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Gestão em Marketing 10/08/2009 Disciplina: Dinâmica das Relações interpessoais [Este material é roteiro de estudo do curso Tecnólogo em Gestão em Marketing da Faculdade ICEC

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Gestão em Marketing

10/08/2009Disciplina: Dinâmica das Relações interpessoais

[Este material é roteiro de estudo do curso Tecnólogo em

Gestão em Marketing da Faculdade ICEC

Docente: Profª Esp. Carla [Queiroz.]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.

1.1 – Ementa

Demonstrar a importância da interação entre o indivíduo e a organização; do papel do líder nessas relações; da reflexão sobre o processo grupal, da administração de conflitos; da capacidade na tomada de decisão e negociação, interna ou externa à organização. Identificar a complexidade do universo individual e da organização como um todo: seus aspectos macro-estruturais, filosofia, missão, cultura, valores, sistemas de gestão e o “ajustamento” das pessoas, conciliando objetivos individuais e organizacionais.

1.2 – Carga horária- 30 HORAS

1.3 – Objetivos

Proporcionar ao participante do curso uma compreensão global acerca do fator relacionamento entre pessoas como competência essencial ao profissional de destaque;

Caracterizar Ética, moral e direito como elementos basal ao comportamento do ser humano; Identificar os fatores determinantes da percepção do outro e de si e suas conseqüências no

relacionamento interpessoal e geração de conflitos; Caracterizar as condições associadas aos processos de comunicação, cooperação, competição, coesão

e conformismo; Relacionar a comunicação aos papéis sociais, crenças e valores; Relacionar as relações humanas aos fatores de grupos, organizações e instituições;

1.4 – Conteúdo programático

1. Ética - Princípios éticos, moral e direito;

2. Comunicação

- Interações humanas em comunicação;- Comunicação humana;- Comunicação verbal e não verbal;- O corpo se comunica;- Ruídos na comunicação;

3. Gestão e mediação de conflitos

- Grupos sociais e comunicação;- Conflito, o que é?- A visão positiva do conflito;- Possíveis causas dos conflitos- Níveis de conflito;- Tipos de conflito;- Conflitos interpessoais nas organizações;- Áreas de conflito;- Conflitos interpessoais nas organizações.

4. Comunicação e sucesso profissional

- Habilidades necessárias ao sucesso pessoal e profissional. - As relações interpessoais entre os indivíduos. - Tensão pessoal e no emprego. - Assertividade e as relações em grupo.

1.5 – METODOLOGIA

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.

Aulas teórico-expositivas Apresentação e discussão de textos; Seminários

Aulas práticas (Atividades em Sala, Produções individuais e em grupo, Cases, Dinâmica de Grupo, discussão e pesquisas sobre formas de se comunicar e divulgar novos produtos e serviços no meio empresarial).

1.6 – CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO Avaliações sistemáticas, trabalhos escritos e semináriosO grau total que pode ser atribuído ao aluno obedecerá à seguinte ponderação:30 % por meio de organização, apresentação em seminário e trabalhos em grupo70% avaliação institucionalAvaliação global instituiçãoDuas provas teóricas/práticas bimestrais e trabalhos individuais ou em grupo, mais o projeto PIM, sempre envolvendo os assuntos voltados à gestão das organizações, sendo que a média do semestre será constituída por 40% da nota da P1, 40% da nota da P2 e 20 % da nota do PIM.

1.7 – BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Bibliografia Básica (títulos , periódicos, etc.)

Título/Periódico Autor Edição Local Editora Ano

Gestão de Pessoas GIL, Antônio Carlos - São Paulo Atlas 2001

Recursos Humanos CHIAVENATO, Idalberto - São Paulo Ed. Compacta 1998/2002

Bibliografia Complementar (títulos , periódicos, etc.)

Título/PeriódicoAUTOR

Edição Local Editora Ano

Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança

BERGAMINI, Cecília W. e CODA, Roberto

2 a. São Paulo Atlas 1997

O Guia dos Gurus BOYETT, Joseph 4 a.Rio de Janeiro

Campus 1999

Psicologia aplicada à administração

AGUIAR, M. A. F. 2ª. São Paulo Excellus 2000

Do gerente ao líder: a evolução do profissional

BOTELHO, Eduardo Ferreira

2 a. São Paulo Atlas 1993

A quinta disciplina SENGE, Peter 7 a. São Paulo Best Seler 2000

Provocar MudançasWIND, Jerry Yoram e

MAIN, Jeremy-

Rio de Janeiro

Qualitymark 2002

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.

1.8 -CURRÍCULO RESUMIDO PROFª ESP. CARLA QUEIROZ

Carla Queiroz é psicóloga, especialista em gestão de pessoas nas organizações, mestranda em Psicanálise, educação e sociedade, atua na área Organizacional e Desenvolvimento de Pessoas. Consultora responsável pelo Projeto Célula de emprego pela FGV, Analista de Recursos humanos da franqueada Coca-Coca em Mato grosso, gerente de recursos humanos na CDL Cuiabá e coordenadora de recursos humanos da franqueada O Boticário de Cuiabá. Nestas atividades profissionais foi responsável por toda gestão de Pessoas e Treinamento em programas de qualidade e atendimento ao público e analista de cargos e salários, responsável principalmente por programas de Qualidade de Vida no Trabalho.

Atualmente é gerente de RH e professora universitária de cursos de graduação e pós graduação em diversas áreas do conhecimento, supervisiona e orienta projetos de conclusão de curso.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.

1. Ética

1.1- Uma breve introdução

A palavra Ética é originada do grego ethos, (modo de ser, caráter) através do latim mos (ou no plural mores) (costumes, de onde se derivou a palavra moral.).

Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.

Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social.

Segundo Moreira (2002), Ética, enquanto filosofia é o estudo da conduta humana,essencial à vida em todos os aspectos, seja no pessoal, familiar, social ou profissional. Ela envolve os estudos de aprovação e desaprovação da ação dos homens, levando em consideração o valor do que poderia ser real nas ações honestas.

Desta forma, numa definição geral, ética se refere a teoria ou aos estudos sobre a pratica moral, analisando e criticando fundamentos e princípios que orientam ou justificam determinados conjuntos de valores morais. Enfatiza a virtude como prática do bem, como promotora da felicidade, seja individual ou coletiva, avaliando o desempenho humano sempre em relação as normas comportamentais.

1.2 -Moral é Ética

Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica, e buscando explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim.

A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa freqüencia a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.

Modernamente, a maioria das profissões têm o seu próprio código de ética profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, frequentemente incorporados à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.

1.3 Ética, Moral e Direito

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Evidencia-se a necessidade de serem observados pelas organizações os atuais anseios da sociedade por uma atuação ética. Tal necessidade requer a conscientização de todos sobre a importância da ética na atualidade. Assim, o tema “ética” faz-se imprescindível na pauta das discussões, porque, dentre as necessidades do homem contemporâneo, a necessidade ética desponta como uma das mais prementes.

1.4 Ética nas empresas

A intrincada teia de relacionamentos integra a vida do ser humano, tornando inafastável a necessidade da discussão sobre ética, porque “A dimensão ética começa quando entra em cena o outro. Toda lei, moral ou jurídica, regula relações interpessoais, inclusive aquelas com um Outro que a impõe.” (ECO, 2002: 9).

Consoante ZOBOLI (2002: 8): “[...] uma vez que a empresa, enquanto uma organização social deve dar conta de funções que a sociedade dela espera e exige assumindo suas responsabilidades neste âmbito, ela está obrigada a tomar decisões com implicações éticas”. Daí ser possível afirmar que “a empresa que busca somente os resultados ou as vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a largo prazo é uma necessidade de sobrevivência e neste aspecto a ética constitui um fator importante para os ganhos. Por si só, a ética não é condição para um bom negócio, mas o propicia.” (ZOBOLI, 2002: 8)

A sociedade atual exige das empresas um comportamento ético – a esse propósito cita-se a conscientização dos consumidores sobre a necessidade de defesa de seus direitos.

Segundo Sá (2000), o profissional tem dever ético de ser honesto integralmente,porém, se transgredir os princípios da honestidade não prejudica só seu cliente, mas pode prejudicar as pessoas que lhe rodeiam, influenciando negativamente. Ao praticar atos desleais, o indivíduo desvaloriza uma comunidade. Isto porque, não se pode chamar de honesto aquele que falta com a lealdade, e lealdade exige solidariedade, fidelidade, sinceridade e cumplicidade.Curso: Gestão MarketingContato: [email protected]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Quanto a importância ética do segredo entre as pessoas na organização, verifica-se um papel de “guardar” algo que é confiado, sendo obrigatório manter o sigilo. O segredo pode até não ter sido pedido, mas, por parecer óbvio, se for violado, enfraquece o vínculo estabelecido e o valor do profissional. Sendo assim, o ideal é a completa reserva sobre tudo o que se torna conhecimento na prática da profissão.

Segundo Sá (2000), os casos mais graves são os que se processam com a intenção de tirar proveito próprio. O rompimento de sigilo, nas áreas tributária são criminosos, podendo levar a proventos pecuniários, maculando a honra de quem rompe o silêncio, sendo neste caso, a infração ética notória, e a personalidade dessa pessoa de muito baixa qualificação.

No que se refere a competitividade nas organizações privadas, vale ressaltar que a virtude essencial na vida dos seres é atribuir a seus semelhantes o mesmo valor que a si se atribui, pois, o colega de profissão é geralmente aquela pessoa que se identifica conosco, estando na mesma prática, sujeitos aos mesmos problemas e as mesmas alegrias decorrentes da eficácia no desempenho.

Segundo Moreira (2002), é de vital importância que as empresas, ao decidirem assumir uma postura ética, coloquem em vigor um documento interno, cuja denominação, segundo o mesmo autor, é código de ética.

Relações Interpessoais, Social e Profissional

O HOMEM É UM SER SÓCIO-HISTÓRICO

A primeira coisa que podemos dizer sobre o homem é que ele pertence a uma espécie animal - Homo sapiens. Todos nós dependemos dos genes que recebemos de nossos ancestrais para formar nosso corpo, obedecendo as características de nossa espécie.A evolução do homem: Ancestral, A aferensis, H. habilis, H. sapiens sapiens.No entanto, a Biologia já nos ensinou que os genes se manifestam sob determinadas condições ambientais (físicas e sociais). Experiências demonstram que peixes com determinado gene para cor de olho, quando nascidos em um meio experimental distinto de seu meio natural, apresentam olhos de outra cor. É por isso que se diz que todos os traços, físicos ou mentais, normais ou não, são ao mesmo tempo genéticos e ambientais. Temos, portanto, um conjunto de traços herdados que, em contato com um ambiente determinado, têm como resultado um ser específico, individual e particular.O que a natureza (o biológico) dá ao homem quando ele nasce não basta, porém, para garantir sua vida em sociedade.Ele precisa adquirir várias aptidões, aprender as formas de satisfazer as necessidades, apropriar-se, enfim, do que a sociedade humana criou no decurso de seu desenvolvimento histórico.Se você pensar nas coisas que sabe fazer - escovar os dentes, comer com talheres, beber água no copo, jogar futebol e vídeo game, escrever, ler este texto, discuti-lo - compreenderá que nossas aptidões, nosso saber-fazer, não são transmitidos por hereditariedade biológica, mas adquiridos no decorrer da vida, por um processo de apropriação da cultura criado pelas gerações precedentes.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.HOMEM APRENDE A SER HOMEM

Não queremos dizer com isso que o homem esteja subtraído do campo de ação das leis biológicas, mas que as modificações biológicas hereditárias não determinam o desenvolvimento sócio-histórico do homem e da humanidade: dão-lhe sustentação. As condições biológicas permitem ao homem apropriar-se da cultura e formar as capacidades e funções psíquicas.A única aptidão inata no homem é a aptidão para a formação de outras aptidões. Essas aptidões se formarão a partir do contato com o mundo dos objetos e com fenômenos da realidade objetiva, resultado da experiência sócio-histórica da humanidade. É o mundo da ciência, da arte, dos instrumentos, da tecnologia, dos conceitos e idéias. Para se apropriar desse mundo, o homem desenvolve atividades que reproduzem os traços essenciais da atividade acumulada e cristalizada nesses produtos da cultura. São exemplos esclarecedores a aprendizagem do manuseio de instrumentos e a da linguagem.Os instrumentos humanos levam em si os traços característicos da criação humana. Estão neles fixadas as operações de trabalho historicamente elaboradas. Pense numa enxada ou em um lápis. A mão humana, que produziu esses objetos, subordina-se a eles, reorganizando os movimentos naturais do homem e formando capacidades motoras novas, capacidades que ficaram incorporadas nesses instrumentos.Também o domínio da linguagem não é outra coisa senão o processo de apropriação das significações e das operações fonéticas fixadas na língua. Assim, a assimilação pelo homem de sua cultura é um processo de reprodução no indivíduo das propriedades e aptidões historicamente formadas pela espécie humana. A criança, colocada diante do mundo dos objetos humanos, deve agir adequadamente nesse mundo para se apropriar da cultura, isto é, deve aprender a utilizar os objetos. Torna-se, então, condição fundamental para que isso ocorra, que as relações do indivíduo com o mundo dos objetos sejam mediadas pelas relações com os outros indivíduos. A criança é introduzida no mundo da cultura por outros indivíduos, que a guiam nesse mundo.H. Piéron resume esse pensamento em uma frase bastante interessante: "A criança, no momento do nascimento, não passa de um candidato à humanidade, mas não a pode alcançar no isolamento: deve aprender a ser um homem na relação com os outros homens".Duas imagens são interessantes aqui: ainda que coloquemos os objetos da cultura humana na gaiola de um animal, isso não torna possível a manifestação das propriedades específicas que estes objetos têm para o homem. O animal não se apropria desses objetos e das aptidões cristalizadas neles. Pode manuseá-los, mas eles não passarão de elementos do meio natural. O homem, ao contrário, aprenderá com os outros indivíduos a utilizá-los, extraindo do objeto aptidões motoras.Outra imagem é a de uma catástrofe no planeta que eliminasse todos os adultos e preservasse as crianças pequenas. A história seria interrompida, como afirma Leontiev: "Os tesouros da cultura continuariam a existir fisicamente, mas não existiria ninguém capaz de revelar às novas gerações o seu uso. As máquinas deixariam de funcionar, os livros ficariam sem leitores, as obras de arte perderiam a sua função estética. A história da humanidade teria de recomeçar."Se retomarmos agora a formação biológica de cada indivíduo, com cargas genéticas diferentes, poderemos postular aqui que as disposições inatas que individualizam cada homem, deixando marcas no seu desenvolvimento, não interferem no conteúdo ou na qualidade das possibilidades de Curso: Gestão MarketingContato: [email protected]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.desenvolvimento, mas apenas em alguns traços particulares da sua atividade. Assim, a partir do aprendizado ou da apropriação de uma língua tonal, os indivíduos, independentemente de suas cargas hereditárias, formarão o ouvido tonal (capaz de discernir a altura de um complexo sonoro e distinguir as relações tonais). No entanto, nessa população, alguém poderá ter herdado de seus pais ouvido absoluto, o que lhe dará uma acuidade auditiva diferenciada, possibilitando-lhe tornar-se um músico brilhante.Essas diferenças entre os indivíduos existem, mas não são elas que justificam as grandes diferenças que temos em nossa sociedade. Pois, repetindo, essas diferenças biológicas geram apenas alguns traços particulares na atividade dos indivíduos. Ou seja, todos aprendem a fazer, só que cobrem seu fazer com alguns traços particulares, singulares, individuais. As nossas diferenças sociais são muito maiores - temos crianças que sabem fazer e outras que não aprenderam e, portanto, não desenvolveram certas aptidões. Essas diferenças estão fundadas no acesso à cultura, que em nossa sociedade se dá de forma desigual. Existem crianças que não têm brinquedos sofisticados, e até aquelas que não têm os mais comuns; crianças que não manuseiam talheres ou lápis; crianças que não andam de bicicleta, ou que nunca viajaram. Temos até muitos adultos que não aprenderam a ler e escrever e, portanto, nunca leram um livro; que nunca saíram do local onde nasceram e não sabem que o homem já vai à Lua; nunca viram um avião, nem imaginam o que seja um computador. Esses são alguns exemplos. Não precisamos nos alongar, porque você, com certeza, já percebeu essas diferenças. Ora, se desenvolvemos nossa humanidade a partir da apropriação das realizações do progresso histórico, é claro que, numa sociedade onde essa igualdade não ocorre, fica excluída a possibilidade de igualdade entre os indivíduos. "É por isso que a questão das perspectivas de desenvolvimento psíquico do homem e da humanidade põe antes de mais nada o problema de uma organização equitativa e sensata da vida da sociedade humana - de uma organização que dê a cada um a possibilidade prática de se apropriar das realizações do progresso histórico e participar enquanto criador no crescimento destas realizações", podendo cada um desenvolver seu potencial para que se expressem suas particularidades.

O QUE CARACTERIZA O HUMANO?Quando nos colocamos essa questão, estamos querendo explicitar as propriedades ou características que fazem do animal homem um ser humano. O que nos distingue dos outros seres? Quais são nossas particularidades enquanto seres humanos?

O HOMEM TRABALHA E UTILIZA INSTRUMENTOS

Inicialmente, salientamos como característica humana o trabalho e o uso de instrumentos. Alguns animais, talvez a maioria deles, executam atividades que se assemelham ao trabalho humano: a aranha que tece a teia, a abelha que fabrica a colméia e as formigas que incessantemente carregam folhas e restos de animais para sua "cidadela". E poderíamos dizer que as operações desses animais se assemelham às de trabalhadores humanos - tecelões, arquitetos e operários. Mas o mais inábil trabalhador humano difere do mais "habilidoso" animal, pois, antes de iniciar seu trabalho, já o planejou em sua cabeça. No término do processo de trabalho, o homem obtém como resultado algo

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.que já existia em sua mente. O trabalho humano está subordinado à vontade e ao pensamento conceitual.

O uso de instrumentos também não é exatamente uma novidade no mundo animal. O castor, o macaco, algumas espécies de aves também fazem uso de instrumentos. Mas esse uso está marcado pelo fato de o animal não ter consciência disso. Se um macaco vê à sua frente um pedaço de pau, poderá com ele tentar apanhar uma fruta em local pouco acessível, mas, senão há nenhum instrumento à vista, ele fica sem a fruta. O macaco não tem condições de raciocinar: "Poxa, e aquele pauzinho que eu usei ontem, onde será que eu deixei?". O macaco tem a imagem do instrumento, mas não tem o conceito de instrumento. Ele aprende a utilizá-lo, mas não pode dizer ou pensar para que serve.

Uma breve história de um experimento poderá ajudar a entendermos esta afirmação de que o macaco aprende mas não conceitua.

Numa oportunidade, exatamente para testar este ponto, alguns psicólogos treinaram um macaco de laboratório para apagar fogo - um macaco bombeiro. Primeiro, sabendo que o macaco gostava muito de maçã, eles o treinaram para apanhar uma maçã em uma plataforma um pouco distante de sua gaiola. Sempre que tocava um sinal, o macaco corria em direção à maçã. O próximo passo, sabendo do verdadeiro pavor que os macacos têm do fogo, foi colocar em volta da maçã um pequeno círculo de fogo. Naturalmente, o macaco desistiu da maçã. Em seguida, por meio de condicionamento, ensinaram o pequeno animal a usar um balde com água para apagar o fogo. Depois de bem treinado, veio o passo final. Colocaram a plataforma com a maçã e o círculo de fogo no meio de um tanque com água com altura suficiente para o macaco atravessá-lo. Resultado: o macaco foi até o lugar onde estava a maçã, viu o fogo, saiu do tanque e foi apanhar o balde com água para apagá-lo.

Veja só, o macaco aprendeu a usar o conteúdo do balde para apagar o fogo, mas não foi capaz de conceitualizá-lo, já que não percebeu que o conteúdo do balde era o mesmo do tanque. Entretanto, se estivesse com sede, ele beberia indistintamente tanto o conteúdo do tanque como o do balde. Então, para que o instrumento seja considerado um instrumento de trabalho, é necessário que a sua representação na mente seja conceitualizada e, desta maneira, transforme-se em um primeiro dado de consciência.

2.Comunicação e sucesso profissional

INTERAÇÕES HUMANAS

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

- Onde há duas pessoas, há um relacionamento.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.As relações interpessoais tiveram como um de seus primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que “A produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais”.

As relações humanas entre indivíduos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as características de seus componentes e se manifesta não só na relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas relações que os membros de um grupo mantêm entre si.

Do ponto de vista teórico as relações humanas resultam da mútua interação interindividual e coletiva, esta interação gera uma dinâmica que é uma área das ciências sociais, em particular da sociologia e da psicologia, chamada de dinâmica de grupos, esta procura aplicar métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais.

Do ponto de vista aplicado ou técnico, as relações humanas são medidas e direcionadas pela dinâmica de grupos, que é o método de trabalho baseado na teoria do relacionamento interpessoal e intermodal

Não é surpresa para ninguém que as pessoas diferem umas das outras, não havendo dois seres iguais no mundo. O homem sempre teve consciência das suas características individuais, das suas necessidades diferenciadas. Vejamos o exemplo de dois irmãos que foram gerados por pais de uma única família, tiveram a mesma criação, a mesma educação social e moral, mas desde pequenos demonstram características diferentes no comportamento no caráter moral e social.

Então façamos as perguntas: “Por que os indivíduos diferem entre si? Quais são os fatores que produzem variações comportamentais?”

Essas perguntas estimulam longas discussões. Além de sua importância teórica, o problema da causa das diferenças individuais tem significado prático de longo alcance em muitos campos. Entender o que impulsiona o indivíduo para estabelecer seus contatos, bem como as formas de comportamento adotados em uma ou outra situação são temas que, entre outros, vãos servir de subsídio para um relacionamento interpessoal rico e produtivo.

Sendo assim, qualquer atividade destinada a melhorar o desenvolvimento das relações entre as pessoas precisa basear-se na compreensão dos aspectos que influenciam o total desenvolvimento. Observar com atenção os fatores que caracterizam uma relação harmoniosa entre as pessoas é saber respeitar cada indivíduo com suas características e peculiaridades.

Não é fácil aceitar às vezes nem mesmo as nossas próprias atitudes, então precisamos aprender que, se quisermos nos relacionar adequadamente com outro indivíduo, precisamos nos relacionar bem primeiro com nós mesmos, vencendo nossos obstáculos internos (medos, desconfiança, insegurança, etc).

Como lido no início deste texto, “Onde há duas pessoas, há um relacionamento”, e assim sendo, com certeza estaremos falando em conflitos de crenças, costumes, gostos, educação, etc., pois relacionamentos são repletos de ‘surpresas’, que distinguem um indivíduo do outro. Curso: Gestão MarketingContato: [email protected]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Se abordarmos as relações humanas num contexto mais profundo, perceberemos que as nossas começam quando ainda estamos no útero de nossas mães. O primeiro contato, a primeira sensação de segurança, vem deste íntimo uterino, quando estamos sendo gerados. Infelizmente não nos lembramos das palavras carinhosas e nem dos afagos, mas essas primeiras informações nos são registradas no sótão do nosso sub-incosnciente, e desta fase surgem as nossas primeiras características como indivíduo.

RELAÇÕES INTERPESSOAIS, SOCIAL E PROFISSIONAL

“Relações Humanas”. Juntas, estas duas palavras traduzem o significado do convívio social humano.

Os relacionamentos podem existir por vários motivos.

Nós podemos nos relacionar com as pessoas profissionalmente ou simplesmente porque tivemos empatia por ela(s), ou ainda por vários outros motivos. O que devemos avaliar no momento do relacionamento é o seu propósito, principalmente para que não se tenha ambivalência nas interpretações.

No momento, falamos do ponto de vista profissional. Se as pessoas aprendessem a se relacionar profissionalmente de forma correta, poderíamos evitar muitos problemas nos locais de trabalho.

No ambiente de trabalho o que predomina e o que devemos avaliar são as condições para uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice versa.

Identificando o real motivo e o propósito de um relacionamento, estaremos caminhando dentro de um processo evolutivo para alcançarmos com êxito um bom relacionamento com os nossos colegas de trabalho.

A base concreta para um bom relacionamento é ter percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos limites e regras que fazem a relação social serem harmônica.

Conceito De Grupos Sociais

- Como visto em “Relações Humanas”:

- Onde houver dois indivíduos em convivência teremos concretizado um relacionamento.

Aqui, veremos que, além de um relacionamento, ainda teremos a formação de um grupo social. E quais são esses grupos, e como eles se formam?

Um grupo social será formado sempre que se tenha um objetivo comum entre os indivíduos, caso contrário, ou seja, quando não há objetivo comum, não poderemos dizer que temos um grupo social, mas sim um agrupamento de pessoas.

Os grupos sociais existentes são os mais diversos:

Família: pais, filhos, parentes... Grupos de trabalho

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.

Grupo da cerveja Grupo do clube de esportes: natação, vôlei, futebol, etc. Ou simplesmente para conversar...

Os grupos sociais ainda recebem classificações como: a) Grupo organizado - se um grupo for planejado, ou premeditada a sua formação.

Exemplo: amigos de bairro, time de futebol, família, etc.

b) Grupo involuntário - se um grupo for formado esporadicamente, sem intenção “de”,

Exemplo: crianças que se reúnem um parque de diversões, pessoas que esperam por uma condução no “ponto de ônibus”, etc.

Um grupo social ainda poderá sofrer com as individualidades de cada membro, influenciando-o ainda mais, apesar de suas características básicas, acima vistas, serem claras.

Pesquisas efetuadas por meios sociológicos, apontam que a formação de um grupo social é baseada muitas vezes na simpatia, na amizade e até mesmo, em alguns casos, pelo inverso (antipatia, descaso, desinteresse, etc.). Tal constatação também indica o sucesso ou ao insucesso do grupo.

Falando mais claramente, o que aproxima as pessoas são as características peculiares de cada indivíduo, da mesma forma que os afastam também os aproximam.

Exemplo:

Uma pianista gorda pode parecer feia para uma esteticista, mas a mesma senhora pode parecer bonita e agradável para um pianista, pois gostam da mesma coisa.

Se pararmos para pensar, chegaremos à conclusão de que esta senhora pode ser bonita para a esteticista, pois ela pode achar que a senhora lhe será útil naquele momento, e o pianista a achará feia, pois apesar dela gostar de piano, ele preferiria estar tocando para uma jovem. Concluí-se que nestes dois casos acima, apesar dos mesmos coadjuvantes, é que os motivos que os unem e os que os separam são o interesse, o sentimento e vontade de cada um, em um dado momento, variável com o tempo!

O HOMEM CRIA E UTILIZA A LINGUAGEM

Para o psicólogo Alexis Leontiev, a linguagem é o elemento concreto que permite ao homem ter consciência das coisas. Mas, para chegar até a linguagem, houve alguns antecedentes. Se raciocinarmos em termos evolutivos (teoria evolucionista de Darwin), o homem teve sua origem a partir de um antropóide.

As condições para que o homem chegasse até a linguagem foram as seguintes:

1. Esse antropóide aprendeu a andar sem usar as mãos, ficou ereto e com as mãos livres;

2. Esse antropóide vivia em grupo (como ocorreu com muitas espécies de macacos);

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.3. Esse grupo de antropóides tinha dedo opositor, o que permitia a utilização de instrumentos (por exemplo, um pedaço de pau para apanhar alimentos);

4. O sistema nervoso dispunha de suporte mínimo para o desenvolvimento da linguagem.

No decorrer da evolução do homem atual (são cerca de 5 milhões de anos desde o aparecimento do australopithecus aferensis, primeiro antropóide ou macaco com características humanóides, até o homo neanderthalensi e o homo sapiens primitivos -nossos antepassados diretos, que provavelmente surgiram há 30 mil anos), aprendemos a transformar o instrumento em instrumento de trabalho (instrumento com objetivo determinado), a registrá-lo simbolicamente em nosso sistema nervoso central (aparecimento da consciência) e a denominá-lo (aparecimento da linguagem). Este desenvolvimento foi, evidentemente, muito lento (5 milhões de anos representam muito, mas muito tempo mesmo...). Cada avanço representou uma enorme conquista para o desenvolvimento da humanidade. A descoberta de que a vocalização (transformação de um grunhido em som com significado) poderia ser usada na comunicação equivale, nos tempos atuais, à descoberta dos chips eletrônicos. O fato é que o instrumento de trabalho induz o aparecimento da consciência (isso ocorre de forma concomitante) e cria as condições para o surgimento da linguagem - três condições que impulsionam o desenvolvimento humano.

O HOMEM COMPREENDE O MUNDO AO SEU REDOR

Todos nós já observamos o comportamento de uma pequena aranha na sua teia. A teia é tecida para garantir sua alimentação e, quando um desavisado inseto bate nessa teia, fica preso a ela. Pronto, o almoço está garantido! O inseto, que também luta pela sobrevivência, debate-se tentando escapar da armadilha. Esta vibração é uma espécie de aviso para a aranha, que dispara em direção a ela e envolve o inseto, aplicando-lhe seu veneno. Se nós pegarmos um diapasão e vibrarmos esse instrumento junto à teia da aranha, estaremos simulando uma situação parecida com a vibração causada pelo inseto. O resultado é que a aranha irá ao encontro do ponto de vibração e envolverá com seu fio aquele ponto vibrante sem nenhum inseto. Esta simples experiência demonstra que o comportamento da aranha é predeterminado, geneticamente marcado.O homem, diferentemente, compreende o que ocorre na realidade ambiente. Quando percebemos algo, refletimos esse real na forma de imagem em nosso pensamento. Muitos animais apresentam essa possibilidade. Mas nós, homens, compreendemos - relacionando e conceituando - o que está a nossa volta. A consciência reflete o mundo objetivo. É a construção, no nível subjetivo, da realidade objetiva. Sua formação se deve ao trabalho e às relações sociais surgidas entre os homens no decorrer da produção dos meios necessários para a vida. Este fator fundamental, a consciência, separa o homem dos outros animais e é o que lhe dá condições de avaliar o mundo que o cerca e a si mesmo. Só o homem é capaz de fazer uma poesia perguntando uma coisa muito difícil de responder: Quem sou eu? De onde vim?Sem dúvida, a compreensão ou o saber que o homem desenvolve sobre a realidade ambiente não se encontra todo como saber consciente - conhecimento. O homem sabe seu mundo de várias formas: através das emoções e sentimentos e através do inconsciente. Portanto, essas formas também se

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.constituem como características do humano. A consciência (incluída a consciência de si), sentimentos e emoções, o inconsciente podem ser reunidos no que chamamos, em Psicologia, subjetividade ou mundo interno.

O HOMEM EM SOCIEDADE – O HOMEM É UM SER SOCIAL

A interação social, a interdependência entre os indivíduos, o encontro social são os objetos investigados por essa área da Psicologia. Assim, vamos falar dos principais conceitos da Psicologia social a partir do ponto de vista do encontro social.Dessa perspectiva, os principais conceitos são: a percepção social e a comunicação; as atitudes; a mudança de atitudes; o processo de socialização; os grupos sociais e os papéis sociais.

PERCEPÇÃO SOCIALPercebemo-nos nossa suposição e nosso ponto de partida. O primeiro processo um ao outro desencadeado é o da percepção social. Percebemo-nos um ao outro. E percebemos não só a presença do outro, mas o conjunto de características que apresenta, o que nos possibilita "ter uma impressão" dele.Essa impressão é possível porque, a partir de nossos contatos com o mundo, vamos organizando estas informações em nossa cognição (organização do conhecimento no nível da consciência), e é esta organização que nos permitirá compreender ou categorizar um novo fato. Assim, se você estiver vestido de calça jeans, camiseta, tênis e com cadernos e livros nas mãos, a sua aparência nos permitirá percebê-lo como um estudante. E nós, com o dobro de sua idade e um estilo semelhante de vestir, seremos categorizados como professores. A percepção é, pois, um processo que vai desde a recepção do estímulo pelos órgãos dos sentidos até a atribuição de significado ao estímulo.

COMUNICAÇÃO

Quando percebemos (condição para o encontro), podemos dizer que já teve início a comunicação. A comunicação é um processo que envolve codificação (formação de um sistema de códigos) e decodificação (a forma de procurar entender a codificação) de mensagens. Essas mensagens permitem a troca de informações entre os indivíduos.Muito prazer, dizemos nós a você. Esta é a mensagem que lhe enviamos. Para isso utilizamos o código que é comum entre nós. Você recebe esta mensagem, decodifica-a e então tem condições de nos responder: - Eu também tenho prazer em conhecê-los (nova mensagem, no mesmo código, e que, por sua vez, será decodificada por nós).

Comunicação não verbalA comunicação não é constituída apenas de código verbal. Também utilizamos para a comunicação expressões de rosto, gestos, movimentos, desenhos e sinais. A partir deste esquema básico da comunicação: transmissor (aquele que codifica), mensagem (transmitida utilizando um código), receptor (aquele que decodifica), a Psicologia social estudou o processo de interdependência e de influência entre as pessoas que se comunicam, respondendo a questões do tipo: como se dá a

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.influência, quais as características da mensagem, como aumentar nosso poder de persuasão através da comunicação e quais os processos psicológicos envolvidos na comunicação?Hoje se comunicar é uma questão de sobrevivência profissional, seja dentro de qualquer organização, seja no mercado de trabalho como um todo.

A boa comunicação é vital para uma empresa. Tem muitas formas: falar, escrever, ouvir, gesticular..., mas um único objetivo que é a transmissão de uma mensagem a um receptor. Use a comunicação para lidar bem com as informações e melhorar as relações no trabalho

Há pelo menos duas partes envolvidas em qualquer processo de comunicação. Cada uma delas pode ter necessidades, posições e desejos distintos. Necessidades e desejos podem se tornar barreiras, se entrarem em choque com os da outra parte. Por sua vez, tais barreiras podem impedir a chegada ou saída de mensagens certas. Para ter sucesso, qualquer comunicação deve superar barreiras e o primeiro passo é reconhecer a existência delas.

Comunicação positiva: Um dos primeiros passos para a boa comunicação é quebrar barreiras. Olhos nos olhos, atenção ao que o outro diz, , são técnicas para uma comunicação eficiente.

Escolha o meio:

Quando as mensagens são importantes, a seleção do meio é essencial. A primeira grande escolha se dá entre o falado e o escrito. Quando se procura rapidez e conveniência, a fala é a melhor forma de comunicação. Se quiser algo formal e permanente, que seja permitido obter mais retornos, a escrita é a opção adequada.

Três regras de Clareza:

1) Tenha claro que mensagem quer transmitir;2) Seja breve e direto ao “transmitir” a mensagem;3) Verifique se sua mensagem foi entendida claramente.

Faça combinações:

As formas de comunicação podem ser classificadas em cinco grupos: a palavra escrita, a palavra falada (e ouvida), o gesto, a imagem visual e a combinação de todos eles. Os quatro primeiros grupos funcionam individualmente, mas hoje se sabe que o uso combinado de duas ou mais formas diferentes de comunicação aumenta o interesse, a retenção de informações e a compreensão. As formas combinadas são ferramentas poderosas de comunicação.

Exemplos de combinação são a mídia comercial (como a TV, que usa imagem, som etc.) e a mídia eletrônica (como as páginas de WEB com multimídia). A multimídia, aliás, permite aproveitar melhor os elementos visuais e seu uso vem aumentando com a necessidade de se comunicar com um grande número de pessoas, por exemplo, com funcionários de uma grande empresa.

Tipos de Comunicação:

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Palavra escrita: base de qualquer sociedade. É muito utilizada nas organizações por ser relativamente acessível (Cartas, relatórios...);

Palavra Falada: só funciona quando ouvida pelas pessoas certas (conversas, chamadas telefônicas...), a troca de palavras ao vivo ou por telefone tem efeito imediato e é por este meio que costuma funcionar o dia-a-dia de uma organização;

Gestos Simbólicos: qualquer comportamento positivo ou negativo que possa ser visto ou ouvido pelo público (expressões faciais, silêncio, postura...). A linguagem do corpo e as ações afetam pessoas de forma profunda e inconsciente;

Imagens: podem ser percebidas por um público alvo (pinturas, ilustrações...). Recursos visuais que podem transmitir poderosas mensagens que chegam ao consciente e ao sub-consciente das pessoas;

Multimídia: combina diferentes formas, muitas vezes com uso da TI “Tecnologia da Informação”. É mais interativa pode tornar um meio mais eficiente, sua utilização profissional traz melhores resultados.

Como Ouvir:

Crie empatia: para encorajar quem está falando e conseguir informações de modo solidário. Imaginando-se no lugar da outra pessoa tente entender o que ela está pensando e deixe-a sentir-se confortável. Fale pouco, preste muita atenção no que o outro está dizendo, use gestos de apoio e palavras de estímulo.

Analise: recorrer a perguntas para descobrir razões por trás do que é dito. Ser cuidadoso ao questionar, extrairá novas pistas das respostas e poderá usar o que ouviu para formular as próximas perguntas.

Busque uma síntese: para promover a troca de informações na direção de um objetivo. Faça declarações a que os outros possam responder com idéias. Ouça e responda de forma a sugerir quais idéias poderiam ser para aproveitadas e como implementa-las. Tenha uma solução alternativa engatilhada em sua próxima pergunta.

OUÇA

RESPONDA

AJA

Lembre-se:

Tenha a mente aberta para o que as pessoas dizem; Tome cuidado com o tom de voz; Faça perguntas específicas se quiser ouvir uma resposta específica, tenha uma lista de

perguntas prontas; Coloque no papel as promessas para evitar mal-entendidos;

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Você inspira confiança no outro ao ouvi-lo com atenção; Tome como verdade o que lhe é dito, até que se prove o contrário; Mal-entendidos são causados pela vontade de só ouvir o que você quer ouvir; Interrupções constantes podem desencorajar uma pessoa que tenha dificuldade em

exprimir seu ponto de vista; Pense nas palavras que você está ouvindo, não na pessoa que fala – Preconceitos.

2.7 -Comunicação Humana

Falando em Atitudes...A partir da percepção do meio social e dos outros, o indivíduo vai organizando estas informações, relacionando-as com afetos (positivos ou negativos) e desenvolvendo uma predisposição para agir (favorável ou desfavoravelmente) em relação às pessoas e aos objetos presentes no meio social. À essas informações com forte carga afetiva, que predispõem o indivíduo para uma determinada ação (comportamento), damos o nome de atitudes.As atitudes possibilitam-nos certa regularidade na relação com o meio. Temos atitudes positivas em relação a determinados objetos ou pessoas, o que nos predispõe a uma ação favorável em relação a eles. Isto porque os componentes da atitude - informações, afeto e predisposição para a ação - tendem a ser congruentes. Assim, se você se apresenta como estudante e traz em suas mãos este livro escrito por nós, a possibilidade de desenvolvermos uma atitude positiva em relação a você é muito grande, pois já temos anteriormente informações e afetos positivos em relação a estudantes, principalmente aos que estão lendo nosso livro. Dessa forma, é de se esperar que nosso comportamento em relação a você seja "favorável": iremos cumprimentá-lo, convidá-lo para tomar um café na cantina etc.As atitudes são, assim, bons preditores de comportamentos. No entanto, não é com tanta facilidade que conseguimos prever o comportamento de alguém a partir do conhecimento de sua atitude, pois nosso comportamento é resultante também da situação dada e de várias atitudes mobilizadas em determinada situação. Então, por exemplo, se estamos atrasados para um compromisso no momento em que encontramos você, é possível que nossa previsão de comportamento favorável não se concretize, pois a situação dada apresenta outros elementos que modificam o comportamento esperado.

MUDANÇA DE ATITUDESNossas atitudes podem ser modificadas a partir de novas informações, novos afetos ou novos comportamentos ou situações. Assim, podemos mudar nossa atitude em relação a um determinado objeto porque descobrimos que ele faz bem à saúde ou nos ajuda de alguma forma. Por exemplo, se você desenvolveu uma atitude negativa em relação ao nosso livro porque não gostou da capa, esperamos que após sua leitura você possa modificá-la pela constatação de que ele o ajuda, de alguma forma, a compreender melhor o mundo.Podemos ainda mudar uma atitude quando somos obrigados a nos comportar em desacordo com ela. Exemplo: você não gosta dos rapazes que moram no seu prédio (atitude negativa), mas será obrigado a conviver com eles, porque passaram a estudar na mesma classe. Para evitar uma tensão Curso: Gestão MarketingContato: [email protected]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.constante, que o levaria a um conflito, você tentará descobrir aspectos positivos neles (como o fato de serem bons alunos ou muito requisitados pelas garotas), que permitam uma aproximação e a mudança de atitude (atitude positiva).Existe uma forte tendência a manter os componentes das atitudes em consonância. Informações positivas sobre os rapazes, por exemplo, levarão a afeto positivo. Informação positiva e afeto positivo levam a um comportamento favorável na direção do objeto.

2.9 -FEEDBACK

O termo feedback é utilizado na eletrônica e significa retroalimentação. Nas empresas, o feedback é utilizado como uma ferramenta extremamente útil na condução das relações humanas. As pessoas se comunicam umas com as outras e dão feedback de suas ações e atitudes constantemente. O feedback dentro de uma organização é importante para a manutenção de um bom clima organizacional. Para que um feedback se torne útil é preciso que ele seja: descritivo (que tenha a essência do tema), específico (mostrando objetividade), compatível com as necessidades do comunicador e do receptor (que atenda a cada um de maneira igualitaria), dirigido (não vale carapuça, é necessário indicar claramente a quem esta dirigido o feedback), solicitado (sempre estar disponivel quando solicitado), oportuno (para que haja fluência no relacionamento) e esclarecido (o outro lado precisa saber exatamente que se trata de um feedback). A dificuldade de receber feedback está no fato de não aceitarmos nossas ineficiências, neste sentido, podemos dizer que quanto menor o nivel de feedback em uma organização, menor seu nível de transparência e consequentemente maior indice de ineficiência, ainda que imbutida.Já o dar feedback é dificultado quando há conflitos de interesses, levando a situações pessoais indesejáveis para o bom andamento das empresas.As pessoas em sua grande maioria não estão preparadas para receber feedback ,sendo assim, as empresas e seus líderes devem estimular esta cultura entre seus colaboradores.Para que as empresas superem estas dificuldades é preciso: estabelecer relação de confiança entre os funcionários, reconhecer o feedback como um processo que leva tempo e uma boa educação corporativa, aprender a ouvir, aprender a dar feedback de forma habilidosa. O Feed-Back é importante para facilitar o relacionamento interpessoal, sem esta ferramenta dificilmente uma organização poderá sustentar suas atividades, porém, o Feed-Back deve ser o ideal, ou seja, deve ser feito de uma forma que haja um melhor retorno de uma pessoa para outra, que seja entendido o resultado das ações e das melhorias desenvolvidas neste relacionamento. Enfim, o Feed-Back torna-se uma ferramenta fundamental para o sucesso do administrador moderno

3- Gestão e mediação de conflitos

GRUPOS SOCIAIS – Grupos de Trabalho

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Sempre que há formação de grupos, estes são formados por pessoas e são potencialmente fontes geradoras de conflito.Claro que existem as organizações ou elementos que servem de intermediários entre o conjunto social mais amplo e o indivíduo. Essa intermediação é feita pelos grupos sociais.Assim, quando se dá esse nosso encontro, poderíamos dizer que se estão encontrando representantes de diferentes grupos sociais: você, representando sua família, seus grupos de amigos, seu grupo racial, seu grupo religioso etc. e, de outro lado, nós, representando nossos grupos de pertencimento, ou de referência, que são aqueles a que pertencemos ou em que nos referenciamos para saber como nos comportar, o que dizer, como perceber o outro, do que gostar ou não gostar.Os grupos sociais são pequenas organizações de indivíduos que, possuindo objetivos comuns, desenvolvem ações na direção desses objetivos. Para garantir essa organização, possuem normas; formas de pressionar seus integrantes para que se conformem às normas; um funcionamento determinado, com tarefas e funções distribuídas entre seus membros; formas de cooperação e de competição; apresentam aspectos que atraem os indivíduos, impedindo que abandonem o grupo..

PAPÉIS SOCIAISE para terminarmos esse nosso encontro social precisamos lidar um pouco ainda dos papéis sociais.Entendida a sociedade como um conjunto de posições sociais (como a posição de médico, de professor, de aluno, de filho, pai), todas as expectativas de comportamento estabelecidas, pelo conjunto social para os ocupantes das diferentes posições sociais determinam o chamado papel prescrito. Assim, sabemos o que esperar de alguém que ocupa uma determinada posição. Portanto, no nosso encontro, ao sabermos que você é um estudante, saberemos também alguns comportamentos que deveremos esperar de você, e, por sua vez, você saberá o que esperar de nós, professores.Todos os comportamentos que manifestamos no nosso encontro são chamados, na Psicologia social, de papel desempenhado por sua vez, podem ou não estar de acordo com a prescrição social, isto é, as normas prescritas socialmente para o desempenho de um determinado papel.Os papéis sociais permitem-nos compreender a situação social, pois são referências para a nossa percepção do outro, ao mesmo tempo que são referências para o nosso próprio comportamento. Se no encontro social nos apresentamos como ocupantes da posição de professores ou autores de um livro, sabemos como nos comportar, porque aprendemos, no decorrer de nossa socialização, o que está prescrito para os ocupantes dessas posições. Se formos convidados a proferir uma palestra na sua escola, não iremos vestidos como se estivéssemos indo para o clube. E aqui vale a pena ressaltar que, quando aprendemos um papel social, aprendemos também o papel complementar, isto é, quando aprendemos a nos comportar como alunos, desde o início de nossa vida escolar, estamos também aprendendo o papel do outro com quem interagimos - o papel do professor.Os diferentes papéis sociais e a nossa enorme plasticidade como seres humanos permitem que nos adaptemos às diferentes situações sociais e que sejamos capazes de nos comportar diferentemente em cada uma delas.Aprender os nossos papéis sociais é, na realidade, aprender o conjunto de rituais que nossa sociedade criou.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Para finalizar, torna-se importante deixar registrado que cada encontro social, cada momento de comunicação e interação entre as pessoas são sempre momentos de nosso processo de socialização, que é ininterrupto no decorrer de nossas vidas.

CONFLITOS NO GRUPO DE TRABALHO

CONFLITO, O QUE É? Conflito vem do latim conflictus. Originário do verbo confligo, confligere. Choque entre duas coisas, embate de pessoas que lutam entre si. Na base, o radical grego flag que também aparece em flagelar. Diz-se do embate violento entre duas forças contrárias. É um estado de coisas onde duas ou mais partes reclamam a posse da mesma coisa quando esta não pode ser possuída simultaneamente pelas várias partes que a querem possuir. Trata-se de situação normal em qualquer sistema social e condição fundamental para o desenvolvimento, se o sistema dispuser de condições para a resolução dos conflitos. Podem existir os mais variados conflitos, desde os conflitos de valores aos conflitos de interesses, para não falarmos dos próprios conflitos territoriais. Já Platão considerava a política como uma arte de conciliar contrários, semelhante à do tecelão, onde reinar é fazer juntar e convergir grupos opostos de seres humanos e até qualidades contrárias, como a bravura e a doçura.

Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional. É possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar na evolução de uma sociedade ou organização.

Se observarmos a história, até há pouco tempo a ausência de conflitos era encarada como expressão de bom ambiente, boas relações e, no caso das organizações, como sinal de competência. Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultante da ação e do comportamento de pessoas indesejáveis, associado à agressividade, ao confronto físico e verbal e a sentimentos negativos, os quais eram considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre as pessoas e, conseqüentemente, ao bom funcionamento das organizações.

VISÃO POSITIVA DO CONFLITO

De acordo com Nascimento (2002, p. 47), o conflito é fonte de idéias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se revela positivo, pois permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores. Em alguns momentos, e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário se não se quiser entrar num processo de estagnação. Assim, os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como lidamos com eles é que pode gerar algumas reações.

A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação.

Para entender um pouco mais a visão positiva de conflito iremos conceituá-lo aqui como um processo onde uma das partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os Curso: Gestão MarketingContato: [email protected]

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.seus interesses. Isto quer dizer que no dia-a-dia vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando ou mesmo impedindo o atingimento de nossos objetivos? Assim, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, disputas ou ataques físicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com a adoção de uma ação adequada e positiva.

POSSÍVEIS CAUSAS DO CONFLITO

Segundo Nascimento (2002, p.48), para a correta administração do conflito é importante que sejam conhecidas as possíveis causas que levaram ao seu surgimento. Dentre elas, é possível citar:

- Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental;

- Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida;

- Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser diferentes dos de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance;

- Diferenças em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto ocorre também como outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar nossas idéias, e que este outro lado pode ter uma forma diferente de ver as coisas.

NÍVEIS DE CONFLITO

Um conflito, como já se viu, freqüentemente pode surgir de uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir um nível de hostilidade que chamamos de conflito destrutivo.

De acordo com Nascimento (2002, p.49), é possível acompanhar a evolução dos conflitos e suas características:

Nível 1 - Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-se normalmente por ser racional, aberta e objetiva;

Nível 2 - Debate: neste estágio, as pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objetividade existente no nível 1 começa a diminuir;

Nível 3 - Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos pela outra parte envolvida;

Nível 4 - Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconcebidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas;

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Nível 5 - Loss of face (.ficar com a cara no chão.): trata-se da postura de continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até o fim, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire;

Nível 6 - Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e as punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito;

Nível 7 - Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita freqüência os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos;

Nível 8 - Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se autopreservar e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado;

Nível 9 - Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de fato e não há alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados envolvidos ou a derrota de um deles.

O modelo apresentado aplica-se a qualquer tipo de conflito. Dependendo da importância que se dá ao conflito - ignorando-o ou reprimindo o - ele tende a crescer e a se agravar. Porém, quando é reconhecido e as ações corretivas são aplicadas imediatamente, poderá ser resolvido e transformar-se numa força positiva, capaz de mudar hábitos e nos estimular a buscar resultados mais positivos.

TIPOS DE CONFLITO O conflito é um elemento importante. Seja na dinâmica pessoal ou organizacional, é um

fator inevitável. Por mais que se desenvolvam esforços no sentido de eliminá-lo, não poderemos contê-lo. Observam-se, hoje, inúmeros profissionais disseminando fórmulas e estratégias para trabalhar com os conflitos. No entanto, o que se faz necessário é conhecê-los, saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles.

Segundo Nascimento (2002, p.50), existem vários tipos de conflito e sua identificação pode auxiliar a detectar a estratégia mais adequada para administrá-lo:

Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam ser trabalhados;

Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas do mesmo;

Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e forma consciente;

Conflito manifesto: trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.

Para lidar com conflitos, é importante conhecê-los, saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.ÁREAS DE CONFLITO

Segundo Nascimento (2002, p.51), os conflitos podem ser divididos nas seguintes áreas:

Conflito social: surge em decorrência do grau de complexidade e implicação social. Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade altamente evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de habilidade para negociações. Além disso, a violência tem sido, no decorrer da história, um dos instrumentos mais utilizados na tentativa de sanar conflitos. Talvez a fantasia de todo ser humano seja eliminar uma idéia adversa à sua, em vez de ter que questionar sua própria posição;

Conflitos tradicionais: pertencem à história e são aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo sua solidariedade. Os conflitos aparecem por três razões principais:

o pela competição entre as pessoas, por recursos disponíveis mas escassos; o pela divergência de alvos entre as partes; o pelas tentativas de autonomia ou libertação de uma pessoa em relação a outra.

Podem ser entendidos como fontes de conflito: direitos não atendidos ou não conquistados; mudanças externas acompanhadas por tensões, ansiedades e medo; luta pelo poder; necessidade de status; desejo de êxito econômico; exploração de terceiros (manipulação); necessidades individuais não atendidas; expectativas não atendidas; carências de informação, tempo e tecnologia; escassez de recursos; marcadas diferenças culturais e individuais; divergência de metas; tentativa de autonomia; emoções não expressas/inadequadas; obrigatoriedade de consenso; meio-ambiente adverso e preconceitos.

CONFLITOS INTERPESSOAIS NAS ORGANIZAÇÕES

Tais conflitos se dão entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por vários motivos: diferenças de idade, sexo, valores, crenças, por falta de recursos materiais, financeiros, por diferenças de papéis, podendo ser divididos em dois tipos:

Hierárquicos: colocam em jogo as relações com a autoridade existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não encontrando apoio junto aos seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão a ser tomada.

Pessoais: dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões. As rixas pessoais fazem com que as pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.

CONSEQÜÊNCIAS DO CONFLITO

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Dentre os vários aspectos do conflito, alguns podem ser considerados como negativos e aparecem com freqüência dentro das organizações. Segundo Nascimento (2002, p.52), os mais visíveis podem ser identificados nas seguintes situações:

quando desviam a atenção dos reais objetivos, colocando em perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e mobilizando os recursos e os esforços para a sua solução;

quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de perdedores habituais, interferindo na sua percepção e na socialização daqueles que entram na organização;

quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos, como ocorre freqüentemente em organizações. Se por um lado existem os estereótipos genéricos referentes às categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fazem parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos ideais, começam a surgir seus perdedores, ganhadores, culpados e inimigos.

Esses aspectos podem ser observados em todas as organizações e são considerados negativos (salvo diante de alguns objetivos menos confessáveis). No entanto, existem potenciais efeitos benéficos dos conflitos, a saber:

são bons elementos de socialização, pois oferecem aos novos participantes de um grupo a sensação de envolvimento com alguma causa;

ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da organização, pois em qualquer episódio de conflito pode haver diferentes ganhadores (independentemente das percepções anteriores);

propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar num conflito específico mas também de garantir mais poder.

Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados úteis pelo papel que desempenham na vida das pessoas. O chamado comportamento político na organização também inevitável, tem uma forte vinculação com o conflito pois sua relação é direta, ou seja, quanto mais conflito mais comportamento político. Assim, quando há dúvidas sobre a sobrevivência da organização, sobre sua resposta às necessidades organizacionais, sobre aspectos sucessórios, mais voltada para a formação de alianças e para negociações será a atuação de seus membros.

Lidar com o conflito implica trabalhar com grupos e tentar romper alguns dos estereótipos vigentes na organização, sabendo que essas mesmas estratégias deverão ser repetidas periodicamente.

Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos diferentes é uma forma de garantir que seu cumprimento seja reconhecido pela potencialização do trabalho dos grupos. Quaisquer estratégias de confronto podem ser utilizadas caso o conflito já seja franco, desde que exista entre as partes alguém que desempenhe um papel moderador.

COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS

Para uma eficaz resolução dos conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a serem seguidos, conhecer e aplicar alguns saberes e, também, definir o estilo a ser adotado.

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De acordo com Nascimento (2002, p.54), os seguintes passos são considerados de suma importância:

a) criar uma atmosfera afetiva;

b) esclarecer as percepções;

c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;

d) construir um poder positivo e compartilhado;

e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado;

f) gerar opções de ganhos mútuos;

g) desenvolver passos para a ação a ser efetivada;

h) estabelecer acordos de benefícios mútuos.

4. Comunicação e sucesso profissional

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

As relações interpessoais tiveram como um de seus primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que “A produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais”.

As relações humanas entre indivíduos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as características de seus componentes e se manifesta não só na relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas relações que os membros de um grupo mantêm entre si.

Do ponto de vista teórico as relações humanas resultam da mútua interação interindividual e coletiva, esta interação gera uma dinâmica que é uma área das ciências sociais, em particular da sociologia e da psicologia, chamada de dinâmica de grupos, esta procura aplicar métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais.

Do ponto de vista aplicado ou técnico, as relações humanas são medidas e direcionadas pela dinâmica de grupos, que é o método de trabalho baseado na teoria do relacionamento interpessoal e intermodal

Não é surpresa para ninguém que as pessoas diferem umas das outras, não havendo dois seres iguais no mundo. O homem sempre teve consciência das suas características individuais, das suas

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.necessidades diferenciadas. Vejamos o exemplo de dois irmãos que foram gerados por pais de uma única família, tiveram a mesma criação, a mesma educação social e moral, mas desde pequenos demonstram características diferentes no comportamento no caráter moral e social.

Então façamos as perguntas: “Por que os indivíduos diferem entre si? Quais são os fatores que produzem variações comportamentais?”

Essas perguntas estimulam longas discussões. Além de sua importância teórica, o problema da causa das diferenças individuais tem significado prático de longo alcance em muitos campos. Entender o que impulsiona o indivíduo para estabelecer seus contatos, bem como as formas de comportamento adotados em uma ou outra situação são temas que, entre outros, vãos servir de subsídio para um relacionamento interpessoal rico e produtivo.

Sendo assim, qualquer atividade destinada a melhorar o desenvolvimento das relações entre as pessoas precisa basear-se na compreensão dos aspectos que influenciam o total desenvolvimento. Observar com atenção os fatores que caracterizam uma relação harmoniosa entre as pessoas é saber respeitar cada indivíduo com suas características e peculiaridades.

Não é fácil aceitar às vezes nem mesmo as nossas próprias atitudes, então precisamos aprender que, se quisermos nos relacionar adequadamente com outro indivíduo, precisamos nos relacionar bem primeiro com nós mesmos, vencendo nossos obstáculos internos (medos, desconfiança, insegurança, etc).

Como lido no início deste texto, “Onde há duas pessoas, há um relacionamento”, e assim sendo, com certeza estaremos falando em conflitos de crenças, costumes, gostos, educação, etc., pois relacionamentos são repletos de ‘surpresas’, que distinguem um indivíduo do outro.

Se abordarmos as relações humanas num contexto mais profundo, perceberemos que as nossas começam quando ainda estamos no útero de nossas mães. O primeiro contato, a primeira sensação de segurança, vem deste íntimo uterino, quando estamos sendo gerados. Infelizmente não nos lembramos das palavras carinhosas e nem dos afagos, mas essas primeiras informações nos são registradas no sótão do nosso sub-incosnciente, e desta fase surgem as nossas primeiras características como indivíduo.

RELAÇÕES INTERPESSOAIS, SOCIAL E PROFISSIONAL

“Relações Humanas”. Juntas, estas duas palavras traduzem o significado do convívio social humano.

Os relacionamentos podem existir por vários motivos.

Nós podemos nos relacionar com as pessoas profissionalmente ou simplesmente porque tivemos empatia por ela(s), ou ainda por vários outros motivos. O que devemos avaliar no momento do relacionamento é o seu propósito, principalmente para que não se tenha ambivalência nas interpretações.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.No momento, falamos do ponto de vista profissional. Se as pessoas aprendessem a se relacionar profissionalmente deforma correta, poderíamos evitar muitos problemas nos locais de trabalho.

No ambiente de trabalho o que predomina e o que devemos avaliar são as condições para uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice versa.

Identificando o real motivo e o propósito de um relacionamento, estaremos caminhando dentro de um processo evolutivo para alcançarmos com êxito um bom relacionamento com os nossos colegas de trabalho.

A base concreta para um bom relacionamento é ter percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos limites e regras que fazem a relação social serem harmônica.

Conceito De Grupos Sociais

- Como visto em “Relações Humanas”:

- Onde houver dois indivíduos em convivência teremos concretizado um relacionamento.

Aqui, veremos que, além de um relacionamento, ainda teremos a formação de um grupo social. E quais são esses grupos, e como eles se formam?

Um grupo social será formado sempre que se tenha um objetivo comum entre os indivíduos, caso contrário, ou seja, quando não há objetivo comum, não poderemos dizer que temos um grupo social, mas sim um agrupamento de pessoas.

Os grupos sociais existentes são os mais diversos:

família: pais, filhos, parentes... grupos de trabalho grupo da cerveja grupo do clube de esportes: natação, vôlei, futebol, etc. ou simplesmente para conversar...

Os grupos sociais ainda recebem classificações como: a) Grupo organizado - se um grupo for planejado, ou premeditada a sua formação.

Exemplo: amigos de bairro, time de futebol, família, etc.

b) Grupo involuntário - se um grupo for formado esporadicamente, sem intenção “de”,

Exemplo: crianças que se reúnem um parque de diversões, pessoas que esperam por uma condução no “ponto de ônibus”, etc.

Um grupo social ainda poderá sofrer com as individualidades de cada membro, influenciando-o ainda mais, apesar de suas características básicas, acima vistas, serem claras.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Pesquisas efetuadas por meios sociológicos, apontam que a formação de um grupo social é baseada muitas vezes na simpatia, na amizade e até mesmo, em alguns casos, pelo inverso (antipatia, descaso, desinteresse, etc.). Tal constatação também indica o sucesso ou ao insucesso do grupo.

Falando mais claramente, o que aproxima as pessoas são as características peculiares de cada indivíduo, da mesma forma que os afastam também os aproximam.

Exemplo:

Uma pianista gorda pode parecer feia para uma esteticista, mas a mesma senhora pode parecer bonita e agradável para um pianista, pois gostam da mesma coisa.

Se pararmos para pensar, chegaremos à conclusão de que esta senhora pode ser bonita para a esteticista, pois ela pode achar que a senhora lhe será útil naquele momento, e o pianista a achará feia, pois apesar dela gostar de piano, ele preferiria estar tocando para uma jovem. O que quero dizer que nestes dois casos acima, apesar dos mesmos coadjuvantes, é que os motivos que os unem e os que os separam são o interesse, o sentimento e vontade de cada um, em um dado momento, variável com o tempo!

PARA REFLETIR

O homem precisa aprender a conhecer a si mesmo, e ter equilíbrio e percepção em suas atitudes.

Respeito, espaço, direitos, deveres, obrigações, valores, são regras que não basta conhecer, precisamos colocá-las em prática. Assim estaremos entrando na linha do contínuo crescimento, e então o homem entenderá que ele é o único responsável por tudo o que lhe acontecer na vida.

A consciência humana do crescimento necessita ser despertada, e todos nós temos a capacidade de fazê-la; mas, muitas vezes, por comodidade, preferimos deixá-la dormir... E então percebemos que dez anos passam muito rápido, e que mais dez vêm chegando, e enfim continuamos a atribuir as nossas responsabilidades a outras pessoas e não percebemos que esta continua sendo a atitude mais fácil e o caminho pior...

Identidade profissional

DESAFIOS, TENDÊNCIAS E EXPECTATIVAS SOBRE O MERCADO E CENÁRIOS

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Atualmente, ouvimos com freqüência falar sobre a velocidade das mudanças e sobre o como as empresas precisam se adaptar a cada momento. A sobrevivência destas organizações está diretamente ligada à sua capacidade de adaptação. As transformações e mudanças que vimos enfrentamos atualmente, seja estas ligadas aos diferentes campos das ciências ou a dimensões de nossas vidas cotidianas, tem provocado enormes desafios para a humanidade.Percebe-se nos discursos empresariais a grande preocupação em preparar as empresas para enfrentar mudança, o que tem levado os empresários a implementar práticas e modelos de gestão que incorporem abordagens mais flexíveis e ajustáveis ao contexto de mundo que vivemos.Todas as propostas de práticas de gestão esbarram na forma como as pessoas que compõem os quadros das organizações, percebem e incorporam, em suas atividades profissionais, as mudanças que estão sendo exigidas. A capacidade de mobilizar as pessoas, levando-as a compreender o processo de mudança que subjaz a organização, abrindo espaço para articularem conhecimentos, experiências, saberes e saberes-fazer, requer novas posturas dos empresários e das pessoas que atuam na AREA DE GESTÃO DE PESSOAS e NEGOCIOS.Segundo WOOD (2000), os consumidores estão mais exigentes, cresce cada vez mais o número de competidores, está havendo uma redução no ciclo de vida dos produtos, busca pela qualidade de produtos e serviços, diminuição nos níveis hierárquicos, está sendo enfatizado a importância da motivação da força de trabalho e de sua qualificação. Diante deste panorama geral, WOOD (2000) nos fala sobre os processos de intervenção organizacional. Estes processos, segundo ele, respondem às necessidades das organizações de implementarem mudanças planejadas.Para que possamos compreender como vem se constituindo a gestão de pessoas nas empresas, faz-se necessário revisar as principais tendências que delineiam no contexto externo das organizações, visando identificar as origens de algumas premissas e conceitos em curso no âmbito organizacional.A primeira tendência é a globalização, pois todos sabemos que o atual processo de desenvolvimento socioeconômico está caracterizado pela busca constante de novos mercados.Esta fato obriga as organizações a buscarem expansão se seus mercados, instalando em outros países. Por trás desta busca, há duas questões relevantes:

Abrir novos mercados efetuando negócios em outros territórios; Reduzir custos de produção. A Globalização aliado com avanço tecnológico traz como conseqüências para as empresas a

ampliação da concorrência do mercado.

O QUE É IDENTIDADE PROFISSIONAL?

Antes o capital, a terra e a mão-de-obra eram suficientes para produzir retornos a organização. Hoje este fatores são complementados por outros como, o CONHECIMENTO, O CAPITAL DE RELACIONAMENTO, A INFORMAÇÃO, O CAPITAL HUMANOS E O INTELECTUAL.Identidade profissional

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Para que as organizações prosperem e sobrevivam ao mercado, torna-se necessário abrir espaço para que as pessoas construam maneiras de ser e de estar na profissão que possibilite que sejam ajustados os interesses individuais aos organizações.Para Nóvoa (1992), existem três AAA que sustentam o processo de identidade profissional, estes são:

A - Adesão Por que se o profissional implica sempre adesão a princípios e valores, a adoção de projetos.

A - Ação Na escolha de melhores maneiras de agir se jogam decisões de foro profissional e pessoal. Todos sabemos que o sucesso que certas técnicas e métodos “colam” melhor com a nossa maneira de ser do que outros.Sucesso ou insucesso marcam a vida Professional.

A - Autoconsciência

Em última analise tudo se decide no processo de reflexão que o profissional leva a cabo a sua própria ação. Dimensão decisiva na profissão.

A tendência hoje, no que concerne a gestão de pessoas e negocios, é deslocar o foco sob o controle das pessoas para enfatizar o processo de desenvolvimento pessoal e profissional. Outro fator que não se pode deixar passar é o fator mudança provocado pelo ambiente externo que provocam mudanças no sistema de valores que, por sua vez, trazem, como conseqüência, modificações profundas na prática de gerenciar as organizações. Veja o quadro abaixo estas mudanças.

DE PARA

Mudanças nos valores humanos

Todas as pessoas são iguais;Individualismo Ignorância;Isolamento/centralização

Todas as pessoas são diferentes;Participação;Trabalho como fonte de auto realização;Educação continua;Participação/Compartilhamento.

Mudanças nos valores sociais

Orientação para produto; Governo limitado.

orientação para o mercado/comunidade; Governo onipresente.

Mudanças nas organizações

Especialização funcional;Tomada de decisão autoritária;Tarefas individualizadas;Informação vertical

Especialização genérica c/abordagens interdisciplinares;Tomada de decisão democrática;Trabalho em equipes;Informação funcional/disponível com tempo real.

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Fonte: Adaptado de Brevoord , p.31

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Assertividade e as relações em grupo

HABILIDADES PARA O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL:

Sabemos hoje em dia, como somos exigidos profissionalmente e como isso traz mudanças significativas em nosso cotidiano e em nossas relações Interpessoais.

Não temos mais tempo, nem para nós mesmos, para nos curtimos, conhecermos, estarmos com agente mesmo, nem para estarmos com os outros, pois, precisamos sempre nos aprimorar, fazer mais e mais.

Isto acaba nos privando de muitas coisas que são importantes, mas que em nome da “produtividade, da globalização”, da competitividade, estamos deixando de lado.

Dentre estas coisas, podemos citar as nossas relações, que são cada vez mais deixadas de lado.

Ser competitivo hoje, na maioria das vezes, infelizmente é sinônimo de individualismo exacerbado, ou seja, o raciocínio basicamente é ... “não posso cooperar com o outro, pois se o fizer, estarei ajudando o outro a ser mais competitivo que eu mesmo”. Ter tempo para o outro é quase como “gastar tempo” inutilmente, sem algo concreto que dê retorno. Acaba sendo um ciclo vicioso que acaba gerando mais e mais competição.

Com isso cada vez mais não enxergamos o outro, não toleramos o outro, não conseguimos conviver com as diferenças e insatisfações que qualquer relacionamento em certos momentos pode causar. “Não vou perder meu tempo com os problemas, as diferenças, as dificuldades do outro, pois afinal de contas preciso é ter tempo para me preparar para ser mais competitivo”. Porém, a sociedade ao agir assim, está retrocedendo em um de seus aspectos mais importantes: a coletividade, a questão de grupo, a cooperação.

Esquecemos que para nos constituirmos enquanto sociedade, precisamos antes de tudo abdicar de valores, desejos e interesses pessoais em benefício do bem estar comum.

Não podemos deixar de lembrar que tolerância ao outro, compreensão, proximidade ao outro não nos farão inferiores ou não competitivos, pois, precisamos obviamente deste outro, com quem atualmente quero apenas competir, para sobreviver e viver com qualidade, viver sentindo-se participando efetivamente de uma coletividade, onde acolhemos e somos acolhidos, onde competimos aí sim, para o bem comum e a satisfação de todos. Aí sim, estaremos satisfazendo um de nossos mais importantes desejos: o de sermos amados, de sermos acolhidos enquanto coletividade

HABILIDADES INTERPESSOAIS

Ser habilidoso nas relações é imprescindível no mundo de hoje. Se você entender a natureza humana, se souber porque as pessoas fazem o que fazem, você terá uma carreira de sucesso, uma vida familiar e social mais feliz. Les Giblin destaca alguns pontos fundamentais no trato com as pessoas: As pessoas estão interessadas primeiramente nelas mesmas:

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Todos, sem exceção, são movidos pelos interesses pessoais.

Deixe o eu, meu, mim, minha de lado e use a mais forte palavra falada pela língua humana: você.

É preciso

Ouvir, Aplaudir, Cumprimentar, Chamar pelo nome, Esperar antes de responder E prestar atenção a todos num grupo.

Seja tolerante: Ser tolerante é um passo importante. Aprenda a concordar com as pessoas, deixe-as saber disso, não as deixe saber que discorda delas, admita quando estiver errado e não discuta. As pessoas não gostam de ser contrariadas, porém gostam de quem concorda com elas. Ouça as pessoas: Ser bom ouvinte é uma vantagem, pois quem “controla” a conversa é quem escuta. Olhe para a pessoa que está falando, incline-se e ouça com interesse, participe mas não interrompa e use você e seu.

Influencie as pessoas: a melhor maneira para conseguir que a outra pessoa faça o que você quer é descobrir o que irá “mexer” com ela. Sabendo disso você poderá conduzi-la para onde você quiser. Você apenas mostra como ela pode chegar, onde ela quer chegar, fazendo o que você quer que ela faça. Para descobrir o que ela quer pergunte, observe e ouça.

Convença e faça a cabeça das pessoas: O ser humano é cético por natureza e o que se deve fazer é eliminar este ceticismo usando alguns exemplos como referência. Não use exemplos seus como referência, use exemplos de outras pessoas. Dê as pessoas razões para dizerem “sim” a você, faça perguntas positivas, faça as pessoas escolherem entre dois “sim”, tenha a expectativa de receber um “sim” e faça esta pessoa saber que era esperada a resposta afirmativa.

Sorria: Assim que estabelecer o contato visual, antes de dizer qualquer coisa, dê a outra pessoa um sorriso sincero. É importante criar empatia e transformar o ambiente em uma atmosfera agradável e amiga.

Elogie as pessoas: Nem só de pão vive o homem. As pessoas precisam de alimento para o seu espírito tanto quanto para seu corpo. Receber um elogio é agradável e, por isso mesmo, uma arma a ser usada nos relacionamentos.

Agradeça as pessoas: Demonstre que é grato às pessoas. Diga obrigado, diga claramente e olhe para a outra pessoa, agradeça pelo nome e pratique agradecendo as pessoas.

Cause boa impressão: A primeira impressão é a que fica. Estar bem vestido, ter orgulho e respeito por si mesmo, ser sincero, ter entusiasmo, não sair ansioso, não se sobrepor as outras pessoas e não agredir nada nem ninguém.

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Profª Carla Queiroz Disciplina: Dinâmica das relações interpessoais.Conduza a conversa: Saiba o que dizer, fale e cale-se, olhe para a sua assistência enquanto fala, fale sobre o que a sua assistência estiver interessada e não tente fazer um discursos, aja naturalmente. O resumo das idéias de Les Giblin é fundamental e são a chave para uma vida melhor e uma carreira de sucesso. Coloque-as em prática, aja agora!

A EQUIPE:

O que é equipe?

Podemos começar conceituando o que não é equipe, da seguinte forma:

1. Equipe não é um conjunto de pessoas que trabalham num mesmo setor da empresa;

2. Equipe não é um grupo de pessoas que executam as mesmas funções porém de maneira

individualizada.

O que nomeia um grupo de EQUIPE é a obtenção de resultados alcançados por uma

interação entre os participantes, ou seja, a responsabilidade é de todos. Nos dias de hoje uma

habilidade a mais é reconhecida pelas empresas: a capacidade de se trabalhar em equipe. Isso

significa saber dividir tarefas, compartilhar conhecimentos, disposição para ajudar, bom

relacionamento interpessoal. Quando alguém trabalha em equipe consegue atingir muito além das

metas planejadas, criando novas necessidades e buscando caminhos que não imaginaria se

desempenhasse sozinho suas funções.

Assim, o individual de cada integrante é direcionado para que a equipe melhore seu desempenho e

ao mesmo tempo, o individual recebe da empresa o reconhecimento através da equipe. Setores onde

existem equipes e não simplesmente grupos são lembrados pela sua competência, recebendo uma

identidade positiva de toda a empresa.

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