maurivan vaz ribeiro 1, juliana rodrigues dos santos silva 2, hugo bonfim a. pinto 3 1- universidade...
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Maurivan Vaz Ribeiro1, Juliana Rodrigues dos Santos Silva2, Hugo Bonfim A. Pinto3
1- Universidade Federal de Goiás - UFG.([email protected] 2-Bolsista PROBIO II /RAN/ ICMBio. ([email protected]); 3- Analista Ambiental /RAN/ICMBio.([email protected])
Apesar do avanço significativo do conhecimento da diversidade de Squamata no semi-árido, faz-se necessário um maior entendimento da riqueza e distribuição geográfica das espécies, a fim de avaliar a integridade das comunidades e quanto dessa diversidade está inserida em áreas protegidas. Essas informações permitirão determinar a efetividade das UCs para a proteção das espécies e as diretrizes para o planejamento de trabalhos futuros voltados para a diversidade de Squamata no bioma. Assim, este trabalho propõe determinar e monitorar a composição e abundância de répteis Squamata no interior e entorno da Estação Ecológica Raso da Catarina (ESEC Raso da Catarina).
A coleta de dados em campo foi realizada ao longo de duas expedições (30 de agosto à 11 de setembro de 2012 e 15 de março à 06 de abril de 2013), abrangendo as estações seca e chuvosa com o intuito de minimizar os efeitos da sazonalidade climática. Todas as áreas selecionadas foram amostradas através de transecções (diurnas e noturnas) e armadilhas de queda. Na segunda campanha utilizaram-se também armadilhas de funis como metodologia complementar, sendo realizado um esforço amostral 100 armadilhas/noite, durante 14 dias efetivos (funnel trap). Para a metodologia de pitfall foi realizado um esforço amostral de 100 armadilhas/noite, durante 25 dias efetivos. A busca ativa foi realizada em algumas áreas selecionadas no interior e entorno da ESEC, sem padronização.
A realização de novas campanhas deverá acrescentar novos registros de espécies à região. Os resultados desse trabalho e a continuidade do monitoramento fornecerão subsídios sobre a efetividade da Estação Ecológica Raso da Catarina frente à conservação dos Squamata.
MONITORAMENTO DE RÉPTEIS SQUAMATA NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA RASO DA CATARINA, BAHIA, BRASIL.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram registradas 22 espécies de répteis (17 de lagartos e 5 de serpentes) de um total de 345 indivíduos coletados, pertencentes a 12 famílias (Gekkonidae, Gymnophthalmidae, Leiosauridae, Phyllodactylidae, Mabuydae, Iguanidae, Teiidae, Tropiduridae, Sphaerodactylidae, Colubridae, Dipsadidae e Viperidae). Vale destacar as espécies de lagarto Tropidurus cocorobensis e Psychosaura agmosticha que são consideradas endêmicas para o bioma. As espécies Anotosaura vanzolinia, Acratosaura mentalis, Enyalius bibronii e Coleodactylus meridionalis possuem distribuição relictual. A taxa de captura geral das armadilhas de queda e funis (pitfall: 0,15 de espécimes/recipiente/mês; funis: 0,004 espécimes/funil/mês) podem ser consideradas baixas se comparadas com outros estudos realizados utilizando esse tipo de metodologia. A curva acumulada de espécies indica que a riqueza de espécies está subestimada, provavelmente associado ao baixo esforço amostral empregado neste estudo.
FAMÍLIA/ESPÉCIE
CLASSE REPTILIAORDEM SQUAMATASUBORDEM SAURIAFamilia GekkonidaeHemidactylus brasilianus
Familia GymnophthalmidaeAcratosaura mentalisAnotosaura vanzoliniaMicrablepharus maximiliani Psilophthalmus sp. novFamília IguanidaeIguana iguanaFamília LeiosauridaeEnyalius bibroniiFamília MabuydaeBrasiliscincus heathiPsychosaura agmostichaFamilia PhyllodactylidaeGymnodactylus geckoidesPhyllopezus pollicaris Família SphaerodactylidaeColeodactylus meridionalis Familia TeiidaeAmeiva ameivaAmeivula sp. novFamilia TupinambinaeSalvator merianaeFamília TropiduridaeTropidurus cocorobensisTropidurus hispidusSUBDORDEM SERPENTESFamília ColubridaeTantilla marcovaniFamília DipsadidaeOxyrhopus trigeminusPhilodryas olfersii Taeniophallus occipitalis Família Viperidae
Bothrops erythromelas
TABELA 1. Riqueza de espécies registradas na ESEC Raso da Catarina
Figura 2. Hemidactylus brasilianus
Figura 3. Acratosaura mentalis
Figura 6. Psilophthalmus sp. nov
Figura 7. Psychosaura agmosticha
Figura 8. Gymnodactylus geckoides
Figura 4. Anotosaura vanzolinia Figura 5. Micrablepharus maximilianii
Figura 9. Phyllopezus pollicaris
Figura 10. Coleodactylus meridionalis Figura 11. Ameivula sp. nov.
Figura 12. Philodryas aestiva Figura 13. Bothrops erythromelas
Figura 1. Curva de acumulação de espécies de répteis Squamata