matriz energética mundial 1980 a 2006 apresentação

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MA TRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL 1980 a 2006 Disciplina  Fontes Renováveis de Energia Prof. Paulo Henrique Lago Araújo Equipe  Ângelo Renato  Arlei Malheiros Maurício Pinheiro Jaguaraci dos Santos Tiago Cardoso Plano de Apresentação Matriz Energética e Elétrica Oferta Global de Energia Panorama Energético Mundial Consumo Mundial de energia por fonte Petróleo Gás Natural Carvão Geração de eletricidade com fontes renováveis Conclusão Referências Fonte: IEA MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL (%) 43% 25% 17% 3% 2% 10% PETRÓLEO CARVÃO MINERAL GÁS NATURAL NUCLEAR HIDRELÉTRICA OUTRAS 34% 26% 21% 6% 2% 11% PETRÓLEO CARVÃO MINERAL GÁS NATURAL NUCLEAR HIDRELÉTRICA OUTRAS 1980 2006 Fonte: IEA MATRIZ ELÉTRICA MUNDIAL (%) 4% 25% 12% 40% 9% 10% PETRÓLEO CARVÃO MINERAL GÁS NATURAL NUCLEAR HIDRELÉTRICA OUTRAS 6% 41% 20% 15% 16% 2% PETRÓLEO CARVÃO MINERAL GÁS NATURAL NUCLEAR HIDRELÉTRICA OUTRAS 1980 2006

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  • MATRIZ ENERGTICA MUNDIAL 1980 a 2006Disciplina Fontes Renovveis de EnergiaProf. Paulo Henrique Lago ArajoEquipe

    ngelo RenatoArlei MalheirosMaurcio PinheiroJaguaraci dos SantosTiago Cardoso

  • Plano de ApresentaoMatriz Energtica e EltricaOferta Global de EnergiaPanorama Energtico MundialConsumo Mundial de energia por fontePetrleoGs NaturalCarvoGerao de eletricidade com fontes renovveisConclusoReferncias

  • Fonte: IEA MATRIZ ENERGTICA MUNDIAL (%)19802006

  • Fonte: IEA MATRIZ ELTRICA MUNDIAL (%)19802006

  • Fonte: IEA OFERTA GLOBAL E BRASILEIRA

  • Panorama Energtico Mundial

    Os principais insumos energticos usados pela indstria no mundo so o petrleo, o gs natural e o carvo. Esses insumos tm apresentado elevadas taxas de crescimento do consumo, devido, principalmente, ao desempenho das economias emergentes, lideradas pela China e pela ndia.O crescimento acelerado da demanda, aliado instabilidade poltica nas regies produtoras de petrleo e gs natural e s presses pela reduo das emisses dos gases causadores do efeito estufa, traz preocupaes sobre o equacionamento da oferta de energia e seu impacto nos preos.Segurana de suprimento e meio ambiente transformaram a energia em tema crtico. Dez pases concentram 85% das reservas mundiais de petrleo e boa parte desses pases esto envolvidos em turbulncias geopolticas. A gasolina e o leo diesel so responsveis por quase toda a energia consumida no setor de transportes que, por sua vez, contribui com 25% das emisses dos gases de efeito estufa dos pases industrializados.

  • Quanto ao gs natural, 58% das reservas mundiais esto concentradas em apenas trs pases: Rssia, Catar e Ir. A tendncia de comoditizao do produto, embora contribua para diversificar as fontes de suprimento, faz que os preos de petrleo e do gs tendam a se igualar. Dado que o petrleo ainda a fonte economicamente dominante, isto significa que a volatilidade dos preos do petrleo tender a contaminar os preos do gs natural. O carvo responsvel por 25% do consumo mundial de energia. Desta parcela, dois teros so usados para gerao de eletricidade, e quase todo o restante para uso industrial. As reservas mundiais de carvo so gigantescas, quase 3,5 vezes maior que as de petrleo e de gs natural. Cerca de dois teros destas reservas esto localizadas em apenas quatro pases: Rssia, Estados Unidos, China e ndia.

  • Os principais insumos energticos usados pela indstria so o petrleo, o gs natural eo carvo.1 Todos estes insumos apresentam taxas elevadas de crescimento de consumo,devido principalmente aos bons resultados das economias emergentes, lideradas pelaChina e pela ndia.

  • Nacionalizao da produo outro aspecto geopoltico que 90% das reservas de petrleo e de gs do mundo so controladas pelos governos dos pases produtores, e no por empresas internacionais como a Shell, BP e Exxon. A dimenso deste controle ilustrada pelo fato da Exxon, a empresa com maior valor de mercado do mundo (412 bilhes de dlares), ser a 14o empresa do mundo em reservas, as 13 primeiras so empresas nacionais.3 Algumas destas empresas nacionais so tradicionais, como a Aramco da Arbia Saudita; outras foram nacionalizadas recentemente, como a Gazprom da Rssia, que em agosto deste ano se igualou Arbia Saudita como a maior produtora de petrleo do mundo (9,5 Mb/d). A motivao principal destas nacionalizaes , naturalmente, de aumentar a participao do pas na renda dos recursos energticos. Entretanto, observa-se tambm uso crescente do petrleo como instrumento explcito nas relaes internacionais (por exemplo, venda de leo a preos subsidiados da Venezuela para Cuba, Argentina e Bolvia).

  • PETRLEOFonte , acesso em 24 de Mar. De 2014.

  • PETRLEOSegurana de suprimento

    A (in)segurana energtica quase sinnimo de vulnerabilidade no suprimento de petrleo, resultante da combinao dos seguintes fatores:

    Crescimento acelerado da demanda apesar dos preos elevados, o consumo de petrleoaumentou em 3,5%, cerca de 2,8 milhes de barris por dia2 (Mb/d), em 2005, e deve passar dos atuais 84 Mb/d para 103 Mb/d em 2015. Os Estados Unidos e a China esto entre os principais responsveis por este aumento.

    Instabilidade poltica em reas produtoras como ilustrado no grfico a seguir, 85% das reservas mundiais de petrleo esto concentradas em dez pases. Destes, nove esto ou estiveram envolvidos em turbulncias geopolticas. Esta situao vem se agravando em conseqncia da presena americana no Iraque e da questo do Ir.

  • Grfico com as reservas do Brasil em apenas 15 lugar mundial em 2008, contabilizando 13,9 bilhes de barris.Fonte: < http://www.economiabr.com.br/Eco/Eco_pre-sal.htm > , aceso 24 de Mar. De 2014.

  • Percepo de esgotamento das reservas questo controversa, conhecida como peak oil,4 se a produo de petrleo j atingiu, ou atingir em breve, seu valor mximo. Como ilustrado na figura a seguir, as projees variam desde um declnio imediato at aumentos expressivos de produo nos prximos 20 anos.A combinao de uma produo declinante com uma demanda aquecida teria impacto explosivo nos preos do petrleo. Uma das maiores controvrsias refere-se s reservas reais da Arbia Saudita e de outros grandes produtores do Oriente Mdio, que no passam pelos processos internacionais de medio e de auditagem. Outros temas importantes incluem o papel de reservas no convencionais como as tar sands no Canad e a contribuio de novas tecnologias para o aumento da eficincia de produo.

  • Percepo de esgotamento das reservas questo controversa, conhecida como peak oil,4 se a produo de petrleo j atingiu, ou atingir em breve, seu valor mximo. Como ilustrado na figura a seguir, as projees variam desde um declnio imediato at aumentos expressivos de produo nos prximos 20 anos.A combinao de uma produo declinante com uma demanda aquecida teria impacto explosivo nos preos do petrleo. Uma das maiores controvrsias refere-se s reservas reais da Arbia Saudita e de outros grandes produtores do Oriente Mdio, que no passam pelos processos internacionais de medio e de auditagem. Outros temas importantes incluem o papel de reservas no convencionais como as tar sands no Canad e a contribuio de novas tecnologias para o aumento da eficincia de produo.

  • A ligao direta entre a emisso dos chamados gases de efeito estufa5 nas atividadesde gerao de energia e de transporte e o aumento da temperatura mdia da Terra(aquecimento global) consenso da comunidade cientfica h vrios anos.6 Considerasetambm que este aquecimento pode ser catastrfico para as regies mais pobresdo planeta em prazo de dcadas, e no de sculos como se imaginava antes. Tantoo relatrio Stern7 sobre o impacto econmico das mudanas climticas, publicado emOutubro de 2006, como o relatrio preliminar (fevereiro de 2007) do IntergovernmentalPanel on Climate Change (IPCC),8 resultado do trabalho de centenas de especialistasem dezenas de pases, e amplamente divulgados, apresentam evidncias contundentessobre estes temas.MEIO AMBIENTE

  • GS NATURAL

  • O gs natural (GN) era considerado uma das fontes mais promissoras para o atendimentoda demanda energtica mundial, com ritmo muito acelerado de crescimento e de consumo.Um de seus principais usos como fonte de calor industrial, pois as regulamentaesambientais restringem cada vez mais o uso de leo combustvel.

  • A percepo de vulnerabilidade do suprimento a questes geopolticas intensificada quando se observa, no grfico abaixo, que 58% das reservas mundiais de gs esto concentradas em apenas trs pases: Rssia, Catar e Ir. A entrada em cena do gs natural liquefeito (GNL) reduziu, por algum tempo, a sensao de insegurana. Como ilustrado na figura a seguir, o GNL transformou o gs natural em commodity; com isto, passou a ser possvel comprar de um grande nmero de produtores espalhados por todo o mundo e, portanto, diminuir o risco geopoltico.

  • .GS DE XISTO

  • .GS DE XISTOO gs de xisto, tambm chamado de gs no convencional, um gs natural encontrado em uma rocha sedimentar porosa de mesmo nome. O gs basicamente o mesmo que o derivado do petrleo, mas a forma de produo e o seu envlucro so diferentes. Ele se encontra comprimido em pequenos espaos dentro da rocha, o que requer a criao de fraturas por meio da presso hidrulica, num processo conhecido como fraturamento, no interior de seu reservatrio na rocha, permitindo que o gs flua e seja coletado. Tal preciso requer uma tecnologia avanada para perfurar e estimular (fraturar) as zonas que englobam o gs.

  • .Fonte : , acesso 03 de Mar. 2014

  • Segundo a Energy Information Administration (agncia norte-americana especializada em informaes do setor), o Brasil tem a 10 maior reserva de gs xisto do mundo, com 6,9 trilhes de metros cbicos. A China lidera a lista, com 31,5 trilhes de metros cbicos, seguida de Argentina, Arglia, Estados Unidos e Canad. Contudo, isso no significa que estes sejam os maiores produtores do gs. Apenas os EUA e o Canad tm uma produo significativa.Pelo fato do gs se encontrar em rochas, preciso quebr-las injetando gua e produtos qumicos. Entre os principais impactos ambientais analisados pelo relatrio esto a contaminao de aquferos, a utilizao dos recursos hdricos (incluindo a possibilidade de uso de gua potvel) para o processo de faturao e o risco de terremotos. Ambientalistas ressaltam ainda as consequncias fauna e a emisso do metano como pontos negativos. Para Soares, a evoluo na tecnologia para extrao j possibilita a reduo dos riscos.

  • Carvo

  • O carvo responsvel por 25% do consumo mundial de energia. Desta parcela, 2/3 so usados para gerao de eletricidade, e quase todo o restante para uso industrial (siderurgia e calor). As reservas mundiais de carvo so gigantescas, quase 3,5 vezes em relao ao petrleo e ao gs natural.

  • Cerca de 2/3 destas reservas esto localizadas em apenas quatro pases: Rssia, Estados Unidos, China e ndia. exceo da Rssia, que grande exportadora de petrleo e de gs natural, os demais pases esto entre os maiores consumidores e, portanto, entre os mais vulnerveis a interrupes de suprimento. Como conseqncia, os pases tm interesse estratgico no uso do carvo para reduzir sua dependncia energtica. De fato, a China est instalando, atualmente, 60 mil MW por ano, a maior parte em usinas a carvo. Nos prximos 25 anos, prev-se que Estados Unidos e China colocaro em operao cerca de 2,2 milhes de MW de usinas a carvo (23 vezes a potncia instalada Brasil).

  • Meio ambienteO carvo o combustvel que viabilizou a Revoluo Industrial, e vem sendo queimado em grandes quantidades desde 1750. Como ilustrado nas Figuras a seguir, o carvo a fonte energtica que emite mais gs carbnico por unidade de energia produzida, e um dos grandes responsveis pelo aquecimento global.

  • Gerao de eletricidade com fontes renovveis

  • As principais fontes renovveis para gerao de energia eltrica so:

    a hidroeletricidade; Elica; Co-gerao com biomassa;Energia Fotovoltaica;

    A hidroeletricidade vem sendo usada desde as origens da indstria eltrica por exemplo, o primeiro grande projeto de gerao nos Estados Unidos, na ltima dcada do sculo 19, foi uma usina hidroeltrica na regio das cataratas do Nigara. Como mostra o grfico a seguir, os pases industrializados j desenvolveram a maior parte de seu potencial hidroeltrico, e pouco provvel que o restante seja utilizado;22 nos pases emergentes, por outro lado, ainda h um grande potencial a ser desenvolvido.

  • Hidreltrica, bi-nacional, construdapelo Brasil e Paraguai, no rio Paran, no trecho de fronteira entre os dois pases. considerada a maior hidreltrica domundo, em operao, com potncia instalada de 14.000MW.Fonte:Dicionrio de Palavras Brasileiras de Origem Indgena - Clvis Chiaradia

  • Apesar da hidroeletricidade ser um recurso renovvel, abundante e competitivo para muitos pases, entre os quais se destaca o Brasil, ela enfrenta uma forte oposio por parte de grupos internacionais. Isto resultou, por exemplo, na paralisao de financiamentos do Banco Mundial para hidroeltricas por mais de uma dcada; e na quase impossibilidade de se obter crditos de carbono no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto para projetos hidroeltricos de maior porte.

  • A energia elica atualmente a fonte renovvel com taxa elevada de crescimento anual. Ela tem como atrativos o potencial abundante e custos de instalao decrescentes ao longo do tempo. Entretanto, ela ainda no competitiva; os Estados Unidos subsidiam suas elicas em cerca de 18 US$/MWh. Outras dificuldades para a maior disseminao desta energia incluem a necessidade de gerao complementar (muitas vezes termoeltrica), devido variabilidade dos ventos; e oposio esttica s wind farms.

    ENERGIA ELICA

  • Horse Hollow Wind Energy Center - 736 MW - Estados UnidosFonte : < http://infoacaogmw.blogspot.com.br/2012/11/os-10-maiores-parques-eolicos-do-mundo.html> , acesso em 24 de Mar. 2014

  • BIOMASSAA co-gerao a biomassa vem despontando como fonte de grande potencial, podendo ser realizada com madeira, casca de arroz e outros resduos. Atualmente, a cogerao mais vivel comercialmente a associada ao processamento da cana-de-acar no Brasil, que ser discutida posteriormente.

  • BIOMASSAOferta de energia primria no brasil em 2004, Fonte:< http://www.scielo.br/img/revistas/qn/v32n3/a04fig01.jpg> , acesso em 24 de Mar. De 2014.

  • ENERGIA FOTOVOLTAICANos ltimos anos a energia fotovoltaica tem sido vista internacionalmente como uma tecnologia bastante promissora. Experincias internacionais apresentam importantes contribuies para analise sobre expanso do mercado, ganhos na escala de produo e reduo de custos para os investidores.Estima-se que o Brasil possua atualmente cerca de 20MW de capacidade de gerao solar fotovoltaica instalada, em sua grande maioria (99%, segundo IEA, 2011) destinada ao atendimento de sistemas isolados e remotos, principalmente em situaes em que a extenso da rede de distribuio no se mostra economicamente vivel. Tambm se observa o uso destes sistemas em aplicaes como suporte a antenas de telefonia celular e a radares de transito.

  • ENERGIA FOTOVOLTICA

  • Formada por nove usinas de energia solar as duas maiores com capacidade de 80 MW cada uma , a SEGS utiliza quase um milho de espelhos parablicos para acompanhar o sol. O sistema concentra a luz solar sobre um recipiente central contendo leo sinttico, que aquecido at 400 graus Celsius. Um trocador de calor o transfere para a gua, que ferve e produz o vapor que aciona a turbina. A empresa Next Era Energy Resources, que opera essa central de energia, afirma que a SEGS alimenta 232.500 residncias e deixa de emitir 3.800 toneladas de poluio por combustveis fsseis a cada ano.Capacidade: 354 MWFonte:

  • A insegurana energtica em mbito mundial dever persistir ou at piorar, o quepressiona os preos do petrleo e do gs natural. Por sua vez, dever haver maior presso pblica para medidas de mitigao ambiental, tais como a contratao compulsria de energias alternativas e mistura compulsria de biocombustveis. Estas medidas devero pressionar ainda mais os preos da energia.

    Todos estes aumentos devero afetar diretamente os custos da indstria mundial, o que abre algumas janelas de oportunidade para a indstria brasileira:1 Maior competitividade da indstria nacional frente a produtos importados, cujospreos devero aumentar.2 Maior competitividade dos setores industriais exportadores que usam energia eltrica.233 Grande interesse de investidores internacionais em energia limpa, em especial nas reas de etanol, de biodiesel e de bioeletricidade. A curto prazo, isto representar mais oportunidades para as indstrias de equipamentos.24 A mdio prazo, dever haver uma integrao maior dos setores industrial e agrcola, com a criao de uma indstria de bioenergia de grande potencial econmico para o Pas.Concluses

  • Brasil, CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNI, MATRIZ ENERGTICA: Cenrios, Oportunidades e Desafios, 2007.Referncias