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Medicamentos Riscos à Saúde e
ao Meio Ambiente
Adalberton Guarani Dias da Silva Júnior
TON
Disciplina SAS 5706 - Toxicologia Ambiental
Professoras: Maria Tereza Pepe Razzolini
Deborah A. Roubicek
Metodologia
Levantamento de teses (mestrado/doutorado) relacionado aoassunto Centros de Informação Toxicológica;
Pesquisa nas apresentações no Curso de TOXICOLOGIA E SUAS
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E FORENSES – Sociedade Brasileira deToxicologia – julho /2016 (FSP/USP);
Consulta aos sites da Vigilância Sanitária, ABRACIT, CCI deCampinas (referência);
Seleção de casos de atendimento de emergências envolvendomedicamentos; e
Consulta em mecanismos de busca na internet sobre descartecorreto de medicamentos vencidos na internet.
Conteúdo - lista
TOXICOLOGIA
SISTEMAS NACIONAIS RELACIONADOS À TOXICOLOGIA
NOTIVISA (Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária )
SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas)
DATATOX (Sistema Brasileiro de Registro de Intoxicações dos Centros
de Informação e Assistência Toxicológica - ABRACIT)
SAÚDE:
CIAT (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) ou
CCI (Centro de Controle de Intoxicação – Campinas /SP)
Casos de atendimentos de emergência – medicamentos
MEIO AMBIENTE:
Descarte correto de medicamentos - Legislação
Exemplos de iniciativas municipais / ONGs / Portugal e Estados Unidos
TOXICOLOGIA
Toxicologia:
- Clínica
- Analítica
- Experimental
A toxicologia clínica envolve a exposição, quer aguda ou crônica afármacos, agentes químicos ou toxinas naturais.
O tratamento e o diagnóstico do doente intoxicado baseia-se emdiversos princípios (analíticos e farmacológicos), e promove o usoracional de métodos que favorecem a recuperação (Casarett &Doull´s).
Fonte: SBTOX (2016)
NOTIVISA - Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária
É um sistema informatizado na plataforma web, previsto pela Portaria n° 1.660, de 22 de Julho de 2009, Portaria n° 529,
de 1 de Abril de 2013,do Ministério da Saúde, e RDC n° 36, de 25 de Julho de 2013, da Anvisa, e desenvolvido para
receber as notificações de incidentes, eventos adversos (EA) e queixas técnicas (QT) relacionadas ao uso de produtos e de
serviços sob vigilância sanitária
O NOTIVISA é o sistema informatizado nacional para o registro de problemas relacionados ao uso de tecnologias e de
processos assistenciais, por meio do monitoramento da ocorrência de queixas técnicas de medicamentos e produtos para
a saúde, incidentes e eventos adversos, com o propósito de fortalecer a vigilância pós uso das tecnologias em saúde,
conhecida como VIGIPOS, e na vigilância dos eventos adversos assistenciais.
No âmbito do Programa Nacional de Segurança do Paciente, considera-se:
Incidente: uma situação ou um evento ou uma circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde.
Evento adverso: Incidente que causou dano à saúde.
Queixa técnica: Se, até o momento da notificação, o problema observado no produto ainda não tiver causado nenhum dano à saúde.
Fonte: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/apresenta.htm
SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas
O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) tem como principal atribuição
coordenar a coleta, a compilação, a análise e a divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento
notificados no país.
Os registros são realizados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATs), localizados em
vários estados brasileiros, parte deles integrantes da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência
Toxicológica (RENACIAT). As notificações são encaminhadas ao SINITOX, responsável pela consolidação e
divulgação anual dos dados, em âmbito nacional.
O Sistema também desenvolve atividades de pesquisa nas áreas de intoxicação, informação em saúde e
saúde pública, contribuindo para o enriquecimento destas discussões no cenário brasileiro de intoxicação e
envenenamento, principalmente no que concerne a questões preventivas.
Em 2015, o SINITOX completou 35 anos e lançou seu novo site com novas funcionalidades, dentre elas:
Banco de Óbitos; Banco de Casos; dados de outros sistemas nacionais de informação que contemplam
casos de intoxicação e envenenamento; materiais educativos para download; dissertações e teses que
utilizaram dados do Sistema.
SINAN
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN éalimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casosde doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças denotificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 104, DE 25 DE JANEIRODE 2011).
Dentre os agravos, estão os acidentes por animais peçonhentos eintoxicações exógenas (por substâncias químicas, incluindomedicamentos, agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados).
Fonte: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/
DATATOX
O Sistema Brasileiro de Registro de Intoxicações dos Centros de Informação e
Assistência Toxicológica (DATATOX), é um sistema de registro,
acompanhamento e recuperação de dados em Toxicologia clínica mantido pela
Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
(ABRACIT).
Tem como objetivo dar suporte aos profissionais dos Centros de Informação e
Assistência Toxicológica (CIAT) e possibilitar estudos clínico-epidemiológicos
regional e avaliação nacional do impacto dos agentes tóxicos sobre a saúde da
população
Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT) Centro de Controle de Intoxicação (CCI)
“Dar suporte aos profissionais de saúde, à população e às instituições, naatenção integral a saúde, através da informação e assistênciatoxicológica, visando a prevenção e a redução da morbimortalidade porintoxicações e envenenamentos.
- Constituem a maior fonte de dados relacionados à Toxicologia Clínica.
- Crescimento significativo do número de casos atendidos pelos CIATs.
- Atualmente cada CIAT possui seu sistema de registro e a sua
base de agentes.
- Nem todos os CIATS possuem sistema informatizado.
- Dados de produtos comerciais: No Brasil, não há mecanismos para
repassar as informações ao CIATs de produtos registrados (nomes
comerciais, princípio ativo, concentração, etc) pelos órgãos competentes, no
entanto, é disponibilizado o n° dos CIATs nos rótulos dos produtos.
Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT) Centro de Controle de Intoxicação (CCI)
Objetivos:
Assistir as intoxicações:
Diagnóstico clínico
Diagnóstico laboratorial
Tratamento
Programas de prevenção
Informação toxicológica
Geração de dados para estudos epidemiológicos
Pesquisa e desenvolvimento
RISCOS
Na classe de risco para pessoasexiste um fator preponderante quepode determinar o aumento ou adiminuição do grau de risco noevento: o fator humano.
Pode-se então condicionar aocorrência deste evento ao atodeterminado, ou não, pela vontadedo homem.
Risco voluntário: decidido pelo livrearbítrio do indivíduo, ou seja, umrisco intencional calculado (extraçãode minérios, jateamento de areia,esportes radicais, etc).
Risco involuntário: o indivíduo nãosabe o que está acontecendo, nãotem consciência do perigo ou nãofoi informado sobre o assunto(trabalhar ou morar em áreasextremamente poluídas, pessoal deescritório que executa atividades emplantas industriais insalubres, etc.)
Fonte: BRILHANTE, OM., and CALDAS, LQA.
NOTIVISA - Notificações por produto/motivo (2006 – 2014)
Produto Motivo Quantidade
Medicamento 82.784
Artigo Médico‐Hospitalar 63.786
Uso de sangue ou componente 48.877
CIAT ‐ Intoxicação 32.742
Assistência à Saúde (NSP) 8.435
Equipamento Médico‐Hospitalar 4.792
Cosmético 1.437
Vacina e Imunoglobulina 1.151
Saneantes 1.115
Kit Reagente para Diagnóstico in vitro 817
Agrotóxico 4
Total Geral 245.940
Fonte: Notivisa, 2006 a 2014.
13,3 %
19,8 %
25,9 %
33,6 %
SINITOX (Óbitos 1999 – 2012)
Agente 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total %
Agrotóxicos - Uso Agrícola 154 141 157 150 182 164 202 190 209 146 171 194 128 131 2319 36,45
Medicamentos 50 73 57 66 135 88 101 107 90 87 71 74 54 80 1133 17,81
Raticidas 46 59 94 89 69 56 60 62 45 47 8 18 20 14 687 10,80
Drogas de Abuso 21 7 13 11 34 34 58 42 65 61 61 51 51 39 548 8,61
Produtos Químicos Industriais 31 20 12 16 23 26 31 23 22 22 16 20 12 26 300 4,71
Desconhecido 31 16 21 13 28 23 37 29 19 18 24 10 7 13 289 4,54
Animais Peçonhentos - Serpentes 15 12 20 20 25 22 21 15 22 15 12 13 13 21 246 3,87
Animais Peçonhentos - Escorpiões 9 9 13 19 19 13 16 8 18 14 6 9 10 15 178 2,80
Domissanitários 9 8 15 10 15 11 7 12 5 7 7 13 7 9 135 2,12
Outro 15 8 4 6 5 9 5 7 9 8 16 11 9 11 123 1,93
Agrotóxicos - Uso Doméstico 16 8 6 10 17 13 5 4 7 6 3 9 4 7 115 1,81
Produtos Veterinários 8 5 7 8 11 9 3 7 6 4 6 1 9 5 89 1,40
Outros Animais Peçonhentos/Venenosos 10 3 6 5 4 6 11 5 8 4 3 9 2 5 81 1,27
Plantas 3 5 1 - 9 2 3 5 3 3 2 5 1 1 43 0,68
Metais 2 - - 1 - 1 3 1 3 2 2 2 3 - 20 0,31
Animais Peçonhentos - Aranhas 2 1 2 2 3 - - 1 4 - - - 4 1 20 0,31
Alimentos 1 2 1 4 1 1 4 1 2 - 1 1 - - 19 0,30
Animais Não Peçonhentos - - 4 1 - 2 1 - 1 - - - 2 - 11 0,17
Cosméticos - - - - - 1 - 1 - 2 - - 3 - 7 0,11
Total 423 377 433 431 580 481 568 520 538 446 409 440 339 378 6363 100,00
Exportar p
Considerações
Os dados registrados no SINITOX e SINAN não contemplam atotalidade dos caso de intoxicação verificadas no Brasil, seja porquesão insuficientes ou não informadas por todos os CIATs. Portantoconfigura-se a subnotificação!
A detenção das informações sobre intoxicações e envenenamentosno Brasil e a abordagem precária da temática nos currículosuniversitários revelam o imperativo de se ampliar e sistematizar aatuação dos SIATs. A detenção destas em tempo é condiçãoprimordial para se tratar estratégias eficazes e efetivas de vigilânciaepidemiológica e sanitária.
Estatísticas Gerais
Entre 1996 e 2005 (SINAN), dos 4.403 óbitos registrados segundo aClassificação Internacional de Doenças (CID-10), 53,9% foram homens nafaixa etária de 20 – 39 (44%). A maioria ocorreu por autointoxicaçãointencional por anticonvulsivantes, sedativos, antiparkinsonianos epsicotrópicos.A mortalidade foi maior na região Centro-Oeste.
Em 2012 a faixa etária de maior ocorrência de intoxicações foi de criançasentre 0 e 5 anos e de adolescentes entre 15 a 19 anos no CIT de Goiânia. Osmedicamentos foram as principais classes de intoxicação.
No CIT-RS, entre 2005 a 2013, foram registrados um total de 57.403atendimentos relacionados a medicamentos, resultando em 73 óbitos e 132curas com sequelas. Destes,51,5 % foram de origem intencional e 21,23 %não intencional.
CCI – Campinas (Histórico de Atendimentos 1984 - 2015)
Os atendimentos do CCI eram notificados em ficha específica do Centro, entre 1983 e 2013.
A partir de outubro de 2013, os atendimentos passaram a ser notificados no DATATOX.
CCI – Campinas (Atendimentos 2014 – 2015)
GRUPO DE AGENTES 2014 2015 Total %
Medicamentos 1.740 1.580 3.320 29,98
Animais peçonhentos 1.054 1.175 2.229 20,13
Produtos domissanitários 748 713 1.461 13,19
Produtos químicos residenciais ou industriais 422 420 842 7,60
Agrotóxicos 302 285 587 5,30
Drogas de abuso 214 173 387 3,49
Raticidas 204 163 367 3,31
Produtos de uso veterinário 143 107 250 2,26
Cosméticos e higiene pessoal 93 84 177 1,60
Plantas e fungos 64 74 138 1,25
Inseticidas de uso doméstico 46 56 102 0,92
Metais 25 26 51 0,46
Alimentos 39 8 47 0,42
Exposição não tóxica 497 619 1.116 10,08
Total 5.591 5.483 11.074 100,00
Média de
1.660 /ano
Caso 1 - Entrada
Mulher, 23 anos, deu entrada na UER apresentando depressão do SNC
Síndrome depressiva: sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, etanol, etc.
Amostras biológicas: sangue, urina e lavado gástrico
Análises Qualitativas: tentar identificar o agente tóxico
Análises Quantitativas: concentração plasmática x efeito?
Caso 1 – Resultados / Interpretação
Análises Qualitativas
Detectado: fenobarbital e fenitoína
Não detectado: antidepressivos, benzodiazepínicos, opióides, etanol.
Análises Quantitativas:
Fenobarbital: 57 µg/mL
Fenitoína: 12 µg/mL 10 a 20 µg/mL (terapêutico) / > 20 µg/mL (tóxico)
10 a 40 µg/mL (nível terapêutico) / > 35 µg/mL (tóxico)
Caso 2 - Entrada
Neonato, 20 dias, masculino, deu entrada na UER hepatite aguda / ictérico, após uso de paracetamol (4 gts - 4/4h - 3 dias), administrado pela mãe
Doses associadas com dano hepático:
Crianças até 6 anos: › 200 mg/Kg
Adultos e crianças > 6 anos: › 200 mg/Kg ou 10 g
Caso 2 – Resultados / Interpretação
Amostra: sangue (heparina )
Coleta: após pelo menos 4 horas da ingestão, anotar
horário provável da ingestão e da coleta
Antídoto: N-acetilcisteína
Método: espectrofotométrico
Resultado do paciente: 82 µg/mL
Faixa terapêutica: 10 – 20 µg/mL
Tabela V - Tóxicos e respectivos antídotos e doses.
Tóxico
Antídoto
Dose
Paracetamol
N-acetilcisteína
PO: 140 mg/kg
IV: 150 mg/kg durante 1h
Anticolinérgicos (não
tricíclicos)
Fisostigmina
IV: 0,02 mg/kg
Bloqueadores dos canais de
cálcio
Gluconato de cálcio
60-100 mg/kg (máximo 3 g)
Colinérgicos
Atropina
0,05-0,01 mg/kg (mínimo
0,1mg)
Clonidina
Naloxona
1-2 mg IV/IM
Cianida
Kit de antídoto da cianida
Digoxina
Digibinda
Baseada na quantidade
ingerida
Etilenoglicol
Fomepizol (4-metilpirazol)
15 mg/kg IV, seguida de 10
mg/kg a cada 12h
Tiamina
0,5 mg/kg
Fonte: Perfil das
Intoxicações em
Crianças e Jovens num
Serviço de Urgência
Hospitalar – Covilhã,
junho de 2012 –
Portugal. Dissertação
de Mestrado.
Tabela V - Tóxicos e respectivos antídotos e doses.
Tóxico
Antídoto
Dose
Insulina (excesso na dosagem)
Dextrose
0,5-1 g/kg IV
Ferro
Desferoxamina
50 mg/kg IM a cada 6h
Isoniazida
Piridoxina
Grama a grama, 70 mg/kg
se a quantidade não for
conhecida
Metanol
Fomepizol (4-metilpirazol)
15 mg/kg IV, seguida de 10
mg/kg a cada 12h
Folato
1-2 mg/kg IV a cada 6h
Metemoglobinemia
Azul de metileno 1%
1-2 mg/kg
Opiáceos/Opióides
Naloxona
1-2 mg IV/IM
Hipoglicémicos orais
Octreotido
1mcg/kg a cada 6h SC
Organofosforados
Pralidoxina (2-PAM)
25 mg/kg IV
Fonte: Perfil das
Intoxicações em
Crianças e Jovens num
Serviço de Urgência
Hospitalar – Covilhã,
junho de 2012 –
Portugal. Dissertação
de Mestrado.
PORTUGAL
As intoxicações agudas em crianças ainda são um
grande problema de saúde pública e representam
uma causa frequente de admissão na urgência. A
ingestão de substâncias nocivas está entre as maiores
causas de lesão em crianças, e tem sido
frequentemente observado que, nas crianças de
pouca idade, a maioria das intoxicações agudas, se
devem à exposição acidental dos agentes tóxicos, por
via oral e em casa.
Fonte: Perfil das Intoxicações em Crianças e Jovens num Serviço de Urgência
Hospitalar – Covilhã, junho de 2012 – Portugal. Dissertação de Mestrado.
Dados de um estudo em 2004 do ConsumerProduct Safety Commission’s National ElectronicInjury Surveillance System (CPSC NEISS – U.S.A)estimou que 86.194 crianças com idade inferior a5 anos foram observadas nos serviços deurgência, com suspeita de intoxicação, sendo que13,3% foram admitidas no serviço, 98% destasintoxicações ocorreram em casa.
Em crianças com idade superior a 5 anos existeum aumento proporcional de intoxicaçõesacidentais que envolvem abuso de fármacos.
PORTUGAL
Gráfico XI – Grupos farmacoterapêuticos envolvidos nas
intoxicações medicamentosas.
(ISRS – Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina;
AINE – Anti-inflamatório Não Esteróide;
ADT – Antidepressivo Tricíclico)
Fonte: Perfil das Intoxicações em Crianças e Jovens num
Serviço de Urgência Hospitalar – Covilhã, junho de 2012 –
Portugal. Dissertação de Mestrado.
Vítimas de intoxicação por medicamentos
A maioria dos casos
relacionados com
remédios derivados da
morfina, como a
codeína, a metadona e
a oxicodona e, em
menor grau, de
calmantes que podem
estar no seu armário.Fonte: Livro Tarja Preta
(Marcia Kedouk) editado
pela SUPERINTERESSANTE
Anna Nicole Smith
Keith Moon
RISCO PARA O AMBIENTE
Trata do ativo e do passivo ambiental ante a contaminação, poluição,degradação ou devastação dos recursos naturais e dos ecossistemas.
Como por exemplo, temos:
a emanação de gases e vapores perigosos ou tóxicos por indústrias;
a contaminação de mananciais por pesticidas ou metais pesados;
o efeito estufa por combustão de derivados de petróleo e
traços de medicamentos nos efluentes da estação de tratamentos deesgoto industrial/sanitário, balneários, efluentes de indústrias, esgotosanitário (residencial, comercial),fossas sépticas (residencial, campo),etc.
Fonte: Adptado de BRILHANTE, OM., and CALDAS, LQA.
Internet – Medicamentos Vencidos
ANVISA alerta para riscos do descarte incorreto de medicamentos
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-04-06/anvisa-alerta-para-riscos-do-descarte-incorreto-de-medicamentos
• Farmácias do Distrito Federal terão de receber remédio vencido para descarte
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-04-05/farmacias-do-distrito-federal-terao-de-receber-remedio-vencido-para-descarte
• Descarte de medicamentos domiciliares - por Agência Senado
http://sinitox.icict.fiocruz.br/descarte-de-medicamentos-domiciliares
http://ecomedicamentos.com.br/index.php/experiencias-no-brasil/sao-paulo
http://vigilanciajs.blogspot.com.br/2011/01/cuidado-com-medicamentos-vencidos.html
http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/154/reportagens/descarte-e-responsabilidade-de-quem
Descarte é responsabilidade de quem?
Cuidado com medicamentos vencidos
PROGRAMA DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS
Don’t Be Tempted to Use Expired Medicineshttp://www.fda.gov/Drugs/ResourcesForYou/SpecialFeatures/ucm481139.htm
Legislação – Medicamentos Vencidos
Enquanto tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 2.121, que obriga a rede farmacêutica a se
responsabilizar pelo descarte, alguns estados e municípios já se anteciparam na aprovação de leis
próprias, a maioria orientando os usuários a procurar farmácias e drogarias.
Desde 2010, a Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevê que fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de um determinado produto que possa causar danos ao
meio ambiente ou à saúde humana devem criar um sistema de recolhimento e destinação final
independente dos sistemas públicos de limpeza urbana.
Também está em curso, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), acordo setorial que vai
implantar coleta e restituição dos resíduos ao setor, com responsabilidade das empresas em
reaproveitar e dar destinação ambientalmente adequada aos produtos recolhidos.
Legislação – Medicamentos Vencidos
ESTADUAL:
Amazonas - Lei nº 3.676/2011 criou o Programa Estadual de Coleta de Medicamentos Vencidos ou Estragados
Paraíba - Lei nº 9.646/2011
Rio Grande do Sul Lei 13.905 /2012
Acre - Lei 2.720/2013
Legislação – Medicamentos Vencidos
MUNICIPAL:
Brasília/DF - Lei 5.092 - Entregar nas farmácias e postos de saúde
Cuiabá/MS - Lei 5.678/ 2013 - Entregar nas farmácias e postos de saúde
Uberlândia/MG - Orientação para entrega nos Postos de Saúde do município.
Passo Fundo/RS - Lei 4.462 /2007 – Entregar nas farmácias
Porto Alegre/RS - Lei 11.329 – Entregar nas farmácias
São Paulo/SP – Política de recolhimento de remédios vencidos:
(1) os remédios poderiam ser levados à AMA (“Assistência Médica Ambulatorial”) mais próxima;
(2) os remédios poderiam ser levados à UBS (“Unidade Básica de Saúde”) mais próxima; ou
(3) os remédios poderiam ser depositados em caixas localizadas em farmácias conveniadas à prefeitura
(Extra, Carrefour, Droga Raia e Drogasil)
Descarte Incorreto
Fonte: Descarte Certo
1kg de resíduos de medicamentos pode contaminar até 450.000 litros de água
Descarte
http://bhsbrasil.com.br/descarteconsciente/
http://bhsbrasil.com.br/descarteconsciente/problemaambiental.htm#
VÍDEOS
Impactos à saúde e ao meio ambiente
https://youtu.be/6UIUFvPuBAs
https://youtu.be/0cvY11mhGHA
https://youtu.be/WEV8B1SiD4M
http://www.ecycle.com.br/index.php
INICIATIVAS
https://www.youtube.com/watch?v=938Yl9rs1Z8
VALORMED - PORTUGAL
A VALORMED permite que os resíduos recolhidos tenham como destino final a valorização energética,
através da incineração , contribuindo para a preservação do ambiente e da saúde pública.
Fonte: http://www.valormed.pt
A VALORMED, criada em 1999, é uma
sociedade sem fins lucrativos que tem a
responsabilidade da gestão dos resíduos de
embalagens vazias e medicamentos fora de
uso. Resultou da colaboração entre a
Indústria Farmacêutica, Distribuidores e
Farmácias em face da sua
consciencialização para a especificidade do
medicamento enquanto resíduo.
Contentores foram instalados nas farmácias
para os cidadãos descartarem seus
medicamentos.
FDA – U.S.A / Disposal
Medicines play an important role in treating
many conditions and diseases and when they
are no longer needed it is important to
dispose of them properly to help reduce
harm from accidental exposure or intentional
misuse.Here, we list some options and
special instructions for you to consider when
disposing of expired, unwanted, or unused
medicines.
Fonte:http://www.fda.gov/Drugs/ResourcesForYou/Consum
ers/BuyingUsingMedicineSafely/EnsuringSafeUseofMedicin
e/SafeDisposalofMedicines/ucm186187.htm
Fonte:http://www.fda.gov/Drugs/ResourcesForYou/Consumers/BuyingUsingMedicineSafely/EnsuringSafeUseofMedicine/SafeDisposalofMedicines/ucm186187.htm#Flush_List
FDA – U.S.A / Flushing List
Medicine Active Ingredient
Abstral (PDF - 1M), tablets (sublingual) Fentanyl
Actiq (PDF - 251KB), oral transmucosal lozenge * Fentanyl Citrate
Avinza (PDF - 51KB), capsules (extended release) Morphine Sulfate
Belbuca (PDF – 44KB), soluble film (buccal) Buprenorphine Hydrochloride
Buprenorphine Hydrochloride, tablets (sublingual) * Buprenorphine Hydrochloride
Buprenorphine Hydrochloride; Naloxone Hydrochloride,
tablets (sublingual) *
Buprenorphine Hydrochloride; Naloxone
Hydrochloride
Butrans (PDF - 388KB), transdermal patch system Buprenorphine
Daytrana (PDF - 281KB), transdermal patch system Methylphenidate
Demerol, tablets * Meperidine Hydrochloride
Demerol, oral solution * Meperidine Hydrochloride
Diastat/Diastat AcuDial, rectal gel [for disposal
instructions: click on link, then go to "Label information"
and view current label]
Diazepam
Dilaudid, tablets * Hydromorphone Hydrochloride
Dilaudid, oral liquid * Hydromorphone Hydrochloride
Dolophine Hydrochloride (PDF - 48KB), tablets * Methadone Hydrochloride
Duragesic (PDF - 179KB), patch (extended release) * Fentanyl
Embeda (PDF - 39KB), capsules (extended release) Morphine Sulfate; Naltrexone
Hydrochloride
Exalgo (PDF - 83KB), tablets (extended release) Hydromorphone Hydrochloride
To prevent accidental ingestion of
these potentially dangerous medicines
by children, or pets, it is recommended
that these medicines be disposed of
quickly through a medicine take-back
program or by transferring them to a
DEA-authorized collector.
If these disposal options are not readily
available, it is recommended that
these medicines be flushed down the
sink or toilet as soon as they are no
longer needed.
Referências complementares
ABRACIT. Sistema de registro de dados dos centros de informações toxicológicas (DATATOX).VCongresso Brasileiro de Toxicologia Clínica. Palestra.Salvador.2014.
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http://www.roche.com.br/home/sobre-a-roche/responsabilidade-corporativa/descartes-de-medicamentos.html?dis=dis-20160928-eCycle-Institucional-728x90-BRR000065