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Ano 4 - nº 15 - Janeiro/2018 ATLETISMO NA ESCOLA Medalhistas olímpicos apoiam curso da CBAt para professores de Educação Física SOU DO ESPORTE Pelo terceiro ano seguido, a CBAt recebe prêmio como uma das Confederações mais bem administradas do País

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Ano 4 - nº 15 - Janeiro/2018

ATLETISMO NA ESCOLAMedalhistas olímpicos apoiamcurso da CBAt para professores

de Educação Física

SOU DO ESPORTEPelo terceiro ano seguido, a CBAt recebe prêmio como uma dasConfederações mais bem administradas do País

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ÍNDICE

Nesta edição6

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PALAVRA DO PRESIDENTE – Mais um prêmio em reconhecimento ao trabalho

SUCESSO – Começa o curso EaD Atleti smo na Escola

GOVERNANÇA – CBAt recebe novamente o Prêmio Sou do Esporte

MUNDIAL INDOOR – Brasileiros com índice para Birmingham

HISTÓRIA – Mundial Indoor começou na França em 1985

MEDALHAS – Os brasileiros no pódio do Mundial Indoor

TEMPORADA 2017 – O Brasil nas grandes competi ções do ano

EVOLUÇÃO – Campings, cursos e clínicas: ferramentas fundamentais

CROSS COUNTRY – Copa Brasil Caixa abre calendário de 2018

RANKING OLÍMPICO – A boa temporada dos atletas do País

RECORDES – Brasileiros alcançam marcas de qualidade

CALENDÁRIO 2018 – Competi ções ofi ciais

CORRIDAS – CBAt concedeu Permits com Selos Ouro e Prata em 2017

MULHER – Lucimara Vicente Machado

TREINADOR – Ademir Nicola Francisco

ÁRBITRO – Allan de Medeiros Pinheiro

CLUBE – Fundação de Esporte de Campo Mourão

FILIADAS – As Unidades da Federação que compõem a CBAt

SUPERAÇÃO – Clube de Regatas Vasco da Gama

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REALIZAÇÃOCONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAt)

Presidente: José Antonio Marti ns Fernandes

Vice-Presidente: Warlindo Carneiro da Silva Filho

Diretor Administrati vo/Financeiro: Eduardo EsteterDiretor de Relações Insti tucionais e Corporati vas: Luiz Roberto RodriguesDiretor Técnico: José Haroldo Loureiro Gomes

Superintendente Administrati vo: Antonio de Figueiredo FeitosaSuperintendente de Alto Rendimento: Antonio Carlos GomesSuperintendente do CNDA: Marti nho Nobre dos Santos

Gerente de Alto Rendimento: Clovis Alberto FrancisconGerente de Comunicação Digital: Georgios Stylianos HatzidakisGerente Técnico: Anderson Moraes Lemes Rosa

EDIÇÃOCoordenação Editorial: Benê Turco – Novamente Comunicações

Pesquisa e Textos: João Pedro Nunes, Benê Turco, Maiara Dias Bati staFotos: Arquivo CBAtFotos da Capa: Wagner Carmo/CBAtDesign Gráfi co: Clóvis Zanela Coordenação da Produção: Maiara Dias Bati staLogo: Josué VianaImpressão: IMPRESSOGRAF

PODIUM é uma publicação inscrita no ISSN sob o número: 2358-6095.

Rua Jorge Chammas, 310 – Vila Mariana CEP: 04016-070 – São Paulo (SP) Telefone: (11) 5908-7488 E-mail: [email protected]

CBAt

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Mais um prêmio em reconhecimento ao trabalhoPOR JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES*

PALAVRA DO PRESIDENTE

Concluímos 2017 e já trabalhamos em 2018. Sabía-mos que a temporada seguinte ao ano da Olimpíada do Rio seria difí cil. Principalmente porque a nação

já vivia à época intensa crise econômica. Mesmo assim, os resultados dos nossos atletas no plano nacional e no panorama mundial foram alentadores. Isso mostra que escolhemos o rumo certo na preparação técnica de nos-sas equipes.

E pudemos proporcionar boas condições de trabalho a nossos treinadores e atletas graças à políti ca administrati -va que há tempos insti tuímos na Confederação. Uma ges-tão austera, com rigoroso controle de gastos.

Temos insisti do neste ponto, que entendemos funda-mental para a Confederação conti nuar com as ações de desenvolvimento do Atleti smo no País. Buscamos priorizar o apoio aos atletas, e manteremos essa ati tude em 2018. Pensamos nos grandes eventos da temporada e também na sequência do trabalho em vista do ciclo olímpico de Tóquio, até 2020.

Entendemos que as ações equilibradas da CBAt nos fi zeram merecer, pelo terceiro ano consecuti vo, o concei-tuado Prêmio Sou do Esporte, como uma das cinco Con-federações esporti vas do País com melhor administração. Ficamos em quinto lugar em 2015, em quarto em 2016 e em segundo em 2017.

Além do controle fi nanceiro, também foi levado em con-sideração a representati vidade em nossa Assembleia Geral, que desde 2010 tem a presença de representantes de todas as áreas da modalidade, com expressiva presença dos atletas medalhistas olímpicos, e daqueles eleitos em votação direta.

A presença de atletas nas instâncias decisórias das enti dades dirigentes, aliás, é solicitada de forma geral. Tive a oportunidade de ser indicado pela Assembleia do COB, para a Comissão que propôs mudanças no estatuto da enti dade.

A Comissão ouviu atletas e enti dades diversas no en-caminhamento das proposições. E uma delas foi de au-mentar de um para 12 o número de representantes dos atletas na Assembleia Geral. Defendemos essa posição, que, no fi nal das contas, se tornou majoritária e foi incor-porada ao estatuto do Comitê.

O ano de 2017 foi bom para o Atleti smo brasileiro. Tive-mos a conquista da medalha de bronze na marcha atléti ca por Caio Bonfi m no Mundial de Londres. Ainda no gran-de evento da temporada, Erica Rocha de Sena foi a quarta colocada nos 20 km e Rosangela Santos levou o País pela primeira vez à fi nal dos 100 m. No Circuito de Marcha da IAAF, Erica foi a campeã.

Os avanços ocorreram também fora das pistas. As obras de infraestrutura do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atleti smo (CNDA), na cidade de Bragança Paulista, es-tão em evolução e para 2018 as condições nas áreas de es-tudo, treinamento e competi ção estarão ainda melhores.

O CNDA será o espaço para os debates das propostas e programas a serem desenvolvidos para o crescimento do Atleti smo. O Centro ainda será o lugar para a preparação fi nal das Seleções que representarão o Brasil nos campeo-natos internacionais. E também onde serão realizadas as competi ções ofi ciais do nosso calendário.

A pista, com certi fi cação classe 2 da IAAF, tem a ma-nutenção da Playpiso, representante da Mondo em nosso País, assim como a pista indoor.

Ao mesmo tempo, prosseguem os campings da Rede Nacional de Treinamento de Atleti smo (RNTA), programa da CBAt em convênio com o Ministério do Esporte.

Atletas das várias faixas etárias têm ti do a oportunidade de treinar acompanhados de seus técnicos, com a consultoria das equipes de apoio que atuam nos Centros Nacionais, instalados no CNDA, em Bragança Paulista, e no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, em parceria com a Aeronáuti ca.

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(*) José Antonio Marti ns Fernandes é Presidente da Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt), membro da Comissão de Re-lações Internacionais da Associação Internacional das Federações de Atleti smo (IAAF), Secretário Nacional de Esportes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Presidente da Federação Interestadual dos Profi ssionais de Educação Física (FEPEFI) e Presidente do Sindicato dos Profi ssionais de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP). Foi Presidente da Federação Paulista de Atleti smo (FPA), Vice-Presidente de Esportes da ADC Eletropaulo e membro do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Começou no esporte como jogador de futebol profi ssional.

Em 2017, a CBAt ultrapassou mais uma fronteira, com a insti tuição do Curso EaD Atleti smo no Escola. Vínhamos apresentando o projeto a autoridades de vários Estados. No Espírito Santo, o próprio governador Paulo Hartung assinou o termo de compromisso, em evento que teve a presença do nosso vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho e o presidente da Federação local, André Schieck.

Centenas de professores de Educação Física de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal se inscreveram para a primeira turma, que começou em 27 de novembro últi mo.

São vários objeti vos que esta iniciati va da CBAt visa al-cançar. Primeiro, levar o Atleti smo de volta à escola, pelas mãos dos profi ssionais de Educação Física. Ajudar na quali-

fi cação e reciclagem destes professores, para que levem o esporte-base aos estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Assim, teremos grande possibilidade de que surjam mais atletas, o que permiti rá o aumento da nossa base de prati cantes. Outros não serão atletas, mas poderão tomar gosto pelo esporte, e serão dirigentes, treinadores, árbi-tros. Enfi m, serão fãs que acompanharão as competi ções e conhecerão os regulamentos do mais importante dos es-portes olímpicos.

Conti nuamos o trabalho, com resultados que nos dão a certeza de que escolhemos o rumo certo, que nos levará a Tóquio em 2020.

Boa leitura!

Fernanda Paradizo/C

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SUCESSO

Começa o Curso EaD Atletismo na Escola

Em 13 de dezembro de 2017, a professora Renata Andrade Ribeiro enviou um e-mail para a Confe-deração Brasileira de Atletismo (CBAt). No corpo

da mensagem, ela informava: Tinha completado as 20 horas-aula do Curso EaD Atletismo na Escola e realizado um festival escolar, no Colégio Municipal Maria Fernan-des Machado de Oliveira, em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

Renata Andrade Ribeiro também enviou fotos e vídeos do festi val, que teve a parti cipação de alunos de 11 turmas dos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental, com a disputa de 12 provas.

“Estou enviando fotos do festi val de MiniAtleti smo, rea-lizado no Colégio. Foi disputada uma competi ção com alu-nos do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano. Estudantes de 11 turmas disputaram 12 provas”, informou.

Assim, Renata tornou-se a primeira inscrita no curso a garanti r a certi fi cação da CBAt e da Impulsiona Educação Esporti va, ligada ao Insti tuto Península e parceira da CBAt no Programa.

O curso foi insti tuído pelo presidente da CBAt, José Antonio Marti ns Fernandes, o Toninho, em 2017. O iní-cio da elaboração, porém, vinha desde meados de 2016.

A meta: difundir o Atleti smo a parti r da escola. Por um lado, a intenção é de bus-car o aumento da base de prati cantes. De outro, aumentar o conhecimento das regras básicas do esporte por parte dos professores e, consequentemente, dos estudantes.

A base do curso é o projeto Kids Athleti cs, elaborado pela IAAF e adap-tado às condições nacionais pela CBAt, de acordo com a carti lha do MiniAtle-ti smo, em programa para crianças de 7 a 12 anos. “Elaboramos o Curso EaD Atleti smo na Escola a parti r do MiniA-tleti smo, que teve dezenas de clínicas realizadas no território nacional”, diz Georgios Stylianos Hatzidakis.

A produção teve a supervisão do vice-presidente da CBAt, Warlindo Car-

neiro da Silva Filho, e a coordenação de Georgios Stylia-nos Hatzidakis, gerente de Comunicação Digital da CBAt. Os ministrantes são os professores Kiyoshi Takahashi e Lázaro Pereira.

No últi mo trimestre de 2017 a Confederação estabe-leceu convênios com Estados, municípios e insti tuições parti culares para a divulgação do novo curso. “É impor-tante também a parti cipação das Federações estaduais”, explica Warlindo Carneiro. “Os dirigentes estaduais po-dem ampliar a parti cipação, divulgando o curso junto às Secretarias de Esporte e Educação de Estados e dos mu-nicípios”, diz.

O público-alvo do curso é formado pelos professores de Educação Física. “Os professores são os profi ssionais que farão a diferença no sucesso da empreitada”, afi rma o dirigente. “Queremos que o Atleti smo seja intensamen-te ensinado e prati cado nas escolas”, coloca Warlindo Carneiro.

Para Georgios Stylianos Hatzidakis, o sucesso da inicia-ti va pode ser medida no interesse que a apresentação do curso recebeu em diferentes Estados. “O professor Warlin-do lançou o curso em Fortaleza (CE), São Luís (MA), Porto Alegre (RS), Vitória (ES), São Paulo (SP) e Porto Velho (RO), sempre com boa recepção às ideias”, fala.

Ariovaldo Reis dos Santos, Warlindo Carneiro da Silva Filho, Georgios Hatzidakis,Pedro Roberto Ferreira de Souza e Flavio Delmanto

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Em Vitória, em 9 de novembro, o governador Paulo Har-tung assinou o termo de compromisso com Warlindo e o pre-sidente da Federação Capixaba de Atletismo, André Schieck.

Antes, o curso já fora lançado em Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e São Luís (MA). Na capital cearense, o lança-mento ocorreu em 29 de setembro. Representou a CBAt Georgios Hatzidakis e o evento contou com a presença do secretário Executivo do Estado, Alcides Feitosa, o presiden-te da Federação estadual, Jerry Welton Barbosa Gadelha, e o representante do CREF5, Jorge Henrique Monteiro.

Na capital gaúcha, o lançamento, em 27 de outubro, teve Warlindo, o presidente da Federação de Atletismo do Rio Grande do Sul, Marcos Andrade, e o treinador da Sogi-pa e diretor da CBAt, José Haroldo Loureiro Gomes.

A apresentação em São Luís foi em 4 de novembro. Warlindo Carneiro esteve com o secretário de Esportes do Maranhão, Hewerton Pereira, e o secretário adjunto de Educação, Danilo Moreira, além do presidente da Federa-ção Maranhense, Marcio Miguens.

Em São Paulo, o lançamento aconteceu no Clube Espéria, em 23 de novembro. Estiveram presentes: Warlindo Carnei-ro e Georgios Hatzidakis, da CBAt; Ariovaldo Reis dos Santos, da Federação Interestadual de Educação Física (FEPEFI) e do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP); Pedro Roberto Ferreira de Souza, do

Distrito Brasil do Panathlon Club Internacional, e Flavio Del-manto, do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF).

Finalmente, em 8 de dezembro, aconteceu o lançamento em Porto Velho, com a presença de Warlindo Carneiro, do se-cretário estadual da Educação, Waldo Alves, e do presidente da Federação de Atletismo de Rondônia, Walter Brasil.

O curso teve sua primeira turma iniciada em 27 de no-vembro. É dividido em quatro módulos e prevê 20 ho-ras de aulas online. Outras 20 horas para a realização

de um festival de Atletismo na Escola. O prazo para completar as 20 horas de aula online são 60 dias. Após a fase teórica, há um prazo de 120 dias para realizar o festival na escola.

Com isso, o participante garantirá o certificado da Im-pulsiona Educação Esportiva e da CBAt. Em 20 de dezem-bro, o número de inscritos no curso chegou a 1.456 profes-sores, de escolas dos 26 Estados e do Distrito Federal. Mais informações sobre o curso, no link abaixo.

http://www.cbat.org.br/conteudo/atletismo-na-escola.asp

O governador Paulo Hartung (centro) cumprimenta Warlindo Carneiro (direita) e André Schieck

Divulgação

OS MÓDULOS DO CURSO1-O MiniAtletismo – Construção de materiais alternativos 2-Corridas rasas de velocidade, meio-fundo e fundo 3-Provas com barreiras e revezamentos 4-Salto em distância e arremesso – Realização de Festivais de Atletismo

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gOVERNANÇA

Uma expressão que designa a mo-derna administração das orga-nizações em geral tem ganhado

força nas enti dades-dirigentes do es-porte: Governança Corporati va. Uma insti tuição ganha confi abilidade quando segue os princípios básicos da Gover-nança. Ou seja: Transparência, Equida-de, Prestação de Contas e Responsabi-lidade Social.

A Confederação Brasileira de Atleti s-mo (CBAt) tem passado por análise per-manente de associações especializadas neste ti po de abordagem. A SOU DO ES-PORTE, dirigida por Fabiana Bentes, pelo terceiro ano consecuti vo, em 2017, ele-geu a CBAt como uma das cinco Confede-rações mais bem administradas no País.

O prêmio 2017 foi entregue no últi mo dia 7 de dezembro, em solenidade no Rio de Janeiro. A presidente da Federação de

CBAt recebe novamente o Prêmio Sou do Esporte

Atleti smo estadual, Luz Marina de Souza, representou a CBAt.“As boas práti cas da Governança convertem os prin-

cípios acima em ações, alinhando interesses na busca da mais alta qualidade de gestão”, lembra o presidente da CBAt, José Antonio Marti ns Fernandes, o Toninho.

“Agindo dentro desses princípios, as enti dades podem plei-tear acesso a recursos”, complementa o gerente de Comuni-cação Digital da Confederação, Georgios Stylianos Hatzidakis.

A boa Governança prevê um sis-tema em que as organizações são di-rigidas, monitoradas e incenti vadas, com um relacionamento equilibra-do, que envolva todas as instâncias: Conselho, Diretoria, parceiros, fun-cionários, colaboradores, fãs etc.

“Temos colocados essas exigên-cias da moderna gestão na adminis-tração da CBAt”, diz Toninho Fernan-des. “Todos os atores do Atleti smo estão representados em nossa As-sembleia Geral e insti tuímos um Con-selho de Direção. Nossas prestações

de contas são elogiadas por analistas independentes. Exe-cutamos uma administração fi nanceira rigorosa, publicamos um código de éti ca”, prossegue o dirigente.

A CBAt, ainda, assinou um termo de adesão à plataforma GET (Governança, Éti ca e Transparência), gerenciada pelo COB. Mais informações no site da CBAt (www.cbat.org.br). Basta entrar na página de abertura do site e clicar na logo Governança Corporati va.

PRINCÍPIOS DA BOA GOVERNANÇATransparênciaDisponibilizar todas as informações da Organização às partes interessadas e não apenas aquelas impostas por disposições legais ou regulamentares.

EquidadeTratamento justo e isonômico a todos os fi liados e demais partes interessadas, levando em conta direitos, deveres, necessidades, interesses, expectati vas.

Prestação de ContasPrestar contas de modo claro, conciso e compreensível, assumindo as consequências de seus atos.

Responsabilidade SocialZelar pela viabilidade econômico-fi nanceira da organização e aumentar os impactos positi vos levando em conta os diferentes capitais (intelectual, social, ambiental etc.).

FONTE: IBGC – Insti tuto Brasileiro de Governança Corporati va

Nalbert, ex-jogador de vôlei, Luz Marina de Souza, representante da CBAt, e Rogério Sampaio, Secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte

Divulgação

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MUNDIAL INDOOR

Pela segunda vez na história dos Mundiais Indoor a cidade britânica de Birmingham será

a sede do Campeonato. Em 2003, quando a competi ção foi realiza-da pela últi ma vez em ano ímpar – depois passou a ser disputada nos anos pares – a brasileira Maurren Higa Maggi ganhou a medalha de bronze no salto em distância. No to-tal, o Brasil conquistou 15 medalhas no evento: quatro de ouro, cinco de prata e seis de bronze.

Mauro Vinicius da Silva, o Duda, é o brasileiro mais laureado no Mundial. Foi bicampeão do salto em distância.

Na edição deste ano de 2018, a Seleção será convocada pela Con-federação Brasileira de Atleti smo (CBAt) em 19 de fevereiro. Em 15 de dezembro de 2017, a Superinten-dência de Alto Rendimento da CBAt listava cinco atletas com índice, para o Mundial Indoor 2018.

Thiago Braz está qualifi cado para o Mundial Indoor

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Brasileiros com índice para Birmingham

“São atletas que têm os índices estabelecidos pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atle-tismo)”, diz o gerente de Alto Rendimento, Clovis Alber-to Franciscon. “Mas a lista oficial de convocados sairá apenas após o encerramento do prazo para a busca de índices”, conclui Clovis.

Atletas com índice: Thiago Braz da Silva (salto com vara), Darlan Romani (arremesso do peso), Rosângela Cristi na Oliveira Santos (60 m), Leti cia Cherpe de Souza (400 m) e Nubia Aparecida Soares (salto triplo).

Thiago Braz da Silva é paulista de Marília, 24 anos, atle-ta do Pinheiros, treina com Vitaly Petrov. Ouro olímpico do salto com vara nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, com 6,03 m. Ele fez o índice em Rouen, na França, com 5,86 m, em 28 de janeiro do ano passado.

Darlan Romani, 27 anos, quinto no arremesso do peso na Olimpíada do Rio. Ele marcou 21,82 m, ao vencer o GP Brasil Caixa de Atleti smo em 3 de junho, em São Bernardo do Campo, marca que é recorde sul-americano. Atleta da B3 Atleti smo. Treina com Justo Navarro.

Rosangela Cristi na Oliveira Santos, do Pinheiros, 27 anos, trei-na com Eric Francis, nos Estados Unidos. Fez o índice em Lodz, na Polônia, em 16 de fevereiro, com 7.28 nos 60 m. Confi rmou em 6 de agosto, com 10.91 (-0.2) nos 100 m, em Londres.

Leti cia Cherpe de Souza, 21 anos, fez índice nos 400 m com 52.54 em Fayett eville, em 10 de fevereiro de 2017. Atleta da Orcampi Unimed, treina com Victor Fernandes.

Nubia Aparecida Soares, 21 anos, atleta da B3 Atleti smo, treinada por Aristi des Junqueira. Fez o índice no triplo em São Bernardo do Campo, em 11 de junho, com 14,56 m.

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HISTÓRIA

Os anos 1980 foram de grande movimentação para o Atleti smo internacional. Na década, as duas mais importantes competi ções do esporte-base no plane-

ta foram insti tuídas. O Campeonato Mundial de Atleti smo, disputado em estádio, no verão, e o Mundial Indoor, realiza-do em ginásio, durante o inverno no Hemisfério Norte.

O Campeonato Mundial de Atleti smo, inicialmente qua-drienal, teve sua primeira edição organizada em Helsin-que, capital da Finlândia, país onde a modalidade é a mais popular, em 1983. Na época, a Copa do Mundo, disputada por seleções conti nentais, deixou de ser bienal e começou a ser disputada a cada quatro anos.

A intenção da IAAF (Associação Internacional das Fede-rações de Atleti smo) era intercalar os dois eventos, sempre nos anos ímpares. Assim, a Copa do Mundo seguinte ao

Mundial Indoor começou na França em 1985

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Mundial de Helsinque aconteceu em Camberra, na Austrá-lia, em 1985.

O segundo Mundial foi em Roma, na Itália, em 1987, e a nova edição da Copa do Mundo, em Barcelona, na Espa-nha, em 1989. Já o Mundial Indoor foi concebido para a disputa a cada dois anos.

Em 1991, o Congresso da IAAF, em Tóquio, no Japão, aprovou a realização do Mundial de Atleti smo a cada dois anos. Nos anos 2000, a IAAF passou a realizar o Mundial Indoor nos anos pares.

O Mundial Indoor teve um pré-Campeonato em Paris, na França, em 1985, e a primeira edição ofi cial foi realizada dois anos depois, em Indianápolis, nos Estados Unidos. No evento, Zequinha Barbosa ganhou ouro nos 800 m.

Uma das intenções dos criadores do Mundial Indoor era permiti r eventos importantes no rigoroso inverno do Hemisfério Norte. Torneios em ginásio, no entanto, já eram comuns, à época, tanto na Europa como nos Estados Uni-dos. Mas, o Mundial fortaleceu as disputas em pista co-berta. Foi criado, então, um Grand Prix indoor, circuito que reunia alguns dos principais meeti ngs da modalidade.

Atletas dos países tropicais passaram a competi r em pista coberta e quando o Mundial foi aberto, muitos competi dores passaram a fazer dois picos de preparação na temporada, um para o Mundial Indoor e outro para o Mundial de Atleti smo.

Desde 2004 disputado nos anos pares, para não coinci-dir com o Mundial ao ar livre, a últi ma edição em ano ím-par foi em 2003, na cidade britânica de Birmingham, que em 2018 será novamente a sede do Campeonato. Já a pri-meira edição em ano par foi a de 2004, em Budapeste, na Hungria, que já havia organizado a competi ção em 1989.

Considerando Paris 1985, o Mundial Indoor terá neste ano a sua 19ª edição. Nas páginas seguintes, as conquistas brasileiras no Campeonato.

Zequinha Barbosa, ouro nos 800 m em 1987 e prata em 1989

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Os atletas brasileiros conquistaram 15 medalhas na história do Campeonato Mundial Indoor. Foram quatro medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze. Mauro Vinicius Hilário Lourenço da Silva, o Duda, é o maior nome do Brasil no evento. Ele é bicampeão no salto em distância: venceu o Mundial de Istambul 2012, na Turquia, e o de Sopot 2014, na Polônia.

Duda foi, ainda, fi nalista na Olimpíada de Londres 2012, na Grã-Bretanha, com o séti mo lugar, e o quinto colocado no Mundial de Atleti smo de Moscou 2013, na Rússia.

José Luiz Barbosa, o Zequinha, é outra estrela nacional nos Mundiais Indoor. Ele foi campeão dos 800 m em In-dianápolis 1987, nos Estados Unidos, e vice-campeão em Budapeste 1989, na Hungria.

Zequinha teve uma das mais brilhantes carreiras do meio-fundo internacional. Ao ar livre ganhou a medalha de prata no Mundial de Atleti smo Tóquio 1991, no Japão, depois de ter conquistado a de bronze em Roma 1987, na Itália.

Foi fi nalista olímpico com o sexto lugar em Seul 1988, na Coreia do Sul, e o quarto na de Barcelona 1992, na Espanha. Foi o número 1 do Ranking Mundial de 1991, com 1:43.08. Nos Jogos Pan-Americanos, foi vice-campeão em Caracas 1983, na Venezuela, e em Indianápolis 1987. Em Mar del Plata, na Ar-genti na, em 1995, ganhou a medalha de ouro.

Fabiana de Almeida Murer ganhou ouro no salto com vara em Doha 2010, no Catar, dois anos depois de ganhar bronze em Valência 2008, na Espanha. No Mundial de Atle-ti smo, foi campeã em Daegu 2011, na Coreia do Sul, e pra-ta em Pequim 2015, na China.

Com o recorde pessoal de 4,87 m é uma das 10 melho-res na história da prova. Foi fi nalista olímpica em Pequim 2008. Na Copa do Mundo (atualmente denominada Copa Conti nental), ganhou prata em Atenas 2006, na Grécia, e bronze em Split, na Croácia, em 2010. No PAN, foi campeã

MEDALHAS

Os brasileiros no pódio do Mundial Indoor

Getty Im

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Mauro Vinicius da Silva, bicampeão no salto em distância

no Rio 2007, vice-campeã em Guadalajara 2011, no Méxi-co, e também em Toronto 2015, no Canadá.

Jadel Gregório ganhou duas medalhas de prata no salto triplo em Mundiais Indoor. Primeiro em Budapeste 2004, na Hungria, e depois em Moscou 2006, na Rússia. Nas duas vezes estabeleceu recordes sul-americanos indoor, com 17,43 m e 17,56 m, respecti vamente. Foi vice-campeão no Mundial de Atleti smo, em Osaka 2007, no Japão.

Finalista olímpico em Atenas 2004 (quinto lugar) e Pe-quim 2008 (sexto), Jadel saltou 17,90 m em Belém 2007, no GP Brasil Caixa de Atleti smo, recorde sul-americano e me-lhor marca mundial da temporada. Foi campeão pan-ameri-cano no Rio 2007 e vice-campeão em Santo Domingo 2003, na República Dominicana.

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MEDALHAS

Maurren Higa Maggi ganhou a medalha de bronze no salto em distância no Mundial Indoor de Birmin-gham 2003, na Grã-Bretanha, e a de prata em Valência 2008, na Espanha.

Nos Mundiais de Atleti smo, Maurren foi à fi nal em Sevi-lha 1999 (oitavo lugar), na Espanha, Edmonton 2001 (séti -mo lugar), no Canadá, Osaka 2007 (sexto lugar), no Japão, Berlim 2009 (sexto lugar), na Alemanha, e em Daegu 2011 (11º lugar), na Coreia do Sul.

Primeira brasileira campeã olímpica em prova individu-al, Maurren ganhou ouro em Pequim 2008, na China. No PAN, é tricampeã: ganhou em Winnipeg 1999, no Canadá, no Rio 2007 e em Guadalajara 2011, no México.

Uma prata deu ao Brasil o quarteto que disputou o re-vezamento medley em Toronto 1993, no Canadá: correram André Domingos da Silva, Gilmar da Silva Santos, Eronilde Nunes de Araújo e Sidnei Teles de Souza.

Além da medalha no Mundial Indoor, Eronilde Nunes de Araújo foi finalista olímpico nos 400 m com barreiras em Atlanta 1996 (oitavo lugar), nos Estados Unidos, e em Sydney 2000 (quinto), na Austrália. Foi o oitavo no Mundial de Gotemburgo 1995, na Suécia, e o quarto, em Sevilha 1999, na Espanha. Nos Jogos Pan-Ameri-canos, foi tricampeão: em Havana 1991, em Cuba, em Mar del Plata 1995, na Argentina, e em Winnipeg 1999, no Canadá.

André Domingos foi prata olímpica no 4x100 m em Sydney 2000 e bronze em Atlanta 1996. No Mun-dial de Atleti smo foi bronze em Sevilha 1999, na

Espanha, e prata em Paris 2003, na França. Nos Jogos Pan-Americanos, conquistou o bicampeonato na prova, em Winnipeg 1999, no Canadá, e em Santo Domingo 2003, na República Dominicana.

Sidnei Teles foi fi nalista olímpico no 4x400 m em Barce-lona 1992 (quarto lugar), na Espanha. Foi ainda fi nalista no 4x100 m no Mundial de Gotemburgo 1995.

Em Indianápolis 1987, nos 200 m, Robson Caetano da Silva também foi o terceiro colocado e deu bronze no Mun-

dial Indoor ao Brasil. Em Olimpíadas, Robson ganhou bron-ze em Seul 2008, na Coreia do Sul, nos 200 m. No 4x100 m, ganhou bronze em Atlanta 1996, nos Estados Unidos. Foi fi nalista nos 200 m em Barcelona 1992 (quarto lugar) e nos 100 m em Seul 1988 (quinto).

Em Mundiais de Atletismo, Robson foi o quarto colo-cado nos 200 m em Roma 1987, Tóquio 1991 e Gotem-burgo 1995. Nos 100 m, foi o sétimo em Tóquio 1991.

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Fabiana Murer, bronze em 2008 e ouro em 2010 no salto com vara

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Keila Costa, bronze no salto em distância em 2010

Na Copa do Mundo, Robson ganhou três medalhas de ouro: Camberra 1985, na Austrália, em Barcelona 1989 e em Havana 1992. Foi campeão dos 100 m e 200 m, no PAN de Havana 1991.

Em Budapeste 2004, Osmar Barbosa dos Santos deu ao Brasil a terceira medalha nos 800 m em Mundiais In-door: ganhou bronze em Budapeste 2004. Foi finalista no Mundial de Atletismo de Paris 2003 (oitavo lugar), na França.

Em Doha 2010, Keila da Silva Costa foi bronze no sal-to em distância. No triplo, foi bronze no Mundial Sub-20 de Kingston 2002, na Jamaica. Finalista olímpica em Pequim 2008.

Antes de todos os medalhistas citados, em Paris 1985, nos Jogos Mundiais Indoor, João Batista Eugênio da Silva deu ao Brasil sua primeira medalha: a de bronze nos 200 m. Um ano antes, João Batista havia sido o quarto colo-cado na prova nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, nos Estados Unidos. Em 1983, foi finalista no Mundial de Atletismo de Helsinque, com o oitavo lugar.

BRASILEIROS MEDALHISTAS NO MUNDIAL INDOORATLETA MEDALHA PROVA MARCA LOCAL ANOJoão Batista Eugênio da Silva bronze 200 m 21.19 Paris 1985

José Luiz Barbosa ouro 800 m 1:47.49 Indianápolis 1987

Robson Caetano da Silva bronze 200 m 20.92 Indianápolis 1987

José Luiz Barbosa prata 800 m 1:45.55 Budapeste 1989

Revezamento* prata medley 3:16.11 Toronto 1993

Maurren Higa Maggi bronze salto em distância 6,70 m Birmingham 2003

Jadel Gregório prata salto triplo 17,43 m Budapeste 2004

Osmar Barbosa dos Santos bronze 800 m 1:46.26 Budapeste 2004

Jadel Gregório prata salto triplo 17,56 m Moscou 2006

Maurren Higa Maggi prata salto em distância 6,89 m Valência 2008

Fabiana de Almeida Murer bronze salto com vara 4,70 m Valência 2008

Fabiana de Almeida Murer ouro salto com vara 4,80 m Doha 2010

Keila da Silva Costa bronze salto em distância 6,63 m Doha 2010

Mauro Vinicius da Silva ouro salto em distância 8,23 m Istambul 2012

Mauro Vinicius da Silva ouro salto em distância 8,28 m Sopot 2014

(*) André Domingos da Silva (200 m), Gilmar da Silva Santos (800 m), Eronilde Nunes de Araújo (400 m) e Sidnei Teles de Souza (200 m)

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O Brasil nas grandes competições do ano

TEMPORADA 2017

O Mundial de Londres foi a mais importante das inú-meras competi ções disputadas pelos atletas brasi-leiros em 2017. Realizado de 4 a 13 de agosto, o

Campeonato foi considerado pela Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt) a largada para este novo ciclo olímpi-co, que culminará com os Jogos de Tóquio, em 2020.

A capital britânica recebeu mais de dois mil atletas, que competi ram no estádio que foi a sede da Olimpíada de 2012. O Brasil obteve uma de suas melhores performances coleti vas na história do evento.

Na tabela de pontos elaborada pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atleti smo), a Seleção Bra-sileira fi cou entre as 20 melhores – foi a 19ª colocada com 21 pontos. A IAAF considera apenas os atletas classifi cados entre os oito primeiros de suas provas.

O marchador Caio Bonfi m levou o bronze nos 20 km, na principal conquista do País. Também somaram pontos: Eri-ca de Sena, quarta na marcha atléti ca 20 km; Nair da Rosa,

quinta na marcha atléti ca 50 km; Thiago André, séti mo nos 800 m; Rosangela Santos, séti ma nos 100 m; revezamento feminino, séti mo no 4x100 m.

Em outras três provas, o País teve fi nalistas que fi caram do 9º lugar ao 12º: Geisa Arcanjo, nona no arremesso do peso; Eliane Marti ns, 11ª no salto em distância; e Andressa de Morais, 11ª no lançamento do disco.

A IAAF também realizou o Mundial de Revezamentos, em Nassau, nas Bahamas, em 23 e 24 de abril. O 4x400 m masculino foi o destaque do Brasil: fi cou em séti mo lugar na fi nal, com 3:05.96 (fez a preliminar em 3:05.05). Forma-ram a equipe Anderson Henriques, Alexander Russo, Hugo Balduino e Lucas Carvalho.

Já o Mundial Sub-18 foi disputado de 12 a 16 de julho, em Nairóbi, no Quênia. O Brasil subiu ao pódio em duas provas. Ganhou ouro no revezamento misto 4x400 m, com Giovana Rosália, Bruno Benedito da Silva, Jéssica Vitória

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Caio Bonfi m, medalha de bronze nos 20 km marcha atléti ca no Mundial de Londres 2017

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Moreira e Alison Brendom dos Santos, com 3:21.71. Giova-na Rosália ainda ganhou bronze nos 400 m e marcou novo recorde brasileiro, com 53.57.

O Mundial de Cross Country foi disputado em Kampa-la, em Uganda, em 26 de março. Daniel do Nascimento foi o representante brasileiro e alcançou seu objetivo ao terminar em 30º lugar na categoria sub-20, melhorando 11 posições em relação à sua classificação no Mundial de Guiyang, na China, em 2015. À frente do brasileiro chega-ram 28 corredores da África e um do Japão.

Na Copa Pan-Americana de Marcha Atlética, organi-zada pela Associação Pan-Americana de Atletismo (APA), em 13 e 14 de maio, em Lima, no Peru, Nair

da Rosa venceu os 50 km com 4:39:28, recorde sul-ame-ricano. Com a marca, ela terminou a temporada em 11º lugar no Ranking da IAAF.

A APA ainda organizou o PAN Sub-20, de 21 a 23 de ju-lho, em Trujillo, no Peru. O Brasil conquistou uma medalha de ouro, três de prata e cinco de bronze. O ouro foi para

Pedro Henrique Nunes Rodrigues, no lançamento do dar-do. Paulo André de Oliveira (100 m), Fabiele Alves (dardo) e Gabriel dos Santos (distância) ganharam prata. Alencar Pereira (martelo), Felipe Bardi (100 m), Derick Silva (200 m), Italo Araújo (800 m) e Jordan Santos (decatlo) levaram bronze.

No Sul-Americano de Cross Country, Daniel do Nascimento foi o campeão na categoria sub-20, em Santiago, no Chile, em 19 de fevereiro. Outro brasileiro medalhista foi Pedro Henrique de Oliveira nos 6 km sub-18.

Em 3 e 4 de junho, em Georgetown, na Guiana, acon-teceu o Sul-Americano Sub-20, e a Seleção Brasileira con-quistou mais uma vez o título, com 287 pontos, 181 no masculino e 106 no feminino. A Guiana foi a segunda na classificação geral com 198 e a Colômbia ficou em terceiro, com 165 pontos.

O mais importante evento internacional realizado no País pela CBAt foi o Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo,

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Bruno Benedito, Giovana Rosália, Jéssica Moreira e Alison dos Santos: ouro no revezamento misto 4x400 m

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TEMPORADA 2017

em 3 de junho, na Arena Caixa, em São Bernardo do Cam-po (SP). O Meeti ng, que faz parte do IAAF World Challenge, teve grandes resultados.

No lançamento do martelo, a bicampeã olímpica Anita Wlodarczyk, da Polônia, venceu com 78,00 m, recorde do GP. Entre os brasileiros Darlan Romani venceu o arremesso do peso com 21,82 m, recorde sul-americano e do torneio.

Principal competi ção do calendário nacional, o Troféu Brasil Caixa de Atleti smo foi realizado de 9 a 11 de junho, em São Bernardo do Campo (SP). O Pinheiros

(SP) conquistou o bicampeonato com 592,5 pontos (263,5 no masculino e 329 no feminino), a B3 Atleti smo, de São Caetano do Sul, foi a vice-campeã com 502,7 pontos (235 e 267,7), e a Orcampi Unimed, de Campinas, a terceira, com 307 (161 e 146).

O fl uminense Thiago do Rosário André, campeão dos 800 m, e a mineira Nubia Aparecida Soares, no triplo, am-bos da B3 Atleti smo, foram eleitos os melhores atletas do evento.

No Brasileiro Caixa Sub-23, disputado na pista da Sogipa, em Porto Alegre (RS), em 28 e 29 de outubro, a FECAM-PR foi a campeã, com 181 pontos. O Vasco da Gama-RJ foi o vice-campeão, com 164 pontos, e o Pinheiros-SP ficou em terceiro, com 162 pontos. Mikael de Jesus (FECAM), dos 400 m e dos 400 m com barreiras, e Ana Lays (Cor-ville), do lançamento do martelo, foram os destaques individuais.

Já Brasileiro Caixa Sub-20, de 7 a 9 de abril em São Bernar-do do Campo, teve vitória da EMFCA-RJ, com 225 pontos. A Orcampi Unimed, de Campinas (SP), foi a segunda, com 209. O Centro Olímpico (SP) fi cou em terceiro lugar, com 166 pon-tos. Daniel do Nascimento (Orcampi Unimed), campeão dos 5.000 e 10.000 m, e Mirieli Estaili Santos (ASA Sorriso-MT), ouro no triplo, foram eleitos os melhores atletas.

Em Bragança Paulista, foi disputado de 23 a 25 de junho o Brasileiro Caixa Sub-18. O Centro Olímpico (SP) conquistou o quinto tí tulo consecuti vo, com 139 pontos. A EMFCA, do Rio, foi a segunda colocada, com 132 pontos, e a Orcam-pi Unimed, a terceira, com 125. Bruno Benedito da Silva,

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Anita Wlodarczyk, destaque do Grande Prêmio Brasil Caixa de Atleti smo 2017

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ganhador dos 400 m e vice dos 200 m, e Alana Maranhão (Asempar Paranavaí-PR), ouro no lançamento do dardo, fo-ram eleitos os destaques individuais.

No Brasileiro Caixa Sub-16, em Fortaleza, em 30 de se-tembro e 1º de outubro, o Centro Olímpico, de São Paulo, conquistou o título, com 101 pontos. Em segundo ficou a Asempar/Paranavaí-PR, com 84,5 pontos. O Cantão Atletis-mo-MT foi o terceiro com 79 pontos. Os mato-grossenses Eric Vitor Silva (ASA-Sorriso) e Arielly Kailayne Rodrigues (RAAEI) foram eleitos os melhores atletas do torneio, por vencerem, respectivamente, os 100 m com barreiras, e o salto em altura.

A Copa Brasil Caixa de Cross Country aconteceu no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, em 5 de fevereiro. Gilberto Lopes (Cruzeiro Caixa-MG)

conquistou o seu quarto título. No adulto feminino, também em 10 km, a vitória foi de Tatiane Raquel da Silva (B3 Atletismo).

No Sub-20, Daniel do Nascimento (Orcampi Unimed-SP) foi o campeão no masculino e Graziele Zarri (CVC Mota), no feminino. Já no sub-18, vitória de Pedro Henrique de

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Thiago André, o melhor no masculino no Troféu Brasil Caixa de Atletismo 2017

Oliveira (UFJF-MG) entre os homens e de Bian-ca Vitória dos Santos (CVC Mota-SP), no femi-nino.

A Copa Brasil Caixa de Marcha foi disputada em Bragança Paulista (SP), em 5 de março. Caio Bonfim (CASO-DF) venceu os 20 km pela sexta vez, com 1:30:05, e Liliane Barbosa (ABC-DF) ganhou no feminino, com 1:51:37.

Os demais campeões: 50 km – José Ales-sandro Bagio (AABLU-SC), com 4:17:55, e Nair da Rosa (AABLU-SC), com 5:13:48; sub-20: 10 km – Murilo Coutinho Ribeiro (PM Co-lombo-PR), 48:29, e Tatiana de Morais Perei-ra (ABDA-SP), 1:00:11; sub-18: 5 km feminino - Gabriela de Souza Muniz (CASO-DF), 28:47 e 10 km masculino – Gabriel Rehbein (PM Colombo-PR) - 54:44.

Nas competições regionais, que contam com o apoio da CBAt, o Troféu Norte-Nordeste Caixa foi disputado de 19 a 21 de maio, no Re-cife. Pernambuco comemorou mais um título, conquistando 44 medalhas (13 de ouro, 17 de

prata e 14 de bronze). O Piauí foi o segundo, com 23 meda-lhas (13 de ouro e 10 de prata), seguido do Rio Grande do Norte, com 21 (5 ouro de ouro, 4 de prata e 12 de bronze).

No Troféu Norte-Nordeste Caixa Sub-18, em 14 e 15 de outubro, em Natal (RN), o Piauí garantiu o título com 33 medalhas (14 de ouro, 10 de prata e nove de bronze). A equipe de Pernambuco em segundo lugar, com mais meda-lhas no total (35), porém, com menos títulos (13) – ainda ganhou 13 de prata e 9 de bronze. A Bahia foi a terceira, com 9 medalhas (3 de ouro, 2 de pratas e 4 de bronzes).

No Norte-Nordeste Caixa Sub-16, em São Luís (MA), em 4 e 5 de novembro, o Rio Grande do Norte conquistou o título com 28 medalhas (15 de ouro, 8 de prata e 5 de bron-ze). Pernambuco foi o vice com 20 medalhas (7 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze). O Maranhão foi o terceiro, com 13 medalhas (6 de ouro, 6 de prata e 1 de bronze).

No Troféu Centro-Oeste Caixa Sub-16, realizado em Belo Horizonte (MG), em 23 e 24 de setembro, Minas Ge-rais conquistou o título, com 34 medalhas (15 de ouro, 14 de prata e 5 de bronze). O Distrito Federal foi o segundo, com 19 (7 de ouro, 7 de prata e 5 de bronze). E o Tocantins foi o terceiro, com 12 (3 de ouro, 4 de prata e 5 de bronze).

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EVOLUÇÃO

Os Campings realizados pela Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt) são considerados importantes na preparação para os Jogos de Tóquio 2020. Co-

ordenados pela Superintendência de Alto Rendimento, 19 campings foram organizados na últi ma temporada.

No exterior, os campings aconteceram nos Estados Uni-dos, Polônia, Eslovênia, Áustria, Suíça, Espanha, França, Colômbia e Catar.

Dentro das possibilidades orçamentárias, a CBAt procu-rou atender aos pedidos dos treinadores dos atletas. Além do Programa CAIXA de Campings, a Confederação teve o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com recursos da Lei Agnelo/Piva.

O primeiro Camping Internacional do ano aconteceu em Spala, na Polônia, com o campeão olímpico do salto com vara Thiago Braz da Silva e seu treinador, o ucraniano Vitaly Petrov.

Fora do Mundial de Londres por causa de uma contu-são, ele esteve no últi mo Camping de 2017, no Catar, em preparação para o Mundial Indoor de Birmingham, em março. Ele esteve com Vitaly Petrov e o fi sioterapeuta Nel-son Guarnier Filho.

Campings, cursos e clínicas: ferramentas fundamentais

A importância dos campings pode ser medida pelos resultados dos parti cipantes. Caio Bonfi m, por exemplo, ganhou a inédita medalha de bronze no Mundial de Lon-dres. Antes, passou um mês em treinamento de alti tude em Sierra Nevada, na Espanha, acompanhado de sua mãe e treinadora, Gianetti Bonfi m. No Mundial, superou os seus limites e terminou em terceiro lugar nos 20 km, em 1:19:04, recorde brasileiro.

Nos 20 km feminino, outra superação: Erica Rocha de Sena treinou na ati tude de Font Romeu, na França, por três semanas, com seu técnico e marido Andrés Chocho. Em Londres obteve o quarto lugar, com 1:26:59, recorde sul--americano.

Thiago do Rosário André, fi nalista nos 800 m no Mun-dial, parti cipou do Camping de 9 a 31 de julho, na alti tude de Paipa, na Colômbia. Finalista olímpico do lançamento do martelo, Wagner Domingos fez Camping em Brezice, na Eslovênia, com o especialista Vladimir Kevo.

Outros campings realizados: Augusto Dutra, no salto com vara, em Phoenix (Estados Unidos), com o técnico João Gabriel Sousa; Geisa Arcanjo e Darlan Romani, em Brandenton, nos Estados Unidos com o técnico cubano

Geisa Rafaela Arcanjo, do arremesso do peso Luiz Alberto de Araújo, do decatlo Augusto Dutra de Oliveira, do salto com vara

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Justo Navarro. Em Gotzis, na Áustria, treinou o decatleta Luiz Alberto Cardoso de Araújo em maio.

Houve, ainda, trabalho no Centro de Treinamento de Macolin, na Suíça, com vários atletas: Altobeli Silva (3.000 m com obstáculos), Mateus de Sá (salto triplo), Rosangela Santos (100 m), Vitória Rosa (200 m), Nubia Soares (salto triplo), Andressa Oliveira de Morais (lançamento do disco) e Talles Silva (salto em altura), entre outros.

Em Bragança Paulista (SP), na pista do Centro Nacio-nal de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), a CBAt realizou o Camping de Revezamento 4x100 m, de 10

a 15 de julho, para o PAN Sub-20, no Peru. Participaram o técnico Felipe Siqueira e os velocistas Paulo André Camilo de Oliveira, Felipe Bardi dos Santos, Derick de Souza Silva e Luca da Silva dos Santos.

O CNDA também foi sede em dezembro do Camping para 16 atletas e treinadores, comandados pela equipe do Centro. O evento fez parte das atividades da Rede Nacional de Treinamento de Atletismo (RNTA), programa da CBAt em convênio com o Ministério do Esporte.

A RNTA fez vários campings durante o ano, tanto no CNDA como no CNTA/Rio, que funciona em convênio da

CBAt com a Aeronáutica.Outro projeto da CBAt é o de transferência de conheci-

mento, por meio de cursos e clínicas de formação e atualiza-ção de treinadores e árbitros. Em 2017, foram realizados 18 cursos e clínicas, reunindo 735 participantes em 15 cidades de 12 Estados e do Distrito Federal. Clínicas de MiniAtletis-mo para crianças em idade escolar aconteceram em Teresi-na (PI), Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e São José (SC).

Katsuhico Nakaya ministrou Clínicas de Velocidade em Brasília (DF) e em Porto Alegre (RS), enquanto Nélio Moura falou sobre saltos horizontais e barreiras em Brasília (DF) e Recife (PE). Boa Vista (RR) recebeu Clínica de Meio-Fundo e Fundo, com o técnico Luiz Alberto de Oliveira. João Sena Bonfim foi responsável por Clínica de Marcha Atlética em Colombo (PR).

Cursos para Treinadores Nível l da IAAF foram realiza-dos em cinco cidades – Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), com 145 participantes. Rio Branco (AC) recebeu o Curso Básico de Treinamento, ministrado por Kiyoshi Takahashi, e dois Cursos Básicos de Arbitragem aconteceram em Recife (PE) e Manaus (AM).

Kiyoshi Takahashi Katsuhico Nakaya Nélio Moura

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Copa Brasil Caixa abre a temporada 2018

CROSS COUNTRY

A temporada nacional de 2018 começará com a dis-puta da Copa Brasil Caixa de Cross Country, em 4 de fevereiro, em Bragança Paulista (SP). Os campeões

no masculino e feminino, nas categorias adulta, sub-20 e sub-18 serão convocados para representar o País no Cam-peonato Pan-Americano da modalidade, a ser realizado no dia 17 de fevereiro, em San Salvador, em El Salvador.

Em 2017, Gilberto Silvestre Lopes (Cruzeiro Caixa-MG) confi rmou o favoriti smo e obteve o tetracampeonato com 33:09. No feminino, também num percurso de 10 km, a vitória foi de Tati ane Raquel da Silva (B3), com 39:22.

De acordo com o calendário provisório da Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt), outro evento tradicional marcado para o primeiro trimestre é a Copa Brasil Caixa de Marcha Atléti ca.

A competição está prevista para o dia 18 de feverei-ro, em Sobradinho, no Distrito Federal. Cidade-satélite de Brasília, Sobradinho é a terra do marchador Caio Bonfim, medalha de bronze no Mundial de Atletismo de Londres em 2017.

A Copa Brasil será seleti va para o Sul-Americano de Sucúa, na Equador, marcado para os dias 10 e 11 de mar-ço. Serão convocados três atletas, no masculino e no fe-minino, para a prova de 20 Km adulto, onde já estão ga-ranti dos os atletas colocados entre os oito primeiros do Mundial de Londres 2017.

Os demais atletas serão convocados de acordo com a colocação obti da na Copa Brasil, sendo que nos 50 km, a CBAt ainda aguarda normati va da CONSUDATLE. No Sub-20 e Sub-18, serão convocados os dois primeiros coloca-dos, em Sobradinho.

Caio Bonfi m (CASO-DF), bronze no Mundial de Londres, venceu em 2017 pela sexta vez os 20 km da competi ção realizada em Bragança Paulista, com 1:30:05.

A CBAt também programou o Desafi o Brasil Indoor de Atleti smo no dia 17 de fevereiro, em São Caetano do Sul (SP), para tentati va de obtenção de índices para o Mundial em Pista Coberta, que será realizado de 1º a 4 de março, na cidade de Birmingham, na Grã-Bretanha.

Outro evento da IAAF no primeiro trimestre será o Campeonato Mundial de Meia Maratona, em 24 de março, em Valência, na Espanha. A CBAt convocará um atleta no masculino e um no feminino. Os índices são 1:04:01, no masculino, e 1:14:38, no feminino, de 1º de outubro de 2017 a 4 de março de 2018. Caso haja mais um atleta com índice, será convocado aquele com o melhor resultado no período.

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Gilberto Silvestre Lopes, campeão da Copa Brasil Caixa de Cross 2017

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A boa temporada dos atletas do País

RANKING OLÍMPICO

O Ranking Olímpico de Adultos de 2017, com até três atletas por país em cada prova, registra 41 marcas de brasileiros entre as 50 melhores do

mundo, apontam as estatísticas da IAAF (Associação In-ternacional das Federações de Atletismo). São 24 mar-cas no masculino e 17 no feminino – em provas indivi-duais –, estabelecidas por 39 atletas (22 homens e 17 mulheres).

Destas 41 marcas, seis estão entre as top 10. O desta-que é Nubia Aparecida Soares (B3), quarta no salto triplo, com 14,56 m (0.8), obti da no Troféu Brasil, na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP), em junho.

Ela só fi cou atrás das triplistas que subiram ao pódio no Mundial de Londres: a venezuelana Yulimar Rojas (14,96

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Darlan Romani, destaque no Ranking Mundial no peso Nubia Soares, quarta no Ranking Mundial no salto triplo

m), a colombiana Caterine Ibargüen (14,89 m) e a cazaque Olga Rypakova (14,77 m).

Nubia, mineira de Lagoa da Prata, nascida a 26 de março de 1996, não pôde disputar o Mundial, por sofrer uma lesão no pé, na etapa da Liga Diamante de Rabat, no Marrocos.

Outro destaque foi Rosangela Santos (Pinheiros), primeira brasileira fi nalista nos 100 m no Mundial e também a única atleta do País a correr a prova em menos de 11 segundos. Ela ocupa o nono lugar no Ranking Olímpico, com 10.91 (-0.2), tempo alcançado na semifi nal do Mundial de Londres.

No lançamento do disco, Andressa de Oliveira Morais (Pinheiros) também está na nona colocação, com 64,68 m, mesma posição de Erica Rocha de Sena (B3) nos 20 km marcha atléti ca, com 1:26:59.

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RANKING OLÍMPICO

No masculino, dois atletas estão no top 10: Darlan Romani (B3), no arremesso do peso, e Caio Bonfi m (CASO), nos 20 km marcha atléti ca – ambos em nono lugar. Darlan quebrou o recorde sul-americano ao arremessar 21,82 m no GP Brasil Caixa, em junho, em São Bernardo do Cam-po (SP). Já Caio foi o destaque do Brasil no Mundial de Londres, em agosto, quando conquistou o bronze, com 1:19:04, recorde brasileiro.

Outros nove atletas estão entre os 20 primeiros. Fer-

nando Ferreira (B3) e Talles Frederico Silva (Pinheiros) es-tão em 13º lugar no salto em altura, com 2,30 m. Thiago do Rosário André (B3), fi nalista dos 800 m do Mundial de Londres, terminou em 14º, com 1:44.81.

Aldemir Gomes da Silva Junior (Vasco) foi o 15º nos 200 m, com 20.15 (1.3) e Wagner Domingos (B3) o 16º no lan-çamento do martelo, com 77,24 m. Completam a lista no masculino Márcio Teles (B3), 17º nos 400 m com barrei-ras (48.94), e Jeff erson Santos (Pinheiros), 19º no decatlo (8.155 pontos).

No feminino, Nair Rosa (AABLU) ocupou o 11º lugar, com 4:39:28, e Fabiana Moraes (Pinheiros) fi cou em 17º nos 100 m com barreiras, com 12.84 (0.8).

Nos revezamentos, a melhor colocação é da Seleção feminina do 4x100 m, séti ma no Mundial de Londres. Franciela Krasucki, Ana Claudia Lemos, Vitoria Rosa

e Rosangela Santos terminaram na séti ma posição, com 42.63. No 4x400 m feminino, a Seleção com Jailma Lima, Jéssica Roberti , Jéssica Gonzaga e Geisa Couti nho fi cou em 21º, com 3:33.00. No masculino, o 4x400 m terminou em 17º lugar, com 3:04.02, formado por Lucas Carvalho, Alexan-der Russo, Anderson Henriques e Hugo Balduino.

Na temporada indoor, três brasileiros de destacaram. Thiago Braz da Silva (Pinheiros) terminou na segunda colo-cação no salto com vara, com 5,86 m, conseguida no dia 28

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Paulo André foi destaque no Ranking Mundial Sub-20 em 2017, com Felipe Bardi, Bruno Lins e Aldemir Gomes

BRASILEIROS TOP 20 NO RANKING MUNDIALMASCULINO200 m: 15º 20.15 (1.3) - Aldemir Gomes da Silva Junior800 m: 14º 1:44.81 - Thiago do Rosário André 400 m com barreiras: 17º 48.94 - Marcio Teles Salto em altura: 13º 2,30 m - Talles Frederico Silva Salto em altura: 13º 2,30 m - Fernando Ferreira Arremesso do peso: 9º 21,82 m - Darlan RomaniLançamento do martelo: 16º 77,24 m - Wagner DomingosDecatlo: 19º 8.155 pontos - Jeff erson Santos20 km marcha: 9º 1:19:04 - Caio Bonfi m

FEMININO100 m: 9º 10.91 (-0.2) - Rosangela Santos100 m com barreiras: 17º 12.84 (0.8) - Fabiana MoraesSalto triplo: 4º 14,56 (0.8) - Nubia SoaresLançamento do disco: 9º 64,68 m - Andressa de Morais20 km marcha atléti ca: 9º 1:26:59 - Erica Sena50 km marcha atléti ca: 11º 4:39:28 - Nair Rosa

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de janeiro em Rouen, na França. Ele se con-tundiu e ficou fora do Mundial de Londres. O primeiro foi o polonês Piotr Lisek, que chegou aos 6,00 m, a 4 de fevereiro, Alemanha.

No feminino, Rosangela Santos (Pinheiros) terminou em 30º lugar nos 60 m, com 7.28, en-quanto Letícia Cherpe de Souza (Orcampi Uni-med) obteve 52.54 nos 400 m, recorde brasilei-ro de pista coberta e 18ª posição no Ranking.

No Ranking Sub-20, que leva em conta dois atletas de cada país por prova, o Bra-sil tem nove atletas entre os melhores do mundo, com destaque para Paulo André de Oliveira (Pinheiros), que aparece em sexto nos 100 m, com 10.18 (0.5) e em nono nos 200 m, com 20.58 (0.0).

Derick Silva (Pinheiros) terminou a tem-porada em 10º lugar, no Ranking da IAAF da categoria nos 200 m, com 20.61 (1.3), mesma colocação de Daniel Ferreira do Nascimento (Orcampi Uni-med) nos 10.000 m, 29:13.34, e de Pedro Henrique Rodri-gues (ELJINN), no lançamento do dardo, com 74.58 m.

No Ranking Sub-18, que também leva em conta até dois atletas por prova por país, o Brasil colocou nove atletas entre os 20 melhores do mundo. O destaque foi a velocista Lorraine Martins, sétima nos 100 m, com 11.56 (-3.1), e nona nos 200 m, 23.65 (1.6). Boa mar-ca também de Adrian Henrique Vieira, no salto triplo: nono com 15,39 m (1.1).

Já no Ranking Sul-Americano os brasileiros são os principais destaques, segundo as listas de estatísti-cas da CONSUDATLE. Atletas do País lideram nove

provas na categoria masculina e 13 na feminina. Entre os líderes, cinco chamam especialmente a atenção por terem estabelecidos novos recordes continentais nesta temporada.

No arremesso do peso, o catarinense Darlan Romani (B3 Atletismo) alcançou a marca de 21,82 m. No feminino, foram quatro recordes: 100 m, Rosangela Santos (Pinhei-ros), 10.91 (-0.2). Andressa Oliveira de Morais (Pinheiros), do lançamento do disco, fez 64,68 m. Nos 20 km marcha feminino, Erica Rocha de Sena (B3 Atletismo), marcou 1:26:59. E Nair da Rosa (AABLU) fez 4:39:28, na marcha atlética 50 km.

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Lorraine Martins, sétima nos 100 m e nona nos 200 m no Ranking Mundial Sub-18

BRASILEIROS LÍDERES DO RANKINGSUL-AMERICANOMASCULINO800 m: 1:44.81 - Thiago André5.000 m: 13:23.24 - Ederson Vilela Pereira110 m com barreiras: 13.47 (0.8) - Eder Antonio de Souza400 m com barreiras: 48.94 - Marcio Teles3.000m com obstáculos: 8:23.67 - Altobeli Santos da SilvaSalto com vara: 5,60 m - Augusto Dutra Salto com vara: 5,60 m - Thiago BrazArremesso do peso: 21,82 m - Darlan RomaniLançamento do martelo: 77,24 m - Wagner DomingosMaratona: 2:13:37 - Paulo Roberto de Paula

FEMININO100 m: 10.91 (-0.2) - Rosangela Santos400 m: 51.91 - Geisa Coutinho10.000 m: 32:35.86 - Tatiele Roberta de Carvalho100 m com barreiras: 12.84 (2.0) - Fabiana MoraesSalto em altura: 1,85 m - Julia Cristina SilvaSalto em distância: 6,69 m (1.6) - Eliane MartinsArremesso do peso: 18,08 m - Geisa ArcanjoLançamento do disco: 64,68 m - Andressa Oliveira de MoraisLançamento do dardo: 62,52 m - Laila Ferrer20 km marcha atlética: 1:26:59 - Erica Rocha de Sena50 km marcha atlética: 4:39:28 - Nair da Rosa4x100 m: 42.63 - Seleção Nacional*4x400 m - 3:33.00 – Seleção Nacional **(*)Franciela Krasucki, Ana Claudia Lemos, Vitoria Rosa e Rosangela Santos(**)Jailma Lima, Jéssica Roberti, Jéssica Gonzaga e Geisa Coutinho

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RECORDES

Os brasileiros mostraram novamente em 2017 a su-peração de seus limites. Caio Bonfi m conquistou o histórico bronze nos 20 km marcha atléti ca no

Mundial de Londres, em agosto. Para isso, marcou 1:19:04 e bateu seu recorde brasileiro anterior, que era 1:19:42, marca que lhe garanti ra o quarto lugar na Olimpíada do Rio 2016. Ele confi rmou suas condições para marchar rumo a Tóquio 2020.

No Mundial de Londres, aliás, duas atletas da equipe registraram recordes sul-americanos. Rosangela Santos nos 100 m, com 10.91 (vento de 0.2 m/s) – primeira bra-sileira a correr a prova em menos de 11 segundos. Nos 20 km marcha atléti ca feminina, Erica de Sena melhorou o próprio recorde sul-americano, com 1:26:59.

Darlan Romani quebrou a 3 de junho, durante o GP Bra-sil Caixa de Atleti smo, em São Bernardo do Campo (SP), o recorde sul-americano do arremesso do peso, com 21,82 m. No lançamento do martelo feminino, Mariana Marce-lino melhorou três vezes o recorde nacional, chegando a 67,02 m, no Troféu Brasil.

No disco feminino, Andressa de Morais superou o pró-prio recorde conti nental no Sul-Americano, em junho, no Paraguai, com 64,68 m. Nair da Rosa bateu os recordes brasileiro e sul-americano nos 50 km marcha atléti ca na Copa Pan-Americana, no Peru, com 4:39:28.

Na temporada indoor, um recorde brasileiro, com Letí -cia Cherpe de Souza, que fez os 400 m em 52.54, em Fayet-teville, nos Estados Unidos.

Recordes foram estabelecidos em todas as categorias. Na Sub-23, Thiago André superou a marca sul-americana dos 1.500 m, com 3:35.28, na Holanda. Nos 5.000 m, Nico-le Palhares Mello bateu o recorde brasileiro, com 16.22.17, em Des Moines (USA).

Brasileiros alcançam marcas de qualidade

Na Sub-20, dois recordes sul-americanos, alcança-dos no Troféu Brasil: Paulo André de Oliveira, nos 100 m, com 10.18 (0.5), e Daniel Nascimento, nos 10.000 m, com 29:13.34.

Na Sub-18, o 4x400 m misto do Brasil estabeleceu o recorde ao ganhar o ouro no Mundial de Nairóbi, com 3:21.71. Na competi ção, Giovana Rosália dos Santos que-brou a marca brasileira dos 400 m, com 53.57, e levou o bronze. Outro recorde foi alcançado por Raphaela Diesse Pereira no dardo, com 52,76 m.

Já na Sub-16, três atletas bateram recorde: Eric Silva nos 100 m com barreiras, com 12.82 (1.0); Lissandra May-sa Campos no salto em distância, com 5,80 m (0.9), e do salto triplo, com 12,08 m (-0.3); e Bruna Vieira no dardo, com 49,19 m.

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Rosangela Santos, nova recordista sul-americana dos 100 m

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Fevereiro 04 COPA BRASIL DE CROSS COUNTRY Bragança Paulista (SP) 17 DESAFIO BRASIL – Indoor São Caetano do Sul (SP) 17 Campeonato Pan-Americanos de Cross Country San Salvador (ESA) 18 COPA BRASIL DE MARCHA ATLÉTICA Sobradinho (DF)

Março 01 a 04 Campeonato Mundial de Atleti smo Indoor Birmingham (GBR) 10 e 11 Campeonato Sul-Americano de Marcha Atléti ca Sucuá (ECU) 24 Campeonato Mundial de Meia-Maratona Valência (ESP)

Abril08 Campeonato Sul-Americano de Maratona Caracas (VEN) 27 a 29 CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE ATLETISMO SUB-23 Porto Alegre (RS)

Maio 05 e 06 Campeonato Mundial de Marcha Atléti ca por Equipe Taicang (CHN) 10 a 13 Campeonato Mundial de Trilha Penyagolosa (ESP) 18 a 20 CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE ATLETISMO SUB-18 Recife (PE)

Junho 04 a 07 Jogos Desporti vos Sul-Americanos Cochabamba (BOL) 22 a 24 CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE ATLETISMO SUB-20 Bragança Paulista (SP) 30 a 01 (1) Campeonato Sul-Americano de Atleti smo Sub-18 Bucaramanga (COL)

Julho 08 GRANDE PRÊMIO BRASIL CAIXA DE ATLETISMO Bragança Paulista (SP)10 a 15 Campeonato Mundial de Atleti smo Sub-20 Tampere (FIN) 15 a 30 Campeonato Pan-Americano Universitário São Paulo (SP) 15 DESAFIO BRASIL – 1ª Etapa A defi nir 28 Campeonato Sul-Americano de Meia Maratona Paramaribo (SUR)

CALENDÁRIO 2018

Competições ofi ciais da temporada

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Agosto12 DESAFIO BRASIL – 2ª Etapa A defi nir 24 a 26 Campeonato Ibero-Americano de Atleti smo Trujillo (PER)

Setembro 08 Campeonato Mundial de 100 km Sveti Marti n na Muri (CRO) 08 e 09 Copa Conti nental de Atleti smo Ostrava (CZE) 14 a 16 TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO Bragança Paulista (SP)28 a 30 CAMPEONATO BRASILEIRO CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 Fortaleza (CE)

Outubro06 a 18 Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires (ARG) 26 a 28 Campeonato Sul-Americano de Atleti smo Sub-23 Córdoba (ARG)

Novembro 30 a 11 (2) 66º Jogos Universitários Brasileiros Maringá (PR)

(1) 30/06 a 01/07 / (2) 30/11 a 11/12

*Divulgado em 19/12/2017.

NOTASEventos com datas a serem defi nidas Campeonatos Sul-Americanos de Trilha - Montevidéu, URU Campeonatos Sul-Americanos de Corrida em Montanha - Villa la Angostura, ARG

Eventos com sedes a serem defi nidas Novembro17 a 20 - Jogos Escolares da Juventude 12 a 14 anos/15 a 17 anos

Eventos com datas e sedes a serem defi nidas Seleti va das Américas para os Jogos Olímpicos da Juventude Campeonatos Mundiais de Corrida em Montanha

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CBAt concedeu Permits com Selos Ouro e Prata em 2017

CORRIDAS

A Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt) deu Permit a 18 corridas de rua em 2017 – 10 recebe-ram o Selo Ouro e oito fi caram com o Selo Prata. Ou

seja: estas provas atenderam as exigências de segurança, organização, controle anti dopagem etc., segundo as regras da Associação Internacional das Federações de Atleti smo (IAAF).

A Volta Internacional da Pampulha, disputada no dia 3 de dezembro, em Belo Horizonte, recebeu o Selo Ouro e o Permit CBAt 17/2017, num dos principais eventos do últi -mo trimestre do ano.

O mineiro Giovani dos Santos (Pé de Vento/Caixa) con-quistou a sexta vitória na prova de 17,8 km, em torno da Lagoa da Pampulha, com o tempo de 52:55, seguido pelo também mineiro Gilmar Silvestre Lopes (Cruzeiro/Caixa) com 53:15. O ugandense Maxwell Roti ch foi o terceiro, com 53:34.

Entre as mulheres, a vitória foi da queniana Leah Jeroti -ch (Coquinho/Fila/Bioleve), que fez 1:02:46, com boa van-

tagem para a segunda colocada, sua compatriota Sharon Chilimo (Kenia Luasa Sports/Caixa), com 1:04:02. A para-naense Joziane Cardoso (Pé de Vento/ Caixa), campeã em 2014, terminou em terceiro lugar, com 1:04:38.

Já na 10ª edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu SESC-PR, o brasileiro Edson Amaro dos Santos (APA Petrolina) e a queniana Ednah Muhwana foram os cam-peões, no dia 24 de setembro. Edson, baiano de Juazeiro, completou os 42,195 km, em 2:20:59, quase um minuto à frente do paulista Sergio Celesti no da Silva (Cruzeiro/Cai-xa), segundo com 2:21:58.

No feminino, Ednah precisou de 2:43:25 para fechar a prova. A catarinense Simone Ponte Ferraz (Corville) fi cou em segundo lugar, com 2:47:36.

Na Brasília City Half Marathon, no dia 12 de novembro, os africanos foram os destaques, com vitórias do tanzania-no Lucian Mejam e da queniana Sharon Arusho, que de-fendem a Luasa Sports. Lucian completou o percurso em 1:05:24, com cinco segundos de vantagem sobre o brasi-

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Giovani dos Santos conquistou resultados importantes nas corridas da temporada

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leiro Vagner Noronha (FAE Osasco), vice-campeão, com 1:05:29. No feminino, Sharon fez 1:15:04 para fechar a prova, com boa vantagem sobre a brasileira Valdilene San-tos (Pinheiros), segunda com 1:15:43.

No Ibero-Americano de Maratona, em 15 de outubro, disputado simultaneamente com a Maratona de Buenos Aires, na Argentina, os brasileiros foram campeões. No masculino, o campeão foi o tocantinense Antonio Wilson Sousa Lima (Pé de Vento/Caixa), com 2:17:42, seguido do equatoriano Marco Erazo (2:23:02) e do catarinense Lau-rindo Nunes Neto (Caçador), com 2:23:06.

No feminino, a paulistana Andreia Aparecida Hessel (Pi-nheiros) foi a campeã, com 2:39:38, seu recorde pessoal, seguida da argentina María Luján Urrutia (2:46:51) e da peruana Rosa Angélica Romero (2:51:18).

No Sul-Americano de Meia Maratona, a 18 de mar-ço, em Montevidéu, no Uruguai, o alagoano Da-mião Ancelmo de Souza (IICB-RJ) ganhou ouro,

com 1:05:51. Completaram o pódio dois uruguaios: Martin Cuestas foi o vice-campeão com 1:06:02 e Nicolas Cuestas ganhou o bronze, com 1:06:06.

No feminino, a paulistana Valdilene dos Santos Silva (Pi-nheiros) fez 1:15:53 para garantir o segundo lugar. Duas

peruanas ficaram com o título e o 3º lugar: respectivamen-te Clara Conchanya, com 1:15:39, e Rocio Cantara Rojas, com 1:15:56.

O Sul-Americano de Maratona foi disputado em 19 de março, em Temuco, no Chile. A pernambucana Mirela Sa-turnino de Andrade (Projeto Atletismo Campeão) ganhou a prova, com 2:44:43, estabelecendo novo recorde do per-curso e marcando o índice de qualificação para o Mundial de Atletismo de Londres. Completaram o pódio a peruana Rosa Romero Davila, prata com 2:49:53, e a argentina Ade-la Barrios, bronze com 2:50:50.

No masculino, a vitória foi do chileno Enzo Yañez John-son, com 2:18:30. O representante do Brasil, Franck Cal-deira de Almeida (B3 Atletismo), parou no km 35.

Giovani dos Santos foi consistente na temporada. Além de vencer a Pampulha, ele ganhou a Corrida de Reis, a 8 de janeiro, em Cuiabá (MT), a Corrida de São Sebastião Caixa, a 20 de janeiro, no Rio (RJ), e a Rio City Half Marathon, no Rio de Janeiro, no dia 9 de abril. Ele venceu ainda a Meia Maratona Olympikus do Rio de Janeiro, prova com Permit CBAt 7/2017, disputada no mesmo dia da Maratona do Rio, com 1:04:42. Ainda foi o segundo na Meia Maratona de São Paulo, a 19 de fe-vereiro.

Divulgação

Antonio Wilson Sousa, Andreia Aparecida Hessel e Laurindo Nunes Neto

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MULHER

O Atleti smo faz parte da vida de Lucimara Vicente Machado há mais de 30 anos. Ela nasceu em 22 de janeiro de 1971, em Itápolis, cidade do interior

de São Paulo. Mas foi em Sumaré, para onde sua família se mudou, na região de Campinas (SP), que deu os seus primeiros passos no esporte-base. Na escola, com a orien-tação de Vanderlei Maccari, deu início à carreira. Treinava na pista do Centro Olímpico da Prefeitura local.

O desempenho nos 400 m com barreiras chamou a atenção e aos 17 anos veio a São Paulo para integrar o Pro-jeto Futuro, programa da Secretaria de Esportes do Estado. À esta altura, seu treinador era Ricardo Antonio D’Angelo.

Os treinos eram realizados no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera. “Fui uma boa atleta juvenil, disputei o Sul-Americano Sub-20 de Bogotá, na Colômbia, em 1990. Nesse tempo, fi z minha melhor marca (59.04)”, lembra.

Lucimara defendeu equipes como a ADC Eletropaulo, treinando, então, com Katsuhico Nakaya. Competi u tam-

Lucimara Vicente Machado

bém pelo EC Santo André e a ADC Guarulhos. A carreira como atleta foi até 1997. Porém, em 1995, já trabalhava na Federa-ção Paulista de Atleti smo (FPA), na organização de eventos. “Fui árbitra um tempo, em 1996, mas preparar as pistas para as com-peti ções sempre foi meu traba-lho principal”, prossegue.

Ficou na FPA até 2013 e em janeiro de 2014 foi contrata-da pela CBAt. Conti nua como nome importante na organiza-ção dos eventos. Muitos foram os campeonatos que ajudou a

organizar. Esteve presente em todas as edições do Troféu Brasil desde 1998. Atuou no Grande Prêmio Brasil, Jogos Olímpicos e Paralimpíada do Rio 2016. Nos Jogos do Rio, foi coordenadora de campo e pista. “Minha função era deixar tudo pronto para a competi ção”, prossegue Luci-mara.

Aos 47 anos, a maioria deles dedicados ao esporte, fala: “Foram muitas as pessoas que ajudaram na minha jorna-da, mas seis delas foram especiais.”

Ela cita Ana Jun Yamamoto, anti ga secretária da FPA. Oswaldo Valdemir Pizani, referência na arbitragem nacio-nal. Manoel Trajano Dantas Neto, ex-presidente da Fede-ração Maranhense e companheiro de muitas competi -ções. Florenilson Itacaramby, um dos principais árbitros de Atleti smo atual. Marti nho Nobre dos Santos, responsável pelo Centro Nacional de Desenvolvimento do Atleti smo (CNDA), e Kellermann Zanotti . Jun, Pizani e Trajano já nos deixaram. “Ficou a saudade”, encerra Lucimara.

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Lucimara Vicente Machado, anti ga barreirista

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TREINADOR

Ademir Nicola Francisco, o “Mimi”

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Ademir Nicola Francisco, um descobridor de talentos no Atleti smo

O professor Ademir Nicola Francisco, o “Mimi”, dedi-ca a sua vida ao esporte.

Começou no basquete em 1976, mas em 1979 já estava no Atleti s-mo. Lá se vão 38 anos de atuação constante na cidade de Paranavaí (PR), onde nasceu a 11 de abril de 1956. Foi atleta, mas se inte-ressou pela carreira de treinador logo após se formar pela Univer-sidade Estadual de Maringá (PR).

“Enfrentei difi culdades, mas ti ve realizações também. Quan-do vejo um lançamento ou um salto correto, vibro muito”, expli-ca Mimi. O prazer de ensinar é reforçado pelo poder do esporte em infl uenciar na formação das pessoas. “O atleta aprende a superar desafi os e leva isso para a sua vida”, diz. “Quando vejo médicos, engenheiros, agrônomos que trei-naram comigo, é uma alegria só”, conclui.

Mimi não tem ideia de quantas crianças e jovens re-ceberam as primeiras instruções nas corridas, saltos e lançamentos por suas mãos. Ele aprendeu a construir im-plementos para os iniciantes, em ofi cina improvisada em sua casa.

Muitas sacas de palha de arroz e bambus já foram uti -lizados. Assim fez colchões para amortecer as quedas dos alunos nos treinos de salto em altura e salto com vara. “Os bambus a gente procurava no meio do mato para usar nos treinos de salto com vara. Era precário, mas era o que se ti nha”, conta.

Outros equipamentos – martelo, dardo, disco e peso – ga-nharam versão caseira. Mimi estudou os materiais, calculou as

especifi cações técnicas e começou a produzi-los.Deste trabalho perseverante surgem frutos. No Mun-

dial Sub-18, disputado em julho passado, no Quênia, Para-navaí teve uma representante: Alana Maranhão, número 1 do Ranking Brasileiro do lançamento do dardo.

Nos Jogos do Rio 2016, Júlio César Miranda de Oliveira (dardo) e Kauiza Moreira Venâncio (200 m), que represen-taram o Brasil, começaram no esporte pelas mãos de Mimi.

O Júlio foi seu aluno no Colégio Marins Alves de Camar-go. Foi campeão mundial da categoria menor em 2003 em Sherbrooke, no Canadá, medalha de bronze no Mundial de Juvenis de Grosseto, na Itália, em 2004, e bronze também no PAN de Toronto, no Canadá, em 2015.

“A Kauiza é de uma família de atletas, vinha com a irmã, e aí começou a se interessar. Ela e o Júlio integram gran-des equipes do Atleti smo brasileiro. Isso é grati fi cante para mim”, lembrou o treinador da Asempar (Associação dos Servidores Municipais de Paranavaí).

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ÁRBITRO

Allan de Medeiros Pinheiro

O interesse pelo Atleti smo chegou antes de o menino Allan completar 10 anos. Era 1980 e Allan, nascido a 18 de julho de 1972 em Natal, teve a oportunida-

de de ver, pela televisão, algumas provas do torneio olím-pico de Moscou. “Houve disputas que me encantaram”, ele lembra. “Vi o Sebasti an Coe (atual presidente da IAAF) vencer os 1.500 m, o Pietro Mennea ganhar os 200 m e o João Carlos de Oliveira saltar para levar o bronze no triplo”, diz o agora professor e árbitro de Atleti smo. Allan de Me-deiros Pinheiro fez carreira nas categorias de base e, mais tarde, se tornaria um árbitro do quadro da CBAt.

O trabalho do pai de Allan fez a família mudar-se para Currais Novos, no interior do Rio Grande do Norte. Com tradi-ção atléti ca, a cidade aproximou o menino do esporte-base. Na época, trabalhava em Currais Novos o professor José dos Santos Figueiredo e sua mulher Magnólia, nome im-portante e, mais tarde, atleta olímpica. Zezinho Figueiredo treinava Magnólia – hoje, presidente da Federação do Rio Grande do Norte – e um grupo de atletas.

Por influência deles, Allan começou a praticar Atle-tismo no Educandário Jesus Menino, com o professor Geraldo Dantas. “Fui velocista e numa edição dos JEB’s, em São Luís (MA), ajudei meu Estado a ganhar bronze no 4x100 m”, fala.

Na arbitragem, Allan começou nos anos 1980. Em 1998, Marti nho Nobre dos Santos, então secretário-geral da CBAt, ministrou um curso em Natal. Aprovado, ele providenciou seu registro na CBAt, graças à orientação de Manoel Traja-no Dantas Neto, também árbitro e ex-presidente da Fede-ração do Maranhão. “O Trajano foi importante para mim e para outros árbitros”, fala Allan, sem esconder a emo-ção, ao lembrar do amigo, que nos deixou há três anos.

Diretor de Árbitros da Federação poti guar por 14 anos, até 2013, ele fez cursos de Nível I e Nível II, da IAAF. Nos últi mos 15 anos, trabalhou na maioria dos grandes even-

tos realizados no País. Competi ções nacionais e interna-cionais, como Troféu Brasil Caixa de Atleti smo, GP Brasil, Campeonatos Sul-Americanos, Ibero-Americanos, Jogos Mundiais Militares...

E, fi nalmente, os Jogos Olímpicos e a Paralimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. “Na Olimpíada do Rio, fui o res-ponsável pela prova do salto em altura masculino”, afi rma.

“Foi uma rica experiência e fator moti vacional para conti nuar servindo a arbitragem nacional”, diz Allan, membro da diretoria da Associação Brasileira de Árbitros de Atleti smo (ABRAAT). “Minha ligação com o Atleti smo se fortaleceu na escola. Sou professor de educação fí sica nas Redes Estadual e Municipal”, ajunta. “Busco moti var os jovens estudantes a conhecer e prati car o nosso espor-te”, fi naliza.

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Allan de Medeiros Pinheiro: experiência na arbitragem

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CLUBE

Fundação de Esporte de Campo Mourão – FECAM

A Fundação de Esportes de Campo Mourão (FECAM) grava ano após ano o seu nome no Atleti smo do Pa-raná e do Brasil. A equipe, que completa 27 anos

no dia 11 de fevereiro próximo, obteve a maior conquista de sua história em 29 de outubro passado, ao ganhar o Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23, disputado em Porto Alegre (RS).

Com 16 atletas, a FECAM somou 181 pontos na clas-sifi cação geral, sendo campeã também no masculino, com 94, e terceira no feminino, com 87 pontos. A vitória foi muito comemorada pelos atletas na pista da Sogipa, sede da competi ção em 2017.

“Nossa cidade apoia os projetos do clube”, comenta o treinador Paulo César da Costa, o Paulinho, que coor-dena a área de esporte desde 1991. “Contamos, ainda, com a ajuda de lideranças e empresários locais. O Atle-ti smo é encarado como um agente transformador na so-ciedade. As crianças recebem nos treinamentos noções de cidadania e a oportunidade de crescer na vida. O es-porte é visto como um verdadeiro projeto social”, com-plementa o treinador.

Foi também um atleta da FECAM o destaque masculi-no do Brasileiro Sub-23, na capital gaúcha: Mikael Antonio de Jesus, campeão dos 400 m, 400 m com barreiras e 4x100 m. O paranaense de 20 anos está há 10 anos no projeto e já defendeu o Brasil em competi ções internacionais. No Mun-dial Sub-20 de Bydgoszcz, na Polônia, em julho de 2016, ele terminou em quarto lugar nos 400 m com barreiras.

Entre outros destaques, a equipe tem o marchador Bru-no Marques Fidelis, top 5 no Ranking Brasileiro dos 20 km; Jeff erson Alberto dos Santos, número 1 do Ranking Brasi-leiro Sub-20 do decatlo; e Maria Letí cia de Lima Peres, vi-ce-campeã brasileira no sub-20, nos 400 m com barreiras.

Em 2017, a FECAM trabalhou com cerca de 50 atletas, de 8 a 25 anos, parti cipando das competi ções ofi ciais es-taduais e nacionais, em todas as categorias de idade. Na temporada, a equipe conquistou o torneio de Atleti smo dos Jogos Abertos do Paraná.

A Caixa Econômica Federal é a patrocinadora máster da equipe. A FECAM ainda tem apoio da Unimed e Integrado, via Lei de incenti vo ao Esporte; do Insti tuto Vanderlei Cor-deiro de Lima; e de empresas da cidade.

Divulgação

Paulo César da Costa, o Paulinho, coordenador de esportes da FECAM

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Federação Acreana de Atleti smo - FACAtPresidente: Afonso Alves da Silva - E-mail: [email protected]

Federação Alagoana de Atleti smo - FAAtPresidente: Mahebal de Vasconcelos Santos - E-mail: [email protected]

Federação Atléti ca Maranhense - FAMAPresidente: Marcio Bati sta Miguens da Silva - E-mail: [email protected]

Federação Bahiana de Atleti smo - FBAPresidente: Og Robson de Menezes Chagas - E-mail: [email protected]

Federação Capixaba de Atleti smo - FECAtPresidente: André Schieck - E-mail: [email protected]

Federação Catarinense de Atleti smo - FCAPresidente: Deraldo Ferreira Oppa- E-mail: [email protected]

Federação Cearense de Atleti smo - FCAtPresidente: Jerry Welton Barbosa Gadelha - E-mail: [email protected]

Federação de Atleti smo de Mato Grosso - FAMTPresidente: Francisco Antonio da Silva - E-mail: [email protected]

Federação de Atleti smo de Mato Grosso do Sul - FAMSPresidente: Valéria Cristi na Gonçalves Calháo Silva - E-mail: [email protected]

Federação de Atleti smo de Rondônia - FAROPresidente: Walter Alves Brasil Filho - E-mail:[email protected]

Federação de Atleti smo do Amapá - FAApPresidente: Aldir de Azevedo Dantas - E-mail: [email protected]

Federação de Atleti smo do Distrito Federal - FAtDFPresidente: Alfi m Nunes de Souza - [email protected]

Federação de Atleti smo do Estado do Rio de Janeiro - FARJPresidente: Luz Marina de Souza - E-mail: [email protected]

FILIADAS

As Unidades da Federação que compõem a CBAt

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Federação de Atletismo do Estado do Rio Grande do Sul - FAERGSPresidente: Marcos Paulo Garcia de Andrade - E-mail: [email protected]

Federação de Atletismo do Estado do Tocantins - FATOPresidente: Maurício Monteiro da Rocha Marques - [email protected]

Federação de Atletismo do Paraná - FAPPresidente: Ubiratan Martins Junior - E-mail: [email protected]

Federação de Atletismo do Piauí - FAPIPresidente: Raul Alves Feitosa - E-mail: [email protected]

Federação Desportiva de Atletismo do Estado do Amazonas - FEDAEAMPresidente: Marleide de Farias Leite Borges - E-mail: [email protected]

Federação Goiana de Atletismo - FGAtPresidente: Genivaldo José Caixeta - E-mail: [email protected]

Federação Mineira de Atletismo - FMAPresidente: Mauro Roberto Fonseca França - E-mail: [email protected]

Federação Norte-Rio-Grandense de Atletismo - FNAPresidente: Maria Magnólia de Souza Figueiredo - E-mail: [email protected]

Federação Paraense de Atletismo - FPAtPresidente: Jacó Lameira do Carmo - E-mail:[email protected]

Federação Paraibana de Atletismo - FPbAPresidente: Jonatas Martins Soares - E-mail: [email protected]

Federação Paulista de Atletismo - FPAPresidente: Mauro Roberto Chekin - E-mail: [email protected]

Federação Pernambucana de Atletismo - FEPAPresidente: Daniel Ricardo Pereira - E-mail: [email protected]

Federação Roraimense de Atletismo - FERAPresidente: Carmono Cunha da Silva - E-mail: [email protected]

Federação Sergipana de Atletismo - FSAtPresidente: José Orliandes de Barros - E-mail: [email protected]

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SUPERAÇÃO

Clube de Regatas Vasco da Gama

Iimportante agremiação do País, o Clube de Regatas Vas-co da Gama nasceu num tempo em que o esporte ga-nhava força no Rio de Janeiro. Inicialmente, o Vasco teve

grandes momentos nas regatas, mas, já nas primeiras dé-cadas do século passado, tornou-se um dos maiores ti mes de futebol no Brasil.

O clube também escreveu grandes histórias no Atleti s-mo e foi duas vezes campeão do Troféu Brasil. E teve atle-tas de primeira linha, como o bicampeão olímpico do salto triplo na década de 1950, Adhemar Ferreira da Silva.

Nos anos 1970 os irmãos Rui e Delmo da Silva foram medalhistas na Copa do Mundo, respecti vamente no 4x100 m e 4x400 m, em Stutt gart, na Alemanha, em 1977. Rui foi, ainda, o quinto colocado nos 200 m na Olimpíada de Montreal, em 1976, no Canadá.

A equipe de Atleti smo é coordenada por Solange Chagas do Valle, que está no clube desde 1974, quando começou sua carreira de atleta. Anti ga barreirista, So-lange também é treinadora nas categorias de base. “Os recursos são, sempre, limitados, então buscamos fazer o máximo com o que temos”, ela explica. “É preciso que cada integrante da equipe busque a superação de forma permanente”, insiste.

“Para 2017, a nossa meta, realista, foi cumprida”, diz Solange. “Ficamos em quinto lugar no Troféu Brasil, em se-gundo no Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23 e em quarto no Brasileiro Sub-16”, prossegue.

Para 2018, os objeti vos de Solange e de seus companhei-ros da Comissão Técnica do Vasco são repeti r os bons resul-tados e saltar para o terceiro lugar no Troféu Brasil. Para isso, ela conta com uma equipe de 13 profi ssionais e dois esta-giários. Caso da treinadora Vânia Silva, técnica do velocista Aldemir Gomes da Silva Junior, principal atleta do clube.

No grupo há dois fi sioterapeutas e tem o apoio de mé-dicos e psicólogos do clube.

“No Rio temos algumas difi culdades para treinamen-to, não temos mais o Estádio Célio de Barros”, afi rma Solange. Aldemir, atleta olímpico, treina no CNTA/Rio, num convênio da Aeronáuti ca com a CBAt, no Campo dos Afonsos.

Os demais treinam no clube e na Quinta da Boa Vista. “Temos 280 atletas, 40 de elite e 240 das várias categorias de base”, fala Solange. Ela viu como positi vo o convênio da CBAt com o Comitê Brasileiro de Clubes. “Isso possibilitou a ida de boas equipes aos Campeonatos Sub-16 em Fortaleza e Sub-23 em Porto Alegre”, fi naliza.

Paulo Fernandes/vasco.com

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Solange Chagas do Valle, coordenadora de Atleti smo do Vasco