. Sendo que as orientaes e treinamentos

    so essenciais, cabendo a empregadora arcar com os mesmos assim

    como o fornecimento e substituio dos EPIs, quando necessrio., tendo a

    inspeo peridica desses equipamentos, possibilitando a higienizao e a

    troca.

    Afim de facilitar este processo do uso, pode-se recorrer ao Manualde Orientaes Tcnicas sobre cada EPI e algumas medidas de proteo

    existentes. Assim, abaixo, segue um link disponvel onde vocs podero

    conhecer o exemplo de orientaes de uso especifico de alguns materiais

    de segurana.

    Disponvel: http://www.superguianet.com.br/manual-de-

    orientacoes-tecnicas

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    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

    Neste captulo estudamos sobre a atuao do mdico e oseu relacionamento com o INPS, verif icando os deveres dos

    rgos pblicos e privados na sade do trabalhador, dando

    resguardo da lei e assegurando o seu salario e a sua sade. No

    mais, verif icamos as normalizaes realizadas pelo ministrio

    do trabalho, no que diz respeito, ao cuidado com o trabalhador,

    nmero de acidentes e onde esto os maiores riscos de

    acidentes.

    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Sendo o mdico do trabalho o responsvel pelo afastamento e alta para

    o trabalho, rgos reguladores, estipulam algumas funes especificas

    para trabalhos destes mdicos afim de uma melhor analise do trabalhador,

    sendo assim, assinale a alternativa verdadeira sobre a atuao do mdico

    do trabalho:

    A- Realizar consultas e atendimentos mdicos na rea de medicina, atuar

    promovendo a sade e a qualidade de vida. Coordenar programas e

    servios em sade, efetuar percias, auditorias e sindicncias mdicas,

    adotar medidas de precauo universal de biossegurana e,

    consequentemente, segurana do trabalhador na profisso exercida.

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    B- Realizar consultas e atendimentos mdicos na rea de medicina

    ocupacional (trabalho), Implementar/investigar aes para promoo da

    sade ocupacional. Coordenar programas e servios em sade, efetuar

    percias, auditorias e sindicncias mdicas, adotar medidas de precauouniversal de biossegurana e, consequentemente, segurana do

    trabalhador na profisso exercida.

    C- O mdico do trabalho tem como funo exclusiva dar alta ou

    afastamento para o trabalho, sendo que, qualquer outra iniciativa que ele

    tenta tomar caracterizada por exercer a profisso de maneira ilegal.

    D- O mdico do trabalho tem como funo dar o atendimento mdico ao

    trabalhador, prescrevendo medicamentos e traando possveis

    tratamentos para melhora do paciente e, consequentemente, voltar

    rapidamente ao trabalho.

    RESPOSTA CERTA B

    2) Existem critrios para definir se a doena tem ou no um carter

    ocupacional, assim, se enquadrando em uma doena do trabalho, com

    isso, alguns critrios so pr estabelecidos e definindo se uma doena

    pode ser classificada como doena do trabalho, assim, entre as

    alternativas abaixo, assinale a alternativa que no se enquadra como

    doena ocupacional.

    A- Acidente do trabalho para sua residncia ou vice-versa.

    B- Leses oriundas de movimentos repetitivos na sua ocupao

    profissional.

    C- Problemas psicolgicos decorrentes do trabalho exacerbado.

    D- doena endmica adquirida por segurados habitantes de regio onde

    ela se desenvolva o trabalho.

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    RESPOSTA CERTA D

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    As Restries Mdicas

    Bem-vindo nossa sexta unidade, iremos iniciar o

    estudo dos procedimentos de restrio de

    atividades no trabalho PRAT. O objetivo desta

    unidade compreender quando o funcionrio

    dever ser afastado e quais as medidas legais que

    devem ser adotadas.

    Nesta unidade, abordaremos o procedimento de restrio de

    atividades no trabalho (PRAT), seu formulrio e a legislao referente ao

    mesmo. Sendo assim, temos como objetivo compreender quando o

    funcionrio dever ser afastado e quais as medidas legais que devem ser

    adotadas. O aluno deve compreender o processo de afastamento do

    trabalhador e de que forma esse procedimento ser feito, conhecer

    tambm os tipos de acidentes do trabalho.

    6.1 Procedimento de restrio de atividades no

    trabalho(PRAT)objetivo e aplicao conceito e siglas.

    O procedimento de restrio de atividades no trabalho (PRAT) tem

    como objetivo assegurar que funcionrios que apresentem qualquer tipo

    de limitao sejam fsica ou psicolgica, temporria ocasionada por uma

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    doena ou acidente de trabalho, tenha um ambiente adequado a sua

    recuperao (MINISTRIO DO TRABALHO, 1994; ANS, 1998).

    O PRAT deve ser aplicado sempre que comprovado, no exame

    mdico ou consulta, condies que limitem o indivduo a desenvolveratividades do seu trabalho temporariamente. Entretanto, essa condio

    no pode exigir mudana de funo (Readaptao Funcional) ou

    afastamento permanente induzindo a aposentadoria por invalidez

    (MINISTRIO DO TRABALHO, 1994).

    6.2 Esclarecimento e definies dos tipos de acidentes

    Segundo a OMS (2010), o termo acidente de trabalho usado

    quando o fato ocorre durante o desenvolvimento das atividades

    profissionais a servio do empregador ou ainda quando o trabalho

    exercido por segurados especiais, gerando dano corporal ou alterao

    funcional, permanente ou temporria, que origine a morte, a perda ou a

    diminuio da habilidade para o trabalho.

    O acidente do trabalho pode ser da doena profissional que

    peculiar determinada profisso, como por exemplo, a silicose (a doena

    comum aos indivduos que trabalham com slica) e a doena do trabalho

    que decorrente de condies especiais de trabalho, indivduos que

    trabalham em ambientes com alta exposio a rudos.

    Dentre os acidentes ocupacionais temos tambm o acidente ligado

    ao trabalho, que apesar de a funo exercida no ser a nica causa, este

    contribuiu para diretamente no evento danoso. O exemplo disso tem a

    contaminao acidental do trabalhador durante o exerccio da sua

    profisso; acidentes ocorridos a servio da empresa e no trajeto de casa

    da residncia para o local de trabalho ou vice-versa.

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    Os tipos de acidentes, segundo a nova forma de concesso de

    benefcios acidentrios (PREVIDENCIA SOCIAL, 2014):

    - Acidentes Tpicos peculiar a atividade ocupacional exercida pelo

    acidentado. Ocorrem quando o empregado est desenvolvendo atividadena prpria empresa ou a servio dela;

    - Acidentes de Trajeto Ocorre no trajeto entre a residncia e o local de

    trabalho do segurado e vice-versa;

    - Acidentes Devidos Doena do Trabalho Doenas ocupacionais

    particulares a determinada atividade desenvolvida pelo trabalhador ou

    pelas condies que o ambiente de trabalho proporciona que esto na

    tabela da Previdncia Social.

    Para maior entendimento, segue nossa leitura complementar

    http://www.previdencia.gov.br/estatisticas/secao-iv-acidentes-do-trabalho-

    texto/

    Acompanhando os acidentes, propostos pela PREVIDENCIA

    SOCIAL (2014), segue um modelo de PRAT, usado pela Petrobras, para

    leitura complementar.

    http://www.sindipetrocaxias.org.br/sms/PRAT.pdf

    Para que o procedimento de restrio de atividades no trabalho

    (PRAT) seja realizado necessrio que o mdico avalie o trabalhador

    observando suas condies fsicas e mentais, solicitar exames

    complementares alm de encaminhar quando necessrio o mesmo para

    especialistas. E finalmente decidir pelo afastamento ou restrio do

    funcionrio quanto as suas atividades ocupacionais.

    Alm disso, o mdico dever informar ao trabalhador sua

    condio, determinar o prazo do afastamento ou restrio e reavaliar o

    empregado no prazo correto.

    Todos os dados dos funcionrios devem ser registrados em

    formulrios e com suas assinaturas.

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    Na empresa a pessoa responsvel pela coordenao da empresa

    deve acompanhar o processo de restrio de atividade do funcionrio e

    promover as adaptaes necessrias ao trabalhador.

    O empregado deve seguir as orientaes dadas pelo mdico, ir srevises mdicas, sempre informando ao responsvel pela empresa das

    suas condies de sade.

    Os documentos usados como referncia para o PRAT so:

    OIT, Conveno n 161, 07/06/1985, Parte I, Artigo 1, alnea a,

    item II. Relata sobre a adaptao do trabalho s condioes dos

    trabalhadores, considerando seu estado de sanidade fsica e mental.

    Ratificada pelo Governo Brasileiro em 18/05/1990.

    Resoluo n 1488, de 11/02/98, do Conselho Federal de Medicina

    Regulamenta a assistncia mdica sade do trabalhador.

    6.4 Legislao e abrangncia da PRAT

    A legislao da PRAT, se baseia nas diretrizes regidas pela

    Agencia Nacional de Sade Suplementar (ANS, Lei N 9.656, de 03 de

    junho de 1998). Juntamente com as propostas das diversas NR`s estudas,

    at o momento, na nossa disciplina.

    Para leitura complementar, segue o material disponvel pela ANS

    (1998).

    http://www.ans.gov.br/index2.php?option=com_legislacao&view=le

    gislacao&task=PDFAtualizado&format=raw&id=234

    CONSIDERAES FINAIS DA UNIDADE

    Nesta unidade, estudamos o procedimento de restrio

    de atividades no trabalho (PRAT), este tem como finalidade

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    avaliar o trabalhador e averiguar possveis doenas ou

    acidentes de trabalho possibil i tando determinar se h

    necessidade de afastamento ou restrio para o empregado.

    Assim, a PRAT, proporciona ao trabalhador maior seguranagarantindo a qualidade de vida e ao empregador regras a ser

    seguida e critrios para determinar se h ou no necessidade

    de afastamento ou restrio para o trabalho.

    ATIVIDADES DE AUTOAVALIAO

    1) Sabendo da importncia do Procedimento de Restrio de Atividades no

    Trabalho (PRAT), para os cuidados com o trabalhador e o respaldo para o

    empregador, assinale a alternativa verdadeira referente a sua definio.

    A- O procedimento de restrio de atividades no trabalho (PRAT) tem

    como objetivo assegurar que funcionrios que apresentem qualquer tipo

    de limitao mental, temporria ocasionada por uma doena ou acidente

    de trabalho, tenha um ambiente adequado a sua recuperao.B- O

    procedimento de restrio de atividades no trabalho (PRAT) tem como

    objetivo assegurar que funcionrios que apresentem qualquer tipo de

    limitao fsica, temporria ocasionada por uma doena ou acidente de

    trabalho, tenha um ambiente adequado a sua recuperao.

    C- O procedimento de restrio de atividades no trabalho (PRAT) tem

    como objetivo assegurar que funcionrios que apresentem qualquer tipo

    de limitao sejam fsica ou psicolgica, temporria ocasionada por

    qualquer doena ou acidente de trabalho, tenha um ambiente adequado a

    sua recuperao, sendo que acidente do trabalho sempre vai levar ao

    afastamento.

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    D- O procedimento de restrio de atividades no trabalho (PRAT) tem

    como objetivo assegurar que funcionrios que apresentem qualquer tipo

    de limitao sejam fsica ou psicolgica, temporria ocasionada por uma

    doena ou acidente de trabalho, tenha um ambiente adequado a suarecuperao.

    RESPOSTA CERTA D

    2) A Previdncia Social (2014), classifica os acidentes de trabalho,

    assinale a alternativa correta sobre esta classificao:

    A- Acidentes atpicos, de trajeto e Devidos Doena do Trabalho..

    B- Acidentes tpicos, de trajeto e Devidos Doena do Trabalho.

    C- Acidentes tpicos, de trajeto do emprego para casa e Devidos Doena

    do Trabalho.

    D- Acidentes tpicos, de trajeto da casa para o emprego e Devidos

    Doena do Trabalho.

    RESPOSTA CERTA B

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    Auditoria mdica do trabalho

    Bem-vindo nossa stima unidade, chegamos a

    ult ima, nesta ult ima unidade vamos fechar tudo o

    que ns aprendemos, at agora, e entender como

    funciona a auditoria mdica do trabalho e veri f icar

    os programas de controle mdico e ambiental.

    Bons estudos e aproveitem nossa ult ima

    oportunidade.

    Quando falamos da auditoria mdica estamos falando de leis

    regulamentadoras criadas pela OIT - Organizao Internacional do

    Trabalho (2010), que surgiu a fim de criar uma regulamentarizao pelo

    trabalho decente no Brasil. Esta auditoria da o resguardo para o

    trabalhador em relao a sua sade e integridade fsica. Nesta unidade

    vamos discutir um pouco sobre as diretrizes estabelecidas pela OIT e

    como resguardar a integridade fsica e da sade do trabalhador.

    7.1 Conceitos de Auditoria mdica do trabalho e Legislaes vigentes

    na auditoria

    Como citado anteriormente, a OIT (2010), rege as diretrizes para a

    auditoria mdica do trabalho, estabelecendo que toda empresa deva

    resguardar a sade, integridade fsica e mental de seus trabalhadores.

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    Para que as empresas, realmente cumpra este, a Constituio Brasileira,

    fez constar, em seu contedo, orientaes tcnicas especificas,

    conhecidas como, normas regulamentadoras (NRs ), as quais, devem ser

    acatadas, fazendo com que as empresas ofeream ambientes e condiesde trabalho seguras e saudveis a seus empregados.

    Assim, a auditoria mdica, torna-se importante na sade do

    trabalhador, pois, a mesma, vai verificar todas as condies de trabalho

    que ele est sendo submetido e se o empregador zela pelas condies e

    cuidados da sade dos trabalhadores.

    Com isso, uma auditoria seguir princpios bsicos organizacionais

    que devem conter em uma empresa, pensando na sade do trabalhador.

    Diante disso, a OIT (2010) estipulou diretrizes bsicas que devem

    acompanhar uma auditoria mdica, segue abaixo, os itens bsicos para

    uma auditoria (de acordo com a OIT, 2010):

    Relacionamos abaixo os documentos exigidos pelo Ministrio do Trabalho

    em uma possvel fiscalizao em sua empresa:

    - Apresentar o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    (PCMSO, iremos estudar no subcapitulo abaixo) e informar qual o mdico

    do trabalho coordenador do programa;

    - Comprovar custeio dos exames, pelo empregador, relacionados ao

    PCMSO, contidos na NR 7;

    - Exibir Atestados de Sade Ocupacional do PCMSO, sendo os exames

    mdicos admissional, peridico e demissional), contidos na NR 7;

    -vApresentar o Laudo de Riscos Ambientais assim como o Programa de

    Preveno de Riscos Ambientais (PPRA, iremos estudar no subcapitulo

    abaixo), contidos no NR 9;

    - Apresentar mapa de riscos ambientais, contidos no NR 5;

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    - Identificar o responsvel pelo Controle Interno de prevenes a acidentes

    (CIPA), quando o estabelecimento no se enquadrar no quadro I, contidos

    no NR 5;

    - Apresentao do Livro de Inspeo do Trabalho;- Apresentar o Carto Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ);

    - Mostrar o grfico dos empregados;

    - Comprovante de recolhimento de FGTS dos empregados;

    - Fichas ou Livro de Registro dos Empregados;

    - Apresentar auto de vistoria do Corpo de Bombeiros;

    - Fichas ou livro de registro do Servio Especializado em Segurana e

    Medicina do Trabalho (SESMT), contido no NR 4;

    - Protocolo da DRT/SP que encaminhou a Ala de Eleio, Instalao,

    Posse e Calendrio Anual da CIPA, contidos na NR 5;

    - Apresentar folha de votao para o CIPA dos ltimos 3 anos, contidos na

    NR 5;

    - Prova de haver promovido a Semana Interna de Preveno de Acidentes

    de Trabalho (SIPAT, iremos estudar no captulo abaixo), contidos na NR 5;

    - Livro de Atas da CIPA, contidos na NR 5;

    - Prova de haver promovido o curso do Cipa para membros, contidos na

    NR 5;

    - Exibir o certificado de aprovao dos EPIs utilizados na empresa,

    contidos na NR 6;

    - Prova de ter realizado teste audiomtrico tonal na admisso, peridico e

    na demisso dos empregados expostos ao rudo, contidos na NR 7;

    - Apresentar resultado dos exames de controle biolgico de agentes

    qumicos dos trabalhadores expostos, contidos na NR 7;

    - Indicar a localizao da caixa de primeiros socorros da empresa e o

    nome da pessoa treinada para este trabalho, contidos na NR 7;

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    - Prova da proteo do prdio contra descargas eltricas atmosfricas

    (para-raios), contidos na NR 10;

    - Apresentar laudo tcnico sobre condies de segurana das instalaes

    eltricas, contidos na NR 10;- Apresentar habilitaes atravs de treinamento especfico dos

    operadores de equipamentos de transporte, como empilhadeiras e

    guindastes, contidos na NR 11;

    - Exibir livro de registro de segurana, proturio das caldeiras alm da

    aprovao prvia da "rea de Caldeira" ou "Casa de Caldeira", quando

    houver, contidos na NR 13;

    - Prova de Habilitao dos Operadores de caldeira, ou qualquer outro

    equipamento que necessitar, contidos na NR 13;

    - Exibir relatrio de inspeo de caldeira (RIC), quando houver contidos na

    NR 13;

    - Apresentar livros de registro de segurana dos recipientes de gases sob

    presso e ar comprimido, contidos na NR 13;

    - Apresentar comprovantes de pagamento dos adicionais de insalubridade

    e periculosidade, quando se fizer necessrio, contidos na NR 15 e NR 16;

    - Apresentar laudo de avaliao de anlise ergonmica do trabalho,

    contidos na NR 17;

    - Apresentar Laudo Tcnico de Iluminao, contidos na NR 17;

    - Apresentar comprovante do treinamento da Brigada de Incndio, contidos

    na NR 23;

    - Apresentar Ficha de controle de Instalao dos extintores de incndio,

    contidos na NR 23.

    Para leitura complementar, faam a leitura da cartilha do OIT,

    intitulado de A inspeo do trabalho no brasil: pela promoo do trabalho

    decente, disponvel em:

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    http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/labour_inspection/pub/trab

    alho_decente_inspecao_280.pdf

    Alm da cartilha, faam a leitura e a visualizao de um modelo de

    auditoria, disponvel no site abaixo:http://www.webauditor.com.br/images/Layout_Relatorio_Auditoria.pdf

    7.2 PCMSO (Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional) e

    PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais).

    O Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO)

    e o Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA), so

    correspondente a NR 7 e NR 9, sucessivamente. Elas so de extrema

    importncia para garantir a sade do trabalhador e regulamentadas em

    suas leis para cuidado com o trabalhador, garantindo, sua sade, bem

    estar fsico e mental.

    Especificamente falando do PCMSO falamos de uma legislao

    vigente, de acordo com a NR 7, elaborada pelo Ministrio do Trabalho, de

    1994. Sendo um programa exigido por lei para todos os empregadores e

    instituies que admitam trabalhadores como empregados.

    Sobre o PCMSO, encontramos alguns aspectos especficos para

    sua realizao, de acordo com a NR 7, como:

    - Promover e preservar a sade dos trabalhadores ativos;

    - Atendimento integral sade ocupacional dos trabalhadores;

    - Evitar consequncias negativas, como os Acidentes do Trabalho, as

    leses ocupacionais e, consequentemente, os custos sociais decorrentes

    dos mesmos;

    - Reduzir afastamentos